Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Física
Recife, PE, Brazil
rezende@df.ufpe.br
Fenômenos dinâmicos em
nano-estruturas magnéticas -II
Sergio M. Rezende
Recife,
II- Excitações dinâmicas
a- Ressonância magnética
b- Ondas de spin: conceito e tratamento simples. c- Ondas de spin: tratamento clássico.
d- Ondas de spin: tratamento quântico; magnons.
e- Técnicas experimentais para estudo de ondas de spin.
SUMÁRIO
Material ferromagnético M T TC T<<TC T >TC M (T )? SMR 3
Desvio de spin localizado não é o auto-estado excitado de menor energia H Interações de exchange e dipolar
Ondas de spin em ferromagnetos
4 Em 1932, Felix Bloch mostrou que os estados
excitados em
T
> 0 são formados por desvios de spin coletivos que ele chamou de ondas de spin.Estado fundamental do ferromagneto Situação em T=0
Campo magnético aplicado
Movimento de giroscópio no campo gravitacional
g
Movimento de spin em campo magnético
L
m
M
Movimento spin em campo magnético
f H = 2.8 GHz/ kOe H f
Fator giromagnético SMR 50 H ) (t h M H0– ω/γ
Campo de micro-ondas Absorção de micro-ondas
SMR 6 Ressonância magnética = 2.8 GHz/ kOe H f
1 2
i i i exc J S S U i B i g S exch i i i H U ) ( 2 1 1 i i B exch i S S g J H ) (H H dt S d exch i i i i
a ) (H H S g dt S d exch i i B i
B g FatorgiromagnéticoOndas de spin: tratamento simples em 1d
)] ( ) ( [ 2 1 1 1 1 y i y i z i z i z i y i y i x i S S S S S S J H S dt dS S S S S ix , iy iz ) (k x t i x i i e u S
S
iy
v
e
i(k xi t) ] 2 [ 2 1 1 y i y i y i y i x i S S S S J H S dt dS ] 2 [ 2 1 1 x i x i x i x i y i S S S S J H S dt dS Ondas de spin: tratamento simples em 1d
)] 2 ( 2 [ H J S e ika eika v u i )] cos 1 ( 4 [ H J S ka v u i )] cos 1 ( 4 [ H J S ka u v i ) cos 1 ( 4 ka S J H ) cos 1 ( 4 J S ka H u i v ) cos(k x t u Six i ) sin(k x t u Siy i
Relação de dispersão Energia de 1 magnonOndas de spin: tratamento simples em 1d
k 2 / Onda de spin propagante
Ondas de spin: tratamento semi-clássico
Onda de spin estacionária
t x k i i i e u S ) cos( ) cos(k x t u Si i Vetor de onda SMR 10
t k i r k i e m ) t , r ( m 0 H k
Cortesia de C.E. Patton
Onda de spin propagante
Ondas de spin em 3D: tratamento semi-clássico
Energia de desvio de spin localizado 0 1x107 2x107 3x107 4x107 0 5 10 15 20 Frequency f = / 2 (T Hz) Wave number k (cm-1) 0 1 2 3 4 Wave number k (107 cm-1) Fr equenc y f = ω /2 π (T Hz )
Frequência (energia) de ondas de spin
Energia de exchange ) cos 1 ( 4 ka S J H Relação de dispersão SMR 12
Ondas de spin em 3D: tratamento semi-clássico
)
(
M
H
t
M
Equação de movimento da magnetização
M H i i dt S d
H S g dt S d i B i
Torque sobre o momento magnético i H i i
B g Fatorgiromagnético Equação de Landau-Fifshitz SMR 13Ondas de spin em 3D: tratamento semi-clássico ] 6 [ 2 2 2 i i B exch i S a S g J H ) (H Hefetivo M t M Equação de Landau-Lifshitz
i B exch i S g J H 2 Campo de exchange 2 2 2 2 1 x S a x S a S S i i i i 2 2 2 2 1 x S a x S a S S i i i i 2 2 2 2 1 z S a z S a S S i i i i z y x a a aAproximação de meio contínuo
] 6 [ 2 2 2 i i B exch i S a S g J H i B i S a g M 3 M M D M w H exch 2 M g S J w B 2 6 M g a S J D B 2 2 t i y x t i e m y m x M z e r m M z t r M (, ) ˆ () ˆ (ˆ ˆ ) m M D hexch 2
Ondas de spin em 3D: tratamento semi-clássico
Cristal cúbico
y z y x m M D M H m t m 2 H m m M D M t m x x z y 2 y x im m m M M z t m i m H m D 2 t m i m H m D 2 ) (H Dk2 E k ) ( 0 ) , (r t m e i k r k t m
