UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF
ESCOLA DE ENGENHARIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
NITERÓI JULHO DE 2018
A INDÚSTRIA 4.0 E SUA REPRESENTATIVIDADE NOS PROCESSOS DE RESTAURANTES DELIVERY -
ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE ENTREGA DE PETISCOS
AUTOR: ANDERSON F. LUCIO GULLO ORIENTADOR: MARA TELLES SALLES
ANDERSON FIGUEIREDO LUCIO GULLO
A INDÚSTRIA 4.0 E SUA REPRESENTATIVIDADE NOS PROCESSOS DE
RESTAURANTES DELIVERY - ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE ENTREGA DE PETISCOS
Orientador: Profa.Drª.Mara Telles Salles
NITERÓI, 2018
Trabalho de conclusão de curso apresen-tado ao Curso de Engenharia de Produ-ção, da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção.
ANDERSON FIGUEIREDO LUCIO GULLO
A INDÚSTRIA 4.0 E SUA REPRESENTATIVIDADE NOS PROCESSOS DE RES-TAURANTES DELIVERY - ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE ENTREGA
DE PETISCO
Aprovada em ____ de __________ de ______.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________ Profa. Dra. – Mara Telles Salles
_____________________________________________________________ Prof. Dr – José Rodrigues de Farias Filho
_____________________________________________________________ Prof. Dr – Ricardo Bordeaux Rego
Niterói, Rj 2018
Monografia apresentada à Universidade Federal Fluminense como requisito parci-al à obtenção do título de Engenheiro de Produção
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora Mara Salles, pelo apoio, paciência, conselhos e troca de experiências.
Aos meus grandes amigos conquistados durante a faculdade, que fizeram parte de todos os meus acertos, erros, aprendizagem, conquistas e valores éticos adquiridos ao longo destes anos.
A UFF (Universidade Federal Fluminense), principalmente aos professores que me proporcionaram uma base sólida para uso na minha vida profissional.
A Deus, por escutar meus pedidos e colocar o Petiscando na minha vida, que era um sonho tão importante de me tornar empreendedor.
Aos meus sócios, Daniel Osolins e Lucas Neiva, por terem me dado cobertura tantas vezes no trabalho para que eu pudesse me dedicar a faculdade
DEDICATÓRIA
A minha família, por todo carinho, incentivo e suporte dados por toda minha vida.
RESUMO
O vigente estudo buscou demonstrar quais as funcionalidades e impactos que as novas aplicações tecnológicas da “Indústria 4.0” provocam nos processos inter-nos dos restaurantes delivery. Foi realizado um estudo de caso através de prática e entrevista semiestruturada com o sócio proprietário da empresa estudada. Para a realização do mesmo, foram levantadas as principais atividades da empresa e foi feito um paralelo com a base da “Indústria 4.0”. Dentro da atual conjuntura empresa-rial mundial, as novas tecnologias têm adentrado de forma efetiva, e os avanços tecnológicos têm possibilitado mudanças consideráveis no modo de gerir organiza-ções. Desta forma, tais funcionalidades possuem importância fundamental na melho-ria dos processos organizacionais e na proteção das informações. A partir do uso da SWOT e FCS, foram identificados inúmeros aspectos estrategicamente positivos e pode-se concluir que, as empresas, mediante colaboração de seus gestores, preci-sam se adaptar a esta nova realidade nos negócios, mediante gerenciamento, mini-mização de riscos e preservação do seu ativo mais precioso, confiança dos clientes.
Palavras-chave: Fator Crítico de Sucesso; Indústria 4.0; Delivery; SWOT; Tecnologia; Processos
ABSTRACT
The current study demonstrated the functionalities and impacts that the new technological applications of "Industry 4.0" provoke in the internal processes of the delivery restaurants. A case study was carried out through practice and semi-structured interview with the co-owner of the company studied. The main activities of the company were raised and a parallel was made with the base of "Industry 4.0". Within the current global business environment, new technologies have been effecti-vely introduced, and technological advances have made considerable changes in the way how organizations are managed. Thus, such functionalities has fundamental im-portance in the improvement of organizational processes and in the information secu-rity . From the use of SWOT and FCS, a number of strategically positive aspects ha-ve been identified and we can conclude that, through the collaboration of their mana-gers, they need to adapt the new bussiness reality, through management, minimze risks and preserve their most precious asset, customer trust.
