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A relação entre agricultura e política macroeconômica é um tema que embora não

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1. Agricultura e Política Macroeconômica

A relação entre agricultura e política macroeconômica é um tema que embora não

tenha sido muito tratado na literatura de política agrícola, sem dúvida é da maior

importância para a análise da agricultura brasileira. Os trabalhos de Schuh (1989),

Barros, G. (1992) e Helfand e Rezende (2001) são referências importantes para a

melhor compreensão dessas relações.

A estabilização da economia brasileira produziu novas relações em termos de

contratos e alterou as decisões de investimento do setor público e privado. Além

disso, provocou acentuadas alterações na forma de conduzir a política agrícola,

especialmente em relação ao financiamento e ao abastecimento.

Os dados sobre o comportamento da inflação brasileira são ilustrativos como

indicadores dos resultados da estabilidade macroeconômica.

O Índice Geral de Preços (Disponibilidade Interna), mensal e acumulado em 12

meses (Tabela 1), revela que entre abril de 2000 e setembro de 2001 a inflação

mensal foi baixa, atingindo 0,13% e 0,38% como os menores valores da série. Os

maiores percentuais mensais foram de 2,26% e 1,82%, que implicaram em inflação

anual de 14%. A série apresentada mostra, ainda, uma clara tendência de queda do

Índice geral de preços, de percentuais anuais em torno de 13% para 9% nos meses

mais recentes do ano 2001. Essa tendência de redução da inflação brasileira teve

impactos sobre a agricultura através dos efeitos na taxa de juros e nos contratos

devido a retirada da maior parte dos indexadores que estavam vinculados aos

(2)

Tabela 1 - Inflação IGP-DI Variação Mensal Variação Acumulada em 12 meses Abr/00 179,357 0,128 12,371 Mai/00 180,563 0,672 13,389 Jun/00 182,236 0,927 13,296 Jul/00 186,353 2,259 13,964 Ago/00 189,746 1,821 14,331 Set/00 191,049 0,687 13,550 Out/00 191,763 0,374 12,035 Nov/00 192,506 0,387 9,888 Dez/00 193,97 0,760 9,415 Jan/01 194,92 0,490 8,882 Fev/01 195,58 0,339 9,027 Mar/01 197,151 0,803 9,647 Abr/01 199,374 1,128 10,646 Mai/01 200,251 0,440 10,414 Jun/01 203,167 1,456 10,944 Jul/01 206,45 1,616 10,300 Ago/01 208,315 0,903 9,383 Set/01 209,111 0,382 9,078

Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Outro ponto que merece ser mencionado é o comportamento das taxas de juros.

Apesar de que as taxas de juros do país ainda sejam superiores às taxas

internacionais, tem havido nítida redução da taxa Selic que é a taxa referencial de

remuneração dos títulos públicos na economia brasileira. Nota-se na Tabela 2, que

essa taxa atingia valores anuais superiores a 60% em 1994. No ano de 2000, e nos

primeiros messes de 2001, a taxa Selic situou-se entre 15 e 18%, com uma

tendência de queda para valores em torno de 15% ao ano. O Gráfico 1 também

(3)

Tabela 2 - Taxas de Juros da Economia Brasileira - selic (anual)

mês taxa mês taxa mês taxa

Ago/94 63,30 Nov/96 23,90 Fev/99 38,97

Set/94 57,10 Dez/96 23,90 Mar/99 43,25

Out/94 53,30 Jan/97 22,88 Abr/99 36,12

Nov/94 61,40 Fev/97 22,02 Mai/99 27,11

Dez/94 56,40 Mar/97 21,58 Jun/99 22,01

Jan/95 48,90 Abr/97 21,84 Jul/99 20,74

Fev/95 46,80 Mai/97 20,76 Ago/99 19,51

Mar/95 65,00 Jun/97 21,08 Set/99 19,38

Abr/95 64,90 Jul/97 21,04 Out/99 18,91

Mai/95 64,70 Ago/97 20,78 Nov/99 18,95

Jun/95 60,80 Set/97 20,84 Dez/99 18,99

Jul/95 60,50 Out/97 22,02 Jan/00 18,94

Ago/95 57,20 Nov/97 49,30 Fev/00 18,87

Set/95 48,10 Dez/97 42,04 Mar/00 18,85

Out/95 44,10 Jan/98 37,19 Abr/00 18,62

Nov/95 40,50 Fev/98 34,32 Mai/00 18,51

Dez/95 38,90 Mar/98 28,32 Jun/00 18,04

Jan/96 35,70 Abr/98 25,16 Jul/00 16,85

Fev/96 32,20 Mai/98 22,60 Ago/00 16,52

Mar/96 30,20 Jun/98 21,02 Set/00 16,56

Abr/96 27,80 Jul/98 20,33 Out/00 16,60

Mai/96 27,00 Ago/98 19,23 Nov/00 16,51

Jun/96 26,50 Set/98 34,29 Dez/00 16,19

Jul/96 25,80 Out/98 41,58 Jan/01 15,49

Ago/96 26,30 Nov/98 38,73 Fev/01 15,20

Set/96 25,40 Dez/98 31,24 Mar/01 15,39

Out/96 24,70 Jan/99 31,19

Fonte:Banco Central do Brasil

Taxa Selic - % ao ano

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00

Ago/94 Nov/94 Fev/95 Mai/95 Ago/95 Nov/95 Fev/96 Mai/96 Ago/96 Nov/96 Fev/97 Mai/97 Ago/97 Nov/97 Fev/98 Mai/98 Ago/98 Nov/98 Fev/99 Mai/99 Ago/99 Nov/99 Fev/00 Mai/00 Ago/00 Nov/00 Fev/01

Mês

(4)

Tabela 3 - Base monetária e meios de pagamento (M1)

R$ milhões Período Base monetária Meios de pagamento (M1)

Fim de período Média diária1/ Fim de período Média diária1/

Papel- Reservas Total Papel- Reservas Total Papel- Depósitos Total Papel- Depósitos Total moeda bancárias moeda bancárias moeda em à vista moeda em à vista

emitido emitido poder do poder do

público público 1996 Dez 17 188 2 608 19 796 16 780 3 326 20 106 15 317 14 491 29 807 14 641 14 352 28 993 1997 Dez 20 251 11 578 31 828 19 972 12 311 32 283 18 079 29 284 47 363 17 538 28 073 45 612 1998 Dez 24 167 15 018 39 184 23 550 15 735 39 285 21 185 29 522 50 707 20 463 28 517 48 981 1999 Dez 29 838 18 592 48 430 27 307 18 101 45 407 25 951 36 794 62 744 23 573 35 459 59 032 2000 Jan 24 200 17 693 41 893 26 403 19 350 45 753 20 701 35 932 56 633 22 951 35 141 58 092 Fev 23 069 18 852 41 920 24 285 17 913 42 197 19 826 34 212 54 038 21 129 33 329 54 458 Mar 22 732 16 361 39 094 23 640 17 266 40 906 19 736 33 519 53 255 20 432 33 033 53 465 Abr 23 280 14 441 37 721 23 576 14 974 38 549 20 007 33 661 53 669 20 323 33 436 53 759 Mai 22 470 13 405 35 876 23 512 14 948 38 460 19 256 33 720 52 976 20 283 33 735 54 018 Jun 23 227 9 089 32 316 23 890 14 034 37 924 20 143 34 554 54 697 20 605 34 088 54 693 Jul 23 556 12 896 36 452 24 317 12 824 37 141 19 995 37 083 57 078 21 002 35 623 56 625 Ago 23 494 15 629 39 122 24 290 13 564 37 855 20 119 36 508 56 626 21 000 35 966 56 966 Set 24 798 12 723 37 521 24 804 13 256 38 060 21 630 37 822 59 451 21 376 36 741 58 117 Out 24 266 14 370 38 636 25 242 14 057 39 299 20 751 39 416 60 166 21 726 38 145 59 871 Nov 25 541 15 190 40 731 25 594 14 411 40 006 21 923 41 130 63 053 21 937 39 116 61 053 Dez 32 633 15 053 47 686 30 815 15 489 46 304 28 641 45 712 74 352 26 678 43 697 70 375 2001 Jan 27 419 14 944 42 364 29 850 16 609 46 459 23 686 42 863 66 549 25 852 43 717 69 569 Fev 28 152 19 739 47 891 28 548 15 753 44 300 23 430 44 880 68 310 24 689 42 777 67 466 Mar 26 731 14 637 41 368 27 646 15 660 43 306 23 305 42 728 66 033 23 909 42 828 66 737 Abr 27 054 13 857 40 911 27 704 15 840 43 543 23 015 42 810 65 825 23 902 42 397 66 300 Mai 26 845 14 608 41 453 27 748 15 888 43 636 23 097 42 365 65 462 23 982 42 185 66 167 Jun 27 750 14 225 41 974 28 284 15 652 43 936 24 002 42 394 66 396 24 437 42 633 67 070 Jul 27 685 13 909 41 594 28 871 16 133 45 004 23 628 43 700 67 329 24 933 43 738 68 672 Ago 28 005 14 624 42 629 28 842 16 169 45 010 24 197 43 444 67 641 24 797 42 998 67 795 Set 28 812 16 670 45 482 29 272 15 860 45 133 24 719 43 489 68 208 25 022 43 368 68 390 Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil

1/ Com base nos dias úteis do mês.

