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Santos, M.F.C.F. 2001

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C

APÍTULO

VII – C

ONSIDERAÇÕES

T

AFONÔMICAS E

P

ALEOECOLÓGICAS

“The complex processes that preserve organic remains in rocks also leave their own traces, adding another dimension of information to fossil samples”

Behrensmeyer

A proposição do termo Tafonomia para definir as leis envolvidas no sepultamento de organismos foi feita por Efremov (1940 apud Simões & Holz 2000). Apresentava uma definição abrangente e que poderia também ser vista como sinônimo de processo de fossilização, paleobiologia, bioestratinomia e actuopaleontologia. Mais tarde, Behrensmeyer & Kidwel (1985) apresentaram uma compreensão moderna e precisa segundo a qual, a tafonomia trata dos processos de preservação e como eles afetam o registro fossilífero.

Observações tafonômicas são de suma importância para o entendimento dos fatores relacionados ao transporte, deposição e diagênese de fósseis. A aplicação de seus princípios permite tratar de forma integrada todos os processos envolvidos na acumulação de restos orgânicos, os quais passam por várias etapas. Estas compreendem desde uma fase, inicial que deve ser rápida, indo da morte dos indivíduos até o soterramento, denominada de bioestratinomia, seguida de uma longa fase, onde vão atuar os processos diagenéticos, para formar o jazimento fossilífero, ou seja, a

orictocenose. Por se tratar de uma abordagem de natureza interdisciplinar, a qual permite

que o fóssil seja analisado dentro de um contexto que envolva conhecimento geológico, biológico, paleoecológico, além de uma ampla escala de tempo, suas possibilidades de aplicação em paleontologia, tornam-se quase ilimitadas (Simões & Holz, 2000).

O desenvolvimento de estudo bioestratinômico de fósseis encontrados em tanques apresenta uma série de dificuldades, pois estes depósitos, na grande maioria, são adulterados por escavações com finalidades diferentes daquelas de interesse paleontológico. Isso torna impossível observações quanto a distribuição espacial, densidade e possíveis orientações do material. Mesmo aqueles que foram trabalhados com fins paleontológicos, não tiveram esses parâmetros documentados, por razões

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diversas, incluindo-se, em alguns casos, a falta de conhecimento geológico para interpretar o sistema deposicional, a conscientização da importância desse tipo de informação, o tempo necessário para uma escavação que priorize estes dados e/ou porque essa abordagem ainda não constitui rotina em pesquisas paleomastozoológicas.

Na literatura paleontológica surgiram várias tentativas para explicar a ocorrência de fósseis nos tanques nordestinos. São proposições que se referem a animais sedentos que se jogavam dentro dos depósitos, de onde não podiam mais sair, ou ainda aqueles que ficavam aprisionados na lama, e também os que morriam nas redondezas e eram carreados para o interior dos depósitos (Bergqvist, 1989; Gomide, 1989). Bergqvist (1989), entendendo a inconsistência das duas primeiras observações, em especial fez uma análise dos fósseis encontrados em tanques no município de Taperoá/Paraíba e deduziu a partir da disparidade entre o material coletado e o que deveria ter sido encontrado, se os animais tivessem morrido nas proximidades e transportados, por eventos pluviais, para o interior dos depósitos. Bergqvist (1989), ainda fez referência à morfologia de determinados tanques como um fator limitante ao uso destes reservatórios pela megafauna. Entretanto, observa-se que mesmo naqueles depósitos onde as paredes não são íngremes e o acesso é fácil, também não se encontram exemplares completos, nem mesmo uma boa representação óssea, especialmente no tocante a peças cranianas. Devemos também ressaltar que não existem trabalhos de cunho tafonômico, em campo, para interpretar toda a história de deposição que possa ter sido registrada. Some-se, ainda, o fato de o processo de fossilização ser seletivo, o que poderia causar a perda de ossos menos resistentes e de indivíduos juvenis e muito velhos.

Na maior parte dos depósitos estudados, neste trabalho, a associação é caracterizada por megafauna herbívora, de grande porte e variedade de formas. No geral, nota-se muita semelhança, salvo situações particulares, com faunas estudadas em outras localidades do Estado, bem como em outras ocorrências no nordeste.

