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EFEITO DO DOBRAMENTO DO MILHO NA PRODUÇÃO DO FEIJÃO CONSORCIADO'

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EFEITO DO DOBRAMENTO DO MILHO NA PRODUÇÃO DO FEIJÃO CONSORCIADO' ISRAEL A. PEREIRA FILHO2. MAGNO A. PA1TO RAMALH03

RESUMO . Faia verificar o efeito da prática do dobramento do milho (Zea rnays L.) sobre a produção do feijão (J'haseolu: vulgar!: L.) consorciado, foi conduzido, na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Fatos de Minas, nos anos agrícolas de 1981182. 1982183 e 1983184, um experimento envolvendo duas cultivares de milho, de porte alto e baixo, e duas cultivares de feijão com hábitos de crescimento 11 e III. O delineamento foi ode blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, cont cinco repetições; as parcelas constituíram as cultivares de milho, e as subparcelas, o efeito do dobramento, ou não, do milho. O dobramento do milho realizado abaixo da espiga foi efetuado ap6s a matutação fisiológica e, logo em seguida, procedeu-se à semeadura do feijão. O dobraniento do milho não afetou a sua produção e a produtividade média do feijão consorciado foi 40% inferior à do monocultivo. O dobramento do milho de porte normal não beneficiou o desempenho dos feijoeiros consorciados, po' rém estes apresentaram um incremento de 12% na sua produtividade, graças ao dobramento do mi-lho de menor porte. Não houve interação significativa entre as cultivares de mimi-lho x cultivares de fei jão, nem entre a prática do dobramento x cultivares de feijão.

Termos para indexação: Zea may; I'haseolus vulgar!:, cultivares.

BEAN PRODUCTION AS AFFECTED BY FOLDING MAIZE STALKS, IN A MAIZE-BEAN INTERCROPPING SYSTEM

ABSTRACT . The effect of folding maize (Zea i-nays Li below the ear on the production of beans

(Phneo/us vu/9aris Li was evaluated In an intercropping systom at Fazenda Experimental da EPAMIG, at Patos de Minas1 MG, Brazil, for three years from, 1981182 to 1983184. Tali and short statured maize and growth habit type II and III beans were evaluated in a randomized split-plotdesign and f iva replications. The maize cultivars were planted in the whole plots and the effect of folding the stalks below tha ear was the split-plot. The stalks were folded below the ear shortly after physiological matu-rity and the bean cultivari were immeadiately planted. The maize production was not affected by the practice of folding the stalk and the average bean production was reduced 40% in the intercropping system as compared to that of the monoculture system. The foldin9 of the taIl statured maize cultivar did nas increase the bean yield whereas the folding of short type maize cultivar increased the bean yield by an average of 12%. No significant interaction of maize cultivars x bean cultivars or the prac-tice of folding the stalks x bean cultivars was detected.

Index terms: Zea mar, Phaseo/u: vulgar!:, cultivars.

INTRODUÇÃO

A produção de feijão no Brasil é obtida através de vários sistemas de plantio. E um dos mais utili. zados, em várias regiões, é a semeadura do feijão entre as linhas do milho após a sua maturação fi-siológica. Nete caso, o feijão é semeado entre as linhas do milho, já em fase final de secagem, não ocorrendo, portanto, competição da gramínea so-bre a leguminosa em água e nutrientes, ocorrendo apenas o sombreamento,

1 Aceito para publicação em 5 de julho de 1985. 2 Eng. - Agi., M.Sc., EMERAPA/EPAMIG, Estação

Ex-perimental de fltos de Minas, Caixa Postal 135, CEP 38700 Patos de Minas, MG.

Eng. - Agi.. M.Sc., Dr., Prof.Tit., Dep. de Biol., Esc. Sup. de Agric. de Lavras, Caixa Postal 37, CEP 37200 Lavras, MG.

