AINST/16/00082 — Relatório preliminar da
CAE
I - Avaliação da Instituição
Perguntas A1. e A2.
A1.1 Instituição de Ensino Superior:
Escola Superior De Saúde Da Cruz Vermelha Portuguesa A1.2 Entidade instituidora:
Cruz Vermelha Portuguesa A2. Natureza da instituição: <sem resposta>
Requisitos Gerais
A3. Projeto educativo, científico e cultural da Instituição.
A3.1. Projeto educativo, científico e cultural da Instituição.
Está definido e é coerente com a natureza politécnica e a missão da Instituição A3.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
No Relatório de Autoavaliação estão expressas as linhas mestras do projeto Educativo, Científico e Cultural, não se vislumbrando evidências da sua existência formal nem da sua divulgação pela comunidade académica nem ao exterior.
Consta no RAA que o projeto educativo, científico e cultural decorre da missão da ESSCVP,
desdobrando-a nas suas diferentes componentes. Para além daquelas três dimensões, o Projeto de Escola acrescenta-lhe as dimensões do Voluntariado e da Comunidade e Inclusão, que refletem a especificidade da instituição a que pertence a ESSCVP.
Durante a visita a CAE confirmou a concretização da dimensão pedagógica, bem como atividades e projetos que corporizam o voluntariado, a comunidade e a inclusão.
No que se refere ao projeto científico e cultural foram identificadas maiores limitações.
A4. Organização e gestão
A4.1. Órgãos de governo da Instituição e das suas Unidades Orgânicas estatutariamente consagrados
A4.1.1 Órgãos de governo da Instituição e das suas Unidades Orgânicas estatutariamente
consagrados.
Existem, satisfazem as condições legais e funcionam regularmente A4.1.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa. Órgãos da ESSCVP:
- O Conselho de Direção;
- O Conselho Técnico-Científico; - O Conselho Pedagógico.
O Conselho de Direção é o órgão com a responsabilidade de gestão e os seus membros e o seu presidente são nomeados pelo Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), cujos
mandatos têm duração de 3 anos. Este Conselho é coadjuvado por outro elemento na gestão
administrativa, económica e financeira da ESSCVP, por delegação de Senhor Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa.
O CTC está constituído nos termos dos Estatutos e do RJIES, sendo o presidente do Conselho de Direção que preside a este órgão. A CAE alertou para o facto de constar nos estatutos da Escola e no RAA que o “Conselho Técnico-Científico (CTC) é o órgão responsável pela orientação da política científica, pedagógica…”. Não se entende porque é que cabe ao CTC a orientação da política pedagógica, existindo um Conselho Pedagógico. Este aspeto deve ser devidamente ponderado e esclarecido, de modo a que as autonomias científica e pedagógica não sejam prejudicadas. O CP, na sua composição, respeita a paridade no número de docentes e discentes, sendo eleitos pelos pares respetivos.
A CAE verificou que os órgãos reúnem regularmente.
Também dispõe de um Provedor do Estudante, o qual é nomeado pelo Conselho de Direção e por um período de dois anos, situação esta que não está prevista no RJIES, pelo que há que corrigir esta situação. Existe ainda um Diretor por cada Área de Ensino, estes com um papel relevante na articulação, sobretudo, com o CTC e com o Conselho de Direção.
A4.2. Autonomia científica e pedagógica do estabelecimento
A4.2.1 É assegurada a autonomia científica e pedagógica do estabelecimento: Sim
A4.2.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
Pelo exposto no ponto anterior, a CAE confirma que está assegurada a autonomia científica e pedagógica na ESSCVP. Contudo, não deixou de alertar para o facto de constar nos estatutos da Escola e no RAA que o “Conselho Técnico-Científico (CTC) é o órgão responsável pela orientação da política científica, pedagógica…”. Não se entende porque é que cabe ao CTC a orientação da política pedagógica, existindo um Conselho Pedagógico. Este aspeto deve ser devidamente ponderado e esclarecido, de modo a que as autonomias científica e pedagógica não sejam prejudicadas.