Nota: Programação da base monetária para o 3º trimestre de 2001: R$41,4 bilhões - R$48,6 bilhões (ponto médio das previsões: 18,4% em 12 meses). Programação monetária do M1 para o 3º trimestre de 2001: R$63,0 bilhões - R$74,0 bilhões (ponto médio das previsões: 17,8% em 12 meses).

(5)

Outro indicador que tem efeitos diretos sobre a agricultura são os montantes de

meios de pagamento (M1). Olhando para seu componente Depósitos a vista, vê-se

que essa variável tem apresentado nítida tendência de aumento. Em valores

nominais passou de R$14491 milhões em Dezembro de 1996 para R$45500 milhões

em Dezembro de 2000, representando uma elevação nominal de 213,3% no

período. Como uma das principais fontes de recursos do crédito rural, os Recursos

Obrigatórios (Exigibilidades) tem origem nos Depósitos à Vista. O crescimento

desses depósitos tem implicação direta no aumento da oferta de recursos para a

Agricultura. Como o percentual de Exigibilidades representou uma aplicação

obrigatória pelo sistema bancário, de no mínimo 25% dos Depósitos à Vista, o

aumento desta conta se reverte em benefício de maior quantidade de recursos

financeiros para a agricultura (Tabela 3).

A taxa de câmbio tem-se mostrado favorável para a agricultura e tem sido

considerada uma das principais variáveis determinando o desempenho da produção

nacional e do comércio exterior. Até janeiro de 1999 o regime adotado era de taxa

de câmbio fixa. A partir de 15 de janeiro de 1999 adotou-se o sistema de taxa de

câmbio livre com interferências pontuais do Banco Central. Essa alteração do regime

cambial implicou numa desvalorização da taxa de câmbio de 15,66% em valores

reais (entre 12/1998 e 12/1999). Nos últimos doze meses (10/2000 a 9/2001) a taxa

efetiva de câmbio sofreu uma desvalorização real de 29,6%. Esse comportamento

da política cambial tem tido enormes efeitos sobre a agricultura no que se refere a

seus indicadores de desempenho como relação de trocas (preços recebidos pelos

(6)

Tabela 4 - Brasil: Participação do Produto Interno Bruto Setorial e PIB, 1970-2000 em % Data PIB Agropecuária PIB Indústria PIB Serviços PIB Comércio PIB - Produto Interno Bruto 1970 12,30 38,70 56,40 17,80 119,00 1971 13,20 38,60 55,50 16,80 117,30 1972 13,20 39,70 54,20 16,30 117,60 1973 12,70 41,90 51,40 16,50 115,80 1974 12,10 43,10 51,20 16,30 114,30 1975 11,50 43,20 52,40 15,60 112,70 1976 11,70 43,00 53,10 14,50 113,60 1977 13,70 41,80 52,70 13,70 113,50 1978 11,20 43,10 54,80 13,20 113,00 1979 10,80 43,60 54,40 12,30 111,50 1980 10,90 44,10 52,70 11,70 110,60 1981 11,20 44,30 55,20 11,40 111,70 1982 9,70 45,80 55,60 11,00 111,70 1983 12,50 44,30 57,10 10,60 112,20 1984 13,80 46,20 53,50 10,00 110,90 1985 12,60 48,00 52,90 9,70 110,50 1986 12,10 47,20 48,70 9,10 113,00 1987 10,80 47,50 57,60 8,40 111,60 1988 11,40 46,80 58,60 8,70 111,50 1989 9,80 46,30 70,40 8,50 110,60 1990 11,60 41,90 60,60 8,10 117,50 1991 7,79 36,16 68,93 9,78 113,84 1992 7,72 38,70 77,50 9,24 113,38 1993 7,56 41,61 81,82 9,27 111,56 1994 9,85 40,00 64,25 9,46 112,94 1995 9,01 36,67 60,72 8,93 113,01 1996 8,32 34,70 62,31 7,79 112,08 1997 7,96 35,21 61,92 7,60 111,57 1998 8,28 34,58 62,26 7,19 111,41 1999 8,26 35,47 61,07 7,68 112,16 2000 7,75 37,16 58,88 7,46 112,37 Fonte: FGV

Participação do Produto Interno Bruto Setorial e PIB 1970-2000 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Ano % PIB Agropecuária PIB Indústria PIB Serviços

(7)

2. Transformações Estruturais e Produtividade.

A agricultura brasileira vem passando por um processo acentuado de

transformações. Gasques e Conceição (2001) analisaram um conjunto de

indicadores relacionados a esse processo, tais como Índice de Produtividade Total

dos Fatores (PTF), Índice de Mudança Estrutural e Índices de Especialização.

Concluíram que juntamente com as mudanças ocorridas na produção, o aumento do

produto vem-se dando quase exclusivamente pelos ganhos de produtividade total

dos fatores. Do mesmo modo, as evidências mostraram tendência de especialização

na maior parte da agricultura. Esta especialização vem ocorrendo até mesmo no

Nordeste do Brasil, e se dá em direção a produtos que têm uma forte relação com a

agroindústria, e também nas regiões do país que têm apresentado maiores ganhos

de produtividade total dos fatores.

Olhando essas transformações sob a ótica do comportamento dos setores, nota-se

que tem havido queda da participação do produto agropecuário no produto total ao

longo dos anos. Em 1970 o PIB agropecuário representava 12,30% no Produto

Interno Bruto do país, enquanto que em 2000 essa participação caiu para 7,75%.

Neste ano, as participações do setor serviços e indústria representaram 58,88% e

37,16%, respectivamente (Tabela 4). Outros trabalhos mostram que além da

redução relativa da renda, também tem ocorrido redução do emprego agrícola no

emprego total (Gasques e Conceição, 2001).

A Produtividade Total dos Fatores na agropecuária brasileira cuja taxa de

(8)

média anual de 2,33% no período 1970 a 1995. Essa taxa situa-se acima das

obtidas em outros países, como Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e outros

Entretanto, na comparação de produtividades entre países tomando-se o indicador

Produto Doméstico Bruto (GDP) por pessoa empregada na agricultura, o Brasil fica

num ranking de número 40 num grupo de 46 países desenvolvidos e em

desenvolvimento (OCDE, 1998).

Tabela 5 - Taxas Anuais de Crescimento da Produtividade Total dos Fatores na Agricultura,

Produtividade da Mão-de-obra e Produtividade da Terra – Brasil

Períodos Produtividade Total dos Fatores (PTF)

Produtividade da Terra Produtividade do Trabalho

1970 – 1980 2,00 4,95 5,37

1985 – 1995 2,27 1,61 1,91

1970 - 1995 2,33 3,39 3,35

Fonte: Gasques, J.G e Conceição, J.C. (2001)

Olhando através de um trabalho de Bacha e Bonelli (2001) as produtividades

(parciais) intersetoriais, nota-se que em meio século, a taxa média anual da

produtividade (PIB por pessoa ocupada) da agropecuária, cresceu a uma taxa de

4,12%, superior a média de quase todos os demais setores. Percebe-se, ainda, que

esse crescimento foi bastante superior a média da economia, de 2,91% no período

(9)

Tabela 6 - Crescimento da Produtividade

1950-60 1960-70 1970-80 1980-91 1991-99 1950-1999

Total (PIB pm por pessoa ocupada) 4,37 3,34 4,82 -0,91 2,79 2,91

Agropecuária 2,53 3,68 5,02 2,64 4,52 4,12

Indústria (exc. Construção) 6,06 2,87 2,00 0,47 4,80 3,38

Construção 5,64 -1,03 3,63 -2,86 1,77 1,14

Comércio 2,72 1,47 1,87 -4,27 0,80 0,26

Transportes e Comunicações 4,14 5,52 6,87 2,41 4,76 5,69

Bancos e Atividades Financeiras -1,33 6,53 3,52 1,67 2,34 2,55

Adm. Públicas* 2,62 3,50 -0,52 -0,43 4,15 1,43

Outros Serviços -0,65 0,58 5,46 -4,53 0,51 0,03

Total (VA preço básico) 4,16 4,22 4,88 -0,97 2,28 2,95

Fonte: Bacha, E. L. e Bonelli, R. (2001)

Crescimento da Produtividade -6 -4 -2 0 2 4 6 8 1950-60 1960-70 1970-80 1980-91 1991-99 1950-1999 Período %

Total (PIB pm por pessoa ocupada) Agropecuária

Indústria (exc. Construção) Construção

Comércio

Transportes e Comunicações Bancos e Atividades Financeiras Adm. Públicas*

Outros Serviços Total (VA preço básico)

Crescimento da Produtividade Setorial

-6,00 -4,00 -2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 1950-60 1960-70 1970-80 1980-91 1991-99 1950-1999 Período % Agropecuária

Indústria (exc. Construção) Outros Serviços

(10)

3. A Relação de Trocas da Agricultura Brasileira

Os ganhos de produtividade observados e os montantes de recursos mobilizados

pelo setor financeiro, refletem uma situação de sensível melhoria da rentabilidade da

agricultura nos últimos anos. A relação de trocas, expressa pela relação entre o

índice agregado de preços recebidos pelos produtores e o índice agregado de

preços pagos pelos insumos adquiridos, pode expressar relativamente bem o

comportamento do setor em relação ao resultado econômico de suas operações. O

diagrama mostra a relação de trocas da agricultura brasileira num período de 15

anos (junho/86 a agosto 2001).

