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ANÁLISE DO PERFIL CINEANTROPOMÉTRICO DE JOVENS PRATICANTES DE VOLEIBOL NA FAIXA ETÁRIA DE 12 A 15 ANOS.

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MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.1 - Ago./dez. 2006.

ANÁLISE DO PERFIL CINEANTROPOMÉTRICO DE JOVENS PRATICANTES DE VOLEIBOL NA FAIXA ETÁRIA DE 12 A 15 ANOS.

Cíntia Aguiar Soares

Graduada em Educação Física pelo Centro Universitário do Lestre de Minas Gerais – Unileste-MG.

Alexandre Henriques de Paula

Docente do Curso de Educação Física do Unileste-MG. RESUMO

O presente estudo analisa o perfil cineantropométrico de jovens praticantes do voleibol na faixa etária de 12 a 15 anos de ambos os sexos e sua evolução como possíveis talentos esportivos. Para tanto, utilizou-se uma amostra de 43 atletas de voleibol, sendo 30 atletas do sexo feminino e 13 do sexo masculino. O tipo de estatística utilizada foi de análise descritiva através da média e do desvio padrão. As medidas antropométricas utilizadas para determinação do perfil do atleta foram a estatura (m), peso corporal (kg), dobras cutâneas (tríceps, subescapular, suprailíaca e panturrilha medial), perímetros (braços e pernas) e diâmetros ósseos (bi-epicôndilo umeral e bi-epicôndilo femural). Calculou-se também o IMC e o MCM para a determinação das taxas de gordura e da massa muscular. Para a determinação do somatotipo recorreu-se ao método proposto por Heath-Carter, que envolve medidas antropométricas. Mediante os resultados encontrados na variável estatura verificou-se que o grupo feminino apreverificou-sentou maior média entre 14 e 15 anos e o grupo masculino aos 13 e 15 anos, obtendo o maior índice. Com o peso corporal constatou-se que o grupo feminino permaneceu a partir de 14 e 15 anos, já o sexo masculino aos 13 e 15 anos. No IMC os maiores valores no grupo feminino foi aos 12 e 15 anos, já o grupo masculino obteve uma progressão média. O MCM no grupo feminino após uma queda aos 13 anos apresentou uma evolução uniforme. No grupo masculino os índices mais altos se encontram aos 13 e 15 anos. Na variável somatotipo, os resultados encontrados apontaram uma classificação endomorfo / ectomorfo para todas as idades do grupo feminino. No grupo masculino na faixa etária de 12 e 13 anos ectomorfo / mesomorfo e aos 14 e 15 anos mesoformo / ectomorfo.

Palavras-chaves: voleibol, composição corporal, antropometria, somatotipo, talentos esportivos.

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MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.1 - Ago./dez. 2006. ABSTRACT

The present study analyze the cineantropometric profile of young 12 the 15 years old practitioners of volleyball of both the sex and its evolution as possible sportive talents. For in such a way, a sample of 43 athletes of volleyball was used, being 30 athletes of feminine sex and 13 of the masculine sex. The used antropometric measures for determination of the profile of the athlete had been the stature (m), corporal weight (kg), coetaneous folds (triceps, to sub scapular, medial suprailíaca and ancle), osseous perimeters (arms and legs) and diametric (bi-epicedial humeral and bi-epicedial femural). The IMC were also calculated and the MCM for the determination of the taxes of fat and the muscular mass. For the determination of somatotype the method considered for Heath-Carter was appealed to it, who involves measured antropometric. By means of the results found in the changeable stature the biggest index was verified that the feminine group presented average greater between the 14 and 15 years and the masculine group to the 13 and 15 years, getting. With the corporal weight one evidenced that the feminine group remained from the 14 and 15 years, already the 13 the masculine sex to 15 years. In the IMC the biggest values in the feminine group were to the 12 and 15 years, already the masculine group got an average progression. The MCM in the feminine group after a fall to the 13 years presented an evolution uniform. In the masculine group the indices highest if find to the 13 and 15 years. In the 0 variable somatotype, the joined results had pointed ectomorfo to endomorfo classification/with respect to all the ages of the feminine group. In the masculine group in mesomorfo the profile band of 12 and 13 years ectomorfo/and to the 14 and 15 years mesoformo/ectomorfo.

Key words: volleyball, corporal composition, anthropometry, somatotype, sportive talents.

INTRODUÇÃO

O voleibol é um dos esportes mais populares no país, acredita-se que as conquistas realizadas pelas seleções brasileiras feminina e masculina, em todas as categorias podem ter contribuído para o aumento da popularidade do voleibol.

