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VEJA NESTA EDIÇÃO... CTV recebe visita do novo Chefe de Cooperação da Embaixada da Suécia. CTV e IREX capacitam jornalistas em questoes ambientais

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Com o apoio de: FICHA TÉCNICA

Propriedade e Edição: Centro Terra Viva – Estudos e Advocacia Ambiental Redacção: Manuela Wing, Lino Manuel, Ideltrudes Namburete, Raquel Fernandes,

Cristina Louro, Carlos Litulo, Renato Uane e Dinis Mandevane

Revisão: Marcos Pereira e Tânia Pereira

Sede - Cidade de Maputo

Rua Daniel Tomé Magaia, 60 Website: www.ctv.org.mz Email: ctv@ctv.org.mz Tel: +25821321257

Delegação Regional Sul

Cidade da Maxixe - Bairro Mazambanine Av. De Moçambique, 1058

Email: delegacao.sul@ctv.org.mz Tel: +25829330065

Delegação Regional Norte

Cidade de Pemba - Ex-Rua Capitão Curado, 253 Email: delegacao.norte@ctv.org.mz Tel: +258865638808

Há mais de 10 anos a contribuir para a Gestão Ssustentável de Recursos naturais

VEJA NESTA EDIÇÃO...

CTV recebe visita do novo

Chefe de Cooperação da

Embaixada da Suécia

CTV e IREX capacitam

jornalistas em questoes

ambientais

CTV inicia monitoria

de espécies e ecossistemas

nas áreas de conservação

marinhas

População de Massingir

denuncia usurpação de

terra ao Presidente da

República

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CTV RECEBE VISITA DO NOVO CHEFE DE COOPERAÇÃO DA EMBAIXADA DA SUÉCIA

PARALEGAIS REALIZAM PALESTRAS COMUNITÁRIAS PARA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE O LICENCIAMENTO AMBIENTAL E DE TERRAS

CAPACITADOS AMOSTRADORES COMUNITÁRIOS PARA RECOLHA DE DADOS SOBRE A PESCA ARTESANAL NA BAÍA DE MAPUTO

CTV E IREX CAPACITAM JORNALISTAS EM QUESTOES AMBIENTAIS

CTV INICIA MONITORIA DE ESPÉCIES E ECOSSISTEMAS NAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO MARINHAS

INVESTIGAÇÃO E MONITORIA DE ECOSSISTEMAS E ESPÉCIES

MARINHAS E COSTEIRAS INICIADA NA RESERVA NACIONAL DO POMENE

PROBLEMÁTICA DOS ASSENTAMENTOS INFORMAIS DISCUTIDA

EM CABO DELGADO PELA SOCIEDADE CIVIL, ACADÉMICOS E GOVERNO

POPULAÇÃO DE MASSINGIR DENUNCIA USURPAÇÃO DE TERRA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL PARTICIPAM NA DISCUSSÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DO REDD+ EM MOÇAMBIQUE

MOÇAMBIQUE REPRESENTANDO NO PRIMEIRO WORKSHOP REGIONAL DO DGM PARA A ÁFRICA REALIZADO EM BURKINA FASO

ÍNDICE

3

4

5

6

7

8

9

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11

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O

CTV recebeu, no dia 6 de Setembro corrente, a visita do novo Chefe de Cooperação da Embaixada da Suécia, Sr Mikael Elofsson, acompanhado pelo Oficial de Programas da Embaixada da Suécia e pela Responsável do Programa AGIR. A visita teve como objectivos, para além da apresentação do novo Chefe de Cooperação da Embaixada da Suécia, conhecer melhor o trabalho que os parceiros da sociedade civil vêm desenvolvendo no âmbito do Programa AGIR e promover a interacção entre as partes. A delegação foi recebida pelo Director Geral do CTV, Marcos Pereira, que se fez acompanhar pelos membros da Direcção Executiva e Coordenadores de Programa. Este agradeceu a visita e fez uma breve apresentação das áreas de intervenção do CTV.

Durante o encontro foram partilhadas as experiências de trabalho e as actividades desenvolvidas pelo CTV no âmbito das suas três áreas programáticas, nomeadamente Politicas e Legislação Ambiental (ProLegis), Biodiversidade e Ecossistemas (ProEco) e Educação e Informação Ambiental (ProInfo), assim como os desafios que a

instituição encara na actual conjuntura política e económica do país.

O CTV salientou como principais desafios comuns enfrentados pelas organizações da sociedade civil (OSC) a necessidade de geração de renda para suportar a implementação das actividades e gerir as instituições, assim como a necessidade de melhoria dos mecanismos de diálogo com o Governo numa vertente de parceria para o alcance de objectivos que devem ser comuns.

Outro problema apontado foi o facto do país estar a passar por um cenário político incerto forçando as OSCs a alterarem os seus locais de intervenção, devido à insegurança apresentada nos trabalhos com as comunidades locais.

A delegação parabenizou o CTV pelo trabalho desenvolvido e manifestou o desejo da continuidade das sinergias estabelecidas e implementação de interesses comuns e apoiados pelo Programa AGIR.

CTV RECEBE VISITA DO NOVO

CHEFE DE COOPERAÇÃO DA

EMBAIXADA DA SUÉCIA

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4

Publicação de Informação Ambiental

C

resce o número de comunidades com

conhecimentos sobre o licenciamento ambiental e de terras. Paralegais das Províncias de Tete (Moatize), Cabo Delgado (Palma) e do Corredor de Nacala realizaram 40 palestras comunitárias para divulgação da legislação, incluindo procedimentos para consultas públicas e comunitárias, abrangendo um total de 1 934 pessoas (1 193 homens e 741 mulheres).