A4.3. Participação de docentes, investigadores e estudantes no governo do estabelecimento
A4.3.1 É assegurada a participação de docentes, investigadores e estudantes no governo do
estabelecimento:
Sim
A4.3.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
A CAE pode confirmar que os docentes e os estudantes participam nos órgãos da Escola, nos termos da Lei, e dada a dimensão da mesma, também existe uma proximidade entre toda a comunidade académica que se desenvolve informalmente.
A4.4. Sistema interno de garantia da qualidade
A4.4. Sistema interno de garantia da qualidade (artigo 4º, nº 1, alínea c) do RJAES): Existe, a nível da Instituição, não estando certificado pela A3ES (campo A4.4.2)
A4.4.1. Evolução do sistema (no caso de sistema certificado pela A3ES).
Sistema interno de garantia da qualidade definido a nível da Instituição e certificado pela A3ES: <sem resposta>
A4.4.2. Breve descrição do sistema (no caso de sistema não certificado pela A3ES)
Sistema interno de garantia da qualidade definido a nível da Instituição e ainda não certificado pela A3ES:
Segundo o RAA, o SIGQ é gerido pelo Gabinete da Qualidade, coordenado por um professor interno com a responsabilidade de assegurar o bom funcionamento no que respeita à definição,
implementação, manutenção e melhoria do mesmo. Compete a este elemento divulgar, cumprir e fazer cumprir as disposições constantes no Manual da Qualidade.
A CAE constatou que a estrutura é insuficiente para desenvolver o SIGQ, encontrando-se este em fase incipiente. O que existe ainda é resultado de um sistema implementado no âmbito da ISO 9001 e interrompido há alguns anos.
O SIGQ carece de desenvolvimento nas diversas áreas, atendendo aos referenciais da A3ES, bem como de um sistema de monitorização e divulgação pelos stakeholders.
Na reunião com a equipa do Sistema Interno de Garantia da Qualidade a CAE foi informada que, por tudo o atrás referido, a IES só está a pensar avançar para a certificação a médio prazo.
A5. Ensino
A5.1. Procura e acesso
A5.1.1. A instituição tem uma política de recrutamento de novos estudantes: Sim
A5.1.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
Segundo o RAA, a política institucional de promoção dos ciclos de estudos e recrutamento de novos estudantes assenta no seguinte: a) divulgação digital, através da informação disponível no Site, divulgada por Facebook, Linkedin e Google Addwords; b) contacto de proximidade com potenciais candidatos nas edições anuais da Futurália e do Dia Aberto da ESSCVP que ocorre anualmente desde 2010 após a Futurália; c) divulgação pela rede Cruz Vermelha que envolve o Facebook
institucional e delegações em todo o País; d) efeito “bola de neve” através de atuais e ex-estudantes, bem como por profissionais das áreas dos ciclos de estudos que recomendam a ESSCVP em
detrimento de outras instituições.
Esta estratégia é aferida com a informação obtida dos estudantes que ingressam na Escola.
Durante a visita a CAE pôde confirmar, junto dos estudantes, a política de atração levada a cabo pela Escola.
Verifica-se alguma estabilidade no número de alunos, entre licenciaturas e pós-graduações. Já no que se refere a Mestrados e TesP’s, não existe nenhum acreditado.
Constata-se ainda que a maioria dos candidatos são provenientes do CNA e cerca de 50% dos seus alunos são provenientes de Lisboa e Vale do Tejo. O curso com maior dificuldade em captar alunos é o de cardiopneumologia.
A5.2. Sucesso escolar
A5.2.1. A instituição tem políticas para promover o sucesso escolar e a integração dos
estudantes:
Sim
A5.2.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
Constatou-se que a taxa de sucesso escolar, em qualquer dos cursos, é superior a 90% e que a taxa de abandono ronda os 11%. Estes valores podem ser considerados normais, no panorama nacional. Também é evidenciado acompanhamento feito aos estudantes. Para o efeito a Escola faz reuniões com os pais dos alunos, e há, segundo nos informaram na reunião com os docentes, no horário
destes seis horas destinadas ao apoio aos alunos. Numa perspetiva de melhoria contínua incentiva-se a Escola a lançar medidas de combate ao abandono e a melhorar o sucesso académico.
