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PERCEVEJO-CASTANHO-DA-RAIZ EM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SOJA ISSN

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Academic year: 2021

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PERCEVEJO-CASTANHO-DA-RAIZ

EM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SOJA

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comitê de publicações

CLARA BEATRIZ HOFFMANN-CAMPO presidente

ALEXANDRE JOSÉ CATTELAN ALEXANDRE LIMA NEPOMUCENO

FLÁVIO MOSCARDI IVANIA APARECIDA LIBERATTI

LÉO PIRES FERREIRA MILTON KASTER NORMAN NEUMAIER ODILON FERREIRA SARAIVA

tiragem 500 exemplares Dezembro/2000

Percevejo-castanho-da-raiz em sistema de produção de soja / Lenita J. Oliveira ... [et al.] - Londrina: Embrapa Soja, 2000.

44p. (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.28). 1.Scaptocoris castanea. 2.Soja - Inseto praga - Brasil. I.Oliveira, Lenita J. II.Malaguido, Andrea B. III.Nunes Júnior, José. IV.Corso, Ivan C. V.De Angelis, Salvatore. VI.Faria, Luis Cláudio de.

VII.Hoffmann-Campo, Clara Beatriz. VIII.Lantmann, Áureo F. IX.Título. X.Série. CDD 632.754 ã ã ã ã ã Embrapa 2000 Conforme Lei 9.610 de 19.02.98

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Na safra 97/98, a Embrapa Soja elaborou uma estraté-gia de trabalho, visando estimular trabalhos, conjuntos ou individu-ais, sobre o percevejo-castanho-da-raiz e, desenvolver pesquisas em parceria com diversas instituições. Na safra 98/99 e 99/00, o grupo de pesquisa coordenado pela Embrapa Soja realizou ensaios de campo e de laboratório em Sapezal (MT), Mineiros (GO), Cândi-do Mota (SP) e Londrina (PR). Esses ensaios foram executaCândi-dos pela Embrapa Soja, em conjunto com a Fundação de Apoio a Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, no Mato Grosso e com o Convênio Goiás (Embrapa/AGENCIARURAL/C.T.P.A.), em Goiás. O projeto contou ainda com a colaboração da Prefeitura Municipal de Sapezal, da COOPERMOTA, do Laboratório de Classificação de Sementes Maggi e de vários produtores de soja, destacando-se a participação das Fazendas Sapezal, Mazutti, Curió, Santa Ana e Pajaú (MT), e fazendas Três Pontes e Bonfim (GO).

Nesta publicação, são apresentadas informações retira-das da literatura e os resultados dos principais trabalhos executa-dos em soja, sob a coordenação da Embrapa Soja, durante a safra 99/00, com objetivo de mostrar o estádio atual do trabalho realiza-do pelo grupo e buscar maior integração com a comunidade técni-co-científica, face à escassez de informações sobre esse inseto. Muitos desses resultados são oriundos de pesquisas em andamento e ainda não são conclusivos. Por essa razão, recomenda-se cautela no seu uso.

José Renato Bouças Farias

Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Embrapa Soja

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Aspectos biológicos e distribuição geográfica ... 9

Flutuação populacional e distribuição da população de

Scaptocoris castanea no solo ...13

Danos causados por Scaptocoris castanea em soja...19

1. Sintomas de ataque de percevejo-castanho-da-raiz, em soja... 20

2. Avaliação das perdas de produção causadas por percevejo-castanho-da-raiz ...22

3. Avaliação das perdas de produção causadas por percevejo-castanho-da-raiz, em lavouras comerciais ... 23

Plantas hospedeiras ...25

1. Plantas hospedeiras do percevejo-castanho-da raiz ... 25

2. Flutuação populacional de Scaptocoris castanea em diversas espécies de plantas hospedeiras ... 26

Efeito da adubação sobre percevejo-castanho-da-raiz ...28

Efeito do preparo do solo sobre

percevejo-castanho-da-raiz ...34

Controle químico e biológico ...38

Considerações finais...39

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INTRODUÇÃO

PERCEVEJO-CASTANHO-DA-RAIZ

EM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SOJA

Lenita J. Oliveira1

Andrea B. Malaguido2

José Nunes Júnior3

Ivan C.Corso1

Salvatore De Angelis4

Luis Cláudio de Faria1

Clara Beatriz Hoffmann-Campo1

Áureo F. Lantmann1

1Embrapa Soja - Embrapa, Londrina, PR.

2Fundação de Apoio a Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso - Rondonópolis, MT. 3Centro Tecnológico para Pesquisas Agropecuárias Ltda - CTPA - Goiânia, GO. 4UNESP-Botucatu, SP (mestrando).

O nome “percevejo-castanho-da-raiz” é a designação utiliza-da para um grupo de insetos composto de várias espécies de perce-vejos da família Cydnidae que habitam o solo. O primeiro registro de percevejo-castanho-da-raiz, no Brasil, ocorreu no final do século XIX, quando Perty descreveu a espécie Scaptocoris castanea Perty, a partir de exemplares procedentes do Piauí (BECKER, 1967). Essa espécie vêm causando danos a várias culturas, principalmente à soja, ao algodão e às pastagens. Mais recentemente, outra espécie, Atarsocoris brachiariae Becker, foi identificada a partir de exempla-res coletados em Dom Aquino, MT em Brachiariae humidicola (BECKER, 1996). Essa espécie também tem ocorrido em soja, mas com menor freqüência que S. castanea. Normalmente, essas espé-cies ocorrem isoladamente, nas áreas infestadas, mas SILOTO & RAGA (1999) relataram a ocorrência concomitante das duas

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espé-cies de percevejo castanho na mesma área de pastagem, em Avaré, SP.

No Brasil, há registros na literatura de ocorrência desse gru-po de insetos de Norte a Sul. Entretanto, a ocorrência de danos econômicos, em lavouras e pastagens, só tem sido freqüentes em regiões de Cerrado. Até o início da década de 90, a ocorrência dessa praga era esporádica, em várias regiões e culturas, com al-guns surtos maiores nas décadas de 40, 60 e 80 (WORKSHOP..., 1999). A partir de 1984, o problema em soja e outras culturas anuais começou a ser mais freqüente (PRADO et al., 1986; AMARAL et al., 1996a; RAGA & SILOTO, 1999; FERNANDES et al., 1999). AMARAL et al. 1999a relatou que há milhares de hectares de pastagens formadas, com alta infestação de percevejo casta-nho, no Mato Grosso e que a área de soja com focos de percevejo-castanho-da-raiz neste Estado, atingia 120 mil hectares. AMARAL et al. (1999b) observaram que, na safra 96/97, a perda na produ-ção de soja, causada por esse inseto, variou de 20% a 80%, em sistema de semeadura direta sobre a palhada de milheto ou de pas-tagens, em áreas anteriormente infestadas com percevejo-casta-nho-da-raiz. Na cultura do algodão, em ataques iniciais, a perda pode ser total, como foi observado na safra 98/99, no município de Itiquira, MT.

