SERMÃO
QVE
O
PADRE
ANTÓNIO
DE
SAA
DA
COMPANHIA
DE
lESy
PREGOV
Á
IV
STIC,
A
na
Sanóta
Sé
da Bahia
N^jprmekft
Oitma
doSpiritu-*
LI
S
B
O
A.
'
tom
iodas às licençasnecej^ams*Na
Òfficiíiade
Henrique
Valente de
Ode
correieíleSermáo.LJíbo.r.deJunhodeiící,
LmsAluarez.da
Axão eíie Sermão
í-„./«.../..
p;;;;2c;ff"'
cm
vintereis. LisboaúiV
I.
^AppaYuerunt difpertlulinguét
tanquam
tgnis.feditque
fuprafmgulos
eorum.Aáorum.2.
Hocefiautejudtciu', quialux
Venitinmmduy&dik:
,
xerunt
hominesmagts tenebrasqualuce.loaii.3.
O
Amor
diuino cÒfagrahojca luftiça
humana
efta prefen-te folemnidade . Neccffariahe ,
queò
aduirtamos,poisconfiderada atentamente efta
'
acção, parece
que
implica,que
tenhapor*principioaluf-tiça,quandoteraport^fmo ao
Amor: ou
quetenha porter-mo
aoAmor,
quando tem
porprincipio áluftiça.Amorprefidenteda Iuftiça>a luftiça
affiftida
do
Amoi>
Cuidaua cu,que nenhuâcòufacon-fdrmaua
menos
com
aluftiça, queo
Amor;
5to
noíTofegundõ
thema
affio
dizexpreflamente.Porquefebem
notarmos, todaarazão,ou todaa
fem
razão.porqueno
juizo
que
oshomens
fizerãoacercadastreuas,& daluz,a luz fahiocondenada,ôc astreuas applaudidas,
foi
por-que
neflejuizoderão oshomens
ouuidosaoAmorj
di^lexerunt
hommesi&c quando o
Amor
procede tão
erra-damente
nas refoluçoes,quecondena bellczasdejuz,& applaudefcaldadesdetreuas,nãoparece accrtado,queà
luftiça prefida
o
Amor.
^
Ora
com
iftofereprefcntaraffi,com
tero
Amor
tatácotrariedade
com
a Iuftiça,digocõtudo,que
nosTribu-naesdaluftiçabcfepôdeadmittir
oAmor.Por
cftapartecftaoprimeirothema.DizoEuangdiftaS.Lucas,queo
A
^Amordi-Amordiuinoquândo
veyofobrc oCoIlrgioArcfloU-co,qfeaírentára:J'^^//.0
Amor
aíTentadoHcgo
afí.Occo
mo
cm
tribunalo
Amor.
A
confeqnencia nãotemenor
fiador,qS.Gregório, porrercomaellcdiz,apôftnra de
aHentadoprópriade
quê
julgai^S^^^í-rf^W/V^kiíf/?.PoisíeoAmordiuinooftentasuthoridadcsdcIuiz,
nãohc
incõpatiuelaluftieacõoAmoríAmcsnealuftiçadiôri.butiua,nêapunitiuafedeueexecutaríó pellos
didames
dafabedoriasêinteruêção
do
Amor.
PcllomenosaíTio
praticaofupremoIuizDeos.
Quãdo
o
EternoPaycõ.fultou
o
beneficiodacriação , tãtoadmitionacôfultao
votodcfeu
Amor,
como
o
voto defua fabedoria,qao
Fjlho,
&
aoSpiritu-Sado
qucrê todos q cõfultaíTcna-€éf> j ^^^^^^^ palauras:
Fammus
homineadima^yie, é-fmilP'/W/^^;/^/;-^.
Quãdo
o
meíjmo Senhor dcccoadeuaíTar
de
Sodoma
para ícucafligo, trouxetambêporadjuíitoslabcdoria,ôr Amor,qatodostrcs emdisfarfe
dehuma-.^^«•i8. "^^^^orouAbrabão:/^/'//^r//^f »/eitrêsvirijiãtesprope
'
^^^-De
maneira,qnêaosbenefícios,nêaos caftigospro
cede
Deos
sêouuir a feuAmor.E
porqrazãoha de en-teruiroAmornarcparticãodosfauores,&ni execução doscaíligosíPorqcaftigar sêamorjicpalTaràlêdejufto:
dar
fem
amc)r,he ficar àquêdeliberal:no
primeirovaymuito
efcrupulofaa juftiça;no
fegCido vaypouco
airo-fa aliberalidade,&
nem
àjuftiçaeftãobem
efciupulos,nem
á liberalidade defares.Mnistodaarazãcjporq ordinariametedefterrão
todos
dostribunaesao
Amor
, he porqcomo
fe)ahu afFeftocego, nê podevera quêhc juílo, qfe dèopremio, nêa
quêhe licito q fedèocafligo;& poriííbcafiigaràtalvez
bencmcritos,Óc premiaradclinquêtcs.Eftahea caufa to
taJ,porq
o^Amor
fc laça forados juizos.Logofehouucrnu
amor,qvejamerecimeiítosparapremiar,&
delidos pataparaciuiiisbcmpoderácfte
amor
entrarnostríbunacs.
Poisíiga
o amor
asluzcsdo
entendimêto,regulcfepellos arbítriosda razão,qlogoacertaráa repartirprémios,&
a julgar culpas.AoSpirrtq-Sãdodeuo
Eterno Payodef- ^^^[^•pachodasmerccs:D^/í?rz«ií;^ír5.
Ao
mefrao encarregou v^'^O
juizodaifííideiidadejqomudo
cometeo
cõtrao
Ver- ^bo
Encarnado: Arguetmundu
depeccAto^quiano credide'j^^^
tfítmme.líoisao
Amor
feentregaarepartição dospre- \^^'
mios>
Ao
Amor
feencomêda o
exame
deculpas> Se heAmor,como
hepofliueiqachccm ningue delitosparapunirí
E
como
hepoífiueljqnãoachecm
todos méritospara premiar^fehe
Amor? Como>Porq
hcAmor
qfea-jufta muito cóa razão.O
ado
da vontade,pcUo
qualo
Spiritu-S.proccdeformalmêteAmor,regulafe detal
ma
neira pclloaflo
do
entêdimeto^q fóméte quer,o
q o
en-têdimetoconheccr&AmortãocôformccõarazãoAmoi:
q
fó fabe'querer,oq
arazãochegaa alcãçarjbepôdeferadmitido aodcfpachodasmercês,
&ao
juizo dasculpas:porq
como
tãodifcretonê defconhecerà méritos parao
premio^nêdiíTimularàculpas para
o
caftigo.Seja poiso
Amor
humano
chama
entcdida,&
cóterdcpédêcia davõtadeparaarealidadedofer,depêdatodo
do
entêdimê-topara osacertos
do
obrar,ôc voteembora
efte talAmor
nostribunaesdaIuftiça,q
como
tioderigidopeila razãonão
pôde
errarcomo
cego,fenãoacertarcomo
lince.If-tofpoftobê fedeixa ver,q
não fe cõtrariaõde talforteAmor,&
Iuíliça,qnãopoíTahaucrluftiça õdehaAmor.