As palestras enquadram-se no Projecto de Protecção dos Direitos à Terra das Comunidades Locais, implementado pelo CTV e financiado pelo Open Society Iniciative for Southern África (OSISA), que visa desenvolver acções de monitoria à gestão e administração de terras, promovendo a protecção da posse e direitos à terra das comunidades reassentadas ou por reassentar no contexto da implantação de mega-projectos.

Neste contexto, o CTV realizou seminários formativos aos paralegais das Províncias acima citadas, focalizando o reforço da participação das comunidades na gestão e administração da terra e outros recursos, divulgando aspectos de legislação

relacionados com direitos, deveres das comunidades e procedimentos legais nos processos de atribuição do DUAT e licenciamento ambiental estabelecidos no Regulamento do Processo de Avaliação do Impacto Ambiental (RAIA). A informação transmitida a estes formandos foi replicada às comunidades, através de palestras comunitárias.

Como resultado desta acção comunidades vizinhas das comunidades que se beneficiaram das palestras comunitárias em Moatize e Palma solicitaram a extensão das palestras para as suas áreas, de tal modo que os paralegais têm realizado palestras nas comunidades próximas às suas.

Ainda como resultado, o Governo do distrito de Ribaué solicitou ao CTV que organizasse formações similares direccionadas aos técnicos do distrito com vista a melhorar a aplicação da legislação na organização e realização de consultas comunitárias e públicas.

Publicação de Informação Ambiental

PARALEGAIS REALIZAM PALESTRAS COMUNITÁRIAS PARA

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE O LICENCIAMENTO

AMBIENTAL E DE TERRAS

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D

ecorreu no início na primeira semana do mês de Agosto, a capacitação de quatro amostradores para recolha de dados sobre o uso de recursos pesqueiros na Baía de Maputo, mais especificamente Saco da Inhaca e Machangulo. Esta actividade enquadra-se no projecto a ser implementado pela Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (RMPPO) em colaboração com outros parceiros, incluindo o CTV, e financiado pela Fundação Ensemble.

Este projecto tem como objectivo geral o desenvolvimento e implementação de metodologias pesqueiras sustentáveis, e identificação de oportunidades de alternativas de sobrevivência para as comunidades que vivem nas áreas adjacentes à RMPPO, do lado da Baía de Maputo.

A primeira actividade deste projecto irá contemplar a monitoria da pesca de subsistência e artesanal que será realizada através da recolha de dados que será levada a cabo pelos amostradores comunitários recém formados. Estes dados irão colmatar a falta de informação referente aos dados de capturas, esforço de pesca e composição específica das pescarias praticadas nestes locais, que são de importância vital para o estabelecimento de medidas de conservação, preservação e gestão dos recursos pesqueiros. Este programa será implementado nos centros de

pesca e pontos de desembarque dos pescadores artesanais do lado oriental da Baía de Maputo e a Ilha da Inhaca, mais concretamente na Península de Machangulo (Machangulo, Mapanga, e Santa Maria) e Saco da Inhaca.

A capacitação ministrada pelo CTV englobou aulas teóricas e práticas de introdução à actividade pesqueira, conhecimentos básicos de amostragem, exercícios práticos de identificação de organismos marinhos de interesse comercial, medições, pesagens, recolha de dados, entre outros aspectos.

O grupo seleccionado para se beneficiar desta capacitação, inclui a primeira mulher natural da Ilha da Inhaca a trabalhar como amostradora. Em conversa com a amostradora está manifestou total satisfação por ter sido escolhida para fazer parte deste grupo, e mostra-se disposta a recolher toda informação necessária para apoiar neste projecto que vai melhorar a gestão dos recursos pesqueiros da área onde vive.

Espera-se que no final do projecto, seja criado um programa de monitoria contínuo do uso de recursos pesqueiros derivados da pesca artesanal, e será elaborado um relatório técnico descrevendo o actual estado de exploração dos recursos pesqueiros resultantes das diferentes pescarias na Baía de Maputo e implicações para a gestão sustentável.

CAPACITADOS AMOSTRADORES

COMUNITÁRIOS PARA RECOLHA

DE DADOS SOBRE A PESCA

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Momento da Inauguração do Balule Lodge

6

D

oze jornalistas de diferentes órgãos de

comunicação social, provenientes das Províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica, Inhambane, Gaza e Maputo reuniram-se na capital do país para uma capacitação sobre questões ambientais.

O curso realizado de 12 á 16 de Setembro do corrente ano, foi promovido pelo Centro Terra Viva (CTV) em parceria com o programa de Fortalecimento dos Mídias - IREX. Esta parceria visava a criação de capacidade profissional a este grupo de jornalistas no âmbito da recolha e elaboração de matérias jornalísticas sobre questões ambientais.

Com esta capacitação o CTV pretendia partilhar com este grupo de formandos conhecimentos e habilidades sobre questões relacionadas à conservação do ambiente, gestão e sustentabilidade ambiental.

Por sua vez, o Programa Para Fortalecimento da Mídia é um programa de capacitação e formação profissional e institucional do sector de sector da mídia em Moçambique. A IREX trabalha com repórteres profissionais e comunitários, gestores da mídia, formadores de jornalismo, organizações da sociedade civil para melhorar a qualidade da

informação a disponibilizar aos cidadãos.

A capacitação ministrada a estes jornalistas que já encontram integrados nos meios de comunicação nacional, buscava proporcionar a estes profissionais de informações uma melhor percepção e formação na problemática ambiental, e sensibiliza-los sobre a importância do trabalho da comunicação social junto das instituições da sociedade civil ou publicas que actuam na área do ambiente.

