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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE RINITE

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E

DAS MISSÕES

URI-CAMPUS DE ERECHIM

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA CLÍNICA INDUSTRIAL

DÊNIS BAGATOLLI

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE RINITE

ERECHIM

2008

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DÊNIS BAGATOLLI

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE RINITE

Monografia apresentada como requisito parcial para conclusão do curso de Graduação em Farmácia Clínica Industrial, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Erechim sob orientação do Profª. Msc Arno Ernesto Hofmann Junior.

ERECHIM

2008

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus familiares, pois sempre me deram o apoio que eu precisava, e às pessoas que fizeram parte da minha vida em momentos de alegria e de tristeza, me estimulando a lutar por esta conquista.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a meu orientador professor Msc Arno Ernesto Hofmann Junior pela colaboração na realização deste trabalho.

A todos os professores que desde o início desta caminhada contribuíram para o aprimoramento do meu conhecimento e aprendizado nesta universidade.

Aos colegas e amigos que sempre deram força para enfrentar as dificuldades encontradas.

Aos meus familiares em geral, que sempre me ensinaram o valor da união e respeito com a família.

Ao meu irmão que sempre estendeu sua mão para seguir ao meu lado nesta jornada acadêmica.

Ao meu pai, minha mãe e avó que lutaram muito para me dar esta oportunidade, e foram os alicerces desta conquista e por isso são os grandes orgulhos de minha vida os amo muito.

Agradeço a DEUS que sempre me iluminou para conquistar este objetivo em minha vida.

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“A felicidade às vezes é uma bênção, mas geralmente é uma conquista.” Paulo Coelho

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RESUMO

Rinite é uma doença comum, tanto em crianças como em adultos. A rinite alérgica tem origem genética e se acompanha da inflamação nasal, ocorrendo de forma repetitiva e crônica, principalmente no inverno. A rinite alérgica é uma inflamação da membrana nasal e se caracteriza por: coriza, espirros, obstrução nasal e coceira no nariz. Às vezes fica muito difícil diferenciar uma rinite alérgica de uma não-alérgica, mas a principal diferença é a falta de resposta desta última a uma bateria de testes alérgicos cutâneos. Existem vários tipos de rinite. Alguns exemplos: Rinites alérgicas (ocasional ou sazonal), Rinites não-alérgicas (infecciosa (virótica ou bacteriana), medicamentosa, vasomotora, com fundo hormonal: gravidez, hipotireoidismo e por defeitos estruturais: desvio de septo, corpo estranho, tumor). Complicações: Respiração Bucal, Sinusite, Tosse Crônica etc. Tratamento: Controle do ambiente, medicamentos, imunoterapia. Medicamentos: Antialérgicos, antiinflamatórios. Tratar uma rinite não significa apenas dar alívio aos sintomas mas sim trabalhar para que a pessoa volte ao seu estado normal, corrigindo as conseqüências da doença. Por isso, o tratamento não enfoca apenas o uso de remédios, mas também o controle das causas e a imunoterapia (vacinas). Não estabeleça proibições descabidas. O alérgico bem orientado pode ter uma vida normal, sem grandes restrições, desde que orientado pelo médico especialista. Palavras-chave: Tipos de rinite. Tratamentos. Complicações. Medicamentos.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 08 2 OBJETIVO... 10 3 METODOLOGIA... 11 4 REFERENCIAL TEÓRICO... 12 4.1 RINITE... 12

4.2 CONDUTA TERAPÊUTICA DA RINITE... 15

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 19

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1 INTRODUÇÃO

A rinite alérgica, ou rinopatia alérgica, constitui-se numa reação alérgica da mucosa nasal a determinados antígenos, principalmente inalatórios. Freqüentemente, estas manifestações alérgicas se estendem aos seios paranasais, sendo comum a coexistência de rinopatia e sinusopatia alérgicas, em graus variados, numa mesma pessoa. Afetam indistintamente ambos os sexos, e geralmente existe história de alergia (atopia) na família.

A rinite é uma das enfermidades alérgicas mais freqüentes, acometendo cerca de 20% da população, entre adultos e crianças. É na verdade uma manifestação derivada da sensibilidade exagerada da mucosa nasal. Seus sintomas principais são espirros repetidos, coriza (“nariz escorrendo”), congestão (entupimento) e coceira do nariz, que pode ser intensa. A rinite alérgica é uma afecção extremamente comum na população infantil, motivando grande procura ao pediatra, otorrinolaringologista e alergista para seu tratamento.