A5.3. Ligação à investigação orientada
A5.3.1. A instituição tem medidas que garantem o contacto dos estudantes com a
investigação orientada desde os primeiros anos:
Em parte
A5.3.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
O RAA, a este respeito, começa por referir a participação dos docentes em unidades de investigação externas à Escola e a incorporação dos conhecimentos entretanto adquiridos no
ensino-aprendizagem, mas sem evidências disso mesmo. Sobre a ligação dos estudantes à
investigação são referidas as UCs dedicadas às metodologias de investigação, unidades curriculares específicas de investigação em cada uma das áreas e a organização de eventos, como por exemplo, as Jornadas de Inovação em Cardiopneumologia, Jornadas de Estudo, etc. Também se destaca a revista Salutis Scientia, que publica os resultados de investigação, com especial atenção para os estudantes.
A5.4. Inserção dos diplomados no mercado de trabalho
A5.4.1. A Instituição promove de forma eficaz a monitorização da empregabilidade e o apoio
aos estudantes para a sua inserção no mercado de trabalho:
Sim
A5.4.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
O RAA refere que a taxa de empregabilidade é de 94%. Na visita da CAE foi possível apurar, junto dos estudantes, que é feita a monitorização e o apoio à inserção na vida ativa dos estudantes e diplomados, por parte da Escola. Desde logo, a CVP recebe alguns dos diplomados nas suas delegações, hospitais, etc.
Os alunos referiram ainda junto da CAE que o nome da Cruz Vermelha, como entidade formadora lhes abria muito as “portas”, inclusive no estrangeiro.
A6. O corpo docente
A6.1. A Instituição dispõe de um corpo docente adequado e tem uma política de
recrutamento:
Em parte
A6.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
Reportando-nos ao ano letivo 2015/16, o corpo docente é constituído por 74 docentes (45,5 ETI), dos quais 11,3 ETI (24,8%; >15%) são doutores a tempo integral. São indicados 18,75 ETI (50% > 35%) reconhecidos como especialistas pelo CTC e com título de especialista.
Assim, de acordo com o determinado no artº. 49º do RJIES, verifica-se que a ESSCVP satisfaz o rácio de 1 doutor ou especialista por cada 30 alunos, assim como a existência do número de doutores a tempo integral no total do corpo docente ser igual ou superior a 15%. Também cumpre o rácio de 35% de especialistas.
Apesar do cumprimento dos requisitos, em termos de rácios, não se pode deixar de realçar o número reduzido de doutores, a tempo integral em algumas áreas científicas, como em Fisioterapia e em áreas recentes (Osteopatia).
A existência de muitos docentes em regime parcial, foi referida pelos alunos como positiva, pois estes docentes que estão diariamente nos hospitais transmitem-lhes muitos conhecimentos práticos
e atualizados, dando-lhes uma maior imagem do que irá ser no futuro a sua vida profissional. Também se aconselha, por uma questão de transparência e de independência, que seja invertida a preferência da instituição pelo reconhecimento dos especialistas pelo CTC em detrimento do regime de atribuição do título de especialista, que requer um júri constituído por representantes de várias instituições e com prestação de provas públicas.
Constatou-se que a aplicação do sistema de avaliação do desempenho dos docentes não está a produzir efeitos, sendo que todos os docentes, no mínimo, obtêm a classificação de bom. A CAE também alerta para que a Escola esclareça que a competência do processo de avaliação cabe ao CTC. Está em falta a definição de uma política de recrutamento do pessoal docente.
A7. A atividade científica e tecnológica
A7.1. Políticas de investigação orientada, desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento profissional de alto nível
A7.1.1. A Instituição tem uma política para a investigação orientada, o desenvolvimento
tecnológico e o desenvolvimento profissional de alto nível, e para a sua valorização económica:
Em parte
A7.1.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
O RAA refere que, dada a dimensão do corpo docente, o trabalho científico dos docentes deverá ser desenvolvido, preferencialmente, em grupos de investigação externos, devidamente reconhecidos e avaliados pela FCT. A CAE apurou que dez docentes estão integrados em unidades de investigação externas. Isto significa que apenas uma minoria dos docentes responde à política traçada pela instituição. A CAE considera que a Escola deve reforçar a política de investigação, em especial nas áreas científicas mais recentes na Escola.
