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I Simpósio Regional de Geografia do Cerrado SIREGEO 09 a 12 de Outubro de 2010 Barreiras BA

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O USO DA FOTOGRAFIA COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA

João de Aquino Costa Filho aquino.joao@hotmail.com Valdir Aquino Zitzke

Introdução

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) foi criado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) com a finalidade de valorizar o magistério e apoiar os estudantes dos cursos de licenciatura plena das instituições de educação superior através da oferta de bolsas, contribuindo para ampliar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciatura e elevar o padrão de qualidade da educação básica. Um ponto importante neste Programa é a inserção dos licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação promovendo a integração entre educação superior e educação básica.

Além disso, o PIBID se constitui num espaço democrático que permite e incentiva aos futuros professores a participar de discussões metodológicas, planejarem atividades pedagógicas e executar ações práticas de caráter inovador e abordagem interdisciplinar capazes de contribuir para a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem.

Com esta premissa, a Universidade Federal do Tocantins elaborou uma proposta que prevê várias etapas de desenvolvimento, iniciando pela discussão do Projeto Pedagógico da Escola, conhecimento da realidade e dos programas desenvolvidos nas escolas contempladas, pois a verdadeira transformação ocorre a partir dos fundamentos e da realidade local. Nessa perspectiva, os campi de Araguaína, Porto Nacional e Arraias, contemplados no PIBID, que representam os pólos de formação dos professores do estado do Tocantins, assumiram o Programa em todas as suas áreas de formação (ciências biológicas, geografia, história, letras e matemática).

Neste contexto, os professores envolvidos na proposta construíram um projeto interdisciplinar, por entenderem que a formação transcende a compartimentalização em disciplinas, uma vez que implica no desenvolvimento cognitivo do educando e, que a sua melhoria na capacidade de observação, análise, síntese, proposição de hipóteses e elaboração de textos específicos, implicará também na melhoria de sua capacidade de compreensão de outras áreas do conhecimento, contempladas na Educação Básica.

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professores para a educação básica, especialmente para o ensino médio; valorizar o magistério, incentivando os estudantes que optam pela carreira docente; promover a melhoria da qualidade da educação básica e a articulação integrada da educação superior do sistema federal com a educação básica do sistema público; estimular a integração da educação superior com a educação básica no ensino fundamental e médio, de modo a estabelecer projetos de cooperação que elevem a qualidade do ensino nas escolas da rede pública; fomentar experiências metodológicas e práticas docentes de caráter inovador, que utilizem recursos de tecnologia da informação e da comunicação, e que se orientem para a superação de problemas identificados no processo ensino-aprendizagem; valorização do espaço da escola pública como campo de experiência para a construção do conhecimento na formação de professores para a educação básica; proporcionar aos futuros professores participação em ações, experiências metodológicas e práticas docentes inovadoras, articuladas com a realidade local da escola.

As escolas selecionadas para participarem deste projeto com baixos índices de Desenvolvimento da Educação Básica foram: o Colégio Estadual Jardim Paulista (IDEB 3,4), no município de Araguaína; a Escola Estadual Carmênia de Matos Maia (IDEB 3,4), no município de Porto Nacional e o Colégio Joana Batista Cordeiro (IDEB, 3,6), no município de Arraias.

A proposta do subprojeto de cada licenciatura é trabalhar em parceria, de forma interdisciplinar, com as demais licenciaturas dos campi de Porto Nacional (Letras, Geografia, História e Ciências biológicas) e de Araguaína (Letras, Geografia, Ciências e História). Para facilitar o trabalho interdisciplinar, as licenciaturas envolvidas decidiram trabalhar com categorias, considerando que categorizar é uma maneira eficaz de que dispomos para ordenar o nosso conhecimento e, sem ele, não teríamos a capacidade de identificar quaisquer repetições e regularidades estruturais ou funcionais e a nossa experiência se tornaria uma seqüência de atos desconexos (MARI, 20020).