Tem-se verificado nos últimos anos, ao par das pesquisas relacionadas à fisiopatologia dos fenômenos imunomediados na mucosa nasal, um grande avanço na terapia medicamentosa para a rinite alérgica. Assim, atualmente já é disponível comercialmente quase uma centena de medicamentos para utilização no tratamento da rinite alérgica, como anti-histamínicos (de uso tópico ou sistêmico), descongestionantes (também para uso tópico ou sistêmico), vacinas com antígenos respiratórios e corticosteróides.

Muitos desses medicamentos não necessitam da apresentação de receita médica para a sua aquisição, fato que favorece a auto-medicação, bastante comum em nosso meio. Além disso, é notório o hábito da população recorrer aos próprios balconistas das farmácias em busca de aconselhamento e tratamento para as afecções mais freqüentes. Essa prática é particularmente observada nos casos de doenças respiratórias, onde o balconista exerce o papel do médico, prescrevendo medicamentos, muitas vezes, sem o adequado conhecimento das indicações, contra-indicações, posologia, efeitos adversos e possíveis interações das drogas.

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individual da pessoa face aos alérgenos, como por exemplo alguns inalantes, como a poeira doméstica e seus ácaros. Cada pessoa é uma pessoa diferente e é preciso investigar o que poderia estar causando os sintomas, seja na casa em que mora, na escola ou no trabalho.

Para identificar a rinite, o primeiro passo é procurar um médico especialista que ira lhe orientar. O exame do nariz chamado de rinoscopia e a avaliação das vias aéreas superiores evidenciará alterações características da rinite alérgica: a mucosa do nariz encontra-se congestionada, umedecida, pálida, mostrando congestão das narinas. O exame dos ouvidos, boca, olhos e pulmões complementará o diagnóstico. Em alguns casos poderão ser necessários exames complementares, como a radiografia dos seios da face.

Às vezes fica muito difícil diferenciar uma rinite alérgica de uma rinite não-alérgica, mas a principal diferença é a falta de resposta da rinite não-alérgica a uma bateria de testes alérgicos cutâneos. A rinite alérgica sazonal é comum em nosso meio, sendo devida a grãos de polens e esporos de fungos que são trazidos pelo ar.

Existe mais no sul do país, pelos campos de flores, plantações que temos por estes estados do sul do Brasil. Na rinite alérgica perene os sintomas persistem por todo o ano. As principais causas são os ácaros da poeira, os animais de estimação de sangue quente (gato, cachorro), algumas pragas urbanas (ratos, camundongos, baratas) e fungos. Rinites não-alérgicas: A rinite vasomotora é muito comum se mostra como uma congestão nasal constante, secreção nasal e retro-nasal (aquela secreção que desce até a garganta). Não há coceira nos olhos. Ela piora pela manhã e é agravada pela fumaça de cigarro, cheiros fortes, perfumes e mudanças rápidas de temperatura. É comum vir junto à rinite alérgica.

A rinite medicamentosa pode resultar do uso continuado de "gotas nasais" ou de remédios tomados por via oral. As gotas nasais podem inclusive levar a epistaxe (sangramento pelo nariz), congestão de rebote (é aquela que piora quando não se pingam as gotas, o que leva ao "vício") e, raramente, a uma perfuração do septo nasal. Rinite infecciosa são causadas por germes, bactérias ou vírus.

O exemplo mais comum é o das gripes e resfriados, vem geralmente com secreção purulenta e às vezes com febre e cansaço. Rinite hormonal, ocorre em resposta a hormônios como por exemplo na gravidez, ou com o uso de pílulas anticoncepcionais. Rinite por defeitos estruturais: desvio de septo, corpo estranho, tumor.

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2 OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica sobre rinite, informando o que é rinite, o uso de medicamentos adequados, tipos e tratamentos de rinopatias da doença.

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3 METODOLOGIA

Os dados estabelecidos nesta pesquisa bibliográfica sobre rinite foi fundamentado nos livros, artigos, revistas, dados disponíveis na internet, e materiais acadêmicos (biblioteca da URI-CAMPUS DE ERECHIM, amigos farmacêuticos, site do google acadêmico, scielo entre outros), tudo mantendo um conhecimento prévio do assunto abordado.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 RINITE

A farmacologia respiratória aborda a ação de drogas em varias células do pulmão e vias aéreas, buscando melhor entendimento no seu mecanismo de ação, ocorrendo a busca de fármacos mais qualitativos para minimizar efeitos adversos e torná-los eficazes (SILVA, P., 1998).

