EDUCAÇÃO BILÍNGU
Resumo: A comunidade surda para Surdos, a qual reconhece estudantes Surdos podem freq cidades brasileiras, ou as escola em poucas cidades do território na educação dos Surdos, princ metodologias adequadas. Dian importância da Educação bi Alternativo para Alunos Surdo metodologia a revisão bibliográ assim como a legislação que necessidade do governo prov ampliando a oferta da Educaçã classes bilíngues em escolas co apenas estudantes que já con resultados satisfatórios para a c são professores voluntários do P Palavras-chave: Educação Inc
Introdução
A inclusão escolar principalmente a partir das p de garantir o acesso e a
1
Doutoranda do Programa de Pó Professora de Geografia e do Uberlândia. Orientadora Pedag fernandapena87@yahoo.com.br 2
Professora Doutora do Instituto d adrianyavila@gmail.com
ÍNGUE PARA SURDOS E EXPERIÊNCIAS IN UBERLÂNDIA-MG
EIXO 2: Processos de Es
Mª Fernanda Drª Adriany de Ávila Me
surda e as novas legislações vêm buscando pelo direit nhece a especificidade linguístico-cultural destes indiv
frequentar as escolas comuns, presentes em grande escolas bilíngues, que não conseguem atender à deman rritório nacional. Inúmeras pesquisas constatam o insuc
, principalmente devido à falta de formação profission . Diante deste problema, o presente trabalho tem o ão bilíngue para Surdos, assim como apresentar Surdos” (CAS), realizado em Uberlândia-MG. Para i bliográfica sobre Educação Inclusiva, Educação Bilíng o que respalda os direitos destes alunos. Como resu
providenciar políticas públicas mais assertivas na ucação Bilíngue, seja por meio da criação de novas es olas comuns. O Projeto CAS, apesar de ser um projeto
á concluíram ou que estão concluindo o Ensino M ara a comunidade Surda e para os graduandos dos curs os do Projeto, os quais buscam uma formação docente m ão Inclusiva, Formação Docente, LIBRAS
scolar de estudantes com deficiência tornou das políticas públicas brasileiras que abordam a te e a permanência destes estudantes no sistem
de Pós-graduação em Geografia da Universidade Fede do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Pedagógica do Cursinho Alternativo para Alunos Su ituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia
AS INCLUSIVAS EM
de Escolarização dos Surdos
rnanda Santos, PENA, UFU 1 ila Melo, SAMPAIO, UFU 2
direito à Educação Bilíngue s indivíduos. Atualmente, os grande número em todas as demanda, por se localizarem insucesso da escola comum fissional e à inexistência de em o objetivo de discutir a entar o Projeto “Cursinho Para isto, foi utilizada como ilíngue para alunos Surdos, o resultados, se verificou a s na educação dos Surdos, vas escolas bilíngues, ou das projeto paliativo, que atende Médio, vem alcançando s cursos de licenciatura, que cente mais inclusiva.
tornou-se imprescindível, m a temática. É uma forma sistema educacional, com
Federal de Uberlândia-UFU. EE) da Prefeitura Municipal de s Surdos da UFU. E-mail:
qualidade3. Todavia, precisa compreender suas dimensões
Dentre os estudante merecem atenção peculiar. P brasileira e por sua intencio educacionais que direcionam Modalidades de esco continuam sendo adotadas, s primeira língua. Dentre elas Surdos devem ser escolari metodologias direcionadas ao
Estas modalidades comprovam o insucesso esco 2012), dentre 1,1 milhão de e 1.582 cursam o Ensino Sup
A comunidade surda acesso à educação bilíngue, inseridas em escolas comu linguístico-cultural dos Surd favorecimento do seu desenv
Desse modo, o presen de extensão, intitulado Curs Ensino, Pesquisa, Atendime Universidade Federal de Ub inclusão de pessoas surdas n condições de desigualdade e Para isto, foi utiliza inclusiva, educação bilíngue
3
Neste texto entende-se por qua educação proporciona conhecimen sociedade democrática, intercultur 4
Escolas Especiais são aquelas deficiência. Durante mais de uma com suas atividades restritas, poi complementar e suplementar. En revista, poderão atuar na oferta de de Políticas de Educação Especia
recisa-se realizar um aprofundamento epistemológ ensões e o distanciamento entre o discurso e a práti dantes incluídos nas escolas estão os estudante liar. Pensar na sua inclusão escolar perpassa não ap tencionalidade de mobilizar a sociedade, mas tam ionam seu aprendizado.