A7.2. Políticas de prestação de serviços à comunidade
A7.2.1. A Instituição dispõe de uma política institucional consistente para a prestação de
serviços à comunidade, adequada à sua contribuição para o desenvolvimento regional e nacional:
Em parte
A7.2.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
A ESSCVP desenvolve diversos projetos, principalmente com as entidades locais. Também cede as instalações para diversos eventos. A política seguida pelo Conselho de Direção da Escola, em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa, é reforçar a proximidade. Isto tem um significado especial dado a especificidade da zona em que está inserida a ESSCVP.
A CAE não apurou receitas provenientes das prestações de serviços.
A7.3. Políticas de captação de receitas próprias
A7.3.1. A instituição tem uma política de captação de receitas próprias e o seu nível é
adequado:
Sim
Dado a ESSCVP tratar-se de uma instituição privada, as receitas próprias são provenientes das propinas, das taxas e emolumentos. As exceções são as verbas provenientes de projetos financiados pela FCT e pela Fundação Calouste Gulbenkian, fundamentais para promover a investigação, bem como as verbas obtidas por formação realizada em Timor-Leste.
A captação de estudantes é o principal fator de sustentabilidade da Escola.
Os dirigentes da Escola revelaram à CAE a sua grande apreensão pelo facto de os hospitais estarem a exigir cada vez mais pelo pagamento referente à realização dos estágios dos alunos (em alguns casos 50% da propina de cada aluno).
A8. Políticas de colaboração nacional
A8.1. A Instituição dispõe de uma política institucional para a cooperação com outras
instituições nacionais:
Sim
A8.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
O RAA refere que a ESSCVP tem inúmeras parcerias nacionais e internacionais para diversas finalidades, designadamente para colaborações especificamente para desenvolvimento de investigação ou formação de alto nível, colaborações de âmbito académico e outras. A tradução prática destes protocolos é a seguinte: organização de conferências, colóquios e workshops
conjuntos, organização de eventos variados, apoio recíproco em atividades desenvolvidas quer pela ESSCVP quer pela instituição parceira, acolhimento de estagiários na ESSCVP, apoio técnico facultado pela ESSCVP, cedência de instalações, atividades de voluntariado, etc.
A CAE constatou existirem poucas parcerias com a ESSNCVP, o que não é natural.
A9. Políticas de internacionalização
A9.1. A Instituição dispõe de uma política institucional para a internacionalização: Em parte
A9.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
A ESSCVP faz referência a diversos acordos de cooperação com universidades dos países lusófonos, para desenvolverem formações em parceria e prestarem consultoria. Por outro lado, a ESSCVP tem uma carta ERASMUS, gerida em conjunto com a ESSNCVP, de Oliveira de Azeméis. É referido no RAA que nos três últimos anos letivos (2014 a 2017) houve 17 estudantes e 4 docentes mobilidade OUT e 21 estudantes e 6 docentes em mobilidade IN. A CAE regista a política de internacionalização mas alerta para a necessidade desta ganhar maior expressão.
A10. Instalações
A10.1. A Instituição dispõe de instalações com as características exigíveis à ministração de
ensino politécnico:
Sim
A10.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
Face ao número de estudantes e à oferta formativa da ESSCVP as instalações e os equipamentos são adequados. Contudo, dada a verticalidade do edifício, a comunidade refere algumas limitações e o representante da entidade instituidora e o Presidente do Conselho de Direção afirmaram perante a CAE que estão a trabalhar numa solução para novas instalações para a Escola.
A11. Serviços de ação social
Não
A11.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
É referido no RAA e foi confirmado pela CAE que a ESSCVP não tem formalmente qualquer
mecanismo de ação social. Contudo, foi possível perceber que a Escola tem procurado dar resposta a situações de caráter excecional que afetam alguns estudantes, seja reduzindo os valores da propina, seja permitindo que os estudantes paguem mensalidades de forma fracionada, seja ainda
prorrogando o prazo de pagamento. Durante a visita a CAE confirmou a existência de um refeitório. A ESSCVP não tem residência de estudantes nem apresenta qualquer outro apoio da sua iniciativa, nomeadamente em atividades culturais e desportivas.
