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Livro que não é só livro

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Academic year: 2021

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Texto

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Livro que não é só livro

Mamãe, como eu nasci? – O livro que virou peça

“[...]um primoroso trabalho.“

Marília Sampaio, O Globo

Texto: Fátima Valença

Músicas de Ubirajara Cabral

Concepção e direção: Antonio Carlos Bernardes*

Pouco explorada nos palcos, a Educação Sexual para crianças é tema de divertido musical que utiliza o desenho animado e um belo texto para responder às dúvidas mais comuns dos cada vez mais curiosos pimpolhos.

A pergunta clássica, própria de meninos e meninas em determinada fase de suas vidas, foi muito bem explorada no teatro. O tema da Educação Sexual infantil recebeu um tratamento especial.

A ação é direta e simples: um menino de sete anos começa a se perguntar: afinal, como são feitos os bebês? Sua mãe está grávida e, quando o menino decide conversar com os pais, eles se perdem. Não sabem mesmo como dominar a situação.

A primeira solução revela-se equivocada: com o auxílio da Internet, os pais procuram pesquisar tudo, mas a linguagem, repleta de termos científicos, não ajuda em nada. Ele acaba indo perguntar à avó, que então explica como é realizada a fecundação e como crescem e nascem os bebês. Só que, quando chega o dia do parto, nosso herói terá um papel muito mais decisivo do que jamais poderia imaginar.

Autora de espetáculos de sucesso como Dolores, Elis e A Inacreditável Viagem de Marco Polo, Fátima Valença confessa ter um prazer especial em mergulhar na dramaturgia infantojuvenil. “Se alguém me perguntar para quem escrevo, a resposta vem na ponta da língua: para as crianças - não importa a idade - e para os atores. São eles que dão vida e sentido a tudo que escrevo”, diz. Secretário do Conselho de Administração do Centro Brasileiro de Teatro para Infância e Juventude (CBTIJ), organização que luta por um teatro de qualidade para o público infantil, foi Antonio Carlos Bernardes quem enxergou nos livros de Marcos Ribeiro a possibilidade de um espetáculo.

Mamãe, como eu nasci? conta ainda com Ubirajara Cabral, que assina a trilha sonora e a direção musical. “Procurei fazer o menino, o bebê, a mamãe, o papai e a vovó cantarem não somente afinados, mas com a intenção musical que procura adicionar mais emoção à cena, tornando-a mais perene na imaginação da criança e até mesmo do adulto”, diz Ubirajara. A música, de fato, acompanha todo o desenvolvimento do bebê, desde a “corrida da concepção”.

* Diretor, produtor e ator. Secretário do Conselho de Administração do Centro Brasileiro de Teatro para Infância e Juventude (CBTIJ) - 2010/2012; Presidente da entidade por duas gestões (2002/2006); Conselheiro da Comissão Nacional de Incentivo Cultural (CNIC) (2009/2010).

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As canções e músicas criadas para o espetáculo se unem a outro elemento essencial: a técnica de desenho animado. Utilizando-se de computação gráfica, Rico Vilarouca e Renato Vilarouca deram vida aos desenhos de Bia Salgueiro. Projetado em Sistema VCD, em um telão de grandes dimensões, os desenhos animados permitem que o feto, a partir dos três meses, seja visto como um personagem importante, que participa ativamente da história. Todos os cenários são projetados e têm animações.

Uma original combinação de atores e da técnica de desenhos animados no palco, Mamãe, como eu nasci? procura responder, de forma eficiente e direta, às questões mais comuns que as crianças entre 5 e 10 anos têm sobre a concepção e o nascimento do bebê.

Histórico de apresentações da peça:

A peça, sucesso de público e crítica, ficou em cartaz e em apresentações especiais de maio de 2003 a junho de 2009.

No Rio de Janeiro estreou no Teatro Maria Clara Machado (Planetário da Gávea) e depois teve apresentações nos teatros Ziembinski, Miguel Falabella e SESC Tijuca. Foram quatro temporadas seguidas.