Sinusite è a complicação mais comum da rinite alérgica. Os seios da face estão situados em cavidades ósseas vizinhas ao nariz e por isso, a alteração persistente da mucosa nasal termina também por provocar a mucosa que reveste o seio da face, è também chamada de rinossinusite. Os sintomas principais da sinusite são: dor de cabeça (mais freqüente em adultos), obstrução nasal persistente, secreção catarral do nariz, febre ou mal estar.

No entanto, em alguns casos pode se manifestar apenas como uma tosse persistente com piora noturna, principalmente nas crianças. Tosse Crônica: A tosse crônica pode ser provocada pela rinite persistente, mesmo na ausência da sinusite. Surge porque a secreção nasal acumulada tende a escorrer pela região posterior do nariz em direção à faringe, provocando um verdadeiro gotejamento e levando a tosse de duração prolongada, que geralmente piora à noite. Respiração Bucal: Chama-se de respiração bucal, quando a pessoa respira com a boca aberta (ou semi-aberta) para compensar a congestão do nariz.

Se isso ocorrer por curto tempo não deixa seqüelas. Entretanto se o hábito persiste, termina por provocar pigarro e ressecamento, amidalites ou faringites, diminuição do apetite, sono agitado, roncos e respiração ruidosa noturna, alterações dentárias, piora das crises de asma e até deformidades no tórax. Respirar com a boca aberta faz com que a pessoa durma mal durante a noite, impede o repouso adequado e prejudica o rendimento no trabalho e na escola.

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problema torna o sistema ineficiente temos a imunodeficiência. Havendo uma hiper-reatividade, temos a alergia (DRUCE, HM., 1994)

A rinite alérgica é um problema comum e frequente, nas crises ocorre importante congestão nasal com obstrução, espirros, coriza, prurido nasal, irritação, mal estar entre outras, o exame das cavidades nasais revela mucosa pálida, recoberta de secreção aquosa, o diagnostico é feita por anamnese detalhada, exames pode ser úteis (LIMA, D.R., 2004).

A rinite vasomotora é muito confundida com a rinite alérgica, pacientes informam que no frio, ao sair da cama ou ao ingerir alimentos quentes, apresentam crises de espirros e hidrorréia (LIMA, D.R., 2004).

O primeiro aspecto é procurar determinar se realmente o problema é alérgico ou não. Os sintomas da rinite alérgica (coceira, espirros, nariz entupido e secreção nasal) são muito semelhantes aos sintomas das rinites não-alérgicas, como a induzida por troca de temperatura. O mais apropriado é falarmos em controle da rinite alérgica. Para isso, é necessário avaliação e orientação médica. De acordo com cada caso, poderá ser indicado controle ambiental medicamentos, cirurgia e/ou imunoterapia. Os médicos que costumam fazer a avaliação mais específica desse problema são os otorrinolaringologistas e os alergistas (ROITHMANN, R., 2008).

A histamina é encontrada em células diferentes dos mastócitos ou basófilos em vários tecidos do corpo humano, uma vez liberada a histamina determina seus efeitos farmacológicos típicos através da interação com receptores específicos denominados H¹, H² e H³. Os receptores H¹, são aqueles responsáveis pelas ações vasculares e são bloqueados pelos anti-histamínicos clássicos (antialérgicos) (SILVA, P., 2002).

Os mastócitos têm importância fundamental na defesa do nosso organismo. Eles estão estrategicamente localizados nas vizinhanças de vasos sangüíneos do tecido conjuntivo, onde combatem antígenos que porventura penetrem na circulação através de líquido tecidual ou de descontinuidades epiteliais. Os mastócitos funcionam como "sentinelas", uma vez que possuem alta sensibilidade, com IgE específicos de antígenos que já apareceram no corpo. Quando estes antígenos reaparecem, e são percebidos através de seu IgE específico, provocam a liberação de mediadores químicos situados em vesículas dentro dos mastócitos. Esta é a base da reação inflamatória (JUNQUEIRA, L. C., 1995).

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forma de “S” e possui grânulos grandes no citoplasma. Os basófilos tem função semelhante ao dos mastócitos. Possui aos mesmos mediadores nos seus lisossomas, e possui também receptores de IgE. Participa de reações alérgicas da mesma forma que os mastócitos. A diferença básica entre oa basófilos e os mastócitos está no fato de os basófilos serem encontrados no sangue (não típico do tecido conjuntivo) e da estrutura morfológica (JUNQUEIRA, L. C., 1995).

