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A MATRIZ LUHMANNIA DA JUSTIÇA * THE MATRIX LUHMANNIAN JUSTICE

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7231 A MATRIZ LUHMANNIA DA JUSTIÇA*

THE MATRIX LUHMANNIAN JUSTICE

Fernando Rister de Sousa Lima RESUMO

A decisão judicial opera com base no código binário lícito/ilícito. A justiça do sistema jurídico é a fórmula de contingência, cuja finalidade é fornecer consistência às decisões judiciais. Para Luhmann, decisão justa é a consistente, portanto, é aquela tomada obrigatoriamente sob o manto da fórmula de contingência. Por esta, entender-se-á a comunicação binária de cada sub-sistema. No caso do Direito de emitir comunicação pelo código lícito/ilícito, mesmo que a comunicação venha de outro sistema parcial. Ele obrigatoriamente a transformará no seu código, em conseguinte, reduzindo a complexidade social.

PALAVRAS-CHAVES: DECISÃO JUDICIAL - TEORIA DOS SISTEMAS - JUSTIÇA

ABSTRACT

The court decision operates on the basis of binary code law/non law. The justice of the legal system is the formulation for contingency, whose purpose is to provide consistency judgments. For Luhmann, fair decision is consistent, therefore, is that taken compulsorily under the cloak of contingency formula. For this, understanding will be binary communication of each sub-system. In the case of law, issue will be communication by the binary code law / no law, even if the letter came from another partial system. He must turn to in your code, thus reducing social complexity.

KEYWORDS: JUDGEMENT - THEORY OF SYSTEMS - JUSTICE

1. Introdução

O vernáculo corrente no cotidiano forense diz respeito à justiça ou à injustiça de determinada decisão. Apesar disso, pouco se questiona a respeito do conteúdo da expressão justiça.[1] Pesquisa esta fundamental, mormente porque, atualmente, não há

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Trabalho publicado nos Anais do XVIII Congresso Nacional do CONPEDI, realizado em São Paulo –

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7232 que se falar em justiça como no passado, onde, com freqüência, encontravam-se diversos significados ao conceito de justiça. Muitas vezes, impostos pelo Estado, pela Igreja, ou mesmo por senhores feudais, geralmente ligados a conceitos ou dogmas; às vezes, materializada na resolução de casos iguais de maneira igual e os desiguais em formato desigual; outras vezes, guiada pelo conceito de riqueza ou pobreza. Ao contrário disso tudo, Luhmann defende a separação do Direito da Moral com escopo de garantir a autonomia do primeiro, para assim, garantir à parcela da população o seu próprio juízo moral, desde que não se choque com os valores resguardados pelas normas jurídicas.

Nesse ambiente social, a função do Direito, num leviano resumo, ao longo da história, tem centrado-se em educar, sanar e punir. O aplicador da norma constrói uma decisão com intuito de educar o infrator, a pena deve ser suficiente, e não mais do que isso, para ensiná-lo a não mais repetir a conduta, segundo clássica conquista iluminista. O Estado obriga o causador do ilícito a indenizar o dano, assim oferece à vítima uma restauração ao estado anterior à lesão. Ora, é preciso punir o agente delituoso, substituindo o particular que o faria pela justiça privada, como uma prestação de contas sociais. As regras foram desrespeitadas é preciso vingar o Estado e a Sociedade. [2]

O desenvolvimento do homem, do Estado e do Direito, de fato, alterou por completo o contexto social e, com ele, a idéia do justo.[3] Por conta dessa alteração, nos dias hodiernos, seguramente afirma-se que o Direito não vem mais fundamentado em valores imutáveis. Pelo contrário, a constante alternância do seu conteúdo passa a legitimá-lo.[4] Essa alteração paradigmática interfere demasiadamente no processo de decisão legal. Doravante, não se pode limitar as interpretações normativas, e, sim, à possibilidade decisional das controvérsias jurídicas. Isto em todos os âmbitos.[5]

O objeto desta pesquisa é justamente identificar qual justiça é possível ser realizada pela decisão judicial. Assim, procurar-se-á identificar o sentido da expressão justiça na decisão judicial na hodiernidade; para tanto, partir-se-á de premissas, a saber: (i) não se pode mais falar em verdade universal/justiça universal, ao menos no sistema jurídico;

(ii) a principal característica da sociedade atual é a sua complexidade;

(iii) a alteração do conteúdo valorativo do Direito, por meio de decisões, passa a legitimá-lo.

Para desenvolver a pesquisa, utilizar-se-ão conceitos extraídos da teoria dos sistemas, de autoria do sociólogo alemão Niklas Luhmann. Diante desse manancial

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7233 teórico, escolheu-se um dado extraído do ordenamento jurídico: a decisão judicial, e, buscar-se-á, mediante instrumento extraído de fora do sistema normativo, responder o problema proposto:

Qual a matriz de justiça possível de ser alcançada na decisão judicial?