Eíe
osempenhos doAmorpòdéeftar
côas intcirczasdaluftiça, nãohaq cõdenar
cm
q aluftiçahumana
dedi-que
hojefuáscelebridadesaoAmor
diuino.Atèquia rcpugnãciadaeleição:
vamos
agoraàelejçãodos themas. Verdadeiramete qme
viembaraçado no
cõcurfodetãoencõtrados textos,comofaõ
o
dafcfta,&o do
dia,A*A-s
obrigaçãohei-^mm^i. -_
lUCM
hetntardaluft-çi; otextoda fcftadcfcrcuc
hm
Ii)ftiçaaccrtada;o textododiapropõe húaerrada ji.fliçp.Erros,
&
acertoscomo
fehãodevnir? Oraparaque^fcft.i, &:o
diaambos
influão na obrigação,determinofeguirhú,&
outro tcxtorotcxto dafefta.odoAmordiuino,
mof-trài-aáluftiça
o que
deucfazer:o textodo dia,odoA-mor
humano,
mofirarào que não deuefazer aluftiça,vamos
com
elles,fçmnosapartarhum
ponto.Jpparuermjt
difpertiulin^u^^tanquamigríis/edit-que fuprafmgulos eoYum.
APparecèrão
repartidas lingoascomo
defogo,&
aíTentoufe fobre cada
hum
dos Apoflolos.Apri-meiracoufa
em
que
reparo, henaquclle, Affaruerunt,Jlpparu€runt> AppareceooSpiritu-Sanfto^
A
quefimíãtapreíTa
cm
vir,q
podecorrero
chegarporhúaappa-rição rcpêtinâíNâoeftauão
melhora
tãoíoberanapef-foapaufados paíTos
em
deccr,doque pouco
mageftofaspreffas
em
baxar> Paraq
aíFedavelocidades,quãdo
de-uia anhelar paufas^Paraq>Eu
o
direi.Suípiraua aqucllafeliz jutahauiajádezdiaspellodcfpacho dcftefauor,&
hetãocuftofocrperarporhCidcfpacho,q porlhedarex-,
pedição,feapreíTou oSpiritu-Sãfto cõtra cóucniêciasde
S.Mageftadc nadecida.
E
efteheoprimeiroauifo,q dáaos tribunaesdaterra,qnãofedilatenellcscõ
importu-nastardãças osdefpachos, fenão qfeabreuiêcõdiligctc
cuidado: porquena verdadenão fabe o quecufta
hum
dcfpacho retardado,quem retarda
hum
d efpacho.Entra
ChriftonoHorto,&
pretendetc folicítodc fuaVida,metepetiçãoafeuEternoPay,para
q
felheefcufca moxu:PatertrasferCAliceíJluáme.Txts horas cõtinuounapr€tê5ão,&navitimaabcitososporosdocorporcgou
ftufaiigueaterfâ.F4(!?«í ejífudcrej(tf,^cut
gutú
sagui-nisdevarremisin/^rrí.ValhamcDeos
q
hco q
atormétatantoaChriftc?
q
heo
qtantoo
martirizaiAqui
não hálãçapara
o
peito,aquinãoha crauosparaasmãos, aquiXizohaaçoutes para
o
corpo: poisdôdcafflicçãotão ve*hcmêteídõdefentimetotâo agudo, qsêlãçaderrama
sa-guc
o
peitOjSêcrauoscorre dasmãoáo
sãgue^sêaçoute>brota
em
sãguetodoo corpo|Dõde5Não
hatrêshorasq
pedeinftãtemétea vida,sê|díeihedíffirão ao dcfpacho}
Poisaffligetãto
hu
defpachódilatado,q
cõfcr adilaçãofó detrêshorasjcuftaaChrifto
o
sãguedas veas.Efeprc-têdertrêshorasmoleftacõtãtocxceffo,qferapretcdcr
aa
nosinteiros?
Sehorasde
requerimetochcgãoatirarsã-gue,annos derequerimento
q
faràõíApreflemfeosMU
niftros
em
defpachar^paraq
não peneospretedentcs eoirequerer.
E
verdadeirarpenteq
nãovicoufamenos
pa-raprolongada,quehuapretenção.
Ouo
prctedentchade
eonreguir,porqmerece,o qprocura;ounãohade
con-feguir
o q
procura,pórqnãomcrecejfeha
decõfcguif*
paraqhedilatailhGífcnãoha decõfeguirpara
qhe
fuf-^pcnd<:lorOuderpacharlogo
cõ o
deíengano^owcom
aitiercéj porquenegarlogo
o que
fepretende, podeferbencuolencia
dcquem
am35&
concedertardeo
que
fedcfeja,parcce graçade
quem
zomba,
i' Aqucllcsdous difcipulos
mui
queridosdo
Senhor,loãò,
&
Diogo
atrenerãofehua horaapedhiheos
dousmelhoreslugaresdefcu
Rcyno:
Dic\vtfedeãthidíéQfi'lífmei^vntisaddexterãíuãjé^vfftísadjíntjírainregnotuo
É
q
rcfpõderiaoScnhora efta petiçãoíhumanifeftode-sí^^no-.Nefcitisqmdfetatis.
Não
fabeiso q pedis,dcfifti,do q
pretêdeis.E
bêSenhorahúDiogo
tãofauorecidCja huloãotãoamado
cõçíTafequidãonegaiso
qprocu^ãolillbheamaríiflbhefauoreccr>Si,
q
fenão hão deconfe-A
3guiroque
Uá\itíGcnef.
21.
O
qué
defcilo,pòrqiieeftãòoutros mfrccisnentesdian-te: .^ihfáSparatum eJikPatremeo: nãohe
pouco
fauordcfenganalos,6cforamuitomartyriofufpêdelos.
Que
deanfiasnãocuftàra aeftesdousIrmãos, fetrataraChrifto
deos
deixar fufpêfos entreduuidofasefperança^^ quacsandarãoatormêtados
cm
perpétuosdefucIos,sêhauerde alcãçaraliuiode feuscuidadosíPoisbem
moftrou oSe-nhor,qosamaua>quãdo
cõtãtaprcflaosdcsêganoure-foIutOjparaq nãopacieceffefiiostrabalhosdeprocurar,
quãdo
tinhão impoffiuelafelicidadedecõfeguir. Aletarme
enganofamete cõefperãçasaq
profiga,quando não
heydealcãçaroqefpcro,nãohefauotdeamigo,heodio
decõtrario,pois
me
fazpadeceranilas, não hauêdo degozarintétos.
Melhor
hedesêganarlogo,porqfebénao
cõfeguir
o
prctendido,he defgraça; deixardepretenderbaldadamente,he vêtura.Pois
q
cõcedero
pcdido,fehe
tarde,mais pareçazombaria
que mercèjeuo
prouo.^ DefejauaSarahúfilho
como
afucceflaõ defuacafa,&
aocabodenouêtaannos
deidade,&os
maisdellesdcdefejosjJhcprometeo
hu
An)0,qDeos
lhe dariao
frutodebéção.E vêdofeJàSaracõ húfilh0nos braí^osdeulhç nomederifo,dizcdoqlhefizera
Deos
huazõbaria: Ri*sufecitmiht Deus, PoisSara,agoía
q
deucisagradecer amercé,oíFedeiscõadcfeftima^Têdeshúfilho,qtãto
dc-fciaueis,&aualiaisofauorporcoufa ácúío^rífumfecit
TníhlDeuslSiyqfoifauorcõcedidomuitoao tarde.
Não
hauiatãtosannos,qSara pretédia fucccflbr para fuaçafa?
