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VALORES FUNDAMENTAIS DA IGREJA DO NAZARENO

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Academic year: 2021

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1. SOMOS UM POVO CRISTÃO

Como membros da Igreja universal, juntamo-nos aos verdadeiros crentes na proclamação do senhorio de Jesus Cristo e na adopção dos princípios do credo histórico trinitário da fé cristã. Valorizamos a nossa herança wesleyana de santidade e cremos que é uma forma de chegar à compreensão da fé que é verdadeira para com a Escritura, a razão, a tradição e a experiência.

Estamos unidos com todos os crentes na proclamação do senhorio de Jesus Cristo. Cremos que no amor divino, Deus oferece a todos as pessoas perdão de pecados e relacionamentos restaurados. Ao sermos reconciliados com Deus, cremos que também somos recon-ciliados uns com os outros, amando-nos uns aos outros como temos sido amados por Deus, perdoando-nos uns aos outros como temos sido perdoados por Deus. Cremos que a nossa vida em comunidade serve para exemplificar o carácter de Cristo. Juntamo-nos aos cris-tãos em todo o lado na afirmação dos credos e crenças históricas da fé cristã trinitária e valorizamos profundamente a nossa herança na tradição wesleyana de santidade. Olhamos para as Escrituras como a principal fonte da verdade espiritual confirmada pela razão, tradição e experiência.

Jesus Cristo é o Senhor da Igreja, que, como o Credo Apostólico nos diz, é una, santa, universal, e apostólica. Em Jesus Cristo e através do Espírito Santo, Deus o Pai oferece o perdão de pecado e reconci-liação a todo o mundo. Aqueles que respondem à oferta de Deus em fé tornam-se o povo de Deus. Tendo sido perdoados e reconciliados em Cristo, nós perdoamos e somos reconciliados uns com os outros. Deste modo, somos a Igreja e o Corpo de Cristo e revelamos a unida-de unida-desse Corpo. Como o Corpo unida-de Cristo, temos “um só Senhor, uma só Fé, um só baptismo”. Declaramos a unidade da Igreja de Cristo e esforçamo-nos em todas as coisas para preservá-la (Efésios 4.5,3). Jesus Cristo é o Senhor santo. Por esta razão, a Igreja de Cristo não é apenas una, mas também é santa. É para ser santa nas suas partes e na sua totalidade, santa nos seus membros como é na sua Cabeça. A Igreja é ao mesmo tempo santa e chamada a ser santa. É santa porque é o Corpo de Cristo, que se tornou para nós justiça e

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santida-de. É chamada por Deus a tornar-se santa, que nos escolheu antes da fundação do mundo para que fossemos santos e irrepreensíveis. Como Corpo de Cristo uno, a nossa vida juntos como uma Igreja deve incorporar o carácter santo de Cristo, que se esvaziou a Si mesmo e tomou a forma de servo. Reiteramos a santidade da Igreja de Cristo, como um dom e como uma vocação.

Jesus Cristo é o Senhor da Igreja. Por esta razão, a Igreja não é ape-nas una e santa mas também universal, incluindo todos aqueles que afirmam as crenças essenciais da fé cristã. Declaramos a fé apostólica que tem sido guardada por todos os cristãos, em todos os lugares e em todos os tempos. Abraçamos o conceito de John Wesley sobre o espírito universal, através do qual temos comunhão com todos aque-les que defendem a centralidade vital das Escrituras, e estendemos tolerância para com aqueles que discordam de nós nas questões não essenciais para a salvação.

Jesus Cristo é o Senhor das Escrituras. Por esta razão, a Igreja não é só una, santa e universal, mas também apostólica. É edificada sobre a fundação dos apóstolos e profetas e devota-se continuamente ao ensino dos apóstolos. A Igreja olha especialmente para as Escrituras, que são a única norma de fé e de vida da Igreja. O senhorio de Jesus sobre as Escrituras significa que temos de entender as Escrituras à luz do testemunho do Espírito Santo ao testificarem de Jesus. Para confirmar e corrigir a nossa compreensão das Escrituras, honramos e damos crédito aos credos antigos e a outras vozes da tradição cristã que explicam fielmente as Escrituras. Também, permitimos que o nos-so entendimento das Escrituras seja guiado pela voz do Espírito Santo ao falar-nos do arrependimento, da fé e da convicção. Por fim, testa-mos a nossa compreensão das Escrituras, ao buscartesta-mos de forma racional e coerente o seu testemunho acerca de Jesus Cristo.