e escolarização que não apresentam sucesso para o adas, sem considerar a Libras (Língua Brasileira e elas, notam-se as escolas especiais4 e as escolas scolarizados primordialmente a partir da Língu adas aos ouvintes.
ades de escolarização foram alvos de inúm o escolar dos seus estudantes Surdos. Segundo o C ão de surdos brasileiros, apenas 74.547 frequentam no Superior.
surda e as novas legislações vêm, portanto, bus íngue, por meio de Escolas Bilíngues para Surdos comuns. Esta modalidade educacional reconhe s Surdos, promovendo a identidade linguística da c desenvolvimento social.
presente artigo possui o objetivo de apresentar exp o Cursinho Alternativo para Surdos (CAS), realiz ndimento e Extensão em Educação Especial (CE de Uberlândia (UFU). O CAS tem o objetivo d rdas no Ensino Superior, desenvolvendo ações de
ade e exclusão escolar, sofridas pela comunidade s utilizada como metodologia a revisão bibliográ ilíngue para alunos Surdos, assim como a legisla
r qualidade a garantia ao desenvolvimento integral do alu ecimentos e habilidades para uma vida produtiva no contex rcultural e cidadã.
uelas escolas especializadas em atender, exclusivament uma década, em decorrência do movimento de inclusão e s, pois não podem substituir a educação formal, suas atri ar. Entretanto, com a publicação do Decreto 7.611/11 do
rta de educação regular com apresentação de seu projeto p pecial da SECADI/MEC.
mológico na área, a fim de a prática.
tudantes Surdos, os quais não apenas pela legislação as também, nas filosofias
para os estudantes Surdos ileira de Sinais) como sua scolas comuns, em que os Língua Portuguesa, com
inúmeras pesquisas que do o Censo Escolar (INEP, entam a Educação Básica,
o, buscando pelo direito e urdos ou classes bilíngues conhece a especificidade a da comunidade surda e o
tar experiências do projeto , realizado pelo Centro de CEPAE) no âmbito da etivo de contribuir para a es de superação das atuais dade surda.
liográfica sobre educação legislação que respalda os
o aluno, na medida em que a ontexto de construção de uma amente, pessoas com alguma são educacional, estas ficaram s atribuições são de natureza /11 do AEE, esta situação foi ojeto pedagógico pela Diretoria
direitos destes alunos. As dis Inclusiva e de Educação Esp Educação da Universidade Lázara Cristina da Silva, tam
1. Marcos legais da inclusã
Referente aos docum das pessoas público da educ abordará, brevemente, as leg
No Brasil, a Constit deficiência. Em seu art. 208 educacional especializado ao ensino”. Já no art. 227, dispõ
§ 1º os po integr treina bens arquit No ano de 1989, des pleno exercício dos direitos integração social. Um ano m pela Lei nº 8.069, em seu adolescente portadores de de A partir dessa data, a mundo, começou a ser influe
Na Conferência de Declaração Mundial sobre E que se iniciou o debate so participantes começaram a educação comum.