Ondas de spin em 3D: tratamento semi-clássico
Energia Auto-estado ) (H H exch M t M SMR 16
Frequência de ondas de spin H f Energia de exchange ) ( H Dk2 k 0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10 Fr e q u e n c y f = / 2 ( GH z ) Wave number k (105 cm-1) =2.8 GHz/kOe
D =2 x 10-9 Oe.cm2 YIG SMR 17Energy of localized spin deviation 0 1x107 2x107 3x107 4x107 0 5 10 15 20 Frequency f = / 2 (T Hz) Wave number k (cm-1) 0 1 2 3 4 Wave number k (107 cm-1) F requency f = ω /2 π (T H z ) 0 2 4 6 8 0 2 4 6 8 H k k= 90o k k= 0 F re qu en cy /2 ( GHz ) Wave number k (105 cm-1) 0 2 4 6 8 Wave number k (105cm-1) Fr eq ue ncy f = ω /2 π (GHz ) Energia de exchange =2.8 GHz/kOe H f
Energia dipolar ) cos 1 ( 4 ka S J H 1 a k 2 / ) ( ) cos 1 ( ka k a 2 2 2 ) 2 ( J S a k H ) (H Dk2 Frequência de ondas de spin
SMR 19 H k H k H = 200 Oe Pulsed RF generator Oscilloscope Amplifier Detector H YIG film GGG k Surface waves Volume waves Filme fino 0 1 2 0 1 2 3 4 F req u e n cy f = / 2 (GH z) Wave number k (103 cm-1)
SMR 20 time 0 H = 146 Oe f0=1.59 GHz 0 20 40 60 80 100 1.50 1.55 1.60 1.65 F re q u e n c y f ( G H z ) Wave number kz (cm-1) a L kz H Onda de volume H = 152 Oe time
0 0 20 40 60 80 100 1.50 1.55 1.60 1.65 F re q u e n c y f ( G H z ) Wave number kz (cm-1) k vg k / g a v L /
time
0 0 20 40 60 80 100 1.50 1.55 1.60 1.65 F re q u e n c y f ( G H z ) Wave number kz (cm-1) H = 156 Oe time 0
H = 160 Oe 0 20 40 60 80 100 1.50 1.55 1.60 1.65 Wave number kz (cm-1) Acoplamento direto entre as antenas 150 152 154 156 80 90 100 110 120 YIG (8 m)/Pt (6 nm) f = 1.59 GHz D el ay (ns )Magnetic field H (Oe)
Ondas de spin: tratamento quântico exch Z
Hamiltoniano Zeeman Exchange
i i B z g S H i j j i ij exc J S S
Propriedades do operador de spin
z i z z i z i S S S S y i x i i S i S S Si Siz [S(S 1)Siz(Siz 1)]1/2 Siz 1 i ij j i S i S S , ] [ [Si,Szj ] ij Si [Si,Sj ] 2ij Siz z S SMR 21
Ondas de spin: tratamento quântico
Operadores de desvio de spin
z i
i S S
n
Número de desvios ni aiai
Op. Criação de desvio ai ni (ni 1)1/ 2 ni 1
Op. Destruição de desvio ai ni (ni)1/2 ni 1 ai aj ij
] , [ i i i i S a a S a S (2 )1/2(1 / 2 )1/2 2 / 1 2 / 1 ) 2 / 1 ( ) 2 ( S a a a S Si i i i i i i z i S a a S n S ) 4 / ( ) 2 ( S 1/2 a a a a S Si i i i i Si (2S)1/2 (ai aiaiai / 4S) Relações entre operadores z S i n SMR 22
Ondas de spin: tratamento quântico Zeeman Exchange
i i B z g S H i j j i ij exc J S S
Transforma para operadores de desvio de spin
i z i B z g H S 2 ( 2 ) 1 z j z i j i j i j i ij exc J S S S S S S
i j i j i ij a a A , ) 2 ( Aproximação linear Si S ai 2 / 1 ) 2 ( i i S a S (2 )1/2 JS zJS H g Aij ( B 2 )ij 2 SMR 23Operador desvio coletivo
Regra de comutação de operadores de bosons
Ondas de spin: tratamento quântico
k k r k i i e a N a i 2 / 1 1
k k r k i i e a N a i 2 / 1 1 ' '] , [ak ak kk
k k k k a a ) 2 ( / ) 1 ( 2 k k H zJS ) cos cos (cos 3 1 a k a k a kx y z k 1 ka k 1 k a / z 2 2 / 2JS k2a2 H k Rede cúbica simplesRelação de dispersão
Ondas de spin: tratamento quântico
2 k D H k / 2JS a2 D
Energy of localized spin deviation
0 1x107 2x107 3x107 4x107 0 5 10 15 20 Frequency f = / 2 (T Hz) Wave number k (cm-1) 0 1 2 3 4 Wave number k (107 cm-1) F req uen c y f = ω /2 π (T H z ) Energia de exchange / ) 1 ( 2 k k H zJS 0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10 Fr e q u e n c y f = / 2 ( GH z ) Wave number k (105 cm-1) Parâmetro de exchange SMR 25
