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Catequeses do papa Francisco

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Academic year: 2021

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Texto

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• A profissão da fé

• Os sacramentos e os dons do Espírito Santo • A família • A Igreja • A santa missa • A esperança cristã • A misericórdia • Os mandamentos • O Pai-nosso

• Os Atos dos Apóstolos

• As bem-aventuranças e a cura do mundo

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PAPA FRANCISCO

A S B E M - A V E N T U R A N Ç A S

E A C U R A D O M U N D O

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Direção editorial: Pe. Sílvio Ribas

Coordenação editorial: Danilo Alves Lima Coordenação de revisão: Tiago José Risi Leme Preparação do original: Caio Pereira

Coordenação de arte: Rodrigo Moura de Oliveira Foto da capa: Wikipédia

Editoração, impressão e acabamento: PAULUS

© PAULUS – 2021

Rua Francisco Cruz, 229 04117-091 São Paulo (Brasil) Tel.: (11) 5087-3700

paulus.com.br

editorial@paulus.com.br ISBN 978-65-5562-162-4 1ª edição, 2021

© Libreria Editrice Vaticana 00120 Cidade do Vaticano

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SUMÁRIO

AS BEM-AVENTURANÇAS Introdução ― 9

Bem-aventurados os pobres em espírito ― 12 Bem-aventurados os que choram ― 16

Bem-aventurados os mansos ― 19

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça ― 22 Bem-aventurados os misericordiosos ― 25

Bem-aventurados os de coração puro ― 28 Bem-aventurados os pacíficos ― 32

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça ― 35

A CURA DO MUNDO Introdução ― 41

Fé e dignidade humana ― 45 A opção preferencial pelos pobres

e a virtude da caridade ― 49 O destino universal dos bens

e a virtude da esperança ― 54 A solidariedade e a virtude da fé ― 59 Amor e bem comum ― 64

Cuidado da casa comum e atitude contemplativa ― 69 Subsidiariedade e virtude da esperança ― 74

Preparar o futuro com Jesus, que salva e cura ― 80 Índice das catequeses do papa Francisco

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INTRODUÇÃO

Hoje iniciamos uma série de catequeses sobre as bem-aventuranças no Evangelho de Mateus.1 Esse texto

abre o Sermão da Montanha e iluminou a vida dos crentes, e também de muitos não crentes. É difícil não se comover com essas palavras de Jesus, e é justo o desejo de as com-preender e acolher cada vez mais plenamente. As bem-a-venturanças contêm o “bilhete de identidade” do cristão – este é o nosso bilhete de identidade – porque delineiam o rosto do próprio Jesus, seu estilo de vida.

Agora, enquadremos essas palavras de Jesus global-mente; nas próximas catequeses comentaremos cada uma das bem-aventuranças, uma de cada vez.

Antes de tudo, é importante como surgiu o anúncio dessa mensagem: Jesus, vendo a multidão que o seguia, sobe à suave encosta que rodeia o lago da Galileia, senta-se e, dirigindo-se aos discípulos, anuncia as bem-aventuran-ças. Portanto, a mensagem é dirigida aos discípulos, mas no horizonte está a multidão, ou seja, toda a humanidade. É uma mensagem para toda a humanidade.

Além disso, a “montanha” faz recordar o Sinai, onde Deus entregou os Mandamentos a Moisés. Jesus começa a en-sinar uma nova lei: ser pobre, ser manso, ser misericordioso... Esses “novos mandamentos” são muito mais que normas. De fato, Jesus nada impõe, mas revela o caminho da felicidade – seu caminho – repetindo a palavra “felizes” oito vezes.

Cada bem-aventurança compõe-se de três partes. Ini-cia sempre com a palavra “felizes”; depois vem a situação

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na qual os felizes se encontram: pobreza de espírito, afli-ção, fome e sede de justiça, e assim por diante; por fim, há o motivo da bem-aventurança, introduzido pela conjunção “porque”: “Felizes estes porque, felizes aqueles porque...”. Assim, as bem-aventuranças são oito, e seria bom apren-dê-las de cor para as repetir, a fim de ter na mente e no coração essa lei que Jesus nos deu.

Prestemos atenção a este fato: o motivo da bem-aven-turança não é a situação atual, mas a nova condição que os bem-aventurados recebem como dom de Deus: “porque deles é o Reino do Céu”, “porque serão consolados”, “por-que possuirão a terra”, e assim por diante.

No terceiro elemento, que é precisamente o motivo da felicidade, Jesus usa muitas vezes um futuro passivo: “serão consolados”, “possuirão a terra”, “serão saciados”, “alcançarão a misericórdia”, “serão chamados filhos de Deus”.

Mas o que significa a palavra “feliz”? Por que começa cada uma das oito bem-aventuranças com a palavra “feliz”? O termo original não indica alguém que tem a barriga cheia ou está bem na vida, mas é uma pessoa que está em con-dição de graça, que progride na graça de Deus e no cami-nho de Deus: a paciência, a pobreza, o serviço aos outros, a consolação... Aqueles que progridem nesses aspectos são felizes e serão bem-aventurados.

Deus, para se doar a nós, escolhe muitas vezes cami-nhos impensáveis, talvez os dos nossos limites, das nossas lágrimas, das nossas derrotas. É a alegria pascal da qual falam os nossos irmãos orientais, aquela que tem os es-tigmas, mas está viva, atravessou a morte e experimentou o poder de Deus. As bem-aventuranças conduzem-nos à alegria, sempre; são o caminho para alcançar a alegria. Far-nos-á bem hoje abrir o Evangelho de Mateus, capítulo

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cinco, versículos de um a onze, e ler as bem-aventuranças – talvez várias vezes durante a semana – para compreen-der este caminho tão bonito, tão seguro da felicidade que o Senhor nos propõe.

Audiência geral 29 de janeiro de 2020

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BEM-AVENTURADOS OS POBRES EM ESPÍRITO

Hoje, confrontamo-nos com a primeira das oito bem-aventuranças do Evangelho de Mateus. Jesus começa a proclamar seu caminho para a felicidade com um anúncio paradoxal: “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu”.1 Um caminho surpreendente, e um estranho

objeto de bem-aventurança, a pobreza.

Devemos perguntar-nos: o que se entende aqui por “pobres”? Se Mateus usasse apenas essa palavra, então o significado seria simplesmente econômico, ou seja, indi-caria pessoas que têm pouco ou nenhum meio de subsis-tência e precisam da ajuda dos outros.

Mas o Evangelho de Mateus, ao contrário de Lucas, fala de “pobres em espírito”. O que significa isso? O espírito, segundo a Bíblia, é o sopro de vida que Deus comunicou a Adão; é a nossa dimensão mais íntima, digamos, a dimen-são espiritual, a mais íntima, a que nos torna humanos, o núcleo mais profundo do nosso ser. Então os “pobres em espírito” são aqueles que são e se sentem pobres, mendi-gos, nas profundezas do seu ser. Jesus proclama-os bem-a-venturados, porque o Reino do Céu lhes pertence.

Quantas vezes nos foi dito o contrário! É preciso ser algo na vida, ser alguém... É necessário ser famoso... E disso surgem a solidão e a infelicidade: se eu tenho que ser “alguém”, estou em competição com os outros e vivo numa preocupação obsessiva com meu ego. Se não aceito ser pobre, odeio tudo que me lembra a minha fragilida-de. Porque essa fragilidade me impede de ser uma pessoa

Referências

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