A associação faunística registrada no Lajedo de Soledade, na coleta de campo aqui referida, é composta por significativa associação representada por pequenos ossos, em especial os das extremidades distais dos membros locomotores, dentes de animais de pequeno a médio porte e fragmentos de dentes de indivíduos típicos da megafauna como proboscídeos, macrauquenídeos, toxodontídeos e megaterídeos. Neste depósito, diferente

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do que ocorre na grande maioria dos tanques é notável, a evidência de pequenos animais associados a essas formas gigantes, bem como a ocorrência de táxons ainda viventes, como é o caso de alguns carnívoros representados por canídeos, felídeos além de edentatas, destacando-se, entre estes últimos, o tatu bola (Tolypeutes). A predominância, de pequenos ossos, nesta ravina, pode estar relacionada ao fato de que no momento em que foram depositados, a mesma ainda se encontrava em incipiente estágio evolutivo, ou seja, a fenda devia ser ainda muito estreita para reter ossos de maiores dimensões.

Na Fazenda Dois Altos o registro é somente de formas herbívoras e de grande porte, com características muito próximas da fauna encontrada em outros tanques do Estado. Dentre as peças esqueletais, destacam-se fragmentos de ossos longos, ossos cranianos, ramos mandibulares, corpos de vértebras e muitos fragmentos não identificáveis. Foram reconhecidos megaterídieos, gonfoterídeos, toxodontídeos, equídeos, macrauquenídeos, dasipodídeos e gliptodontídeos. Observaram-se características indicativas da presença de formas jovens, como por exemplo: ausência de discos vertebrais e de extremidades de alguns ossos longos.

A paleofauna de Acauã é diversificada e constituída por herbívoros de grande porte, destacando-se gonfoterídeos, megaterídeos, toxodontídeos, macrauquenídeos, dasipodídeos, gliptodontídeos, equídeos, milodontídeos e Edentata Pilosa indeterminado. Essa megafauna foi reconhecida, principalmente, por ossos pós-cranianos, (ossos longos e curtos de membros locomotores, vértebras e osteodermos), seguidos de dentes e fragmentos destes e de outras peças cranianas como, por exemplo, um ramo mandíbular de toxodontídeo. Não foi registrada a presença de carnívoros. Das formas de pequeno porte, apenas um tipo de dasipodídeo, o Tolypeutes, foi identificado.

Em Ipueira, Barcelona, a assembléia fóssil é indicativa de uma associação constituída por animais herbívoros, de grande porte similares aquela registrada em Acauã. Essas duas localidades estão muito próximas geograficamente e as condições ambientais provavelmente foram semelhantes. A pequena representação fóssil e o número restrito de famílias identificadas devem ser atribuídos a falta de coleta, uma vez que a escavação restringiu-se a uma pequena área do depósito. Foram identificados gonfoterídeos, megaterídeos, equídeos e gliptodontídeos, através de peças como fragmento de fêmur, fragmentos de dentes, fragmentos mandibulares e um osteodermo.

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Na amostragem estudada é possível reconhecer a disparidade referida anteriormente, além da predominância de alguns táxons e de determinados ossos nos diferentes depósitos. Na Ravina do Leon registrou-se grande variedade de formas, predominando ossos indicativos da presença da Família Camelidae (18,9%), seguidos de Macraucheniidae (12,3%), Cervídae (11,3%) e Gomphotheriidae (9,4%). É notável aqui, a presença de felídeos e canídeos, encontrados no mesmo local. Em Barcelona, a maior ocorrência é de Gomphotheriidae (69,2%) e Megatheriidae (25,6%). No tanque de Acauã, Rui Barbosa, destaca-se o número de ossos relacionados às Famílias Megatheriidae (38,4%), Toxodontidae (25,6%) e Dasypodidae (15,3%). Em Antônio Martins, há maior abundância de Megatheriidae (63%), enquanto os outros taxa variam entre 1% a 9,5%. Na figura 7.1, são apresentados os percentuais do número de ossos relacionados às famílias identificadas nos depósitos estudados.