Segundo Massa et al. (2003) a evolução observada em diversas modalidades esportivas no decorrer das últimas décadas é notável, características como a tecnologia de materiais e estruturas, inovação de regras, evolução científica e prática dos métodos de avaliação, prescrição do treinamento e análise técnica e tática são alguns entre muitos fatores que poderiam ser mencionados e que contribuem para a evolução do desempenho no fenômeno esporte.

No voleibol, a evolução da composição corporal pode determinar o grau de desenvolvimento e crescimento do atleta em relação ao desempenho esportivo. Através da composição corporal as aplicações da cineantropometria são vistos como técnicas bastante eficazes, pois estas técnicas são de fundamental importância para a qualificação do futuro desportista e para obtenção do mais alto desempenho da modalidade.

A antropometria, que vem em conjunto com a cineantropometria, é um recurso da análise completa do individuo através das variáveis da estatura, peso corporal, dobras cutâneas, perímetros e diâmetros.

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O somatotipo, que também faz parte deste conjunto, procura descrever a configuração morfológica apresentada pelo indivíduo, mediante quantificação do seu tipo físico expresso por uma série de três componentes básicos. O primeiro, a endomorfia, relaciona-se com a participação que a quantidade de gordura corporal apresenta no estabelecimento do tipo físico. O segundo, a mesomorfia, reflete a influência do desenvolvimento músculo-esquelético. O terceiro, a ectomorfia, traduz a participação do aspecto de linearidade no tipo físico.

O estudo do somatotipo constitui-se, portanto, em valioso instrumento de informação que permite a visualização global das modificações morfológicas ocorridas em função de alterações processadas simultaneamente a nível dos tecidos muscular, ósseo e adiposo.

Em se tratando de crianças e adolescentes, Guedes e Guedes (2002) apresentam um fator adicional que não pode deixar de ser considerado; é a interferência do próprio processo de maturação biológica que ainda não atingiu seu estágio adulto nesse período. Assim, pode ser que, em alguns programas de exercícios físicos, se observem modificações efetivas na composição corporal, enquanto em outros os efeitos provocados pela maior demanda energética possam ser mascarados ou neutralizados pelas mudanças relacionadas ao processo de maturação, assim como pelas possíveis alterações nos hábitos alimentares, fazendo com que os resultados encontrados da prática desportiva não sejam consistentes em todos os estudos. A idade da menarca é mais tardia nos grupos mais ativos fisicamente, não importando o nível técnico.

Guedes e Guedes (2002) citam que a maturação biológica refere-se as sucessivas modificações que se processam em um determinado tecido, sistema ou função, até que sua forma final seja alcançada. Estes indivíduos podem também sofrer alterações hormonais, como por exemplo, nos hormônios andrógenos e nos estrógenos.

Foss e Keteyian (2000) relatam que os hormônios andrógenos (testosterona), quanto os estrogênios (estradiol) aumentam durante o exercício.

Estes hormônios desempenham uma função direta no processo de crescimento e de desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.

Matsudo (1982), descreve que as atletas de voleibol possuem idade da menarca mais próxima da população em geral, mas ainda assim tardia.

A atuação prática do profissional de educação física e esporte em relação aos processos de detecção, seleção e promoção de talentos e nos estudos dos somatotipos no voleibol vêm determinando o crescimento e o desenvolvimento dos nossos jovens atletas.

Na prática, a seleção de talentos tem sido realizada com base nas experiências pessoais de cada treinador, em que, por vezes, apenas o “olhar” desse especialista acaba sendo a única estratégia utilizada para diagnosticar, em idade precoce, toda a complexibilidade de elementos determinantes do desempenho específico de uma modalidade que podem ser projetados na idade adulta e, em conseqüência, determinar o alto nível de um indivíduo.

VOLEIBOL

O voleibol foi criado no ano de 1895 pelo norte-americano William George Morgan, diretor de atividades físicas da YMCA (Associação Cristã de Moços), na

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cidade de Holyoke, no estado de Massachusetts (EUA), quando tentava criar uma nova competição em quadra coberta que pudesse ser praticada por seus alunos.

O nome original do novo esporte era Mintonette, que ao passar dos anos foi denominado voleibol. No Brasil, apesar de ter sido introduzido por volta do ano 1915, esta modalidade não apresentou um destaque importante até o ano de 1982, quando ganhou projeção nacional com a vitória da equipe brasileira masculina no Mundialito, realizado na cidade do Rio de Janeiro.

Os esportes coletivos, como o voleibol vêm se desenvolvendo de forma acelerada nos últimos anos, tanto no perfil técnico-tático, quanto no perfil físico dos jogadores. Esta modalidade esportiva pode ser considerada uma das mais complexas, que exige perfeição na execução das habilidades e características físicas específicas, que se associadas proporcionam melhor desempenho.