Também participou durante três meses da 3ª. Mostra SESC - CBTIJ de Teatro para Crianças, nos Municípios do Estado do Rio de Janeiro: Campos, Barra Mansa, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, São João do Meriti, São Gonçalo, Teresópolis e Três Rios, entre outros.

Mamãe, como eu nasci? se apresentou também nos Teatros Gláucio Gil e Universidade Federal Fluminense (UFF) e foi escolhido para participar do Vale a pena ver de novo da 5ª Mostra SESC - CBTIJ de Teatro para Crianças e do projeto Em Boa Companhia, no Teatro Gonzaguinha, do Centro Calouste Gulbenkian (Centro do Rio de Janeiro).

Com o apoio do Ministério da Cultura, Mamãe, como eu nasci? foi escolhido para participar da Caravana Funarte de Circulação Regional – Sudeste/Sul, onde se apresentou nas cidades de Búzios e Rio das Ostras (RJ), Cataguazes e Belo Horizonte (MG).

Fez temporada de dois meses na Casa de Cultura Laura Alvin, comemorando 170 apresentações (nov. e dez. 2009).

Mamãe, como eu nasci? participou dos Festivais:

- Internacional de Angra dos Reis (RJ); - Internacional de Londrina;

- Nacional de Teatro Infantil de Blumenau, Pernambuco e São João del Rei; - Internacional de Rosário, Ushuaia e Córdoba (Argentina);

- Internacional de Teatro de Colômbia; - Festeca - Festival de Angola.

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O que saiu na imprenssa sobre a peça

Foi o único espetáculo brasileiro a participar do Fiesta Teatral Cordoba 2004 - Festival Internacional de Niños y Jóvenes da Argentina, realizado na cidade de Córdoba, em setembro de 2004.

Jornal Monitor Campista – Campos / RJ Caderno Monitor Mais – 7 de junho de 2003

Cegonha, que nada!

Tudo o que as crianças sempre quiseram saber e os pais tiveram vergonha de responder está no próximo espetáculo da Mostra SESC / CBTIJ

Reportagem: Carla Cardoso

Uma trouxinha no bico da cegonha ou até mesmo uma sementinha dentro de um repolho. São muitas as mirabolantes explicações dadas às crianças sobre o nascimento, questão que deixa muitos pais de cabelo em pé na hora de responder à tão temida pergunta: Mamãe, como eu nasci? Esse é o nome do espetáculo que será apresentado amanhã, às 16 horas, no Teatro Múcio da Paixão, no SESC, dentro da 3ª Mostra SESC / Centro Brasileiro de Teatro para Infância e Juventude (CBTIJ) que apresenta em Campos, a cada 15 dias, uma peça teatral com temas diferentes para a criançada.

Na história, um menino de sete anos começa a ter curiosidades sobre como são feitos os bebês. Sua mãe está grávida e quando ele pergunta sobre o assunto os pais se perdem e não sabem como dominar a situação. A avó ajuda-os, resolvendo a situação. Toda a história, incluindo o processo de crescimento do bebê na barriga da mãe, é visto com muito humor. Durante todo o espetáculo, os atores interagem com desenhos animados projetados.

Transformado em texto teatral por Fátima Valença, a partir de uma história criada por Antonio Carlos Bernardes, com os elementos didáticos do livro, Mamãe, como eu nasci? aborda o tema de maneira sensível, simples e direta, com muita música e humor. O objetivo do trabalho é responder de uma maneira simples, eficiente e lúdica às mais diferentes perguntas que as crianças têm em relação à concepção e ao nascimento de um bebê, além de pôr em prática uma pesquisa que mescla atores e desenho animado, havendo uma interação entre o que ocorre em cena e as imagens projetadas.