Para alcançar este objectivo foi aplicada durante a capacitação uma metodologia que combinava a teoria em relação aos diferentes conceitos e os desafios impostos na cobertura de matérias sobre questões ambientais e acima de tudo a segurança na cobertura destas matérias. Foi possível igualmente o desenvolvimento de exercícios práticos sobre a elaboração de matérias em Jornalismo Investigativo (dados, análise, investigação, etc), elaboração de pautas, fotojornalismo, planeamento editorial, maquetização e produção de textos entre outros.

Durante a capacitação os jornalistas mostram-se satisfeitos com as novas ferramentas fornecidas durante a semana que estiveram com diferentes profissionais, dentre eles ambientalistas, jornalistas e fotógrafos de referência nestas áreas. Solicitaram ainda que a iniciativa não seja única, e que nas próximas oportunidades sejam formados os editores dos meios de comunicação.

Publicação de Informação Ambiental

CTV E IREX CAPACITAM

JORNALISTAS EM QUESTOES

AMBIENTAIS

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O

CTV iniciou, em Julho último, o levantamento de espécies e ecossistemas no Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB) e na Reserva Nacional de Pomene (RNP), ambas localizadas na Província de Inhambane, para fins de investigação e monitoria.

A acção enquadra-se na operacionalização do memorando de entendimento assinado entre a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e o CTV, com vista a desenvolver actividades de investigação e monitoria de espécies e ecossistemas nas áreas de conservação marinhas, nomeadamente na Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (RMPPO), RNP, PNAB e no Parque Nacional das Quirimbas (PNQ).

O levantamento destes dados será feito através de visitas de campo e encontros com os principais intervenientes nas áreas de conservação nomeadamente, administradores, fiscais, pesquisadores, representantes das comunidades locais e operadores turísticos e obedecerá a metodologias de investigação e monitoria ambiental definidas em protocolos específicos Nesta primeira fase pretende-se obter uma

avaliação geral da situação actual na RNP e no PNAB, e produzir os protocolos de investigação e monitoria de tartarugas marinhas, recifes de coral, mangais, ostra de areia e ervas marinhas. Estes protocolos vão incluir também acções que podem ser realizadas para a melhoria das actividades de monitoria de actividades recreativas, como a pesca e o mergulho, a serem implementadas pelas próprias áreas de conservação.

Dados preliminares do levantamento efectuado em Julho permitiram obter um conhecimento geral sobre os ecossistemas alvo da monitoria e as condições a considerar na eleição dos locais de monitoria e das necessidades para a mesma, assim como avaliar os programas de recolha de dados a decorrer nas áreas visitadas e os dados históricos disponíveis.

É de destacar que a comunidade local na RNP mostra-se disposta a apoiar o governo na implementação de acções de controle, tendo já constituído um Comité de Co-gestão de Recursos Naturais com intuito de promover a participação da comunidade na conservação dos recursos naturais.

CTV INICIA MONITORIA

DE ESPÉCIES E ECOSSISTEMAS

NAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO

MARINHAS

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INVESTIGAÇÃO E MONITORIA DE ECOSSISTEMAS E ESPÉCIES

MARINHAS E COSTEIRAS INICIADA NA RESERVA NACIONAL

DO POMENE

A

pós a realização de um levantamento

preliminar e a definição de protocolos de investigação e monitoria de ecossistemas e espécies marinhas e costeiras, foi realizada pelo Centro Terra Viva (CTV), de 08 a 13 de Outubro, uma missão de investigação e monitoria à Reserva Nacional de Pomene (RNP). A missão incluiu uma equipa formada por quatro biólogos e consistiu no levantamento de dados sobre os recifes de corais e mangais, assim como na realização de uma acção de formação dos fiscais da RNP para a monitoria de tartarugas marinhas.

A actividade enquadra-se na operacionalização do memorando de entendimento assinado entre a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e o CTV, com vista a desenvolver actividades de investigação e monitoria de espécies e ecossistemas nas áreas de conservação marinhas, nomeadamente na Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (RMPPO), Reserva Nacional do Pomene (RNP), Parque Nacional do Bazaruto (PNAB) e no Parque Nacional das Quirimbas (PNQ).

A monitoria de recifes de coral abrangeu 4 recifes,

Publicação de Informação Ambiental

8

Decorreu na cidade de Pemba, no dia 31 de Agosto, uma reflexão pública sobre a “Problemática dos assentamentos informais na Província de Cabo Delgado - contribuição para soluções pragmáticas”. Este evento, promovido pelo Centro Terra Viva e direccionado a representantes do governo provincial, sociedade civil, académicos e estudantes universitários, contou com a participação de cerca de 40 pessoas.

A reflexão tinha como objectivo partilhar experiências sobre o processo de implementação da legislação e dos instrumentos de planeamento e ordenamento territorial ao nível municipal, para contribuir para a melhoraria das intervenções na gestão e administração de terras, incluindo o ambiente.

O encontro foi considerado uma oportunidade para discutir e clarificar com os presentes o papel do município e do munícipe na gestão e administração da terra e do ambiente em geral, esclarecer o papel dos técnicos municipais, como representantes do estado, na gestão do ambiente, terra e outros recursos naturais e avaliar os procedimentos práticos do processo de consulta no âmbito da aquisição do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT) ao nível urbano e peri-urbano.