Não
alcãçaagoradefpoisdetãtadilaçãoo
qprocurauajpoispor iíToeftima
como
rifo amercé,porq húamercc
.súmamêteprologada, maisparece graçadequê zõba,dp
q
dcfpachode quêfauorei:e^cánatureza|ànãopermi-^fcalêios aSara^arafuftctarafcuspeitos
o
filho,qvêafct
. ^
7
cfla dadiua<|enão zõbarâopâtecerdeSaraíSe
o
Mmif*i%trocõfeusvagaresdeixou crccertatonos annos
o
prc- :tendentc,queàsvezeslhe
não
ficatempo
para gozardo
.faiior,qvê afercfledcfpacho, fenãogalãtear
do
prcte-déte>E
daqui naceq
as mercês muitas vezes nãoobri-gão,por4asmercês para obrigarê,haõfedeeftlmarco-mo
tacs,&quãdo
fecõcedeaotardenãofereputaapotmercês,
como
hepoffiuelq
as mercêsobrigueiApren^dãopois osperfeitosMiniítrosdaterra,do
grãdePrinci-cipe
do
Ceo
o
Amor
diuinoa abreuiar cuidadofamêtc os defpachos.Seno
pretendête hameritos^fejao
mefma
requerer,qaicãçar:fenãohaméritos
no
pretedête,figafco
defenganaraopedir.Porq
deitamaneiraatodosfefaafauorj ao premiado,porqalcãçasêanfias
o que
merece: aodefcnganado, porqueefcufacuidadosem
diligêciacoquenão
hadeconfeguir. *Nem
pareçaque
fóconuem
preffasà luftiçano
def-pachodasmercé^j
também
lheconuêna expedição dascaufas.Earazão heporquealedos gaftos,& danos
qor-dinariamcntcrefultãòdatardãça dascaufas,
padecem
as parteshuafurpenfaõ,em
quantoduuidão,feTâhirajul-gadaporfi,ou cõtrafi :
&
hetãoterriuelo
tormento dehuaduuida, qpoftadehuapartea certezade hua
fentê-çacõtra a
mefma
vida,&
daoutrahuafufpêfaõdefla sc-tença,mais moleftaefta fufpenfaõ,queaqucllacerteza.Entreindecentes feftas feacha el-RcyBaltl^a^ar
af-fiftidodosGrades defuaCortc,qiiãdohõa
mão
cõpol-cas letras,q
formou
na piredefronteira, lhecaiifoutãòAngulares affombrosjqpallido
o
rofto,attonitososolhos,inquieto
o
coração,tremulososmembros
,&
pafmado
o
difcurfo,mãdoua gritos4
vieíTem os Sábios para ex-pUcaraquellesignoradoscharafteres.Tmc
fáciesRegisJO^w.y,€omí4tataejl,
^
cogitationesejmçoturhbmt
m^i^'ççpages8_
rtf»5^V;y5//^^^4/^nEntrouoProfctâDaniel,&intrrprc:
tiãdo os tremedos rafgosdaquellafetalpena,lhediff^ao
perturbado
Rey,q
aquelUs letrascõtinhâoúml
fenrcçacótrafuavida,& cõtrafcuImpcrio.Dwf/1efiRegníittã.
E
qfariaBalthazarnefte PâíTo^Sêduiiida qcrccerião ospafmojíôc reduzidoadefarayos
o
esforço,fe rederiadetodoaosêtiiiieto.Antesfoi tãtoaocõtrario
o
fucceffo,qpoftosdeparteosafsõbros,comofea explicaçãocedera
muito
em
feufauor,mãdou
veftirde purpura,&
ornarcõ
joyasaoProphcta:TicjubeteRegeinàíitusejlDaniel /«r^«r4.PoisBalthazar,qdiucrfidadeheefta>Pouco
hatão inqufieto,agoratãodcfafsõbrado?
Duuida
Balthazarfc fera a cfcritura cõtrafi,& affligefcrcritêdeBalthazar,q
he
cõtrafiacriatura,&foflegafc^Antestudoafsõbros,a.gorancnhuspafmos?Affihauia defer,porq efla
diíFerê-çavayde viucrfufpêfoadeporduuidas.
Em
quãto Bal-thazarviamoueraquclIaformidauelmaõ,cadaktraqre formauana paredeerahua fufpêraõ,emq
lhepunhão
aalmaragoraqDaniel explicouos charaftercs
)àfabc
que
firmouaqueliapenasêtêçacõtra fua vida,& atormenta
tãtomais aincertezadehua fufpéfaõ,do
q
ainda ainfal-ibilidadeda morte,
&aperdadcbiiRevno,
q quando
Balthazarduuida
do
Rcyno,5c da vida,éntaó tremej Ócquando
eftácertode perdervida,&
Reyno,nãopafma.
Tão
rigurofapena hevacill3r,quemaiso
moleftou hualuípefaduuida,do
q o
maior danocerto.Ea razãoo
pe-deaffi.Porqqueeftácerto,paJecehu fó
m
J,qheode4
tecerteza;qué vacilla,padece
quãtos malcsaimaginação huremen^telhereprefentaj^
como
o
imaginar rc)ahúa paixãoviua, qauifaatodasasrazoes
do
fentimeto, huacrpojadetriftcz.is,qanda a chupar pezares,clarocfta
q
mau
hão de martyrizaros nvílcsduuidofos da
imagi-naçao,doq
o
maior malcercolurealidade.Pois paraqas
'
9
Partesefcufemcftaspenórasdiiuidas,& molcítas
fufpc-çoês,faibalogoolitigantede fcu lucro,
ou
de fua perdi?}entendalogo
o
delinquente fe hade padecero
caftigo^^ou
liarardapena,paraque
hu,&
outtonacerrczadeíeuí
malou
defeubem,deponha
astrabalhofas âfflicçocsdehua
duuida.Que
por liurar aosApoftolosde fufpenfascfperanças,apceírouo
Amor
diuinotantoos paíros,quccom
fercfperado,parcccorcpentinOj/Z/z^ífri/^rí/^ADíjfcrúu lmgu£
u^qudm
/j;?/x,Appareceoo
Spiritu*Sãaoemlingoascomodefogo.Nãoerãolingoasdefo-
;go,fenão
como
defogo: tinhãode luza realidade,&
defogofóasapparccias.O
q
eftrcmadodocunictoçfteparaa luftiçal
Náo
hadefer alingoadehúlulgador, aindaquãdo
fulmina mortaes fentêças,lingoadefogo,q
abra-aejtãotêperadohadeir
o
rigorcõabrãdura,^fónasap*parecias leue
o
caftigoinclemêciasdefogo.Nao he bêq
íèjjvulgar a piedade,porqtãtacrueldadeheperdoaato- \
4os,comç^nãoperdoara ningue:
mas
hc bêq
os rigoresda
juftiçá fetemperem
cõa fuauidadc damiferieordia;-
Là
vioIfaiasleuãtarfebRcyno
dcGhrlfto^á maneira «.
