Charles Casimiro Cavalcante
charles@gtel.ufc.br
Grupo de Pesquisa em Telecomunica¸c˜oes Sem Fio – GTEL Departamento de Engenharia de Teleinform´atica
Universidade Federal do Cear´a – UFC http://www.gtel.ufc.br/∼charles
e em todo o mundo iniciaram mudan¸cas radicais em diferentes ´
areas...
Deve-se enfatizar que a introdu¸c˜ao de telefonia digital na rede telefˆonica foi motivada pelo desejo de melhorar a qualidade, adicionar novos servi¸cos e reduzir os custos de servi¸cos convencionais de voz.”
John C. Bellamy, 2000 Digital Telephony
1 Introdu¸c˜ao
2 Conceitos em sistemas telefˆonicos 3 Sinaliza¸c˜ao
4 Introdu¸c˜ao `as centrais telefˆonicas digitais 5 Servi¸cos e redes ATM
6 Voz sobre IP (VoIP) 7 Teoria de filas 8 Teoria do tr´afego
O pai do telefone
Johann Philipp Reis (1834-1874, Alemanha)
1861-1866: In´umeras demonstra¸c˜oes documentadas na Sociedade Cient´ıfica de Frankfurt
Transmiss˜ao de m´usicas e sons por meios el´etricos (mesmo princ´ıpio do telefone de A. G. Bell, de 1876)
Interesse por parte da comunidade cient´ıfica Erro de tradu¸c˜ao: ”ton; t¨one”
O pai do telefone - cont.
Innocenzo Manzetti (1826-1877, It´alia) 1849: Constru¸c˜ao de um autˆomato
Robˆo capaz de se mover e tocar flauta
Aperfei¸coamanto do robˆo: transmiss˜ao de voz `a distˆancia por meio de eletricidade
O pai do telefone - cont.
Antonio Meucci (1808-1889, It´alia) 1850: Chegada `a Nova York
1857: Aparelho funcionando satisfatoriamente 1860: Demonstra¸c˜ao p´ublica
1871: Aviso de patente, n˜ao renovada em 1876 1876: Patente de Alexander Graham Bell
O pai do telefone - cont.
Alexander Graham Bell(1847-1922, EUA)
Professor de surdos-mudos; procurava desenvolver um aparelho para educa¸c˜ao de deficientes auditivos
1876: Linha telefˆonica entre o andar t´erreo e o s´ot˜ao de sua oficina; dep´osito de patente em Washington
Status do sistema de telefonia mundial
Rede internacional (dados estat´ısticos de 1996) Mais de 1 bilh˜ao de aparelhos telefˆonicos Mais de 1 bilh˜ao de aparelhos celulares
Internet: centenas de milhares de computadores Migra¸c˜ao lenta para novas tecnologias
Status do sistema de telefonia mundial - cont.
Telefonia M´ovel em Crescimento
Aproximadamente 2 bilh˜oes de usu´arios no final de 2005 Pa´ıses com m´edia de mais de 1 celular por habitante Mais usu´arios do que a telefonia fixa
Local ´Area Networks (LANs)
Convergˆencia de tecnologias e integra¸c˜ao entre as redes de telefonia fixa e sem fio
“O maior neg´ocio do mundo” Novas aplica¸c˜oes, novas solu¸c˜oes VoIP
Status do Sistema de Telefonia Nacional
Dados estat´ısticos de 1993
12,5 milh˜oes de telefones (8,4 telefones/100 habitantes) Brasil no mundo: 40o (j´a figurara entre os 10 primeiros) 1o. lugar: Su´ecia, com 70 telefones/100 habitantes Demanda reprimida:
Apenas 20% das residˆencias urbanas s˜ao atendidas Apenas 2% das propriedades rurais s˜ao atendidas
Apenas 50% dos estabelecimentos de neg´ocios s˜ao atendidos D´eficit de 11 milh˜oes de telefones
Custo m´edio de $ 1.500 por terminal (investimento: $ 20 bilh˜oes)
Status do Sistema de Telefonia Nacional - cont.
Plano Nacional de Telecomunica¸c˜oes
1967: Embratel (comunica¸c˜oes de longa distˆancia) Implanta¸c˜ao de grandes troncos de microondas
Sucesso: desenvolvimento da telefonia interurbana antes da local
Problema: telefonia local
Status do Sistema de Telefonia Nacional - cont.