Somos especialmente chamados para testemunhar a santidade da Igreja de Cristo como está patente na tradição wesleyana de santida-de. Afirmamos os princípios de salvação somente pela graça, median-te a fé em Jesus Cristo, nosso Salvador. Ao fazer isso, continuamos a afirmar que a Igreja de Cristo é una, universal e apostólica. Mas a nossa especial vocação é a de mostrar ao mundo e à Igreja a

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centra-lidade da santidade e encorajar o povo de Deus a viver na plenitude do amor santo do Pai. Por esta razão afirmamos a compreensão wes-leyana de santidade da fé cristã e procuramos manter-nos fiéis aos seus principais ensinos: graça preveniente de Deus e os meios da gra-ça, arrependimento, fé, o novo nascimento, justificação, convicção, a comunidade cristã e a suas disciplinas e a perfeição do amor.

2. SOMOS UM POVO DE SANTIDADE

Deus, que é Santo, chama-nos para uma vida de santidade. Cremos que o Espírito Santo procura realizar em nós uma segunda obra da graça, definida por diversos termos incluindo “inteira santificação” e o “baptismo com o Espírito Santo – limpando-nos de todo o pecado; renovando-nos à imagem de Deus; capacitando-nos para amarmos a Deus com todo o nosso coração, alma, mente e força, e ao nosso próximo como a nós mesmos; e produzindo em nós o carácter de Deus. A santidade na vida dos crentes é mais facilmente compreendi-da como a semelhança de Cristo.

Porque somos chamados pelas Escrituras e levados pela graça a ado-rar a Deus, amá-lo com todo o nosso coração, alma, mente e força, e ao nosso próximo como a nós mesmos, então comprometemo-nos, total e completamente a Deus, crendo que podemos ser “inteiramente santificados,” como uma segunda experiência de crise. Cremos que o Espírito Santo nos convence, limpa, enche e capacita, à medida que a graça de Deus nos transforma a cada dia, num povo de amor, disci-plina espiritual, pureza ética e moral, compaixão e justiça. É a obra do Espírito Santo Espírito que restaura em nós a imagem de Deus e pro-duz em nós o carácter de Cristo. Santidade na vida dos crentes é en-tendida mais claramente como o tornar-se mais semelhante a Cristo. Cremos em Deus o Pai, o Criador, que chama à existência aquilo que não existe. Antes não éramos, mas Deus chamou-nos a ser, fez-nos para si mesmo, e formou-nos à Sua própria imagem. Fomos comis-sionados a reflectir a imagem de Deus: “Porque eu sou o Senhor vos-so Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu vos-sou santo” (Levítico 11:44).

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Jesus Cristo revelou-nos o único Deus santo e foi modelo para nós do viver de adoração e santidade. A nossa fome de ser um povo de san-tidade está enraizada na sansan-tidade do próprio Deus. A sansan-tidade de Deus refere-se à Sua divindade, à Sua singularidade absoluta do ser. Não há ninguém como Ele em majestade e glória. A resposta humana apropriada na presença de um Ser tão glorioso é a de adorar Deus como Deus. A santidade de Deus é expressa nos seus actos gracio-sos e redentores. O encontro com o Deus que se revela e se dá a Si mesmo torna a adoração possível, e a adoração torna-se o principal meio de conhecê-Lo. Adoramos o Deus santo e redentor, amando o que Ele ama.

A nossa adoração a um Deus grande e gracioso assume muitas for-mas. Muitas vezes é louvor e oração com a comunidade da fé. Tam-bém se expressa em actos de devoção privada, acção de graças e louvor, e obediência. A partilha evangelística da fé, compaixão para com o próximo, a luta pela justiça, e a rectidão moral são todos actos de adoração diante do nosso Deus de santidade inflamável. Mesmo as tarefas mais comuns da vida tornam-se actos de adoração e alcan-çam um significado sacramental, à medida que a adoração a um Deus santo se torna o nosso modo de vida.