Fonte: Fundação Getúlio Vargas

Gráfico - Relação de Trocas - Brasil 1986-2001 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00

Jun/86 Out/86 Fev/87 Jun/87 Out/87 Fev/88 Jun/88 Out/88 Fev/89 Jun/89 Out/89 Fev/90 Jun/90 Out/90 Fev/91 Jun/91 Out/91 Fev/92 Jun/92 Out/92 Fev/93 Jun/93 Out/93 Fev/94 Jun/94 Out/94 Fev/95 Jun/95 Out/95 Fev/96 Jun/96 Out/96 Fev/97 Jun/97 Out/97 Fev/98 Jun/98 Out/98 Fev/99 Jun/99 Out/99 Fev/00 Jun/00 Out/00 Fev/01 Jun/01

Período

Ïndice

Jun-86 a Out-92

Fev-93 a Fev-96

Fev-96 a ago-01

O diagrama mostra que aproximadamente a partir de Fevereiro de 1993 a relação de

trocas da agricultura passou a situar-se num patamar superior àquele observado

(11)

manifesta aproximadamente no final de 1989. Nos últimos 5 anos, a relação de

trocas mantém uma certa estabilidade (período Fev. 96 a Ago.2001), porém, como

foi observado, numa posição acima da observada na maior parte do período anterior

(Diagrama ).

Desagragando a Relação de Trocas em Lavouras e Pecuária, constatou-se que a

situação das lavouras tem sido melhor que a da Pecuária em relação aos principais

insumos adquiridos. Os Preços Recebidos de Lavouras têm um situação de

vantagem em relação a todos os insumos considerados no Cálculo do Índice de

Preços Pagos, como sementes, agrotóxicos, combustíveis fertilizantes, serviços e

mão-de-obra. Por outro lado, a Relação de Trocas dos Produtos Animais mostra até

mesmo uma tendência de queda nos último anos.

O comportamento favorável da Relação de Trocas de Lavouras, juntamente com

uma taxa de câmbio atrativa, vêm indicando com a possibilidade de aumento da

produção nacional de grãos no próximo ano. O primeiro levantamento de previsão

de safra realizado em setembro pelo Ministério da Agricultura mostra que a safra de

grãos do próximo ano poderá situar-se no intervalo de 97,79 milhões e 100,3

milhões de toneladas. Comparando-se o limite superior dessa estimativa com a

safra do presente ano (safra 2000/2001), o acréscimo de produção esperado é de

2,2% (CONAB, 2001). Além dessa boa previsão, a agricultura contabilizou neste

ano, uma posição excepcional do comércio exterior, com saldo comercial de

US$18,45 bilhões entre Novembro de 2000 e Outubro de 2001. Os quatro principais

produtos responsáveis por esse resultado foram o complexo soja, carnes,

(12)

4. Política de Financiamento

4.1. Total de Operações do Sistema Financeiro e Grau de Risco

O total de operações de crédito do sistema financeiro que se refere ao setor público

(governo federal, governos estaduais e municipais) e ao setor privado, representou

um saldo de R$332740 milhões em Setembro de 2001. Este representou o volume

financeiro que o sistema de crédito nacional tinha a disposição dos diversos setores

da sociedade nesse período (Tabela 7). As operações do setor público representam,

como se percebe, uma parte pequena do montante de operações do sistema, cerca

de 3,0% em Setembro de 2001, embora tenha atingido valores mais expressivos em

anos anteriores.

Tabela 7 - Total de operações de crédito do sistema financeiro1/ Saldos em final de período

R$ milhões

Período Setor público2/ Setor privado Total

geral Governo Governos Total do Indústria Habitação Rural Comércio Pessoas Outros Total do federal estaduais e setor físicas serviços setor

municipais público privado

2000 Mar* 4 741 11 679 16 420 82 257 53 664 25 987 27 395 43 105 37 880 270 288 286 708 Abr* 4 520 11 862 16 382 83 638 54 894 26 300 26 741 43 636 39 422 274 631 291 013 Mai* 4 342 9 531 13 873 80 833 59 172 26 510 28 408 48 084 42 423 285 430 299 303 Jun* 4 387 9 359 13 746 80 023 60 995 26 784 27 457 49 505 41 378 286 142 299 888 Jul* 4 351 9 635 13 986 80 590 61 316 26 682 27 532 50 599 42 254 288 973 302 959 Ago* 3 740 9 414 13 154 79 087 61 053 26 731 28 393 52 884 41 769 289 917 303 071 Set* 3 736 9 319 13 055 79 099 60 509 25 344 28 295 54 234 40 710 288 191 301 246 Out* 3 680 9 294 12 974 80 486 58 831 25 632 29 262 56 203 41 863 292 277 305 251 Nov* 3 656 10 054 13 710 83 047 56 702 26 228 30 724 58 507 43 970 299 178 312 888 Dez* 3 586 8 978 12 564 85 669 55 968 27 078 31 563 60 416 45 760 306 454 319 018 2001 Jan* 3 483 9 067 12 550 84 067 53 929 27 135 31 501 63 000 46 802 306 434 318 984 Fev* 3 174 8 979 12 153 87 791 53 550 27 826 32 573 64 710 48 658 315 108 327 261 Mar* 3 407 9 665 13 072 90 555 53 559 27 922 33 268 67 329 50 057 322 690 335 762 Abr* 3 667 9 834 13 501 91 281 53 170 28 209 33 816 69 882 51 345 327 703 341 204 Mai* 3 757 9 943 13 700 94 191 52 958 28 373 34 259 71 540 52 313 333 634 347 334 Jun* 3 718 5 462 9 180 94 863 22 635 23 282 35 264 71 830 53 455 301 329 310 509 Jul* 4 055 5 550 9 605 97 973 22 997 23 506 35 558 73 056 54 428 307 518 317 123 Ago* 4 121 5 621 9 742 101 000 23 180 23 988 35 872 74 063 56 802 314 905 324 647 Set* 4 148 5 731 9 879 103 761 23 617 25 040 36 665 74 734 59 044 322 861 332 740

Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil

1/ Inclui operações de arrendamento mercantil.

(13)

A Indústria e Pessoas Físicas, são os setores que mais mobilizam recursos (Tabela 7).

Entretanto, o setor rural também utiliza quantidade expressiva de recursos do sistema

financeiro. Tomando-se os saldos do total de operações em Setembro de 2001, tem-se um

valor de R$25040 milhões mobilizados pelo setor rural, e em percentual corresponde a 7,52%

do total de operações de crédito do sistema financeiro. Do saldo das operações para o setor

rural, 61,2% são operações sob a responsabilidade do setor público.

A classificação desses recursos segundo níveis de risco, que é uma das exigências do Acordo

de Basiléia do qual o Brasil é signatário, está apresentada na Tabela 8 para o sistema

financeiro privado e na Tabela 9, para o sistema financeiro público. Os valores estão

expressos em saldos de final de período e em percentuais conforme as classes de risco. Esses

números mostram que 33,8% das operações do setor privado e 67,1% da operações do sistema

financeiro público, situam-se nos níveis de risco AA e A, não se enquadrando, portanto em

situações de atraso de pagamento.