A12. Informação para o exterior
A12.1. A Instituição publicita de forma adequada informação sobre a oferta educativa,
incluindo os relatórios de autoavaliação e avaliação externa e das decisões da Agência:
Sim
A12.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
O RAA apenas refere o site institucional como forma de divulgação de informação para o exterior. Confirma-se que está disponível, através do site da ESSCVP, informação sobre a oferta formativa, a empregabilidade dos diplomados, os regulamentos, o plano estratégico, etc.
Requisitos Especificos
A13. Oferta educativa
A13.1. INSTITUTO POLITÉCNICO: A Instituição dispõe de, pelo menos: - Duas escolas de áreas diferentes;
- Quatro ciclos de estudos de licenciatura acreditados, dois dos quais técnico-laboratoriais, em pelo menos duas áreas diferentes compatíveis com a missão própria do ensino politécnico.
OUTRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO:A Instituição dispõe de,
pelo menos:
- Um ciclo de estudos de licenciatura acreditado. Sim
A13.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
A Instituição dispõe de cinco ciclos de estudos de licenciatura acreditados.
A14. Corpo docente
A14.1. No conjunto dos docentes e investigadores que desenvolvam atividade docente ou de investigação, a qualquer título, na Instituição:
- A Instituição dispõe, no mínimo, de um especialista ou doutor por cada 30 estudantes; - Pelo menos 15% são doutores em regime de tempo integral;
- Para além desses doutores, pelo menos 35% são especialistas (que poderão ser igualmente detentores do grau de doutor).
Sim
A14.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa.
Reportando-nos ao ano letivo 2015/16, o corpo docente é constituído por 74 docentes (45,5 ETI), dos quais 11 (24%; >15%) são doutores a tempo integral. São indicados 17 docentes (13,4 ETI)
Assim sendo:
- A ESSCVP dispõe de um especialista ou doutor por cada 17 estudantes (< 30) - 24% são doutores em regime de tempo integral (> 15%)
- 41% são especialistas (>35%)
Contudo, pudemos apurar que alguns docentes que obtiveram o reconhecimento de especialista pelo CTC não preenchem os requisitos legais para o efeito, designadamente o número mínimo de anos de serviço na área da especialidade reconhecida.
Pelo já exposto e atendendo aos princípios da transparência e da independência, é aconselhável que a instituição opte pelo regime de atribuição do título de especialista, que requer um júri constituído por representantes de várias instituições e com prestação de provas públicas, em detrimento do reconhecimento dos especialistas pelo CTC.
Apesar do cumprimento dos requisitos, em termos de rácios, não se pode deixar de realçar o número reduzido de doutores, a tempo integral, especialmente em algumas áreas científicas, como por exemplo em Fisioterapia e Osteopatia.
Constatou-se que a aplicação do sistema de avaliação do desempenho dos docentes não está a produzir efeitos, sendo que todos os docentes, no mínimo, obtêm a classificação de bom. A CAE também alerta para que a Escola esclareça que a competência do processo de avaliação cabe ao CTC.
A15. Observações
A15. Observações
A CAE regista os apoios a estudantes com necessidades educativas especiais.
II - Avaliação das Unidades Orgânicas
B1. Ensino
B1.1. Adequação da oferta educativa
Apreciação geral da adequação da oferta formativa das Unidades Orgânicas da Instituição, face, designadamente, à missão de uma Instituição de natureza politécnica.
A oferta formativa enquadra-se na matriz politécnica.
A oferta centra-se nas atuais cinco licenciaturas e em diversos cursos de pós-licenciatura de
especialização em Enfermagem e em cursos de pós-graduação. Até ao ano letivo 2015/16 assistiu-se a uma diminuição do número de alunos, mas a CAE confirmou o aumento nos últimos anos letivos, tendo a ESSCVP a expetativa de atingir em breve os 1000 alunos.
A ESSCVP não dispõe de numa formação de mestrado nem de cursos Técnicos Superiores Profissionais.
Existe uma elevada empregabilidade dos diplomados da ESSCVP. B1.2. Estudantes
Apreciação geral da evolução do número de estudantes nas Unidades Orgânicas.