,
•
àc
hm
v^rxEgredieturvirgaderadicelej^^^^^^^^'^
diuifouaopèhuabellaúot^&fiosderadrceejusafcendeK
*
j|
Para
q
afuauidadcdaflormitigaífeadurezada vararquctratardeferirfómête
como
varàjfsêattêderaxõfolar co-*inoflor,maisheimpiedade
de
tyrãno^qintcirezadejuf-to.Fira
embora
avaraquãdo
heneceflano,masíkitãofctãbêaobaterfloresqrecreé,& nãOítóaíperezasqimolc-s
íècj.qhurigarmodificadoentre brãduras,
hetodo
o
pri*rnor da jufti'çn.Q2.ãdoDeosdeceoaintimarosmerecidiâá
caftigosaopouoHebreo,notou
o
Propheta Ez^eixhLcl^4
dacintura^AXàbúxodefpediaabrafadoraschamas;
Ab
^^f-j
aJfeCímlubortí
ejus^
deorstíignisynaasqda
ciamra^paraciMX
fÊ/tmm
M
í>10
ItaThe ç-^^^kfpirilta^vifaçlbTrerca: ^Itíhis
ej-us,t^^fí4ysHqmJt
GuGjion.
fJj,eãusauYíg.My^QxioÇ^cò^oÇic^o p-rccrtr/Tata vira
çã:ôcD tãta chamartãto calordeinccciiocõtãro
rcfrige-tiodear^AffimodcraDcosiOSrigorcsrdefua juíliça
côa
benignidade de fua mifericordia.NomcfmotêpOjq
ar-roja chamas juftiçofo, refrefca viraçõesbenigno, paraõ
afreíciíradoar mitigueos ardoresdoincêndio.
Que
di-uino mododecaftigar!
Ar,&
fogGjfogoparaotormen-.^to,Jarpara
o
aliuio.Por
iíToDauiddizia,queDeos
tòr-P/r34 nauaòsrayos
em
chuva:Fulguram
pluuiamfecit.Que
víojámaisrayos desfazerfe
cm
agoa?Quem
viojàmaiscorifcòsdeíataríe
em
orualho^Mas
faõ rayos deDeos
íuítiçoformas faÔcorifcos
do
íoberano Reyindignadò:que
de tal maneira inifturaaíperezascom
piedades,q
a
mcfma
chama do
rayotraz comfigoo
refrigériodaá-goa•,
&
o
mcfmo
ardordo
dorifcoa frefeurado
orua-Iho.líãoarrcmcila íconftjmidóres rayos
íem
chuua,quclhesmortifiquea cfaatna :
não
defpcdeacezoscorifcosfemorualhovqiielhesdiminua
o
calor. r^
Aflif
roccdeiièsiafligosàluftiçadoCeo
: aflipra-cedaiK»caftigbs a Itífti^ada terra
vE
paraque
mais fa*cilraente vnapiedades
com
rigoi-cs^eiatremnosTribu-nais os
lulgadorescomp que
faõpor dignidade,&
cõ^©
queíaõpornaturezàiOsluigadoresfaôxímhfiacoma
cfrcprnaçio poiâtica^E^ofcSr
&
tempBsrpbr
digmda^dcíiõhuias
como
Deofcs naterra:^.go dixi: Dtfejítsvoy^Poríiaturezafaõ
homens
como
os demais^ Poiseoai^tud^iíTo, com.adignidadc,
&coma
naturezaveqnpaDtofcs,
&
como
homens,
combihomens
diuinoé, &;como
liccíès-humanos
affiílião ás acçocns de juizo^••ijrí pata
qoeaèumanidadedo
fer, modifique a inteireza^.V»iV.da dignidade .ij[ão
deponha©
aigualdadedehumanos,
parafc réueílircm fódá fobetània dèdiuíiiosv' qtícpard
julgar
hòmens,não
rerupmdiuiadadffS!9idcon>4a:$>Qc«>4fes-humanadosfi, . i-: :^ri'ju'>i í^^ioí^-úí
i nr^
'^o'Uh'1
O
PadreEterno,diz.Cbrifto_itt5o jiiíg^aiiinguS^tna^todo
o
poderdejiilgaroòmeteo
ax)/í\\ho-:Faf€rmnJf^f^^^^'f*dicatquemquamjfedomnejíédiciumdeditFilio,
E
porq uçnãò
tomou o
Pay
para fio officio dejulgador;porque
odeu
íiSmemcaaiFilhoíQm£6ívQSeafeac.o4i55;v;t%/i^FUimhomimsefL
fót^\XQ,Q^Í^^d
: í)Filho;he juntamjentC'I>eos,, &ihcxmcrá,
&
hurrtcom-^pQftahpmem
DcfíSíhumDeos
bttoaitoto^heSc^qu^e^ie»ttxju^rcíxacajulgachomesvíJffo^pQrqw
»Âí divinie
vinum
i^homirnsm^xum
ifiimderesmfy^:feéVeUf^ hMmmmtAtisfuuoin UMtramfi^fi)mífc^retunEefpbnd^^^^"^^bum
eugenhoí^^grânitedaCompanhia.
íEmrcgafèçjulai^í"^**.*^
honiensahíurKDeoshumanado
í para(ps^temtrv
^J^^rIkançado.^fcr
humano
tempere áindi^açãi)do
fcTidfe-fc/^^'*
uieo;.^
deratmodapròcedaacicaíligocomoDeos
jufeíit^
que propendatan^beJmk
picdadiccqmô
hòmeniciõwpaffiiio;. AiSftSo poisKOs luizcs
n^
Deo&s,&
comohomerisynãodifploafu^
maáffos,qaiefaõ pocnatureza^poí:
fiiimoftEarem:;lomen-tedimnos^qúèíàõpordignikiade^ajuHtemhuaj& outra
ccmfa^iqkie logO'a)aftárãoíbueri4adcsi GOm,brand-upag,^>
ComoDeofcs
decretarãojuftos,como
homens
com-p
Ad^Ecrfebãôpiadofas:ádl^iidadeísrsieuaráa®^raftigo, anaturezalhespepfuadàrà aíbcnignldàde:que
fuftanciad€.luzes,:&fóáccidemès dcifogòlhesáxzoaielha^oainoti
lPtc{hàcntQ:Bifpertít£4i?ígU£
taff^mmf^
' (' h 'if^A/^í^riApparecècãomuitaslingoas,
&
affentoufe.Quem
naoreparaneftacampofição depalauras>Appa-cdôctaôlingoasi&affentoufctEaffentarãofej^aiEcce
qíe
?-^
A
6
hauia
r"
lÊmm
&»,I.
Gen.i.
hauiadcdizcr.Orabcm
ditoeftá: porque feefteAmor
íbberanoveyo^inftt?uir aslafti(^asda tcrra,aindaqne as
lingoas
cm
que
appareceo erãomuitas^liauiafededizerque
fcaffentou,&
naoque
fcafiintárão; porquenos Tribunaesaindaqueícjãomuitosos lalgidorcs, aindaque
aslingoasfcjãon\uiusydsfpertit£língua, dcuecom
tudofer huaaacção, huaavoz,
&
hum
o
aíTemo: Se»rfí/^^ít^.Namefmaicdaçâo
do
tnundopraticouDeos
cf*taimpcírtantepolitica; Jnprincipio iudices creauitcfflti^
^terram.Attilè
o
Hebrco,&
vem
adtzçraffi:noprin-cipiopsJtiizescriou.
