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Dimensões da Precarização do Trabalho

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Academic year: 2021

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Giovanni Alves

Dimensões da Precarização

do Trabalho

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A Condição de Proletariedade: A precarieda-de do trabalho no capitalismo global Giovanni Alves

Dilemas da globalização: O Brasil e a mun-dialização do capital

Francisco Luiz Corsi (Org.)

Dimensões da Crise do Capitalismo Global Giovanni Alves (Org.)

Dimensões da reestruturação produtiva: En-saios de sociologia do trabalho

Giovanni Alves

Economia, Sociedade e Relações Internacio-nais: Perspectivas do Capitalismo Global Giovanni Alves (Org.)

Lukács e o Século XXI: Trabalho, Estranha-mento e Capitalismo Manipulatório Giovanni Alves

Tela crítica - A Metodologia Giovanni Alves

Teoria da Dependência e Desenvolvimento do Capitalismo na América Latina

Adrián Sotelo Valencia

Trabalho e cinema: O mundo do trabalho através do cinema vol 1, 2 e 3

Giovanni Alves

Trabalho e Capitalismo Global - O Mundo do Trabalho Através do Cinema de Animação Cláudio Pinto

Trabalho, Educação e Reprodução Social Eraldo Leme Batista e Henrique Novaes

SÉRIE TELA CRÍTICA

Tempos Modernos Charles Chaplin (1936) Metrópolis Fritz Lang (1927) Nós a Liberdade René Clair (1931) A Terra Treme Luchino Visconti (1948) Ladrões de Bicicleta Vittorio De Sica (1948) Salário do Medo Henri-Georges Clouzout (1953) Beleza Americana Sam Mendes (1999) Segunda-Feira ao Sol

Fernando Léon de Aranoa (2002) Pão e Rosas

Ken Loach (2000) Eles não usam black-tie Leon Hirzsman (1981) O Corte

Costa-Gavras (2004) O que você faria? Marcelo Piñeyro (2005) A classe operária vai ao paraíso Elio Petri (1971)

2001 - Uma Odisséia no Espaço Stanley Kubrick (1968) A agenda Laurent Cantet (2001) Vinhas da Ira John Ford (1940) Laranja Mecânica Stanley Kubrick (1971) Meu Tio Jacques Tati (1958) Morte de um caixeiro-viajante Volker Schlondorff (1985) O adversário Nicole Garcia (2002) O Invasor Beto Brandt (2001) O Sucesso a qualquer preço James Foley (1992)

Projeto Editorial Praxis

Conheça o Projeto Editorial Praxis: www.canal6editora.com.br Pedidos pelo e-mail vendas@canal6.com

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Giovanni Alves

Dimensões da Precarização

do Trabalho

Ensaios de Sociologia do Trabalho

1ª edição 2013

Bauru, SP

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Copyright do Autor, 2013

Coordenador do Projeto Editorial Praxis

Prof. Dr. Giovanni Alves

Conselho Editorial

Prof. Dr. Antonio Th omaz Júnior – UNESP Prof. Dr. Ariovaldo de Oliveira Santos – UEL Prof. Dr. Francisco Luis Corsi – UNESP

Prof. Dr. Jorge Luis Cammarano Gonzáles – UNISO Prof. Dr. Jorge Machado – USP

Prof. Dr. José Meneleu Neto – UECE

Projeto Editorial Praxis

Free Press is Underground Press www.canal6editora.com.br

Impresso no Brasil/Printed in Brazil 2013

Alves, Giovanni

Dimensões da Precarização do Trabalho: Ensaios de Sociologia do Trabalho / Giovanni Alves. – Bauru: Canal 6, 2013.

240 p. ; 23 cm. (Projeto Editorial Praxis) ISBN 978-85-7917-223-6

1. Trabalho. 2. Precarização. 3. Sociologia do Trabalho. 4. Brasil. I. Alves, Giovanni. II. Título.

CDD: 331.0981 A979d

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SUMÁRIO

Apresentação . . . 9

PARTE 1 - O sistema do capital no século XXI

Capítulo 1

Maquinofatura: A nova forma social da produção do capital na era

do capitalismo manipulatório . . . 15

Capítulo 2

Crise de valorização e desmedida do capital: A natureza da crise

estrutural do capital . . . 29

Capítulo 3

A condição de proletariedade

Por uma analítica existencial da classe do proletariado . . . 61 PARTE 2 - A precarização estrutural do trabalho

Capítulo 4

O novo metabolismo social do trabalho e

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Capítulo 5

Produção do capital e a degradação da pessoa humana . . . 115

Capítulo 6

Precarização do trabalho e saúde do trabalhador no Brasil . . . 127

Capítulo 7

A precarização do trabalho no Brasil na década de 2000 . . . 141

Capítulo 8

Trabalho docente e precarização do homem-que-trabalha . . . 177 PARTE 3 - O enigma do precariado

Capítulo 9

O enigma do precariado e a nova temporalidade histórica do capital . . . 197

Capítulo 10

Capitalismo global, proletariedade e os limites da indignação . . . 221

Capítulo 11

A Educação do precariado . . . 241

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"Os indivíduos universalmente desenvolvidos – cujas relações sociais enquanto relações que lhes são próprias e comuns, são igualmente submetidas ao seu próprio controle comum – não são um produto da natureza, mas da História. O grau e a univer-salidade do desenvolvimento das faculdades, que tornam possí-vel esta individualidade, pressupõem precisamente a produção baseada sobre os valores de troca, pois só ela produz a univer-salidade da alienação do indivíduo para consigo mesmo e para com os outros, mas igualmente a universalidade e a generalida-de das suas relações e capacidageneralida-des. Em épocas mais antigas do desenvolvimento, o indivíduo singular revela-se mais completo precisamente porque ainda não elaborou a plenitude de suas relações e ainda não as contrapôs a si mesmo como potências e relações sociais que são independentes dele. Se é ridículo crer que se deva manter o homem neste completo esvaziamento. A concepção burguesa não conseguiu jamais superar a mera antí-tese àquela concepção romântica; por isto, esta a acompanhará como legítima antítese até que chegue a sua hora."