De acordo com o orador principal, Dr. Alfatilio Sevenhane Batela Huo, Docente da cadeira de Ordenamento Territorial da Universidade Católica de Moçambique (UCM), dados estatísticos actuais mostram que em Moçambique apenas 30 % da população urbana vive em áreas devidamente ordenadas, e o remanescente em áreas sem ordenamento territorial. Segundo os mesmos dados, prevê-se que até 2050, 70 % desta população poderá estar em zonas urbanas.

Segundo o orador principal, a cidade de Pemba enfrenta vários problemas relacionados com o desordenamento territorial, tendo citado como exemplos as zonas que apresentam casos acentuados de assentamentos informais, nomeadamente os bairros de Paquitequete, Chibuabuare e algumas zonas da expansão.

Segundo Hou, a Cidade de Pemba está a registar uma explosão demográfica, com uma população que está acima dos 250 000 habitantes, o que vem impactando o ordenamento territorial, havendo urgência que as estruturas tutelares locais tomem um posicionamento mais agressivo para reverter a situação actual.

O orador sugere que esta situação seja revertida através da implementação efectiva dos planos de estrutura urbana e planos de pormenor, pois a ausência desses instrumentos traz consigo várias nomeadamente Kitwe, Trojan, Steps e Rappies

Playstation, e envolveu a recolha de foto transectos da comunidade coralina e levantamento rápido da comunidade de ictiofauna (peixes).

A monitoria de mangais foi efectuada em quatro estações de amostragem, nomeadamente Maroni, Liquelene, Malevacati e Mparane. Estas estações foram definidas aquando do levantamento preliminar efectuado em Agosto último com o apoio dos membros do Comité de Co-gestão de Recursos Naturais, constituindo áreas representativas das diferentes condições e uso do mangal, nomeadamente zonas de corte com boa ou má cobertura vegetal e boa ou má regeneração. Dados recolhidos em amostras realizadas aleatoriamente incluiram a composição específica, densidade de árvores, diâmetro da altura do peito de cada árvore e o seu estado (degradado, cortado ou intacto), número de mudas e de pneumatóforos assim como a presença do gastrópode Terebralia palustris que incluiu a sua densidade e tamanhos.

Os dados colhidos constituirão indicadores descritivos da composição e estrutura dos ecossistemas analisados assim como permitirão monitorar o seu estado de conservação em acções contínuas de monitoria.

implicações que afectam a gestão do solo, da biodiversidade, dos resíduos sólidos nos bairros, entre outros.

Representantes da sociedade civil presentes no encontro mencionaram a necessidade de haver mais seriedade por parte das entidades municipais ao conduzir este processo, realizando uma análise do estado actual em termos de ordenamento territorial bem como adequando à actual situação os instrumentos legais de urbanização e ordenamento territorial já elaborados. Sugeriram ainda que os próprios munícipes, a nível dos bairros, tenham uma atitude proactiva

colaborando com as entidades municipais em casos em que haja uma clara violação dos instrumentos de ordenamento territorial.

O representante do Governo Provincial, fez saber aos presentes que o Conselho Municipal da Cidade de Pemba esta a proceder à revisão do Plano de Estrutura Urbana para que o mesmo se adeque à actual realidade da cidade.

O encontro de reflexão permitiu que fossem partilhadas diversas inquietações assim como também que fossem sugeridas algumas medidas e intervenções necessárias de combate à problemática em análise.

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PROBLEMÁTICA DOS

ASSENTAMENTOS INFORMAIS

DISCUTIDA EM CABO DELGADO

PELA SOCIEDADE CIVIL,

ACADÉMICOS E GOVERNO

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Ainda no âmbito deste trabalho, foi efectuda uma formação que tinha como objectivo disseminar conhecimento relativo às técnicas de monitoria de tartarugas marinhas, tendo a mesma contado com a participação de cinco colaboradores desta Reserva dentre eles o Administrador da Reserva, o Chefe da Fiscalização e fiscais. Temas complementares abordados incluiram a biologia e ecologia das espécies de tartarugas marinhas presentes em Moçambique e sua identificação. A parte prática desta formação consistiu na

identificação de rastos de tartaruga simulados e de todas as variáveis inerentes aos mesmos, cuidados a ter, e técnicas a serem empregues durante a monitoria. Realizou-se ainda uma patrulha de carro na secção costeira compreendida entre o Rio das Pedras e a Ponta da Barra Falsa com o intuito de colocar em prática as técnicas aprendidas, contudo não se verificou saídas de tartarugas. A monitoria de tartarugas marinhas deverá ser conduzida inteiramente pelos fiscais da RNP sendo que a análise de dados será efectuada pelo CTV.

Decorreu na cidade de Pemba, no dia 31 de Agosto, uma reflexão pública sobre a “Problemática dos assentamentos informais na Província de Cabo Delgado - contribuição para soluções pragmáticas”. Este evento, promovido pelo Centro Terra Viva e direccionado a representantes do governo provincial, sociedade civil, académicos e estudantes universitários, contou com a participação de cerca de 40 pessoas.

A reflexão tinha como objectivo partilhar experiências sobre o processo de implementação da legislação e dos instrumentos de planeamento e ordenamento territorial ao nível municipal, para contribuir para a melhoraria das intervenções na gestão e administração de terras, incluindo o ambiente.

O encontro foi considerado uma oportunidade para discutir e clarificar com os presentes o papel do município e do munícipe na gestão e administração da terra e do ambiente em geral, esclarecer o papel dos técnicos municipais, como representantes do estado, na gestão do ambiente, terra e outros recursos naturais e avaliar os procedimentos práticos do processo de consulta no âmbito da aquisição do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT) ao nível urbano e peri-urbano.

