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UTILIZAÇÃO DA ALGOMETRIA DE PRESSÃO NA DETERMINAÇÃO DOS LIMIARES DE PERCEPÇÃO DOLOROSA TRIGEMINAL EM VOLUNTÁRIOS SADIOS

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UTILIZAÇÃO DA ALGOMETRIA DE PRESSÃO NA

DETERMINAÇÃO DOS LIMIARES DE PERCEPÇÃO

DOLOROSA TRIGEMINAL EM VOLUNTÁRIOS SADIOS

Um novo protocolo de estudos

Elcio Juliato Piovesan

1

, Claudio Estevão Tatsui

2

, Pedro André Kowacs

1

,

Marcos Cristiano Lange

3

, Carlos Pacheco

4

, Lineu Cesar Werneck

5

RESUMO - Algometria de pressão é uma técnica que mensura a fisiologia do sistema nociceptivo. Atuando diretamente sobre os nociceptores periféricos responsívos aos estímulos pressóricos esta técnica permite o estudo da integridade nociceptiva em indivíduos normais ou portadores de diferentes síndromes álgicas. Foram testados 29 voluntários assintomáticos em que pesquisamos os limiares de percepção dolorosa, mensurando-os de forma direta sobre a emergência dos nervos supra-orbital, infra-orbital, mental. Registramos os seguintes valores médios algométricos: nervo mental direito 46,2 Kg/cm2 e esquerdo 48,6 Kg/cm2; nervo

supra-orbital direito 47,7 Kg/cm2 e esquerdo 45,2 Kg/cm2; nervo infra-orbital direito 53,9 Kg/cm2 e esquerdo

55,4 Kg/cm2. Após revisão dos princípios de utilização da algometria, validamos este protocolo apresentando

os valores médios obtidos pela mensuração do sistema trigeminal comparando-os posteriormente com uma região inervada pelos primeiros ramos cervicais (nervo occipital maior) e região do músculo temporal. PALAVRAS-CHAVE: algometria de pressão, limiar, nocicepção, percepção dolorosa.

Using algometry of pressure measuring the threshold of trigeminal pain perception in normal volunteers: a new protocol of studies

ABSTRACT - Algometry of pressure is a technique that measures the physiology of the nociceptive system. Acting directly on the responsive peripheral nociceptors to pressure stimuli, this technique allows the study on nociceptive integrity in normal subjects or having different algic syndromes. Utilizing 29 asymptomatic volunteers, the threshold of the painful perception was studied, measuring them in a direct way over the emergence of the supra-orbital, infra-orbital and mental nerves. The following algometric average were recorded: right mental nerve 46.2 Kg/cm2 and left 48.6 Kg/cm2 ; right supra-orbital nerve 47.7 Kg/cm2 and left

45.2 Kg/cm2; right infra-orbital nerve 53.9 Kg/cm2 and left 55.4 Kg/cm2. After reviewing the principles of the

algometry utilization, we have validated this protocol, showing the average values obtained by measuring the trigeminal system, afterwards comparing them with an inervated region by cervical branches (major occipital nerve) and the temporal muscle.

KEY WORDS: algometry of pressure, nociception, pain perception, threshold.

Setor de Cefaléias, Especialidade de Neurologia, Departamento de Clínica Médica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR): 1Neurologista, 2Residente de Neurocirurgia, 3Estudante de Medicina bolsista do CNPq, 4Estudante de Medicina, 5Professor

Titular de Neurologia.

Recebido 14 Agosto 2000, recebido na forma final 21 outubro 2000.Aceito 22 Outubro 2000.

Dr. Elcio Juliato Piovesan – Serviço de Neurologia, Hospital de Clínicas da UFPR – Rua General Carneiro 181, 12 andar, sala 1236 -80060-900, Curitiba PR - Brasil. Email: piovesan@avalon.sul.com.br

A algometria, algesimetria ou dolorimetria de

pressão é uma técnica que visa quantificar através

de estímulos físicos (pressão sobre os nociceptores)

a capacidade de percepção e de tolerância dolorosa

1

.