Key-words: Critical Success Factor; Industry 4.0; Delivery; SWOT; Technology; Pro-cesses
“Em uma grande vitória, o que existe de melhor, é que ela tira do vencedor o receio de uma derrota”.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Os Estágios da Revolução Industustrial... 14
Figura 2: População x Dispositivos conectados... 15
Figura 3: Arquitetura x Big Data... 20
Figura 4: Estrutura de um sistema ciber-físico... 21
Figura 5: Análise SWOT... 24
Figura 6: Fluxograma metodologia... 25
Figura 7: Perfil cliente... 26
Figura 8: Linha de implantação indústria 4.0... 29
Figura 9: Questionários importantes... 29
Figura 10: Fatores de implantação... 30
Figura 11: Impactos consideráveis ao longo do te do tempo... 30
Figura 12: Questões de MCFARLAN... 32
Figura 13: Aplicações importantes no restaurante estudado... 33
Figura 14: Funcionamento RFID... 33
Figura 15: O robô colaborativo... 35
Figura 16: Uso do Big Data no restaurante... 35
Figura 17: Análise SWOT (Forças)... 38
Figura 18: Análise Swot (Fraquezas)... 38
Figura 19: Análise Swot (Oportunidades)... 39
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 13 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 13 1.2 A SITUAÇÃO PROBLEMA ... 15 1.3 OBJETIVO ... 16 1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ... 17 2 REVISÃO DA LITERATURA ... 18 2.1 A INDÚSTRIA 4.0... 18
2.1.1 Internet das coisas ... 19
2.1.2 Big data ... 19
2.1.3 Sistemas ciber-físicos... 20
2.2 INDÚSTRIA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ... 22
2.3 DELIVERY DE ALIMENTOS E APLICATIVOS ... 22
2.4 FERRAMENTAS ... 23
2.4.1 Fatores críticos do sucesso ... 23
2.4.2 Swot ... 23
3 METODOLOGIA ... 25
3.1 ESTUDO REALIZADO E ESTRUTURA ... 25
3.2 TIPOLOGIA ... 27
4 ESTUDO DE CAS0 ... 28
4.1 CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO ... 28
4.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUAS VANTAGENS ... 29
4.3 INSTALAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS ... 32
4.3.1 RIFD ... 32
4.3.2 IoT ... 34
4.4 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ... 36
4.5 IMPACTO DA INDÚSTRIA 4.0 NOS PROCESSOS DO RESTAURANTE ... 36
4.5.1 Análise Swot ... 37
4.5.2 Fatores Críticos de Sucesso ... 40
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 41
5.1CONCLUSÃO ... 41
5.2ACHADOS, CONSTATAÇÕES ... 41
5.3SUGESTÕES ... 42
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A união de diversas fases históricas de revoluções industriais constitui a es-sência da Indústria 4.0 (BALASINGHAM, 2016). No período de 1760 e 1840 deu-se a primeira revolução industrial , provocada pelo surgimento de rodovias e da máqui-na a vapor, fatores que constituíram o início da produção mecânica. Durante o início do século XIX e início do século XX, configurou-se a segunda revolução industrial, com o advento da elétrica e surgimento da linha de montagem, possibilitando a pro-dução em massa (SCHWAB, 2016). A terceira revolução industrial teve seu início por volta dos anos 70 e configura-se pela utilização de eletrônicos e da tecnologia da informação para adquirir uma maior automação nos processos de manufatura (ACATECH, 2013).
Como as primeiras revoluções se deram por mecanização, eletricidade e tec-nologia da informação, agora seria a internet das coisas e de serviços em um ambi-ente manufaturado. A quarta revolução industrial, como está sendo chamada a In-dústria 4.0, possui seu desenvolvimento aliado ao crescimento de sistemas físicos cibernéticos s (ACATECH, 2013).
Figura 1: Os Estágios da Revolução Industustrial
Fonte: KANGERMANN; WAHLSTER; HELBIG (2013
Em inúmeras indústrias, a chamada quarta revolução industrial já é realidade, e seus efeitos nas dinâmicas organizacionais são claramente percebidos. Por Bryn-jolfsson & McAfee (2014) um grande avanço de crescimento impulsionado por má-quinas inteligentes está prestes a acontecer na economia globalizada. De acordo com Bertulicci (2016), as chamadas redes inteligentes são propiciadas pela conexão de máquinas, sistemas e ativos ao longo da cadeia de valor que controlam com au-tonomia os módulos da produção. As informações abastecidas pelo sistema real de manufatura permite que as próprias máquinas sejam autônomas para tomares suas próprias decisões, o que desencadeia a base ideológica da Indústria 4.0 (Afonso, 2016).
Os sistemas cibernéticos agem de forma a unir os ambientes físico e virtual para a geração de rede, onde a inteligência de objetos permite com que eles pos-sam interagir entre si (GTAI, 2014). No mundo da manufatura, as máquinas inteli-gentes, sistemas de choque, e plantas industriais se tornam capaz de comunicar e de se tornarem autônomos no que diz respeito ao controle (ACATECH, 2013).
No sentido inverso ao do consumo tradicional, o consumo na economia com-partilhada baseia-se em pessoas que trabalham de forma colaborativa, dividem
idéias e atitudes que geram interações, promoções e venda de produtos cooperati-vamente (BOTSMAN; ROGERS, 2011), muitos dos casos e plataformas online digi-tais, como são os casos de: ebay, Uber, Ifood, entre outras diversas que existem.