A despeito da importância que esse inseto vem adquirindo, a maioria dos registros, especialmente para S. castanea, em culturas anuais, reporta apenas sua ocorrência e os danos por ele causados, sem que haja referência a aspectos biológicos e comportamentais, assim como a qualquer medida eficiente de controle. O objetivo deste trabalho foi difundir informações já relatadas na literatura e promover o desenvolvimento de pesquisas que levem ao conheci-mento da biologia, da dinâmica e do comportaconheci-mento do percevejo-castanho-da-raiz, assim como do efeito do manejo do solo, da adu-bação e de diferentes plantas hospedeiras sobre a população do inseto e sobre os danos por ele causados às lavouras de soja.

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Muitos desses resultados ainda não são conclusivos, mas são aqui apresentados com o objetivo de informar a comunidade técni-co-científica sobre o andamento do trabalho conduzido dentro do Projeto Cooperativo de Pesquisa sobre o percevejo-castanho-da-raiz.

ASPECTOS BIOLÓGICOS E

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

O percevejo-castanho-da-raiz é uma praga de hábito subter-râneo e, tanto as ninfas como os adultos, atacam o sistema radicular das plantas (Figura 1). As formas jovens (ninfas) são brancas (Figu-ra 2) e, especialmente, no último ínstar, os primórdios das asas, de coloração amarelada, são bem visíveis. Os adultos são marrom-claros, sendo que S. castanea (Figura 3) é mais castanho e A.

FIG. 1. Adultos de Scaptocoris castanea em raíz de soja. (Foto: José Nunes Jr. -CTPA)

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FIG. 2. Ninfas de Scaptocoris castanea.

FIG. 3. Adulto de Scaptocoris castanea.

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brachiariae é, geralmente, menor (5,2 a 6,0mm) e de cor âmbar-amarelada. As patas anteriores são adaptadas para cavar e as pos-teriores apresentam fêmures adaptados para empurrar. Outras ca-racterística diferenciais são o clípeo alargado em direção ao ápice, ausência de tarsos e presença de cerdas na face dorsal da tíbia mediana em A. brachiariae, enquanto em S. castanea essas cerdas e os tarsos estão ausentes e o clípeo não se alarga em direção ao ápice e tem bordo arredondado (Figura 4) (BECKER, 1996). As duas espécies são muito semelhantes e são facilmente reconhecíveis pelo odor característico e desagradável que exalam, durante o preparo de solo em áreas infestadas. Quando expostos à superfície, esses percevejos emitem um som estridente.

No seu “habitat”, a cópula (Figura 5) e a oviposição ocorrem no solo, às vezes em grandes profundidades. PUZZI & ANDRADE (1957) relataram que as fêmeas fazem as posturas nas raízes, pre-ferencialmente nas capilares. Ao entardecer, os adultos voam, retornando, depois, ao solo. As revoadas ocorrem, principalmente, nos períodos chuvosos.

Os aspectos biológicos, morfológicos e a dinâmica popu-lacional da espécie A. brachiariae têm sido melhor estudados que os de S. castanea. A fase ninfal dura de quatro a seis meses, com cinco ínstares, e os adultos vivem de cinco a sete meses (AMARAL et al., 1996b). MEDEIROS & SALES Jr. (2000 a,b,c,d) observaram que o ciclo de vida de A. brachiariae, desde ovo até a morte do adulto, foi de cerca de 11-12 meses em pastagens, com duas gera-ções por ano; a primeira geração ocorre na época de excesso de água no solo e a segunda durante o período de déficit hídrico.

O complexo de percevejo-castanho-da-raiz, tem ampla distri-buição geográfica na região Neotropical. No Brasil, há referências de ocorrência em SC, RS, PR, SP, RJ, MG, PE, PI, BA, MT,MS, GO, TO, AM e, mais recentemente, RO (WORKSHOP..., 1999).

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FIG. 4. Características diferenciais das duas espécies de percevejo-castanho-da-raiz. Adaptado de: Becker, M. Uma nova espécie de percevejo-castanho (Heteroptera: Cydnidae: Scaptocorinae) praga de pastagens do Centro-Oeste do Brasil. An. Soc. Entomol. Brasil 25(1):95-102. 1996.

Atarsocoris brachiariae 0,5 mm 0,5 mm 0,5 mm

3

2

1

5

0,5 mm 0,25 mm

4

0,5 mm 0,5 mm

6

7

t ala c Scaptocoris castanea

1. A. brachiariae sp. n. - vista dorsal da cabeça 2. A. brachiariae sp. n. - vista dorsal da tíbia anterior 3. A. brachiariae sp. n. - vista dorsal da tíbia mediana 4. A. brachiariae sp. n. - vista dorsal da tíbia posterior 5. A. brachiariae sp. n. - vista dorsal do parâmetro esquerdo 6. S. castaneae Perty - vista dorsal da cabeça (c = clípeo)

7. S. castaneae Perty - vista dorsal da tíbia mediana e tarsos medianos (ala = área longitudinal aplanada, sem cerdas; t = tarsos)

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Atualmente, grandes áreas de soja e pastagens, entre outras culturas, estão infestadas pela praga, principalmente nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, atingindo, também áreas em Tocantins e Minas Gerais.

Um estudo de flutuação populacional e distribuição da popu-lação de S. castanea no perfil do solo foi realizado em Sapezal, MT, através de avaliações semanais realizadas de maio de 1999 a maio de 2000, em uma área selecionada na Fazenda Sapezal. Nesse lo-cal foi instalado um pluviômetro para registro da precipitação pluviométrica.

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL E

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DE

Scaptocoris castanea NO SOLO

FIG. 5. Casal de Scaptocoris castanea em cópula.

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Em cada data de amostragem, a população foi avaliada em três amostras de solo (1m comprimento x 0,80m largura X 1,20m de profundidade) ao acaso. A escavação foi realizada manualmente e as amostras foram estratificadas em camadas de 10cm desde a superfície (0 m) até 1,20m de profundidade. Em cada camada, os percevejos foram separados e contados. Durante a contagem, os percevejos eram classificados em adultos e ninfas grandes (> 6mm), médias (entre 3 e 6mm) ou pequenas (< 3mm).

Outro estudo foi feito em Cândido Mota, SP, através de ava-liações mensais do número de ninfas e adultos, em 20 amostras de solo de 0,50mX0,20m X 0,40m de profundidade, de dezembro de 1998 a abril de 2000.