Os
luizcs criou>peregrinagrama-ticar! SçVerâo^iiimitíososíàgcmcs^Iudices:
como
fingulafâ á^cção^rrí-zí/íi/íOu ft fingukrizeoagcnte,poisícíín*
gulariza^aacção5
ou
fe multiplique aacção, poisfeiBultipUcão osagentes;mas
com
operação vnicaagen-tesmuitos >
E
cpm
muitoacerto ;Não
entrarão q^ç%agemès
a obrarcomo
luizes, Iudices? poiscohercn-tementehauia de feraoperação hua, creauií^
que hc
timbre deluizcsperfeitos, aindaqueíe multipliquem
nas peífoas
>
fingularizaríe na/acçãocííio
íehão de
dkicrfificar nas
oper^oéns
de lulgadòres, afficomo
fe diucrfificaõ
nojmjmero
:no
numero
feíaõem-bora muitosy
o
obrarha de íervnicò .Haõ
decon-cordar
no
que
affcntaõ^ aindaqticiía&cOJicocdiemino''-,
Quando
Deos
dcfterrôuaAdam
doparaizo,pozcm
fua guardamuitos etierubins,coh30
querem
todos os cxpoíkorcsfundadosnaforçada itngoaHcbrea
,^a
todos
armou
cotnhúacfpada . Collo^éamt anteparjuti'fam
Cherubim M^
fiammeum
gUdium
adçuHaàiendam'viamlígmvtt£ .
E
aque fim íe affinala hCia fócfpada^5
de armas, aindahua cfpadahc fuperfliia;
&
fencccí-fitaõdearmasos Cheriibins,como
fc dà para tantoshuaefpâda >
Que
querdizer osChcrubins muitos,&
aefpâdavnica>
Q£e
querdizer>Eu
o
direi .A
efpadaheafentcnça,quc lefulminoucontra
Adam,como
querKupcno:giadíUífe^fentia ejí:os Cherubinsfaõos
lui-zcs executores deíTafentença5
&
como
osChcrubinsfcjaõos luizcs,
&
a efpada fejaa fentença, armãofèmuitos Chcrubins
com
amefma
efpada,porquefede-uem
vnirnamefma
fentença muitosluizes.VariosMi-uiftrosde fualuftiça deftina
Deos;Chernbim:mas
ato-dos entregahúâf6Qfpzda]flammeumgiadíum:pzrâ
mof-trar, que fc
dcuem
conformar tanto entre fi oslulga-^ores,qucaindaquefediftingaõ
no
fcr,feidentifiquemtiofemcnciar.
Tad
concordes haõ dej-ulgar,que
fcajuftc cada
hum
,quando
he juftocomo
fentimcntode
todos,&
todoscom
o
decadahum,
paraquedeliaconformidadedcjuizes fayaarefolução taõhíia,
que
fendo vários a refoluer , pareça
que não
rcfoluemvários.
E
amefma
razão,ameu
vcrjdíta eftaconformidade.Pergunto; os lulgadores porque faõlulgadoresí pcilo
que
fstôporfua peífoa,ou
pelloque faõ porfeuoíB-cic?
He
certc,qiiepelíoquefaõ porfeaoíBcío,porqucoofficiOr &n3oápeíroaosconftituclulgadores. AífiJ
poisfe
o
officioheo
mefmo,porque^nãohadeferade-terminaçãoa
mefmaf
Seo
officiohchúem
todos,por-<j4ieha deftr
o
parererem
cada qualvario 5 í^deptialofuéc&raosAmorrcos,&r
quando
começaua
adeck-rarfeporfuaparteotriõpho, hia jà
o
So^enfibiãdoíliasluzes,&vedo
o
gencròío Capitão,qassobrashauiaode
fcíaóinimigo refMgicyOrdenou aoSol^paraíTcjóc
aLua
mmÊmmmm
lofué,
10.
r^4
contTAvMem
AUlon. Efcufada detençaada Lua. Sco
intento todo de loíúeera dilatar
o
dia paraconfumar
viaofias,a quefira
manda
pararaLuaíALua
nãofaz6
dia,o Solfi:poisfclhe baftaua
o
Sol detido,paraque
fo-licitaaLua parada? Porque nãoparara
o
SoI,fenáo
pa-ráraa Lua, refpondeAbblenfe:
^UeamoUcredebai
fHouendfimSQlemMm:vc\7iSporquenão.
parara
o
Sol,fewnaopararaa
Lua>
O
Solnão heplaneta diuerfoíNão
rcfiJc
em
difFcrcntc esfera?Pois porque fenão deteriao
Sol,ainda
que
nãofc detiuefle aLjLia>Porqu,c>porquetSambos
o
mefmo.officiodeprefidirao.m
undo,&
como
cm
ambos
hcoofficioo mefmo,
poriflbaacçãohauiai deferamefma
em
ambos.Parapararo
So],nãofchauiè demoucr
aLua;5camouerfe aLua^nãohauiadeparac
o
Sol:
que
como
tem;bum>
&
outro^mefma
jurdiçãòfobre
o mundo,tem
o
mefníoparecer acerca
do
mun.
do
hum,&
outro. Poisfeo
poder hço mefmo, fehea
mcfmpofficionosjulgadores, porque; não
ha
defera:refolução a
mefma>
Identifiquemfenofentcncear,afli
comofe
idcntíficãono
prefidir,O
SoJ,& aLua
faópla-netas diuerfos,
&
com
tudonãofegucm no
obrara nar.
tureza
cm
quefediftingnem, fenãoajurdição
em
que
fc
unem.
SejãposJulgadoresdiífere^ntíssno
fer,dèuemcom
tudo fero
mefmo
no
julgar, porqueasacçoensde
juízonão
feguem
ofercmquefaõ
diuerfos, fenãoo:
officioemquefaõomefmo.
: ; úivj
Ouuipara
ultimaconfirmaçãodo que
áitttí^thátp coufagrande.De
dousmodos
feconfiderãona Theõlo.;{gia as Peífoas diuinas
;
ou
feconfiderãoporordem
afi,«
quevalomefmo,quc/í^/>?/r^; oufe confiderão
poroc-,
dcm
ás criaturas,que
valomeímo^que^^^Ar/r^.Emí
ili'iiil.ílÍÉIHll
15
qnântoasPciroasdiuinasfeconfKicilíopor
ordem
aíi,não
íeuncm
nasoperaçoen?; porqueo
Piy gèn, ôc neo
Filho, nemoSpiritu-Sanâ:ogèrão:c P.iy, 5co Filho íph-ão,&aterceiraPcíToanãofpira .Tanto
queasPef-íbas diuinasfeconfiderão por
ordem
àscriaturas, logofeuncm
nas acçoensjporquepellamefma
acção crião» pella meírna acção conferuão , pcllamefma
acçãogo-«ernãoo
mundo
todastrês.De
íorte,que
porordem
afiobrão asPeíToascomodiftinftasj
porem
porordem
ao
mundo
não obrãocomo
diftindas as PcíToas.Que
perfeitaidcadeMiniftros pwblicos! por
ordem
aíipro-ceda cada qual
como
diuerfo5mas
porordem
aogo-uerno proccdãotodos
como
feforãoo meAno.
Não
fcatecada
hum
afeuparecerno
que toca ao regimentodos pouos,queiflbferianãoaitenderaospouos,fenão a
ÍI: unaõfe todos
conformemente no que
fc julgarme-lhor, queiíTohenãofercfpeitarafi, íenão aos pouos.