KARL MARX. Elementos fundamentales para la crítica de la economía

políti-ca (Grundrisse) 1857-1858. México: Siglo Veintiuno Editores, 15. ed., v. 1., 1987, p. 90.

A teoria materialista de que os homens são produto das circuns-tâncias e da educação e de que, portanto, homens modificados são produto de circunstâncias diferentes e de educação modifica-da esquece que as circunstâncias são modificamodifica-das precisamente pelos homens e que o próprio educador precisa ser educado."

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APRESENTAÇÃO

O livro Dimensões da Precarização do Trabalho – Ensaios de Sociologia do

Trabalho compõe, com outros dois livros – Dimensões da Globalização: O capital e suas contradições (2001) e Dimensões da Reestruturação Produtiva (2007) – um

amplo panorama crítico da civilização do capital na primeira década do século XXI. Este livro é composto por um conjunto de ensaios que expõe uma nova abor-dagem da precarização estrutural do trabalho.

Primeiro, por situar a precarização estrutural do trabalho no interior da nova temporalidade histórica do capital caracterizada pela vigência de uma nova forma social de produção do capital, que nós denominamos de “maquinofatura”; e carac-terizada pelos constrangimentos da crise estrutural de valorização do capital (é o que discutimos, por exemplo, no capítulo 2). Deste modo, a precarização estru-tural do trabalho é um elemento compositivo da totalidade concreta do sistema mundial do capital e suas contradições.

Segundo, destacamos um aspecto da precarização do trabalho: a precarização do homem-que-trabalha que expõe uma nova dimensão de degradação do homem como ser genérico nas condições da crise estrutural do capital. O adoecimento la-boral em suas múltiplas manifestações sócio-epidemiológicas é expressão da pre-carização do homem-que-trabalha. O tema da saúde do trabalhador, ou melhor, da saúde do homem-que-trabalha, é o tema da crise do trabalho vivo que caracteriza a ordem burguesa hipertardia.

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Mais do que nunca, torna-se necessário salientar essa nova forma de preca-rização do trabalho, que perpassa as experiências vividas de trabalhadores e tra-balhadoras na sua vida cotidiana e que diz respeito à estrutura da própria práxis humana. A desefetivação do ser genérico do homem implica a corrosão da capaci-dade humana de “negação da negação”. É a forma radical de dominação do capital como sistema sociometabólico.

Este é um livro de ensaios críticos que provocam o leitor com um conjunto de novos conceitos que criamos para expressar as novas condições da produção e reprodução social do capital. Torna-se fundamental ir além dos autores, inclusive do próprio Marx; ir além no sentido de “aufhebung”, isto é, superar/conservando, criando e reinventando categorias capazes de dar visibilidade conceitual às múl-tiplas determinações da forma concreta de ser do mundo do capital em sua etapa hipertardia.

O marxismo fossiliza-se na medida em que adormecemos com os autores e ca-ímos num sono dogmático. Mais do que nunca, os intelectuais radicais são intima-dos a ter imaginação dialética rompendo com a mentalidade dogmática e sectária que caracterizou o marxismo no século XX.

Neste livro de ensaios críticos apresentamos os conceitos de maquinofatura, precarização do homem-que-trabalha, nova precariedade salarial, experiências expectantes; crise do trabalho vivo como redução do trabalho vivo à força de tra-balho e suas manifestações contingentes: crise da vida pessoal, crise de sociabi-lidade e crise de autorreferência pessoal; dessubjetivação de classe, “captura” da subjetividade do homem-que-trabalha, condição de proletariedade (categoria ex-posta por nós, pela primeira vez, no livro homônimo publicado em 2009), trabalho ideológico e a redefinição dos conceitos de crise estrutural de valorização e con-ceito de precariado.

Enfim, apresentamos, a título ensaístico, um sistema categorial novo para tra-tar do novo (e precário) mundo do trabalho no século XXI. Mas os novos con-ceitos são elementos de provocação heurística, categorizações propositadamente precárias no sentido de que exigem lapidações críticas necessárias e recorrentes; os novos conceitos são recursos heurísticos que utilizamos para clarear novos pro-blemas que emergem com a temporalidade histórica da crise estrutural do capital. O próprio conceito de crise estrutural do capital é redefinido para que possamos situar de modo radical a verdadeira tarefa epistemológica e política do século XXI: o resgate integral do pensamento crítico e radical capaz de criar as condições so-ciometabólicas para a “negação da negação”. Hic Rhodus, hic salta!

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Finalmente, é importante salientar que o problema da precarização do homem-que-trabalha é o problema do estranhamento no capitalismo global, isto é, o problema do completo esvaziamento dos indivíduos universalmente desenvolvidos cujas relações sociais, enquanto relações que lhe são próprias e comuns, se contrapõem a eles como potências independentes (o fetichismo social). Na verdade, o capitalismo global explicita à exaustão hoje o problema do estranhamento que contém em seu cerne a candente contradição entre a universalidade da alienação dos indivíduos para consigo mesmo e para com os outros (o fetichismo social) e a universalidade e a generalidade das suas relações, capacidades e faculdades que tornam possível essa individualidade (processo civilizatório). A solução necessária e urgente é o controle social da sociedade pelos produtores organizados, isto é, a democratização radical da sociedade.

Giovanni Alves

Referências

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