A dominância da Família Megatheriidae em Acauã e Antônio Martins é um aspecto concordante com o que normalmente ocorre com esse taxon, nos diversos depósitos pleistocênicos, o que poderia estar relacionado a fatores diversos como, por exemplo, maior abundância destas formas ou mesmo possibilidade diferencial de fossilização. Os Dasypodidae e Glyptodontidae estão bem representados em Acauã, pelo fato de seus vestígios registrarem a presença de mais de uma espécie por família. No entanto, o fato destas famílias serem dotadas de carapaça óssea, que normalmente se desarticula em grande número de osteodermos, se esperaria encontrar uma representação percentual mais significativa, diferente do que foi observado. O que se percebe tanto neste trabalho como nas revisões de literatura, é que o número de ossos preservados é sempre muito inferior ao que se deveria encontrar mesmo em se tratando de depósitos com evidência de associações faunísticas bastante diversificadas.

Considerando que o material objeto deste trabalho não foi coletado de acordo com critérios tafonômicos, nos reportaremos apenas às observações físicas reconhecíveis em laboratório, tais como: representação óssea, quebras, abrasão e intemperismo, que de acordo com Shipman (1981), constituem importantes fatores a serem considerados numa análise tafonômica, além dos processos diagenéticos presentes.

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A representação óssea em todos os depósitos é constituída por peças desarticuladas, na grande maioria fragmentadas e por elevado número de fragmentos não identificáveis. Dentre o material identificável predominam fragmentos de ossos longos, especialmente os relacionados a animais de grande porte. Dentes e ossos do carpo e tarso são relativamente bem preservados. Mesmo os ossos razoavelmente conservados carecem de pelo menos uma de suas extremidades. Isso pode ser atribuído a falta de fusão completa dos ossos, comum em formas jovens o que facilitaria o desmembramento. A falta dessas partes ósseas também pode ser devida ao ataque de predadores e carniceiros, pois são partes esponjosas, suculentas, e mais fáceis de serem devoradas. Em alguns casos as fraturas são decorrentes da coleta e manuseio com material inadequado.

As quebras ocorrem nas epífises e diáfises de ossos longos, tanto de animais pequenos quanto de formas gigantes, nas apófises vertebrais e, no caso do material de Barcelona é significativo o número de fragmento de dentes de Haplomastodon. É possível reconhecer a origem dos padrões das quebras e identificar se decorrem da coleta ou não. São freqüentes quebras perpendiculares ao maior eixo do osso e em alguns casos pode-se observar que suas bordas são arredondadas sem nenhum vestígio de angulosidade (foto 7.1). Isso evidencia que o osso pode ter sido fraturado independentemente da coleta e que sofreu algum transporte ou algum revolvimento no próprio local de deposição. Já o desgaste é evidenciado pela desfiguração de feições morfológicas, notadamente, as facetas articulares, como é o caso mostrado em um calcâneo de Haplomastodon (foto 7.2). A ação do intemperismo físico é mais difícil de reconhecer, especialmente por não se ter o controle de todos os parâmetros, mas normalmente está relacionado a fraturas longitudinais em ossos longos como tíbias, fêmures, úmeros, rádios e ulnas (foto 7.3), que podem também ocorrer sob a forma de mosaicos pouco profundos (Badam et al., 1986). Os sinais de desidratação são evidenciados, por um fraturamento que resulta em forma de delicados mosaicos na superfície de determinados ossos (foto 7.4).

Quanto a diagênese, percebe-se que o processo de fossilização predominante é a permineralização, o qual consiste no preenchimento da porosidade dos ossos, por sedimentos e material precipitado quimicamente, sem alterar a composição original do osso. A análise macroscópica mostra que os fósseis coletados em Rui Barbosa e em

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Barcelona têm coloração clara, enquanto os de Antônio Martins são escuros e os do Lajedo de Soledade (Ravina do Leon), têm coloração avermelhada. Esta variação de cores, certamente, está associada ao tipo de material sedimentar envolvido no processo de preservação e o nível de oxidação alcançado. Ainda a olho nu é possível verificar que alguns ossos, de uma mesma localidade apresentam diferentes estágios de fossilização. A análise de lâminas delgadas de fósseis coletados no tanque de Acauã/Rui Barbosa permitiu identificar peças ósseas com pouco preenchimento, o qual é feito por uma argila esverdeada, misturada com grãos de quartzo na fração silte e areia fina (foto 7.5). Ocasionalmente, observa-se uma tangencialidade da massa argilosa, infiltrada mecanicamente, com feições de encolhimento indicativas de um provável processo de desidratação posterior (foto 7.6).