Para tal mudança de hábito, os restaurante delivery conseguem se aproveitar da intensificação da Indústria 4.0 para melhorarem suas práticas. As plataformas de entrega de alimentos são exemplos os quais possuem um alto crescimento expo-nencial nos últimos tempos. Em 2012, os serviços de entrega pela internet mexeram com trinta milhões de reais (BLOGDOECOMMERCE, 2013), já em 2015 esses ca-nais movimentaram um bilhão de reais em território Brasileiro (E-COMMERCEBRASIL, 2016).
Figura 2: População x Dispositivos conectados
Fonte: Cisco IBSG, abril de 2011
1.2 A SITUAÇÃO PROBLEMA
A empresa estudada possui um pouco menos de um ano, foi fundada e admi-nistrada por alunos da graduação da Universidade Federal Fluminense. Atua no se-tor de entrega de alimentos, no qual apresenta uma proposta irreverente de entrega
de petiscos em casa. Com o lema de: “o bar dentro de casa”, essa empresa vive uma fase de crescimento exponencial e cada dia que passa sente a necessidade de automatização de processos com o intuito de torna-los inteligentes e com isso al-cançarem um maior nível de tempo e qualidade nas entregas.
Dado o fato de ser uma empresa somente de entregas, esse tipo de serviço sente a necessidade de diminuir o erro e se possível tender o mesmo a zero. Para tal, a tecnologia age de forma central e importante para as estratégias de otimização dos processos.
Com o grande objetivo de expansão da empresa e o grande sonho de atender a demanda com êxito, verificou-se a oportunidade de utilização da chamada “quarta revolução industrial” para oferecer suporte ao serviço que já é oferecido pela mesma e como o lançamento de um novo sistema de atendimento que propicie a interliga-ção das etapas de produinterliga-ção, atendimento, montagem e entrega, com isso acarre-tando em satisfação imediata dos clientes e possibilidade de expansão mais rápida da empresa.
1.3 OBJETIVO
O conceito de “indústria 4.0” é algo bem recente considerando sua relevância na história. O objetivo deste trabalho é de identificar como suas ramificações podem melhorar processos e com isso gerar um diferencial no mercado, culminando em vantagens competitivas em relação aos concorrentes. O uso da tecnologia a favor do ponto ótimo de cada processo, e até que ponto é viável a sua implantação, isso que será discutido e observado no desenvolver do trabalho.
O principal objetivo do trabalho é o entendimento de que modo a indústria 4.0 pode ser aplicada em processos de um restaurante que trabalha no setor de entre-gas preferencialmente, a fim gerar qualidade, rapidez e segurança. Para tal, foram utilizadas ferramentas de antecipação e análise de problemas (MASP), juntamente com análise de dados obtidos através de estudo bibliométrico e experiência pessoal vivida no dia-a-dia da empresa que foi acompanhada para estudo de caso.
Nesse trabalho foi feito um estudo de caso sobre uma empresa de entrega de petiscos, situado na cidade de Niterói e será mostrado como a Indústria 4.0 pode influenciar em seus processos internos e externos. O trabalho traz uma apresenta-ção de funcionalidades que serão usadas para criar uma metodologia única de
aná-lise de processos, a partir da Indústria 4.0. O trabalho é elucidado pelo estudo de caso e as aplicações do mesmo se estendem principalmente aos donos de comér-cios que possuem como principal diferencial, a entrega em casa , mas também é de cunho completamente relevante para demais parcelas da sociedade.
1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO
O capítulo 1 que introduz o trabalho expõe uma contextualização do assunto tratado e do caso, assim como objetivo do presente estudo.
O capítulo 2 consiste na revisão da literatura, denotando os principais mode-los conceituais e ferramentas de produção essenciais para resolução de problemas de maneira sistêmica.
O capítulo 3 discute a metodologia usada para composição do estudo e aqui-sição dos resultados.
No capítulo 4 é feita a ligação dos conceitos apresentados no capítulo 2 le-vando em consideração a metodologia apontada no capítulo 3 por meio de um estu-do de caso.
Por fim, o capítulo 5 se remete a analisar propostas e resultados, criar conclu-sões e sugestões sobre o estudo.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Esse tópico irá reunir alguns dos principais conceitos que circundam a indús-tria 4.0 e com isso suas grandes barreiras de projeção e implantação.
Existem alguns aspectos que se relacionam de maneira direta e de extrema importância com a indústria 4.0, que são eles: Internet das Coisas, Big Data e Sis-temas ciber-físicos. Estes serão detalhados em nível de processo produtivo, exten-são e automação de rede de comunicação e o novo jeito que as informações estão sendo tratadas.
2.1 A INDÚSTRIA 4.0
A indústria 4.0 prega uma ideologia baseada em mudanças radicais de com-portamento, estrutura e processos. Tais mudanças somente podem ser viabilizadas pela aquisição de grande competência tecnológica. Com tais mudanças e compe-tências envolvidas, alguns autores a chamam de 4º Revolução Industrial.