O voleibol é caracterizado por envolver ao mesmo tempo, períodos intensos de esforços físicos dinâmico, de intensidade variada, alternando com períodos de pausa, e que exige perfeição na execução das habilidades e características físicas específicas. Estas características, quando associadas, proporcionam melhor desempenho do atleta nas ações específicas desse esporte como por exemplo o ataque e o bloqueio que são primordiais para o jogo de voleibol.

O treinamento deste desporto a longo prazo de forma planejada e sistemática, contribui para a formação de talentos esportivos, sendo que para que esse treinamento possa ser otimizado faz-se necessário acompanhamento e avaliação tanto tático-técnica, quanto da avaliação da composição corporal constante dos jovens atletas.

ANTROPOMETRIA

A antropometria, técnica sistematizada utilizada para medir as dimensões corporais do homem, é uma metodologia originalmente desenvolvida por antropologistas físicos. No entanto, hoje, vem sendo utilizada e aprimorada por profissionais ligados a várias outras áreas como os profissionais de Educação Física. Guedes e Guedes (1997) afirmam que “os recursos no estudo do crescimento somático são bastante variados e vão desde a antropometria tradicional até as sofisticadas medidas laboratoriais”. Tecnicamente, as medidas antropométricas devem ser realizadas com instrumentos específicos, procedimentos rigorosamente padronizados e determinados dentro de erros e medidas conhecidas.

A antropometria representa um importante recurso de assessoramento para uma análise completa de um indivíduo, seja ele atleta ou não, pois oferece informações ligadas ao crescimento, desenvolvimento e envelhecimento, sendo por isso crucial na avaliação do estado físico e no controle das diversas variáveis que estão envolvidas durante uma prescrição de treinamento.

A execução de habilidades técnicas e táticas do voleibol podem ser influenciadas por variáveis antropométricas, indicando possíveis deficiências no desenvolvimento do atleta, pois estas são de grande importância para o desempenho esportivo.

As medidas antropométricas podem ajudar a determinar padrões referenciais de atletas em geral e, posteriormente, padrões específicos de acordo com a modalidade. Alguns autores como Böhme (2000) e Bloomfield (1994) afirmam que a

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determinação de um perfil específico de acordo com a modalidade esportiva, auxilia na fase inicial de formação de atletas jovens.

O método antropométrico pode incluir medidas de peso, estatura, perímetros corporal, diâmetros ósseos e espessura de dobras cutâneas, sendo esta última a mais utilizada quando o objetivo é predizer a quantidade de gordura corporal.

No entanto os métodos antropométricos mais utilizados para crianças e adolescentes são as equações de dobras cutâneas e o IMC, pois, segundo Malina (1996) a distribuição do tecido adiposo nesta faixa etária varia de acordo com o estágio maturacional e não está bem definida, o que dificulta a utilização do R C/Q (Relação Cintura/Quadril) para este grupo.

Tanner (1986) aponta “a estatura e o peso corporal como os principais referenciais, e também os mais comumente utilizados para a análise do processo do crescimento somático”.

Böhme (1995) define “peso como resultante do sistema de forças exercidas pela gravidade sobre a massa do corpo; em valor absoluto é igual à massa, e como tal é considerado; é uma das medidas antropométricas mais utilizadas, pois permite avaliar o estado de nutrição e crescimento do indivíduo”. Costa, (2001) alerta que afirmar que um individuo é ou não obeso, baseando–se apenas no valor de sua massa corporal total, obtida na balança, pode constituir um erro.

De acordo com a definição apresentada por Böhme (1995), estatura corresponde à distância em projeção compreendida entre dois planos que tangenciam as plantas dos pés e o ponto mais alto da cabeça. É uma medida que permite apreciar as dimensões e proporções longitudinais do corpo humano. No meio desportivo, a menarca tem um valor muito importante na detecção de talentos, pois após esse acontecimento o organismo da menina diminuirá o ritmo de crescimento, determinando assim a estatura final da mulher adulta. Bastos (1990) relata a influência da prática esportiva mais intensa no retardamento da menarca, sendo este fato de grande valia para as modalidades em que a estatura interfere na performance.

Böhme (1996) considera “dobras cutâneas as medidas antropométricas de massa, que têm por finalidade determinar o estado de nutrição do ser humano, pois permitem avaliar o grau de desenvolvimento do tecido adiposo subcutâneo. Possibilitam também, estimar o percentual de gordura do corpo e, conseqüentemente, a composição corporal do indivíduo”.

