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SERMÃO QVE O PADRE LI S B O A. ANTÓNIO DE SAA DA COMPANHIA. DE lesy PREGOV Á IV STIC, na Sanóta Sé da Bahia. N^jprmekft Oitma dospiritu-*

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(1)
(2)
(3)

SERMÃO

QVE

O

PADRE

ANTÓNIO

DE

SAA

DA

COMPANHIA

DE

lESy

PREGOV

Á

IV

STIC,

A

na

Sanóta

da Bahia

N^jprmekft

Oitma

doSpiritu-*

LI

S

B

O

A.

'

tom

iodas às licençasnecej^ams*

Na

Òfficiíia

de

Henrique

Valente de

(4)

Ode

correieíleSermáo.LJíbo.

r.deJunhodeiící,

LmsAluarez.da

Axão eíie Sermão

í-„./«.../..

p;;;;2c;ff"'

cm

vintereis. Lisboa

(5)

úiV

I.

^AppaYuerunt difpertlulinguét

tanquam

tgnis.fedit

que

fuprafmgulos

eorum.

Aáorum.2.

Hocefiautejudtciu', quialux

Venitinmmduy&dik:

,

xerunt

hominesmagts tenebrasqualuce.

loaii.3.

O

Amor

diuino cÒfagrahojc

a luftiça

humana

efta prefen-te folemnidade . Neccffaria

he ,

queò

aduirtamos,pois

confiderada atentamente efta

'

acção, parece

que

implica,

que

tenhapor*principioa

luf-tiça,quandoteraport^fmo ao

Amor: ou

quetenha por

ter-mo

aoAmor,

quando tem

por

principio áluftiça.Amorprefidenteda Iuftiça>a luftiça

affiftida

do

Amoi>

Cuidaua cu,que nenhuâcòufa

con-fdrmaua

menos

com

aluftiça, que

o

Amor;

5t

o

noíTo

fegundõ

thema

affi

o

dizexpreflamente.Porquefe

bem

notarmos, todaarazão,ou todaa

fem

razão.porque

no

juizo

que

os

homens

fizerãoacercadastreuas,& daluz,

a luz fahiocondenada,ôc astreuas applaudidas,

foi

por-que

neflejuizoderão os

homens

ouuidosao

Amorj

di^

lexerunt

hommesi&c quando o

Amor

procede tão

erra-damente

nas refoluçoes,quecondena bellczasdejuz,& applaudefcaldadesdetreuas,nãoparece accrtado,que

à

luftiça prefida

o

Amor.

^

Ora

com

iftofereprefcntaraffi,

com

ter

o

Amor

tatá

cotrariedade

com

a Iuftiça,digocõtudo,

que

nosTribu-naesdaluftiçabcfepôdeadmittir

oAmor.Por

cftaparte

cftaoprimeirothema.DizoEuangdiftaS.Lucas,queo

A

^

(6)

Amordi-Amordiuinoquândo

veyofobrc oCoIlrgio

ArcfloU-co,qfeaírentára:J'^^//.0

Amor

aíTentadoHc

go

afí.Oc

co

mo

cm

tribunal

o

Amor.

A

confeqnencia nãote

menor

fiador,qS.Gregório, porrercomaellcdiz,apôftnra de

aHentadoprópriade

quê

julgai^S^^^í-rf^W/V^kiíf/?.Pois

íeoAmordiuinooftentasuthoridadcsdcIuiz,

nãohc

incõpatiuelaluftieacõoAmoríAmcsnealuftiçadiôri.

butiua,nêapunitiuafedeueexecutaríó pellos

didames

dafabedoriasêinteruêção

do

Amor.

PcllomenosaíTi

o

praticaofupremoIuizDeos.

Quãdo

o

EternoPaycõ.

fultou

o

beneficiodacriação , tãtoadmitionacôfulta

o

votodcfeu

Amor,

como

o

voto defua fabedoria,

qao

Fjlho,

&

aoSpiritu-

Sado

qucrê todos q cõfultaíTc

na-ێf> j ^^^^^^^ palauras:

Fammus

homineadima^yie, é-fmilP'

/W/^^;/^/;-^.

Quãdo

o

meíjmo Senhor dccco

adeuaíTar

de

Sodoma

para ícucafligo, trouxetambêporadjuíitos

labcdoria,ôr Amor,qatodostrcs emdisfarfe

dehuma-.^^«•i8. "^^^^orouAbrabão:/^/'//^r//^f »/eitrêsvirijiãtesprope

'

^^^-De

maneira,qnê

aosbenefícios,nêaos caftigospro

cede

Deos

sêouuir a feu

Amor.E

porqrazãoha de en-teruiroAmornarcparticãodosfauores,&ni execução doscaíligosíPorqcaftigar sêamorjicpalTaràlêde

jufto:

dar

fem

amc)r,he ficar àquêdeliberal:

no

primeirovay

muito

efcrupulofaa juftiça;

no

fegCido vay

pouco

a

iro-fa aliberalidade,&

nem

àjuftiçaeftão

bem

efciupulos,

nem

á liberalidade defares.

Mnistodaarazãcjporq ordinariametedefterrão

todos

dostribunaesao

Amor

, he porq

como

fe)ahu afFefto

cego, nê podevera quêhc juílo, qfe dèopremio, nêa

quêhe licito q fedèocafligo;& poriííbcafiigaràtalvez

bencmcritos,Óc premiaradclinquêtcs.Eftahea caufa to

taJ,porq

o^Amor

fc laça forados juizos.Logofehouucr

nu

amor,qvejamerecimeiítosparapremiar,

&

delidos pata

(7)

paraciuiiisbcmpoderácfte

amor

entrarnostríbunacs

.

Poisíiga

o amor

asluzcs

do

entendimêto,regulcfepellos arbítriosda razão,qlogoacertaráa repartirprémios,

&

a julgar culpas.AoSpirrtq-Sãdodeu

o

Eterno Payodef- ^^^[^•

pachodasmerccs:D^/í?rz«ií;^ír5.

Ao

mefrao encarregou v^'^

O

juizodaifííideiidadejqo

mudo

cometeo

cõtra

o

Ver- ^

bo

Encarnado: Arguet

mundu

depeccAto^quiano credide'

j^^^

tfítmme.líoisao

Amor

feentregaarepartição dospre- \^^

'

mios>

Ao

Amor

fe

encomêda o

exame

deculpas> Se he

Amor,como

hepofliueiqachccm ningue delitospara

punirí

E

como

hepoífiueljqnãoache

cm

todos méritos

para premiar^fehe

Amor? Como>Porq

hc

Amor

qfe

a-jufta muito cóa razão.O

ado

da vontade,

pcUo

qual

o

Spiritu-S.proccdeformalmêteAmor,regulafe detal

ma

neira pclloaflo

do

entêdimeto^q fóméte quer,

o

q o

en-têdimetoconheccr&AmortãocôformccõarazãoAmoi:

q

fó fabe'querer,o

q

arazãochegaa alcãçarjbepôdefer

admitido aodcfpachodasmercês,

&ao

juizo dasculpas:

porq

como

tãodifcretonê defconhecerà méritos para

o

premio^nêdiíTimularàculpas para

o

caftigo.Seja pois

o

Amor

humano

chama

entcdida,

&

cóterdcpédêcia da

võtadeparaarealidadedofer,depêdatodo

do

entêdimê-topara osacertos

do

obrar,ôc vote

embora

efte tal

Amor

nostribunaesdaIuftiça,q

como

tioderigidopeila razão

não

pôde

errar

como

cego,fenãoacertar

como

lince.If-tofpoftobê fedeixa ver,

q

não fe cõtrariaõde talforte

Amor,&

Iuíliça,qnãopoíTahaucrluftiça õdeha

Amor.