Quando se descobriu que a histamina era importante mediador químico das reações alérgicas, a procura de substancias que agissem como antagonistas específicos da histamina despertou grande interesse, desde então, numerosos anti-histamínicos foram comercializados e destinados principalmente ao tratamento da rinite e de outras manifestações alérgicas (SILVA, P., 2002).

Os espirros e a rinorréia também são sintomas da rinite, requerendo tratamento com anti-histamínicos, entre as complicações da rinite destacam-se: sinusite, distúrbios do sono, otite media, asma brônquica entre outras. O nariz é responsável pelo condicionamento de ar respirado, envolvendo aquecimento, umidificação e filtração (SILVA, P., 1998).

As patologias ocasionadas pelo nariz e seios paranasais são freqüentes e fazem parte do cotidiano nos consultórios médicos. A essas patologias, muitas vezes, não é dada a devida importância. Estima-se que 40.000.000 de americanos apresentam rinopatias e que aproximadamente metade desses são portadores de rinite alérgica (ROCHA, et al., 1998).

A cavidade nasal com processos inflamatórios e infecciosos é denominado de rinopatia. Existem vários tipos como rinopatia virótica, bacteriana, alérgica, não alérgica, vasomotora, granulomatosa entre outras. Rinopatia alérgica é disfunção da mucosa nasal causada pela interação de alérgenos com anticorpos IgE. A exposição constante aos alérgenos, bem como a presença de pessoas alérgicas na família, são fatores que proporcionam o aparecimento das doenças alérgicas (FONSECA, J. G. M. et al., 1998).

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A terapêutica da rinite alérgica divide-se em:

Corticóides inalatórios ou tópicos - o uso desta classe terapêutica tem por objetivo diminuir a reação inflamatória da reação alérgica, sendo muito eficaz. Os corticóides normalizam a permeabilidade vascular, estabilizam as membranas dos mastócitos, diminuem o edema, enfim, proporcionam regressão de todos os sinais inflamatórios e alérgicos e, conseqüentemente, da sintomatologia. Dentre os corticóides, vale citar o spray de dipropionato de beclometasona, cuja ação local é bastante satisfatória (BURCKHALTER, J. H, 1998).

Anti-histamínicos - é o tratamento de primeira linha para o tratamento e controle da rinite alérgica. Esses medicamentos bloqueiam a ligação de histamina ao receptor- H1, bloqueando, então, a maior parte dos sintomas associados a essa doença.

Cromoglicato de sódio - utilizado no tratamento da asma brônquica, esta substância teria um efeito similar ao do corticóide nas rinites alérgicas. Utilizado por via tópica, apresenta resultados variáveis segundo a opinião de diversos especialistas.

Vasoconstritores locais - estes medicamentos podem ser absorvidos para a circulação sistêmica e provocar taquicardia e aumento da pressão arterial (secundário à vasoconstrição de outros vasos sangüíneos).

No tratamento da rinite, das infecções agudas, rinites crônicas, o alívio da obstrução nasal requer o uso de descongestionante de efeito alfa-adrenérgico, associados a anti-histamínico, estes medicamentos estão a venda nas farmácias, sendo que não são exigidas prescrições medicas. É de responsabilidade do medico e farmacêutico orientar o paciente (SILVA, P., 1998).

A pseudoefedrina é um vasoconstritor sistêmico e é comercializado em formulações associada com anti-histaminico, na tentativa de compensar a relativa ineficácia destes no controle de obstrução nasal. Os anti-histamínicos são mais eficazes no controle de manifestações alérgicas leves de inicio recente e prevenção das mesmas. A pseudoefedrina deve ser utilizada apenas em estados agudos e não por um período maior que 3 a 5 dias. Deve ser administrada com cautela em pacientes com hipertensão cardiovascular, assim como em pessoas com hipertirioidismo (KOROLKOVAS, A., 2004).

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nasal e vasoconstrição (KOROLKOVAS, A., 2004).

A pseudoefedrina assim como a efedrina tem como efeitos adversos mais comuns: taquicardia, ansiedade, angústia, insônia, podendo ocorrer ocasionalmente erupções cutâneas e retenção urinaria, também já foram raramente relatados casos de alucinações principalmente em crianças (PIGNATARI, SSN., 1994).