Com relação aos fósseis coletados na Ravina do Leon, as lâminas delgadas permitiram identificar que, neste caso, além da permineralização também ocorre o processo de substituição. Esta substituição foi feita por um mineral opaco, provavelmente, óxido de ferro sob a forma de limonita (foto 7.7), de ocorrência freqüente na área do lajedo. Em algumas lâminas, observa-se que a porosidade óssea foi completamente preenchida por CaCO3, sob a forma de cristais prismáticos, precipitados a

partir das paredes dos ossos, dando um aspecto radial centrípeto (foto 7.8). Predominam cristais equigranulares e, subordinadamente, ocorre cimento criptocristalino de cor marrom escuro. Em uma única lâmina observou-se, em alguns pontos, uma linha denteada marrom escura que parece ter sido gerada a partir da precipitação do material ferruginoso, aproveitando os contatos entre os cristais carbonáticos (foto 7.9). Neste mesmo osso, a substituição foi menos acentuada, o que se evidencia pelos resquícios do material original. Em quantidade traço aparecem grãos de quartzo, em meio ao cimento carbonático.

A semelhança de Rui Barbosa, algumas lâminas do material da ravina também apresentam em seus poros uma massa argilosa esverdeada misturada com grãos predominantemente quartzosos, na fração silte a areia média. Ocasionalmente, ocorrem misturados a este material, fragmentos de ossos na fração areia, angulosos e alongados, distribuídos aleatoriamente, isto é, sem uma direção preferencial (foto 7.10). Em alguns pontos, a massa argilosa encontra-se alterada para um material opaco).

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Uma das lâminas de material coletado em Acauã, mais precisamente do horizonte fossilífero, evidencia uma brecha óssea com inúmeros fragmentos muito angulosos, dispersos aleatoriamente num cimento carbonático, que em analogia à concepção de Simões & Holz (2000), poderia ser classificada como cimento suportado (foto 7.11). Na parte compacta dos ossos, é visível o sistema harvesiano, onde alguns canais de Harvers estão completamente preenchidos, e outros em fase de preenchimento (foto 7.10 e foto 7.12).

Mesmo diante das dificuldades relacionadas ao estudo tafonômico de fósseis coletados nos depósitos referidos, é possível, a partir dos dados obtidos, tecer algumas observações: a infiltração mecânica de argila na porosidade óssea e a associação com sedimentos mais grossos como areia e seixos sugere que o material foi transportado por fluxo trativo gerado por enxurradas em regime de fluxo superior, responsáveis pelo transporte sedimentar para dentro do tanque onde os ossos já se encontravam, ou para ali foram transportados durante estes eventos. A posterior desidratação destas argilas é evidenciada pelo encolhimento das mesmas que, em decorrência do ressecamento parecem ter-se desprendido da parte óssea. Este ressecamento pode significar que periodicamente o tanque secava completamente ou pelo menos em parte, permitindo o ressecamento e contração dos argilos minerais. Na Ravina do Leon, além desta argila infiltrada, ocorre precipitação de cimento carbonático, originário da dissolução do Calcário Jandaíra, onde a ravina se desenvolveu. O baixo grau de arredondamento dos grãos de quartzo e dos fragmentos de ossos indica que houve pouco transporte, estando a fonte próxima do local de deposição. Estas observações esclarecem, pelo menos em parte, as condições de deposição tanto do material fóssil quanto sedimentar.