• Uma das práticas amplamente utilizadas quando se emprega este sistema, é o dobramento do milho, abaixo da espiga, antes da semeadura do feijão. Este manejo é quase uma tradição entre os agricul-tores, sendo legada de pai para filho, de modo que ela permanece ao longo do tempo.

Alguns agricultores da região do alto São Fran-cisco, em Minas Gerais, quando questionados sobre o emprego desta prática, forneceram algumas ex-plicações, como esta: o milho, quando não dobra. do, tomba e dificulta a colheita do feijão e do

pró-prio milho. Outros dizem que dobram para dar melhor iluminação ao feijoeiro; e desse modo, ele não fica estiolado. Outros argumentam que o do-bramento é para proteger as espigas do milho das intempéries; por causa do plantio do feijão, ela deverá ficar mais tempo no campo.

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Apesar da importSncia deste manejo do milho para a semeadura do feijão nas entrelinhas, existe um número restrito de informações sobre a viabili-dade ou não de sua utilização. Desta forma, foi conduzido este trabalho visando verificar o efeito do dobramento do milho na produção do feijão.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi conduzido na Fazenda Experimental da EPAMIG, situada no município de Patos de Minas, Minas Gerais, durante os anos agrícolas de 1981182. 1982183 e 1983184. A fazenda encontra-se localizada em solo do ti-po Latossolo Roxo Distrófico, altitude de 940 m, latitude de 1 8°36'S e longitude de 46 031'W, registrando-se tem-peratura média anual de 21 0C e precipitação média anual de 1.300 mm (Atlas .,1982).

Foram envolvidas no trabalho duas cultivares de mi-lho, uma de porte alto (ICargill 111"), e outra de porte baixo ('AG 351' no primeiro ano e 'CMS-19' nos anos Agrícolas subseqüentes). E duas cultivares de feijão, 'Rio Tibagi', com sementes de cor preta e hábito de crescimen-to II, e 'Carioca', com sementes de cor bege com rajas havanas e hábito de crescimento 11k

Em todos os anos, o milho foi semeado no mês de ou-tubro e, após a maturação fisiológica, foi realizado o do-bramento abaixo das espigas com os grãos apresentando 33,7% de umidade, ponto no qual, segundo Byrd (1967), os grãos atingem o máximo de peso seco (maturidade fisiológica). O feijão foi semeado nos meses de fevereiro de cada ano agrícola, nas entrelinhas do milho.

O espaçamento do milho foi de 1 m entre linha e 0,25 m entre covas com densidade após o desbaste, de 40.000 plantas/ha; e do feijão, de 0,50 m entre linha e 0,20 m entre covas, com densidade de 240.000 plantas/ha deixadas após o desbaste. Os espaçamentos e a densi4ade do feijão em monocultivo foram os mesmos do feijão con-sorciado.

Como adubação, foram • utilizados, em todos anos, 300 kg/ha da fórmula 4-14-8 pua o milho e feijão; a primeira cultura recebeu em cobertura, aos 45 dias após a germinação, 40 kg/ha de N e a segunda, 20 dias após, 20 kg/ha de N.

O delineamento experimental foi o de blocos ao aca-so, em esquema de parcelas subdivididas, com cinco repe-tições, constituindo-se as parcelas as cultivares de milho e as subparcelas, o efeito do dobramento e cultivares de fei-jão. Cada subparcela foi constituída por seis linl'.as de 7 m

de comprimento, com área útil de $ m x 2 m, colhendo--se as duas e quatro linhas centrais de milho e feijão, res-pectivamente. As parcelas de feijão no sistema de mono-cultivo foram constituídas por seis linhas de 7 m de com-primento, com área útil de 5 m x 2 m, colhendo-se ape-nas as quatro linhas centrais.

As características avaliadas para o milho foram: stand final e produção de grãos; e, para o feijão, stand final, nú-

mero de vagens por planta, número de sementes por va-gem, peso de 100 grãos e produção de grãos. As produ-ções de milho e feijão foram corrigidas para as umidades padrão de 15,5% e 13%, respectivamente.