De acordo com o orador principal, Dr. Alfatilio Sevenhane Batela Huo, Docente da cadeira de Ordenamento Territorial da Universidade Católica de Moçambique (UCM), dados estatísticos actuais mostram que em Moçambique apenas 30 % da população urbana vive em áreas devidamente ordenadas, e o remanescente em áreas sem ordenamento territorial. Segundo os mesmos dados, prevê-se que até 2050, 70 % desta população poderá estar em zonas urbanas.

Segundo o orador principal, a cidade de Pemba enfrenta vários problemas relacionados com o desordenamento territorial, tendo citado como exemplos as zonas que apresentam casos acentuados de assentamentos informais, nomeadamente os bairros de Paquitequete, Chibuabuare e algumas zonas da expansão.

Segundo Hou, a Cidade de Pemba está a registar uma explosão demográfica, com uma população que está acima dos 250 000 habitantes, o que vem impactando o ordenamento territorial, havendo urgência que as estruturas tutelares locais tomem um posicionamento mais agressivo para reverter a situação actual.

O orador sugere que esta situação seja revertida através da implementação efectiva dos planos de estrutura urbana e planos de pormenor, pois a ausência desses instrumentos traz consigo várias

implicações que afectam a gestão do solo, da biodiversidade, dos resíduos sólidos nos bairros, entre outros.

Representantes da sociedade civil presentes no encontro mencionaram a necessidade de haver mais seriedade por parte das entidades municipais ao conduzir este processo, realizando uma análise do estado actual em termos de ordenamento territorial bem como adequando à actual situação os instrumentos legais de urbanização e ordenamento territorial já elaborados. Sugeriram

colaborando com as entidades municipais em casos em que haja uma clara violação dos instrumentos de ordenamento territorial.

O representante do Governo Provincial, fez saber aos presentes que o Conselho Municipal da Cidade de Pemba esta a proceder à revisão do Plano de Estrutura Urbana para que o mesmo se adeque à actual realidade da cidade.

O encontro de reflexão permitiu que fossem partilhadas diversas inquietações assim como também que fossem sugeridas algumas medidas e

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POPULAÇÃO DE MASSINGIR

DENUNCIA USURPAÇÃO DE

TERRA AO PRESIDENTE DA

REPÚBLICA

10

A

população do distrito de Massingir, nordeste da província de Gaza, queixou-se ao Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, de estar a ser vítima de usurpação de terras, por parte de alguns investidores que operam naquele distrito.

A denúncia foi feita por populares, no dia 17 de Setembro de 2016, durante o comício que o chefe de Estado orientou na Vila sede daquele distrito, última etapa da sua visita à província de Gaza, no âmbito da presidência aberta.

De acordo com o líder da comunidade de Cubo, Isac Alione, que interveio no referido cómico popular, que foi bastante concorrido, trata-se de empresas de investimento estrangeiro que têm vindo a solicitar terras, em Massingir, para diversos fins e que uma vez concedidas têm alargado, à revelia, as áreas inicialmente atribuídas, deixando a população em desespero.

Isac Alione, apontou como exemplo o grupo Twin City, que foi concedido uma área de 30 mil hectares de terra, pelo Governo, com a anuência das comunidades, para o estabelecimento de uma fazenda do bravio e, agora está a usurpar-nos o espaço que usamos para a agricultura, pastagem do gado, recolha de lenha, plantas medicinais, material de construção das nossas habitações, entre outros recursos naturais”, enfatizou a fonte.

Na sua intervenção, disse ainda que, por outro lado, a área da Twin City possui uma deficiente vedação,

facto que facilita a saída de animais bravios do seu habitat natural para as comunidades, colocando em perigo a vida das pessoas, para além de destruição culturas alimentares, nas machambas.

Alione descreveu que durante o período que vai de Agosto do ano findo a princípios de Setembro do presente, mais de 89 cabeças de gado foram devoradas por leões que se evadiram daquela fazenda do bravio para a área das comunidades.

Por seu turno, o Presidente da República, Filipe Nyusi, condenou a atitude dos investidores em causa, que os apelidou de “desonestos”, por não respeitarem os termos acordados no acto de cedência dos espaços. “Não queremos empresas desonestas que prometem fazer investimentos e não chegam a viabilizá-los, ou que fazem promessas de responsabilidade social às comunidades e não cumprem”, observou o Chefe do Estado.

Nyusi garantiu que o Governo não iria tolerar actos

Publicação de Informação Ambiental

Decorreu na cidade de Pemba, no dia 31 de Agosto, uma reflexão pública sobre a “Problemática dos assentamentos informais na Província de Cabo Delgado - contribuição para soluções pragmáticas”. Este evento, promovido pelo Centro Terra Viva e direccionado a representantes do governo provincial, sociedade civil, académicos e estudantes universitários, contou com a participação de cerca de 40 pessoas.

A reflexão tinha como objectivo partilhar experiências sobre o processo de implementação da legislação e dos instrumentos de planeamento e ordenamento territorial ao nível municipal, para contribuir para a melhoraria das intervenções na gestão e administração de terras, incluindo o ambiente.

O encontro foi considerado uma oportunidade para discutir e clarificar com os presentes o papel do município e do munícipe na gestão e administração da terra e do ambiente em geral, esclarecer o papel dos técnicos municipais, como representantes do estado, na gestão do ambiente, terra e outros recursos naturais e avaliar os procedimentos práticos do processo de consulta no âmbito da aquisição do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT) ao nível urbano e peri-urbano.