Para diagonalizar o Hamiltoniano
usa transformação de Bogoliubov ak uk ck vk ck Ondas de spin: tratamento quântico
Hamiltoniano com interação dipolar
k k k k k k k k k k a a B a a B a a A H(2) * 2 1 2 1 ) sin 2 ( 2 2 k k H Dk M A k k M B 2 sin2 2 / 1 ) 2 ( k k k k A u 2 / 1 ) 2 ( k k k k A v SMR 26Hamiltoniano livre
k k k k c c H0 k energia k k c c , Operadores de magnonsOndas de spin: tratamento quântico
2 / 1 2 2 2 ] ) sin 4 ( ) ( [ k k H Dk H Dk M k k k c c n Operador número de magnons 1 magnon 1 0 k k c 0 ] ) ! /( ) [( k n k 1/2 k c n n k n magnons k k k n n n nk nk nk nk Auto-estados de H e nk 2 magnons ( ) 0 2 1 2k ck 2 ' , 'k n n k n n SMR 27
0 ] ) ! /( ) [( k n k 1/2 k c n
n k Auto estados do número de ocupação
e também do Hamiltoniano livre
São usados em quase todos tratamentos quânticos das
propriedades termodinâmicas, mecanismos de relaxação e outros fenômenos envolvendo magnons
Porém, eles têm valor esperado dos operadores mx and my que são
NULOS. Portanto eles não têm função de onda macroscópica
) )( ( ) 2 ( ) ( 1/2 . k k k *k k r k i x e u v c c NS M r m ) )( ( ) 2 ( ) ( 1/2 . k k k *k k r k i y e u v c c NS M i r m k y x m c m m 0 k k k y k k x k n m n n m n n m n
Ondas de spin: tratamento quântico
k k k k c k n k n k k e n n k k k
/2 1/2 ) ! /( ) ( 2 2 k k n Estados coerentes de magnons são definidos como os estados coerentes de fótons, introduzidos por Roy J. Glauber em 1963 (Prêmio Nobel em 2005)
[S.M. Rezende e N. Zagury, Phys. Lett. A 29, 47 (1969)]
) . ( cos ) ( ) 2 / ( ) , ( 1/2 k k k k k x u v k r t NS M t r m ) . ( sin ) ( ) 2 / ( ) , ( 1/2 k k k k k y u v k r t NS M t r m m M k
Ondas de spin: tratamento quântico
k k k k d P 2 ) (
P(k ) d2k 1density matrix operator
2 ) ! / ( ) ( 2 2 k k e n n nk k k k n k coh coherent state 1 1 / k T k k B e n 1 ) 1 ( ) ( ) ( k k n k n k k th n n n thermal magnons 0 20 40 60 80 100 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 <ncoh> = 50 <n th> = 50 M a g n o n d istr ibu tion Number of magnons
Ondas de spin: tratamento quântico
1. Excitação com micro-ondas:
a- Excitação linear- ondas estacionárias b- Excitação linear- ondas propagantes
c- Excitação não linear- parallel pumping d- Excitação não linear- perpendicular pumping (Suhl 1ª e 2ª ordem)
2. Espalhamento inelástico de nêutrons 3. Espalhamento inelástico de luz
a- Raman b- Brillouin
Técnicas experimentais de estudo de o. spin
1. Excitação com micro-ondas
Excitação linear- Ondas estacionárias
Gerador de M-O Circulador Fonte de corrente Lock-in Amostra no interior da cavidade Gaussímetro Eletromagneto Detector Bobinas de modulação de campo 0 H ) (t h M SMR 32
Em YIG vários modos de ondas estacionárias são observadas YIG film t=28 µm 2.10 2.15 2.20 2.25 2.30 2.35 -50 0 50 100 150 200 250 300 350 Signal d P /d H (arbitrary units)
Magnetic Field H (kOe)
0 = 0° H 0 0.70 0.75 0.80 0.85 0.90 0.95 -100 -75 -50 -25 0 25 50 75 100 0 = 0° S ig na l d P /d H (a rb itra ry u ni ts)
Magnetic Field H (kOe)
Si/Pt(10.2 nm)/Py(18.5nm) Em filme de Py a linha de FMR é larga e somente modo k=0 é observado Py film t=18.5 nm
1. Excitação com micro-ondas: linear
Pulsed RF generator Oscilloscope Amplifier Detector YIG film (3.5 µm) H z x 0 1 2 3 0 1 2 3 4 5 kx = 0, kz = k k z = 0, kx = k F req ue ncy f = / 2 (G Hz) Wave number k (103 cm-1)
Surface spin waves
k
H
k
SMR 34
Ondas de spin propagantes