Procedeu-se às análises de variáncia para cada ano iso-ladamente. Foi realizada também a análise conjunta dos três anos para a produção de grãos de milho e feijão. Para esta análise conjunta considerou-se como aleatório o efei-to de blocos e de anos, e como fixo, o das cultivares de milho e feijão e também o efeito do dobramento. Estas análises foram realizadas segundo as recomendações de Cochran & Cox (1957).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As condições pluviométricas, ocorridas durante o período de condução da cultura do feijoeiro, foram variáveis nos três anos (Fig. 1), mostrando que os resultados obtidos, refletem uma boa ampli-tude de variação, devido às condições climáticas, o que permite melhor generalização dos resultados. Os resultados médios para as características do feijão e do milho, em 1982, estão apresentados na Tabela 1, Observou-se no feijoeiro diferença signi-ficativa entre o stand final, número de vagens por, planta e produção de grãos. A cultivar de feijão 'Rio Tibagi' apresentou maior número de plantas por parcela e maior número de vagens por planta o que refletiu um incrementode 32% na produção de grãos, em relação à obtida com a cultivar 'Cario-ca'. Com relação ao efeito do dobramento, só foi constatada diferença significativa no caso do nú-mero de vagens/planta, ocorrendo para esta carac-terísticas interação significativa entre o efeito do dobramento e a cultivar de milho utilizada. Nota--se, pela Tabela 1, que o número de vagens não foi afetado pelo dobramento em presença do híbrido

CC 111', porém houve um incremento médio de 45,5% cru presença do híbrido de milho de porte baixo 'AG 351', quando este foi dobrado, em re-lação ao não-dobrado.

No milho, não se observou diferença significa-tiva entre nenhuma das características avaliadas. Os resultados médios do ano agrícola 1982183 estão apresentados na Tabela 2, na qual se observa que, nas características do feijoeiro, os resultados não tiveram o mesmo comportamento do ano an-terior. A cultivar de feijão 'Carioca' apresentou maior produção de grãos e peso médio das semen-tes do que a cultivar 'Rio Tabagi'. Observou-se

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também que o desempenho da cultura do feijão foi melhor neste ano agrícola (Tabelas 1 e 2), provavel-mente, devido à maior precipitação ocorrida em

1983 (Fig. 1). Também não houve efeito significa-tivo do dobramento do rvilho para a produção de grãos de feijão. Com relação ao milho, a maior pro-dutividade foi obtida por 'CMS-19' devido, princi-palmente, ao seu maior índice de espiga em rela-ção ao híbrido 'C-111'.

Com relação às características do feijoeiro, no ano agrícola de 1983184, só não houve efeito signi-ficativo para o número de sementes por vagens. Ao contrário dos anos anteriores, não se constatou di-ferença significativa entre as cultivares de feijão, porém foi detectada diferença entre as cultivares de milho na produção do feijão (Tabela 3).

A produtividade média do feijão, independente da cultivar de feijão e do dobramento, em presença da cultivar CMS 19, foi 6,2% superior à observada com o híbrido 'C 111'. O baixo coeficiente deva-nação obtido (2,6%). permitiu que se detectasse diferença signfficativa desta magnitude. Também, ao contrário dos anos anteriores, o dobramento apresentou efeito significativo na produção de fei-jão. Independente das cultivares de milho e feijão, a produção de grãos do feijão em presença do mi-lho dobrado foi 10,6% superior à obtida quando não houve o dobramento. Entre os componentes primários da produção, apenas o número de vagens foi afetado pelo dobramento do milho. No que se refere à cultura do milho, os resultados foram se-melhantes aos relatados no ano agrícola de 19821

83.