A escolha da metodologia justifica-se em razão da teoria dos sistemas ter buscado fornecer subsídios de consistência às decisões judiciais, mediante o autocontrole do subsistema do Direito. Em conseqüência, supera a frágil tese do jusnaturalismo e, ainda, evita o risco do reducionismo da decisão a mero ato decisório sem compromisso com a função do sistema jurídico.[6] Este avanço em relação aos positivistas e a desqualificação daqueles (jusnaturalistas), talvez tenha sido responsável pela sua classificação como neopositivista, com a ressalva de que os luhmannianos não aceitam tal rótulo.

Da matriz luhmanniana da justiça, isto é, da sua fórmula de contingência, extraiu-se qualquer atuação cunhada sob valores, ideais, ou mesmo um Deus único, para simplesmente não entrar em torno de virtude e princípios. Nesse contexto, destoa por completo da alusão ao Direito Natural, ademais, não acredita que a própria natureza seja justa, ao menos compreensível aos olhos nus, daí não existiria obrigatoriamente uma relação entre o justo e o natural. (Luhmann: 2005, p. 280/281), por isto mesmo, em vez de presunções sobre a natureza cria-se suposições de autoespecificações como uma conclusão circular. As fórmulas de contingências, vistas de todos os sub-sistemas, referem-se entre a diferença entre indeterminado e determinado. O caminho para observar o inobservável é substituir uma diferença por unidade, posto que as diversas possibilidades comunicativas (contingência) faz parte também parte do sub-sistema do Direito. (Luhmann: 2005, p. 282). A decisão jurídica, nesse ambiente social e à ótica da teoria sistêmica, é uma norma que representa um critério de solução.

2. Da justiça possível

Pela teorização proposta por Luhmann, não há que se falar em justiça mediante a conquista de valores outrora concebidos como imutáveis. Na sociedade complexa, onde a multiplicidade de escolhas sociais prepondera, é possível esperar uma operação de seletividade, em que os sistemas parciais escolhem os valores que sua comunicação pontuará.[7] A partir delas, a generalização dessas expectativas será o possível de fornecer ao sistema social global. Os programas são conquistas evolutivas

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7234 dos sistemas dentro da complexidade do ambiente. Por meio delas, por exemplo, o sistema jurídico emite comunicação jurídica com o intuito de garantir tais valores.

O sistema jurídico deve lutar pela manutenção das expectativas, combatendo as desilusões.[8] Isso significa dizer: o sistema jurídico não aceitará o seu não-cumprimento como certo e continuará a lutar pela sua efetivação. Com isso, manter-se-á, no ambiente social, a expectativa de serem cumpridos os valores escolhidos pelo próprio sistema. Para tanto, Luhmann elege a fórmula de contingência com a tarefa de reduzir a complexidade do ambiente do sistema jurídico, cuja pressão do ambiente social externo é cada vez maior, exigindo prestações que o subsistema do Direito não pode cumprir. Transformar, então, essa elevada complexidade em adequada ao sistema é missão da justiça como fórmula de contingência.[9]

À vista desse quadro social, para o sistema de decisão corresponder melhor ao seu ambiente, o sistema jurídico precisará transformar a complexidade social em comunicação jurídica, para, a partir daí, levá-la à decisão. Somente desta forma, poder-se-á ter uma decisão adequada.[10] O subsistema do Direito absorve, pois, a complexidade e a reduz à comunicação jurídica, que, na seqüência, propicia a emissão da decisão. A própria diferenciação comunicativa, por isso mesmo, veda qualquer tentativa de manter-se aquela velha história de justiça universal. Cada sistema parcial tem a sua própria comunicação e, exclusivamente, por ela agirá: o subsistema da economia comunicar-se-á pela comunicação dinheiro/não-dinheiro. Respectivamente ocorrerá com cada subsistema. Não há que se falar em outra justiça que não a ligada à comunicação do sistema jurídico.[11]

Entretanto, para proporcionar justiça numa sociedade altamente complexa, é preciso adaptar a sua complexidade à sistêmica, vale dizer, moldar a complexidade externa ao sistema jurídico, conseqüentemente produzir comunicação adequada.[12]

A complexidade adequada é produzida à medida da redução comunicativa ao código binário lícito/ilícito em modo de ser possível um decidir consistente.[13]

Neste contexto, a positivação do Direito proporcionou ao sistema jurídico diferenciação em nível de decisão que produz comunicação jurídica. Ele é constituído pelas decisões numa única comunicação, cuja reiteração rende a sua autonomia.[14] Essa exposição conceitual é para afirmar que o sistema jurídico transforma outras comunicações em jurídicas e, na cadeia comunicativa, emitirá outras comunicações, contudo sempre jurídicas. Por conseguinte, reduzir a complexidade, mediante seu código binário próprio: lícito/ilícito. Este processo é a própria justiça possível de ser proporcionada pelo sistema do Direito.