Alem disso, foram relatados outros efeitos adversos como boca seca, anorexia, tensão, e palpitação. Ainda pode, levar á tremores, nervosismo, irritabilidade, cefaléia, tonturas, excitabilidade, distúrbios psicológicos, a psicoses prolongadas e convulsões (BURCKHALTER, J. H, 1998).

O uso do Cloridrato de Oximetazolina, em curto prazo (não mais que 7 dias) reduz os sintomas do congestionamento nasal associados com a rinite quando administrados em gotas nasais descongestionantes ou em pulverizadores. Esses medicamentos exercem seu efeito vasoconstritor nas vias sangüíneas da mucosa reduzindo por sua vez o edema da mucosa nasal (GILMAN, A. G., 1996).

O uso do oximetazolina é de valor limitado porque um dos efeitos adversos é uma ação congestionante que ocorre com a retirada do medicamento, devido a uma vasodilatação secundaria com aumento subseqüente no congestionamento nasal. Isto por sua vez leva ao ciclo vicioso dos eventos. O uso do medicamento por um período de 3 a 5 dias contínuos pode induzir a congestão de rebote (mucosa nasal mais congestionada) levando a renite medicamentosa (GILMAN, A. G., 1996).

Dipropionato de Beclometasona (Beclosol® spray nasal aquoso) é um corticóide tópico sem efeito sistêmico, após administração o fármaco produz potentes efeitos antiinflamatórios e vasoconstritores, está indicado para profilaxia e tratamento da rinite alérgica perene e sazonal, inclusive febre do feno e rinite vasomotora. A febre de feno é um exemplo de alergia sazonal. A febre de feno da primavera na maioria das vezes decorre do pólen da grama e das árvores, ao passo que a febre de feno no final do verão e início de outono é geralmente causada pela sensibilidade ao pólen e mofo (DEF, 2008).

Dipropionato de Beclometasona (Clenil® spray nasal) é um derivado da cortisona para uso tópico que apresenta eficiente atividade antiinflamatória e antialérgica, quando utilizado por via tópica. Demonstrou-se ativo na prevenção e controle da rinite alérgica. O

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(LIMA, D.R., 2004).

Desloratadina (Desalex®) é um anti-histamínico indicado para os sintomas de rinite alérgica como coriza, espirros e prurido nasal, ardor, e prurido ocular. Nos pacientes asmáticos também reduz os sintomas da doença. As reações adversas mais freqüentes são: fadiga, cefaléia, boca seca, tontura, sonolência, e podem ocorrer erupções cutâneas (KOROLKOVAS, A., 2004).

Cloridrato de Azelastina (Azelast®) contém um novo agente terapêutico, a azelastina, com propriedade antialérgica de longa duração. A azelastina é um anti-histamínico com pronunciada e seletiva atividade bloqueadora dos receptores histamínicos H¹, inibindo a liberação de mediadores inflamatórios do mastócitos. A utilização tópica de azelastina é útil no tratamento da rinite alérgica, devido à possibilidade de aplicação local e obtenção de rápido efeito terapêutico. Em solução nasal é indicado para o tratamento dos sintomas de rinite alérgica perene ou sazonal (LIMA, D.R., 2004).

Loratadina (Claritin®) tem ação brônquio dilatadora suave, e é indicado para sintomas associados de rinite alérgica, tais como: coceira nasal, coriza, espirros, ardor, e coceira nos olhos. Também é adjuvante no tratamento da asma. Seu inicio de ação é de 30 minutos até 4 horas. Sua duração é de 12 a 24 horas. Seus efeitos adversos geralmente não causam secura na boca ou sonolência. Os efeitos mais comuns são: dor de cabeça cansaço, perturbação estomacal, nervosismo e erupções da pele (DEF, 2008).

O termo anti-histamínico refere-se aos antagonistas H¹ da histamina, que afetam vários mecanismos inflamatórios e alérgicos. Podem ser utilizados para reações alérgicas, incluindo rinite alérgica, hipersensibilidade a drogas, usados como antieméticos, para sedação. São há maioria utilizados por via oral, bem absorvidos, efeito máximo em 1-2 horas e são eficazes (RANG, H. P.; DALE.; RITTER, 2001).

Os agentes anti-histamínicos são usados no controle de certas afecções de fundo alérgico, mas apenas como paliativos. Embora usados como descongestionantes nasais e em rinite, na rinite os anti-histamínicos têm beneficio, não impedem nem curam o resfriado comum (KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H., 1998).