A flutuação populacional durante o ano, em Cândido Mota, SP e Sapezal, MT, é mostrada nas Figuras 6 e 7, onde a população de percevejos diminuiu ao longo do tempo nos dois locais.

0 10 20 30 40 50 60 70 d j f m a m j j a s o n d j f m a 1998 1999 2000 nº de individuos/amostra*

adulto ninfa total

FIG. 6. Flutuação populacional de percevejo-castanho-da-raiz (Scaptocoris castanea) em Cândido Mota, SP. *amostra=0,50cm X 0,20cm X 0,30 cm de pro-fundidade (só a partir da amostragem de maio de 1999 ninfas e adultos foram contados separadamente).

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0 50 100 150 200 250 M J J A S O N D J F M A n º de in d iv id u os/amostr a * ninfa adulto

total precipitação pluviométrica total mm

mm 90 180 270 360 450 0 1999 meses 2000

FIG. 7. Flutuação populacional de percevejo-castanho-da-raiz (Scaptocoris castanea) em Sapezal, MT de maio de 1999 a abril de 2000. *amostra= 0,80 cmX100 cm X 120 cm.

Adultos e ninfas de S. castanea foram achados no solo du-rante o ano todo, mas o pico populacional de adultos no solo ocor-reu em dezembro e janeiro, em Cândido Mota (Figura 6) e em de-zembro, em Sapezal, MT (Figura 7). Entretanto, em Goiás, FERNANDES et al. (2000), encontraram adultos no solo, apenas a partir de outubro.

Em Cândido Mota, os adultos foram mais abundantes em dezembro, janeiro e maio (Figura 8-A). Em Sapezal, as ninfas de último ínstar predominaram de maio a novembro. Os adultos de S. castanea foram mais abundantes em janeiro (Figura 8-B) e as revoadas para dispersão foram mais freqüentes e intensas de feve-reiro a março. SILOTO et al. (2000) observaram que, em levanta-mentos populacionais realizados durante 18 meses, em Florínea, SP, as maiores populações de adultos ocorreram em dezembro/98 e janeiro/99 e o número de ninfas sempre foi maior que o de adul-tos, numa proporção de 4:1, concordando com os resultados

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----0% 20% 40% 60% 80% 100% M J J A S O N D J F M adulto ninfa A 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% M J J A S O N D J F M A

adulto ninfa pequena ninfa média ninfa grande

FIG. 8. Composição da população de percevejo castanho (Scaptocoris castanea) ao longo do ano em Cândido Mota, SP (A) e Sapezal-MT (B).

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dos, neste estudo, em Cândido Mota, SP, onde apenas em maio o número de adultos no solo superou o de ninfas. Entretanto, em Sapezal, MT, o número de adultos observado superou o de ninfas no período de dezembro a março (Figura 6). Ressaltando-se que, nos estudos realizados em São Paulo, os levantamentos em Florínea foram fei-tos até 50cm de (SILOTO et al., 2000) e até 40cm em Cândido Mota, enquanto em Sapezal atingiram 120 cm de profundidade.

O acasalamento ocorreu no solo e foram observados adultos em cópula, até a 1,5 m de profundidade. Os ovos foram observa-dos com maior freqüência em janeiro/fevereiro, geralmente entre 0 e 20 cm de profundidade. Os percevejos foram encontrados até 120cm de profundidade no solo, embora durante todo o ano mais de 77% da população estivesse situada acima de 60cm. Nos me-ses mais frios/secos (maio a outubro), mais de 60% da população, especialmente ninfas de último instar, estavam concentradas abai-xo de 30 cm no perfil do solo, provavelmente buscando condições ambientais mais estáveis para sobreviver até o estabelecimento das culturas de verão (Figura 9). De novembro a abril, a população este-ve concentrada entre 10 e 30cm de profundidade, próxima às raízes das plantas e durante os meses mais quentes e chuvosos (novem-bro a fevereiro), a população se concentrou acima de 20 cm, onde a quantidade de raízes era maior (Figura 9). FERNANDES et al. (2000) observaram em Acreúna, GO que 90% da população de S. castanea ocorreu entre 0 e 60 cm de profundidade e, na estação chuvosa, os insetos migraram para a superfície, sendo encontrados, principal-mente, entre 0 e 40cm de profundidade.

PUZZI & ANDRADE (1957) relataram que, quando as condi-ções ecológicas são desfavoráveis ao potencial biótico de Scaptocoris, a população da praga, além de altamente reduzida, passa a viver nas camadas mais profundas do solo, atingindo até 1,5m de profundidade. Durante os períodos de calor e chuva, esses autores verificaram que a população se concentra até 50cm de profundidade.

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0 10 20 30 40 50 60 M J J A S O N D J F M A 0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 60 80 120 % de ninfas e adultos de Scaptocoris castaneae 1999 Profundidade (cm) 2000

FIG. 9. Distribuição estacional da população de percevejo castanho (Scaptocoris castanea) no perfil do solo. Sapezal, MT.

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Nos estudos conduzidos pelo grupo coordenado pela Embrapa Soja observou-se que as ninfas e os adultos de S. castanea são capazes de se mover verticalmente no solo para evitar condições adversas temporárias. Essa habilidade deve ser considerada na es-colha de datas de amostragem, especialmente em dias quentes e períodos secos, quando a população pode ser subestimada se a amostragem for superficial.

DANOS CAUSADOS POR

Scaptocoris castanea EM SOJA

A ocorrência de percevejo-castanho-da-raiz tem sido regis-trada com mais freqüência em solos arenosos, mas também foram observadas muitas infestações em solos argilosos. Ataques de per-cevejo-castanho-da-raiz em culturas anuais foram registrados, tan-to em sistema de semeadura direta, quantan-to em manejo convencio-nal do solo. Nas safras 97/98 e 98/99, foram registrados danos causados por percevejo-castanho-da-raiz em soja, principalmente em regiões de cerrados (MT, GO, TO, MS, MG, SP). No Norte de Paraná, foram registrados focos isolados em alguns municípios, em áreas de reforma de pastagem. A espécie mais freqüente em soja foi S. castanea.

O ataque de S. castanea ocorre em reboleiras ou focos distri-buídos irregularmente na área infestada. O diâmetro médio de cada foco, na cultura da soja, pode variar de poucos metros até vários hectares. Na safra 98/99, foram registrados focos com infestação por percevejo-castanho-da-raiz de até, aproximadamente, 70 ha, em lavouras de soja, em Sapezal,MT.