São muitos os espetáculos infantis em cartaz, porém, um tema é muito pouco aproveitado para o público infantojuvenil: Educação Sexual. Seja por problemas familiares, morais e religiosos, falar sobre sexo é sempre difícil. Ainda mais quando o público alvo é a criança. A montagem, com duração de 50 minutos, é recomendada a crianças de cinco a dez anos. A peça tem como base o livro de mesmo nome de Marcos Ribeiro, que mostra que é possível falar de sexo de maneira simples e inteligente, sem preconceitos.

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Ficha Técnica:

• Elenco: Bruno Sanches, Mayra Capovilla e Marcio Machado

• Roteiro e Texto: Fátima Valença – a partir do livro de Marcos Ribeiro • Ideia, Concepção e Direção: Antonio Carlos Bernardes

• Músicas e Direção Musical: Ubirajara Cabral

• Animação: Ricardo Vilarouca e Renato Vilarouca – a partir de ilustrações de Bia Salgueiro • Figurinos: Douglas Nogueira

• Iluminação: Djalma Amaral

• Mobiliário Cenográfico e Produção: Antonio Carlos Bernardes • Realização: A. C. B. Comunicações

Jornal do Brasil – Rio de Janeiro

Revista Programa – Criança 12 de setembro de 2003

Pais e mães de saia justa

Criança faz cada pergunta! E as variações clássicas sobre tudo que envolve o nascimento estão entre as que deixam os pais na maior saia justa. O musical Mamãe, como eu nasci?, estreia deste fim de semana, no Teatro Maria Clara Machado, explora temas da educação sexual de maneira simples e com muito bom humor. O espetáculo, inspirado no livro homônimo do sexólogo Marcos Ribeiro, foi roteirizado por Antonio Carlos Bernardes e Fátima Valença. Em cena, um menino de sete anos prestes a ganhar um irmãozinho decide esclarecer o mistério. Os pais, coitados, não sabem como explicar as coisas mais simples e tentam a Internet. Até a vovó é chamada. “Na verdade, os pais querem tanto acertar que acabam complicando ainda mais”, diz Bernardes. No musical, as respostas aparecem de forma inteligente, sem preconceitos e facilmente entendidas por crianças entre 5 e 10 anos. Além da direção musical do veterano Ubirajara Cabral, outro achado da montagem foi a técnica de desenho animado. Através da computação gráfica, Rico e Renato Vilarouca deram animação aos desenhos de Bia Salgueiro, que permitem que o feto participe ativamente da história. Em cena, Bruno Sanches, o menino curioso, Mayra Capovilla e Márcio Machado.

Jornal o Globo

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Mamãe, como eu nasci?

Peça em cartaz no Sesc Tijuca mostra trabalho primoroso do diretor Antonio Carlos Bernardes. Novidade no palco: teatro e animação

Texto: Marília Coelho Sampaio

Já desesperado com a falta de objetividade dos pais, um menino de 7 anos apela para a avó: “Como é que um bebê vai parar na barriga da mãe?”. Ao que ela responde: “Já ouviu falar em sexo?”. Por mais estranho que possa parecer, é ele mesmo, o sexo, o assunto abordado no espetáculo infantil Mamãe, como eu nasci?, em cartaz no Sesc Tijuca.

A peça, uma adaptação do livro do sexólogo Marcos Ribeiro, com direção de Antonio Carlos Bernardes e texto de Fátima Valença, responde de forma muito criativa e bem-humorada à pergunta capciosa da qual os pais não conseguem escapar.

Peça é baseada em livro pedagógico

A história de Mamãe, como eu nasci?, criada por Bernardes a partir do livro pedagógico homônimo e depois roteirizada por Fátima Valença, tem uma trama bem amarrada que explora a curiosidade de um menino de 7 anos a respeito da concepção dos bebês.

Primeiro, ele tenta descobrir a resposta num livro para crianças. Como todas as respostas lhe parecem muito ingênuas, o menino apela para os pais. Angustiados, os dois recorrem até à Internet na tentativa de encontrar uma boa explicação – sem sucesso algum. A curiosidade do menino chega ao limite quando os pais comunicam que ele vai ganhar uma “irmãzinha”. Decidido a desvendar o mistério, ele procura a avó, que, finalmente, esclarece tudo.