Nos últimos anos esta técnica tem despertado

inte-resse dos pesquisadores, utilizando-a para diferentes

propósitos científicos. Na pesquisa em cefaléias, a

maioria dos estudos foi realizada sobre estruturas

musculares, inervadas ou não pelo trigêmeo e

ra-ramente sobre a emergência de ramos do trigêmeo

2

.

O objetivo deste estudo é estabelecer uma

meto-dologia para investigar a nocicepção trigeminal

(atra-vés da pesquisa direta sobre seus ramos). Desta

for-ma criamos um protocolo de estudos algométricos

aplicados a indivíduos assintomáticos valindando-o

e estabelecendo-se referência para futuros estudos

envolvendo pacientes portadores de cefaléia.

(2)

MÉTODO

Para a realização da algometria, utilizou-se o algômetro, marca Somedic Sales AB, de fabricação sueca. O algômetro é um dispositivo mecânico formado basi-camente por um pistão que registra (através de dispositivo eletrônico) a pressão aplicada sobre determinadas su-perfícies (Fig 1). Este é constituído basicamente de quatro estruturas: 1-Superfície de estimulação; 2- Painel de controle eletrônico; 3-Corpo do aparelho; 4- Cabo de inter-rupção. Na superfície de estimulação encontramos três sondas “probes” de estimulação que apresentam diâme-tros entre 0,5, 1 e 2 cm, utilizados de acordo com as necessidades do estudo.

O procedimento algomêtrico foi realizado procurando-se determinar os valores de percepção dolorosa, para o primeiro ramo do trigêmeo (nervo supra-orbita SO), segun-do ramo segun-do trigêmeo (nervo infra-orbital (IO)), terceiro ramo do trigêmeo (nervo mental M), ramo posterior do nervo occipital (nervo occipital maior ou de Arnold OM) e uma região múscular pericrâniana (músculo temporal MT). As técnicas de localização dos nervos fundamentaram-se em coordenadas anatômicas previamente determinadas (Fig 2)3.

Utilizando-se como referência anatômica a borda orbital superior (BOS) o nervo SO é identificado. Palpa-se a BOS, aproximadamente em seu terço interno, observa-se uma fissura (fissura orbital), neste local o nervo SO contorna esta fissura exteriorizando-se para a região frontal. Para o nervo IO utilizamos como ponto de refe-rência o canal infra-orbital (CIO), que se localiza na parede inferior da órbita (solo da órbita). Para localizá-lo identi-ficamos o osso maxilar, aproximadamente 1,5 a 2,0 cm abaixo da margem infra-orbital e 1cm lateralmente a base (asa) do nariz. O nervo M emerge através do forame men-tal, que se localiza na face anterior da linha oblíqua. Para identificá-la localizamos o segundo dente premolar inferior, nesta direção e logo acima da linha oblíqua.

Para identificação do NOM utiliza-se como referência anatômica a crista occipital externa. O nervo emerge ao nível da face póstero ínfero occipital. Para identifica-lo parte-se da crista occipital externa, 2 cm lateralmente e 1 cm inferiormente, próximo à inserção do músculo tra-pézio4. Para a identificação da região temporal

utilizou-se como referência o pavilhão auricular externo, partindo-se de linha imaginária, ao longo da borda superior do pavilhão auricular externo até chegar ao nível do músculo temporal.

Para os ramos do trigêmeo (SO,IO e M) foram utilizados como superfície de estímulo um “probe” de 0,5 cm2 e

para o nervo OM e para o músculo temporal um “probe” de 1 cm2. Todos os pontos foram averiguados em três

sé-ries, sempre iniciando pelo SO, e passando posteriormente para o IO, M direito e posteriormente para o lado esquerdo na mesma seqüência. Após a análise destes pontos, as regiões do nervo OM e T direita e esquerda foram avaliadas também em séries de três seguindo essa sequência.