Böhme (1995) determina “perímetros os valores de circunferências dos segmentos corporais sobre planos transversais ao maior eixo longitudinal do corpo, ao quais permitem avaliar o grau de desenvolvimento das estruturas musculares, gordurosas e ósseas de determinado segmento corporal, assim como o grau de simetria dos membros e o estado de nutrição do avaliado”.

De Rose et al (1984), caracterizam diâmetros ósseos “a distância entre duas estruturas de um determinado osso, localizada transversalmente”. É medida com o paquímetro e sua aplicação está relacionada com a determinação do peso ósseo e do somatotipo.

Guedes e Guedes (1997) afirmam que, quando se deseja obter informações quanto à estimativa do crescimento somático de um osso específico, devem-se incluir também medidas de comprimento e diâmetro das extremidades dos ossos envolvidos, e neste particular os diâmetros biepicondilares do úmero e do fêmur são os mais utilizados.

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De acordo com Hebbelinck (1989) “a comparação de indivíduos com padrões referenciais representa um aspecto importante na identificação e desenvolvimento de talentos no esporte”. Contudo vários autores têm se preocupado em elaborar referenciais por meio de dados antropométricos, como por exemplo Böhme (1995); Nicolai et al (2003); Massa (2003).

COMPOSIÇÃO CORPORAL

De Rose et al (1984), define que a composição corporal constitui um aspecto dinâmico dos componentes estruturais do corpo humano, sofrendo alterações durante toda a vida dos indivíduos em decorrência de inúmeros fatores como: crescimento e desenvolvimento, status nutricional e nível de atividade física.

Costa (2001) cita que “os valores das porcentagens de gordura e massa magra são de grande importância para os profissionais de educação física, visto que as quantidades dos diferentes componentes corporais, principalmente gordura e massa muscular, apresentam estreita relação com a aptidão física, relacionada tanto à saúde como ao desempenho esportivo”.

É interessante ressaltar que os componentes da composição corporal são influenciados e sofrem alterações decorrentes da idade, sexo, etnia, momento e tempo de maturação e surto de crescimento, sendo o período pubertário o de maior variabilidade nestes componentes. E que as variáveis do desempenho físico também sofrem influências nos aspectos genéticos, no meio ambiente e na maturação.

Dentre os métodos utilizados para estimar os diversos componentes corporais, o de maior utilização devido a seu baixo custo e facilidade em grandes populações é o método antropométrico como coloca Roche (1996), “ele pode ser utilizado tanto no laboratório como no campo. Este método vem sendo um recurso muito importante para predizer ou determinar possíveis talentos esportivos. Através deste método é possível determinar o grau de desenvolvimento e crescimento dos jovens atletas e a relação deste processo com a aptidão física, treinamento desportivo e desempenho desportivo”. Outro método é o Índice de massa corporal (IMC), que apresenta resultados satisfatórios para avaliações populacionais.

Conforme Costa (2001), pela avaliação da composição corporal, podemos além de determinar os componentes do corpo humano de forma quantitativa, utilizar os dados obtidos para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento de crianças e jovens.

Esta técnica tem o objetivo de analisar, qualificar e fracionar os principais tecidos que compõe a massa ou peso corporal, afim de caracterizar talentos esportivos e determinar o seu perfil dentro da modalidade.

Costa (2001) relata que existem vários métodos utilizados para a determinação da composição corporal podendo ser diretos, indiretos e duplamente indiretos. O somatotipo e a antropometria são duplamente indiretos.

SOMATOTIPO

O somatotipo surgiu com Sheldon nos anos 40, revolucionando, assim, a área biotipológica. O seu aparecimento permitiu que a forma corporal fosse classificada mediante valores numéricos, através de uma escala contínua. Com o passar dos anos, a metodologia de Sheldon passou sofrer modificações nos seus conceitos e

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procedimentos, em virtude do alto custo dos instrumentos empregados, da complexidade com que seus cálculos eram realizados, das possíveis deficiências na coleta e análise dos dados e, principalmente, por trabalhar com uma população de indivíduos não-atletas.

Heath e Carter sugeriram uma nova metodologia, na década de 60, baseada apenas em medidas antropométricas que pudessem atender às limitações do método sheldoniano. Embora este método antropométrico tenha se originado significativamente dos conceitos de Sheldon, a sua alta aplicabilidade faz com que nos dias atuais, seja o método mais utilizado e empregado para a determinação do somatotipo.

Foss e Keteyian (2000) esclarecem que o termo somatotipo “refere-se ao tipo corporal ou à classificação física do corpo humano. Os termos endoforma, mesomorfo e ectomorfo são usados para descrever uma pessoa no que concerne ao seu somatotipo”. Estes métodos descritivos estão associados com seus principais idealizadores, Sheldon e Heath-Carter.