Eíe

os

empenhos doAmorpòdéeftar

côas intcirczasda

luftiça, nãohaq cõdenar

cm

q aluftiça

humana

dedi-que

hojefuáscelebridadesao

Amor

diuino.Atèquia rc

pugnãciadaeleição:

vamos

agoraàelejçãodos themas. Verdadeiramete q

me

vi

embaraçado no

cõcurfode

tãoencõtrados textos,comofaõ

o

dafcfta,&

o do

dia,A*

A-s

obrigaçãohe

(8)

i-^mm^i. -_

lUCM

hetntardaluft-çi; otextoda fcftadcfcrcuc

hm

Ii)ftiça

accrtada;o textododiapropõe húaerrada ji.fliçp.Erros,

&

acertos

como

fehãodevnir? Oraparaque^fcft.i, &:

o

dia

ambos

influão na obrigação,determinofeguirhú,

&

outro tcxtorotcxto dafefta.odo

Amordiuino,

mof-trài-aáluftiça

o que

deucfazer:o textodo dia,odo

A-mor

humano,

mofirarào que não deuefazer aluftiça,

vamos

com

elles,fçmnosapartar

hum

ponto.

Jpparuermjt

difpertiulin^u^^tanquam

igríis/edit-que fuprafmgulos eoYum.

APparecèrão

repartidas lingoas

como

defogo,

&

aíTentoufe fobre cada

hum

dos Apoflolos.A

pri-meiracoufa

em

que

reparo, henaquclle, Affaruerunt,

Jlpparu€runt> AppareceooSpiritu-Sanfto^

A

quefim

íãtapreíTa

cm

vir,

q

podecorrer

o

chegar

porhúaappa-rição rcpêtinâíNâoeftauão

melhora

tão

íoberanapef-foapaufados paíTos

em

deccr,do

que pouco

mageftofas

preffas

em

baxar> Para

q

aíFedavelocidades,

quãdo

de-uia anhelar paufas^Paraq>Eu

o

direi.Suípiraua aquclla

feliz jutahauiajádezdiaspellodcfpacho dcftefauor,&

hetãocuftofocrperarporhCidcfpacho,q porlhedarex-,

pedição,feapreíTou oSpiritu-Sãfto cõtra cóucniêciasde

S.Mageftadc nadecida.

E

efteheoprimeiroauifo,q dá

aos tribunaesdaterra,qnãofedilatenellcscõ

importu-nastardãças osdefpachos, fenão qfeabreuiêcõdiligctc

cuidado: porquena verdadenão fabe o quecufta

hum

dcfpacho retardado,quem retarda

hum

d efpacho.

Entra

ChriftonoHorto,&

pretendetc folicítodc fua

Vida,metepetiçãoafeuEternoPay,para

q

felheefcufca moxu:PatertrasferCAliceíJluáme.Txts horas cõtinuou

napr€tê5ão,&navitimaabcitososporosdocorporcgou

(9)

ftufaiigueaterfâ.F4(!?«í ejífudcrej(tf,^cut

gutú

sagui-nisdevarremisin/^rrí.ValhamcDeos

q

hc

o q

atorméta

tantoaChriftc?

q

he

o

qtanto

o

martirizai

Aqui

não há

lãçapara

o

peito,aquinãoha crauosparaasmãos, aqui

Xizohaaçoutes para

o

corpo: poisdôdcafflicçãotão ve*

hcmêteídõdefentimetotâo agudo, qsêlãçaderrama

sa-guc

o

peitOjSêcrauoscorre das

mãoáo

sãgue^sêaçoute>

brota

em

sãguetodo

o corpo|Dõde5Não

hatrêshoras

q

pedeinftãtemétea vida,sê|díeihedíffirão ao dcfpacho}

Poisaffligetãto

hu

defpachódilatado,

q

cõfcr adilação

fó detrêshorasjcuftaaChrifto

o

sãguedas veas.Efe

prc-têdertrêshorasmoleftacõtãtocxceffo,qferapretcdcr

aa

nosinteiros?

Sehorasde

requerimetochcgãoatirar

sã-gue,annos derequerimento

q

faràõíApreflemfeos

MU

niftros

em

defpachar^para

q

não peneospretedentcs eoi

requerer.

E

verdadeirarpente

q

nãovicoufa

menos

pa-raprolongada,quehuapretenção.

Ouo

prctedentcha

de

eonreguir,porqmerece,o qprocura;ounãohade

con-feguir

o q

procura,pórqnãomcrecejfe

ha

decõfcguif

*

paraqhedilatailhGífcnãoha decõfeguirpara

qhe

fuf-^

pcnd<:lorOuderpacharlogo

cõ o

deíengano^ow

com

a

itiercéj porquenegarlogo

o que

fepretende, podefer

bencuolencia

dcquem

am35

&

concedertarde

o

que

fe

dcfeja,parcce graçade

quem

zomba,

i' Aqucllcsdous difcipulos

mui

queridos

do

Senhor,

loãò,

&

Diogo

atrenerãofehua hora

apedhiheos

dous

melhoreslugaresdefcu

Rcyno:

Dic\vtfedeãthidíéQfi'

lífmei^vntisaddexterãíuãjé^vfftísadjíntjírainregnotuo

É

q

rcfpõderiaoScnhora efta petiçãoíhumanifefto

de-sí^^no-.Nefcitisqmdfetatis.

Não

fabeiso q pedis,dcfifti,

do q

pretêdeis.

E

bêSenhora

húDiogo

tãofauorecidCja huloão

tãoamado

cõçíTafequidãonegais

o

qprocu^ãol

illbheamaríiflbhefauoreccr>Si,

q

fenão hão de

confe-A

3

guiroque

Uá\ití

(10)

Gcnef.

21.

O

qué

defcilo,pòrqiieeftãòoutros mfrccisnentes

dian-te: .^ihfáSparatum eJikPatremeo: nãohe

pouco

fauor

dcfenganalos,6cforamuitomartyriofufpêdelos.

Que

de

anfiasnãocuftàra aeftesdousIrmãos, fetrataraChrifto

deos

deixar fufpêfos entreduuidofasefperança^^ quacs

andarãoatormêtados

cm

perpétuosdefucIos,sêhauerde alcãçaraliuiode feuscuidadosíPois

bem

moftrou oSe-nhor,qosamaua>

quãdo

cõtãtaprcflaosdcsêganou

re-foIutOjparaq nãopacieceffefiiostrabalhosdeprocurar,

quãdo

tinhão impoffiuelafelicidadedecõfeguir. Aletar

me

enganofamete cõefperãçasa

q

profiga,

quando não

heydealcãçaroqefpcro,nãohefauotdeamigo,heodio

decõtrario,pois

me

fazpadeceranilas, não hauêdo de

gozarintétos.

Melhor

hedesêganarlogo,porqfebé

nao

cõfeguir

o

prctendido,he defgraça; deixardepretender

baldadamente,he vêtura.Pois

q

cõceder

o

pcdido,fe

he

tarde,mais pareçazombaria

que mercèjeuo

prouo.

^ DefejauaSarahúfilho

como

afucceflaõ defuacafa,

&

ao

cabodenouêtaannos

deidade,

&os

maisdellesdc

defejosjJhcprometeo

hu

An)0,q

Deos

lhe daria

o

fruto

debéção.E vêdofeSaracõ húfilh0nos braí^osdeulhç nomederifo,dizcdoqlhefizera

Deos

huazõbaria: Ri*

sufecitmiht Deus, PoisSara,agoía

q

deucisagradecer a

mercé,oíFedeiscõadcfeftima^Têdeshúfilho,qtãto

dc-fciaueis,&aualiaisofauorporcoufa ácúío^rífumfecit

TníhlDeuslSiyqfoifauorcõcedidomuitoao tarde.

Não

hauiatãtosannos,qSara pretédia fucccflbr para fuaçafa?