As discussões realizadas durante a disciplina de “P ão Especial no Brasil”, ministrada no Programa d idade Federal de Uberlândia, no ano de 2015, p
a, também contribuíram para a realização do presen
clusão escolar para estudantes Surdos
documentos oficiais, muitos foram os avanços par a educação especial, em âmbito nacional e intern as legislações gerais e específicas sobre a escolariz onstituição Federal de 1988 se refere à educaçã rt. 208, afirma que, nesse dever, se inclui a garan ado aos portadores de deficiência, preferencialmen , dispõe sobre:
§ 1º - Criação de programas de prevenção e atendime os portadores de deficiência física, sensorial ou m integração social do adolescente portador de de treinamento para o trabalho e a convivência, e a fac bens e serviços coletivos, com a eliminação de prec arquitetônicos (BRASIL, 1988).
9, destaca-se a Lei nº 7.853, a qual estabelece n ireitos individuais e sociais das pessoas com defic ano mais tarde, o Estatuto da Criança e do Adole seu primeiro parágrafo do art. 2º, estabelece de deficiências receberão atendimento especializad data, a elaboração de leis e ações educacionais no influenciada por alguns documentos internacionais ia de Jomtien, na Tailândia, realizada em 199 obre Educação para Todos. A partir da elaboração ate sobre a Educação Inclusiva, em âmbito m am a se organizar para garantir o direito de to
de “Políticas de Educação ama de Pós-Graduação em 015, pela professora Dra. presente trabalho.
os para a inclusão escolar internacional. Este tópico colarização dos Surdos.
ducação das pessoas com garantia de “atendimento ialmente na rede regular de
ndimento especializado para ou mental, bem como de de deficiência, mediante o a facilitação do acesso aos e preconceitos e obstáculos
lece normas gerais para o deficiência e sua efetiva Adolescente, estabelecido elece que “a criança e o ializado”.
ais no Brasil e em todo o ionais.
m 1990, foi elaborada a oração desse documento é ito mundial, e os países de todos frequentarem a
No ano de 1994 em Educação para Todos, defe Sobre Princípios, Políticas e No Brasil, em junho Educação Para Todos, ela Educação Para Todos de Jom
Também influenciad Salamanca, a Lei de Diretri trouxe um capítulo dedicado relacionados com essa tem promulgada a Lei nº 10.098, Outro documento int Montreal sobre Inclusão, apr realizado em Montreal, Queb Nesse mesmo ano, r Eliminação de todas as f Deficiência”. Tal Convenção outubro de 2001.
Os documentos apr escolarização para os est matriculados em escolas esp que atendesse suas necessida direcionada à comunidade su Sinais, regulamentada no ano Esse decreto foi de g um meio legal de comunic Também apresenta a inclusã formação de professores para O decreto também di formação do professor de Li em garantir o acesso às infor
94 em Salamanca, Espanha, se reafirmou o c , defendida em Jomtiem. Elaborou-se a “Declar icas e Práticas na Área das Necessidades Educativa junho de 1993, o Ministério da Educação divulgou s, elaborado em cumprimento das resoluções de Jomtien.
nciada pela Conferência de Jomtien, bem como Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBE
dicado à Educação Especial, além de apresentar a temática em outros capítulos. Também no B 0.098, conhecida como Lei da Acessibilidade.
to internacional de relevância na área é a Declara ão, aprovada 2001 pelo Congresso Internacional "S
, Quebec, Canadá.
ano, realizou-se, na Guatemala, a Convenção In as formas de Discriminação contra as “Pes venção foi publicada no Brasil por meio do Decre
s apresentados foram importantes para os ava s estudantes Surdos. Entretanto, muitos aind as especiais, ou em escolas comuns, sem um aten
essidades linguísticas especiais. Foi em 2002 que s ade surda: a Lei nº 10.436, a qual dispõe sobre a no ano de 2005 por meio do Decreto da Lei de Libr
de grande importância para os Surdos, pois iden municação e expressão utilizada pela comunida nclusão da Libras como disciplina curricular obrig es para o exercício do magistério, em nível médio e ém diz respeito à garantia do direito à educação d de Libras e do instrutor de Libras; o compromisso s informações na Libras para os Surdos; ao uso e d
u o compromisso com a Declaração de Salamanca:
cativas Especiais”.