Jesus incentiva a nossa compreensão de santidade através da Sua vida, sacrifício e ensinos, como se encontram no Evangelhos, em par-ticular no Sermão da Montanha. Como um povo de santidade procu-ramos ser como Jesus em todos as atitudes e acções. Pela Sua graça Deus possibilita aos crentes que O adoram de todo o seu coração viver vidas à semelhança de Cristo. Entendemos isso como sendo a essência da santidade.

Deus também nos deu o dom e a responsabilidade de escolha. Por-que nascemos com uma tendência para o pecado, sentimo-nos in-clinados a escolher o nosso próprio caminho ao invés do caminho de Deus (Isaías 53:6). Ao corromper a criação de Deus com o nosso pecado, nós estamos mortos em delitos e pecados (Efésios 2:1). Se é suposto vivermos de novo espiritualmente, Deus, que chama à exis-tência o que não existe, deve criar-nos graciosamente de novo através dos actos redentores do Seu próprio Filho.

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Cremos que Deus entrou de modo singular no nosso mundo através da encarnação do Seu Filho unigénito, Jesus de Nazaré, o Deus-ho-mem histórico. Jesus veio para renovar a imagem de Deus em nós, possibilitando-nos vir a ser um povo santo. Cremos que a santidade na vida do crente é tanto o resultado de uma experiência de crise como um processo ao longo da vida. Após a regeneração, o Espírito do Senhor leva-nos pela graça à consagração plena das nossas vidas a Ele. Então, no acto divino da inteira santificação, também chamado o baptismo com o Espírito Santo, Ele limpa-nos do pecado original e habita em nós com a Sua santa presença. Ele aperfeiçoa-nos em amor, possibilita-nos a viver em rectidão moral, e capacita-nos a servir! O Espírito de Jesus opera para reproduzir em nós o Seu carácter de amor santo. Ele possibilita-nos “colocar o novo homem, criado para ser como Deus, em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24). Ser como Deus é ser como Jesus. Ter tido a imagem divina restaurada em nós no acto divino da inteira santificação, faz-nos reconhecer que ain-da não chegámos onde devíamos espiritualmente; o nosso objectivo para toda a vida é ser semelhante a Cristo em toda a palavra, pensa-mento e acção. Pela rendição, obediência e fé contínuas, cremos que estamos “ reflectindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Es-pírito do Senhor.” (II Coríntios 3:18).

Participamos mais neste processo ao viver uma vida de adoração ex-pressa de muitas maneiras, incluindo a abrangência das disciplinas espirituais, a comunhão e o prestar contas na igreja local. Como um corpo de crentes numa congregação específica, nós esforçamo-nos por sermos uma comunidade semelhante a Cristo, adorando Deus com todo o nosso coração e recebendo os Seus dons de amor, pure-za, poder, e compaixão.

Como povo de santidade não existimos num vácuo histórico e eclesi-ástico. Identificamo-nos com o Novo Testamento e com a Igreja Primi-tiva. Os nossos artigos de fé colocam-nos claramente na tradição do cristianismo clássico. Identificamo-nos com a tradição arminiana da graça que liberta (Jesus morreu por todos) e a liberdade humana - a capacidade dada por Deus a todos para escolherem a Deus e a

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salva-ção. Também traçamos o nosso património eclesiástico no avivamen-to wesleyano ocorrido no século XVIII e no Movimenavivamen-to de Santidade dos séculos XIX e XX.

Ao longo dos séculos, o povo de santidade tem tido uma “grande obsessão” por Jesus. Nós adoramos Jesus! Nós amamos Jesus! Nós pensamos Jesus! Nós falamos Jesus! Nós vivemos Jesus! Esta é a es-sência e o transbordar de santidade para nós. Isso é o que caracteriza o povo de santidade.