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7235 Em pormenores, o sistema do Direito está imerso na sociedade. Nesta, por sua vez, encontram-se outros subsistemas que emitem suas próprias comunicações, conforme o sistema parcial do Direito é chamado a ofertar prestações a outros sistemas – como, por exemplo, quando um contrato não é respeitado –, ele recebe a comunicação do ambiente e a transforma em comunicação jurídica e, num processo reflexivo, reduz a complexidade do litígio mediante a emissão de uma comunicação jurídica.

A emissão de nova comunicação não garante, por si só, a obediência a elas. O sistema pode – e não se trata de pouca coisa, vale dizer – via outras comunicações da mesma natureza, fazer com que a expectativa normativa seja mantida ao longo do tempo. Significa afirmar: a justiça proporcionada pelo sistema é também voltada à transformação de outras comunicações, quando necessário, à comunicação jurídica.[15] 3. Do resultado da Pesquisa

Para a frustração da coletividade, o Direito não possui uma varinha de condão, para seu aplicador determinar o desaparecimento da situação ilícita. Ele não pode fazer isso, não tem superpoderes, e nem se intitula como tal; é verdade, entretanto, que, por vezes, o coro social pleiteia o contrário, mas ele sempre é em vão. A modernidade oferece outra idéia sobre sua função, pois que, o ofício do Direito, segundo o sociólogo alemão Niklas Luhmann, está na garantia das expectativas normativas, ao longo do tempo. A sociedade continuará a acreditar na efetivação das normas. As comunicações jurídicas garantirão que as expectativas sejam mantidas.

O Direito atua no plano da expectativa: continuar-se-á a creditar na preservação dos valores contemplados pelas normas. Isso não se trata de pouca coisa, como afirma Campilongo.[16] Nesse aspecto, justiça, para Luhmann, é fórmula contingência, cujo mister é dar consistência às decisões do sistema jurídico, por meio da redução da complexidade social do ambiente. Daí as decisões serão sempre binárias, in caso: lícito/ilícito.

O fato da justiça possível de ser prestada não saciar a vontade social não altera a realidade. Não há como cobrar dos operadores do Direito (advogados, juízes e promotores) outra atitude, ao menos na atualidade. Nesse momento histórico no qual estamos inseridos, o Direito só pode realmente fazer com que a

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7236 sociedade continue a acreditar na sua efetivação, mediante reiterações comunicativa binárias, representadas pelo código: lícito/ilícito.

Em suas operações, opera sempre fechado, quer dizer, com base na binariedade suprarreferida. Pois bem, a solução esperada pela sociedade depende muito mais dela própria, do que do Direito, cujo contexto social é apenas uma parte do ambiente social, no qual estamos inseridos. Para solucionar tais situações, é preciso, a bem da verdade, a alteração dos valores sociais, cuja comunicação emanar-se-á também ao Direito, e não acreditar que uma parte (Direito) alteraremanar-se-á o todo (Sociedade), donde ele provém.

4. Referências Bibliográficas

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Controle das decisões judiciais por de recursos de estrito direito e de ação rescisória.

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7239 3. Na temática justiça, pode-se encontrar as mais diversas posições sobre o tema. Tanto isso no plano da Teoria do Direito, da Filosofia ou mesmo da Sociologia Jurídica. Entre tantos, convém mencionar Hans Kelsen: debruçou-se no assunto de forma exauriente, possui diversos trabalhos. Para o mestre de Viena, a justiça absoluta não é cognoscível pela razão humana. Sendo, pois, o ideal de justiça algo subjetivo, chega-se à beira da irracionalidade. Ao presente, ressalta-se livros já traduzidos ao Português: O que é

justiça? Trad. Luis Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 1998; O problema da justiça. 3. ed. Tradução João Baptista Machado. São Paulo: Martins Fontes, 1998; A ilusão da justiça. Trad. Sérgio Tellardi. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. Ao

contrário, por sua vez, John Rawls, valora a justiça, colocando-a, como condição da mantença às leis. Significa dizer: leis e instituições devem ser reformadas ou abolidas quando são injustas. Porém, ressalta ser uma injustiça tolerável se for crucial para evitar injustiça maior. RAWLS, John. Uma teoria da justiça. Trad. Almiro Pisetta e Lenita M. R. Esteves. São Paulo: Martins Fontes, 1997. Sobre a justiça, ver p. 7, transcreve-se o seguinte trecho: “Para nós o objeto primário da justiça é a estrutura básica da sociedade, ou mais exatamente, a maneira pela qual as instituições sociais mais importantes distribuem direitos e deveres fundamentais e determinam a divisão de vantagens provenientes da cooperação social”.