Nas áreas infestadas, os sintomas vão desde o murchamento e amarelecimento das folhas logo após o ataque até a posterior

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seca e morte da planta quando o ataque ocorre no início do desen-volvimento da soja. Dentro das reboleiras, pode ser observada re-dução da população de plantas, devido à sua morte. Rere-dução do crescimento das plantas ocorre quando o ataque é mais tardio.

Os ataques nem sempre ocorrem na mesma área, todos os anos. Observou-se que áreas onde o ataque do percevejo-casta-nho-da-raiz foi intenso, na safra 98/99, causando inclusive perdas totais em alguns talhões, não apresentam danos significativos na próxima safra (99/00). Os fatores que causaram essa situação não foram determinados, mas algumas observações realizadas a campo permitem sugerir que a dispersão dos percevejos adultos desses talhões para outras áreas, vizinhas ou não, é um dos fatores que podem estar contribuindo para a redução da população em determi-nadas áreas.

O nível populacional de S. castanea que causa danos econô-micos em soja ainda não foi estabelecido, mas nas condições de ataque mais freqüentes nos Cerrados, têm sido observadas perdas no rendimento da soja a partir de uma população média de 25 a 40 percevejos/metro de fileira de soja. Com populações de 80-100 percevejos/metro de fileira, as perdas podem ser severas e em al-guns casos, com 200-300 percevejos/m linear, pode haver perda total, dependendo da condição da planta na época do ataque. A severidade dos danos depende, entre outras coisas, do estádio de desenvolvimento da planta e da fertilidade do solo.

1. Sintomas de ataque de percevejo-castanho-da-raiz, em soja

Em áreas com alta infestação, em Goiás, no Mato Grosso e em São Paulo, observou-se reduções na altura das plantas (Figura 10) e no número de vagens por planta, o que contribuiu para a perda de rendimento. Quando o ataque ocorreu na fase inicial de desenvolvimento da lavoura, as perdas de produção foram agrava-das pela redução do estande final, devido à morte de plantas (Figu-ra 11). Nesses casos, em algumas áreas, foi observado aumento da

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FIG. 10. Plantas de soja com diferentes graus de sintoma de ataque por S. castanea. (Foto: José Nunes Jr. - CTPA)

FIG. 11. Lavoura de soja atacada por S. castanea em Mineiros, GO. (Foto: José Nunes Jr. - CTPA)

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ocorrência de plantas daninhas nas áreas infestadas por percevejo-castanho-da-raiz. A altura de inserção da primeira vagem também foi menor em plantas atacadas pelo percevejo-castanho-da-raiz.

Observações de campo, realizadas em várias lavouras, mos-traram que a intensidade dos danos variou não só com o nível populacional de percevejos no solo, as, também, com o desenvol-vimento radicular da planta, tanto em função do estádio de desen-volvimento da cultura, como de outros fatores, como a presença de camada adensada no solo. Esta prejudica a expansão das raízes e contribui para diminuir a tolerância da planta ao ataque da praga. Observações de campo mostraram que a soja é mais sensível ao ataque de percevejo-castanho-da-raiz, nos primeiros 30 dias após a germinação.

Os efeitos dos danos no sistema radicular na produção de grãos podem ser intensificados sob condições de solos pobres ou sob condições de estresse hídrico, em épocas críticas para a planta, como o estádio de enchimento de grãos.

2. Avaliação das perdas de produção causadas por

percevejo-casta-nho-da-raiz

Para medir as perdas de produção causadas por percevejo-castanho-da-raiz em lavouras de soja, na safra 99/00, foram feitas comparações de rendimento em áreas infestadas e não infestadas em dois locais.

Os locais foram escolhidos em função do histórico de infestação e, antes da semeadura da soja, foram feitas avaliações populacionais. Em cada local, foram colhidas, manualmente, quatro amostras de plantas em áreas com sintomas de ataque e quatro amostras em áreas sem sintomas aparentes de ataque.

No Local 1, foram demarcadas sete reboleiras com sintomas de ataque e comparadas com uma área correspondente de plantas sem sintomas, considerada como testemunha. Nestes pontos de

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amostragem foram colhidas quatro amostras de 12m2 em cada

reboleira e quatro em cada área testemunha.

Na avaliação prévia, realizada antes da semeadura, o nível populacional nas reboleiras foi, em média, de 25 percevejos/m line-ar (amostras com 20cm de lline-argura e 30cm de profundidade), vline-ari- vari-ando de 14 a 35 percevejos/m. Nas áreas sem sintomas (testemu-nha), a população foi, em média, de sete percevejos/m linear, vari-ando de cinco a oito percevejos/m linear. A perda de produção nas áreas infestadas foi, em média de 20%, variando de 13% a 31%, em relação à produção das testemunhas,

Comparações realizadas no Local 2 (amostras de 30 m2

co-lhidas em áreas com diferentes níveis de infestação) mostraram que para uma população média de 166 percevejos/m linear (125 a 230/m linear) na avaliação prévia, a produção foi, em média, 41% menor, em relação à produção das áreas com infestação média de 52 percevejos/m linear.

3. Avaliação das perdas de produção causadas por

percevejo-casta-nho-da-raiz, em lavouras comerciais

Além das avaliações em pequenas parcelas, realizou-se uma avaliação comparativa de áreas altamente infestadas com áreas próximas aparentemente sem infestação, em três locais, com se-meadura direta, no município de Sapezal, MT (Fazenda Curió, Fa-zenda Santa Ana e FaFa-zenda Pajaú).

Na Fazenda Curió e na Fazenda Santa Ana, foram demarcadas, em cada local, uma área atacada pelo percevejo-castanho-da-raiz (reboleira), com sintomas evidentes de ataque (plantas menores, pouco desenvolvidas) e outra área não atacada pelo percevejo-cas-tanho-da-raiz, com plantas de desenvolvimento normal, dentro de um mesmo talhão de soja.

A colheita foi realizada no início de abril. Três amostras de 3,5m2 foram colhidas mecanicamente, ao acaso, na área atacada e

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na área não atacada (testemunha), em cada fazenda. Observou-se que a infestação de plantas invasoras, na Fazenda Curió, foi de 5% na área atacada e 0% na área não atacada e, na fazenda Santa Ana, de 100% e 0%, nas duas áreas, respectivamente. Na Fazen-da Santa Ana, foram mediFazen-das as perFazen-das na colheita, através Fazen-da contagem dos grãos dentro da armação de ferro (3,5m2), em dois

pontos na área atacada e dois pontos na área não atacada.

Nos dois locais, foi medida a altura de planta (cm) em 20 plantas de cada amostra, nas áreas atacada e não atacada. A altura de inserção da primeira vagem não foi medida, porém foi possível observar, visualmente, uma menor altura de inserção nas plantas da área atacada pelo percevejo-castanho-da-raiz.