Para este autor, categorizar é “no plano perceptivo, executar um conjunto de operações orgânicas (neurofisiológicas), capazes de possibilitar a compreensão de um dado objeto, de uma dada ação; no plano metalingüístico-representativo, categorizar é explicitar algum tipo de procedimento suficiente para justificar o que conhecemos” (MARI, 2002). Para facilitar o trabalho interdisciplinar as licenciaturas envolvidas decidiram trabalhar com categorias que serão entrecruzadas no desenvolvimento das atividades: memória (história), lugar (geografia), ambiente (ciências biológicas) e linguagens (letras). Nesta proposta, os professores envolvidos entendem que a interdisciplinaridade, nas suas mais variadas formas, partirá do princípio de que todo conhecimento mantém m diálogo permanente com outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de negação, de

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complementação, de ampliação; de iluminação de aspectos não distinguidos.

O ensino de geografia

O ensino de geografia é capaz de dar ao aluno uma visão ampla do conceito das relações entre sociedade e natureza, onde o ser humano constrói o seu espaço, produzindo o território, o lugar e a paisagem. Neste sentido, os conceitos geográficos nos fazem refletir sobre o papel da geografia na escola e na formação do conhecimento, como afirma Cavalcante (1998, p.11):

“há um certo consenso entre os estudiosos da prática de ensino de que esse papel é o de promover bases e meios de desenvolvimento e ampliação da capacidade dos alunos de apreensão da realidade sobre o ponto de vista da espacialidade, ou seja, de compreensão do papel do espaço nas práticas sociais e destas na configuração do espaço.”

Para a melhoria das práticas pedagógicas, segundo a mesma autora, é preciso propor novas metodologias de ensino como forma de pensar um novo modelo educacional onde as disciplinas conversam e interagem formando a interdisciplinaridade, tão debatida nos espaços de formação de professores, e outras formas de educar.

No caso da área de geografia, entendemos que a interdisciplinaridade pressupõe um eixo integrador, neste caso as categorias. Por isso, deve partir não só da necessidade sentida pelas escolas, mas também, pelo processo de formação dos licenciandos em suas áreas de conhecimento, na busca de explicar, compreender, intervir, prever e transformar algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar (BRASIL, 2002).

O uso da fotografia para contextualizar o mundo e entender melhor a Geografia se faz importante e necessário, uma vez que ela proporciona visualizar algumas paisagens que não estão ao alcance da observação direta dos alunos, possibilitando-lhes entender o lugar e resgatar a memórias. Neste sentido, Travassos (2001) afirma que através do uso de fotografias “podemos levar o aluno a desbravar o mundo além da sala de aula”. Ainda, para o autor, a fotografia, além de tornar-se uma lembrança dos locais por onde andamos, “pode ser entendida como uma fonte infinita de dados e informações, transformando-se por isso, em um poderoso instrumento de materialização de lugares nunca visitados por alguns”.

Fazer com que os alunos percebam que as imagens fotográficas são obras pensadas e elaboradas por uma pessoa que possui intencionalidades na sua elaboração, é um desafio. Maior ainda é o desafio de fazê-los reconhecer que o fotógrafo elabora as fotografias a partir de suas referências pessoais, profissionais, sociais e culturais muito além da mera operação técnica do aparelho utilizado, a máquina fotográfica (ALVES, 2008).

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Os alunos das escolas envolvidas pelo PIBID são oriundos de famílias de baixa renda e, por isso, não dispõem de recursos para realizar viagens mais longas. Neste caso, a fotografia, assim como vídeos e filmes, podem se constituir na única possibilidade de conhecerem os diferentes lugares que lhes são apresentados nas aulas de geografia, contribuindo para a compreensão das mudanças no mundo

Associada ao uso da fotografia e imagens, a paisagem se apresenta de forma oportuna enquanto nos proporciona discutir e entender as modificações da realidade, uma vez que se constitui num conjunto de formas que, num certo instante, evidenciam ao observador as heranças que representam o resultado das relações entre os seres humanos e a natureza (SANTOS, 2002). A atribuição simbólica que o ser humano imprimiu à paisagem deu-lhe um caráter humano e não mais natural, pois como afirma o mesmo autor, ela foi “coisificada” tornando-se cultural. Neste sentido, a fotografia, enquanto um tipo de imagem que permite ao observador a possibilidade de ver uma paisagem “congelada” em um determinado momento pode proporcionar ao aluno o conhecimento de diferentes paisagens culturais de vários lugares do mundo.