Privatiza¸c˜oes
Problema imposs´ıvel de ser resolvido pelo governo Necessidade de inje¸c˜ao de recursos no setor Capta¸c˜ao de investimentos externos
Conclus˜oes sobre o processo de privatiza¸c˜ao? Crise: in´ıcio de 2001
Perspectiva de mercado mal-dimensionada
Aparelhos Fixos × Aparelhos Celulares(Fonte: Anatel)
Data 1990 1997 2000 2003
Aparelhos Fixos 12,2 17 30,9 39,1
Ondas
Natureza
Mecˆanicas ou el´asticas
Meios materiais (gases, l´ıquidos ou s´olidos) Impulsos mecˆanicos (varia¸c˜ao da press˜ao do meio) Ex.: ondas sonoras, ondas em uma corda
Eletromagn´eticas
Meios materiais ou v´acuo Energia eletromagn´etica
Ondas
Dire¸c˜ao de Vibra¸c˜ao e de Propaga¸c˜ao Transversais
Longitudinais
Mistas (ondas sonoras nos s´olidos) Caracter´ısticas das Ondas
Amplitude Per´ıodo [s] Freq¨uˆencia [Hz] Comprimento de onda [m] Velocidade Onda eletromagn´etica: 3 × 108 m/s
Onda sonora no ar: 340 m/s Onda sonora no mar: 1505 m/s
Ondas sonoras
Som
Sensa¸c˜ao no sistema nervoso devido `as vibra¸c˜oes das membranas do aparelho auditivo.
Voz
Fonemas: sons elementares Letras
Faixa de freq¨uˆencias: 0,1 a 10 kHz Potˆencia m´edia
Voz baixa: 0,001 µW Voz normal: 10 µW. Grito: entre 1 e 2 mW
Ondas sonoras - cont.
Audi¸c˜ao
Caracter´ısticas do som Intensidade - amplitude
Sons graves - freq¨uˆencias baixas Sons agudos - freq¨uˆencias altas Timbre - harmˆonicas 20 20 k 17 0,0017 f (Hz) m som infra-som ultra-som
Utiliza¸c˜ao do canal telefˆonico
Voz
Faixa de freq¨uˆencias: de 300 a 3.400 Hz Energia: 68%
Inteligibilidade: 85%
0 0,3 3,4 4 (kHz)
Faixa de freqüências para transmissão de voz
Utiliza¸c˜ao do canal telefˆonico - cont.
M´usica(15 kHz)
Faixa de freq¨uˆencias: de 50 a 10.000 Hz V´ıdeo
Sinal de v´ıdeo (monocrom´atico), sub-portadoras de ´audio e de cor
Faixa de freq¨uˆencias requerida: de 4 a 8 MHz
Fatores importantes (convers˜ao para equivalentes el´etricos): Distribui¸c˜ao da luz e da sombra
Perspectiva tridimensional Percep¸c˜ao de movimento Percep¸c˜ao da cor Picture element (pixel)
Tipos de sistema
Simplex
A
B
Radiodifus˜ao: AM, FM, TV
Semi-Duplex
Tipos de sistema
Full-Duplex
A
B
Enlaces de microondas, sat´elites, telefonia Informa¸c˜ao Bilateral
Aparelho telefˆonico
Central de comuta¸c˜ao ou telefˆonica Roteamento
Viabilidade econˆomica A propaga¸c˜ao dos sinais
Propaga¸c˜ao dos sinais
Bateria
Bateria central de 48 V, alimenta o aparelho telefˆonico atrav´es do cabo
Bateria local
Elimina a influˆencia do cabo na amplitude do sinal Inconvenientes operacionais
Perdas
Pequenas distˆancias: perdas insignificantes M´edias e longas distˆancias: atenua¸c˜aodo sinal
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
Solu¸c˜ao para a Atenua¸c˜ao do Sinal: M´edia Distˆancia
Pupiniza¸c˜ao
Michel Idvorsky Pupin (1858-1935, Iugosl´avia): descreveu matematicamente a ressonˆancia el´etrica e a retifica¸c˜ao de sinais em altas freq¨uˆencias
Adi¸c˜ao de indutˆancias concentradas em s´erie com os condutores da linha (L/C = r/G); preven¸c˜ao contra distor¸c˜oes em freq¨uˆencia
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
Solu¸c˜ao para a Atenua¸c˜ao do Sinal: M´edia Distˆancia - cont.
Pupiniza¸c˜ao - cont.