Saindo dessas faixas de risco, os níveis de risco B e C são os que contém os maiores

percentuais de operações, 22,6% no setor financeiro privado e 34,0% no sistema financeiro

público. Nos níveis de risco mais elevados (D até H), os percentuais de operações são

pequenos: 8,3% no setor financeiro privado e 17,2% no setor financeiro público. Em ambos

os setores, as operações situadas no maior nível de risco (H), representam 8,0%. Como essas

operações apresentam um tempo de atraso superior a 180 dias seriam aqueles que têm maiores

(14)

Tabela 8 - Operações de crédito do sistema financeiro privado1/

Saldos em R$ milhões e participação % Segmento Setembro 2001*

Saldo total Níveis de risco

AA A B C D E F G H

Setor público2/ 1 980 1 367 594 0 5 7 0 0 1 6

100,0 69,0 30,0 0,0 0,3 0,4 0,0 0,0 0,1 0,3

Governo federal 1 329 1 264 62 0 0 3 0 0 0 0

100,0 95,1 4,7 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0

Governos estaduais e municipais 651 103 532 0 5 4 0 0 1 6

100,0 15,8 81,7 0,0 0,8 0,6 0,0 0,0 0,2 0,9 Setor privado 218 668 75 065 75 296 30 247 19 736 6 049 2 280 1 970 1 736 6 289 100,0 34,3 34,4 13,8 9,0 2,8 1,0 0,9 0,8 2,9 Indústria 68 185 33 625 16 819 8 460 5 949 1 337 441 322 180 1 052 100,0 49,3 24,7 12,4 8,7 2,0 0,6 0,5 0,3 1,5 Habitação 9 524 2 506 2 446 1 959 1 165 489 133 160 89 577 100,0 26,3 25,7 20,6 12,2 5,1 1,4 1,7 0,9 6,1 Rural 9 708 2 818 2 613 1 534 1 698 230 190 77 392 156 100,0 29,0 26,9 15,8 17,5 2,4 2,0 0,8 4,0 1,6 Comércio 29 215 9 464 9 400 4 480 3 262 952 323 240 238 856 100,0 32,4 32,2 15,3 11,2 3,3 1,1 0,8 0,8 2,9 Pessoas físicas 57 884 6 486 32 637 8 582 3 115 1 792 785 901 690 2 896 100,0 11,2 56,4 14,8 5,4 3,1 1,4 1,6 1,2 5,0 Outros serviços 44 152 20 166 11 381 5 232 4 547 1 249 408 270 147 752 100,0 45,7 25,8 11,8 10,3 2,8 0,9 0,6 0,3 1,7 Total geral 220 648 76 432 75 890 30 247 19 741 6 056 2 280 1 970 1 737 6 295 100,0 34,6 34,4 13,7 8,9 2,7 1,0 0,9 0,8 2,9

Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil

1/ Inclui operações de arrendamento mercantil.

2/ Inclui administração direta, indireta e atividades empresariais.

Nota: A classificação dos créditos de responsabilidade de instituição financeira deve levar em consideração em relação ao devedor, dentre outros, sua situação econômico-financeira,

grau de endividamento, setor de atividade econômica, limite de crédito, natureza da operação creditícia, natureza das garantias e montante do crédito, além de situações de renda, patrimônio e cadastro no que se refere às pessoas físicas. São classificadas, no mínimo, no nível de risco correspondente as operações com atraso de pagamento na forma abaixo:

a) entre 15 e 30 dias, nível de risco B; b) entre 31 e 60 dias, nível de risco C; c) entre 61 e 90 dias, nível de risco D; d) entre 91 e 120 dias, nível de risco E; e) entre 121 e 150 dias, nível de risco F; f) entre 151 e 180 dias, nível de risco G; g) acima de 180 dias, nível de risco H.

(15)

Tabela 9 - Operações de crédito do sistema financeiro público1/

Saldos em R$ milhões e participação % Segmento Setembro 2001*

Saldo total Níveis de risco

AA A B C D E F G H

Setor público2/ 7 899 3 235 772 3 460 0 312 11 34 0 75

100,0 41,0 9,8 43,8 0,0 3,9 0,1 0,4 0,0 0,9

Governo federal 2 819 1 896 116 781 0 20 0 0 0 6

100,0 67,3 4,1 27,7 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,2

Governos estaduais e municipais 5 080 1 339 656 2 679 0 292 11 34 0 69

100,0 26,4 12,9 52,7 0,0 5,7 0,2 0,7 0,0 1,4 Setor privado 104 193 22 794 27 966 24 402 10 165 9 105 2 335 1 182 596 5 648 100,0 21,9 26,8 23,4 9,8 8,7 2,2 1,1 0,6 5,4 Indústria 35 576 9 738 7 232 13 851 1 184 1 320 327 305 88 1 531 100,0 27,4 20,3 38,9 3,3 3,7 0,9 0,9 0,2 4,3 Habitação 14 093 250 941 1 457 6 150 3 485 329 210 177 1 094 100,0 1,8 6,7 10,3 43,6 24,7 2,3 1,5 1,3 7,8 Rural 15 332 4 229 5 903 3 123 783 423 159 171 63 478 100,0 27,6 38,5 20,4 5,1 2,8 1,0 1,1 0,4 3,1 Comércio 7 450 2 185 2 581 1 133 428 468 96 105 43 411 100,0 29,3 34,6 15,2 5,7 6,3 1,3 1,4 0,6 5,5 Pessoas físicas 16 850 1 044 8 771 1 450 974 2 528 441 268 191 1 183 100,0 6,2 52,1 8,6 5,8 15,0 2,6 1,6 1,1 7,0 Outros serviços 14 892 5 348 2 538 3 388 646 881 983 123 34 951 100,0 35,9 17,0 22,8 4,3 5,9 6,6 0,8 0,2 6,4 Total geral 112 092 26 029 28 738 27 862 10 165 9 417 2 346 1 216 596 5 723 100,0 23,2 25,6 24,9 9,1 8,4 2,1 1,1 0,5 5,1

Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil

1/ Inclui operações de arrendamento mercantil.

2/ Inclui administração direta, indireta e atividades empresariais.

Nota: A classificação dos créditos de responsabilidade de instituição financeira deve levar em consideração em relação ao devedor, dentre outros, sua situação econômico-financeira,

grau de endividamento, setor de atividade econômica, limite de crédito, natureza da operação creditícia, natureza das garantias e montante do crédito, além de situações de renda, patrimônio e cadastro no que se refere às pessoas físicas. São classificadas, no mínimo, no nível de risco correspondente as operações com atraso de pagamento na forma abaixo:

a) entre 15 e 30 dias, nível de risco B; b) entre 31 e 60 dias, nível de risco C; c) entre 61 e 90 dias, nível de risco D; d) entre 91 e 120 dias, nível de risco E; e) entre 121 e 150 dias, nível de risco F; f) entre 151 e 180 dias, nível de risco G; g) acima de 180 dias, nível de risco H.

(16)

4.2. Mudanças na Política de Financiamento Rural1

Nos últimos anos houve mudanças profundas na forma de atuação do Governo no

crédito rural. Isso partiu da experiência que o modelo tradicional estava esgotado e

apresentava vários defeitos entre os quais a excessiva participação do Estado e a

cultura dos subsídios. A realidade imposta pela necessidade de controle dos gastos

públicos, em decorrência da política fiscal, e o esforço de modernização do Estado

foram determinantes para que se fizessem alterações substanciais no padrão de

atuação governamental.

A principal mudança no Crédito Rural foi com relação as fontes de recursos. Vários

trabalhos entre os quais, Gasques & Villa Verde (1996), Araújo, Barros e Pessoa

(1997) e Gasques e Conceição (2001) analisaram como esse processo ocorreu e

identificaram um esgotamento dos mecanismos tradicionais de financiamento que se

apoiavam pesadamente nos recursos do Tesouro. Este processo implicou em

alterações profundas na forma de atuação do governo, representando tanto um

redirecionamento dos recursos como uma mudança na sua forma de atuação. Um

dos resultados mais visíveis da mudança no padrão de atuação do governo foi o

aumento da importância relativa de fontes alternativas de financiamento.

Na Tabela 10, que representa a evolução das diversas fontes de financiamento,

essa questão fica clara. Há uma queda dramática nos últimos 25 anos dos

desembolsos da fonte Tesouro. Em 1985 essa fonte, juntamente com os Recursos

Obrigatórios financiavam 96,0% do Crédito Rural. Atualmente a participação da fonte

(17)

contrapartida, os Recursos Obrigatórios, o FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador e

a Poupança Rural, passam a representar, em 2000, 78,75% dos recursos aplicados,

devendo-se destacar que entre 1998 e 2000, os recursos obrigatórios do sistema de

crédito passam de 40,7% a 54,59% do financiamento total concedido. Outro ponto

que chama atenção nessas informações é o expressivo aumento da participação da

Fonte BNDES/Finame, que é uma fonte de crédito de investimento, essencialmente,

e praticamente única no país.