Não

alcãçaagoradefpoisdetãtadilação

o

qprocurauaj

poispor iíToeftima

como

rifo amercé,porq húa

mercc

.súmamêteprologada, maisparece graçadequê zõba,dp

q

dcfpachode quêfauorei:e^cánatureza|ànãopermi-^

fcalêios aSara^arafuftctarafcuspeitos

o

filho,q

vêafct

(11)

. ^

7

cfla dadiua<|enão zõbarâopâtecerdeSaraíSe

o

Mmif*i%

trocõfeusvagaresdeixou crccertatonos annos

o

prc- :

tendentc,queàsvezeslhe

não

fica

tempo

para gozar

do

.

faiior,qvê afercfledcfpacho, fenãogalãtear

do

prcte-déte>

E

daqui nace

q

as mercês muitas vezes nãoobri-gão,por4asmercês para obrigarê,haõfedeeftlmar

co-mo

tacs,&

quãdo

fecõcedeaotardenãofereputaapot

mercês,

como

hepoffiuel

q

as mercêsobrigueiApren^

dãopois osperfeitosMiniítrosdaterra,do

grãdePrinci-cipe

do

Ceo

o

Amor

diuinoa abreuiar cuidadofamêtc os defpachos.Se

no

pretendête hameritos^feja

o

mefma

requerer,qaicãçar:fenãohaméritos

no

pretedête,figafc

o

defenganaraopedir.

Porq

deitamaneiraatodosfefaa

fauorj ao premiado,porqalcãçasêanfias

o que

merece: aodefcnganado, porqueefcufacuidados

em

diligêciac

oquenão

hadeconfeguir. *

Nem

pareça

que

conuem

preffasà luftiça

no

def-pachodasmercé^j

também

lheconuêna expedição das

caufas.Earazão heporquealedos gaftos,& danos

qor-dinariamcntcrefultãòdatardãça dascaufas,

padecem

as parteshuafurpenfaõ,

em

quantoduuidão,feTâhira

jul-gadaporfi,ou cõtrafi :

&

hetãoterriuel

o

tormento de

huaduuida, qpoftadehuapartea certezade hua

fentê-çacõtra a

mefma

vida,

&

daoutrahuafufpêfaõdefla sc-tença,mais moleftaefta fufpenfaõ,queaqucllacerteza.

Entreindecentes feftas feacha el-RcyBaltl^a^ar

af-fiftidodosGrades defuaCortc,qiiãdohõa

mão

pol-cas letras,q

formou

na piredefronteira, lhecaiifoutãò

Angulares affombrosjqpallido

o

rofto,attonitososolhos,

inquieto

o

coração,tremulosos

membros

,

&

pafmado

o

difcurfo,mãdoua gritos

4

vieíTem os Sábios para ex-pUcaraquellesignoradoscharafteres.

Tmc

fáciesRegisJO^w.y,

€omí4tataejl,

^

cogitationesejm

çoturhbmt

m^i^'ççpages

(12)

8_

rtf»5^V;y5//^^^4/^nEntrouoProfctâDaniel,&intrrprc:

tiãdo os tremedos rafgosdaquellafetalpena,lhediff^ao

perturbado

Rey,q

aquelUs letrascõtinhâo

úml

fenrcça

cótrafuavida,& cõtrafcuImpcrio.Dwf/1efiRegníittã.

E

qfariaBalthazarnefte PâíTo^Sêduiiida qcrccerião os

pafmojíôc reduzidoadefarayos

o

esforço,fe rederiade

todoaosêtiiiieto.Antesfoi tãtoaocõtrario

o

fucceffo,q

poftosdeparteosafsõbros,comofea explicaçãocedera

muito

em

feufauor,

mãdou

veftirde purpura,

&

ornar

joyasaoProphcta:TicjubeteRegeinàíitusejlDaniel /«r^«r4.PoisBalthazar,qdiucrfidadeheefta>

Pouco

ha

tão inqufieto,agoratãodcfafsõbrado?

Duuida

Balthazar

fc fera a cfcritura cõtrafi,& affligefcrcritêdeBalthazar,q

he

cõtrafiacriatura,&foflegafc^Antestudoafsõbros,a.

gorancnhuspafmos?Affihauia defer,porq efla

diíFerê-çavayde viucrfufpêfoadeporduuidas.

Em

quãto Bal-thazarviamoueraquclIaformidauelmaõ,cadaktraqre formauana paredeerahua fufpêraõ,em

q

lhe

punhão

a

almaragoraqDaniel explicouos charaftercs

)àfabc

que

firmouaqueliapenasêtêçacõtra fua vida,& atormenta

tãtomais aincertezadehua fufpéfaõ,do

q

ainda a

infal-ibilidadeda morte,

&aperdadcbiiRevno,

q quando

Balthazarduuida

do

Rcyno,5c da vida,éntaó tremej Óc

quando

eftácertode perdervida,

&

Reyno,nãopafma.

Tão

rigurofapena hevacill3r,quemais

o

moleftou hua

luípefaduuida,do

q o

maior danocerto.Ea razão

o

pe-deaffi.Porqqueeftácerto,paJecehu fó

m

J,qheode

4

tecerteza;qué vacilla,padece

quãtos malcsaimaginação huremen^telhereprefentaj^

como

o

imaginar rc)a

húa paixãoviua, qauifaatodasasrazoes

do

fentimeto, hua

crpojadetriftcz.is,qanda a chupar pezares,clarocfta

q

mau

hão de martyrizaros nvílcsduuidofos da

imagi-naçao,doq

o

maior malcercolu

realidade.Pois paraqas

(13)

'

9

Partesefcufemcftaspenórasdiiuidas,& molcítas

fufpc-çoês,faibalogoolitigantede fcu lucro,

ou

de fua perdi?}

entendalogo

o

delinquente fe hade padecer

o

caftigo^^

ou

liarardapena,para

que

hu,&

outtonacerrczadeíeu

í

malou

defeu

bem,deponha

astrabalhofas âfflicçocsde

hua

duuida.

Que

por liurar aosApoftolosde fufpenfas

cfperanças,apceírouo

Amor

diuinotantoos paíros,quc

com

fercfperado,parcccorcpentinOj/Z/z^ífri/^rí/^A

Díjfcrúu lmgu£

u^qudm

/j;?/x,Appareceo

o

Spiritu*

Sãaoemlingoascomodefogo.Nãoerãolingoasdefo-

;

go,fenão

como

defogo: tinhãode luza realidade,

&

de

fogofóasapparccias.O

q

eftrcmadodocunictoçftepara

a luftiçal

Náo

hadefer alingoadehúlulgador, ainda

quãdo

fulmina mortaes fentêças,lingoadefogo,

q

abra-aejtãotêperadohadeir

o

rigorcõabrãdura,^fónasap*

parecias leue

o

caftigoinclemêciasdefogo.Nao he bê

q

íèjjvulgar a piedade,porqtãtacrueldadeheperdoaato- \

4os,comç^nãoperdoara ningue:

mas

hc bê

q

os rigores

da

juftiçá fe

temperem

cõa fuauidadc damiferieordia;

-

vioIfaiasleuãtarfe

bRcyno

dcGhrlfto^á maneira «

.