Na Fazenda Pajaú, foram demarcadas duas áreas atacadas pelo percevejo-castanho-da-raiz localizadas em reboleiras com sin-tomas evidentes de ataque e, uma área não atacada pelo percevejo-castanho-da-raiz, cujas plantas apresentavam desenvolvimento nor-mal (testemunha). A colheita mecânica foi realizada, em 18/04/2000. Na área atacada foram colhidas duas amostras, uma de 1ha (amostra 1) e outra de 0,5ha (amostra 2); na área não atacada, foi colhida uma área de 1ha (amostra 3). Em cada área (amostras 1, 2 e 3) também foram colhidas, manualmente, 60 plantas, utilizadas para determinações de sua altura (cm), assim como da altura de inserção da primeira vagem (cm) e número de vagens/planta.

As sementes de amostras retiradas na saída da colhedora, na área não atacada e nas áreas atacadas, foram classificadas, de-terminando-se a porcentagem de impurezas e a umidade. O grau de impurezas foi de 1,35% e 0,20%, nas áreas infestadas e não infes-tadas por percevejo-castanho-da-raiz, respectivamente. As perdas de grãos na colheita em áreas com alta infestação de percevejo-castanho-da-raiz (reboleiras) foram de 428 kg/ha, comparadas com uma perda de 29,3 kg/ha na área testemunha.

A altura média de inserção da primeira vagem foi de 8,9 cm, nas plantas com sintomas e, 14 cm, nas plantas sem sintomas de

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ataque pelo percevejo. O número médio de vagens/planta foi de 49,2, nas plantas aparentemente sadias, e de 33,6, naquelas com sinto-mas evidentes de ataque por percevejo-castanho-da-raiz. A altura média das plantas e o rendimento (peso de grãos/ha) foram signifi-cativamente menores nas reboleiras com evidente sintoma de ata-que em relação às áreas-testemunhas (Tabela 1). A perda de produ-ção nas áreas infestadas em relaprodu-ção às testemunhas foi, em média, de 47%, variando de 20% a 67%. Não houve diferença significativa para o peso de 100 sementes, nas áreas atacadas e não atacadas.

TABELA 1. Características agronômicas de plantas em áreas vizinhas, com e sem sintomas de ataque de percevejo-castanho-da-raiz. Sapezal, MT. Safra 99/00.

Média ± EP1

Área Altura de planta

(cm) sementes (g)Peso de 100 Peso de grãos/ha(Kg)

plantas com sintomas 28,9 13,0 2259,0

plantas sem sintomas 71,8 16,8 4291,4

Teste t 2 * ns *

1 média dos 3 locais .

2 * = significativo a 5%; ns = não significativo.

PLANTAS HOSPEDEIRAS

1. Plantas hospedeiras do percevejo-castanho-da raiz

O percevejo-castanho-da-raiz é um inseto polífago que se alimenta de raízes de plantas de diversas famílias. PUZZI & ANDRADE (1957) relataram que essa praga foi constatada pela primeira vez, em São Paulo, em pastagem (capim gordura, capim marmelada, etc.) e que, aparentemente, o inseto foi se adaptando a diversas plantas cultivadas.

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Esse inseto já foi registrado em alfafa, algodão, amendoim, arroz, banana, batata, beldroega, cana-de-açucar, café, coco-da-Bahia, eucalipto, ervilha, feijão, fumo, girassol, mandioca, milheto, milho, pimenta, soja, sorgo, tomate, tremoço, capim-açu, pasta-gens, Brachiaria decumbens, B. humidicola, B. brizanta, Cynodon dactylon, Andropogon spp., colonião (PUZZI & ANDRADE, 1957; PRADO et al., 1986a,b; NAKANO & TELLES, 1997; RAGA & SILOTO, 1999a; AMARAL & VILLAR, 1999; LIS et al., 2000) e diversas plantas daninhas.

2. Flutuação populacional de Scaptocoris castanea em diversas

espécies de plantas hospedeiras

No final de novembro de 1999, foi instalado um ensaio em Sapezal, MT, em área cultivada com soja há seis anos, onde havia ocorrido alta de infestação do percevejo-castanho-da-raiz no ano anterior. O delineamento foi blocos ao acaso com quatro repetições e os seguintes tratamentos: soja, algodão, milho, arroz e pousio com controle de plantas daninhas, em situação de semeadura direta.

Três dias antes da semeadura das diversas plantas hospedei-ras foi realizada uma amostragem prévia, contando-se o número de percevejos (ninfas e adultos) em amostras de 0,50m X 0,20m X 0,30 m de profundidade. Após a semeadura das plantas, foram feitas amostragens quinzenais de percevejos, até o final de janeiro de 2000. Também foram realizadas duas amostragens, em 23 de fevereiro, aos 86 dias após a semeadura e, na colheita, em meados de abril.

Só houve diferenças significativas entre a população de per-cevejos nos diversos tratamentos, nas últimas amostragens, reali-zadas em fevereiro (F=4,209, P=0,026) e abril (F=3,608, P=0,032). Aos 86 dias após a semeadura (23/2/2000), a popula-ção das parcelas em pousio foi significativamente menor, ao nível de 5% pelo teste de Tukey, do que nas parcelas com arroz e milho.

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Na última amostragem, o número de percevejos se manteve menor do que nos demais tratamentos, nas parcelas em pousio, mas só diferiu significativamente das parcelas com arroz.

Na Figura 12, observa-se a flutuação populacional em rela-ção à amostragem prévia (média de cada tratamento). A partir de março observou-se revoadas de adultos de percevejos na área, que podem ter ocasionado o aumento populacional observado, em abril, em todas as parcelas exceto aquelas em pousio.

De maneira geral, os dados da safra 99/00, estão em conso-nância com aqueles obtidos na safra 98/99, onde também obser-vou-se a tendência de menor população nas parcelas em pousio (dados não publicados).

0 50 100 150 200 250 300 350 400

26/nov 15/dez 29/dez 13/jan 29/jan 23/fev 12/abr

% de percevejos vivos em relação à

amostragem prévia

algodão arroz

milho pousio*

soja

FIG. 12. Porcentagem de percevejo-castanho-da-raiz em cada espécie vegetal em relação à amostragem prévia (100%). (*= pousio com controle de plan-tas invasoras). Sapezal, MT. Safra 99/00.

