FORÇA EXPEDICIONÁRIA
BRASILEIRA
MONTESE A VITÓRIA MAIS SANGRENTA DA FEB
14 DE ABRIL DE 1945 426 BAIXAS BRASILEIRAS 453 PRISIONEIROS ALEMÃES
VILA DE MONTESE
M
BOL
LINHA DE ALTURAS DE MONTESE
AMEAÇA AO FLANCO DA 10ª DIV MTH EUA
-5º Ex EUA Bolonha
(21 de abril 1945)
-Abrir Vale do Pó
-Bloqueio Ex Ale
Alpes Alemanha
5º Ex EUA 4º C Ex EUA FEB 10ª Div Mth EUA FRENTES: 1º Btl = 2 Km 3º Btl = 750 mA FEB foi encarregada, por sugestão do próprio General Mascarenhas de Moraes, de derrotar as tropas alemãs na região de Montese -obstáculo para a passagem dos aliados rumo ao Vale do Rio Pó.
Em 14 de abril, às 13:30h, o 11º RI atacou a Linha de Alturas de Montese, com o 3º Btl ao centro, no Atq Pcp rumo a Serreto-Paravento-Montelo, o 2º Btl à direita e o 1º Btl, à esquerda, para conquistar Montese (O1) e P Cot 726 (O2).
No dia 15 Abr, os alemães começaram a ser varridos de Montese, cuja conquista concretizou-se no dia 16.
Montese arrasada: das 1.121 casas, 833 foram destruídas. A FEB levou a cabo uma operação irrepreensível, mas as baixas foram pesadas: 426 entre mortos e feridos, na mais sangrenta batalha brasileira desde a Guerra do Paraguai.
Montese não seria esquecida. Em homenagem aos generosos libertadores como os expedicionários ficariam conhecidos na região -uma das praças da cidade ganhou o nome de Piazza Brasile.
O 1º Btl do 11º RI foi incumbido de
tomar Montese e a operação teve
inicio às 09:35h de 14 de abril.
- 2ª Cia à direita - Atq Pcp (O1 e O2);
- 1ª Cia no Atq Sec - Prot Fl Atq Pcp;
- 3ª Cia em Reserva.
Primeiro Combate Urbano - FEB
SGT WOLFA Ç Õ E S D E C I S I V A S D O S C M T P E L E G C
3º Btl 1º Btl2ª/1º 1ª/1º
N
3ª/1º
Morto em 12 abril – Cruz de Combate 1ª Classe
O ATAQUE DA 2ª CIA FZO DO 11º REGIMENTO DE INFANTARIA
2ª/11º RI
X
- Em MONTESE o 11º RI sofreu um dos mais cruentos bombardeios de Art de toda a Campanha da Itália, só comparáveis aos sofridos pelos Aliados em ÂNZIO e CASSINO. Na frente da FEB caíram mais tiros do que em toda a frente do 4º C Ex.
- Durante a noite de 14 para 15 Abr, caíram na região de MONTESE mais de 3.200 tiros Art (mais de 4 tiros por minuto). - A conquista de MONTESE por parte da 2ª/1º/11º RI foi o único sucesso em todo o 4º C Ex durante a jornada do dia 14 Abr marcando, a partir daí, o início do fim da guerra na Itália.
MONTESE A VITÓRIA MAIS SANGRENTA DA FEB
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Egydio Squeff, correspondente de guerra - O Globo: “Montese já não existe. Nenhuma casa intacta --- podemos avaliar o efeito terrível --- disparos de artilharia. --- casas destroçadas, as manchas de sangue assinalam a violência da batalha com que os alemães a defenderam. --- portas destroçadas, leitos vazios, cômodos em desordem. Desde que começou a batalha --- a população abandonou a cidade. Os brasileiros venceram os nazistas, entre os quais se achavam muitos prussianos, num combate verdadeiramente épico, depois de encontro de ruas, de casa em casa, onde ficaram mortos e feridos muitos combatentes nossos.” (16 de abril de 1945)
O N T E M -
H O J E e S E M P R E
IPORAN, RAUEN, NESTOR
2º TENENTE IPORAN NUNES DE OLIVEIRA
Durante toda a campanha da FEB, destacou-se em diversas patrulhas de combate e em três batalhas – Monte Castelo, Castelnuovo e Montese – em que o 11º RI se envolveu, tendo recebido doze elogios por suas ações militares, nas quais sempre fazia prisioneiros alemães. Na antevéspera do ataque a Montese, na chefia de uma patrulha de combate, abriu uma pequena brecha em um campo minado que protegia uma das bordas fortificadas da posição alemã. Durante o ataque do dia 14 Abr, já conhecendo o terreno e sabendo da existência da brecha, a qual era desconhecida dos alemães, foi à frente da força de ataque, entrando com seu pelotão em Montese, tomando a torre local, onde fez vários prisioneiros, e manteve posição de resistência contra os alemães, contribuindo em larga escala para a vitória da FEB nesta batalha. Seu Pel foi a primeira tropa brasileira a romper o dispositivo defensivo e adentrar no fortificado ponto de defesa dos alemães, em um momento em que as unidades da FEB engajadas na batalha sofriam pesadas perdas decorrentes da obstinada resistência inimiga.
Demonstrou coragem, decisão, vontade, senso de cumprimento do dever e iniciativa.