A experiência na escola: a oficina

O PIBID em Porto Nacional foi desenvolvido na Escola Estadual professora Carmênia Matos Maia, setor Brigadeiro Eduardo Gomes. A escola foi fundada em 1989 e atende alunos oriundos de famílias carentes com dificuldades de acesso às políticas públicas.

As formas de inserção do Programa na escola foram as oficinas, que envolvem os bolsistas, os supervisores das áreas na escola e dos alunos, sob a orientação dos professores coordenadores das diferentes áreas do conhecimento envolvidas. A estrutura de cada oficina constitui-se de quatro momentos: o primeiro é a apresentação teórica do tema de forma mais acadêmica, com referências científicas sob a responsabilidade de um bolsista; em seguida outro bolsista apresenta o tema de maneira mais contextualizada, exemplificando com situações mais concretas; um terceiro bolsista faz as conexões entre o tema apresentado e a realidade local, buscando com os alunos, as vivências e experiências dos mesmos, um quarto bolsista desenvolve uma atividade prática sobre o tema com os alunos e um quinto bolsista faz o registro dos diferentes momentos da oficina, bem como as suas observações para uma avaliação posterior pelo grupo e coordenador na universidade atividades.

A proposta da oficina desenvolvida na escola não foi apresentar o uso da fotografia como um único recurso, mas colocar esta ferramenta como de fundamental importância para o ensino de geografia, É importante lembrar que em tempos de globalização tudo está

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interligado, conectado de forma complexa, exigindo, cada vez mais, diferentes olhares para o mesmo objeto no sentido de capturar todas as suas possibilidades e de entendê-lo no seu contexto. Como nem todas as pessoas têm acesso aos “benefícios” da globalização, a fotografia pode se constituir na forma de apresentar as diferentes expressões e resultados dessa globalização.

A oficina desenvolvida na escola teve como temática a fotografia relacionada à categoria memória. Primeiramente, foi apresentada aos alunos a história da fotografia e o apelo social e político contido numa fotografia de forma a levar que as diferentes áreas do conhecimento possam utilizá-la como recurso pedagógico, principalmente de paisagens, no caso da geografia. Em seguida, apresentou-se aos alunos o uso de fotografias no cotidiano do ensino da geografia a partir da utilização de um mapa do estado do Tocantins coberto de fotografias de várias regiões do estado mostrando a sua diversidade cultural. No terceiro momento foi solicitado aos alunos que interpretassem fotos de diferentes lugares a partir do apelo das fotografias e da perspectiva da geografia, como forma de mostrar-lhes a intencionalidade do fotógrafo, as informações nelas contidas e a forma de utilização das mesmas a partir da intencionalidade de cada um. Esta atividade teve a finalidade de contextualizar o poder da televisão, dos jornais escritos e das revistas na manipulação das massas com informações contidas de intencionalidades. Em seguida foi apresentado aos alunos, recorrendo à multimídia, fotografias do bairro, das pessoas, das construções, do mapa de localização do bairro, do plano de implantação do bairro e fotografias do bairro disponíveis em jornais da cidade como forma de evidenciar diferentes olhares sobre o bairro com a intenção de desenvolver uma memória individual e coletiva.

As impressões da experiência

A experiência com os alunos a partir desta oficina nos possibilitou, num primeiro momento, verificar a real situação do funcionamento do estabelecimento de ensino no município de Porto Nacional, num bairro de periferia, com as suas dificuldades e necessidades. Em outro momento, nos permitiu refletir sobre o ensino da geografia e, por conseguinte, de todas as disciplinas dentro deste estabelecimento escolar.

A partir do uso da fotografia na oficina, começamos a pensar sobre a compartimentalização do conhecimento em disciplinas e a maneira como elas estão se tornando verdadeiros “feudos” do saber, menosprezando as muitas relações existentes dentro de seus conteúdos pré-definidos e organizados num “sistema” escolar. Ora, a própria palavra “sistema” nos remete a pensar em dinamicidade, em relações, em trocas, em fluxos e em nexos, que são condições para a existência de um sistema.