vulgou o Plano Decenal de uções da Conferência de
como pela Declaração de LDBEN, Lei nº 9.394/96, sentar artigos e/ou incisos no Brasil, em 2000, foi
eclaração Internacional de nal "Sociedade Inclusiva",
ção Interamericana para a “Pessoas Portadoras de Decreto nº 3.956, de 8 de
os avanços na oferta de s ainda se encontravam atendimento educacional 2 que surgiu a primeira Lei bre a Língua Brasileira de
e Libras, nº 5.626.
is identifica a Libras como unidade surda brasileira. r obrigatória nos cursos de
édio e superior.
ação das pessoas surdas, à misso dos órgãos públicos so e difusão da Libras e da
Língua Portuguesa para o a intérprete de Libras5 - Língua
No ano de 2007, dest (PDE), tendo como eixos a f de salas de recursos multif assim como acesso e perma 2011, o Decreto nº 7.611, especializado, além de dar ou
Ao analisar as legis estudantes Surdos, apesar d devem necessariamente ser in
Em 1996, realizou promovido pela UNESCO em
Todas de pre todos secun (UNE Essa determinação de direito à utilização da Libr observando é a inserção do metodologias diferenciadas e
O mesmo observa-promulga a Convenção Inte Protocolo Facultativo, assin Artigo 24, referente à Educaç
b. Fa linguí c. Ga surdo comu máxim 5
A Lei que regulamenta essa profi
ra o acesso das pessoas surdas à educação; à for Língua Portuguesa, dentre outros.
7, destaca-se o lançamento do Plano de Desenvolv os a formação de professores para a Educação Esp multifuncionais, a acessibilidade arquitetônica do
permanência das pessoas com deficiência na edu .611, dispôs sobre a educação especial, o atend dar outras providências.
legislações apresentadas, precisa-se levar em c esar de estarem inseridos no grupo de pessoas c e ser incluídos nas salas de aula comuns.
alizou-se a 24.ª Declaração Universal dos D CO em Barcelona, a qual enfatiza que:
Todas as comunidades linguísticas têm direito a decid de presença da sua língua, como língua veicular e com todos os níveis de ensino no interior do seu território: secundário, técnico e profissional, universitário e (UNESCO, 1996).
ção deveria atender à demanda da comunidade su a Libras em todos os níveis de ensino. Entreta
ão dos alunos Surdos em escolar comuns, sem iadas e o uso da Libras como primeira língua.
-se com o Decreto nº 6.949, de 25 de agos o Internacional sobre os Direitos das Pessoas co assinados em Nova York no ano de 2007, o qu Educação:
b. Facilitação do aprendizado da língua de sinais e p linguística da comunidade surda;
c. Garantia de que a educação de pessoas, incl surdocegas e surdas, seja ministrada nas línguas e n comunicação mais adequados às pessoas e em ambie máximo seu desenvolvimento acadêmico e social (BR
a profissão é a nº 12.319, de 1º de setembro de 2010.
à formação do tradutor e
envolvimento da Educação ão Especial, a implantação ica dos prédios escolares, na educação superior. Em atendimento educacional
em consideração que os soas com deficiência, não
os Direitos Linguísticos,
decidir qual deve ser o grau e como objeto de estudo, em ritório: pré-escolar, primário, rio e formação de adultos
ade surda, que luta por seu ntretanto, o que se vem , sem a preocupação com
e agosto de 2009, o qual as com Deficiência e seu , o qual determina em seu
is e promoção da identidade , inclusive crianças cegas, as e nos modos e meios de ambientes que favoreçam ao
A promoção da ident reconheça a Libras como lín que a Língua Portuguesa é apresentado, é importante q pessoas, ou seja, no caso dos A educação bilíngue modalidade escrita da Língu cultural e linguística específi
2. Educação Bilíngue para
Para que os estudant significativa, é necessário u pedagógicas baseadas na vi Libras.