O somatotipo é uma forma de realizarmos, de maneira simplificada, uma análise de tipos físicos e é utilizado como complementação ao método antropométrico, e vem sendo um valioso instrumento de informação que permite a visualização global das modificações morfológicas ocorridas em função de alterações processadas simultaneamente nos tecidos muscular ósseo e adiposo ocorridos nos jovens atletas, sendo assim um método importante para caracterização das variáveis no voleibol.

De acordo com Matsudo (1987) “o somatotipo pode ser determinado de várias maneiras, sendo que a mais difundida é através de medidas antropométricas, segundo a metodologia Heath-Carter”.

De Rose et al (1984) indicam que existem dois métodos básicos para determinar o valor dos três componentes (endomorfia, mesomorfia e a ectomorfia) e obter o somatotipo, sendo que o mais utilizado atualmente em nosso meio e na área internacional é a de Heath-Carter. Segundo Guedes e Guedes (1999), essa preferência é atribuída à simplicidade e a menor margem de erro na coleta das informações, tendo em vista a proposta preconizar a utilização de técnica antropométrica, além de permitir o emprego de recursos computacionais em seus cálculos, o que aumenta sobremaneira a precisão de seus resultados e permite comparações mais seguras entre diferentes estudos.

De acordo com Fox (1990), o primeiro componente endomorfo “caracteriza-se pela harmonia (arredondamento) e regularidade (maciez) do corpo”. Em termos leigos, endomorfia é o componente “gorduroso” do corpo. Os diâmetros ântero-posteriores, assim como os diâmetros laterais, tendem para a igualdade na cabeça, no pescoço, no tronco e nos membros. As características deste tipo são a predominâncias do abdome sobre o tórax, ombros altos e quadrados, e pescoço curto. Existe uma regularidade de contornos em todas as áreas, sem qualquer relevo muscular.

O mesoformo é considerado como o segundo componente do somatotipo de sheldon. Dentre as principais características Marins e Giannichi (2003) destacam o grande relevo muscular aparente, com contornos predominantes na região do trapézio, deltóide e abdominal, bem como uma estrutura óssea mais maciça principalmente na região do punho e antebraço. A presença de gordura corporal é

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pequena, permitindo uma boa visualização do arcabouço muscular. Este tipo de estrutura corporal freqüentemente é encontrado em atletas.

O terceiro componente, ou ectomorfia, inclui como características predominantes à linearidade, a fragilidade e a delgadeza do corpo. Este é o componente magreza. Fox (1990) informa que os ossos são pequenos e os músculos finos. A queda dos ombros é observada freqüentemente no ectomorfo. Os membros são relativamente longos e o tronco é curto; entretanto, isso não significa necessariamente que o indivíduo seja alto. O abdome e a curvatura lombar são achatados enquanto a curvatura torácica é relativamente acentuada e elevada. Os ombros são essencialmente estreitos, faltando-lhes o relevo muscular. Não existe proeminência dos músculos em nenhum ponto do físico. A cintura escapular não possui apoio muscular nem acolchoamento e as escápulas tendem a formar proeminência (asa) no sentido posterior.

A técnica do somatotipo se constitui em recurso extremamente útil para análise das repercussões na variação da forma corporal que ocorrem em função dos processos de crescimento físico e de maturação biológica, e na monitoração das adaptações morfológicas provenientes dos hábitos alimentares e da prática de atividades físicas.

O objetivo do estudo é analisar o perfil cineantropométrico de jovens praticantes do voleibol na faixa etária de 12 a 15 anos de ambos os sexos da escolinha de voleibol da Usipa, e sua evolução como possíveis talentos esportivos. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

A amostra deste estudo foi composta por 43 atletas da escolinha de voleibol da Usipa na faixa etária de 12 a 15 anos de ambos os sexos, sendo 30 do sexo feminino e 13 do sexo masculino.

Para proceder à coleta dos dados, foi feito um contato inicial com a direção da Associação Esportiva e Recreativa da Usipa (A.E.R.), quando foi apresentado o projeto de pesquisa e levantados os dados quantitativos quando à idade, sexo e turno dos alunos.

Tabela 1 – Número de atletas da escolinha de voleibol da Usipa, que compuseram a amostra do estudo.

IDADE FEM MASC TOTAL

12 5 3 8

13 5 3 8

14 13 5 18

15 7 2 9

Total 30 13 43

Após a autorização da diretoria, estabeleceu-se um contato com os professores responsáveis pela escolinha de voleibol onde foram apresentados os objetivos e metodologia utilizados no estudo.