Ainda
não^ftàditotudo.EporquerazãotemasPeflbaspor
ordem
afíòperaçoensparticulares,&
porqnerazãonão
tem
asPeflbas porordem
aomundo
particulares^acçoens.A razãoaltiffi
ma
heeíla.Asòperaçoensadm'
ira
feguem
apeflbajque
poriíToo
Filho,&
o
SpirituSanâo
nãogérãó,porqueiíloque he
gèràracompanha*o
ferPay,As
acçoensadextrafeguem
a Omnipotêcíarque
por iíjíboPay,&
oFilhov^^o
Spima-Sandogó*
uem.ão
com
abfolutodomínio
aomundo,
porque faõDcos
Omnipotente
:&
como
asòperaçoens^^^//«/r^Cgãoa
pefíbacm
que
fe dtftínguem ,temasPeflbasporordem
a ÍIòperaçoensparticulares: Sccomo
asacçoensadextra íigao
o poderem
que
feidcntificãOrnaotem
asPeflbas por
ordemao
mundo
particularesacçoens.Ef-teexcmpíar diuinoimitemos
iylJniílroshumanos^Sup-•iifcM pofto
mim
é
podo
queas acçocas de lufliça,fegiiemo
officlo,&
ò^poder
em
quefaõo
niefmo,&
nãoapcíToacm
qnefaó' diíFcrenteSjfcjia|acçãohua
em
todoscomo
he
o
officio,&
nãodiucrfacm
cadaqualcomo
hea peíToa. Opera-çociis particularesconuem
quando
muitoaosMiniftros fóporordem
a fi,porque fóporordem
afi faõasopera-çoenspropriedade dapeflba :
mas
em
entrando nadi-recçãoáa Republica,[não haõ determais
que
huaac-ção,porque obrão
em
quãtotem
o
mefmo
poder.Não
doutramaneira, [que aslingoas
em
qucdeceo o
Amor
diuinoPrefidcnteí'quecom
feremmuitasno numero,
MJperfiuItngudicomtudo
como
eraõo
mefmo
íio offi* ciode arder, tanqaamigms; forãotambém
íiaacçaõo
mzÇmOyfeditque.
SHpraJingulos ecrum.
DeccooSpiritu-Sanao
fobrccada
hum
dos Apoftolos .Naõ
communicau
\fauorcs
fomente a huns,
com
todos repartio igualmente fuásgraças:que
quem
vinhaa inftruir juftiças,naõhauiadc fomentardefigualdadesjporquedcfigualdades,&
jufti-çafaõcoufas,
que
repugnaõentrefi.A
varadaluftiçaha
de fer igual:nos fauores toda paracada
hum:
noscafti-gos a
mefmapara
todos;que
leuarhunstodaabrandu-ra,
&
outroso
rigortodo, iíTohefervaradeinjuftiça. AíTicomo
fehahum homem
que
voltea fobrehuama-romã,
que
paranaõ
caír,todo feu cuidadopõem
en^naõ
incHnar maisahum
lado,queaoutro, fcnaólibrarigualmente
em
ambas
asmaõs
avaradeque
íèvai: aífife
haõdehauernos
TribunaesòsJulgadores, diz aelo-^ê,Gre<r quenciaGrega de Nazianzeno: avaradajuftiça igual
^^j^/* na
maõ,&
naõ propendermaisparahuns,que
paraou-tros,fenaõrepartir
com
todoso
affcdo,&alcançarcõ aíbucridadcatodos»
^
MandóuTDcos
à Moyfcs,que
fubiíTcaomonte
Ne^
bo,&
q
alU morrefle: Afcendeinmontem, é-morere inVeuter.monte.Swhio
Moyfes,& morreoimoitocUedizo
texto^p,
qo
veioDeos
enterrarem
\\xx\ú\c:Sej;elmtminvalle^
.terray^á'4Í'.Reparo:fe
o manda
morrer ao monte,para^
-que o
vem
enterrarno
valle>E
feo
queria enterrarno
^^*valle, paraque
o mandaua
morrerno
monte?Ou
o
fe-pulteDeos
no monte onde
morre Moyíes,ou morra
Moyfes no
valleonde
o
fepultaDeos:mas
a morteno
monte,&
a fepulturano
valleí Si,q
hcDeos
muitojuf-to,& muito igual
A
montes,&
a valleshonrauaDeos
côasglorias de
Moyfes
em
vida, porq nãofóo
monte
onde
as recebeo,mastambém
o
valleonde
as manifef-tou,vioaMoyfes
cercado de fermofasluzes : Cumc^uèdefcenderetde monte^ ignorãbaíquodcomuta
ept
fácies^^^^
ffíaexcanfortio Sermonis Domini. AíTi? poisfintao tam- ^^^
bem
valles,&montes
as triftezasdeMoyfes
cm
mor-te.
Ne
asgloriasfó parao
monte,nem
fó parao
valleaspenas. Sepultar a
Moyfes no
monte onde
morre,erafi-carovalle
com
as ditas,lem
lhealcançarem os danosrmorrer Msyfcs
no
valleonde
o
fepultão,eraficaro
mo-te
com
asluzesfem
lhealcançarem oslutos;&
nSofaa;Deos
eíTasinjuftiças.Monte,ác valleparticipemrefpU-doresde Moyfesviuo,valle,&
monte
chorefcntimcn-tosde
Moyfes
morto.Chore
o
monte
a morte deque
o
cnnobreceona vida,lamentco
vallefepultadoaquem
o
authorizòuluzido. Eis aquiaigualdadecom
q
Deos
procedernemasbeneuolenciastodasahqa partenem
osrigores todosaoutra;atodasas partesabeneuolen-cia,ôc
o
rigoratodasaspartes. AíTiprocedãotanííbêos
que tem o
nome
dejuftòs nomunda.
Nem
todo ofa^uorpara
a
monte
leuantado>nêtodaa fcucrid^le paraO
valk
^gmmmm
18
o
vallchumilde: cxpcrimcnae o.-vallc ao lulgadortãobcneuolo
como
o monte,&
fintao monte
aolulgador tãofcuerocomo
o
valle.Imitem
as obiigaçoenspoliticas dos Tribunaesao
génio natural
do
Cco.Quando
no
Ceo
amanhece
o
Sol,atodos aquenta: quançloo
Ceo
choueatodosmo.
lha.
Não
lança parahua parte a luz,¶ outra atem-peftadc;as
mefmas
partesque
illuftroucom
rayos, op.prime
quando
he neceíTariccom
atormenta.E
neftaigualdade
com
que o
Ceo
defpepdc luzes,&
repar-tefombrasconfifteacompoftura
do
Vniueríb;tãtoaíli,que
feo
Ceo
alterafleeftaigual conformidade, logo fcdefcomporia
o
mundo,
&
fenaodigaoo
fucceflbdelo-fué.Quandoo
Sol,& aLua
pararãoaos imperiofos gri-tos deílevalente Capiíão,que vos pareceque
fuccedeono mundo? Os
viuentesportodas aquellasdoze horasnão
crefccrão: ageração,&
corrupção dascoufas, deque
depende conícruarfeoVniuerfo.ceflbu: os Antí-podasaflbmbrauãofecom
tão compridanoite ; osdecima
pafmauãocom
tãoprolongado dia:aquellesfuf-pirauaopella luz,cfteschorauãopellas treuas: hús ima-ginauãoquejàpara eliesnãohauia
o
defcanço danoite,outroscuidauão
que
jà para elles feacabaraaalegriado
dia.Emfim
em
hum,
&
outrocmisfcriotudo erãopaí^mós, tudo defordens, tudoconfqfoens. Poisvalhamc Deos,
quem
defgoucrnòuaífio
Vniuerfo>quem
con*fundio aífi
o
mundoí
Dondç
tantaperturbação^Donde
tanta dcfcompoíluraí
Dondc>
o mefmotextoo
diííe:- SteteruntqueSol^ ér
Luna
donecvlcifcereturfegens de^** ^* inimkis
juis.Pararão
o
Sol,& aLua
cm
quantoosHc-breos
tomauão
vingança defeus inimigofj ôcem
hua Kcpublicaonde
dous Miniílros,qucforão cleitospara- ....-i»^,'iiaftiwg^iciq:':brrt..'i)r'.a»ii. ,>>i »-
*-^9
acodlrcom
fuás luzes atodos . affiítcmáhu^
pouo
particular
com
fuaslu2es:emhummunclo,ondeo
Sol,&
aLua defpendem
os refplandorcsparahuns,ôc^dei-xão
em
efcuridadesaosoutros;que hauiadeacontecer;fcnâodefordensíQuchauiadeacontecer,íenão
pertur-baçocns> Particularizar
o
Cco
fauores : lançara huaparte todasas luzes,& cpprimirasdemais
com
rodasastreuas,he
defcompor o
Vniuerfo.Leuem
todas aslu-zes,&
leuem
todas astreuas,que
neílasigualdadescõ-fifteafuaucdifpofíção
do
mundo,!
