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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA XXX

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA

XXX

MANGÁ HENTAI: A REPRESENTAÇÃO DO CORPO FEMININO EM QUADRINHOS PORNOGRÁFICOS JAPONESES.

UBERLÂNDIA Setembro 2016

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XXX

MANGÁ HENTAI: A REPRESENTAÇÃO DO CORPO FEMININO EM QUADRINHOS PORNOGRÁFICOS JAPONESES.

Projeto de Pesquisa de Iniciação Científica, com bolsa, a presentado ao Instituto de Letras e Linguística.

Orientador (a): XXXXXX

UBERLÂNDIA Setembro 2016

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SUMÁRIO 1. Introdução 4 2. Objetivos Gerais 5 3. Objetivos Específicos___________________________________________________5 4. Metodologia 5 5. Cronograma 6 6. Referências 7

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1. INTRODUÇÃO

No século XIX surgiu o Mangá, os quadrinhos japoneses, porém, inicialmente, eles ti-nham o formato de charges e, foi apenas no século XX que o mangá tomou o formato de his-tória em quadrinhos. Atualmente, as aplicações do mangá no Japão são bem variadas, sendo encontradas em manuais de eletrônicos e até mesmo em materiais de ensino e aprendizagem de disciplinas escolares. Portanto, o mangá faz parte do cotidiano do povo japonês, além de atender a públicos variados do Oriente e do Ocidente (BATISTELLA, 2009). Assim, podemos considerar o mangá um grande gênero que possui distintos subgêneros direcionados à diferen-tes públicos, sendo alguns deles: shoujo (mulheres jovens), josei (mulheres adultas), shounen (homens jovens), seinen (homens adultos), yuri, yaoi (relacionamentos homoafetivos femini-nos e masculifemini-nos, respectivamente) e o hentai (pornografia ou perversão no sentido geral). Di-ferentemente de outros países no mundo, no Japão a sexualidade e a nudez não são vistos co-mo tabus por isso, a pornografia é de fácil acesso sendo encontrada até mesco-mo em máquinas de vendas específicas que são parecidas com as máquinas de bebidas que temos aqui no Brasil (ROSA, 2005).

Embora os quadrinhos sejam narrativas muito ricas, a sua utilização como objeto de tra-balho em pesquisas acadêmicas não é muito comum. Os quadrinhos são a junção de elemen-tos visuais com elemenelemen-tos linguísticos, o que permite ao leitor reconhecer de forma mais pre-cisa traços culturais e sociais dos contextos retratados em suas páginas, especialmente quando essas narrativas se passam em países estrangeiros, neste caso, o Japão. De acordo com Fonse-ca (2006), as imagens constituem nosso ser e são poderosas formas de comuniFonse-cação. Portanto, saber utilizar de imagens para a comunicação e saber lê-las são competências comunicativas essenciais para a leitura do mangá.

Nesta pesquisa focaremos no estudo do Hentai. O termo hentai (pornografia ou perver-são) foi usado originalmente pela psicologia na Era Meiji (1868 - 1912) para se referir a tele-patia, a histeria e hipnose, porém, ao ser utilizado em obras literárias da época, esse termo foi ganhando um novo significado no vocabulário popular (MCLELLAND, 2006). Como conse-quência disso, no final do século XIX, o termo começou a ser utilizado para expressar desejos sexuais “anormais” que seriam desejos fora do padrão heteronormativo. Embora na cultura japonesa nunca houve preconceito contra a prática sexual em termos de relação ho-mem/mulher, os japoneses descriminavam outras práticas sexuais como, por exemplo, as rela-ções homoafetivas. Hoje em dia esse preconceito é minimizado, embora ainda esteja dissemi-nado no seio social. Faz-se mister pontuar que os tipos de preconceitos e descriminação são

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distintos em se tratando de Oriente e Ocidente. E essa distinção se dá pelos aspectos culturais, históricos e religiosos. Portanto, o mangá hentai (pornografia) aborda distintas formas de feti-che tais como: estupro, pedofilia, tortura, ahegao (expressão facial estranha), animália (corpo masculino e feminino com traços de animais), entre outros elementos que serão analisados no contexto dos quadrinhos selecionados.

Nesse sentido, esta pesquisa se justifica pela análise da representação do corpo feminino nos fetiches apresentados dentro dos mangás hentai. O conceito de “anormal” será verificado no contexto das estórias a serem analisadas para que se possa compreender como a cultura ja-ponesa retrata o ser feminino nas relações heterosexuais na perspectiva do imaginário mascu-lino já que esses mangás são, em geral, consumidos pelo público mascumascu-lino.

2. OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver um estudo sobre algumas narrativas em quadrinhos japoneses (mangás) considerando os elementos sexuais em níveis pornográficos contidos nessas narrativas a partir de perspectivas históricas, visando resgatar a origem do termo hentai (pornografia) e sua in-corporação no mangá, a fim de avaliarmos sua influência na cultura e no estilo de vida dos ja-poneses.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar os mangás “Cosplay Kanojo” de Hiroshi Itaba, “Impulse” de Tomoyuki Enoki e “Kanojo no Hada” de Rin Minami, observando a representação do corpo feminino nestes quadrinhos, para assim formular um quadro do olhar masculino sobre a mulher japonesa, con-siderando os aspectos discriminatórios ou não dentro da cultura oriental.

4. METODOLOGIA:

A metodologia a ser adotada neste trabalho de pesquisa é de caráter qualitativo. Será fei-to um estudo sobre os quadrinhos japoneses (mangá) e sobre o termo Hentai (pornografia), além de uma verificação do contexto histórico, político, social e cultural do Japão na Era Edo (1603 – 1868), passando pela Era Meiji (1868 – 1912) e chegando nos tempos atuais para en-tão compreender suas implicações no Mangá Hentai (quadrinhos pornográficos). A partir des-tes estudos, será feita a análise da representação do corpo feminino e da imagem do mesmo no imaginário masculino japonês, tendo por base os três mangás hentai: “Cosplay Kanojo” de Hiroshi Itaba, “Impulse” de Tomoyuki Enoki e “Kanojo no Hada” de Rin Minami, disponíveis

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no mercado brasileiro. 5. CRONOGRAMA: Atividades Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Leituras Teóricas X X X X X X X X X X X X

Estudo preliminar das teo rias que embasam o projet o

X X X X X

Análise dos mangás seleci onados X X X X X Redação de relatório X X X X X X Apresentação da pesquisa em andamento em evento s da área X X

Redação do relatório final do projeto

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6. REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Fernando Rizzaro de. Mangá,animê e violência: O bullying e a cultura pop japonesa. 2011. Monografia (Especialização em Comunicação em Saúde) - Instituto de Co-municação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, 2011. BATISTELLA, Danielly. Mangá: o jogo entre palavras e imagens. Revista Icarahy, n. 1, 2009.

BATISTELLA, Danielly. FUTARI H: Representação da Sociedade e Sexualidade Japone-sa por meio do Jogo de Imagens do Mangá e do Anime. Disponível em: <http://www.academia.edu/download/37137382/FUTARI_H__REPRESENTAC

AO_DA_SOCIEDADE_E_SEXUALIDADE_JAPONESA_POR_MEIO_DO_JOGO_DE_IM AGENS_DO_MANGA_E_DO_ANIME.pdf>. Acesso em: Set. 2016.

BUSS, David M. et al. Jealousy and the nature of beliefs about infidelity: Tests of compet-ing hypotheses about sex differences in the United States, Korea, and Japan. Personal Relationships, v. 6, n. 1, p. 125-150, 1999.

CÉ, Otávia Alves. Silenciamento ou subversão? Representação do papel social da mulher no discurso perfomático das crossplayers do mangá. 2014. 115 f. Tese (Doutorado em Le-tras) - Universidade Catolica de Pelotas, Pelotas, 2014.

COCHRAN, Susan Sims. Exploring Masculinities in the United States and Japan. Disser-tations, Theses and Capstone Projects, p. 53, 2009.

CZARNECKI, Melanie. Bad girls from good families: the degenerate Meiji schoolgirl. In: Bad Girls of Japan. Palgrave Macmillan US, 2005. p. 49-64.

DA FONSECA, Lêda Maria. Leitura de imagens e a formação de leitores. 2006. Disponível

em: <

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEw i3oYzd5qvPAhUEk5AKHagcDA0QFggeMAA&url=http%3A%2F%2Falb.com.br%2Farquiv

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o-

mor-to%2Fedicoes_anteriores%2Fanais16%2Fsem08pdf%2Fsm08ss02_02.pdf&usg=AFQjCNF7 QWQsa8T3SIU25EVDP18OtJef8A&sig2=GbFdX9FmjTxqdrl7zgpQjQ&cad=rja>. Acesso em: Set 2016.

DARLING-WOLF, Fabienne. Women and new men: Negotiating masculinity in the Japa-nese media. The Communication Review, v. 7, n. 3, p. 285-303, 2004.

DE OLIVEIRA, Natália Marques Cavalcante. “ELA NÃO PODE SER ASSIM TÃO FOFA!”: APROPRIAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE MANGÁS LOLICON NO BRASIL. 2014. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina.

DE ROSA, Franco (orgs). Hentai: A sedução do mangá. Opera Graphica Editora, São Paulo, 2005.

MCLELLAND, Mark. A Short History of ‘Hentai’.In: Intersections: Gender and Sexuality in Asia and Pacific. Nº12, 2006.

NOAK, Constanze. Knowledge and Masculinity construction of the Japanese Soushoku Danshi through discurse in International Media Coverage. French Journal For Media Re-searche, n.3, 2015.

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______________________________ XXX _______________________________ XXXXXX Uberlândia Setembro 2016

Referências

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