A coleta dos dados constou, inicialmente, da reunião do grupo a ser medido para informações a respeito dos objetivos do estudo, bem como da metodologia

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utilizada, a fim de obter-se maior colaboração por parte dos avaliados. Em seguida, passou-se ao preenchimento da ficha de coleta de dados, com as informações básicas, para depois efetuar-se a medição propriamente dita.

A coleta de dados foi composta por três pessoas, sendo a autora e mais dois graduandos do curso de Educação Física do Unileste-MG. Para minimizar a influencia de erros entre os avaliadores, determinou-se uma função especifica para cada um. Sendo que a coleta das dobras cutâneas ficou sob responsabilidade do autor; o peso corporal e estatura, com um graduando; os perímetros, e os diâmetros, com outro.

Foi utilizado, no presente estudo, a estatística descritiva através de média e desvio padrão.

COLETAS DOS DADOS

Como variáveis de estudo foram relacionadas informações sobre composição corporal além da idade e sexo. Para determinação do peso corporal foi utilizada uma balança da marca Filizola, com precisão de 100 g, seguindo a padronização descrita por Matsudo (1987).

Pesaram-se os avaliados com um mínimo de roupa possível. Na balança cada jovem se encontrava no centro da plataforma, olhar num ponto fixo à frente, de costas para a escala da balança e afastamento lateral dos pés.

Para avaliação da estatura utilizou-se um estadiômetro acoplado à balança, seguindo a padronização descrita por Heyward e Stolarczyk (2000), onde cada indivíduo se encontrava descalço na prancha do estadiômetro, com os calcanhares unidos, tocando a haste vertical do estadiômetro, cabeça ereta, olhar fixo à frente e inspiração profunda, com a medida com aproximação de 0,1 cm.

Para obter o índice de massa corporal (IMC) utilizou-se a medida da estatura e peso corporal, mediante a relação matemática:

IMC = peso corporal (kg) Estatura ² (m)

A quantidade de gordura em relação ao peso corporal foi estimada a partir dos valores de espessuras das dobras cutâneas, determinadas em ambas as regiões (tripital e subescapular), mediante o uso das equações idealizadas por Slaughter et al (1988).

O componente da massa magra foi calculado por intermédio de subtração aritmética entre o peso corporal e a quantidade estimada de gordura.

A determinação do somatotipo foi feita pelo método de Heath-Carter, descrita por Matsudo (1987), utilizando-se as seguintes medidas: estatura, peso, dobras cutâneas subescapular, suprailíaca, tríceps e panturrilha medial, diâmetros bi-epicôndilo umeral e bi-bi-epicôndilo femural e perímetro de braço contraído e perna.

Para medição dos perímetros, foi utilizada uma fita métrica de PVC (precisão de 0,1cm) e, para diâmetros ósseos, foi utilizado um paquímetro de marca Mitutoyo (precisão de 0,1mm).

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Tabela 2 – Médias e desvios padrões da variável estatura, dos jovens praticantes de voleibol da escolinha da Usipa de ambos os sexos, de 12 a 15 anos, Ipatinga-MG.

ESTATURA (m)

Idade Feminino Masculino

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

12 161,2 2,07 161,66 2,3

13 160,4 4,66 169,66 11,59

14 164,3 8,6 163,8 10,47

15 166,14 2,85 174 1,41

Através dos valores apresentados na tabela 2, constatou-se que aos 13 anos o nível de crescimento feminino declinou, sendo que aos 14 anos volta a ser progressivo e uniforme. Pozzobon e Trevisan (2003), relatam que as meninas que já menstruaram possuem um incremento significativo na estatura comprovando assim o melhor desenvolvimento aos 14 e 15 anos.

Comparando os resultados do presente estudo que envolve atletas com o trabalho dos autores citados acima, verificou-se que as atletas desta pesquisa apresentam uma melhor média nesta variável.

Os atletas do sexo masculino apresentaram uma queda brusca nesta variável aos 14 anos, sendo que a estatura nesta faixa etária é de grande importância para o bom desempenho no voleibol. Qualificando o presente estudo com o de Rogatto (2003) que envolve ginastas na faixa etária de 12 anos, os atletas de voleibol, nesta mesma faixa etária, apresentam uma melhor média de estatura.

Tabela 3 – Médias e desvios padrões da variável peso, dos jovens praticantes de voleibol da escolinha da Usipa de ambos os sexos, de 12 a 15 anos, Ipatinga-MG.