De acordo com o orador principal, Dr. Alfatilio Sevenhane Batela Huo, Docente da cadeira de Ordenamento Territorial da Universidade Católica de Moçambique (UCM), dados estatísticos actuais mostram que em Moçambique apenas 30 % da população urbana vive em áreas devidamente ordenadas, e o remanescente em áreas sem ordenamento territorial. Segundo os mesmos dados, prevê-se que até 2050, 70 % desta população poderá estar em zonas urbanas.

Segundo o orador principal, a cidade de Pemba enfrenta vários problemas relacionados com o desordenamento territorial, tendo citado como exemplos as zonas que apresentam casos acentuados de assentamentos informais, nomeadamente os bairros de Paquitequete, Chibuabuare e algumas zonas da expansão.

Segundo Hou, a Cidade de Pemba está a registar uma explosão demográfica, com uma população que está acima dos 250 000 habitantes, o que vem impactando o ordenamento territorial, havendo urgência que as estruturas tutelares locais tomem um posicionamento mais agressivo para reverter a situação actual.

O orador sugere que esta situação seja revertida através da implementação efectiva dos planos de estrutura urbana e planos de pormenor, pois a ausência desses instrumentos traz consigo várias

implicações que afectam a gestão do solo, da biodiversidade, dos resíduos sólidos nos bairros, entre outros.

Representantes da sociedade civil presentes no encontro mencionaram a necessidade de haver mais seriedade por parte das entidades municipais ao conduzir este processo, realizando uma análise do estado actual em termos de ordenamento territorial bem como adequando à actual situação os instrumentos legais de urbanização e ordenamento territorial já elaborados. Sugeriram ainda que os próprios munícipes, a nível dos bairros, tenham uma atitude proactiva

colaborando com as entidades municipais em casos em que haja uma clara violação dos instrumentos de ordenamento territorial.

O representante do Governo Provincial, fez saber aos presentes que o Conselho Municipal da Cidade de Pemba esta a proceder à revisão do Plano de Estrutura Urbana para que o mesmo se adeque à actual realidade da cidade.

O encontro de reflexão permitiu que fossem partilhadas diversas inquietações assim como também que fossem sugeridas algumas medidas e intervenções necessárias de combate à problemática em análise.

daquela natureza, de manifesto desrespeito às leis vigentes, aos termos de cedência de terra ou, ainda, às comunidades locais.

O Chefe do Estado assegurou, ainda, que o Governo irá aprofundar o assunto com os investidores visados e, consciencializá-los sobre a necessidade do cumprimento e respeito das regras preconizadas. Refira-se que o Centro Terra Viva (CTV) vem apoiando as comunidades de Massingir, particularmente a de Cubo, na defesa dos seus direitos em relação à terra e outros recursos naturais, promovendo diálogo entre a população daquele povoado, a Twin City e o Governo do distrito de Massingir, para a resolução do conflito que surgiu quando aquela empresa anunciou a intenção de ocupar a baixa de Chilalane, que se localiza fora da sua concessão e reivindicada pela comunidade de Cubo.

Entretanto, o Presidente Filipe Nyusi afirmou haver necessidade de se continuar a acarinhar “investidores honestos”, porque, segundo disse, contribuem para o desenvolvimento do país, através da abertura de postos de emprego, da entrada de divisas, do pagamento de impostos e da construção de infra-estruturas de responsabilidade social.

Filipe Nyusi incentivou a população a continuar a trabalhar de forma abnegada para o aumento da

produção e produtividade agro-pecuária, visando a redução das importações e garantia de alimentos para o consumo, fomentando o cultivo de culturas resistentes à seca como mecanismo que contribua para a redução dos preços dos principais produtos no mercado.

“Se produzirmos o suficiente estaremos em condições de economizar o dinheiro que seria para a compra de hortícolas, do milho, do arroz e de outras culturas, usando-o para outros fins, como o pagamento da energia, água e muito mais”, referiu. Filipe Nyusi disse que os distritos devem explorar melhor o seu potencial nas áreas da agricultura, turismo e pecuária para impulsionar a sua economia e proporcionar recursos e meios prioritários à vida da população.

Neste comício com o Chefe do Estado a população pediu ainda melhorias na actuação de alguns dirigentes locais, indicando juízes, alfandegários e membros da Polícia da República de Moçambique. Igualmente pediu uma resposta do Governo na construção de represas e de sistemas de regadio para galvanizar a prática da agricultura, a expansão da corrente eléctrica e a implantação de serviços de Migração e Ensino Superior.

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A

população do distrito de Massingir, nordeste da província de Gaza, queixou-se ao Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, de estar a ser vítima de usurpação de terras, por parte de alguns investidores que operam naquele distrito.

A denúncia foi feita por populares, no dia 17 de Setembro de 2016, durante o comício que o chefe de Estado orientou na Vila sede daquele distrito, última etapa da sua visita à província de Gaza, no âmbito da presidência aberta.

De acordo com o líder da comunidade de Cubo, Isac Alione, que interveio no referido cómico popular, que foi bastante concorrido, trata-se de empresas de investimento estrangeiro que têm vindo a solicitar terras, em Massingir, para diversos fins e que uma vez concedidas têm alargado, à revelia, as áreas inicialmente atribuídas, deixando a população em desespero.

Isac Alione, apontou como exemplo o grupo Twin City, que foi concedido uma área de 30 mil hectares de terra, pelo Governo, com a anuência das comunidades, para o estabelecimento de uma fazenda do bravio e, agora está a usurpar-nos o espaço que usamos para a agricultura, pastagem do gado, recolha de lenha, plantas medicinais, material de construção das nossas habitações, entre outros recursos naturais”, enfatizou a fonte.