Considerações paleoecológicas sobre o Quaternário no nordeste brasileiro têm sido realizadas a partir do estudo das associações faunísticas encontradas nos diferentes depósitos fossilíferos. A análise de tais associações, incluindo as formas predominantes, o habitat e hábito de cada espécie têm permitido pesquisadores como Bergqvist (1989), Gomide (1989), Cartelle (1994), dentre outros, tecerem considerações sobre as características climáticas que predominavam no Brasil, desde o final do Pleistoceno ao início do Holoceno. Diante da carência de análise palinológica nos sedimentos associados aos fósseis, os quais propiciariam interpretações mais fundamentadas, os pesquisadores

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têm feito uso do princípio do atualismo biológico, especialmente quando se trata de fauna com representantes presentes na atualidade.

A análise das assembléias faunísticas permite inferir que se trata de associações autóctones, cujas especificidades ecológicas individuais permitem inferir as condições ambientais em que viveram.

A presença de gonfoterídeos, cujos hábitos deviam ser semelhantes ao dos proboscídeos atuais, requeria um espaço amplo, com alimento em abundância, podendo explorar domínios de florestas e ambientes abertos como savanas (Bergqvist, 1989; Gomide, 1989). Este último parece ter sido o habitat desses animais, no Pleistoceno norteriograndense, a exemplo do que ocorre com formas afins viventes.

Os equídeos, nesta época, já apresentavam formas muito próximas das atuais, portanto com necessidades e hábitos semelhantes. Em se tratando de animais de corrida, requeriam campos abertos e ricos em gramíneas.

Para os megaterídeos, herbívoros exuberantes, Paula-Couto (1979) propõe hábito alimentar semelhante ao das preguiças atuais, ou seja, constituído por uma vegetação suculenta. Essas gigantescas formas também necessitavam de áreas abertas que permitissem a facilidade de deslocamento.

Os gliptodontídeos, por apresentarem uma estrutura dentária complexa e resistente, podiam fazer uso de uma dieta alimentar mais abrasiva, incluindo ramos grossos e folhas coriáceas, além de raízes desenterradas com auxílio de suas potentes garras (Gomide, 1989; Cartelle, 1992; Porpino, 1999).

Os dasipodídeos apresentavam estrutura dentária mais simples que os gliptodontídeos, cuja superfície de oclusão, plana e sem crista de osteodentina, limitava a um regime à base de brotos e folhas suculentas (Bergqvist, 1989; Gomide, 1989).

Para os macrauquenídeos, surgiram diversas proposições quanto ao habitat de representantes deste grupo. Hipóteses relataram animais de hábito “anfíbio”, passando por formas que podiam viver em regiões áridas, ou ainda um animal adaptado a um modo de vida intermediário, ou seja, mais ou menos “anfíbio” (Paula-Couto, 1979). O estudo detalhado de Cartelle & Lessa (1998), além de definir uma nova espécie para os macrauquenídeos intertropicais, propõe hábito pastador de herbáceas e gramíneas.

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Os toxodontídeos são considerados formas com modo de vida anfíbia, dieta herbívora, cujo habitat estaria nas proximidades de cursos d’água, Paula-Couto (1979). Dentre as espécies do grupo, Trigonodops lopesi, segundo Cartelle (1992), apresentava também hábito pastador.

O registro de camelídeos é indicativo de ambiente semelhante ao das lhamas atuais, com algumas restrições (Walker et al., 1983 apud Bergqvist, 1989). A ocorrência de ossos de indivíduos de porte diferente, porém sem apresentar vestígios indicativos de formas jovens da mesma espécie, nos leva a sugerir a possibilidade da coexistência de espécies diferentes de camelídeos, o que já foi proposto por Cartelle (1992), com base em achados no Pleistoceno final da Bahia.

A ocorrência de hidroquerídeo é indicativa de um ambiente com maior disponibilidade de água e, consequentemente, mais alimento. No Estado, até o momento só há mais um registro desse grupo que é uma capivara, em cavernas do Lajedo da Escada, no município de Baraúna.

A presença de carnívoros de médio e grande porte na ravina do Leon é um indício de que aquela localidade e/ou seus arredores apresentava condições bem favoráveis em termos alimentares, tanto para herbívoros quanto para carnívoros. Somente a possibilidade de alimento permitiria a convivência de diferentes predadores.