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EFEITO DA ADUBAÇÃO SOBRE

PERCEVEJO-CASTANHO-DA-RAIZ

A maioria dos registros sobre percevejo-castanho-da-raiz re-porta sua ocorrência e os danos por eles causados, sem que haja referência a qualquer medida eficiente de controle ou manejo des-ses insetos (WORKSHOP…, 1999). Na literatura (vide referências citadas por OLIVEIRA, 1987), há vários registros sobre efeitos de fertilizantes nitrogenados e enxofre sobre insetos, com efeitos vari-áveis conforme a espécie.

Para avaliar a influência da adubação química sobre a popu-lação de percevejo-castanho-da-raiz, em soja, foram realizados dois ensaios em área de semeadura direta com histórico de ocorrência de percevejo-castanho-da-raiz, em Sapezal-MT, complementados por teste em casa-de-vegetação.

O delineamento experimental dos dois ensaios foi o de blo-cos ao acaso com quatro repetições. O Ensaio 1 foi instalado em 24/11/99, com parcelas de 80m2 e o Ensaio 2 em 11/12/99 com

parcelas de 25m2. No primeiro ensaio foram testados os seguintes

tratamentos: sulfato de amônia (50 kg/ha e 100 kg/ha), enxofre (30 e 50 kg/ha), enxofre(25 kg/ha) + sulfato de amônia (25kg/ha) e testemunha (sem aplicação desses adubos). No segundo ensaio, os tratamentos foram: sulfato de amônia (200 kg/ha), enxofre (50 kg/ha), uréia (60kg/ha), sulfato de cálcio(130kg/ha e 240 kg/ha) e testemunha (sem aplicação). A adubação de base foi 200kg/ha de 2:18:18. O solo da área do Ensaio 1 era argiloso e na safra anterior havia sido feita calagem.

Nos dois ensaios, foi feita amostragem prévia, anotando-se o número de percevejos (ninfas e adultos), observados em amos-tras de 0,50m X 0,20m X 0,30 m de profundidade. Logo em segui-da, foi feita a aplicação dos adubos no sulco de semeadura, abaixo das sementes de soja. Utilizou-se a cultivar Tucano no Ensaio 1, e

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cultivar Uirapuru, no Ensaio 2. Após a emergência das plantas, fo-ram feitas amostragens periódicas de percevejos no solo. Fofo-ram colhidos quatro linhas/parcela no Ensaio 1 e duas linhas/parcela no Ensaio 2. Em ambos, foram medidas a altura de planta (cm) e o número de vagens/planta, em 35 plantas/parcela. O número total de plantas/parcela foi contado e a produção de grãos foi determina-da, considerando-se todas as plantas colhidas.

No Ensaio 1, o coeficiente de variação foi alto em todas as datas de amostragem de população, dificultando a discriminação dos tratamentos e comprometendo a precisão do ensaio. Só houve diferenças significativas entre os tratamentos nas avaliações reali-zadas aos 16 e 23 dias após a semeadura, quando o número de percevejos encontrados nas parcelas adubadas com a combinação enxofre (25 kg/ha)+sulfato de amônia (25 kg/ha) foi significativa-mente superior ao encontrado nas parcelas testemunhas, que não receberam adubação adicional à de base (Tabela 2). Em ensaios realizados na safra 98/99, também foi observado que, em relação número de adultos vivos/parcela, só houve diferença significativa (F=2,69; P=0,04) entre os tratamentos aos 23 dias após a seme-adura, quando a população nas parcelas tratadas com 25kg de en-xofre/ha foi maior que na testemunha, não diferindo dos demais tratamentos (enxofre 50kg/ha; sulfato de amônia 100kg/ha e 200kg/ha; uréia 30kg/ha e 60 kg/ha). Não houve diferenças signifi-cativas entre os tratamentos, em relação às características agronô-micas no Ensaio 1 (Tabela 3).

No Ensaio 2, o coeficiente de variação das contagens populacionais também foi alto e não houve diferenças significativas entre os tratamentos na população de percevejos, em nenhuma das datas de amostragem (Tabela 4). As características agronômicas também não foram significativamente afetadas pelos tratamentos (Tabela 5).

Num teste realizado em casa-de-vegetação para complemen-tar o Ensaio 2, observou-se que a mortalidade acumulada aos 8 e

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TA BELA 2. N úmer o médio de per cev ej o-cas tanho -da-r aiz (ad ultos e ninfas v iv os ) por a mos tr a de so lo ( 50 cm X 20 cm X 30 cm d e pr ofundidade) em p ar celas c om dif er entes adubos a pli cados no su lc o de se meadura . Ens aio 1. S apezal, M T. S af ra 99/00. Nº médio de per cev ejos /amos tra Trat am ent o kg/ha Prév ia 10 DA A 16 DA A 23 DA A 38 DA A 65 DA A C olheita enx ofre+ su lfato de amônia 25+ 25 22,7 6,7 35,7 a 17, 7 a 6,2 8,7 3,7 enx ofre 30 19,0 5,7 10,0 ab 8,0 b 3,5 4,2 1,5 enx ofre 50 21,0 4,0 12,0 ab 4,5 b 13,0 5,2 3,0 su lfato de amônia 100 9,0 3,7 4,7 ab 5,5 b 4,2 7,5 4,5 su lfato de amônia 50 22,5 7,0 2,7 b 2,7 b 3,3 10,7 3,0 tes temunha – 6,0 3,2 3,2 b 1,2 b 4,0 6,2 0,75 Valor de F 0,612 0,328 2,813 7,101 2,378 0,875 0,996 Prob. de F 0,692 0,889 0,05 0,001 0,089 0,518 0,451 C V % 111,7 83,8 130,5 62,3 78,3 71,6 99,3 D A A = di as a pó s a aduba çã o.

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TA BE LA 3 . C ar acter ís ticas agr onômi cas de pl ant as de soj a de par cel as com di fer entes adub os apl icados no sul co de s em ea dur a. E nsai o 1. S apez al , M T. 9 9/ 00 . Tratam ento kg/ha altura de planta (cm ) nº de vagens / planta nº final de plantas / parcel a Pe so d e gr ão s/ parcel a(g) Pe so de 100 se me nt es (g ) enx ofre + s ulfato de amônia 25+ 25 59,6 40,4 93,7 1051,7 12,3 enx ofre 30 60,5 49,7 111,7 1029,1 12,2 enx ofre 50 59,0 43,2 100,0 1159,6 11,8 su lfato de amônia 100 64,0 48,5 111,7 1130,2 12,2 su lfato de amônia 50 63,1 46,7 105,3 1066,4 12,1 tes temunha – 59,2 50,6 222,3 1177,0 12,1 Valor de F 0,764 1,385 1,330 2,034 0,320 Prob. de F 0,592 0,293 0,307 0,140 0,892 C V % 7,45 13,9 63,3 6,8 4,3