Kagerman et al. (2013) salienta o enorme potencial da Indústria 4.0 através da perspectiva de customização do produto, aumento da maleabilidade do processo, otimização da tomada de decisão por interfere do processamento e compartilhamen-to da informação em tempo real, novos ciclos de enriquecimencompartilhamen-to de valor e maior eficiência e produtividade dos recursos.
As fábricas serão mais inteligentes e dinâmicas. Alguns termos são associa-dos a tal conceito, por exemplo: “smart factory”; “intelligent factory”; “factory of the future”. E uma outra elucidação para “Smart factory” é uma fábrica que faz produtos, equipamentos e redes de abastecimento inteligentes. (COELHO,2016).
Existem alguns fatores essenciais para a criação de uma estratégia de inser-ção da indústria 4.0, que são eles: integrainser-ção horizontal das redes de valor a nível estratégico, integração digital total da engenharia com toda cadeia de valor em nível de processo de negócio, integração vertical e redes de sistemas de produção (OES-TERREICH e TEUTEBERG ,2016; KAGERMANN et al., 2013)
Anderl (2014) define que o aspecto fundamental da Indústria 4.0 refere-se à utilização da habilidade dos sistemas ciber-físicos em proporcionar inteligência e comunicação para sistemas técnicos, os quais assumindo esta configuração passam a ser denominados sistemas inteligentes.
Tais características dessa nova revolução industrial são de extrema importân-cia para o entendimento de seus processos, ideologia, vertentes e se torna essenimportân-cial para perceber tudo o que ainda pode mudar no que se diz respeito à processos de produção, trabalho operacional e aferição de informações.
2.1.1 Internet das coisas
A tecnologia da comunicação está presenciando o surgimento e solidificação de uma nova tendência que é chamada de “Internet of Things” (lOT) (MIORANDI et al., 2012).
A Internet das Coisas se define como uma infraestrutura globalizada de infor-mação e sociedade, viabilizando sistemas que permitem a interligação de objetos - as coisas (físicas e virtuais) (Internet of Things Global Standards Initiative – ITU, 2015).
De acordo com Oesterreich e Teuteberg (2016), o envio de dados de desem-penho para setores que envolvem engenharia de maneira rápida e feito por máqui-nas, é algo que contribui significativamente para agregar valor, pois permite maior integração, estratégia digital mais rápida e direcionada.
A internet como um todo já é algo muito mutável, está sempre se atualizando, aumentando patamares e mudando paradigmas. Cada vez que a internet se aperfei-çoa, a internet das coisas possui a tendência e a esperança de seguir na mesma linha cada vez mais possibilitando que “coisas” se interliguem e se tornem inteligen-tes.
2.1.2 Big data
O Big Data permite com que sejam realizadas simulações otimizadas de da-dos em tempo real, se tornando assim um grande inovação para a Tecnologia da Informação (KAGERMANN et al., 2013).
O Big Data é considerado um desafio para a implantação da indústria 4.0, pois consiste em um conjunto de dados que são coletado de diferentes fontes (da-dos (da-dos sensores de máquinas, da(da-dos de qualidade, da(da-dos de logísticas, entre
ou-tros), tornando necessário uma grande estrutura que armazene, processe e gerencie as informações, além disso, a falta de padronização no gerenciamento dos dados é uma barreia para a operacionalização, visto que o atual ambiente da indústria dispõe de informações heterogêneas (KHAN e TUROWSKI, 2016).
Neste sentido esforços devem ser direcionados ao aprimoramento do conhe-cimento em saber como adquirir, utilizar e interpretar da melhor forma o real valor que todos estes dados geram, auxiliando assim na tomada de decisões.
Figura 3: Arquitetura x Big Data
Fonte: HP (2014)
2.1.3 Sistemas ciber-físicos
Os sistemas ciber-físicos, conhecidos também como Cyber-Physical Systems (CPS), compreendem a uma estrutura que possibilita a integração entre os ambien-tes virtual e o físico. Sistemas ciber-físicos são integrações de computadores, redes e processos físicos, em que sistemas em rede monitoram e controlam os processos físicos, que por sua vez, retornam os dados da produção fazendo com que aconteça o ciclo constante de troca de informações (CYBER – PHYSICAL SYSTEMS, 2012). Kagermann et al. (2013) definem os sistemas ciber-físicos como um conjunto com-posto por máquinas inteligentes, sistemas de armazenamento e instalações de pro-dução, capazes de trocar informações, desencadear ações e controles de forma au-tônoma e harmonicamente, este funcionamento ocorre em tempo real no ambiente da Fábrica Inteligente. Oesterreich e Teuteberg (2016) mencionam que este sistema
é composto por tecnologias essenciais, como: Gerenciamento do Ciclo de Vida do Produto (PLM), Modularização e Robótica, Computação Móvel e Identificador por Rádio Frequência (RFID), porém não se restringem somente a estes. Levando em consideração o RFId por exemplo, o RIFD ( Rafio Frequency Identification ) é uma forma bem econômica de sensoriar objetos, contar itens, rastrear, automatizar, entre outras finalidades. De acordo com (AHSAN, 2011), o RIFD já provou que está em contínua evolução e sua aplicação é de extremo valor para as empresas. A RIFD nada mais é do que uma tecnologia de identificação automática de produtos sem o requerimento de fios, porque utiliza o campo eletromagnético de radiofrequência pa-ra tpa-ransmitir dados entre uma etiqueta inteligente e um leitor (HASHEMI et al., 2013) XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 8 Os sistemas ciber-físicos são uma estrutura chave para o funcionamento da Fábrica Inteligente, portanto sem este conceito seria impossível o desenvolvimen-to da Indústria 4.0.