Para a realização dos exames os voluntários sadios foram orientados a abster-se de álcool, cigarro, chocolate ou qualquer outra substância estimulante até 24 horas antes da realização do exame. Durante o exame o voluntário manteve-se em posição sentada por um período de dez minutos, tempo necessário para o relaxamento. Orientações do propósito do estudo bem como do funcionamento do aparelho foram fornecidos neste momento.

Antes de realizar as averiguações dos pontos a serem estudados, o pesquisador realizou procedimentos testes sobre outros pontos (superfície superior do indicador di-reito e esquerdo). O número de procedimentos testes va-riou entre os diferentes voluntários, até que um completo entendimento do procedimento a ser realizado fosse adequadamente obtido. Todos as averiguações foram realizadas pelo mesmo investigador (EJP).

Fig 2. Visualização anatômica dos pontos a serem estimulados: A- nervo supra-orbital, B- nervo infra-orbital, C- nervo mental, D-nervo occipital maior e E-região temporal.

Fig 1. Fluoxograma do funcionamento do algometro.

1-Ajuste do aparelho, regulagem de inclinação e tipo de probe. 2-Contato da superfície de estimulação com o ponto a ser estimulado. 3- Deslocamento do pistão e início do registro das medidas. 4- Registro no manômetro da pressão exercida sobre o ponto. 5- Acionamento do dispositivo de bloqueio do registro. 6- Acionamento de alarme sonoro. 7-Bloqueio de registro e término da averiguação.

(3)

Para a realização da algometria o examinador operou o algômetro com a mão direita, mantendo a sua mão es-querda sempre como apoio da cabeça do examinado, de maneira tal que para a investigação dos nervos SO, IO e M a mão esquerda mantinha-se sobre a região occipital do paciente, impedindo desta maneira discretos deslo-camentos da cabeça. Quando o nervo OM fora estimulado a mão apoiava a região frontal e quando do estímulo sobre a região temporal a mão localizava-se sobre a outra região temporal. Como se sabe pequenos deslocamentos podem alterar a dinâmica do estudo, produzindo grandes varia-ções quando realizadas diferentes averiguavaria-ções.

Para realizar a algometria o investigador utilizou-se de um ângulo de aproximação de noventa graus (formado entre a superfície de estimulação e o ponto estimulado). A velocidade de aproximação sobre todos os pontos estu-dados foi sempre constante e ajustada sobre o aparelho no valor de 10 KPa/segundo. Os voluntários foram orien-tados a acionar o botão interruptor de registro (Fig 1 número 5) quando apresentassem a primeira sensação desagradável de dor (percepção dolorosa). Tão logo o botão fosse acionado um sinal sonoro era emitido, bloqueando concomitante ao registro do aparelho, inter-rompendo desta maneira a continuidade do procedimento. Para a pesquisa dos limiares de percepção dolorosa 29 voluntários normais, funcionários do Hospital de Clíni-cas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) constituíram o grupo estudo. Nenhum dos voluntários sofria de cefaléia até seis meses antes do estudo, não apresentavam qualquer espécie de doença, ou antecedentes de traumatismo crânio encefálico. Distúrbios osteoarticulares da coluna cervical foram descartados por anamnese e exame físico. Nenhum voluntário fez uso de qualquer analgésico até 7 dias antes do exame. Antecedendo a realização dos testes todos preencheram ficha de Consentimento Informado, aprovada pelo comitê de Ética Médica nas Pesquisas em Seres Humanos do Hospital de Clínicas da UFPR.

RESULTADOS

Foram estudados 29 voluntários, 8 do sexo

mas-culino (27,6%) e 21 do feminino (72,4%), com idade

média de 34,3 + 6 anos e extremos de 23 e 47 anos.