,

àc

hm

v^rxEgredieturvirgaderadicelej^^^^^^

^^'^

diuifouaopèhuabellaúot^&fiosderadrceejusafcendeK

*

j|

Para

q

afuauidadcdaflormitigaífeadurezada vararquc

tratardeferirfómête

como

varàjfsêattêderaxõfolar co-*

inoflor,maisheimpiedade

de

tyrãno^qintcireza

dejuf-to.Fira

embora

avara

quãdo

heneceflano,masíkitãofc

tãbêaobaterfloresqrecreé,& nãOítóaíperezasqimolc-s

íècj.qhurigarmodificadoentre brãduras,

hetodo

o

pri*

rnor da jufti'çn.Q2.ãdoDeosdeceoaintimarosmerecidiâá

caftigosaopouoHebreo,notou

o

Propheta Ez^eixhLcl^

4

dacintura^AXàbúxodefpediaabrafadoraschamas;

Ab

^^f-j

aJfeCímlubortí

ejus^

deorstíignisynaas

qda

ciamra^para

ciMX

(14)

fÊ/tmm

M

í>10

ItaThe ç-^^^kfpirilta^vifaçlbTrerca: ^Itíhis

ej-us,t^^fí4ysHqmJt

GuGjion.

fJj,eãusauYíg.My^QxioÇ^cò^oÇic^o p-rccrtr/Tata vira

çã:ôcD tãta chamartãto calordeinccciiocõtãro

rcfrige-tiodear^AffimodcraDcosiOSrigorcsrdefua juíliça

côa

benignidade de fua mifericordia.NomcfmotêpOjq

ar-roja chamas juftiçofo, refrefca viraçõesbenigno, paraõ

afreíciíradoar mitigueos ardoresdoincêndio.

Que

di-uino mododecaftigar!

Ar,&

fogGjfogoparaotormen-.^

to,Jarpara

o

aliuio.

Por

iíToDauiddizia,que

Deos

tòr-P/r34 nauaòsrayos

em

chuva:

Fulguram

pluuiamfecit.

Que

víojámaisrayos desfazerfe

cm

agoa?

Quem

viojàmais

corifcòsdeíataríe

em

orualho^

Mas

faõ rayos de

Deos

íuítiçoformas faÔcorifcos

do

íoberano Reyindignadò:

que

de tal maneira inifturaaíperezas

com

piedades,

q

a

mcfma

chama do

rayotraz comfigo

o

refrigérioda

á-goa•,

&

o

mcfmo

ardor

do

dorifcoa frefeura

do

orua-Iho.líãoarrcmcila íconftjmidóres rayos

íem

chuua,quc

lhesmortifiquea cfaatna :

não

defpcdeacezoscorifcos

femorualhovqiielhesdiminua

o

calor. r

^

Afli

f

roccdeiièsiafligosàluftiçado

Ceo

: afli

pra-cedaiK»caftigbs a Itífti^ada terra

vE

para

que

mais fa*

cilraente vnapiedades

com

rigoi-cs^eiatremnos

Tribu-nais os

lulgadorescomp que

faõpor dignidade,

&

cõ^

©

queíaõpornaturezàiOsluigadoresfaôxímhfia

coma

cfrcprnaçio poiâtica^E^ofcSr

&

tempBsrpbr

digmda^dc

íiõhuias

como

Deofcs naterra:^.go dixi: Dtfejítsvoy^

Poríiaturezafaõ

homens

como

os demais^ Poiseoai^

tud^iíTo, com.adignidadc,

&coma

naturezaveqnpa

Dtofcs,

&

como

homens,

combi

homens

diuinoé, &;

como

liccíès-

humanos

affiílião ás acçocns de juizo^

••ijrí pata

qoeaèumanidadedo

fer, modifique a inteireza

^.V»iV.da dignidade .ij[ão

deponha©

aigualdadede

humanos,

(15)

parafc réueílircm fódá fobetània dèdiuíiiosv' qtícpard

julgar

hòmens,não

rerupmdiuiadadffS!9idcon>4a:$>Qc«>4

fes-humanadosfi, . i-: :^ri'ju'>i í^^ioí^-úí

i nr^

'^o'Uh'1

O

PadreEterno,diz.Cbrifto_itt5o jiiíg^aiiinguS^tna^

todo

o

poderdejiilgar

oòmeteo

ax)/í\\ho-:Faf€rmnJf^f^^^^'f*

dicatquemquamjfedomnejíédiciumdeditFilio,

E

porq uç

nãò

tomou o

Pay

para fio officio dejulgador;

porque

odeu

íiSmemcaaiFilhoíQm£6ívQSeafeac.o4i55;v;t%/i^

FUimhomimsefL

fót^\XQ,Q^Í^^

d

: í)

Filho;he juntamjentC'I>eos,, &ihcxmcrá,

&

hurrtcom-^

pQftahpmem

DcfíSíhum

Deos

bttoaitoto^heSc^qu^e^ie»

ttxju^rcíxacajulgachomesvíJffo^pQrqw

»Âí divinie

vinum

i^homirns

m^xum

ifiimderesmfy^:feéVeUf^ hMmmmtAtisfuuoin UMtramfi^fi)mífc^retunEefpbnd^^^^"^^

bum

eugenhoí^^grâniteda

Companhia.

íEmrcgafèçjulai^í"^**.*

^

honiensahíurKDeos

humanado

í para

(ps^temtrv

^J^^r

Ikançado.^fcr

humano

tempere áindi^açãi)

do

fcTidfe-fc/^^

'*

uieo;.^

deratmodapròcedaacicaíligocomoDeos

jufeíi

t^

que propendatan^beJm

k

picdadic

cqmô

hòmeniciõw

paffiiio;. AiSftSo poisKOs luizcs

n^

Deo&s,&

comohomerisynãodifploafu^

maáffos,qaiefaõ pocnatureza^poí:

fiiimoftEarem:;lomen-tedimnos^qúèíàõpordignikiade^ajuHtemhuaj& outra

ccmfa^iqkie logO'a)aftárãoíbueri4adcsi GOm,brand-upag,^>

ComoDeofcs

decretarãojuftos,

como

homens

com-p

Ad^Ecrfebãôpiadofas:ádl^iidadeísrsieuaráa®^raftigo, anaturezalhespepfuadàrà aíbcnignldàde:

que

fuftancia

d€.luzes,:&fóáccidemès dcifogòlhesáxzoaielha^oainoti

lPtc{hàcntQ:Bifpertít£4i?ígU£

taff^mmf^

' (' h '

if^A/^í^riApparecècãomuitaslingoas,

&

affentoufe.

Quem

naoreparaneftacampofição depalauras>

Appa-cdôctaôlingoasi&affentoufctEaffentarãofej^aiEcce

qíe

?

-^

A

6

hauia

(16)

r"

lÊmm

&»,I.

Gen.i.

hauiadcdizcr.Orabcm

ditoeftá: porque feefte

Amor

íbberanoveyo^inftt?uir aslafti(^asda tcrra,aindaqne as

lingoas

cm

que

appareceo erãomuitas^liauiafededizer

que

fcaffentou,

&

nao

que

fcafiintárão; porquenos Tribunaesaindaqueícjãomuitosos lalgidorcs, ainda

que

aslingoasfcjãon\uiusydsfpertit£língua, dcue

com

tudofer huaaacção, huaavoz,

&

hum

o

aíTemo: Se»

rfí/^^ít^.Namefmaicdaçâo

do

tnundopraticou

Deos

cf*

taimpcírtantepolitica; Jnprincipio iudices creauitcfflti^

^terram.Attilè

o

Hebrco,&

vem

adtzçr

affi:noprin-cipiopsJtiizescriou.

Os

luizcs criou>peregrina

grama-ticar! SçVerâo^iiimitíososíàgcmcs^Iudices:

como

fingulaf

â á^cção^rrí-zí/íi/íOu ft fingukrizeoagcnte,poisícíín*

gulariza^aacção5

ou

fe multiplique aacção, poisfe

iBultipUcão osagentes;mas

com

operação vnica

agen-tesmuitos >

E

cpm

muitoacerto ;

Não

entrarão q^ç%

agemès

a obrar

como

luizes, Iudices? pois

cohercn-tementehauia de feraoperação hua, creauií^

que hc

timbre deluizcsperfeitos, aindaqueíe multipliquem

nas peífoas

>

fingularizaríe na/acçãoc

ííio

íe

hão de

dkicrfificar nas

oper^oéns

de lulgadòres, affi

como

fe diucrfificaõ

nojmjmero

:

no

numero

feíaõ

em-bora muitosy

o

obrarha de íervnicò .