Tabela 10 - Financiamentos Concedidos a Produtores e Cooperativas

por Fonte de Recusos (1) - 1985 a 2000

valores em % Fonte de Recursos 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 RECURSOS DO TESOURO 63,98 64,87 37,29 24,51 23,96 26,72 24,18 22,97 26,67 27,11 19,70 3,48 1,50 1,66 0,11 0,02 RECURSOS OBRIGATÓRIOS 32,36 24,55 34,34 35,81 14,45 27,38 22,38 18,71 11,04 11,60 13,14 16,88 44,89 40,73 41,68 54,59 POUPANÇA RURAL 0,00 0,00 22,55 36,23 51,62 20,01 32,29 45,53 43,22 34,90 36,07 9,13 8,42 13,02 19,47 15,43 RECURSOS LIVRES 0,00 0,00 0,00 0,00 7,80 19,89 10,32 6,76 11,74 15,93 16,30 8,07 6,01 4,67 5,06 4,83 FUNDOS CONSTITUCIONAIS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,78 4,47 3,22 3,15 5,52 4,99 9,01 14,90 5,64 7,04 5,75 5,42

RECURSOS DE GOVERNOS ESTADUAIS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,27 0,09 0,12 0,07 0,10 0,26 0,36 0,26 0,18 0,18 0,13 0,10

FAT-FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 21,99 18,43 15,86 15,92 8,73

FAE-FUNDO EXTRA-MERCADO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 13,93 6,66 1,11 0,00 0,00

RECURSOS DO FUNCAFÉ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,60 5,54 5,00 2,31

FUNDO DE COMMODITIES 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,05 0,06 0,06

RECURSOS DO BNDES/FINAME 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,38 4,06 4,67 5,96

RECURSOS DO INCRA/PROCERA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 1,14 0,30 0,03

RECURSOS DE OUTRAS FONTES 3,66 10,58 5,82 3,44 1,11 1,44 7,47 2,81 1,72 5,21 5,43 11,37 0,70 2,07 0,38 1,33

RECURSOS EXTERNOS - 63 RURAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,86 1,46 1,17

Total Geral 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte: BACEN

(1) Custeio + investimento + comercialização

Outra mudança que merece ser registrada, já vinha sendo apontada pelos relatórios

de atividades da Secretaria do Tesouro Nacional, e refere-se ao desempenho das

Operações Oficiais de Crédito. No relatório de 1997, essa constatação está

explicitada no seguinte: “.... até 1994 consideráveis volumes de recursos oficiais

1

(18)

foram alocados para o financiamento direto de operações de custeio agropecuário. No entanto, a partir de 1995, sua participação tem se restringido a utilização de outras fontes de recursos (Poupança Rural e Fundo de Amparo ao Trabalhador-FAT, mediante mecanismos de equalização de encargos financeiros (equalização de taxas) de que trata a lei 4.827 de 27.05.92.”

A mudança ocorrida nas fontes de recursos, cuja característica principal foi o

surgimento de novas fontes de financiamento, contempla, ainda, a ação de

mecanismos onde a presença do governo tem sido essencial, como regulador e

estimulador. Dois desses mecanismos são representados pelos Fundos

Constitucionais e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES). Especialmente a esta última fonte se deve uma atuação expressiva no

crédito de investimento que foi praticamente eliminado como prioridade do governo

nos últimos anos. Somadas, essas fontes representam uma parcela expressiva dos

recursos alocados na agricultura a custos significativamente inferiores aos vigentes

no mercado para a mesma finalidade, embora seja provável que essas duas fontes

de recursos não venham dando conta das necessidades de investimento.

A redução de gastos do governo no custeio agropecuário redirecionou sua ação

para Fundos Regionais e para a Securitização Agrícola, e, com elevação não

contínua, para a Política de Garantia de Preços Mínimos (Tabela 11). Os Fundos

Regionais serão um pouco mais detalhados adiante num quadro comparativo de

recursos para a agricultura onde se mostra o setor público e privado. Do mesmo

(19)

de Preços Mínimos que nessa tabela compreende as Aquisições do Governo

Federal (AGF) e Estoques Estratégicos, o Programa de Garantia e Sustentação de

Preços, que contem os novos instrumentos com os quais o governo executa a

Política de Abastecimento e Preços e os Empréstimos do Governo Federal (EGF).

Tabela 11 - Gastos do Governo com a Política Agrícola e Regional

Em milhões de Reais

Especificação 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

Crédito Rural 2.857,0 2.231,7 2.665,7 3.447,0 2.639,5 3.517,4 5.662,1 Fundos Regionais 641,3 910,1 956,7 1.543,7 1.273,6 1.122,2 1.674,2 AGF e Estoques Estratégicos 595,2 222,4 555,4 288,9 193,3 379,1 1.219,0 Securitização Agrícola 0,0 0,0 421,4 529,3 311,0 1.125,4 1.094,2

PRONAF 0,0 0,0 63,3 171,9 287,7 324,5 606,0

Fundo Nacional de Desenvolvimento

0,0 0,0 0,0 119,6 22,1 207,9 235,7 Garantia e Sustentação de Preços 0,0 0,0 0,0 182,2 78,7 83,0 229,8 Custeio Agropecuário 521,6 277,1 198,5 258,7 158,5 123,3 180,8 PESA (equalização 2%) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 11,3 122,4 INVESTIMENTO 0,0 0,0 0,0 0,0 13,7 12,9 88,1 FAT-BNDES 420,8 288,4 210,4 274,6 258,9 65,5 77,8 FUNCAFÉ 37,4 10,5 23,7 48,4 30,4 30,5 45,2 EGF 637,6 516,2 233,2 28,4 9,8 3,2 38,7 RECOOP 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 16,3 25,2 BANCO DA TERRA 0,0 0,0 0,0 0,0 1,3 11,9 25,0 CACAU 1,5 2,6 0,0 1,1 0,2 0,2 0,0 PRODECER 1,6 4,4 3,1 0,2 0,3 0,2 0,0 Fonte: MF

As despesas com a Securitização Agrícola decorrem da renegociação da dívida

agrária iniciada em 1995, através da Lei 9.138 de 29.11.1995, que autorizou a

renegociação de dívidas com limite para cada beneficiário de até R$200 mil. As

despesas que o governo tem tido com esse processo estão contidas na Tabela 11

em Securitização Agrícola, que em 2001 representou uma despesa para o Tesouro

Nacional de R$1094 milhão de reais. Em 1998 houve uma renegociação para

(20)

R$200 mil. As despesas que o governo tem tido neste processo aparecem na

Tabela 11 no PESA (Programa Especial de Saneamento de Ativos). Em 1999, como

complemento à resolução nº 2471/98, foi autorizada a renegociação das dívidas das

Cooperativas. As despesas do Governo com essa renegociação estão registradas

na conta RECOOP na Tabela 11.

Em 2001 houve outra renegociação das dívidas agrárias para a agricultura

empresarial e para a agricultura familiar (Ver Medida Provisória nº 9 de 31 de

outubro de 2001). Houve, entre outras medidas, prorrogação dos prazos, de modo

que as dívidas foram repactuadas até 31/10/2025; outra decisão, foi uma redução

expressiva dos encargos financeiros das dívidas. Além disso, os encargos ficaram

em magnitudes mais controláveis . Originalmente variavam entre 8 e 10%, sobre o

principal, atualizado pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M). Pela Medida

Provisória de Outubro de 2001, o rank das taxas de juros passa a ser de 3 a 5%a.a.,

sobre o principal, atualizado pelo IGP-M que não excederá o teto de 9,5% a.a.. Sem

dúvida, essa renegociação deverá trazer gastos adicionais para o Tesouro Nacional.

As estimativas feitas pela Secretaria do Tesouro Nacional (em Dezembro de 2001)

indicam que apenas para o PESA-Programa Especial de Saneamento de Ativos, os

custos anuais para o Governo com a equalização de taxas devem situar-se em

R$250 milhões.

4.3. Taxas de Juros do Crédito Rural

Observando-se as taxas de juros do crédito rural referentes às operações com

recursos controlados, pode-se perceber que, apesar da redução nominal, as taxas

(21)

de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). A partir desse ano, até a safra

2000/2001, há um subsídio às taxas de juros para o crédito de custeio. Nesse último

período, o subsídio aos recursos do PRONAF foi de 8,19% a.a., o dobro do subsídio

às linhas normais de crédito de Custeio (Veja Tabela 12).

Tabela 12 - Comportamento das Taxas de Juros do Crédito Rural - Recursos Controlados(1) - Custeio

Período Taxa de Juros IGP (2) Taxa Real de (3)

Juros

1995/96 16% a.a. 14,58% a.a. 1,24% a.a.

1996/97 12% a.a. 7,68% a.a. 4,01% a.a.

1997/98 9,5% a.a. 3,67% a.a. 5,62% a.a.

1997/98 - Pronaf 6,5% a.a. 2,73% a.a.

1998/99 8,75% a.a. 10,41% a.a. -1,50% a.a.

1998/99 - Pronaf 5,75% a.a. -4,22% a.a.

1999/2000 8,75% a.a. 16,68% a.a. -6,80% a.a.

1999/2000 - Pronaf 5,75% a.a. -9,37% a.a.

2000/2001 8,75% a.a. 13,28% a.a. -4,0% a.a.

2000/2001 Pronaf 4,00% a.a. --- -8,19% a.a.

Fonte: Banco Central do Brasil – Normativos

(1) São considerados controlados os seguintes recursos do crédito rural:

a) Obrigatórios, apurados com base nos Depósitos à Vista das instituições financeiras;

b) Da Operações Oficiais de Crédito (OOC) sob a supervisão do Ministério da Fazenda;

c) Da Caderneta de Poupança Rural do Fundo de Amparo ao Trabalhador-FAT e do Fundo de Investimento “Extra-Mercado”, quando aplicados em operações subvencionadas pela União sob a forma de equalização de encargos financeiros;

d) Outros que vierem a ser especificados pelo Conselho Monetário Nacional. (2) Obtido tomando-se o IGP-DI de julho de cada ano em relação a junho do ano anterior.

(3) Taxa Real de juros é igual a [(1 + i)/(1 + p)] – 1, onde é a taxa nominal de juros e p é a variação no índice de preços no ano.