Os valores algométricos registrados para os ramos

do trigêmeo foram agrupados (Tabela). Entre si, estes

valores não apresentaram diferenças

estatis-ticamente significativas. Entretanto, em relação ao

nervo occipital maior e a região temporo-auricular,

os valores médios foram inferiores. Para as avaliações

algomêtricas não comparamos os diferentes

resultados entre os dois sexos.

DISCUSSÃO

Como se sabe, dor é uma reação de defesa a

agen-tes agressores externos ou internos. Os estímulos

dolorosos são detectados a partir de neurônios

primá-rios especializados, chamados de nociceptores (NC).

Estes neurônios respondem a diferentes estímulos

fí-sicos (pressão, frio e calor) e químicos (ácidos,

subs-tâncias irritantes e mediadores inflamatórios). A

cap-tação do estímulo externo é somente um evento que

na dependência de outros controles superiores poderá

produzir sensibilidade controlada ou não, neste último

culminando com os fenômenos dolorosos

5

. De acordo

com o grau de mielinização, os NC apresentam

dife-rentes características de condução, produzindo assim

padrões clínicos distintos

6

. O limiar de percepção e de

tolerância dolorosa de um determinado NC está,

diretamente relacionado com a capacidade de

capta-ção nociceptiva, dos controles excitatórios superiores

e indiretamente relacionado com os controles

inibi-tórios superiores (Fig 3). Quando estímulos

sublimi-nares produzem percepção dolorosa (alodínia) ou

quando um indivíduo possui tolerância reduzida a

estímulos dolorosos (hiperalgesia) caracterizam a

que-bra desta harmonia

7,8

.

Os limiares de percepção dolorosa (LPD) têm sido

quantificados em indivíduos normais através de

algô-Tabela. Estatística descritiva da avaliação algométrica. Dados Média Desvio Mínimo Máximo Mediana Lado Direito -Occipital 145,0 70,6(1 ) 56,0 339,0 135,0 maior - Mental 46,2 13,8 17,0 83,0 -- Supra-- 47,7 10,1 31,0 70,0 -orbital - Infra- 53,9 18,4(1 ) 28,0 98,0 48,0 orbital - Têmporo- 123,6 59,6(1 ) 54,0 288,0 113,0 auricular Lado Esquerdo - Occipital 143,4 72,9(1 ) 45,0 339,0 131,0 maior - Mental 48,6 13,9 28,0 85,0 -- Supra-- 45,2 11,7 27,0 80,0 -orbital - Infra- 55,4 17,5(1) 29,0 98,0 52,0 orbital - Têmporo- 119,5 57,6(1 ) 49,0 250,0 103,0 auricular

(4)

metros mecânicos ou eletrônicos

9-12

. A algometria

fun-damenta-se em princípios físicos que regulam a

dinâ-mica das forças aplicadas a superfícies (pressão), uma

vez que irá mensurar a responsabilidade dos

nocicep-tores à pressão aplicada sobre eles. A pressão é

direta-mente relacionada com o peso (força) e indiretadireta-mente

relacionados com a área estimulada elevada ao

qua-drado. Devido a isto todos os resultados são expressos

em KPa ou (Kg/cm

2

).

A algometria tem sido utilizada para propósitos

diagnósticos, experimentais e médico-legais

13

. Em

sua aplicabilidade diagnóstica tem sido usada como

um método semi quantitativo para mensurar a

inten-sidade da dor e até para localizar pontos dolorosos.

É utilizada também para quantificar, durante estudos

de extensão, as mudanças dentro das diferentes

sín-dromes dolorosas. Pode também ser utilizada para

o diagnóstico de artrites e de outros processos

infla-matórios articulares

13

. Nos estudos experimentais,

tem sido utilizada para avaliar os resultados

ime-diatos, sobre pontos dolorosos, após a infiltração

dos mesmos (bloqueios anestésicos). É utilizada

também, para quantificar a melhora da dor após

técnicas não invasivas, como: calor local,

imobili-zações e até fisioterapia. Pode ainda ser utilizada

para mensurar o efeito dos analgésicos ou de outras

drogas que possam influenciar o controle nociceptivo

central como é o caso dos antidepressivos

13

. Uma

de suas últimas utilidades o uso para documentação

médico-legal, o método permite a identificação de

pontos dolorosos, e a evolução, após injúrias físicas

13

.