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organização do tempo, a organização e seleção dos conteúdos a partir da temática da oficina e, mais ainda, a percepção das relações entre a temática e a categoria memória, oriunda da área de história, obrigou-nos a fazer um caminho antes desconhecido: ir ao encontro de outra área do conhecimento, desvendando-a naquilo que nos interessava naquele momento, buscando nela os conhecimento necessário para complementar os conteúdos necessários para a oficina. Convenhamos, esta não é uma tarefa fácil quando estamos num curso disciplinar, seja ele qual for, pois geralmente, lemos e pesquisamos sobre temas da nossa área. Essa “saída” da geografia em direção à história, a partir da memória, por mais difícil que tenha sido, foi necessária e compensadora, pois venho a enriquecer a oficina e, por conseguinte, a nossa formação, pois verificamos que o conhecimento é maior que a nossa área de geografia.

Podemos afirmar que este procedimento, na verdade, se constituiu numa “ousadia” que deu certo e a partir desta observação, percebemos, na escola, uma situação contrária à ousadia, o conformismo. Este fato, se ampliarmos a discussão, o que não é o caso neste artigo, remete-nos ao conformismo social, à formação de alunos conformados com tudo, sem desejar uma vida nova, um mundo novo e melhor. A falta da ousadia, muitas vezes, inibe o empreendedorismo dos alunos em relação às suas vidas, aos seus desejos e às suas aspirações na vida adulta.

E aqui, emerge uma reflexão urgente sobre educação, escola pública e ensino de disciplinas, mas antes disso, é preciso refletir sobre temas que não estão perceptíveis e organizados na forma de conteúdos didáticos em cada disciplina, mas temáticas mais amplas, que afetem diretamente a formação dos alunos para a vida.

Considerações Finais

Na nossa formação em geografia, muitas vezes ouvimos a distancia existente entre a universidade e a escola pública e esta oportunidade do PIBID nos permitiu verificar, realmente, esta distância. À primeira vista, parecem duas linguagens distintas, dois atores falando línguas diferentes sobre um mesmo fato.

A organização da escola e dos conteúdos na disciplina geografia, a inexistência das trocas entre as disciplinas, o conformismo que perpassa as disciplinas, os comportamentos e os conteúdos escolares nos levam a refletir sobre o ambiente de trabalho no qual iremos atuar no futuro e sobre as nossas ações neste contexto.

A profissão docente exige constante estudo, planejamento e organização, pois cada momento em sala de aula se traduz em um desafio. Por isso a necessidade de pesquisar várias fontes e estudar para abordar os conteúdos da forma mais ampla e oferecer aos alunos uma percepção mais abrangente da realidade em que vivem.

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Discutir a educação básica, no interior da universidade é sempre complexo, mas este é uma das suas funções. Não tem sentido a universidade discutir, refletir, organizar e propor novas abordagens de ensino, nova possibilidade de organização dos conteúdos, novas metodologias de ensino, se a escola não se propõe às mudanças no seu interior e isso exige tempo.

Esta vivência no mundo da escola, através do PIBID, nos permitiu observar e perceber a situação porque passa a educação básica em Porto Nacional e, de forma geral, no estado do Tocantins, e nos levou a refletir sobre cada dimensão desta situação, de forma que contribuiu para reforçar nossa formação pedagógica.

Referências bibliográficas

ALVES, J. F. (coord.) SCHULTZE, A. M., BENTES, D. e BRANDÃO C. M. (participantes). Fotografia e Educação: Alguns Olhares do Saber e do Fazer. [em linha]. INTERCOM, setembro 2008, [citado em 2010]. Disponível em: www.intercom.org.br, acessado em 07/04/2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília, 2002.

CAVALCANTE, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 9 ed. Capinas,SP: Papirus, 2006.

GUIMARÃES, S. T. de L. Paisagens e ciganos: uma reflexão sobre paisagens de medo, topofilia e topofobia. IN: ALMEIDA, M. G. de e RATTS, A. J. P.(orgs.). Geografia leituras culturais. Goiânia, GO: Editora Alternativa, 2003.

SANTOS, M.. A natureza do espaço. Técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo, SP: EDUSP 2002.

TREVASSOS, L. E. P. A fotografia como instrumento de ensino de Geografia. 2001, [citado em julho de 2010]. Disponível em: eduepb.edu.br/rbct/sumáriopdf.fotografia.pdf , acessado em 05/05/2010.

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