A trajetória do número de estudantes foi decrescente, mas voltou a crescer nos últimos anos. A principal dificuldade de procura tem sido no curso de Cardiopneumologia. Segundo informação prestada à CAE, durante a visita, a Escola tem elevadas expetativas quanto à procura para o curso de Osteopatia, que se inicia no ano letivo 2018/19. Os cursos de pós-licenciatura em enfermagem também têm registado uma forte procura. Segundo informação prestada à CAE, durante a visita, a
ESSCVP tem, neste momento, cerca de 920 alunos e espera, em breve, ultrapassar os 1000 alunos. Quanto à origem dos estudantes, cerca de 80% são da região de Lisboa.
B1.3. Diplomados
Apreciação geral da evolução do número de diplomados nas Unidades Orgânicas.
Como já se evidenciou, a taxa de sucesso escolar, em qualquer dos cursos, é superior a 90% e que a taxa de abandono ronda os 11%. Estes valores podem ser considerados normais, no panorama nacional.
Também a empregabilidade dos diplomados é de cerca de 94%.
B2. Corpo docente
B2.1. Adequação em número, qualificação e especialização
Apreciação geral da adequação do corpo docente das Unidades Orgânicas.
Como já foi referido anteriormente e reportando-nos ao ano letivo 2015/16, o corpo docente é constituído por 74 docentes (45,5 ETI), dos quais 11 (24%; >15%) são doutores a tempo integral. São indicados 17 docentes (13,4 ETI) reconhecidos como especialistas pelo CTC e 8 (5,35 ETI) com título de especialista (41, 2% > 35%).
Assim sendo:
- A ESSCVP dispõe de um especialista ou doutor por cada 17 estudantes (< 30) - 24 % são doutores em regime de tempo integral (> 15%)
- 41 % são especialistas (>35%)
Contudo, pudemos apurar que alguns docentes que obtiveram o reconhecimento de especialista pelo CTC não preenchem os requisitos legais para o efeito, designadamente o número mínimo de anos de serviço na área da especialidade reconhecida.
Pelo já exposto e atendendo aos princípios da transparência e da independência, é aconselhável que a instituição opte pelo regime de atribuição do título de especialista, que requer um júri constituído por representantes de várias instituições e com prestação de provas públicas, em detrimento do reconhecimento dos especialistas pelo CTC.
Apesar do cumprimento dos requisitos, em termos de rácios, não se pode deixar de realçar o número reduzido de doutores, a tempo integral, especialmente em algumas áreas científicas, como por exemplo em Fisioterapia e Osteopatia.
Constatou-se que a aplicação do sistema de avaliação do desempenho dos docentes não está a produzir efeitos, sendo que todos os docentes, no mínimo, obtêm a classificação de bom. A CAE também alerta para que a Escola esclareça que a competência do processo de avaliação cabe ao CTC. B2.2. Estabilidade e dinâmica de formação
Apreciação geral do grau de estabilidade do corpo docente das Unidades Orgânicas.
O corpo docente em tempo integral com mais de 3 anos de contrato é de 59%, o que corresponde a uma baixa estabilidade (inferior a 70% do total de docentes).
Constatou-se grande dificuldade na formação e atualização do corpo docente, sendo mesmo insuficiente em algumas áreas.
Perguntas B3. a B5.
Apreciação geral da adequação das instalações das Unidades Orgânicas.
Face ao número de estudantes e à oferta formativa da ESSCVP as instalações e os equipamentos são adequados. Contudo, dada a verticalidade do edifício, a comunidade refere algumas limitações e o representante da entidade instituidora e o Presidente do Conselho de Direção afirmaram perante a CAE que estão a trabalhar numa solução para novas instalações para a Escola.
B4. Atividades de investigação orientada, desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento
profissional de alto nível
Apreciação geral das atividades de investigação orientada, desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento profissional de alto nível nas Unidades Orgânicas.
O RAA refere que, dada a dimensão do corpo docente, o trabalho científico dos docentes deverá ser desenvolvido, preferencialmente, em grupos de investigação externos, devidamente reconhecidos e avaliados pela FCT. A CAE apurou que dez docentes estão integrados em unidades de investigação externas. Isto significa que apenas uma minoria dos docentes responde à política traçada pela instituição. A CAE considera que a Escola deve reforçar a política de investigação, em especial nas áreas científicas mais recentes na Escola.