A atenua¸c˜ao de uma linha modelada por parˆametros concentrados
Z = r + jωL e Y = G + jωC (1)
´e dada por α = 1 2 rG − ω2LC + q (rG − ω2LC)2+ ω2(LG + rC)2 12 (2)
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
Solu¸c˜ao para a Atenua¸c˜ao do Sinal: M´edia Distˆancia - cont.
Pupiniza¸c˜ao - cont.
Esta atenua¸c˜ao independe de ω se L/C = r/G Na pr´atica: L/C < r/G
A pupiniza¸c˜ao n˜ao pode ser usada em sistemas multicanais (filtro passa baixas).
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
Solu¸c˜oes para a Atenua¸c˜ao do Sinal: Longa Distˆancia
Amplificadores de resistˆencia negativa
0
R
<
1P
2 1P
>
P
Amplifica¸c˜ao bidirecional a 2 fios Limita¸c˜oes pr´aticas: ganhos de 8 dB
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
Solu¸c˜oes para a Atenua¸c˜ao do Sinal: Longa Distˆancia - cont.
Amplificadores com jun¸c˜ao h´ıbrida
Separa¸c˜ao entre os canais: 2 pares de fios por assinante Amplificadores unidirecionais no trecho a 4 fios
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
Solu¸c˜oes para a Atenua¸c˜ao do Sinal: Longa Distˆancia - cont.
Amplificadores em sistemas multicanais
Multiplexa¸c˜ao por divis˜ao em freq¨uˆencia ou em tempo (a 4 fios)
FDM: AM-SSB, AM comum; 12 canais/par telefˆonico; 10.800 canais/cabo coaxial; 2.700 canais/enlace de microondas TDM: PCM; 24 (EUA) ou 30 (CCITT, adotado no Brasil) canais de voz/par telefˆonico
Linhas tronco; vantagem econˆomica
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
As Jun¸c˜oes H´ıbridas ou H´ıbridos
Circuito com 4 acessos (4 pares de terminais)
Sinal (atenuado) passa entre acessos adjacentes e ´e zero no acesso oposto ao de entrada (h´ıbrido balanceado)
1 2 3 4 acesso de entrada sinal sinal acesso adjacente acesso adjacente acesso oposto 1 2 3 4
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
As Jun¸c˜oes H´ıbridas ou H´ıbridos - cont. Tipos de h´ıbrido
1 Transformador balanceado (h´ıbrido indutivo) 2 Ponte de resistˆencia (h´ıbrido resistivo)
3 Perda entre acessos adjacentes: 3 db para o h´ıbrido indutivo e
Propaga¸c˜ao dos sinais - cont.
As Jun¸c˜oes H´ıbridas ou H´ıbridos - cont. Localiza¸c˜ao dos h´ıbridos
1 Solu¸c˜ao utilizada para linhas telefˆonicas extensas
2 Convers˜ao de 2 para 4 fios: centrais de trˆansito das cidades
A
B
Canal urbano Canal urbano Canal interurbanoUnidades de N´ıvel de Sinal em Telecomunica¸c˜oes
Unidades Logar´ıtmicas de Sinal e Ru´ıdo An´alise, especifica¸c˜ao, testes e medidas Lei de Weber-Fechner
Sinais de ´audio, destinados a um utilizador final humano “A sensa¸c˜ao subjetiva ´e proporcional ao logaritmo do est´ımulo objetivo”
Os n´ıveis de som s˜ao expressos em unidades logar´ıtmicas (decib´eis).
Unidades de N´ıvel de Sinal em Telecomunica¸c˜oes
Defini¸c˜oes
Potˆencia el´etrica de sinal: mW Potˆencia el´etrica de ru´ıdo: pW Tom de teste padr˜ao: 1 mW
1 N´ıvel tipicamente encontrado em linhas telefˆonicas
2 Medido no ponto onde o sinal entra no sistema de transmiss˜ao 3 N´ıvel relativo zero de uma escala logar´ıtmica
4 Qualquer n´ıvel ´e expresso em dB relativos ao 1 mW, ou seja,
dBmW ou dBm.
Unidades de N´ıvel de Sinal em Telecomunica¸c˜oes
Defini¸c˜oes - cont.
Convers˜ao entre as escalas linear e logar´ıtmica
PdBm= 10 · log (PmW) (3)
Potˆencia relativa de sinal em um ponto X PdBr= 10 · log P
X
P0
(4) N´ıvel absoluto de um sinal medido no ponto de n´ıvel relativo zero PdBm0 = 10 · log P0 1 mW (5)