Apesar de ser uma técnica simples, ela apresenta

grande número de limitações. A variação

intra-indi-vidual (valores diferentes, obtidos em um mesmo

indivíduo, e em momentos diferentes) e

interindivi-dual (diferentes valores obtidos em diferentes

indiví-duos em um mesmo momento) destacam-se. Estas

alterações podem ser justificadas pela ansiedade e

até mesmo pela excessiva tensão nervosa,

experimen-tada pelos pacientes, durante a realização do exame.

Aliada a estas contingências esbarramos na

variabili-dade nociceptiva fisiológica intrínsica e temporária

de cada indivíduo.

Estudos conduzidos por Sand et al

2

, mostraram

que a reprodutibilidade dos limiares de percepção

dolorosa é muito maior em indivíduos assintomáticos

do que em pacientes portadores de cefaléias, como

a migrânea ou a cefaléia cervicogênica

2,14,15

. Em parte

isto se deve a contínua modificação nociceptiva

expe-rimentada pelos indivíduos portadores de síndromes

dolorosas recorrentes. Provavelmente os limiares de

percepção dolorosa possam oscilar, durante a crise,

imediatamente após, em períodos subclínicos e em

períodos assintomáticos.

Como visto anteriormente a determinação dos

limiares de percepção nociceptiva de cada indivíduo

é uma técnica indireta para estabelecer o

compor-tamento de determinado grupo de nociceptores. Os

nociceptores serão influenciados por um complexo

sistema central que envolve paralelamente por um lado

estruturas aferentes capazes de induzir sensação

no-ciceptiva e eventualmente dor e por outro estruturas

Fig 3. Vias para a percepção nociceptiva (Dor), Vias de inibição nociceptiva

Nociceptores Periféricos Fibras (Tipo C e Delta-A)

Gânglio do Trigêmeo

Vias Trigeminotalámicas

Formação Reticular do Tronco Cerebral

Núcleo da Mediano e Intralaminar Tálamo

Córtex do Cíngulo Anterior

Córtex Pré-Frontal.

Hipotálmo Área Premotora, cíngulo, Suplementar Motora

Amigdala Córtex Motor Primário

Substância Cinzenta Periaquedutal

Núcleo do Tronco Núcleo Magno Neurônios Cerebral e Núcleo da Rafe Motor Inferior Autonômico Espinhal

Sistema Corno Dorsal Músculo Nervoso Núcleo do Esquelético Autônomico Trigêmeo

(5)

eferentes filogeneticamente desenvolvidas para

ori-ginar respostas de defesa motoras e sensoriais (Fig 3).

A determinação dos limiares de percepção

dolo-rosa é uma ferramenta útil que pode, além de

carac-terizar um determinado grupo de pacientes, também

auxiliar na compreensão do seu comportamento

álgico. Apesar disto, a maioria dos estudos

envolven-do a utilização desta técnica não analisou

diretamen-te o comportamento do nervo trigêmeo.

Após revisão da literatura especializada em

técni-cas de algometria, criamos um novo protocolo para

análise dos limiares de percepção dolorosa

direta-mente sobre os três ramos do trigêmeo. Validamos

este novo protocolo apresentando os valores médios

obtidos em indivíduos normais. Podemos, a partir

desta nova metodologia, criar novos modelos

experi-mentais em seres humanos. Entretanto, os valores

médios encontrados neste estudo não podem ser

utilizados como ponto de referência para outros

in-vestigadores. Isto decorre da variabilidade intrínseca

de cada investigador durante a captação dos dados,

bem como de um número reduzido de pacientes.

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