B5. Produção artística
Apreciação geral das atividades de produção artística nas Unidades Orgânicas. Não aplicável
Perguntas B6. a B7.
B6. Prestação de serviços à comunidade
Apreciação geral das atividades de prestação de serviços à comunidade (incluindo atividades de promoção cultural, artística e desportiva) nas Unidades Orgânicas.
Tal como referido anteriormente, a ESSCVP desenvolve diversos projetos, principalmente com as entidades locais. Também cede as instalações para diversos eventos. A política seguida pelo Conselho de Direção da Escola, em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa, é reforçar a
proximidade. Isto tem um significado especial, dada a especificidade da zona em que está inserida a ESSCVP.
A CAE não apurou receitas provenientes das prestações de serviços. B7. Colaboração nacional e internacional
Apreciação geral das atividades em cooperação nacional e internacional nas Unidades Orgânicas. O RAA refere que a ESSCVP tem inúmeras parcerias nacionais e internacionais para diversas finalidades, designadamente para colaborações especificamente para desenvolvimento de investigação ou formação de alto nível, colaborações de âmbito académico e outras. A tradução prática destes protocolos é a seguinte: organização de conferências, colóquios e workshops
conjuntos, organização de eventos variados, apoio recíproco em atividades desenvolvidas quer pela ESSCVP quer pela instituição parceira, acolhimento de estagiários na ESSCVP, apoio técnico facultado pela ESSCVP, cedência de instalações, atividades de voluntariado, etc.
B8. Sistema interno de garantia da qualidade
B8. Sistema interno de garantia da qualidade
No caso de o sistema estar definido a nível institucional (certificado ou não pela A3ES) preencher o campo B8.3.
B8.1. Evolução do sistema (no caso de sistemas certificados a nível de Unidade Orgânica) Apreciação geral da evolução dos sistemas certificados a nível de Unidade Orgânica, desde a sua certificação.
B8.2. Breve descrição do sistema (no caso de sistemas não certificados a nível de Unidade
Orgânica)
Apreciação geral do estado de desenvolvimento dos sistemas definidos a nível de Unidade Orgânica não certificados pela A3ES.
<sem resposta>
B8.3. Contributo da Unidade Orgânica para o funcionamento do sistema (no caso de
sistema a nível da Instituição)
Apreciação do contributo das Unidades Orgânicas para o funcionamento do sistema interno de garantia da qualidade da Instituição.
A Instituição tem apenas uma Unidade Orgânica. Logo o que se expõe respeita também à instituição no seu global.
Segundo o RAA, o SIGQ é gerido pelo Gabinete da Qualidade, coordenado por um professor interno com a responsabilidade de assegurar o bom funcionamento no que respeita à definição,
implementação, manutenção e melhoria do mesmo. Compete a este elemento divulgar, cumprir e fazer cumprir as disposições constantes no Manual da Qualidade.
A CAE constatou que a estrutura é insuficiente para desenvolver o SIGQ, encontrando-se em fase incipiente. O que existe ainda é resultado de um sistema implementado no âmbito da ISO 9001 e interrompido há alguns anos.
O SIGQ carece de desenvolvimento nas diversas áreas, atendendo aos referenciais da A3ES, bem como de um sistema de monitorização e divulgação pelos stakeholders.
B9. Apreciação global, pontos fortes, pontos fracos e recomendações de
melhoria
B9.1. Apreciação global das Unidades Orgânicas
Apreciação global da organização e funcionamento das Unidades Orgânicas. Corresponde à apreciação global da instituição.
B9.2. Áreas de excelência
Identificação de áreas de excelência.
Não foram identificadas áreas de excelência B9.3. Áreas com fragilidades
Identificação de áreas com fragilidades específicas.
Corresponde aos pontos fracos referidos na apreciação global da instituição. B9.4. Recomendações de melhoria
Recomendações de melhoria da organização e funcionamento das Unidades Orgânicas. Corresponde à apreciação global da instituição.