A análise conjunta dos três anos para a produ-ção de grãos de ambas as culturas está apresentada na Tabela 4. Para a cultura do milho, o teste F apresentou efeito significativo apenas entre as cul-tivares e entre os anos agrícolas. No caso do feijão, houve efeitos significativos para anos e também para a interação dobramento x cultivar de milho e anos x cultivar de feijão. Para verificar qual a causa da interação dobramento x cultivar de milho, foi elaborada a Tabela S. Constata-se, por esta tabela, que o dobramento só afetou a produção do feijão quando em presença da cultivar de milho de menor porte. É interessante ressaltar que, apesar de não ter ocorrido efeito significativo para esta interação nas análises isoladas, o efeito do dobramento sobre

a cultivar de menor porte foi praticamente o mes-mo nos três anos, mes-mostrando que, provavelmente, nesta condição, o dobramento beneficiaria o fei-Jao.

A produtividade média do feijão em monoculti-vo foi sempre superior à obtida quando em consor-ciação (Tabela 5). Na média dos três anos, inde-pendente dos tratamentos avaliados, a produtivi-dade média do feijão consorciado sofreu redução de 40% em relação ao monocultivo. No caso da consorciação em que há semeadura simultânea das duas culturas, a redução na produtividade do fei-jão, de magnitude semelhante a esta, tem sido rela-tada em várias oportunidades (Andrade et al. 1974, Aldar & Vieira 1979, Araújo 1983). Porém, em se tratando da semeadura do feijão após a ma-turação fisiológica do milho, os efeitos da con-sorciação não são evidentes. Em experimento en-volvendo três localidades do estado de Minas Ge-rais, Chagas et al. (1983) observaram que, em duas delas, a produção de grãos do feijão em monoculti-vo foi maior do que no consórcio, e em uma delas ocorreu o contrário. Também Candal Neto et al. (1982) e Aidar et al. (1982) mostraram resultados em que o feijoeiro consorciado apresentou maior produtividade devido ao maior teor de umidade do solo e menor temperatura ambiente, ocorridos nos intervalos das fileiras de milho.

Já foi constatada, em várias oportunidades, no feijoeiro e em outras culturas, que há uma alta cor-relação positiva entre o rendimento da cultura e seu ambiente lumínico (Shibles & Weber 1965, Earley et al. 1966, Cooper 1966, Crookston et ai. 1975, Portes & Silveira 1982). Utilizando sacos de aniagem, para simular artificialmente diferentes in-tensidades de luz recebida pelo feijoeiro, Portes & Silveira (1982) mostraram que, sob baixa intensi-dade lum(nica, houve alongamento dos internó-dios, decréscimo no número de vagens e produção de grãos e também na relação índice de área foliar/ produção de grãos.

Também foi verificado por Portes (1982) e Portes & Aidar (1983), no plantio consorciado, em que o feijão foi semeado após a maturação fisiológica do milho, que, no tratamento não-do-brado, 47% da luz foi interceptada antes de chegar ao feijoeiro, e apenas 29,4%, quando o milho foi dobrado. Comentaram ainda que houve um estio- Pesq. agropec. bras., Brasilia, 20(11):1279-1288, nov. 1985.

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TABELA 4. Resumo da anulise de nriância da produção de grãos de feijão e milho, em kg/ha, obtida no ensaio de sva liação do efeito do dobramento do milho na produção do feijão consorciado. Fatos de Minas, 1981182, 1982183, 1983184. Causas de variaçøo GL. Feijão Milho Blocos/anos 12 34024,0 2107645,5 Cultivar de milho (M) 1 359598,0 15291024,0" Anos (A) 2 2651159,0" 34365252" A x M 2 84123,9 670084,4 Erro (a) 12 81702,3 581872,5 Dobramento (0) 1 71877,0 251167,5 Cultivar de feijão (C) 1 2108,4 329700$ DxC 1 46768,0 188813.1 Dx M 1 109626,1 732265,7 Cx M 1 86994,1 323025.3 AxD 2 11101,2 266542.8 AxC 2 496311,7" 332526,0 DxCxM 1 14191,9 1528666,8 DxCxA 2 6534,5 703163,2 D x M x A 2 24369,5 66260,4 CxMxA 2 15499,5 24130,6 DxCxMxA 2 29934,9 260636,2 Errob 72 21335,5 493581,93 Média geral 950,4 6048$ CVa % parcela 30,1 12,6 CVb % subparcela 15,4 11,6

• Teste de F significativo ao nível de 5% de probabilidade.