AGRACIADOS COM A CRUZ DE COMBATE DE 1ª CLASSE
2º TENENTE ARY RAUEN - morto em 14 abril 45.
Durante ataque a Monte Castelo, em nov.44, quando do recuo inesperado de sua companhia, manteve seu pelotão em posição, avisando a seus comandados que poderia retrair aquele que não estivesse preparado para o sacrifício. Passado o perigo, posicionou-se em um ponto mais seguro e, na seqüência, à frente de um GC de seu pelotão, retomou a antiga posição.
Durante outro ataque do I Batalhão do 11º RI, comandava um pelotão de fuzileiros da 2º Companhia. À frente de sua unidade, conduzia e impulsionava com grande motivação e entusiasmo seus subordinados para cumprir a missão principal que recaíra sobre sua subunidade. Foi o primeiro elemento lançado com seu pelotão contra a posição mais defendida de Montese. Procurava penetrar nas defesas inimigas pela borda sudeste daquele ponto. A reação dos alemães era significativa. Mesmo quando sua tropa era violentamente hostilizada pela barragem de artilharia e armas automáticas do adversário, não esmoreceu e, sem se intimidar, lançou-se à luta com denodo e bravura à frente de seus homens, Quando, com mais dois homens, procurava assaltar uma posição inimiga, foi atingido mortalmente na testa, tombando ali para não mais se reerguer. Contribuiu assim para a grande vitória de Montese. Demonstrou responsabilidade, decisão, tenacidade e senso de cumprimento do dever.
2º SARGENTO NESTOR DA SILVA
No dia da tomada de Montese, destacou-se como sargento auxiliar do
Pelotão do 11º RI que primeiro entrou na fortaleza. Junto com o
Tenente Iporan e o Pelotão, surpreendeu as defesas inimigas, após
avançar através de um atalho, ao mesmo tempo em que a artilharia
da FEB bombardeava a área. Sob fogo de metralhadoras, morteiros e
de canhões 88, e liderando uma parte da subunidade, a qual foi
dividida em duas, contribuiu para a tomada de dois terços de
Montese, onde fez diversos prisioneiros. Resistindo aos
contra-ataques alemães dentro da cidade, soube pelo rádio que havia sido
promovido por bravura a 2º Tenente, pela direção da DIE, passando a
ser comandante de Pelotão.
Demonstrou coragem, senso
de cumprimento do dever,
tenacidade, decisão e iniciativa.
AGRACIADOS COM A CRUZ DE COMBATE DE 1ª CLASSE
CEL NESTOR
PAI DO CEL CAV QEMA NESTOR AMAN 1972
“NA JORNADA DE ONTEM, SÓ
OS
BRASILEIROS MERECERAM
AS
MINHAS
IRRESTRITAS
CONGRATULAÇÕES;
COM
O
BRILHO DE SEU FEITO E SEU
ESPÍRITO
OFENSIVO, A DIVISÃO
BRASILEIRA
ESTÁ
EM
CONDIÇÕES
DE
ENSINAR ÀS
OUTRAS
COMO
SE CONQUISTA
UMA CIDADE”
G E N C R I T T E N B E R G E R – C M T D O I V C O R P O
D E E X É R C I T O D O S E U A
A FEB permaneceu ininterruptamente 239 dias em combate.
Das 44 Divisões dos EUA que combateram no Norte da
África e Europa entre novembro de 1942 e maio de 1945,
apenas 12 estiveram ininterruptamente mais dias em
combate que a Divisão Brasileira.
MONTESE É UMA AULA
PRÁTICA DE LIDERANÇA
DE COMANDANTES DE
PEQUENAS FRAÇÕES GC E
O
EXÉRCITO
é
forte
pelas
virtudes
de
desprendimento, idealismo e solidariedade. É a
trincheira onde os brasileiros se encontram, as
pessoas
se
igualam,
as
raças
se
unem,
os
preconceitos
se
extinguem,
os
esforços
se
conjugam e as histórias se escrevem
O EXÉRCITO é uma escola de cidadania
ESCLARECIMENTOS
1. OS SLIDES FORAM MONTADOS COM IMAGENS DE DIVERSAS ORIGENS NA INTERNET, ACRESCIDOS DE TEXTOS RETIRADOS, TAMBÉM, DE DISTINTAS FONTES.
2. ESTE TRABALHO É UM APERFEIÇOAMENTO DE APRESENTAÇÃO FEITA EM 2011 PARA CELEBRAR A CONQUISTA DE MONTESE.
3. EM 2012, FOI DIFÍCIL REENCONTRAR A ORIGEM DAS FIGURAS E TEXTOS DOS SLIDES.
4. O MAIS IMPORTANTE É TRANSMITIR PARA AS NOVAS GERAÇÕES UMA EPOPÉIA DO NOSSO EXÉRCITO, QUE MUITO NOS ORGULHA.
5. POR TUDO ISSO, NÃO HÁ UM AUTOR ESPECÍFICO A SER CREDITADO PELA MONTAGEM EM SI.
6. OS TEXTOS SOBRE OS MILITARES CONDECORADOS SÃO CÓPIA DO QUE CONSTA NA MONOGRAFIA DE GLAUCO COSTA DE MORAES – UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – CUJO TÍTULO É: “CONDECORADOS COM A CRUZ DE COMBATE DE 1º CLASSE