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TA BE LA 4 . N úmer o médi o de per cev ej o-c as tanho-d a-r ai z (ad ul tos e ni nf as vi vo s) por a mostr a de so lo (5 0c m X 20 cm X 3 0 cm d e pr ofu ndi da de ) em p ar cel as com d ife rente s adu bos apl icado s no sul co de semeadur a. En sai o 2 .Sapezal ,MT . Safr a 9 9/ 00 . Nº m édi o de p er cev ej os/am ostr a Tr atam ento kg/ha Pré via 2 DA A 8 D A A 25 DA A 32 DA A C ol he ita en xo fre 50 14,0 6,5 3,0 3,5 3,0 1,7 su lfa to d e am ôn ia 200 13,7 6,2 4,5 5,0 3,5 1,7 su lfa to d e cá lc io 130 13,0 3,7 5,0 3,0 1,5 1,7 su lfa to d e cá lc io 240 14,5 7,5 6,7 2,5 0,7 1,2 testemunha – 19 ,2 8,5 6, 7 5,2 1, 7 0,7 ur éia 60 9,25 6,7 5,0 3,7 5,7 1,3 Va lo r de F 0,30 8 0,37 2 0,98 8 0,56 7 1,36 8 0,34 4 Pr ob. de F 0,90 0,86 0,46 0,72 0,29 0,88 CV% 82,7 79,8 185, 3 56,7 39,8 95,9 DAA = dias ap ós a adubaç ão .

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TABELA 5. Características agronômicas de plantas de soja de parcelas com diferentes adubos aplicados no sulco de semeadura. Ensaio 2. Sapezal, MT. Safra 99/00.

Tratamento kg/ha Altura deplanta (cm) Nº de vagens/ planta Peso de grãos/ parcela (g) Peso de 100 sementes (g) enxofre 50 55,0 46,9 494,2 11,3 sulfato de amônia 200 59,8 49,8 510,2 11,2 sulfato de cálcio 130 58,3 45,6 515,9 10,5 sulfato de cálcio 240 58,9 48,3 497,1 11,4 testemunha – 58,2 42,1 449,3 10,5 uréia 60 63,2 49,5 569,8 12,1 Valor de F 2,242 0,358 1,294 1,378 Prob. de F 0,10 0,87 0,31 0,281 Cv% 6,0 20,6 1,3 9,1

TABELA 6. Mortalidade acumulada de percevejo-castanho-da-raiz (adultos e ninfas mortos) em parcelas com diferentes adubos aplicados em vasos. Londrina, PR. Safra 99/00.

Número médio de percevejos mortos/tratamento (mortalidade acumulada) Tratamento kg/ha 8 DAA 15 DAA enxofre 50 0,40±0,10 0,80±0,20 sulfato de amônia 200 0,11±0,11 0,33±0,24 sulfato de cálcio 240 0,44±0,18 0,80±0,29 testemunha – 0,10±0,10 0,20±0,13 uréia 60 0,30±0,15 0,55±0,29 Valor de F 1,223 1,352 Prob. de F 0,315 0,267

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15 dias após a semeadura foi semelhante em todos os tratamentos (Tabela 6), não corroborando a observação feita na safra anterior (98/99), em ensaio realizado em campo, em Sapezal, MT quando o número de percevejos mortos, especialmente adultos, foi maior nas parcelas adubadas com 50kg de enxofre/ha (MALAGUIDO et al., 1999). Os resultados obtidos em relação a essa linha de pesquisa continuam não conclusivos. Um dos fatores que pode ter dificulta-do a discriminação dificulta-dos tratamentos foi a baixa população de perce-vejos desde a amostragem prévia. Sendo assim, os testes com adu-bação devem ser repetidos em áreas com maior população.

O manejo de solo afeta as espécies de insetos que vivem no solo de maneira diferente. A semeadura direta favorece a sobrevi-vência de insetos saprófitas ou ocasionalmente rizófagos, enquan-to o manejo convencional do solo favorece a sobrevivência das espécies essencialmente fitófagas (SILVA et al., 1994). Danos eco-nômicos causados pelo percevejo castanho já foram observados tanto em lavouras em sistema de manejo convencional, como em semeadura direta. Entretanto, para outros insetos que habitam o solo e também ocorrem em soja nos dois sistemas, as operações de preparo de solo podem ter algum efeito quando o inseto se localiza superficialmente no solo (OLIVEIRA et al., 2000). O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do preparo de solo sobre percevejo-casta-nho-da-raiz.

Em 12/10/1999 foi instalado um teste, em faixas, para ava-liar o efeito da gradagem (grade de 20 discos - 30”), em Sapezal, MT. As faixas eram pareadas, gradeadas e não gradeadas (solo sem movimentação) e cada uma mediu 20m de comprimento por

EFEITO DO PREPARO E DA COBERTURA DO

SOLO SOBRE PERCEVEJO-CASTANHO-DA-RAIZ

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8m de largura. Previamente, foi feita uma amostragem, contando-se o número de ninfas e adultos de percevejo-castanho-da-raiz, em duas amostras de solo (50cm X 15cm X 40cm de profundidade). No dia seguinte, procedeu-se a gradagem, que atingiu uma camada de, no máximo, 25 cm de profundidade. Foram feitas mais duas amostragens aos dois e nove dias após a gradagem.

Na amostragem prévia, a população foi em média de 46 per-cevejos/amostra e observou-se que a distribuição destes, no perfil do solo, foi semelhante nas faixas marcadas para gradagem e nas faixas escolhidas como testemunha. Aproximadamente 11% da po-pulação do percevejo estava distribuída na parte superficial do per-fil do solo (0 a 10cm), 29% na faixa de 10 a 20cm, 38% de 20 a 30cm e 22% de 30 a 40cm.

Logo após a passagem da grade, observou-se, que nas fai-xas gradeadas, havia grande número de ninfas e adultos expostos, mas, em sua maioria, vivos. Muitos desses insetos estavam sendo carregados por formigas. Também foram observados alguns perce-vejos cortados ou esmagados pelos discos da grade.

Dois dias após a gradagem, verificou-se que a população de percevejos, na camada de 0 a 20cm, foi reduzida em relação à amostragem anterior nas faixas gradeadas. Nas faixas testemunhas, a redução de percevejos na camada superficial (0-20cm) em rela-ção à amostragem prévia foi menor. O efeito da gradagem foi apa-rentemente maior nas camadas superficiais, especialmente nos pri-meiros 10cm, não atingindo, entretanto, a população situada abai-xo de 20 cm, que representava 60% da população existente no local (Figura 13).