PESO (kg)

Idade (anos) Feminino Masculino

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão 12 54,66 2,44 49,73 2,86 13 49,8 7,54 59,46 13,9 14 55,22 5,69 53,84 11,8 15 57,94 5,46 66,8 8,9 De acordo com os valores apresentados na tabela 3, o sexo feminino na faixa etária de 13 anos apresentou peso corporal abaixo das demais idades. De acordo com Lima e Amorim (2002), tal fator pode ser decorrente da menarca.

Traçando um paralelo com o trabalho de Lima e Amorim (2002) que envolve jogadoras de voleibol com média de idade de 12 a 15 anos pode-se observar que a média desta pesquisa está acima da apresentada no trabalho comparado.

Os atletas do sexo masculino apresentaram um declínio no peso corporal aos 14 anos, podendo ser em decorrência a diminuição da estatura apresentada na tabela anterior.

Comparando os atletas desta pesquisa com os apresentados no estudo de Ré (2003), constituído de atletas de futsal na faixa etária de 12 a 15 anos, os atletas de voleibol apresentaram o peso corporal superior aos atletas de futsal. Constatamos

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que os atletas de voleibol precisam se adequar às necessidades do esporte praticado para que o peso não seja um fator prejudicial no bom desempenho das atividades.

Tabela 4 – Médias e desvios padrões dos valores de índice de massa corporal, dos jovens praticantes de voleibol da escolinha da Usipa de ambos os sexos, de 12 a 15 anos, Ipatinga-MG.

IMC (Kg/m²)

Idade (anos) Feminino Masculino

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

12 21,04 0,86 19,2 1,67

13 19,41 2,31 20,52 2,32 14 20,54 1,94 20,03 2,42 15 21,08 1,43 22,12 2,43 Ao comparar o índice de massa corporal do sexo feminino, com média de 21 kg/m², em relação à do estudo de Guedes e Guedes (1998), que recomenda 23 kg/m² para classificar populações jovens na média de idade deste estudo, é importante citar que o grupo apresentado neste trabalho apresentou resultados muito melhores em relação aos dos autores.

O IMC dos atletas de voleibol amostrados nesta pesquisa do sexo masculino chega a 20 kg/m². Guedes e Guedes (1998) relatam que o IMC do sexo masculino abaixo de 24 kg/m² é considerado bom para esta média de faixa etária.

Comparando os dados dos amostrados do sexo feminino com o masculino, podemos verificar que os dois grupos estão praticamente numa mesma média de valores, com índices provenientes de um praticante de esporte.

Tabela 5 – Médias e desvios padrões dos valores da gordura relativa (%), dos jovens praticantes de voleibol da escolinha da Usipa de ambos os sexos, de 12 a 15 anos, Ipatinga-MG.

%GORDURA

Idade (anos) Feminino Masculino

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão 12 25,49 1,73 13,21 3,26 13 23,06 4,62 14,69 1,18

14 26,35 4,39 13,7 1,57

15 26,56 3,66 14,85 1,32 Observando a tabela 5, podemos verificar que a porcentagem de gordura no sexo feminino apresentou uma diminuição aos 13 anos e no sexo masculino aos 14 anos. Observou-se também que ocorreu uma acentuada diferença entre os grupos amostrados, sendo que o feminino apresentou uma porcentagem de gordura maior em relação ao masculino. As atletas do sexo feminino na fase maturacional têm como característica o acúmulo de gordura.

Heyward e Stolarczyk (2000) esclarecem que o valor médio da porcentagem de gordura de atletas feminino do voleibol é de 16 a 25 e do masculino é de 11 a 12, sendo assim, ambos os grupos apresentados neste estudo estão com valores acima do proposto por estes autores.

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Tabela 6 – Médias e desvios padrões da massa corporal magra (MCM), dos jovens praticantes de voleibol da escolinha da Usipa de ambos os sexos, de 12 a 15 anos, Ipatinga-MG.

M.C.M. (Kg)

Idade (anos) Feminino Masculino

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão 12 29,16 2,52 36,99 5,2 13 26,73 4,74 44,77 12,71 14 28,86 5 40,13 11,53 15 31,37 4,83 51,95 7,58 Analisando a tabela 6 pode-se verificar uma diferença significativa de MCM entre os sexos. O sexo masculino apresenta um percentual maior de MCM em relação ao feminino.

Aos 13 anos inicia-se um aumento acentuado no MCM feminino. Comparando com a tabela 5 há um aumento gradativo das duas variáveis. O sexo masculino, aos 14 anos, apresentou uma redução significativa do MCM, aos 15 anos apresenta um crescimento relativo da mesma.

É importante dizer que nestas faixas etárias esta variável deve estar com um índice elevado para um bom desenvolvimento das técnicas do voleibol.