Os anti-histamínicos são encontrados no mercado farmacêutico em associação com a pseudoefedrina como é o caso do Allegra-D® (cloridrato de fexofenadina) e Claritin-D® (loratadina). Entretanto, a desloratadina não tem nenhuma forma farmacêutica associada com

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significativa dos sintomas da doença em comparação com o uso dos componentes separados (CHERVINSKY, P., et al, 2005).

Existem diversas classes de anti-histamínicos e os representantes destas classes são equivalentes terapeuticamente, entretanto, os pacientes tem respostas individuais ao tratamento com os mesmos. Assim quando um anti-histaminico precisa ser substituído por ineficácia ou intolerância deve-se escolher representantes de outras classes químicas (FUNCHS, et al, 2004).

Os anti-histamínicos bloqueadores dos receptores H¹, clássicos são, em geral, bem absorvidos por vias oral e parenteral. A maioria dos anti-histamínicos adapta-se perfeitamente ao receptor H¹, impedindo que a histamina chegue até ele. Os bloqueadores dos receptores H¹, inibem várias atividades da histamina, em geral os anti-histamínicos apresentam maior sucesso no controle de reações alérgicas agudas que no de reações crônicas (SILVA, P., 2002).

Os corticóides estão indicados em varias manifestações alérgicas, quando usados topicamente exercem ação antiinflamatória e antimitótica (SILVA, P., 2002).

Os descongestionantes são drogas que promovem a vasoconstrição da mucosa por serem simpaticomiméticas de ação predominantemente em receptores alfa, restabelecendo a perviedade nasal, podem ser empregados por via oral ou tópica, são metabolizados no fígado e excretado na urina, seu efeito alivia os sintomas da congestão nasal alérgica e não alérgica. De modo geral os efeitos colaterais dessa classe de drogas, por via oral, incluem tremor, insônia, psicose entre outros, por via tópica nasal, são ardência e ressecamento da mucosa nasal , espirros, entre outros (SILVA, P., 2002).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A rinite alérgica é um problema de saúde global. As medidas terapêuticas incluem a evicção da exposição aos alérgenios, e terapêutica farmacológica com anti-histamínicos, descongestionantes tópicos e sistêmicos e imunoterapia. A adesão do doente à terapêutica é crucial para o sucesso do tratamento.

O tratamento deve combinar a evicção alérgenica, terapêutica farmacológica, pois são de suma importância para um tratamento. Evitar presença de alérgenicos é o melhor método para prevenir a rinite alérgica, evitar exposição aos pólens, aos ácaros, animais, bolores entre outros.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BURCKHALTER, J. H.; KOROLKOVAS, A. Química Farmacêutica. Rio de Janeiro: Ed Guanabara Koogan S.A., 1998.

CHERVINSKY, P., NAYAK, A., ROOKLIN, A., MELVYN, D. Efficacy and safety of desloratadine/pseudoephedrine 2.5/120 mg two times a dat, versus individual components in the treatment of patients with seasonal allergic rhinitis. Allergy and Asthma Proceedings. V. 26, n. 5, p. 391-396. set-oct, 2005.

DALE. M. M.; RANG, H. P.; RITTER, J. M. Farmacologia, Rio de Janeiro, 4ª Ed Guanabara Koogan S.A, 2001.

DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas 2007/2008.

DRUCE HM. Allergic and nonallergics rhinits. Allergy V.49: pp1-34, 1994.

FUCHS, F. D., WANNMACHER, L., FERREIRA, M. B. Farmacologia Clínica: Fundamentos da Terapêutica Racional. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2004.

GILMAN G. A.; HARDMAN G. J.; LIMBIRD E. L. As Bases Farmacológicas da Terapêutica, 10ª Ed.; Rio de Janeiro: MccGraW-Hill Interamericana Editores, S.ª de C. V., 2003.

GILMAN, A. G.; As Bases farmacológicas da terapêutica. 9.ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 1996.

JUNQUEIRA, L. C., CARNEIRO, S. Histologia Básica. Guanabara, 8 ed.: São Paulo, 1995.

KOROLKOVAS, Andrejus. Dicionário Terapêutico Guanabara. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan S.A., 2004.

LIMA, D.R. Manual de farmacologia clínica, terapeutica e toxicologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

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PRISTA, L. N. et al. Tecnologia Farmacêutica, 5ª Ed, Lisboa (Portugal): Fundação Calouste Gulbenkian, 1995.

RENATO ROITHMANN; Otorrinolaringologista; Rinite alérgica, ZERO HORA; edª. N° 15517, 21 de fevereiro de 2008.

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