Essa redução das taxas de juros do crédito rural tem impacto positivo na agricultura,

pois atinge a quase totalidade dos recursos aplicados pelos Sistema Nacional de

(22)

Livres, e mediante mecanismos privados apresentam encargos financeiros acima

daqueles que vigoram para os recursos controlados.

Olhando um pouco mais com detalhe as taxas de juros vigentes para a agricultura

brasileira no período 2000/2001, vê-se que há uma ampla variação de encargos

financeiros para os recursos controlados. Tal variação ocorre em função do tipo de

programas e de linhas de crédito (Tabela 13). É importante notar que poucas linhas

ou programas apresentam indexadores como parte dos encargos financeiros.

Percebe-se, também que a taxa de juros máxima, em geral, é a taxa do crédito de

(23)

Tabela 13 - Encargos Financeiros do Crédito Rural no Brasil por Programas e Linhas de Crédito Especiais

Discriminação Encargos Financeiros

Programas/Linhas de Créditos Especiais Indexador Taxa Efetiva de Juros

CRÉDITO RURAL-Recursos Controlados-MCR 2-4-3-a 8,75%a.a.

CRÉDITO RURAL-Recursos não Controlados - MCR 2-4-3-b

Livremente pactuadas CRÉDITO RURAL-Operações Oficiais de Crédito –

Investimento - MCR 2-4-3-c

A ser estabelecida quando da divulgação das linhas de crédito

PRODECER III - Res. 2.816, de 22.02.01 10,75% a.a.

BANCO DA TERRA Financiamento até R$15.000,00 -Res. 2.728, de 14.06.00

6% a.a. BANCO DA TERRA - Financiamento até R$ 15.000,00 e

até R$30.000,00 - Res. 2.728, de 14.06.00

8% a.a. BANCO DA TERRA - Financiamento acima de R$

30.000,00 e até R$40.000,00 - Res. 2.728, de 14.06.00

10% a.a.

PROLEITE - Res. 2.618, de 01.07.99 8,75% a.a.

PROSOLO - Res. 2.534, de 17.08.98 8,75% a.a.

PROPASTO - Programa de Recuperação de Pastagens DEGRADADAS - Res. 2.751, de 29.06.00

8,75% a.a. FUNCAFÉ (Custeio, colheita, pré-comercialização,

estocagem e investimento) - Res. 2.633, de 17.08.99, 2.722, de 24.04.00, 2.732, de 14.06.00, 2.768, de 10.08.00, 2.794, de 30.11.00, e 2.795, de 30.11.00

9,5% a.a.

Programa para Financiamento de Ajustes Diários e Prêmios nos Mercados Futuros e de Opções, ao amparo de recursos do FUNCAFÉ - Res. 2.701, de 14.03.00

TJLP (1) 3% a.a.

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DA LAVOURA CACAUEIRA BAIANA - Miniprodutor - Res. 2.533, de 17.08.98

As usuais do FNE

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DA LAVOURA CACAUEIRA BAIANA - Pequeno produtor - Res. 2.533, de 17.08.98

TJLP (1) 3% a.a.

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DA LAVOURA CACAUEIRA BAIANA - Médio e grande produtor - Res. 2.533, de 17.08.98

TJLP (1) 4% a.a.

AQUISIÇÃO OU MANUTENÇÃO/RECUPERAÇÃO DE MÁQUINAS, TRATORES, COLHEITADEIRAS, EQUIPAMENT. E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS - Res. 2.662, de 28.10.99

11,95% a.a.

MODERFROTA - Renda inferior a R$ 250.000,00 - Res. 2.699, de 24.02.00

8,75% a.a. MODERFROTA - Renda igual ou superior a R$

250.000,00 - Res. 2.699, de 24.02.00

10,75% a.a. RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS- SECURITIZAÇÃO - Res.

2.238, de 31.10.96

3% a.a.

+ equivalência em produto RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS- PESA – até

R$500.000,00 - Res. 2.471, de 26.02.98, e art. 3º da Res. 2.579, de 23.12.98

IGP-M(3) Até 3% a.a.

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS - PESA- superior a R$500.000,00 e até R$1.000.000,00 - Res. 2471, de 26.02.98, e art. 3º da Res. 2.579, de 23.12.98

IGP-M(3) Até 4% a.a.

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS - PESA - superior a R$1.000.000,00 - Res. 2.471, de 26.02.98, e art. 3º da Res. 2.579, de 23.12.98

(24)

(Continuação)

Discriminação Encargos Financeiros

Programas/Linhas de Créditos Especiais Indexador Taxa Efetiva de Juros

RECOOP- Investimento, dívidas com instituições financeiras, com fornecedores e com cooperados, recebíveis de cooperados, recebíveis de cooperados e tributos e encargos trabalhista - Res. 2.681, de 21.12.99

IGP-DI (mês anterior) (2) 4% a.a.

RECOOP - Capital de Giro - Res. 2.681, de 21.12.99 8,75% a.a.

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS - Mini e pequenos produtores - Operações de custeio e investimento contratadas no período de 20.06.95 a 31.12.97 - Res. 2.765, de 10.08.00

Encargos originalmente pactuados ( até 09.11.99)

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS - Mini e pequenos produtores - Operações de custeio e investimento contratadas no período de 20.06.95 a 31.12.97 - Res. 2.765, de 10.08.00

3% a.a. (a partir de 10.11.99)

PRONAF - Custeio - MCR 10-4-1 4% a.a.

PRONAF - Investimento - Grupo A - MCR 10-5-3-c 1,15% a.a.

PRONAF - Investimento - Grupo B - MCR 10-5-5-b 1% a.a.

PRONAF - Investimento - Grupo C - MCR 10-5-6-b 4% a.a.

c/bônus de adimplência de 25% p/cada parcela paga até a data do vencimento

PRONAF - Investimento - Grupo D - MCR 10-5-7-b 4% a.a.

c/bônus de adimplência de 25% p/cada parcela paga até a data

do vencimento PROGRAMA DE SISTEMATIZAÇÃO DE VÁRZEAS

-Res. 2.750, de 29.06.00

8,75% a.a. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS

DEGRADADAS - Res. 2.751, de 29.06.00

8,75% a.a. PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA

PRODUÇÃO DE TILÁPIAS, CAMARÕES MARINHOS E MOLUSCOS - Res. 2.752, de 29.06.00

8,75% a.a.

PROGRAMA DE APOIO À FRUTICULTURA - Res. 2.753, de 29.06.00

8,75% a.a. PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA

VITIVINICULTURA - Res. 2.754, de 29.06.00 8,75% a.a. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA OVINOCAPRINOCULTURA - Res. 2.755, de 29.06.00 8,75% a.a. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA CAJUCULTURA - Res. 2.756, de 29.06.00 8,75% a.a. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA APICULTURA - Res. 2.757, de 29.06.00 8,75% a.a.

PROGRAMA DE FRUTICULTURA 8,75% a.a.

Armazanagem na Propriedade Rural 8,75% a.a.

Floricultura 8,75% a.a.

FUNDOS CONSTITUCIONAIS DE FINANCIAMENTO DO NORTE, DO NORDESTE E DO CENTRO-OESTE

Não são fixados pelo Conselho Monetário Nacional

Fonte: Banco Central do Brasil

(1) - TJLP: Taxa de Juros de Longo Prazo

(2) - IGP-DI: Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (3) - IGP-M: Índice Geral de Preços - Médio

(25)

As taxas de juros das operações entre a indústria e os agricultores variam entre

empresas. Pesquisa de campo realizada em agosto de 2000 junto a Tradings que

operam no Brasil (Gasques e Conceição, 2001), mostrou que os encargos

financeiros na data da pesquisa eram dados pela variação cambial mais juros de 1 a

1,5% ao mês. Em reais, os encargos eram de variação cambial mais juros de 1 a 2%

ao mês. Nota-se, portanto, que esses encargos resultam em valores superiores aos

dos recursos controlados pelo Sistema Nacional de Crédito Rural.

Examinando as taxas de juros do crédito rural num contexto de oferta e demanda de

recursos nota-se que há uma grande demanda pelos recursos do crédito rural.