Comparando esta pesquisa com o trabalho de Paula (2002), que envolve escolares de ambos os sexos e com idade similar com o presente estudo, verificou-se que a média do verificou-sexo feminino foi maior na pesquisa apreverificou-sentada pelo autor citado acima, no sexo masculino a média apresentada nesta pesquisa foi maior. Tabela 7 – Valores médios dos três componentes primários que determinam o somatotipo e respectiva classificação dos jovens praticantes de voleibol da escolinha da Usipa de ambos os sexos, de 12 a 15 anos, Ipatinga-MG.

SOMATOTIPO CLASSIFICAÇÃO

SOMATOTIPOLÓGICA

Idade (anos) ENDO MESO ECTO

FEMININO 4,78 1,28 2,5 ENDOMORFO / ECTOMORFO 12 MASCULINO 2,4 3,13 3,63 ECTOMORFO / MESOMORFO FEMININO 4,2 0,44 3,46 ENDOMORFO / ECTOMORFO 13 MASCULINO 2,4 2,46 3,43 ECTOMORFO / MESOMORFO FEMININO 4,87 2 3,04 ENDOMORFO / ECTOMORFO 14 MASCULINO 2,52 3,6 3,34 MESOMORFO / ECTOMORFO FEMININO 4,87 2,37 2,88 ENDOMORFO / ECTOMORFO 15 MASCULINO 2,35 3,35 2,9 MESOMORFO / ECTOMORFO

Através dos valores e classificações apresentados na tabela 7 podemos observar que em todas as faixas etárias o grupo feminino apresentou a classificação endoformo / ectoformo. Comparando com a pesquisa de Silva e Maia (2003), que envolve volibolistas femininos na faixa etária de 12 a 14 anos e que apresentou a classificação endomorfo / mesomorfo, podemos verificar uma predominância do endomorfo que tem como principal componente o gorduroso. Este resultado demonstra a incompatibilidade com o esporte em questão. No grupo masculino ocorreram dois tipos de classificação, os atletas da faixa etária de 12 a 13 anos

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apresentaram a classificação ectomorfo / mesomorfo, que predomina o componente magreza e mesomorfo / ectomorfo de 14 a 15 anos que prevalece o componente que caracteriza o relevo muscular e uma pequena presença de gordura corporal, equivalendo com o estudo de Guerra (1999) que envolve escolares da mesma faixa etária. Esta última classificação é frequentemente encontrada em atletas.

CONCLUSÃO

Considerando os objetivos da pesquisada apresentada, verificou-se que os atletas aqui analisados quanto a variável estatura apresentam o seguinte resultado: no sexo feminino apresentaram uma média satisfatória quando comparados a um estudo que envolve escolares. No sexo masculino esta variável obteve uma queda brusca aos 14 anos sendo esta faixa etária muito importante para a determinação de possíveis talentos no voleibol. Nas outras faixas analisadas a variável obteve uma média satisfatória.

Na variável peso corporal observou-se que o sexo feminino, apesar de aos 13 anos ter ocorrido um declínio nesta variável, a média da esta acima do encontrado em outros estudos comparativos. Entre os indivíduos do sexo masculino avaliados, apesar de ocorrer uma diminuição aos 14 anos, a média ficou acima do estudo comparado, podendo esta variável em ambos os sexos ser prejudicial para o bom desempenho para o futuro atleta.

Analisando e comparando o IMC dos atletas do presente trabalho, verificou-se que a média da variável neste grupo é proveniente de um praticante de esporte. Se tratando da porcentagem de gordura verificou-se que os dois grupos apresentaram índices altos em relação ao autor comparado.

Em relação ao MCM das atletas do sexo feminino quando comparadas com o estudos citados anteriormente que envolvem escolares, verificou-se que a média deste estudo apresentou baixa, nos atletas do sexo masculino esta variável ficou acima dos escolares do estudo comparado apresentando um bom resultado em relação ao objetivo.

Observando o resultado dos componentes do somatotipo em relação a todas as faixas etárias, verificou-se que no grupo feminino o componente (endomorfo) gorduroso obteve predominância, o que implica em um resultado ruim para a evolução deste grupo como futuros atletas. No grupo masculino apesar de ter apresentado dois tipos de classificação, predomina o componente magreza e a pequena presença de gordura corporal, as duas classificações qualificam este grupo como futuros atletas.

Concluiu-se que o grupo masculino apresentou resultados em níveis de somatotipos com predominância a futuros atletas, já o grupo feminino apresentou uma porcentagem de gordura, a presença desta variável pode interferir neste processo de detecção, seleção e promoção de talentos.

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