B10. Observações
B10. Observações <sem resposta>
III - Apreciação global da instituição
Perguntas C1. a C5.
C1. Apreciação global
Apreciação global da Instituição.
Através da atividade demonstrada, em geral, a ESSCVP enquadra-se na missão politécnica. O Plano Estratégico é público enquanto o Projeto Educativo, Científico e Cultural apenas é apresentado no RAA, não tendo a CAE recolhido evidências da sua existência formal.
O RAA poderia ter sido mais participado. O SIGQ carece de desenvolvimento.
O número de estudantes está em crescimento e os diplomados têm elevada empregabilidade. É desejável que a ESSCVP desenvolva uma estratégia assente na sua identidade, aprofundando a aliança na rede da Cruz Vermelha Portuguesa e com outras IES para mais e melhor investigação, formação avançada e internacionalização.
C2. Pontos fortes
Pontos fortes da organização e funcionamento da Instituição. Oferta formativa equilibrada e com procura.
Combinação de académicos e especialistas no corpo docente. Proximidade entre os professores e os estudantes.
Algum apoio aos docentes na formação e na investigação. Elevada empregabilidade dos diplomados.
Esforço no investimento em equipamentos/laboratórios.
Evidências do contacto dos estudantes com a investigação aplicada. C3. Pontos fracos
Pontos fracos da organização e funcionamento da Instituição.
Competências do CTC levantam dúvidas sobre a autonomia pedagógica. Instalações com algumas dificuldades de funcionalidade.
SIGQ incipiente.
Fraca mobilidade OUT dos estudantes e dos professores.
Faltam na política de investigação princípios orientadores para os docentes/investigadores, deixando ao critério de cada um a sua integração e atividade numa unidade de investigação externa.
Não existem evidências de apoios sociais aos estudantes (apoios diretos e indiretos, alojamento, cultura, desporto, etc.)
Provedor do estudante desconhecido da maioria dos estudantes, e nomeado pela Direção da Escola. Sistema de avaliação do desempenho docente não produz efeitos e não está a cargo do CTC.
C4. Recomendações de melhoria
Recomendações de melhoria da organização e funcionamento da Instituição.
Promover a identidade da ESSCVP em linha com o reconhecimento internacional da Cruz Vermelha Portuguesa.
Equacionar parcerias estratégicas mais consistentes e abrangentes que ajudem a minimizar os efeitos da falta de escala e de massa crítica, principalmente ao nível da investigação e da formação avançada.
Rever as competências do CTC, no que respeita às questões pedagógicas.
Reforçar os recursos afetos ao SIGQ, definir uma metodologia e aplicar uma monitorização que garanta o acompanhamento e a avaliação do sistema.
Promover um sistema de avaliação do desempenho docente que promova o mérito dos docentes. Definir princípios orientadores para os docentes/investigadores ao nível da investigação, em linha com a formação da Escola, ainda que desenvolvida em unidades de investigação externa.
Incrementar os fluxos de mobilidade de docentes e estudantes, principalmente os fluxos OUT. Participação mais ativa do Provedor do Estudante, com plano e relatório de atividades partilhado e divulgado, devendo ser revisto o processo de nomeação, no sentido de se garantir maior
independência dos órgãos de gestão. C5. Recomendação Final
(Acreditar, Acreditar com condições, Não Acreditar) Acreditar com condições
Condições a cumprir de imediato:
- Definir uma política de contratação de pessoal docente assente nas necessidades respectivas do ensino e da investigação.
- Melhorar o sistema de avaliação do desempenho docente, por forma a garantir a promoção do mérito dos docentes.
- Definir a política de investigação orientada para as áreas científicas e para a formação ministrada na Escola, com metas e respetiva monitorização.
- Rever as competências do CTC, no que respeita às questões pedagógicas. - Desenvolver o SIGQ.
Condições a cumprir no prazo de 1 ano:
- Demonstrar a efectiva implementação da política de contratação do pessoal docente. - Demonstrar a efectiva implementação da avaliação do desempenho do corpo docente. - Demonstrar a efectiva implementação do SIGQ.
Condições a cumprir no prazo de 3 anos: - Melhorar os indicadores de investigação.