Na sua intervenção, disse ainda que, por outro lado, a área da Twin City possui uma deficiente vedação,

facto que facilita a saída de animais bravios do seu habitat natural para as comunidades, colocando em perigo a vida das pessoas, para além de destruição culturas alimentares, nas machambas.

Alione descreveu que durante o período que vai de Agosto do ano findo a princípios de Setembro do presente, mais de 89 cabeças de gado foram devoradas por leões que se evadiram daquela fazenda do bravio para a área das comunidades.

Por seu turno, o Presidente da República, Filipe Nyusi, condenou a atitude dos investidores em causa, que os apelidou de “desonestos”, por não respeitarem os termos acordados no acto de cedência dos espaços. “Não queremos empresas desonestas que prometem fazer investimentos e não chegam a viabilizá-los, ou que fazem promessas de responsabilidade social às comunidades e não cumprem”, observou o Chefe do Estado.

Nyusi garantiu que o Governo não iria tolerar actos

Publicação de Informação Ambiental Província de Cabo Delgado - contribuição para

soluções pragmáticas”. Este evento, promovido pelo Centro Terra Viva e direccionado a representantes do governo provincial, sociedade civil, académicos e estudantes universitários, contou com a participação de cerca de 40 pessoas.

A reflexão tinha como objectivo partilhar experiências sobre o processo de implementação da legislação e dos instrumentos de planeamento e ordenamento territorial ao nível municipal, para contribuir para a melhoraria das intervenções na gestão e administração de terras, incluindo o ambiente.

O encontro foi considerado uma oportunidade para discutir e clarificar com os presentes o papel do município e do munícipe na gestão e administração da terra e do ambiente em geral, esclarecer o papel dos técnicos municipais, como representantes do estado, na gestão do ambiente, terra e outros recursos naturais e avaliar os procedimentos práticos do processo de consulta no âmbito da aquisição do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT) ao nível urbano e peri-urbano.

de Moçambique (UCM), dados estatísticos actuais mostram que em Moçambique apenas 30 % da população urbana vive em áreas devidamente ordenadas, e o remanescente em áreas sem ordenamento territorial. Segundo os mesmos dados, prevê-se que até 2050, 70 % desta população poderá estar em zonas urbanas.

Segundo o orador principal, a cidade de Pemba enfrenta vários problemas relacionados com o desordenamento territorial, tendo citado como exemplos as zonas que apresentam casos acentuados de assentamentos informais, nomeadamente os bairros de Paquitequete, Chibuabuare e algumas zonas da expansão.

Segundo Hou, a Cidade de Pemba está a registar uma explosão demográfica, com uma população que está acima dos 250 000 habitantes, o que vem impactando o ordenamento territorial, havendo urgência que as estruturas tutelares locais tomem um posicionamento mais agressivo para reverter a situação actual.

O orador sugere que esta situação seja revertida através da implementação efectiva dos planos de estrutura urbana e planos de pormenor, pois a ausência desses instrumentos traz consigo várias

implicações que afectam a gestão do solo, da biodiversidade, dos resíduos sólidos nos bairros, entre outros.

Representantes da sociedade civil presentes no encontro mencionaram a necessidade de haver mais seriedade por parte das entidades municipais ao conduzir este processo, realizando uma análise do estado actual em termos de ordenamento territorial bem como adequando à actual situação os instrumentos legais de urbanização e ordenamento territorial já elaborados. Sugeriram ainda que os próprios munícipes, a nível dos bairros, tenham uma atitude proactiva

colaborando com as entidades municipais em casos em que haja uma clara violação dos instrumentos de ordenamento territorial.

O representante do Governo Provincial, fez saber aos presentes que o Conselho Municipal da Cidade de Pemba esta a proceder à revisão do Plano de Estrutura Urbana para que o mesmo se adeque à actual realidade da cidade.

O encontro de reflexão permitiu que fossem partilhadas diversas inquietações assim como também que fossem sugeridas algumas medidas e intervenções necessárias de combate à problemática em análise.

daquela natureza, de manifesto desrespeito às leis vigentes, aos termos de cedência de terra ou, ainda, às comunidades locais.

O Chefe do Estado assegurou, ainda, que o Governo irá aprofundar o assunto com os investidores visados e, consciencializá-los sobre a necessidade do cumprimento e respeito das regras preconizadas. Refira-se que o Centro Terra Viva (CTV) vem apoiando as comunidades de Massingir, particularmente a de Cubo, na defesa dos seus direitos em relação à terra e outros recursos naturais, promovendo diálogo entre a população daquele povoado, a Twin City e o Governo do distrito de Massingir, para a resolução do conflito que surgiu quando aquela empresa anunciou a intenção de ocupar a baixa de Chilalane, que se localiza fora da sua concessão e reivindicada pela comunidade de Cubo.

Entretanto, o Presidente Filipe Nyusi afirmou haver necessidade de se continuar a acarinhar “investidores honestos”, porque, segundo disse, contribuem para o desenvolvimento do país, através da abertura de postos de emprego, da entrada de divisas, do pagamento de impostos e da construção de infra-estruturas de responsabilidade social.

Filipe Nyusi incentivou a população a continuar a trabalhar de forma abnegada para o aumento da

produção e produtividade agro-pecuária, visando a redução das importações e garantia de alimentos para o consumo, fomentando o cultivo de culturas resistentes à seca como mecanismo que contribua para a redução dos preços dos principais produtos no mercado.