Atualmente, os estud grande número em todas principalmente nas capitais.
Na escola comum, primordialmente a Língua P oferecer aos Surdos o apoio de Libras capacitados, as estruturado, mas estas condiç
As políticas públicas Entretanto, tanto as pesquisa uma escola comum que aten desenvolvendo satisfatoriam ouvintes.
Ao contrário das legis onde a sua diferença linguíst estudantes Surdos que utiliz
identidade linguística da comunidade surda parte mo língua natural dos Surdos, o que não ocorre n uesa é majoritária. Nesse sentido, ainda de aco
ante que a educação seja ministrada nas línguas so dos surdos brasileiros, por meio da Libras.
íngue para os estudantes Surdos, em Libras como Língua Portuguesa como segunda língua, garante specífica seja reconhecida e apoiada.
para Surdos
tudantes Surdos sejam participantes de uma escol ário um atendimento diferenciado, com a utilizaç na visualização e o uso constante da Língua B
estudantes Surdos podem frequentar as escolas co todas as cidades brasileiras, ou as escolas bi
itais.
mum, onde alunos Surdos e ouvintes estudam ngua Portuguesa para o ensino e as avaliações. apoio de professores com formação adequada, a pr s, assim como o Atendimento Educacional condições não estão sendo asseguradas.
blicas priorizam a inclusão das pessoas surdas n squisas recentes como a experiência de três anos e atende estudantes Surdos, mostram que estes est toriamente, pois as práticas pedagógicas são d
s legislações, a comunidade surda luta pelo direito inguística e cultural é reconhecida. A Escola Bilíng e utilizam a Libras como forma de comunicação
parte de um ambiente que orre na escola comum, em e acordo com o Decreto ínguas mais adequadas às
como primeira língua e na garante que sua identidade
escolarização adequada e tilização de metodologias gua Brasileira de Sinais –
olas comuns, presentes em las bilíngues, localizadas
studam juntos, utiliza-se ções. Esta escola deveria a, a presença de intérpretes ional Especializado bem
rdas nas escolas comuns. s anos da pesquisadora em tes estudantes não estão se são direcionadas para os
ireito à educação bilíngue, Bilíngue de Surdos atende icação e expressão, assim
como pessoas ouvintes flue língua e as metodologias d também é valorizada, mas é t A FENEIS (2013) car As es Língu prime e nela relaçã
Assim como visto no por dispositivos legais, o d educativo. Os municípios qu bilíngues nas escolas comuns É importante conside atendimento oferecido pela pelas limitações decorrentes sobre a Política Linguística Portuguesa, desenvolvido po A Ed seu c objeti como linguí iguald p.6) Neste documento, a E Forma de escolarização que como constituidora de cultur Sabe-se que quanto m ser comprometido o seu de maior parte das crianças sur além de garantir uma escol surdas à sua língua natural.
s fluentes em LIBRAS. Os professores e funcion gias de ensino são baseadas na visualização. A
as é trabalhada como segunda língua.
13) caracteriza as Escolas Bilíngues de Surdos da se
As escolas bilíngues são aquelas onde a língua de in Língua Portuguesa é ensinada como segunda língua primeira língua; essas escolas se instalam em espaços e nelas devem atuar professores bilíngues, sem medi relação professor - aluno esem a utilização do portugu
sto no tópico anterior, no Decreto 5626/05, é recon s, o direito a uma educação bilíngue de Surdos
ios que não possuem estas escolas bilíngues dever omuns.