SMR 35
2. Espalhamento (scattering) de nêutrons
Técnicas de espalhamento de partículas incidindo sobre alvo a ser estudado têm sido muito importante
em todas as áreas da Física:
Exemplo: Em 1911 Rutherford fez espalhamento de partículas alfa em filmes de vários materiais e concluiu que a carga positiva do átomo estava concentrada no núcleo. Revolução no conceito do átomo (Thomson)
Espalhamento inelástico de nêutrons Ei , pi feixe de nêutrons k
,
k
Magnon térmico amostra MnF2 (1965) MnF2 (Science 2008) Es = Ei -ps = pi -k
k
2. Espalhamento (scattering) de nêutrons
Espalhamento elástico
Tyndall (1869): espalhamento por partículas de poeira no ar
Rayleigh (1899): espalhamento por moléculas de gás no ar (sem poeira) 3. Espalhamento de luz ) cos 1 ( 1 2 2 4 r I IS Lei de Rayleigh
Explica o céu e azul de dia e vermelho no por do Sol
Espalhamento inelástico
Raman (1928): linhas laterais em benzeno ~1000 cm-1
Landsberg e Mandelstan (1928): efeito semelhante em
Espalhamento inelástico de luz laser
L,
k
L m L S
m L Sk
k
k
Espalhamento Stokes Anti-Stokes L L k , S S k , m m k , m L S m L S k k k espectrômetro3. Espalhamento inelástico de luz
Referências básicas
3. Espalhamento inelástico de luz
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman Introdução do uso do Laser em espalhamento de luz
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman
Monocromador de prisma (escondido abaixo da peça)
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman Monocromador de grade de difração
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman Monocromador de grade de difração
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman Monocromador de grade de difração
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman Monocromador duplo de grade de difração
Sergio Porto na Bell em 1966
A primeira experiência de espalhamento (Raman) de luz foi feita por um brasileiro
Espalhamento inelástico de luz por magnons
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman
Espalhamento inelástico de luz por magnons
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman
0 0 T < TN T > TN SMR 47Espalhamento inelástico de luz por magnons
3. Espalhamento inelástico de luz: Raman
Espalhamento inelástico de luz laser
L,
k
L m L S
m L Sk
k
k
Espalhamento Stokes Anti-Stokes L L k , S S k , m m k , m L S m L S k k k Interferômetro FP3. Espalhamento inelástico de luz: Brillouin
Interferômetro Fabry-Perot
3. Espalhamento inelástico de luz: Brillouin
Interferômetro Fabry-Perot
3. Espalhamento inelástico de luz: Brillouin
Amostra
3. Espalhamento inelástico de luz: Brillouin Interferômetro Fabry-Perot tandem com 6 passagens
3. Espalhamento inelástico de luz: Brillouin
Espalhamento BLS por magnons excitados por micro-ondas
Experimentos de Demokritov et al.
3. Espalhamento inelástico de luz: Brillouin
Espalhamento BLS por magnons excitados por micro-ondas
3. Espalhamento inelástico de luz: Brillouin
Espalhamento BLS por magnons excitados por micro-ondas com resolução em vetor de onda
V.E. Demidov et al., Phys. Rev. B 80, 060401(R) (2009).
3. Espalhamento inelástico de luz: Brillouin
Espalhamento BLS por magnons excitados por micro-ondas com resolução espacial
Muito obrigado pela atenção
e até sexta-feira
rezende@df.ufpe.br
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Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Física