Haõ

de

con-cordar

no

que

affcntaõ^ aindaqticiía&cOJicocdiem

ino''-,

Quando

Deos

dcfterrôua

Adam

doparaizo,

pozcm

fua guardamuitos etierubins,coh30

querem

todos os cxpoíkorcsfundadosnaforçada itngoa

Hcbrea

,

^a

todos

armou

cotnhúacfpada . Collo^éamt anteparjuti'

fam

Cherubim M

^

fiammeum

gUdium

adçuHaàiendam

'viamlígmvtt£ .

E

aque fim íe affinala hCia fócfpada

(17)

^5

de armas, aindahua cfpadahc fuperfliia;

&

fencccí-fitaõdearmasos Cheriibins,

como

fc dà para tantos

huaefpâda >

Que

querdizer osChcrubins muitos,

&

aefpâdavnica>

Q£e

querdizer>

Eu

o

direi .

A

efpada

heafentcnça,quc lefulminoucontra

Adam,como

quer

Kupcno:giadíUífe^fentia ejí:os Cherubinsfaõos

lui-zcs executores deíTafentença5

&

como

osChcrubins

fcjaõos luizcs,

&

a efpada fejaa fentença, armãofè

muitos Chcrubins

com

a

mefma

efpada,porquefe

de-uem

vnirna

mefma

fentença muitos

luizes.VariosMi-uiftrosde fualuftiça deftina

Deos;Chernbim:mas

a

to-dos entregahúâf6Qfpzda]flammeumgiadíum:pzrâ

mof-trar, que fc

dcuem

conformar tanto entre fi os

lulga-^ores,qucaindaquefediftingaõ

no

fcr,feidentifiquem

tiofemcnciar.

Tad

concordes haõ dej-ulgar,

que

fc

ajuftc cada

hum

,

quando

he jufto

como

fentimcnto

de

todos,

&

todos

com

o

decada

hum,

paraquedelia

conformidadedcjuizes fayaarefolução taõhíia,

que

fendo vários a refoluer , pareça

que não

rcfoluem

vários.

E

a

mefma

razão,a

meu

vcrjdíta eftaconformidade.

Pergunto; os lulgadores porque faõlulgadoresí pcilo

que

fstôporfua peífoa,

ou

pelloque faõ porfeu

oíB-cic?

He

certc,qiiepelíoquefaõ porfeaoíBcío,porquc

oofficiOr &n3oápeíroaosconftituclulgadores. AífiJ

poisfe

o

officiohe

o

mefmo,porque^nãohadefera

de-terminaçãoa

mefmaf

Se

o

officiohchú

em

todos,por-<j4ieha deftr

o

parerer

em

cada qualvario 5 í^deptia

lofuéc&raosAmorrcos,&r

quando

começaua

a

deck-rarfeporfuaparteotriõpho, hia jà

o

So^enfibiãdoílias

luzes,&vedo

o

gencròío Capitão,qassobrashauiao

de

fcíaóinimigo refMgicyOrdenou aoSol^paraíTcjóc

aLua

(18)

mmÊmmmm

lofué,

10.

r^4

contTAvMem

AUlon. Efcufada detençaada Lua. Sc

o

intento todo de loíúeera dilatar

o

dia para

confumar

viaofias,a quefira

manda

pararaLuaíALua

nãofaz

6

dia,o Solfi:poisfclhe baftaua

o

Sol detido,para

que

fo-licitaaLua parada? Porque nãoparara

o

SoI,fenáo

pa-ráraa Lua, refpondeAbblenfe:

^UeamoUcredebai

fHouendfimSQlemMm:vc\7iSporquenão.

parara

o

Sol,few

naopararaa

Lua>

O

Solnão heplaneta diuerfoí

Não

rcfiJc

em

difFcrcntc esfera?Pois porque fenão deteria

o

Sol,ainda

que

nãofc detiuefle aLjLia>Porqu,c>porquetS

ambos

o

mefmo.officiodeprefidirao.

m

undo,

&

como

cm

ambos

hcoofficio

o mefmo,

poriflbaacçãohauiai defera

mefma

em

ambos.Paraparar

o

So],nãofchauiè de

moucr

aLua;5camouerfe aLua^não

hauiadeparac

o

Sol

:

que

como

tem;

bum>

&

outro^

mefma

jurdiçãò

fobre

o mundo,tem

o

mefnío

parecer acerca

do

mun.

do

hum,&

outro. Poisfe

o

poder hç

o mefmo, fehea

mcfmpofficionosjulgadores, porque; não

ha

defera:

refolução a

mefma>

Identifiquemfenofentcncear,

afli

comofe

idcntíficão

no

prefidir,

O

SoJ,& a

Lua

faó

pla-netas diuerfos,

&

com

tudonão

fegucm no

obrara nar.

tureza

cm

quefediftingnem, fenão

ajurdição

em

que

fc

unem.

SejãposJulgadoresdiífere^ntíss

no

fer,dèuem

com

tudo fer

o

mefmo

no

julgar, porqueasacçoens

de

juízonão

feguem

ofercmquefaõ

diuerfos, fenãoo:

officioemquefaõomefmo.

: ; úivj

Ouuipara

ultimaconfirmação

do que

áitttí^thátp coufagrande.

De

dous

modos

feconfiderãona Theõlo.;{

gia as Peífoas diuinas

;

ou

feconfiderãopor

ordem

a

fi,«

quevalomefmo,quc/í^/>?/r^; oufe confiderão

poroc-,

dcm

ás criaturas,

que

valomeímo^que^^^Ar/r^.

Emí

(19)

ili'iiil.ílÍÉIHll

15

qnântoasPciroasdiuinasfeconfKicilíopor

ordem

aíi,

não

íeuncm

nasoperaçoen?; porque

o

Piy gèn, ôc ne

o

Filho, nemoSpiritu-Sanâ:ogèrão:c P.iy, 5co Filho íph-ão,&aterceiraPcíToanãofpira .

Tanto

queas

Pef-íbas diuinasfeconfiderão por

ordem

àscriaturas, logo

feuncm

nas acçoensjporque

pellamefma

acção crião» pella meírna acção conferuão , pclla

mefma

acção

go-«ernãoo

mundo

todastrês.

De

íorte,

que

por

ordem

a

fiobrão asPeíToascomodiftinftasj

porem

por

ordem

ao

mundo

não obrão

como

diftindas as PcíToas.

Que

perfeitaidcadeMiniftros pwblicos! por

ordem

aíi

pro-ceda cada qual

como

diuerfo5

mas

por

ordem

ao

go-uerno proccdãotodos

como

feforão

o meAno.

Não

fc

atecada

hum

afeuparecer

no

que toca ao regimento

dos pouos,queiflbferianãoaitenderaospouos,fenão a

ÍI: unaõfe todos

conformemente no que

fc julgar

me-lhor, queiíTohenãofercfpeitarafi, íenão aos pouos.

Ainda

não^ftàditotudo.EporquerazãotemasPeflbas

por

ordem

afíòperaçoensparticulares,

&

porqnerazão

não

tem

asPeflbas por

ordem

ao

mundo

particulares^

acçoens.A razãoaltiffi

ma

heeíla.Asòperaçoens

adm'

ira

feguem

apeflbaj

que

poriíTo

o

Filho,

&

o

Spiritu

Sanâo

nãogérãó,porqueiílo

que he

gèràracompanha*

o

ferPay,

As

acçoensadextra

feguem

a Omnipotêcíar

que

por iíjíboPay,

&

oFilhov^^

o

Spima-Sandogó*

uem.ão

com

abfoluto

domínio

ao

mundo,

porque faõ

Dcos

Omnipotente

:

&

como

asòperaçoens^^^//«/r^

Cgãoa

pefíba

cm

que

fe dtftínguem ,temasPeflbaspor

ordem

a ÍIòperaçoensparticulares: Sc

como

asacçoens

adextra íigao

o poderem

que

feidcntificãOrnao

tem

as

Peflbas por

ordemao

mundo

particularesacçoens.