Figura 4: Estrutura de um sistema ciber-físico
2.2 INDÚSTRIA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
De acordo com Campos(2014) a melhor virtude do produto ou serviço é ca-racterizada pelo bom atendimento que passe confiabilidade, segurança e dentro do prazo temporal adequado. Para Juran(1992) o serviço oferecido precisa ser satisfa-tório para suprir as necessidades do cliente, e com isso ser denominado como de qualidade.
Segundo Troster (1999 apud FERNANDO, MACHADO e QUEIROZ, 2006) os serviços são designados como atividades que, se destinam direta ou indiretamente a a atender as conveniências humanas.
2.3 DELIVERY DE ALIMENTOS E APLICATIVOS
A gastronomia é um ambiente democrático e existem pessoas que apoiam a cultura da “boa comida” e economia compartilhada, não importando como ela é ven-dida. O dia que parece não ter a quantidade de horas suficiente, a facilidade em pe-dir comida e receber em sua própria residência são algumas das razões que facili-tam a difusão desse canal digital (ECOMMERCEBRASIL, 2016).
As melhorias progressivas de plataformas de delivery de alimentos motiva o ramo dos bares e restaurantes, para tais empresas a representatividade de marke-ting que essas plataformas proporcionam é algo muito importante, já que pode au-mentar as vendas em média de 20% (FOODSERVICE, 2015).
Os clientes preferem as plataformas eletrônicas de comércio para realizar su-as comprsu-as, pois su-assim podem desfrutar do lazer do seu próprio tempo e no conforto de suas casas o (JIANG; YANG; JUN, 2013; REZAEI et al., 2016). O crescimento representativo e grandioso da internet influenciou de maneira direta o varejo online e o desenvolvimento do comércio eletrônico (FAQIH; JARADAT, 2015, TOWERS; XU, 2016). A melhores e desenvolvimento das plataformas de delivery de alimentos indi-ca um indi-cardápio ilimitado de serviços e produtos, com o pleno beneficiamento de quem compra pois faz uso de um serviço rápido, iterativo e personalizado (YEO; GOH; REZAEI, 2017) .
Entretanto, é necessário que a fornecedora do serviço, aquela que é respon-sável pela plataforma, forneça um aplicativo, o qual os usuários se sintam à vontade para usufruírem. Uma boa tecnologia no atendimento e a diversidade de estabeleci-mentos impulsionam o hábito de consumo angariando mais usuários. Uma pesquisa realizada pela IBM (2016) expõe que os atributos que os usuários mais valorizam em sua avaliação de aplicativos móveis são, nessa ordem: i) Desempenho e tempo de resposta; ii) Recursos e funcionalidade; iii) Confiabilidade; iv) Aparência, usabili-dade e navegação; e v) Segurança.
2.4 FERRAMENTAS
2.4.1 Fatores críticos do sucesso
Grimm; Hofstetter e Sarkis (2014) sugerem que para a cadeia obter sucesso como um todo, ela precisa seguir e difundir padrões ao longo da mesma. Os mes-mos afirmam que qualquer atuante da cadeia pode prejudicar a reputação e confiabi-lidade dos produtos, portanto, é de extrema valia que seja feita uma análise paralela também dos subfornecedores do processo.
Em um ambiente cada vez mais competitivo, as organizações precisam en-tender as necessidades dos clientes e alinharem às suas estratégias internas.
De acordo com Grunert & Ellegard (1992 apud MAGNANI, 2004) os FCS são percebidos pelos consumidores através de habilidades e recursos. Segundo Munro e Wheeler (1982), um plano bem elaborado é feito a partir da junção de uma série de estratégias e o FCS é utilizado para estabelecer e identificar possíveis questões críticas que podem ocorrer durante o mesmo.
Reunindo tais informações, fica fácil de entender como todos os processos são interligados, e como o bom uso das ferramentas permite com que se viabilize planos, projetos, novas tecnologias e os processos como um todo.
2.4.2 Swot
A análise SWOT é utilizada para fazer varreduras em cenários, sendo com is-so muito importante para gerir a base do planejamento estratégico de uma organiza-ção. É um sistema simples para efetuar posicionamento e verificação da posição
estratégica da empresa no ambiente em questão (DAYCHOUW, 2007). Quando os melhores pontos de uma empresa são alinhados com os FCS em busca de satisfa-ção às necessidades mercadológicas, a empresa conseguirá certamente, ser com-petitiva no longo prazo (RODRIGUES et. al. 2005).