3.SOMOS UM POVO MISSIONAL

Somos um “povo enviado”, que responde à chamada de Cristo e ca-pacitado pelo Espírito Santo para ir a todo o mundo, testemunhando o senhorio de Cristo e participando com Deus na edificação da Igreja e na extensão do Seu reino (II Coríntios 6:1). A nossa missão (a) começa na adoração, (b) ministra ao mundo no evangelismo e compaixão, (c) encoraja os fiéis para a maturidade cristã através do discipulado, e (d) prepara mulheres e homens para o serviço cristão através de uma educação cristã mais elevada.

A. A Nossa Missão de Adoração

A missão da Igreja no mundo começa na adoração. É quando nós estamos reunidos diante de Deus em adoração - cantando, ouvindo a leitura pública da Bíblia, dando os nossos dízimos e ofertas, oran-do, ouvindo a Palavra pregada, baptizanoran-do, e compartilhando a Santa Ceia – que nós sabemos mais claramente o que significa ser o povo de Deus. A nossa crença de que a obra de Deus no mundo é fei-ta principalmente através de congregações de adoração leva-nos a compreender que a nossa missão inclui receber novos membros na comunhão da igreja e a organização de novas congregações de ado-ração.

A adoração é a maior expressão do nosso amor por Deus. É uma adoração centrada em Deus, que honra Aquele cuja graça e miseri-córdia nos redimiu. O contexto básico para a adoração é a igreja local onde o povo de Deus se reúne, não numa experiência centrada em si

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ou para auto-glorificação, mas na entrega e na oferta de si mesmo. A adoração é a igreja em serviço amoroso e obediente a Deus.

A adoração é o primeiro privilégio e responsabilidade do povo de Deus. É o encontro da comunidade da aliança diante de Deus na pro-clamação e resposta celebrativa de quem Ele é, o que Ele tem feito, e o que Ele promete fazer. A igreja local na adoração está no âmago da nossa identidade. A Igreja do Nazareno é constituída essencialmente de congregações locais de adoração, e é na e através da congrega-ção local que a nossa missão é cumprida. A missão da Igreja encontra o seu sentido e orientação na adoração. É na pregação da Palavra, na celebração dos sacramentos, na leitura pública da Escritura, no cantar dos hinos e coros, na oração conjunta e na apresentação dos nossos dízimos e ofertas, que nós entendemos muito claramente o que significa ser o povo de Deus. É na adoração que nós compreen-demos com maior clareza o que significa participar com Deus na obra da redenção.

B. A Nossa Missão de Compaixão e Evangelismo

Como pessoas consagradas a Deus, compartilhamos o Seu amor pelos perdidos e a Sua compaixão pelos pobres e quebrantados. O Grande Mandamento e a Grande Comissão levam-nos a envolver o mundo em evangelismo, compaixão, e justiça. Por isso comprome-temo-nos em trazer as pessoas à fé, em cuidar dos necessitados, levantarmo-nos contra a injustiça e defender os oprimidos, a trabalhar para proteger e preservar os recursos da criação de Deus, e a incluir na nossa comunhão todos aqueles que invocam o nome do Senhor. Através da sua missão no mundo, a Igreja demonstra o amor de Deus. A história da Bíblia é a história de Deus reconciliando consigo o mun-do, basicamente através de Cristo Jesus (II Coríntios 5:16-21). A Igreja é enviada ao mundo para participar com Deus no ministério de amor e de reconciliação através do evangelismo, da compaixão e da justiça. A Grande Comissão bem como o Grande Mandamento são centrais para a compreensão da nossa missão. São duas expressões de uma única missão, duas dimensões de uma única mensagem do evan-gelho. Jesus, que nos leva a “amar o Senhor teu Deus com todo teu

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coração e com toda a tua alma e com toda tua mente...e teu próximo como a ti mesmo”(Mateus 22:37, 39), também nos diz:” ide e fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que vos tenho ordenado “(28:19-20).

A missão da Igreja no mundo estende-se a toda a humanidade, uma vez que todas as pessoas, sendo criadas à imagem de Deus, têm um valor supremo. É nossa missão amar e valorizar as pessoas da mesma forma como são amadas e valorizadas por Deus, que procura trazer-lhes paz, justiça, e salvação do pecado através de Cristo. É nossa missão ter compaixão e cuidar dos necessitados. A nossa mis-são é opor-nos aos sistemas sociais e políticos que desvalorizam ou descriminam as pessoas.