Apesar de que o Plano Agrícola 2001/2002 foi anunciado em Julho, e cujo montante

de recursos programados foi de R$14,7 bilhões, em Outubro já haviam sido

desembolsados pelo sistema bancário, 51% desses recursos (Tabela 14). Em

alguns programas, como o Moderfrota-Modernização da Frota de Tratores,

Máquinas e Implementos, a liberação chegará a 75% em Outubro. Por outro lado, há

outros programas entre os quais alguns foram criados antes de 2001, onde o

percentual de recursos aplicados tem sido muito baixo. A Tabela 15 ilustra esse fato

para o conjunto de programas de investimento com recursos do BNDES-Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico Social. Deve estar havendo problemas de

falta de informação sobre a existência desses programas, de modo que os recursos

(26)

Tabela 14 - Crédito Rural - Programação e Aplicação de Recursos nas Safras 1999/2000 e 2000/2001 (em R$ milhões) Fonte de Recursos ou Programas 2000/2001 2001/2002 Variação Programa - ção total Aplicados jul - out Desemb. relativo Programa-ção total Aplicados jul - out Desemb. relativo de desemb. 00/01 e 01/02 (a) (b) (b)/(a) (c) (d) (d)/(c) (d)/(b)

1. Crédito a juros fixos 6.730,0 5.090,7 76% 9.840,0 6.127,6 62% 20%

Exigibilidades 3.480,0 3.297,6 95% 6.500,0 4.466,0 69% 35% Poupança rural 1.800,0 1.289,2 72% 1.800,0 1.270,6 71% -1% Proger rural: -Banco do Brasil (3) 500,0 254,4 51% 500,0 230,2 46% -10% -Banco do NE (3) 100,0 15,6 16% 100,0 3,2 0% -79% -Bancos Cooperativos (3) 200,0 77,9 39% 240,0 110,8 46% 42% FUNCAFE (3) 650,0 156,1 24% 700,0 46,8 7% -70%

2. Crédito a juros livres 1.450,0 339,5 23% 1.100,0 222,2 20% -35% 3. Investimentos/Programas 3.110,0 1.012,7 33% 3.760,0 1.203,3 32% 19% Fundos Constitucionais 550,0 362,5 66% 950,0 403,9 43% 11% BNDES: -FINAME Agrícola 500,0 47,7 10% 500,0 40,1 8% -16% -MODERFROTA (1) 800,0 555,5 69% 900,0 672,7 75% 21% -PROSOLO 300,0 33,6 11% 300,0 22,3 7% -34% -PROLEITE 200,0 9,0 5% 200,0 15,7 8% 74% -Recuperação de pastagens 400,0 3,9 1% 400,0 31,4 8% 714% -Outros programas prioritários (2) 360,0 0,6 0% 380,0 17,2 5% 2682% -Novos programas (4) - - - 130,0 1,5 1% -TOTAL 11.290,0 6.443,0 57% 14.700,0 7.553,2 51% 17%

Fonte: Relatórios do BACEN (RECOR), complementados pelo BNDES, BB, BNB, BASA, BANCOOB, BANCICREDI e FEBRABAN.

Elaboração: SPA/MA. Dados preliminares, sujeitos a alterações.

(1) O Programa prevê a aplicação de R$ 1,86 bilhão nos anos de 2000 e 2001. Em 2000 foram aplicados R$ 1.036,3 milhões e em 2001 (até junho) R$ 656,9 milhões. Total aplicado desde a criação do programa até junho/2001: R$ 1.693,2 milhões. A expectativa é de que os

recursos disponibilizados se esgotem até o mês de agosto/2001. Para 2001/2002 foram alocados mais R$ 900 milhões para o Programa.

(2) Ovinocaprinocultura, cajucultura, apicultura, fruticultura, aqüicultura, vitivinicultura e sistematização de várzeas na metade sul do RS.

(3) Informação dos agentes financeiros (BB, Banco do Nordeste, BANCICREDI e BANCOOB). (4) Armazenagem e floricultura. (*) Os dados não incluem o PRONAF.

(27)

Tabela 15-Créditos de Investimento com Recursos do Sistema BNDES (safra 2001/2002) Desembolsos – Setor Agricola

Em R$Mil (Correntes)

MESES Prosolo Propasto Prodecap Prodamel Procaju Prode Profruta Provar Aquicul- Proleite Moderfrota Armazéns Floricul- Fin.Agric. TOTAL

vinho zea tura (1) (2) Rurais tura Outros

Programad os 300,000 400,000 70,000 20,000 50,000 20,000 100,000 50,000 70,000 200,000 900,000 100,000 30,000 500,000 2,810,000 Aplicados: 2001 Jul 12,713 16,483 2,376 353 856 2,044 6,047 291 697 5,270 135,870 - - 8,917 191,917 Ago 2,065 2,027 37 -39 67 310 - - 3,688 164,982 - - 11,947 185,162 Set 1,216 1,666 - 10 - 146 1,533 - 40 3C,082 172,513 - - 9,092 189,298 Out 6,279 11,182 326 25 75 521 1,286 43 127 3,685 199,369 1,471 - 10,175 234,564 Nov -Dez -Subtotal - I 22,273 31,358 2,739 388 970 2,778 9,176 334 864 15,725 672,734 1,471 - 40,131 800,941 2002 Jan -Fev -Mar -Abr -Mai -Jun -Subtotal - II - - - - - - - - - - - - -Total (I + II) 22,273 31,358 2,739 388 970 2,778 9,176 334 864 15,725 672,734 1,471 - 40,131 800,941 Percentage m 7.4% 7.8% 3.9% 1.9% 1.9% 13.9% 9.2% 0.7% 1.2% 7.9% 74.7% 1.5% 0.0% 8.0% 28.5% Ano anterior(3) 11.2% 1.0% 0.2% 0.1% 0.5% 0.7% 0.0% 0.1% 0.1% 4.5% 34.1% - - 9.5% 19.2%

(28)

4.4. Quadro Geral de Recursos para o Desenvolvimento Agrícola e de Áreas Rurais

Apresentam-se na Tabela 16, os recursos públicos e privados em políticas e

programas para o desenvolvimento agrícola e de áreas rurais. Esses recursos têm

um público muito diferenciado, uma vez que se destinam a políticas, programas e

financiamento do setor privado. Mas, de uma maneira geral, os Recursos Públicos

cobrem grande espectro de agricultores e famílias, desde os grandes produtores até

os assentamentos da Reforma Agrária e as unidades familiares do Programa

Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Como mostra a

Tabela 16, os recursos registrados na chamada Função Agricultura totalizaram em

2000, R$6,17 bilhões, e têm uma abrangência nacional.

Os recursos públicos dos Fundos Constitucionais têm uma elevada abrangência e

atendem a vários portes de produtores rurais, e sua área de atuação é

caracterizadamente regional. Destinam-se exclusivamente às regiões Norte,

Nordeste e Centro-Oeste. Estes Fundos mobilizaram em 2000, cerca de R$961,5

milhões.

Os Incentivos Fiscais Regionais são destinados especialmente para a Amazônia e

Nordeste do Brasil. Seus beneficiários são exclusivamente grandes produtores e

empresas rurais. O volume de recursos mobilizados em 2000 foi de R$453,0

(29)

Finalmente, outro espectro amplo de atuação e o do Sistema Nacional de Crédito

Rural, que mobilizou em 2000, R$13,78 bilhões para um total de 1.349 mil contratos.

Este sistema atende a todos os portes de produtores rurais.

Esse conjunto de fontes de recursos aplicou em 2000, R$21,370 bilhões, pouco

acima do que aplicara nos anos anteriores.

Tabela 16 – Quadro Geral de Recursos para o Desenvolvimento Agrícola e de Áreas Rurais – 1998-2000

Em mil R$ de 2000

POLÍTICAS/ PROGRAMAS/FONTES 1998 1999 2000 Abrangência

RECURSOS PÚBLICOS

FUNÇÃO AGRICULTURA (Inclui os Dispêndios 8.503.772 9.095.956 6.175.655 Nacional

da União em Políticas e Programas)

RECURSOS PUBLICOS

FUNDOS CONSTITUCIONAIS(Agroindustrial e Agropecuário(Lei no.7827 de 27/09/89)

Fundo Constitucional do Norte(FNO) 435.277 Norte

Fundo Constitucional do Nordeste(FNE) 305.605 Nordeste

Fundo Constitucional do Centro-Oeste(FCO) 220.566 Centro-Oeste

INCENTIVOS FISCAIS REGIONAIS (Dec.Lei no.1376 de 12/12/74)

Fundo de Investimentos da Amazônia (FINAM) 234.490 251.621 211.993 Amazônia

Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR) 360.698 229.380 241.197 Nordeste

RECURSOS PRIVADOS E PÚBLICOS

CRÉDITOS CONCEDIDOS PELO SISTEMA 10.803.988 11.087.446 13.779.503 Nacional

NACIONAL DE CRÉDITO RURAL

(Quase Totalidade são Recursos Privados)

TOTAL GERAL 19.902.948 20.664.402 21.369.796

(30)

5. A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM)

Esta seção procura analisar as principais mudanças na Política de Garantia de

Preços Mínimos (PGPM). Como essa política foi criada há muitos anos (Decreto Lei

nº 5.212) e tem passado por várias reformulações, no ano de 1965 (Dec. 57.391 de

12/12/65), em 1966 (Dec. Lei 79 de 19/12/66), e nos anos 90, esta seção procurará,

sem ser exaustivo, indicar as principais mudanças ocorridas. Esse assunto está bem

sistematizado no trabalho de Coelho (2001), que estudo faz um bom retrospecto da

evolução da PGPM até os dias atuais. Há outros trabalhos que foram de grande

importância para o aprofundamento do papel da Política de Garantia de Preços

Mínimos. Uma análise de mais de 30 anos da Política, abrangendo desde seus

primeiros anos até o final da década de 70 está contida na excelente coletânea

organizada por Lopes (1978). Mais tarde, os trabalhos de Gramacho ( ) e Delgado

(1989) foram também de grande importância.