eftascomo
tloim-portantcs aobomgoucrno,aconfclha
o
AmorPrcfídê-teaosfeusIuizes,para
que
como
planetas politícosdosEftadosrepartãobeneuolosatodasas partesfuás luzes,
Suprajíngulos eorum.
Arèqui
ponderamos o que
fezeftcAmor
foberano:agora
ponderemos
d
que nãofez , Naqucllcgíoriòfoajuntamentoeftaua a
Virgem
, que eraMãy
deDeos,cftauaS.Pedro,quceracabeça doApoftoladorpoís
per-gunto, porque
nãodcce o
Spiritudiusno primeirofo-brcaSenhoraJogo
fobrcPedro,& defpois febreosde-inaisApoftolos conforme aprecedência ,
que
tinhaõcmrefi?
Ande
embora
igualno
beneficiojporém
ref-pciteá excellencía daspeífoasna repartição.NãofaziffoeíkSpiritúdiuíno, fobre todosdecc ao
mefmo
tempo
íem
attenderavcntagensparticularesde ninguém, paracníinaraoslulgadores, quçfujãode attendera rcípci-tos,como de deftrniçãototalda juftiçaiporquea juftiça
dependetoda da razão, ícnão vaI arazãoondeçntrão
refpeitos,
Prefentado Chriflo ante Pilatos, tirouelle
astcííc-niunhas,examinouasaccufaGoens,.& feitasas
Uatth,
20
Egonullafnintíenloineocaufam . Iiiftãoos Efcribas,
&
Farizeos,
que
viffcoqnefazia, porqueliurar a Chriftoeracnemiftarfe
com
Ccfar.iT/hum
drmhtis^nonéi»nmi^€us Cefans.lE.
demandando no
tribunaldePilatos aver-dade da razãopor Chrifto,
&
o
refpcitode Cefar con*traChrifto,qualpòdcmaisíarazãOrOu
o
rerpeito?0fuc-ccflb
O
dirá:Tum
tradiditeisillum,vtcrucifigeretur.
Mais
pôde o
refpeito^quearazão.-entrcgoufc Chrifto àmorte,
como
rcgucriao
refpeito:&
nãofeconfcrua aChriftoa vida,comoaconfelhauaa razão.
A
razãodi-2ia,quefe cíc/Tciiberdadc a Chrifto,
&
não feliurou:o
refpeitodi2Í3,qUcTe condenafleChriftoahua Cruz,
&
taottzo\Tfinc
tradMt
eisillum,vtcrucifigeretur.Tanto
comoiftoprcjudicão refpeitosna juftiça.E
paraque
eftes fc dcfterrem totalmentedosjuizos,quifcractinos Julgadores húa ignorância. Ignorância
cm
Iulgadores>G,com todaafcienciaquehcbem,quc
tenhão paraadeciíaõ dascaufas, hãodeterignorância
daspcflbaspara a inteirezadaluftiça.
Conheça o
luizosméritosda caufa,mas ignore as calidades daspeflba^
Saiba
o que
julga,não íaibadequeitijulga.Não
pareça doutrina paradoxa, porque he arbítriopraticado pellofuprcmo
luiz Chrifto.Refidcnciou Chriftodaquellas celebres dezVirgês,
&
dandofentençapcllas finco prudêtes, quekgo
apof-fou
do
Rcyno
do
Ceo^deixouforadeliedeftinadas aostormentoseternosasfinco loucas,
&
inflandocilas ape-dirmifericordia,Hicsrefpondeofcucramcntco Senhor,
que
asnãoqov\\íç,<í\^:Amen
dicovohis^nefeiovos^Pare-cena verdadc,quefeimplica Chriftoncftispalauras.Sc
Chriftohe
Dcosjcomo
he poffiucl quefeocculte aícu conhecimentocoufaalgúa > Ignorância^&
diuindadc21
rôafc
comfadcccm
Jmitâs : íieg^f.de íique
hc Deos^,quê confeíTa deíiqueignora,Poisfe Chrifto he Dcos,, que tudo conhece,
como
diz,quenão conheceas lout) czsiNefciovos\He
entre os Expofitorc^fingular àdiffi-.culdadc:
mas
fuppoftoo que
temos dijo^ pareceoie ^,mim
que deftavezhaucmos
dedarára^a
Vercfadehq
que
ChriftocomoDeos
conhecia muitobem
asloucas,mas
como
ncftaoccafiaôera luiz, affife hacomo
feasnãoconhecera:iNr^/f/<?vosy porque
o
luiz re£to aitendeàscaufas
que
julga, dçdefatende àspeííoasdequêjul-ga.
Quanto
aos olhoshumanos
muitoimplica cfiaig-»norancia
em
Chrifto;porêfe implicaem
ChriftoDeos,nãoimplica
em
Chrifto Iuiz:em ChriftoDeos
foraim-perfeiçãoignorar asloucas ,
&
porifíbcomo
Deos
asconhecia:em Chrifto luizhetimbre defconhecelas,
&
poriflbcomo
luizas igncraua . Sabiaquea caufadasnefciâs mereciacondenação5
porém
defconhecia asmcfmas
ncfciasque
condenaua.Todo
o
cuidado def-^tas imprudentes Virgens era,
que
Chrifto attemaffç aquem
ellasQi2iO\DomineyDomineaferi^^^/J.Senhorabri-nosanòs: ainda
que
conforme noflacauíamerecemos
ferreprouadas,com tudo vede que
fomos
nòs, reuogaia fentençajôc abrinos
o
Qç.o\Aferimbis,yi%% o^^p^^otfaluoua reftidãode fuajuftiçana ignorânciade
quem
cilas eião;
Ne
feiovos%m.o vos conheço.Como
fe diííej:|o
Senhorfallandoaomodo
humano
, Pedifmeque
ref-peiteavcffas pefíbas> pois entendei
que
nãoconheço
quem
Cols,9ze/ciâvaszmo
fcife foisnobres,íe plcbeas:fcfcrmofas, íc feas: fe ricas, fe pobres: fei
o que
mereceisparaojuizo, não fci
quem
fois parao
refpeito:Nefm
'i/os.B fte
di&ame
íegueo
luizdo Geo:
eftedidamc
fi^gão
os luizesdateria. Proccdãoconaofabiosaoçxamc
dás caufas^Sc pÒrtctníScfemòignorantes para
òconhc-oimctodas pefíbaS."Íáibão Teha mcritopara
o
fauor,ou deméritoparao
caftigo: naofaibão aquê fauorccê,ou
a
quem
caftigão: paraque
com
aignorânciadosjulga-doseuiten:!adefordcmde rcfpediuos.Bemaffi
como
o
Amor
diuitió^^fèmattêtideràpriuilegiòsparticulares,como
fetrataráfódemerecimentosparao
premio,&
dcfconhecèrapeffbaspara
o
rerpeito, deceoaomefmo
tempo
fobretodosaqucilesventurofos congregados.Iftòhc
o
que deuéfazera luftiça:vejamosbreueme-tèo que nâo deue hztttHocejíaut€mjudícmm,'^^t he
o
juizo
do
muiidojdiííe ChriftoaNicodcmos.E
qtalSe-íarfW,j# niior^ fS^^^^^^venit ihmundu, á"àilexerunt homines
fn^gisteneètas^qualuce,QuQveyoaluzaferjulgadados
homcs,&
antepuzerãooshomês
astreuas àluz.Hamaisinjuftafentença>
A
luzmenos
eftimada, queastreuasíDonde
nacco,que
homens
com
razãojulgaíTcm tioir-racionalmentcf
Dondet
De
três grandes errosquefccometerãoneftejuizo:arrojamcnto,cegueira,& parda--lidade.Vamolos vendo.