onsiderar que a educação bilíngue de Surdos não pela Educação Especial, pois esta se restringe à rentes de deficiências de um modo amplo. De aco ística de Educação Bilíngue – Língua Brasileira ido por uma equipe do MEC/SECADI, no ano de 2
A Educação Bilíngue é regular, em Libras, integra as seu currículo e não faz parte do atendimento educac objetivo é garantir a aquisição e a aprendizagem como condição necessária à educação do surdo, cons linguística e cultural em Libras e concluir a educação igualdade com as crianças ouvintes e falantes do portu p.6)
to, a Educação Bilíngue Libras - Português é enten o que reconhece a condição da pessoa surda e su cultura, sem desconsiderar a aprendizagem escolar
anto mais tarde as pessoas surdas tiverem acesso à seu desenvolvimento linguístico, cognitivo e cult as surdas terem acesso tardio à Libras, a educação escolarização eficaz, também garante o acesso ural.
uncionários dominam esta ão. A Língua Portuguesa
s da seguinte forma:
de instrução é a Libras e a língua, após a aquisição da paços arquitetônicos próprios mediação de intérpretes na rtuguês sinalizado.
reconhecido e assegurado urdos em todo o processo deveriam oferecer classes
s não é compatível com o inge às questões impostas e acordo com o Relatório sileira de Sinais e Língua o de 2014:
gra as línguas envolvidas em ducacional especializado. O gem das línguas envolvidas , construindo sua identidade cação básica em situação de o português (BRASIL, 2014,
entendida como a
a e sua experiência visual scolar do português.
sso à Libras, maior poderá e cultural. Pelo fato de a ucação bilíngue de Surdos, cesso precoce das pessoas
A seguir, apresentam de Uberlândia e experiências
3. O Cursinho Alternativo
O município de Uber 64 não consegue ouvir de m 1.673 tem alguma dificuldad Ainda de acordo com escolar; 79.115 no ensino fun no ano de 2014.
Na perspectiva da Prefeitura Municipal de Ube que buscam atender os estud Estudos e Projetos Educacio Diferenças Humanas (NADH Para dar assistência a Especializado (AEE) em es profissionais das escolas co perspectiva da Educação Esp para a sua ação pedagógica intérpretes e instrutores de L
No ano de 2011, as surdos no Ensino Fundament
As escolas estaduais principalmente no ensino Multifuncionais, a contrata capacitação aos professores Uberlândia.
Apesar de o municípi atrás apenas da capital Bel
6
Os dados foram obtidos no CEN deficiências permanentes investiga 7
De acordo com PENA, 2012.
entam-se considerações sobre a escolarização de S ências de um Cursinho direcionado para estes estud
ativo para Alunos Surdos (CAS) em Uberlândia
e Uberlândia-MG possui 654.681 habitantes (IBG de modo algum, 316 possui grande dificuldade pe
uldade permanente de ouvir.6
do com o IBGE, estavam matriculados 12.763 a ino fundamental e 25.102 no ensino médio das esco
a da inclusão escolar de alunos público da e e Uberlândia desenvolve, desde o ano de 1991, pro estudantes surdos, sob coordenação da equipe do ucacionais Julieta Diniz (Cemepe), por meio do NADH).
ência a estes alunos, o Cemepe implantou o Atend em escolas comuns da Prefeitura; oferece curso las comuns da Educação Básica, incluindo a E ão Especial; e também busca oferecer ao professo gógica junto aos alunos com deficiência, incluin s de Libras.
11, as escolas municipais de Uberlândia matricu amental (6º ao 9º ano), distribuídos em sete escolas taduais também realizam a inclusão escolar dos
nsino médio, proporcionando o AEE nas ntratação de intérpretes de Libras e o oferecim ssores, por meio da Superintendência Regional d
nicípio possuir a segunda maior população do esta al Belo Horizonte, assim como um número sign
o CENSO de 2010, no quesito “População residente co estigadas”, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
o de Surdos no município s estudantes.
lândia/MG
(IBGE, 2014), sendo que ade permanente de ouvir e
763 alunos em idade pré-as escolpré-as deste município,
da educação especial, a 1, programas educacionais pe do Centro Municipal de io do Núcleo de Apoio às
Atendimento Educacional cursos de formação aos o a Educação Infantil, na ofessor e à escola suportes ncluindo a contratação de
atricularam 32 estudantes escolas.7
ar dos estudantes surdos, nas Salas de Recursos ferecimento de cursos de ional de Ensino (SRE) de
do estado de Minas Gerais, o significativo de Surdos,
te com pelo menos uma das rafia e Estatística (IBGE).
observa-se a inexistência de escola comum.