As observações anteriores das associações faunísticas e suas peculiaridades sugerem um ambiente compatível com as proposições de que no Pleistoceno final, na região Nordeste, o clima era semi-árido e a vegetação típica de savana (Begqvist, 1989; Gomide, 1989; Mabesoone et al., 1990; Guérin et al., 1993). Os tanques e as áreas próximas, em períodos de estiagem, provavelmente, constituíam os únicos locais onde ainda existia fonte de alimento e água para os herbívoros e, conseqüentemente, os carnívoros, pois estes vivem no entorno de suas presas.

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APÍTULO

VIII – C

ONCLUSÕES

O estudo dos depósitos fossilíferos tratados neste trabalho permitiu ratificar a importância dos mesmos, com relação à capacidade de conterem significativa associação faunística do Pleistoceno superior. Observações relativas a bioestratinomia e a diagênese nesses depósitos não devem ser generalizadas, pois os mesmos podem apresentar histórias tafonômicas diversas.

Foram reconhecidas as famílias Camelidae e Cervidae (Ordem Artiodactyla), Canidae, Felidae e carnívoros indeterminandos (Ordem Carnivora), Glyptodontidae, Dasypodidae, Mylodontidae e Megatheriidae (Ordem Edentata), Equidae (Ordem Perissodactyla), Toxodontidae (Ordem Notoungulata), Gomphotheriidae (Ordem Proboscidea), Hydrochoeridae (Ordem Rodentia) e Macraucheniidae (Ordem Litopterna).

A fauna pleistocênica do Rio Grande do Norte apresenta grande uniformidade, especialmente, no que se refere aquela encontrada nos depósitos do tipo tanque, podendo ser comparada com outras ocorrências em depósitos similares de diversos Estados nordestinos.

Neste trabalho também se observou a predominância de formas herbívoras e de grande porte, como preguiças e gonfoterídeos.

Dentre os tanques estudados a maior diversidade de formas e a presença de animais de pequeno médio e grande porte, registrou-se na localidade Acauã, município de Rui Barbosa.

Os fósseis da Ravina do Leon retrataram uma importante associação faunística, com a presença de diversos carnívoros, os quais não foram encontrados nos demais depósitos, além de formas ainda presentes na fauna atual.

A exemplo de outras ocorrências fossilíferas, no Estado, observou-se uma grande disparidade entre a representação óssea preservada e a que deveria ser encontrada.

A predominância de fragmentos de ossos longos de animais de grande porte foi observada nos achados no município de Antônio Martins, Rui Barbosa e Barcelona. Na Ravina do Leon predominaram ossos pequenos das extremidades, dentes e fragmentos de dentes.

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A utilização de lâminas delgadas como auxiliar na interpretação do processo diagenético permitiu ratificar a predominância da permineralização, enquanto processo de fossilização mais comum nos fósseis associados aos tanques, sendo que nos ossos fósseis da Ravina do Leon também se observou substituição da parte óssea por um mineral opaco, provavelmente, limonita. Nos casos, onde foram feitas lâminas (Rui Barbosa e Ravina do Leon), não se observou uniformidade quanto ao processo de fossilização. Numa mesma peça foi possível verificar porosidades com diferentes estágios de preenchimento.

As sumárias observações tafonômicas mostram a importância desse estudo e apontam para a necessidade de aprofundamento, o que permitirá o melhor entendimento dos processos envolvidos na deposição e preservação dos fósseis.

O método de GPR, cujos resultados não foram satisfatórios, neste trabalho, em decorrência das condições climáticas, deve ser empregado em novas investidas paleontológicas, pois certamente será de grande valia, neste campo, a exemplo do que vem ocorrendo em áreas afins.

A associação faunística encontrada na Ravina do Leon e a variedade de carnívoros presentes sugerem que a região, nesta época, apresentava condições climáticas bastante favoráveis, com clima úmido, o que é corroborado pela presença de animais com estreita dependência da água, como é o caso da Família Hydrochoeridae e dos Testudines associados.

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EFERÊNCIAS

B

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