Para contar essa história, Antonio Carlos Bernardes lança mão da técnica do desenho animado que, junto com a música, torna-se imprescindível para a realização do espetáculo. Isso porque Mamãe, como eu nasci? não é uma peça com projeção de vídeo, como outras que estamos acostumados a ver.

É, na verdade, uma perfeita integração de duas linguagens específicas: a do teatro e a da animação. Desde as primeiras cenas, o público entra em contato com o desenho animado projetado num telão no fundo do palco completamente vazio. E, em vários momentos, a cena “vaza” do palco para a tela e vice-versa – como nas cenas em que o menino olha através da fechadura do quarto dos pais, projetado na tela, ou quando os papéis saem da impressora para o palco.

Em cena, o menino Bruno Sanches esbanja desembaraço, provocando a identificação dos meninos e alguns suspiros discretos das meninas, enquanto o ator Márcio Machado faz o público gargalhar tanto no papel do pai imaturo quanto no do médico excêntrico. Já Mayra Capovilla está perfeitamente integrada no papel da mãe, mas talvez com um comportamento um pouco jovial demais para a avó, mesmo que ela seja do tipo modernosa.

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Há uma corrida de espermatozóides

A equipe de criação do desenho animado merece um elogio à parte. Utilizando os recursos da computação gráfica, Rico Vilarouca e Renato Vilarouca deram vida às ilustrações de Bia Salgueiro para o livro de Marcos Ribeiro e criaram cenas impagáveis como a da corrida dos bem vestidos espermatozóides na disputa pelo óvulo, à do caprichoso comportamento do bebê que se recusa a mostrar o sexo durante a ultrassonografia.

Aliás, todas as aparições do bebê (dublado por Marcelo Capobiango) na barriga da mãe são divertidíssimas. O figurino de Douglas Nogueira também está muito afinado com o humor do espetáculo, destacando-se na passagem em que pai e filho aparecem com pijamas idênticos. A luz de Djalma Amaral é eficiente e o mobiliário cênico, criado pelo próprio diretor, um achado no espetáculo – aqui vale um registro especial para o momento em que a família pega um engarrafamento a caminho do hospital. O desenrolar da cena faz as crianças da plateia se mexerem na cadeira, gargalharem, enfim, vibrarem com o que está acontecendo no palco.

As músicas de Ubirajara Cabral, com ritmos variados como o samba (o Samba do bebê é uma delícia), o jazz e a MPB, botam o espetáculo para cima. E embora se saiba o quanto a música ao vivo encarece a produção de um espetáculo, não se pode dizer que a peça ganharia muito se os atores cantassem em cena, mesmo com a música gravada.

De qualquer forma, Mamãe, como eu nasci? é um trabalho primoroso do diretor Antonio Carlos Bernardes, que enche de alegria os entusiastas do teatro infantil e, o mais importante, faz os olhos das crianças brilharem.

Jornal Extra – Rio de Janeiro / RJ

Caderno Sessão Extra Seção Roteiro – 13 de setembro de 2003

A pergunta que não quer calar - menino questiona gravidez da mãe

A partir da dúvida de um menino de 7 anos sobre a origem dos bebês, a peça Mamãe, como eu nasci? aborda com bom humor o tema da Educação Sexual infantojuvenil. Adaptada do livro homônimo de Marcos Ribeiro por Antonio Carlos Bernardes e Fátima Valença, a peça estreia hoje no Teatro Maria Clara Machado (Av. Padre Leonel Franca, 240 – Gávea) e traz no elenco Bruno Sanches, Mayra Capovilla e Márcio Machado.

A mãe do menino de 7 anos está grávida e ele decide conversar com os pais para saber como aquilo aconteceu. Só que o casal se atrapalha e acaba não sabendo como lidar com a situação.

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Referências

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