O insucesso das met estudantes Surdos, reflete no Uberlândia sedia a atualmente 72 cursos de grad cursos em Monte Carmelo e graduando atualmente, nas m de vagas oferecidas, até o a Universidade.
Perante esta realidad Alternativo para Surdos (CA Extensão em Educação Espe (UFU).
O CAS tem o objeti desenvolvendo ações para a sofridas pela comunidade su composta por duas coorde (professora do AEE da Pre intérpretes de Libras e vinte p
As aulas são oferecid surdos que estão concluindo da Universidade Federal de U
A equipe de coorden capacita os professores pa graduandos de cursos de li demanda da escola numa per Dessa forma, além p Superior, o curso possibilit diversos cursos de licenciatu alternativas pedagógicas pa específica.
cia de Escolas Bilíngues para Surdos ou classes bi
as metodologias presentes nas escolas comuns, q ete no baixo índice de ingresso desses estudantes ao
a a Universidade Federal de Uberlândia (UF e graduação, sendo 55 cursos em Uberlândia, 11 c melo e 3 cursos em Patos de Minas. São 32.000 , nas modalidades presencial e a distância. Apesar até o ano de 2010 não havia nenhum aluno Surd
alidade, criou-se em 2004 o projeto de extensão, os (CAS), realizado pelo Centro de Ensino, Pesq o Especial (CEPAE) no âmbito da Universidade F
objetivo de contribuir para a inclusão de Surdos para a superação das condições de desigualdade ade surda. No ano de 2015 ele conta com uma eq coordenadoras (professoras da UFU), uma orie da Prefeitura Municipal de Uberlândia e doutora vinte professores (alunos de cursos de licenciatura
ferecidas no turno vespertino, três dias na semana luindo ou que já concluíram o Ensino Médio. São
al de Uberlândia, com o uso de notebook e Datasho ordenação e orientação pedagógica organiza as at res para atenderem os estudantes Surdos. Es
de licenciatura, o que contribui com uma form a perspectiva inclusiva.
lém preparar os aprendizes surdos para sua futura sibilita um momento de formação paralela para enciatura da UFU, uma vez que estes começam a
as para atender as especificidades destes apren
sses bilíngues, inseridas na
uns, que tentam incluir os ntes ao Ensino Superior. a (UFU), a qual oferece
, 11 cursos em Ituiutaba, 3 2.000 alunos que estão se pesar do número elevado o Surdo matriculado nesta
ensão, intitulado Cursinho , Pesquisa, Atendimento e ade Federal de Uberlândia
urdos no Ensino Superior, aldade e exclusão escolar, ma equipe de voluntários, a orientadora pedagógica outoranda da UFU), dois iatura da UFU).
emana, para 12 estudantes . São realizadas no âmbito atashow, principalmente. a as atividades do Curso e
s. Estes professores são a formação que atenda à
futura inserção no Ensino a para os graduandos dos çam a estudar e descobrir aprendizes em cada área
As metodologias adot Surdos, sendo ministradas a vestibular da Universidade Médio (ENEM), com o apoio
O projeto CAS apres espaço onde os Surdos são língua, também se propicia aprendizado de novos sinais. aulas para alguns destes es desempenho dos Surdos, apó
Relativo ao ingresso vestibular de 2010, o primei ano de 2015, são seis gradua o CAS.