A política de preços mínimos como se sabe é uma política de suporte de preços, e

foi criada para reduzir os riscos de variações de preços na agricultura, e também

como instrumento de garantia de renda. Do ponto de vista macroeconômico sua

importância se estabelece nos efeitos que os preços agrícolas têm na determinação

do índice geral de preços. Durante os períodos de inflação elevada que ocorreram

na economia brasileira, o preço dos alimentos sempre foi um ponto crítico.

A PGPM passou um grande período sem muitas alterações, tendo como seus

(31)

do Governo Federal (AGF). Esse período durou cerca de vinte anos e se estendeu

até 1985.

Durante anos os Empréstimos do Governo Federal (EGF) funcionaram

essencialmente como instrumento de crédito rural, embora voltado para o período de

comercialização. Neste sentido, era oferecido em duas formas: sem opção de venda

ao governo (SOV) e com opção de venda ao governo (COV). Comparando-se os

volumes de produtos mobilizados pelos EGF e AGF, o primeiro mobilizou ao longo

do tempo volumes de produtos muito superiores ao AGF.

É reconhecido por alguns autores, entre os quais Coelho (2001) que esses

mecanismos tiveram grande importância na expansão da fronteira agrícola,

especialmente o AGF. Atribui-se ao EGF, importância na formação e expansão da

agroindústria. No caso da expansão da fronteira, o AGF representava um subsídio

do governo ao custo de transporte já que uma agência oficial (CFP) transportava os

produtos adquiridos na fronteira para os centros consumidores do país Milho e

Arroz, nas regiões de Goiás e Mato Grosso se beneficiaram muito dessa política.

Outro papel que a PGPM teve no desenvolvimento dessas regiões novas foi ter

atuado como mecanismo de compensação pela escassez ou redução dos recursos

do Crédito Rural. Este fato foi marcante a partir de 1985. Atuou complementando a

ação da PGPM na fronteira, a política de preço nacional equalizado para os

combustíveis que, sem dúvida foi essencial para a expansão das áreas mais

(32)

A partir dos anos 90, com a abertura comercial, a PGPM passou a sofrer grandes

alterações, sendo que a principal delas foi nos métodos para estabelecimento dos

preços mínimos. Antes sua determinação obedeciam os parâmetros de economia

fechada, onde o custeio da produção através de seu valor básico era um dos

indicadores principais. A abertura comercial passou a introduzir outros parâmetros

nesse processo, pois a experiência mostrara que num regime de economia aberta

vários instrumentos não funcionavam bem (Delgado ). Outra mudança foi a

transferência para a iniciativa privado da tarefa de importação de produtos agrícolas,

antes atividade exclusiva do governo.

Do mesmo modo, houve necessidade de adequação de vários aspectos dos EGF e

AGF, tendo em vista não somente a abertura comercial mas, também, a

necessidade de controle dos gastos públicos que eram elevados no que diz respeito

às aquisições de produtos, empréstimos e carregamento de estoques. Em 1992 (Lei

8.427 de 27/5/92) foi criado o Prêmio de Liquidação de Estoques que representava

um subsídio aos mutuários que fizessem a liquidação dos seus empréstimos, ou

mesmo evitassem as freqüentes prorrogações. Esse mecanismo permitiu a partir de

1995, uma redução substancial dos estoques públicos (Coelho, 2001). Logo depois,

em 1996, foi extinta a opção de vendas de produtos ao governo como modalidade

do EGF. A partir desse ano, mas já tendo iniciado em 1995, decidiu-se efetuar uma

grande reformulação nos instrumentos de apoio a comercialização. Três pontos

orientaram a concepção desses novos mecanismos: 1) necessidade de controle do

gasto público; 2) maior engajamento do setor privado na comercialização,

(33)

instrumentos ao modelo de economia aberta e competitiva. A utilização dos EGF e

AGF passou a ser feita apenas em casos especiais.

Apesar de já haver algumas variações, os instrumentos que foram criados nos

últimos cinco anos foram o Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP) e o

Sistema de Opções. O PEP pode ser conceituado como uma subvenção econômica

concedida pelo Governo Federal por meio de leilão público que objetiva promover a

participação da iniciativa privada na comercialização e escoamento de produtos

agrícolas, ao mesmo tempo em que assegura o recebimento do Preço Mínimo pelos

produtores rurais. A escolha do produto e do momento de implementar os leilões

depende das condições de comercialização de cada produto e da necessidade de

garantir o preço de referência. Para receber o bônus o comprador deve depositar o

valor equivalente ao preço de referência no Banco do Brasil, que o repassará ao

produtor que vendeu seu produto. No contrato entre o governo e o comprador há

(34)

Mecanismo do PEP (Prêmio para Escoamento de Produto) P D S pg Preço de Garantia pm Preço de Mercado Q

Quando o Preço do produto estiver baixo em relação ao preço de garantia do governo, e a autoridade não está interessada em formar estoque do produto, o Tesouro dispõe-se a pagar a diferença entre PG e PM a quem adquirir o produto do agricultor pagando o preço mínimo. Este subsídio é chamado “prêmio” ou “bonus” e é determinado em leilão.

Outro instrumento, o Contrato de Opção de Venda é um instrumento que dá ao

produtor o direito mas não a obrigação de venda de sua produção para o Governo.

Assemelha-se a um seguro (seguro de preços) e serve para proteger o produtor dos

riscos de oscilações negativas dos preços do seu produto. O valor pago pelo

produtor para obter esse direito é denominado Prêmio, que ingressa no Tesouro

Nacional como receita corrente do programa (STN, 1999).

Ambos os mecanismos, PEP e Sistema de Opções têm algumas variações que

estão discutidas com detalhe em Coelho (2001). Há algumas estimativas de custos

desses instrumentos para o governo ao serem comparados com os instrumentos

tradicionais, AGF e EGF (Ver Villa Verde, 2001 e STN). Os cálculos realizados

mostram que os novos mecanismos de comercialização apresentam sensível

(35)

Tabela 17 - Abrangência dos Instrumentos de Comercialização - Em Toneladas Anos Aquisição do Governo Federal Empréstimo do Governo Federal Prêmio para Escoamento do Contrato de Opções de Total

(AGF) (EGF) Produto (PEP) Venda

1995 2843899 3145151 -- -- 5989050 1996 1039212 773630 1067000 -- 2879842 1997 4893660 1667766 1642000 247077 8450503 1998 1485759 486577 1514000 -- 3486336 1999 629361 688550 336000 476537 2130448 2000 727670 -- 242000 819506 1789176 2001 (*) 1740768 -- 1307000 230870 3278638 Fonte: COELHO, C. (2001). (*) Provisão

A Tabela 17 sistematiza os velhos e novos instrumentos. Percebe-se que enquanto

o EGF não tem sido utilizado nos dois últimos anos, o AGF continua sendo um

importante instrumento da PGPM. Impressiona, também, a aceitação o PEP como

instrumento regulador dos mercados. Note-se que em 2001, esse instrumento foi

responsável por 39,87% da comercialização realizada no ano.

Este modelo de comercialização, apesar de ter se mostrado favorável quanto a

economia de custos em relação ao modelo tradicional, ainda merece que se faça

uma avaliação no que diz respeito a questão da segurança alimentar e volumes de

estoques estratégicos em situações anormais como safras excepcionais.

Entretanto, o modelo não está concluído. Falta o aprimoramento de Armazenagem e

do Seguro Agrário. Tem havido avanços nestas áreas. Em relação a armazenagem,

a Lei nº 9973 de 29 de Maio de 2000, trouxe grande aprimoramento à legislação

(36)

responsabilidade dos proprietários e dirigentes dos armazéns; b) maior clareza

quanto ao entendimento dos contratos; c) obrigação de um cadastro nacional de

armazéns; d) um sistema de certificação; e) retirada da proibição do armazenador

ser, também, um comerciante de produtos agrícolas, nos moldes hoje existentes nos

países de agricultura desenvolvida (Texto Preliminar da Mensagem Presidencial).

Quanto ao Seguro, há propostas em discussão no Congresso quanto a

modernização de nosso sistema de Seguro, hoje apoiado no PROAGRO-Programa

de Garantia da Atividade Agropecuária. Entre os pontos a serem decididos numa

nova proposta de Seguro, está o da participação da União com 50% do prêmio do

seguro.

Há outros pontos em discussão que, sem dúvida poderão trazer o aperfeiçoamento

do sistema de seguro agrário no país.

Referências Bibliográficas

ARAÚJO, P.F.; BARROS e PESSOA, A.S. – Sobre o Financiamento da Agricultura. Projeto BM&F Agrícola, Dez. 1997.

BACHA, E.L. e BONELLI, R. – Crescimento e Produtividade no Brasil: o que nos diz o Registro de Longo Prazo. DIMAC/IPEA, Seminários nº 52, 2001.

BANCO CENTRAL DO BRASIL – Boletim do Banco Central do Brasil, Outubro 2001.

BARROS, G.S.C. – Effects of International shucks and domestic macroeconomic policies upon Brazilian Agriculture. Agricultural Economics, 7, 1992.

Referências

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