A missão da Igreja estende-se à pessoa como um todo. Deus criou--nos como pessoas inteiras, e é nossa missão sermos ministros do amor de Deus a pessoas como um todo - corpo, alma e espírito. A nossa missão de evangelismo, compaixão, e justiça é uma missão única e integrada, envolvendo pessoas com necessidades físicas, emocionais e espirituais.

A missão da Igreja no mundo estende-se a toda a humanidade por-que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar todos os por-que invocam o Seu nome. Como povo de Deus, é nosso privilégio e responsabilidade compartilhar a boa nova do Evangelho com todos aqueles que vão ouvir. Seja em cultos públicos ou através do testemunho pessoal, a nossa paixão é aproveitar cada oportunidade para levar as pessoas à fé em Jesus Cristo.

A missão da Igreja no mundo estende-se a todas as pessoas porque o Espírito Santo, no Pentecostes, foi derramado sobre toda a huma-nidade (Actos 2). É nossa missão apresentar o evangelho da salvação através de Jesus Cristo a cada pessoa na terra. Fomos capacitados pelo Espírito para ir ao mundo proclamar o Reino e participar com Deus na edificação da Igreja.

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na nossa missão, dada por Deus, no mundo. É mais do que uma expressão de preocupação ou esforço humanos. A nossa missão é uma resposta à chamada de Deus. É a nossa participação com Deus na missão de reconciliação do Reino. É o testemunho fiel da Igreja e a expressão do amor de Deus no mundo - no evangelismo, na compai-xão, e na justiça. É a nossa fé na capacidade da graça de Deus para transformar a vida das pessoas quebrantadas pelo pecado e restaurá--las à Sua própria imagem.

C. A Nossa Missão de Discipulado

Estamos empenhados em ser - e convidar outros a tornaram-se - dis-cípulos de Jesus. Tendo isto em mente, comprometemo-nos a forne-cer os meios (escola dominical, estudos bíblicos, grupos de estudo pequenos, etc.) através dos quais os fiéis são encorajados a crescer na sua compreensão da fé cristã e na sua relação com os outros e com Deus. Entendemos que o discipulado inclui submetermo-nos a obedecer a Deus e às disciplinas da fé. Cremos que devemos ajudar--nos uns aos outros a viver a vida santa através de apoio mútuo, da comunhão cristã e do prestar contas em amor. Wesley disse: “Deus deu-nos uns aos outros para que possamos fortalecer as mãos uns dos outros.”

O discipulado cristão é um modo de vida. É o processo de aprendi-zagem de como Deus quer que vivamos no mundo. À medida que aprendemos a viver em obediência à Palavra de Deus, em submissão às disciplinas da fé, e na prestação de contas uns aos outros, nós começamos a compreender a verdadeira alegria da vida disciplinada e do sentido cristão da liberdade. O discipulado não é apenas um esforço humano, em submeter-se a regras e regulamentos. É o meio através do qual o Espírito Santo nos leva, gradualmente, à maturidade em Cristo. É através do discipulado que nos tornamos pessoas de carácter cristão. O objectivo final do discipulado é ser transformado à semelhança de Jesus Cristo (II Coríntios 3:18).

Ao estudar e meditar sobre as Escrituras, os cristãos descobrem fon-tes de refrigério em todos os vales sedentos na sua jornada de disci-pulado. Revigorados pela “lavagem” da Palavra, refinados pela imer-são na Palavra, bebendo profundamente as verdades da Palavra, os