Deste modo, acredita processo de formação doc Universidade Federal de Ube
Considerações Finais
Apesar dos avanços inclusão escolar para alunos os estudantes Surdos, é imp assertivas na educação dos S
O Decreto 5.626/2005 planejamento linguístico, p comunidade surda brasileir implementação desta Língua bilíngue de Surdos, um di linguística específica.
as adotadas no projeto são direcionadas para as nec adas aulas sobre os conteúdos que compõem o p idade Federal de Uberlândia (UFU) e do Exame
apoio de Tradutores e Intérpretes de Libras. apresenta grande relevância acadêmica e social, s são atendidos com metodologias eficientes, rec opicia a troca de experiências e o aprofundamen
sinais. Conversando com professores da escola co tes estudantes que cursam o 3º colegial, também
s, após a participação no CAS, é mais satisfatório. gresso dos Surdos no Ensino Superior, no p rimeiro aluno Surdo conseguiu ser aprovado para raduandos surdos nesta instituição, sendo que a m
credita-se que o projeto, além de contribuir signi o docente desenvolvido pelos diversos cursos
e Uberlândia, é uma necessidade social para a com
anços observados nas últimas décadas, no que ta alunos com deficiência e a necessidade de uma ed
é imprescindível que o governo providencie pol dos Surdos.
6/2005 ao regulamentar a Lei 10.436/2002 tem com ico, pois reconhece a Libras como língua n asileira, além de assegurar uma série de açõe
íngua no Brasil. Realizar uma política linguística um direito que garante a preservação de sua id
as necessidades dos alunos m o processo seletivo do xame Nacional do Ensino
ocial, pois além de ser um es, reconhecendo-se a sua amento da Libras, com o ola comum, que ministram mbém se verificou que o tório.
no processo seletivo do o para estudar na UFU. No e a maior parte frequentou
significativamente com o cursos de graduação da a comunidade surda.
que tange à legislação de ma educação bilíngue para ie políticas públicas mais
em como consequência um gua nacional usada pela ações de implantação e ística demanda a educação sua identidade cultural e
A educação bilíngue Surdos, ou em classes bilíng escassos e não conseguem at
Em Uberlândia, mun Surdos do Ensino Básico nã reconheça a Libras como su estudante Surdo no Ensino S O Cursinho Alternati dificuldades deixadas por linguísticas e culturais dos estudantes que já concluíra resultados satisfatórios para licenciatura, os quais buscam
Referências Bibliográficas
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íngue de Surdos pode ser realizada por meio de Es bilíngues inseridas nas escolas comuns. Entretan
em atender toda demanda da comunidade surda, di , município de grande porte, este fato não é difere o não possuem a chance de optar por uma edu mo sua primeira língua. Como resultado, até 201 sino Superior da Universidade Federal de Uberlând ternativo para Alunos Surdos surge, então, como um
por um sistema de ensino que não reconhe s dos Surdos. Apesar de ser um projeto paliativo cluíram ou que estão concluindo o Ensino Bási s para a comunidade Surda e para os graduan
uscam uma formação docente mais inclusiva.
ficas
a República. Lei nº 4.024/61, de 20 de dezemb ducação Nacional. Brasília, 1961.
a República. Lei nº 5.692/71, de 11 de agosto de 19 1° e 2º graus, e dá outras providências. Brasília, 19 da República. Constituição (1988). Constitui Brasília: Senado Federal, 1988.
Justiça. Lei nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989. D de deficiência, sua integração social, e sobre a Coo oa Portadora de Deficiência (CORDE). Brasília, 19
a República. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 19 o Adolescente e dá outras providências. Brasil, 199 Educação. Plano Decenal de Educação para Tod Educação. Lei de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394
diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: M
de Escolas Bilíngues para tretanto, estes espaços são rda, difundida pelo Brasil. diferente. Seus estudantes
a educação bilíngue, que té 2010 não havia nenhum
erlândia.
mo uma forma de sanar as conhece as necessidades liativo, que atende apenas Básico, vem alcançando raduandos dos cursos de
ezembro de 1961. Fixa as
de 1971. Fixa Diretrizes e ília, 1971.
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