Ef-teexcmpíar diuinoimitemos

iylJniílroshumanos^Sup-•iifcM pofto

(20)

mim

é

podo

queas acçocas de lufliça,fegiiem

o

officlo,

&

ò^

poder

em

quefaõ

o

niefmo,

&

nãoapcíToa

cm

qnefaó

' diíFcrenteSjfcjia|acçãohua

em

todos

como

he

o

officio,

&

nãodiucrfa

cm

cadaqual

como

hea peíToa. Opera-çociis particulares

conuem

quando

muitoaosMiniftros fópor

ordem

a fi,porque fópor

ordem

afi faõas

opera-çoenspropriedade dapeflba :

mas

em

entrando na

di-recçãoáa Republica,[não haõ determais

que

hua

ac-ção,porque obrão

em

quãto

tem

o

mefmo

poder.

Não

doutramaneira, [que aslingoas

em

qucdeceo o

Amor

diuinoPrefidcnteí'que

com

feremmuitas

no numero,

MJperfiuItngudicomtudo

como

eraõ

o

mefmo

íio offi* ciode arder, tanqaamigms; forão

também

íiaacçaõ

o

mzÇmOyfeditque.

SHpraJingulos ecrum.

DeccooSpiritu-Sanao

fobrc

cada

hum

dos Apoftolos .

Naõ

communicau

\fauorcs

fomente a huns,

com

todos repartio igualmente fuás

graças:que

quem

vinhaa inftruir juftiças,naõhauiadc fomentardefigualdadesjporquedcfigualdades,

&

jufti-çafaõcoufas,

que

repugnaõentrefi.

A

varadaluftiça

ha

de fer igual:nos fauores toda paracada

hum:

nos

cafti-gos a

mefmapara

todos;

que

leuarhunstodaa

brandu-ra,

&

outros

o

rigortodo, iíTohefervaradeinjuftiça. AíTi

como

feha

hum homem

que

voltea fobrehua

ma-romã,

que

para

naõ

caír,todo feu cuidado

põem

en^

naõ

incHnar maisa

hum

lado,queaoutro, fcnaólibrar

igualmente

em

ambas

as

maõs

avarade

que

íèvai: aífi

fe

haõdehauernos

TribunaesòsJulgadores, diz aelo-^

ê,Gre<r quenciaGrega de Nazianzeno: avaradajuftiça igual

^^j^/* na

maõ,&

naõ propendermaisparahuns,

que

para

ou-tros,fenaõrepartir

com

todos

o

affcdo,&alcançarcõ a

íbucridadcatodos»

(21)

^

MandóuTDcos

à Moyfcs,

que

fubiíTcao

monte

Ne^

bo,&

q

alU morrefle: Afcendeinmontem, é-morere inVeuter.

monte.Swhio

Moyfes,& morreoimoitocUedizo

texto^

p,

qo

veioDeos

enterrar

em

\\xx\ú\c:Sej;elmtminvalle

^

.

terray^á'4Í'.Reparo:fe

o manda

morrer ao monte,para

^

-que o

vem

enterrar

no

valle>

E

fe

o

queria enterrar

no

^^*

valle, paraque

o mandaua

morrer

no

monte?

Ou

o

fe-pulteDeos

no monte onde

morre Moyíes,

ou morra

Moyfes no

valle

onde

o

fepultaDeos:

mas

a morte

no

monte,&

a fepultura

no

valleí Si,

q

hc

Deos

muito

juf-to,& muito igual

A

montes,

&

a valleshonraua

Deos

côasglorias de

Moyfes

em

vida, porq nãofó

o

monte

onde

as recebeo,mas

também

o

valle

onde

as manifef-tou,vioa

Moyfes

cercado de fermofasluzes : Cumc^uè

defcenderetde monte^ ignorãbaíquodcomuta

ept

fácies

^^^^

ffíaexcanfortio Sermonis Domini. AíTi? poisfintao tam- ^^^

bem

valles,&

montes

as triftezasde

Moyfes

cm

mor-te.

Ne

asgloriasfó para

o

monte,

nem

fó para

o

valleas

penas. Sepultar a

Moyfes no

monte onde

morre,era

fi-carovalle

com

as ditas,

lem

lhealcançarem os danosr

morrer Msyfcs

no

valle

onde

o

fepultão,eraficar

o

mo-te

com

asluzes

fem

lhealcançarem oslutos;

&

nSofaa;

Deos

eíTasinjuftiças.Monte,ác valleparticipem

refpU-doresde Moyfesviuo,valle,&

monte

chore

fcntimcn-tosde

Moyfes

morto.

Chore

o

monte

a morte de

que

o

cnnobreceona vida,lamentc

o

vallefepultadoa

quem

o

authorizòuluzido. Eis aquiaigualdade

com

q

Deos

procedernemasbeneuolenciastodasahqa parte

nem

osrigores todosaoutra;atodasas partesa

beneuolen-cia,ôc

o

rigoratodasaspartes. AíTiprocedãotanííbê

os

que tem o

nome

dejuftòs no

munda.

Nem

todo ofa^

uorpara

a

monte

leuantado>nêtodaa fcucrid^le para

O

valk

(22)

^gmmmm

18

o

vallchumilde: cxpcrimcnae o.-vallc ao lulgadortão

bcneuolo

como

o monte,&

finta

o monte

aolulgador tãofcuero

como

o

valle.

Imitem

as obiigaçoenspoliticas dos Tribunaes

ao

génio natural

do

Cco.

Quando

no

Ceo

amanhece

o

Sol,atodos aquenta: quançloo

Ceo

choueatodos

mo.

lha.

Não

lança parahua parte a luz,&para outra a

tem-peftadc;as

mefmas

partes

que

illuftrou

com

rayos, op.

prime

quando

he neceíTaric

com

atormenta.

E

nefta

igualdade

com

que o

Ceo

defpepdc luzes,

&

repar-tefombrasconfifteacompoftura

do

Vniueríb;tãtoaíli,

que

fe

o

Ceo

alterafleeftaigual conformidade, logo fc

defcomporia

o

mundo,

&

fenaodigao

o

fucceflbde

lo-fué.Quandoo

Sol,& a

Lua

pararãoaos imperiofos gri-tos deílevalente Capiíão,que vos parece

que

fuccedeo

no mundo? Os

viuentesportodas aquellasdoze horas

não

crefccrão: ageração,

&

corrupção dascoufas, de

que

depende conícruarfeoVniuerfo.ceflbu: os Antí-podasaflbmbrauãofe

com

tão compridanoite ; osde

cima

pafmauão

com

tãoprolongado dia:aquelles

fuf-pirauaopella luz,cfteschorauãopellas treuas: hús ima-ginauãoquejàpara eliesnãohauia

o

defcanço danoite,

outroscuidauão

que

jà para elles feacabaraaalegria

do

dia.Emfim

em

hum,

&

outrocmisfcriotudo erãopaí^

mós, tudo defordens, tudoconfqfoens. Poisvalhamc Deos,

quem

defgoucrnòuaífi

o

Vniuerfo>

quem

con*

fundio aífi

o

mundoí

Dondç

tantaperturbação^

Donde

tanta dcfcompoíluraí

Dondc>

o mefmotextoo

diííe:

- SteteruntqueSol^ ér

Luna

donecvlcifcereturfegens de

^** ^* inimkis

juis.Pararão

o

Sol,& a

Lua

cm

quantoos

Hc-breos

tomauão

vingança defeus inimigofj ôc

em

hua Kcpublica

onde

dous Miniílros,qucforão cleitospara

(23)

- ....-i»^,'iiaftiwg^iciq:':brrt..'i)r'.a»ii. ,>>i »-

*-^9

acodlrcom

fuás luzes atodos . affiítcm

áhu^

pouo

particular

com

fuaslu2es:emhummunclo,ondeo

Sol,

&

a

Lua defpendem

os refplandorcsparahuns,

ôc^dei-xão

em

efcuridadesaosoutros;que hauiadeacontecer;

fcnâodefordensíQuchauiadeacontecer,íenão

pertur-baçocns> Particularizar

o

Cco

fauores : lançara hua

parte todasas luzes,& cpprimirasdemais

com

rodasas

treuas,he

defcompor o

Vniuerfo.