Femt
luxinmundum^é*
dilexerunthomines magiste*nehras,^ua?nlucem.Enttou aluz
no
juizodoshomês,&
fcntencearãoos
homês
pellas treuascontraa luz.Ha
talpreffaíHatalarrojamento^Queefcaçamentefeprefcntc
a luz,para
qa
)n\^\xt:Venitluxm
mu^dum^quândo
logofevécõdenada; Etddexerúthomines magistenehras^qtio,
lucê)Affifecondena húaluz>
Mas
por iííoaluz fecóde-najporqfecõdGnaaíTi.Se os
homês
cófideráilo deuagar por húaparte a féFmófara,&vtilidadeda luztporoutraafealdade,6cmalesdastreuas, nuncajulgarão astreuas
pormelhores,que aluz,mas
como
nãoouue
mais,quc appareceraluzíiotúbmiSíbFms
luxinmfénduyôajarcmr^oshomêsrafenteticeaUtcmerâri«s,cond€noufç
aluz.E^dilexeruplmagfs tenehras^quamluçem^c\\xtjuir^
zosprccepitados
como
fcntenceãocom
poucaluz,reii«tcnccãoordinanamentçccniccaas luzes. . ;! :;: «ít
y
r^;^//Vluxmmundumyxifo^,
luriíaferjulgada,^ha^vendo
de votaro
entendimento,votouavontade:£r^/»/^A-^r^^^/.E efte foi
o
fegundoeriQ.Sabéporquealuzfa-hio condenadancfteji^Lzc^ Porqifol luiz a vontade,&• nãoarazão.Que
hadç
jfazerh&açfga,fenãojulgarás ce^rga>>Eondeosluizosíefazêàjsjcegas,qmuitQjqfeeftimê treuas,& fedcícftimé
luzcs.AvõtadecomOnão
têolhosnú
caachao q
ha,fenãoo q
querj&
affi fequerfauore-cei?,açharàméritosn^Mm9^vSk<\}x^t coiidenar,achafá
faltasnaJuz.^jfíDHiiv CíijpíiinqJ^
Vilexeruntmagis: araaraomais- Eis aqui
o
terceirocrrodep:e juizo.Nãopropondérãoos Julgadores
igual-mêteaffciçoadospara
ambas
as partes^inclinarãofcmaisa h.m:DiUxerunt
magh
tenebras-^&
aparcialidades,q
fchauiade feguir,fenão
fem
razoens>Ondc haamar
mais, asmefmas
trcuasfaõmaisfermofas,q
a luz:onde
haa-mar
mcnos,amçfma^luz bemais fea^q as trcuas:E
porq ncfteTribunalUbuue
arrojam^oào
refoider.cegueirano
votar,ôc percialidadenofauorecer,poriífotudofo-rão defacertosnefte Tribunal:5rafiihauiadeferpara fc
condenarem
luzes, quefó arrojados, cegos,&
parciae^as
podem
condenar:&
efta he aconfolação que fica áluz defeftimada, q a não defeftime, fcnão que vota c5
pouca
madurezâ,qu5julgacomo
qucr,&quê
ama
mais.Temos
acabadoo
Sermão,&
fenãomeenganoaíTia
fefta.comoodiainfluirão fuíEciêtemêtcnadirecçãoda
juftiça,qfoitodanoíTaobrigação.
Conforme
otextodaifefta, para fera juftiça perfeita, hadeauernos
Julgado-rcsjdefatederarefpeitos,tratârigualmêteaspartes, sete.
«
MM
24
com
cencordia,punircom
moderação,defpacharcom
prcfla : ôcfaõ osacertos
que
arbitrouo
Amor
diuino/eonformc o
textodo
diafaranãoferajuftiçaimperfei-ta, não ha de auernósluizesfauorccèr
com
parcialida*dcvôtarcom
cegueira, reíbluercom
arrojamento:&
faõ oserrosdeque
acautelao
Amor
humano.
A
cautc*kdeftcs erros,
&
áprofecuçaó daquelks acertos pedia meuofficio , quecxhortafle [com efficaciaaquem
deptefente
tem
afeucargo àjuftiça;mas
porque feique
osacertos fepraticão
com
cuidado,&
os'errosfeeultãpcom
diligencia,não hc
bem
que
oíFendacom
exhorta-çoens^a
quem
deuo
engrandecercom
louuorcs.O
dí*nino
Amor
Prefidepteafliftacom
feu auxilio a tãoajuftado Tribunal,para
que
váauante:&
anòstodos
com
fuaigraça,comque
penhoremos
a glori*a.^/í«i:r P \j :iií\hi^'\\ <h
I.AVS DÉO.
A
ANTÓNIO
DE MENDOCA.
do
Concelho
deSnaMageftade,
ArcebiTpo
eleito
de
Braga,
Pri-mas
de
EípanhaXõrnííTario
orè-ralApoftolico
da
Bulia
da
Santa
Cruzada,
neftesReynos
dePor-tugaljPreíidente
daMefa
daCô-ciência, êc
Ordens,
ôc
Sumi-Iher
da
cortina
do
dito
Senhor,ócc.
j
OMO
todasas coufas,por granJes" ']f((f^j3ojcliantede
ânimosgtnero"
losnunca p^ffaÕ da ejphera
deli-mitadas; mats parece
hua piquena oferta irreuerencia cometida con-trao^ acatamento deuido
afuajohe-.^..J. -j
f^>
''^"''^^do^uelífonjadehmnammo
St;
'/r"^'^''
^P^<^''^con.rd.J]eemmi
r%
''^'"'''^'^^-Scnlm.acpcurtdifcurfo
ffj^^omujdop.-n,ofa^erfLaoJordos
appLu/os, ^uelheaffl^urade feu trabalho
protec-jv?o Je
Ni
nome
,^
por nãomal
kgm
em
mi
^lenr^
nafeidosdefejos,quetenho dequeconheçao
mundo
pormeu
epfauor^
me
acreui aappellidallodondea yniaÕdafàngue
mo
pede por obrigação;^ alémdelialhe
of-fereçopor
amor
ipara quecom
ejletitulograngèe
ao-braocredito^ que
porfinãoalcançara;
®
yiua isenta decalumniofasobjecçoens^atribuindoejlepriuilegio ao
mparo
deV.Senhoria,<iueadejfende, cujapejfoa9