4. DE CICCO, Cláudio. História do pensamento jurídico e da filosofia do direito. 3. ed. Reformulado.São Paulo: Saraiva, 2006.

5. Cf. LUHMANN, Niklas. La differenziazione del diritto. A cura di Rafaelle De Giorgi. Milano: Mulino, 1990, p. 315. Ver ainda, ora sob o foco das decisões judiciais, mas também num enfoque histórico WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Brevíssima Retrospectiva Histórica, Para Desembocar no Estado de Direito, No Direito Codificado e Na Tripartição das Funções dos Poderes (O princípio da legalidade e a Necessidade de Motivação das Decisões). In: Controle das decisões judiciais por meio de recursos de

estrito direito e de ação rescisória. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p.13-98.

Identifica-se, ainda, na Revolução Francesa – sob a falsa ideologia de fraternidade, igualdade e liberdade – àqueles em serviço aos interesses da burguesia. Sobre a revolução francesa, consultar DE CICCO, Cláudio. História do pensamento jurídico e

da filosofia do direito. op. cit., p. 163-175.

6. Cf. LUHMANN, Niklas. La differenziazione del diritto. op. cit., p. 315-316.

7. Cf. Ibidem, p. 319.

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7240 8. VILLAS BÔAS FILHO, Orlando. Da ilusão à fórmula de contingência: a justiça em Hans Kelsen e Niklas Luhmann, In: Direito e Filosofia: A noção de Justiça na História da Filosofia. Maria Constança Peres Pissara; Ricardo Nascimento Fabrini (coord.). São Paulo: Atlas, 2007, p. 141/142.

9. CAMPILONGO, Celso. Governo representativo “versus” governo dos juízes: A “autopoiese” dos sistemas político e jurídico. Belém: UFPA, 1998, p. 56. LUHMANN, Niklas. El derecho de la sociedade, p. 281.

10. Cf. LUHMANN, Niklas. La differenziazione del diritto. op. cit., p. 348: “Che cosa possa essere la giustizia nella società moderna, non è possibile stabilirlo in guisa dell’interpretazione di una norma o di un valore, ad esempio, mediante esegese del concetto di eguaglianza, ma può risultare solo dall’accordo con altre variabili che determinano il sistema giuridico in dipendenza da determinate condizioni ambientali. Constatazione sulla giustizia dipendono, quindi, anche dal fatto che per il sistema giuridico possano essere operazionalizzate asserzione sulla varietà, I’interdispendenza o la generalizzazione.”.

11. VILLAS BÔAS FILHO, Orlando. Da ilusão à fórmula de contingência: a justiça em Hans Kelsen e Niklas Luhmann In: Direito e Filosofia: A Justiça na História da Filosofia. Maria Constança Peres Pisarra; Ricardo Nascimento Fabrini (coord.). São Paulo: Atlas, 2007, p. 143/144.

12. Cf. LUHMANN, Niklas. La differenziazione del diritto. op. cit., p. 348-349: “1) Un sistema di decisione corrisponde meglio al suo ambiente nella misura in cui può rappresentare al suo interno complessità esterna e portarla a decisione, vale a dire, può decidere adeguatamente. Ciò richiede una ricostruzione non solo della grandeza e della varietà dell’ambiente, ma anche delle interdipendenze dell’ambiente nel sistema. Una tale comprensione delle interdipendenze esterne, tuttavia, incontra presto difficoltà che, allo stato attuale a quello prevedibile per il futuro della tecnica della decisione, sono considerate insuperabili. Ogni sistema di decisione, perciò, retrocede su criteri e procedimenti di riduzione della complessità.”.

13. Ibidem, p. 321.

14. Cf. Ibidem, p. 333-334.

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7241 15. Cf. Ibidem, p. 344.

16. Cf. Ibidem, p.346.

17. Sobre a função do Direito na sociedade, ver Ibidem, p. 347: “La funzione specifica del diritto nella società – in altro luogo l’avero caratterizzata come generalizzazione congruente di aspettative di comportamento – si lascia esprimere soltanto nella forma di requisiti ulteriori di compatibilità e adattabilità. Con la possibilità di precisare questi requisiti e di farli valere come funzione sociale contro la pressione ambientale altrimenti specificata, al giurista è data la chancer di affermare socialmente e politicamente la sua autonomia.”.

18. CAMPILONGO, Celso. Governo representativo “versus” governo dos juízes: A “autopoiese” dos sistemas político e jurídico. op. cit., p. 58. LUHMANN, Niklas. El derecho de la sociedade, p. 280.

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