Em ensaio realizado em fevereiro de 2000, para testar o efeito da grade aradora em lavoura de algodão, MALAGUIDO (da-dos não publica(da-dos) observou diferenças no número de ninfas e adultos presentes no solo, nos diferentes tratamentos apenas na amostragem realizada aos 36 dias após a semeadura (11/03/00). A população do inseto foi significativamente menor nas parcelas

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0 20 40 60 80 100 120 0 20 40 60 80 100 1200 20 40 60 80 100 120 40 cm 30 cm 20 cm 10 cm 0 cm % de per cev ej os ( ni nfas e ad ul to s) em rel ação à amo st rag em prév ia 0 20 40 60 80 100 120

prévia 2 DAG 9 DAG

amostragem gradeada não gradeada

FIG. 13. Porcentagem de percevejos, em relação à amostragem prévia em área gradeada e não gradeada, em diversas profundidades de solo. Sapezal-MT. outubro de 1999 (DAG= dias após a gradagem).

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mantidas em pousio, independente do sistema (semeadura direta e convencional), quando comparada à população nas parcelas de al-godão. Esses resultados estão em consonância com os resultados obtidos na safra 98/99, em ensaio instalado no final de dezembro, comparando soja, milheto e pousio, em semeadura direta e conven-cional, onde se observou que o efeito da cobertura vegetal foi maior que o efeito do manejo de solo (Figura 14). É importante ressaltar que, no ensaio com algodão conduzido em 2000, como no ensaio com soja na safra 98/99, o implemento utilizado no preparo do solo (grade aradora), atingiu apenas as camadas superficiais e, provavel-mente, atingiu apenas uma pequena parte da população de perce-vejos presentes na área. O preparo do solo com implementos que atinjam camadas mais profundas e revolvam o solo, podem ter um efeito diferente. 0 10 20 30 40 50 60

Amprev 05-Jan 21-Jan 27-Jan 12-Fev 17-Fev 06-Mar 11-Mar 20-Mar 23-Mar 29-Mar

número de percevejos/amostra

milhetoC pousioC sojaC

milhetoD pousioD sojaD

FIG. 14. Flutuação populacional de percevejo castanho em soja, milheto em pousio, em sistema de semeadura direta e convencional. C = convencional; D =semeadura direta. Sapezal, MT. Safra 98/99.

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CONTROLE QUÍMICO E BIOLÓGICO

O controle do percevejo-castanho-da-raiz através de insetici-das químicos e biológicos, até o momento, têm se mostrado pouco viável, em função do hábito subterrâneo desse inseto e de seu com-portamento.

Vários grupos de pesquisa (EMPAER-MT/UFMT; Embrapa Soja/Fundação MT/Convênio Goiás, ESUCARV; UFG; EPAMIG; ESALQ; Instituto Biológico-SP, entre outros) vêm testando insetici-das para o controle de percevejo-castanho-da-raiz, mas, para soja, ainda não há nenhum inseticida eficiente e registrado para essa finalidade.

Com objetivo de avaliar inseticidas como alternativa de con-trole para S. castanea foram testados diversos princípios ativos e formulações. Os ensaios foram instalados através de re-semeadura de soja em áreas infestadas por percevejo-castanho-da-raiz. Esses ensaios foram complementados por testes de em casa-de-vegeta-ção, realizados em Londrina, PR. Foram testados 16 inseticidas misturados à semente e aplicados no sulco de semeadura (granula-dos ou pulveriza(granula-dos) em diversos ensaios realiza(granula-dos em Mato Gros-so, Goiás e São Paulo (OLIVEIRA, 2000).

Nenhum dos inseticidas testados apresentou, consistente-mente, boa eficiência para controle do percevejo-castanho-da-raiz. O desempenho dos produtos variou de experimento para experi-mento, mas, de maneira geral, o grupo dos granulados aplicados no sulco de semeadura mostrou melhor eficiência, sem contudo atingir o limite aceitável pelo manejo integrado de pragas que é de 80%. Em condições de alta infestação, como no caso dos ensaios realiza-dos em Goiás, foi possível discriminar os tratamentos, e as parcelas tratadas com inseticidas apresentaram maior rendimento de grãos que as parcelas não tratadas, apesar de a maioria dos inseticidas testados não ter apresentado alta eficiência (OLIVEIRA, 2000).

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O percevejo-castanho-da-raiz possui vários inimigos naturais, destacando-se as formigas e alguns patógenos. Vários fungos ento-mopatogênicos, dos gêneros Metarhizium, Beauveria e Paecilomyces já foram isolados desse inseto e apresentaram, em laboratório, po-tencial para controle da praga.

Em biotestes realizados no laboratório da Embrapa Soja, o fungo M. anisopliae apresentou maior virulência para adultos de S. castanea que B. bassiana e Paecilomyces sp, considerando-se as porcentagens de infecção obtidas e os tempos médios para morta-lidade, mas nenhum dos fungos testados apresentou boa eficiência a campo para S. castanea (MALAGUIDO et al., 2000). AMARAL et al. (1999b) relataram que o fungo M. anisopliae quando utilizado no sistema de pulverização sobre pastagens tem apresentado 30 a 80% de eficiência de controle de Atarsocoris brachiariae e que a eficiência do fungo é afetada pela época de revoada do percevejo, cobertura vegetal da área pulverizada, hora da pulverização e umi-dade do solo.

Apesar das informações geradas sobre o percevejo-casta-nho-da-raiz por diversos grupos de pesquisa nos últimos anos, ain-da não foi possível estabelecer um programa eficiente de manejo dessa praga em culturas anuais. Em relação aos aspectos biológi-cos e comportamentais os trabalhos da UFMT contribuíram bastan-te para o estudo de A. brachiariae, mas a espécie S. castanea, mais freqüente em soja, ainda precisa ser melhor estudada. Em relação ao manejo em si é necessário continuar a experimentação com in-seticidas testando-se novos produtos, formulações e doses e avali-ando-se os fatores que afetam a eficiência dos mesmos. Os estu-dos com controle biológico e métoestu-dos culturais de manejo também

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precisam continuar, pois é consenso que o manejo do percevejo-castanho-da-raiz não se dará com medidas isoladas, mas com a combinação de vários métodos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AMARAL, J.L. do; MEDEIROS, M.O.; OLIVEIRA, C.; BORGES, V.; SOUZA, J.R. Utilização de calcário, gesso e NPK na renova-ção de pastagens em solos arenosos e ácidos , visando o con-trole do percevejo castanho das raízes Atarsocoris brachiariae Becker. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓ-CIO-ECONÔMICOS DO PANTANAL, 7., 1996, Corumbá. Ma-nejo e conservação. Brasília: EMBRAPA-SPI, 1996a. p.145-146.

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Referências

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