Figura 5: Análise SWOT
Fonte: Adaptação de Ferrel et al, (2000, p, 71)
Pode-se explicar da figura 1 que:
Força ou pontos fortes: São as variáveis internas e controláveis que propiciam condições favoráveis para a organização em relação ao seu ambiente. São caracte-rísticas ou qualidades da organização, que podem influenciar positivamente o de-sempenho da organização. Os pontos fortes devem ser amplamente explorados pela organização (REZENDE, 2008).
Fraquezas: São aspectos mais negativos da empresa em relação ao seu produto, serviço ou unidade de negócios. Devem ser fatores que podem ser contro-lados pela própria empresa e relevantes para o planejamento estratégico. Oportuni-dades: São aspectos mais positivos do produto/serviço da empresa em relação ao mercado onde está ou irá se inserir. São fatores que não podem ser controlados pe-la própria empresa e relevantes para o ppe-lanejamento estratégico (MARTINS, 2007).
Ameaças: São situações ou fenômenos externos, atuais ou potenciais, que podem prejudicar a execução de objetivos estratégicos (CALLAES; BÔAS; GONZA-LES, 2006)
3 METODOLOGIA
3.1 ESTUDO REALIZADO E ESTRUTURA
O primeiro passo consiste em entender a parte estratégica e posicionamento de mercado da empresa. Para tal, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os proprietários da empresa. Como diferencial, foram feitas também pesquisas para entender o comportamento do mercado como um todo, facilitando o entendi-mento sobre como a tecnologia pode ser encaixada no negócio.
De acordo com (VERGARA, 2011), o método é denominado como um cami-nho, uma forma lógica de pensar. Para isso, a figura – Fluxograma Metodologia o esforço de pesquisa empreendido desde a definição do tema às sugestões e conclu-sões finais.
Figura 6: Fluxograma metodologia Fonte: (VERGARA, 2011)
O caso em questão tem como base os dados e informações coletadas da própria empresa através de questionários e de entrevistas estruturadas diretamente com o dono através da coleta de dados primários, que é quando se trata de dados que não estão disponíveis, e por isso é preciso coleta-los, nesse caso através da entrevista.
Sempre quando se começa uma pesquisa de mercado para a implantação de algo novo em um negócio já existente, é necessário ter com clareza a definição do público alvo, sendo assim, na entrevista com o dono do negócio foram propostas indagações sobre o perfil de cliente do seu negócio, do tipo :
Figura 7: Perfil cliente
Fonte : Autor, 2018
Como o quadro citado anteriormente, a metodologia do trabalho é iniciada com a coleta de dados através de questionários pré-estabelecidos, guiados através de um roteiro montado com o objetivo previamente definido. Após a aplicação dos questionários, o trabalho faz uso das ferramentas mencionadas para propor e ratifi-car na prática o que foi respondido pelo entrevistado. Para tal, foi realizada a análise dos resultados, seguida de uma proposta, conclusões e sugestões.
O posicionamento estratégico da empresa, a utilização da tecnologia da in-formação no negócio e a demanda do mercado, são os fatores determinantes para basear a coleta de informações.
Foram usadas ferramentas para embasar a análise de resultados e suges-tões. Com a análise SWOT identificaram-se as forças e fraquezas e de qual jeito poderia ajudar na antecipação de falhas e ameaças, juntamente com aproveitamen-to das oportunidades de mercado. Foi utilizado também a ferramenta de faaproveitamen-tores críti-cos de sucesso para entender até que ponto as novas tecnologias impactam direta-mente nos processos de um restaurante delivery.
3.2 TIPOLOGIA
Vergara (2011) aborda dois critérios de avaliação de uma pesquisa, que são eles: quantos aos meios e quanto aos fins. A pesquisa pode ser classificada como de campo, de laboratório, documental, bibliográfica, experimental, participante, quisa-ação ou um estudo de caso sob a ótica dos meios; já quanto aos fins a pes-quisa pode ser exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada ou inter-vencionista.
Baseado no conteúdo citado, pode-se tirar como conclusão que consiste em uma pesquisa bibliográfica ao olhar para os meios, visto que se baseia na coleção e direcionamento de artigos, livros, revistas e materiais de acesso público em geral. Com base nas definições, pode-se dizer que se classifica em metodológica. Pois busca por meio de métodos e procedimentos chegar a um determinado fim (propos-ta de solução, neste caso); além de ser motivada pela busca de possíveis respos(propos-tas a problemas reais (VERGARA, 2011).
4 ESTUDO DE CAS0
O mercado de entrega de comida está em constante crescimento e restauran-tes buscam diariamente um modo de se diferenciar dos demais. O fato de inovar processos e produtos é fundamental para adquirir vantagem competitiva. Por isso, este trabalho é baseado em paradigmas da indústria 4.0 que permitam a difusão e incorporação das tecnologias do melhor jeito possível.