Leuem

todas as

lu-zes,&

leuem

todas astreuas,

que

neílasigualdades

cõ-fifteafuaucdifpofíção

do

mundo,!

eftas

como

tloim-portantcs aobomgoucrno,aconfclha

o

AmorPrcfídê-teaosfeusIuizes,para

que

como

planetas politícosdos

Eftadosrepartãobeneuolosatodasas partesfuás luzes,

Suprajíngulos eorum.

Arèqui

ponderamos o que

fezeftc

Amor

foberano:

agora

ponderemos

d

que nãofez , Naqucllcgíoriòfo

ajuntamentoeftaua a

Virgem

, que era

Mãy

deDeos,

cftauaS.Pedro,quceracabeça doApoftoladorpoís

per-gunto, porque

nãodcce o

Spiritudiusno primeiro

fo-brcaSenhoraJogo

fobrcPedro,& defpois febreos

de-inaisApoftolos conforme aprecedência ,

que

tinhaõ

cmrefi?

Ande

embora

igual

no

beneficioj

porém

ref-pciteá excellencía daspeífoasna repartição.Nãofaziffo

eíkSpiritúdiuíno, fobre todosdecc ao

mefmo

tempo

íem

attenderavcntagensparticularesde ninguém, para

cníinaraoslulgadores, quçfujãode attendera rcípci-tos,como de deftrniçãototalda juftiçaiporquea juftiça

dependetoda da razão, ícnão vaI arazãoondeçntrão

refpeitos,

Prefentado Chriflo ante Pilatos, tirouelle

astcííc-niunhas,examinouasaccufaGoens,.& feitasas

(24)

Uatth,

20

Egonullafnintíenloineocaufam . Iiiftãoos Efcribas,

&

Farizeos,

que

viffcoqnefazia, porqueliurar a Chrifto

eracnemiftarfe

com

Ccfar.iT/

hum

drmhtis^nonéi»nmi^

€us Cefans.lE.

demandando no

tribunaldePilatos a

ver-dade da razãopor Chrifto,

&

o

refpcitode Cefar con*

traChrifto,qualpòdcmaisíarazãOrOu

o

rerpeito?0

fuc-ccflb

O

dirá:

Tum

tradiditeisillum

,vtcrucifigeretur.

Mais

pôde o

refpeito^quearazão.-entrcgoufc Chrifto à

morte,

como

rcgucria

o

refpeito:

&

nãofeconfcrua a

Chriftoa vida,comoaconfelhauaa razão.

A

razão

di-2ia,quefe cíc/Tciiberdadc a Chrifto,

&

não feliurou:

o

refpeitodi2Í3,qUcTe condenafleChriftoahua Cruz,

&

taottzo\Tfinc

tradMt

eisillum,vtcrucifigeretur.

Tanto

comoiftoprcjudicão refpeitosna juftiça.

E

para

que

eftes fc dcfterrem totalmentedosjuizos,

quifcractinos Julgadores húa ignorância. Ignorância

cm

Iulgadores>G,com toda

afcienciaquehcbem,quc

tenhão paraadeciíaõ dascaufas, hãodeterignorância

daspcflbaspara a inteirezadaluftiça.

Conheça o

luiz

osméritosda caufa,mas ignore as calidades daspeflba^

Saiba

o que

julga,não íaibadequeitijulga.

Não

pareça doutrina paradoxa, porque he arbítriopraticado pello

fuprcmo

luiz Chrifto.

Refidcnciou Chriftodaquellas celebres dezVirgês,

&

dandofentençapcllas finco prudêtes, que

kgo

apof-fou

do

Rcyno

do

Ceo^deixouforadeliedeftinadas aos

tormentoseternosasfinco loucas,

&

inflandocilas a

pe-dirmifericordia,Hicsrefpondeofcucramcntco Senhor,

que

asnãoqov\\íç,<í\^:

Amen

dicovohis^nefeiovos^

Pare-cena verdadc,quefeimplica Chriftoncftispalauras.Sc

Chriftohe

Dcosjcomo

he poffiucl quefeocculte aícu conhecimentocoufaalgúa > Ignorância^

&

diuindadc

(25)

21

rôafc

comfadcccm

Jmitâs : íieg^f.de íi

que

hc Deos^,

quê confeíTa deíiqueignora,Poisfe Chrifto he Dcos,, que tudo conhece,

como

diz,quenão conheceas lout) czsiNefciovos\

He

entre os Expofitorc^fingular àdiffi-.

culdadc:

mas

fuppofto

o que

temos dijo^ pareceoie ^,

mim

que deftavez

haucmos

dedará

ra^a

Vercfade

hq

que

Chrifto

comoDeos

conhecia muito

bem

asloucas,

mas

como

ncftaoccafiaôera luiz, affife ha

como

feas

nãoconhecera:iNr^/f/<?vosy porque

o

luiz re£to aitende

àscaufas

que

julga, dçdefatende àspeííoasdequê

jul-ga.

Quanto

aos olhos

humanos

muitoimplica cfiaig-»

norancia

em

Chrifto;porêfe implica

em

ChriftoDeos,

nãoimplica

em

Chrifto Iuiz:em Chrifto

Deos

fora

im-perfeiçãoignorar asloucas ,

&

porifíb

como

Deos

as

conhecia:em Chrifto luizhetimbre defconhecelas,

&

poriflb

como

luizas igncraua . Sabiaquea caufadas

nefciâs mereciacondenação5

porém

defconhecia as

mcfmas

ncfcias

que

condenaua.

Todo

o

cuidado def-^

tas imprudentes Virgens era,

que

Chrifto attemaffç a

quem

ellasQi2iO\DomineyDomineaferi^^^/J.Senhor

abri-nosanòs: ainda

que

conforme noflacauía

merecemos

ferreprouadas,com tudo vede que

fomos

nòs, reuogai

a fentençajôc abrinos

o

Qç.o\Aferimbis,yi%% o^^p^^ot

faluoua reftidãode fuajuftiçana ignorânciade

quem

cilas eião;

Ne

feiovos%m.o vos conheço.

Como

fe diííej:|

o

Senhorfallandoao

modo

humano

, Pedifme

que

ref-peiteavcffas pefíbas> pois entendei

que

não

conheço

quem

Cols,9ze/ciâ

vaszmo

fcife foisnobres,íe plcbeas:fc

fcrmofas, íc feas: fe ricas, fe pobres: fei

o que

mereceis

paraojuizo, não fci

quem

fois para

o

refpeito:

Nefm

'i/os.B fte

di&ame

íegue

o

luiz

do Geo:

efte

didamc

fi^

gão

os luizesdateria. Proccdãoconaofabiosao

çxamc

(26)

dás caufas^Sc pÒrtctníScfemòignorantes para

òconhc-oimctodas pefíbaS."Íáibão Teha mcritopara

o

fauor,ou deméritopara

o

caftigo: naofaibão aquê fauorccê,

ou

a

quem

caftigão: para

que

com

aignorânciados

julga-doseuiten:!adefordcmde rcfpediuos.Bemaffi

como

o

Amor

diuitió^^fèmattêtideràpriuilegiòsparticulares,

como

fetrataráfódemerecimentospara

o

premio,

&

dcfconhecèrapeffbaspara

o

rerpeito, deceoao

mefmo

tempo

fobretodosaqucilesventurofos congregados.