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discípulos descobrem, para sua agradável surpresa, que estão sendo “transformados pela renovação da [sua] mente” (Romanos 12:2). O caminho cristão abre-se diante deles como uma estrada aberta e am-pla. Encorajados por Deus, avançam num modo de vida que suplanta os meros valores humanos e culturais. Revigorados pela fonte da Pa-lavra, os discípulos dão a sua vida em serviço, que se auto-supera. Confirmamos o valor, que dá vida, das disciplinas espirituais clássicas na formação de mulheres e homens como discípulos de Cristo. As disciplinas de jejum e oração, adoração, estudo, solidão, serviço, e simplicidade são ao mesmo tempo expressões naturais e compromis-sos intencionais na vida do crente. O discipulado requere apoio mútuo e prestação de contas em amor. Por nós mesmos, poucos de nós desenvolverão as disciplinas espirituais que levam à maturidade cristã. Cremos que devemos encorajar o apoio mútuo providenciado atra-vés de meios tais como classes de Escola Dominical, grupos de dis-cipulado, grupos de estudo bíblico, reuniões de oração, grupos de prestação de contas, e mentoreamento cristão como necessários à nossa formação e maturidade espirituais. Ao reconhecermos o papel da prestação de contas nas classes wesleyanas, isso encoraja-nos a apoiar o seu lugar dentro da congregação cristã contemporânea. D. A Nossa Missão de uma Educação Superior Cristã

Estamos empenhados na educação cristã, através da qual homens e mulheres são equipados para vidas de serviço cristão. Nos nossos seminários, institutos bíblicos, faculdades e universidades, estamos empenhados na busca do conhecimento, do desenvolvimento do ca-rácter cristão, e no equipamento dos líderes para a realização da nos-sa vocação dada por Deus para servir na Igreja e no mundo.

O ensino superior cristão é uma parte central da missão da Igreja do Nazareno. Nos primeiros anos da Igreja do Nazareno, instituições de ensino superior cristão foram organizadas com a finalidade de prepa-rar homens e mulheres de Deus para a liderança e serviço cristão na propagação global do avivamento wesleyano de santidade. O nosso compromisso contínuo com a educação superior cristã, ao longo dos anos, tem produzido uma rede mundial de seminários, institutos

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bíbli-cos, faculdades e universidades.

A nossa missão de ensino superior cristão vem directamente do que significa ser povo de Deus. Devemos amar a Deus com todo o nosso “coração, alma e mente.” Portanto, devemos ser bons mordomos no desenvolvimento das nossas mentes, dos nossos recursos académi-cos, e na aplicação do nosso conhecimento. À luz disso, estamos comprometidos com a prossecução ampla e honesta do conhecimen-to e da verdade em conjunconhecimen-to com a integridade da nossa fé cristã. O ensino superior cristão é um cenário essencial para o desenvolvimento da mordomia das nossas mentes. Destina-se a ser uma arena ca-racterizada pelo debate e descoberta da verdade e do conhecimento sobre Deus e sobre toda a criação de Deus.

Na educação superior cristã a fé não é compartimentada, mas integra-da, de uma forma maravilhosa, com o conhecimento, assim como a fé e aprendizagem são desenvolvidas em conjunto. A pessoa como um todo cultiva-se com cada área de pensamento e vida compreendidas na relação com o desejo e o plano de Deus. O carácter cristão e o equipamento de líderes cristãos para o serviço na Igreja e no mun-do são forjamun-dos no contexto de aprendizagem acerca de Deus, da humanidade e do mundo. Este compromisso de educação superior cristã para a formação da pessoa como um todo é fundamental para o desenvolvimento de homens e mulheres cristãos para liderança mis-sional na Igreja e no mundo.

Como povo redimido chamado a ser semelhante a Cristo e enviado como agente do amor de Deus no mundo, participamos com Deus na obra redentora da humanidade. O ensino superior cristão contribui significativamente para sermos um povo missional - oferecendo uma vasta gama de conhecimento – e é necessário para o serviço eficaz a Deus nas nossas diversas vocações. A nossa participação fiel na obra redentora de Deus requer que se levantem homens e mulheres de Deus que possam tomar o seu lugar como líderes-servos cristãos na Igreja e no mundo.

O mundo no qual somos chamados a servir está cada vez mais ligado entre si e a cada dia que passa mais profundamente complicado. À medida que a obra de redenção de Deus avança na presente e futura

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geração, o nosso testemunho fiel ao senhorio de Cristo e participação eficaz com Deus na edificação da Igreja continuará a exigir um com-promisso vital para com o ensino superior cristão.

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