" Teste de F significativo ao n(vel de 1% de probabilidade.

TABELAS. Produtividade média de grãos, em kg/ha, obtida no ensaio de avaliação do efeito do do- bramento do milho na produção do feijão consorciado. Patos de Minas, anos agrícolas, 1981182, 1982/83 e 1983184.

Anos agrícolas Cultivar Dobramento

1981182 1982183 1983184 Médias

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kg/ha % kg/ha % kg/ha %

Clii Não-dobrado 825 100 1.154 100 722 100 900 100 Dobrado 750 91 1.125 91 798 110 891 99 CMS19 Não-dobrado 801 100 1.280 100 766 100 950 100 Dobrado 904 113 1.429 112 849 111 1.060 112 Médiaconsorciado 820 1.247 784 951 Mocultivo Carioca 1.210 1.869 1.709 .1.616 RioTibagi 1.458 1.590 1.630 1.559 Média 1.364 1.730 1.670 1.588

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lamento das plantas, porém, não conduíram que este fato era devido à intensidade ou qualidade da luz recebida.

Estes argumentos apresentados anteriormente sugerem que realmente o dobramento do milho deveria contribuir para o incremento da produ-tividade do feijão consorciado. Contudo, para a cultivar de milho de maior porte, na qual se espe-rada o maior efeito do dobramento, não se consta-tou benefício desta prática para a produção de grãos do feijoeiro (Tabela 5). Somente em presen-ça da cultivar de menor porte esta prática foi van-tajosa. Em experimento conduzido em Siqueira Campos, Estado do Paraná, por dois anos agríco-las, Kranz & Gerade (1982) observaram que, em apenas um deles, houve vantagem para o feijoeiro consorciado em presença do milho dobrado em re-lação ao não-dobrado. Explicaram que, no ano que o dobramento foi vantajoso, isto ocorreu devido à incidência de uma alta população de pragas, pois

o milho dobrado atuou como uma barreira física à circulação das pragas.

Não há indicação na literatura, de trabalho em que o dobramento tenha sido vantajoso para o feijoeiro apenas em presença de uma cultivar de milho de menor porte, como ocorreu neste traba-lho. A explicação mais provável para esta diferença no comportamento é que, em um milharal com uma cultivar de porte normal, as plantas mesmo dobradas ainda interceptam grande quantidade de luz, devido à maior altura de inserção da espiga. Na cultivar de porte baixo, as plantas dobradas forneceriam menor sombreamento e, conseqüente-mente, teria maior disponibilidade de luz para o feijoeiro. Este é, porém, uma hipótese que deve ser melhor investigada (Fig. 2).

Entre os argumentos apresentados pelos agricul-tores para a realização do dobramento, está a pro-teção das espigas do milho às intempéries. Neste aspecto, deve ser salientado que como a maior par-

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te dos materiais genéticos de milho possui o carac-ter decumbente, isto é, as espigas dobram quando secas ficando com a sua ponta voltada para baixo, não há necessidade de fazer o dobramento artifi-cial.

CONCLUSÕES

1. O dobramento da planta de milho, abaixo da espiga principal, após a maturação fisiológica, não afetou a produção de grãos.

2. A produção de grãos do feijão consorciado foi 40% inferior à obtida em monocultivo, mos-trando que houve efeito do milho na produtivida-de,ji que as demais cridições foram semelhantes.

3. Verificou-se que o dobramento do milho de porte normal não beneficiou o desempenho do feijão consorciado, porém a leguminosa apre-sentou um incremento de 12% na produtivida-de produtivida-devido ao dobramento do milho produtivida-de menor pro-te.

4. Não houve interação significativa entre as cultivares de milho x cultivares de feijão e também entre a prática do dobramento x cultivares de fei-Jao.

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Referências

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