Como o foco do trabalho se encontra em restaurantes delivery, além de identi-ficar as variáveis, é de suma importância buscar os impactos que essas novas tec-nologias podem causar nos diversos processos dentro de um restaurante deste tipo.
4.1 CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO
A proposição do referente trabalho é demonstrar como a indústria 4.0 pode ser implementada por empresas de um jeito que facilite o entendimento dos funcio-nários e até mesmo dos próprios donos. A instalação de novas tecnologias em em-presas se torna tarefa árdua em emem-presas que possuem recursos financeiros es-cassos e equipe limitada.
As empresas precisam cada vez mais possuir o controle sobre determinadas tecnologias. O uso de ferramentas tecnológicas é de fundamental importância para um cenário de crise nacional, na qual, as mesmas precisam se diferenciar da con-corrência para obter vantagens.
O sócio proprietário do Petiscando, empresa estudada, acredita que a longo prazo, a aplicação dos conceitos da indústria 4.0 seja algo extremamente prático e diferencial em um mercado tão concorrido de entrega de comida, e com isso agre-gue valor à seus produtos e processos.
O restaurante trabalha com entrega de todos os tipos de petiscos, possui qua-tro concorrentes diretos que são monitorados de forma contínua e aposta na rapidez da entrega, treinamento dos melhores funcionários e qualidade do produto para sair na frente da concorrência. A empresa possui apenas um ano e meio de existência, e por isso apresenta grande maleabilidade a mudanças de mercado. A ideia é
expan-dir e virar franquia, com isso o entrevistado acredita que a indústria 4.0 é essencial para melhorar seus processos e despertar interesses de possíveis franquiados.
Figura 8: Linha de implantação indústria 4.0
Fonte: Autor, 2018
4.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUAS VANTAGENS
Foi aplicado um questionário com algumas perguntas ao representante da empresa estudada e as avaliações sobre ele nos permite tirar conclusões, sugestões e pontos de melhora para o negócio no que diz respeito a novas tecnologias.
Figura 9: Questionários importantes
Figura 10: Fatores de implantação
Fonte: Autor, 2018
Figura 11: Impactos consideráveis ao longo do te do tempo
Levando em consideração que no quadro acima, o curto prazo se trata de al-go que é percebido em aproximadamente cinco meses após implantação, e lonal-go prazo se define como uma percepção final na ponta da cadeia de valor de cerca de dois anos.
O entrevistado concorda com a relação direta entre a “Indústria 4.0” com o planejamento estratégico da empresa, melhor gestão de ativos, e controle real de inventário. Levando em consideração o que foi respondido, sente-se a clara a ne-cessidade de inovações tecnológicas por parte de pequenas empresas com o intuito de se diferenciarem no mercado e se manterem competitivas.
Ao contrário do que Kim e Jee (2007) apontam, de que as pequenas e médias empresas têm a predisposição de utilizar TI meramente como ferramenta operacio-nal, o entrevistado afirma utilizar a TI como uma ferramenta estratégica e a adoção das aplicações da “Indústria 4.0” beneficiaria bastante essa prática.
Quanto ao treinamento de pessoal, o entrevistado deixa claro que é algo que apenas seria beneficiado com o tempo, pois o escopo dos treinamentos e a qualifi-cação da equipe não de alguma coisa que se muda e aperfeiçoa de um dia para o outro.
Segundo Prates e Ospina (2004), a carência de mão de obra qualificada, a assimilação dos funcionários pela falta de treinamento e o erro na implantação de novos métodos são considerados como algumas das principais dificuldades na im-plantação de TI. Nota-se, no referido trabalho, que todos esses fatores foram desta-cados pelo entrevistado ao longo de suas respostas subliminares.
Para fundamentar mais ainda as considerações sobre os impactos da “Indús-tria 4.0”, existem ainda algumas considerações finais para se estudar. MCFARLAN (1984) propõe cinco questões chaves para identificar se TI é um recurso estratégico, entretanto, apenas o resumo de três foram usadas, por serem melhores enquadra-das com o tema. No quadro pode-se identificar como o restaurante estudado trata cada ponto de suas proposições.
Figura 12: Questões de MCFARLAN
Fonte : Autor, 2018
Levando em consideração que a empresa estudada se trata de um restauran-te entrega, as mudanças relacionadas a restauran-tecnologia acabam forçando seus concor-rentes a se equipararem, e consequentemente cometerem erros pela urgência de aplicação das novas tecnologias. A “Indústria 4.0”, se bem aplicada, pode influenci-ar diretamente na gestão da eficiência de processos e criação de novos canais de venda e produtos. O setor delivery é extremamente dependente de plataformas de marketplace, sendo assim, as “Aplicações 4.0” agem na raiz da dependência, possi-bilitando novos paradigmas pra um mercado que se encontra em constante cresci-mento. Se o restaurante fizesse uso de todas as bases tecnológicas estudadas no trabalho e se aproveitasse dos benefícios, isso acarretaria em um grande diferencial em relação aos concorrentes e até mesmo a possível criação de uma nova tendên-cia de mercado.