Iftòhc

o

que deuéfazera luftiça:vejamos

breueme-tèo que nâo deue hztttHocejíaut€mjudícmm,'^^t he

o

juizo

do

muiidojdiííe ChriftoaNicodcmos.

E

qtal

Se-íarfW,j# niior^ fS^^^^^^venit ihmundu, á"àilexerunt homines

fn^gisteneètas^qualuce,QuQveyoaluzaferjulgadados

homcs,&

antepuzerãoos

homês

astreuas àluz.Hamais

injuftafentença>

A

luz

menos

eftimada, queastreuasí

Donde

nacco,

que

homens

com

razãojulgaíTcm tio

ir-racionalmentcf

Dondet

De

três grandes errosquefc

cometerãoneftejuizo:arrojamcnto,cegueira,& parda--lidade.Vamolos vendo.

Femt

luxin

mundum^é*

dilexerunthomines magiste*

nehras,^ua?nlucem.Enttou aluz

no

juizodoshomês,

&

fcntencearãoos

homês

pellas treuascontraa luz.

Ha

tal

preffaíHatalarrojamento^Queefcaçamentefeprefcntc

a luz,para

qa

)n\^\xt:Venitlux

m

mu^dum^quândo

logo

fevécõdenada; Etddexerúthomines magistenehras^qtio,

lucê)Affifecondena húaluz>

Mas

por iííoaluz fe

códe-najporqfecõdGnaaíTi.Se os

homês

cófideráilo deuagar por húaparte a féFmófara,&vtilidadeda luztporoutra

afealdade,6cmalesdastreuas, nuncajulgarão astreuas

pormelhores,que aluz,mas

como

não

ouue

mais,quc appareceraluzíio

túbmiSíbFms

luxinmfénduyôa

(27)

jarcmr^oshomêsrafenteticeaUtcmerâri«s,cond€noufç

aluz.E^dilexeruplmagfs tenehras^quamluçem^c\\xtjuir^

zosprccepitados

como

fcntenceão

com

poucaluz,reii«

tcnccãoordinanamentçccniccaas luzes. . ;! :;: «ít

y

r^;^//V

luxmmundumyxifo^,

luriíaferjulgada,^ha^

vendo

de votar

o

entendimento,votouavontade:£r^/»

/^A-^r^^^/.E efte foi

o

fegundoeriQ.Sabéporquealuz

fa-hio condenadancfteji^Lzc^ Porqifol luiz a vontade,&• nãoarazão.Que

hadç

jfazerh&açfga,fenãojulgarás ce^r

ga>>Eondeosluizosíefazêàjsjcegas,qmuitQjqfeeftimê treuas,& fedcícftimé

luzcs.AvõtadecomOnão

têolhos

caacha

o q

ha,fenão

o q

querj

&

affi fequer

fauore-cei?,açharàméritosn^Mm9^vSk<\}x^t coiidenar,achafá

faltasnaJuz.^jfíDHiiv CíijpíiinqJ^

Vilexeruntmagis: araaraomais- Eis aqui

o

terceiro

crrodep:e juizo.Nãopropondérãoos Julgadores

igual-mêteaffciçoadospara

ambas

as partes^inclinarãofcmais

a h.m:DiUxerunt

magh

tenebras-^

&

aparcialidades,

q

fc

hauiade feguir,fenão

fem

razoens>Ondc ha

amar

mais, as

mefmas

trcuasfaõmaisfermofas,

q

a luz:

onde

haa-mar

mcnos,amçfma^luz bemais fea^q as trcuas:

E

porq ncfteTribunal

Ubuue

arrojam^o

ào

refoider.cegueira

no

votar,ôc percialidadenofauorecer,por

iífotudofo-rão defacertosnefte Tribunal:5rafiihauiadeferpara fc

condenarem

luzes, quefó arrojados, cegos,

&

parciae^

as

podem

condenar:

&

efta he aconfolação que fica á

luz defeftimada, q a não defeftime, fcnão que vota c5

pouca

madurezâ,qu5julga

como

qucr,&quê

ama

mais.

Temos

acabado

o

Sermão,

&

fenãomeenganoaíTia

fefta.comoodiainfluirão fuíEciêtemêtcnadirecçãoda

juftiça,qfoitodanoíTaobrigação.

Conforme

otextoda

ifefta, para fera juftiça perfeita, hadeauernos

Julgado-rcsjdefatederarefpeitos,tratârigualmêteaspartes, sete.

(28)

«

MM

24

com

cencordia,punir

com

moderação,defpachar

com

prcfla : ôcfaõ osacertos

que

arbitrou

o

Amor

diuino/

eonformc o

texto

do

diafaranãoferajuftiça

imperfei-ta, não ha de auernósluizesfauorccèr

com

parcialida*

dcvôtarcom

cegueira, reíbluer

com

arrojamento:

&

faõ oserrosde

que

acautela

o

Amor

humano.

A

cautc*

kdeftcs erros,

&

áprofecuçaó daquelks acertos pedia meuofficio , quecxhortafle [com efficaciaa

quem

de

ptefente

tem

afeucargo àjuftiça;

mas

porque fei

que

osacertos fepraticão

com

cuidado,

&

os'errosfeeultãp

com

diligencia,

não hc

bem

que

oíFenda

com

exhorta-çoens^a

quem

deuo

engrandecer

com

louuorcs.

O

dí*

nino

Amor

Prefidepteaflifta

com

feu auxilio a tão

ajuftado Tribunal,para

que

váauante:

&

a

nòstodos

com

fuaigraça,com

que

penhoremos

a glori*a.^/í«i

:r P \j :iií\hi^'\\ <h

I.AVS DÉO.

(29)

A

ANTÓNIO

DE MENDOCA.

do

Concelho

deSnaMageftade,

ArcebiTpo

eleito

de

Braga,

Pri-mas

de

EípanhaXõrnííTario

orè-ralApoftolico

da

Bulia

da

Santa

Cruzada,

neftesReynos

dePor-tugaljPreíidente

daMefa

daCô-ciência, êc

Ordens,

ôc

Sumi-Iher

da

cortina

do

dito

Senhor,ócc.

j

OMO

todasas coufas,por granJes

" ']f((f^j3ojcliantede

ânimosgtnero"

losnunca p^ffaÕ da ejphera

deli-mitadas; mats parece

hua piquena oferta irreuerencia cometida con-trao^ acatamento deuido

afuajohe-.^..J. -j

f^>

''^"''^^do^uelífonjadehmnammo

St;

'

/r"^'^''

^P^<^''^con.rd.J]eemmi

r%

'

'^'"'''^'^^-Scnlm.acpcurtdifcurfo

ffj^^omujdop.-n,ofa^erfLaoJordos

appLu/os

, ^uelheaffl^urade feu trabalho

(30)

protec-jv?o Je

Ni

nome

,

^

por não

mal

kgm

em

mi

^lenr^

nafeidosdefejos,quetenho dequeconheçao

mundo

por

meu

epfauor^

me

acreui aappellidallodondea yniaÕ

dafàngue

mo

pede por obrigação;^ alémdelialhe

of-fereçopor

amor

ipara que

com

ejletitulo

grangèe

a

o-braocredito^ que

porfinãoalcançara;

®

yiua isenta decalumniofasobjecçoens^atribuindoejle

priuilegio ao

mparo

deV.Senhoria,<iueadejfende

, cujapejfoa9

Çeo^uarde^^c.

(31)
(32)

Referências

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