“Se produzirmos o suficiente estaremos em condições de economizar o dinheiro que seria para a compra de hortícolas, do milho, do arroz e de outras culturas, usando-o para outros fins, como o pagamento da energia, água e muito mais”, referiu. Filipe Nyusi disse que os distritos devem explorar melhor o seu potencial nas áreas da agricultura, turismo e pecuária para impulsionar a sua economia e proporcionar recursos e meios prioritários à vida da população.

Neste comício com o Chefe do Estado a população pediu ainda melhorias na actuação de alguns dirigentes locais, indicando juízes, alfandegários e membros da Polícia da República de Moçambique. Igualmente pediu uma resposta do Governo na construção de represas e de sistemas de regadio para galvanizar a prática da agricultura, a expansão da corrente eléctrica e a implantação de serviços de Migração e Ensino Superior.

Fonte: Jornal Notícias

ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE

CIVIL PARTICIPAM NA DISCUSSÃO

DA IMPLEMENTAÇÃO DO REDD+

EM MOÇAMBIQUE

N

o âmbito da implementação do REDD+ em

Moçambique, decorreu na Cidade de Quelimane, Província da Zambézia o encontro do Grupo de Trabalho do Mecanismo Dedicado às Comunidades Locais (GT-DGM), entres os dias 30 de Junho e 01 de Julho do corrente ano.

Este encontro, organizado pela Unidade de Gestão de Fundos Internacionais do MITADER, tinha como objectivo apreciar e discutiu vários pontos que constavam da agenda, sendo de destacar a proposta dos critérios para a criação do

Comité Nacional de Gestão.

Durante o mesmo foram abordadas questões de elegibilidade dos projectos, os modelos de doação, os critérios para acesso aos fundos, apresentação e discussão das propostas do blog para o DGM global e site do REDD+, entre outros.

Os participantes foram unânimes em afirmar que o encontro foi bastante produtivo, a avaliar pelos pontos alcançados com vista ao estabelecimento definitivo do Comité Nacional de Gestão e Agência Implementadora Nacional (ANE), órgãos que terão a responsabilidade de avaliar os projectos a serem submetidos pelos proponentes. Recorde-se que Moçambique, concorre para um total de 4.5 milhões de USD para beneficiar as comunidades locais, apoiando acções por elas demandadas que contribuam para a gestão territorial, florestal e ambiental de seus territórios, a promoção de actividades económicas sustentáveis e a redução de vulnerabilidades sociais, culturais, ambientais e climáticas.

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Fazem parte do Grupo de Trabalho diferentes Organizações da Sociedade Civil representativas das três regiões do país, dentre as quais o Centro Terra Viva (CTV), a Kulima – Organismo para o Desenvolvimento Socioeconómico Integrado, a Agência de Desenvolvimento Económico Local (ADEL), o Fórum Terra, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a organização Mulhere, Género e Desenvolvimento (MUGEDE), o Fórum das Organizações Não-Governamentais da Província de Inhambane (FOPROI), a Rede de Organizações

para Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Zambézia (RADEZA) e o sector de maneio florestal do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER).

Este grupo de trabalho será responsável pela produção de um documento sobre a estrutura e modelo de funcionamento do DGM em Moçambique incluindo os Termos de Referência para a contratação da Agência Nacional Executora.

MOÇAMBIQUE REPRESENTANDO

NO PRIMEIRO WORKSHOP REGIONAL

DO DGM PARA A ÁFRICA REALIZADO

EM BURKINA FASO

O CTV e a ORAM participaram em representação de Moçambique no primeiro workshop regional do DGM (Mecanismo de Doação Dedicado aos Povos Indígenas e Comunidades Locais) em África. O encontro tinha como objectivo reforçar a capacidade dos Povos Indígenas e Comunidades Locais (PICLs) de participarem no Programa de Investimento Florestal e em outros programas do REDD+ nos níveis local, nacional e global e fortalecer as redes e aliança das organizações de PICLs dentro e para além da região africana, visando ampliar a sua representação e voz em fóruns políticos regionais e globais.

Realizado entre os dias 19 a 23 de Julho de 2019 em Ouagadougou, Burkina Faso, o evento reuniu participantes de vários países africanos, como Moçambique, Costa do Marfim, Gana, Camarões, República do Congo, Quénia, Níger, Burundi, República Democrática do Congo (RDC), República Federal da Nigéria, Uganda e Burkina Faso.

Os temas abordados foram diversificados o que permitiu a troca de experiências entre os participantes, através de contribuições, dúvidas e esclarecimentos em trabalhos em grupos. Por forma a aprofundar os temas, houve também oportunidade de realizar uma visita de campo a Comunidade de Sapouy, na Província de Ziro, o que permitiu aliar a teoria à prática.

Recorde-se que o Mecanismo de Doação Dedicado (DGM) é uma janela de financiamento

do Programa de Investimento Florestal (FIP) do Fundo de Investimento Climático (CIF), dedicado a permitir a participação completa e efectiva de Povos Indígenas e Comunidades Locais no esforço global para reduzir o desmatamento e a degradação florestal. Para fazer isso, o DGM inclui 14 países-projecto (incluindo Moçambique) do FIP e um projecto global mais abrangente.

A cerimónia de abertura foi dirigida pelo Director do Gabinete do Ministro de Ambiente, Economia Verde e Mudanças Climáticas (MEEVCC) de Burquina Faso, e presenciaram o acto outras individualidades, sendo de destacar o Director do DGM Global (Mecanismo de Doação Dedicado a Povos Indígenas e Comunidades Locais), Presidente do CNE (Agência Executora Nacional/DGM Burkina Faso), entre outros.

Referências

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