Para tal, o trabalho usará ferramentas de mercado que permitam o embasa-mento dessas informações citadas. As ferramentas serão apresentadas após uma breve descrição de algumas aplicações fundamentais para o estudo de caso, coleta de dados e como influenciam no planejamento.
4.3 INSTALAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS
4.3.1 RIFD
O essencial para o funcionamento da tecnologia RIFD são as “tags” (etiqueta inteligente), antena, sistemas gerencias, frequência de operação e outros. A tag, pa-ra RIFD, se tpa-rata de um hardware que utiliza um microchip com capacidade de
ar-mazenar dados, possuindo uma antena que transmite dados entre o leitor e a etique-ta. Para tal funcionamento, a figura abaixo representa a sua funcionalidade no res-taurante.
Figura 13: Aplicações importantes no restaurante estudado
Fonte: TIC em foco(2018)
Figura 14: Funcionamento RFID
Fonte : Pedroso, Zwicher e Souza ( 2009 )
Como exemplificado na figura 14, o uso da base da tecnologia 4.0 associado com a tecnologia da informação facilita o melhoramento de processos e consequen-temente age na criação de novos produtos. Porém, como toda tecnologia, acarreta um custo de mudança que algumas empresas não possuem renda suficiente para arcar. O uso de tais tecnologias não impede novos entrantes mas possibilita a dife-renciação da empresa perante aos concorrentes.
4.3.2 IoT
Segundo Obitko & Jirkovsky (2015) os princípios de projeto ou implementação de todos os componentes técnicos apresentados são:
Interoperabilidade: A padronização e descrições são importantes, uma vez que significa que as empresas, os seres humanos e CPS são conectados por IoT e IoS;
Virtualização: Sobre CPS, o mundo físico pode ser ligado ao virtual. Em ou-tras palavras, os dados dos sensores estão ligados a modelos virtuais e de simula-ção;
Capacidade em tempo real: a análise contínua de dados é necessária para reagir a quaisquer mudanças no ambiente em tempo real, como roteamento ou ma-nipulação de exigir que as empresas revisem o planejamento hierárquico e procurem um conceito mais descentralizado de coordenação;
A internet das coisas é fator fundamental para possibilitar a criação de barrei-ras de entrada para novos concorrentes. O restaurante se diferencia nos processos internos, aumenta a percepção de valor para o cliente e diminui os custos com in-sumos perdidos por ineficiência de estoque.
Tais fatores foram citados para indicar uma aplicabilidade real da internet das coisas no negócio. Atualmente existe o “robô amigo”, máquina projetada para reali-zar movimentos repetitivos. Os processos de corte de carnes e montagem de emba-lagens são facilmente realizados por tais máquinas. A Iot permite o controle em tem-po real da realização das atividades.
O restaurante estudado realiza cortes de insumos toda semana, duas vezes por período, sendo assim o uso dessa aplicação da “indústria 4.0” seria de suma importância para o melhoramento do processo e para redução de despesas.
Figura 15: O robô colaborativo
Fonte: Pilz(2017)
4.3.3 Coleta e análise de dados
A análise de dados é muito facilitada pelo Big Data que ajuda na identificação de falhas nos processos da empresa, economiza energia, otimizar a qualidade da produção e torna mais eficiente o uso de recursos. O volume se dá por sistemas movidos para processar quantidade grande de dados, tudo isso, devido à coleta de dados de fontes novas, que em conjunto com a IoT, traz a obrigação de coletar tais dados (Obitko & Jirkovsky, 2015)
O uso do Big Data é de grande importância para a expansão de qualquer rede de restaurante, e sendo delivery aumenta mais ainda importância, por se tratar de um estabelecimento que possui a entrega de comida como sua principal vertente.
Figura 16: Uso do Big Data no restaurante
4.4 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO
De acordo com Perazza (2011), o público mais difícil de aceitar as mudanças são os funcionários, pois pode causar a inibição dos mesmos com a entrada de uma nova tecnologia.
Como uma inovação de tecnologia acarreta inúmeras mudanças, este traba-lho indica as mais significativas que podem acontecer aplicando a indústria 4.0, e seus resultados imediatos. Para a implantação dos conceitos, precisa ser feito um bom planejamento estratégico que consiga traçar as rotas a serem seguidas, para com isso, alcançar os objetivos desejados. A implantação da indústria 4.0 em cada área do restaurante não é algo que se pode fazer sem um planejamento bem feito.
As mudanças nas redes se encontram na Internet das Coisas, que permite criar redes que integram todo o processo de fabricação dos petiscos no restaurante. A gestão de supply chain fica facilitada pois ocorre a integração de fornecedores até consumidores. Ou seja, somente benefícios com o uso de tais aplicações no negó-cio.
Os processos repetitivos que geram lesões podem ser feitos por “robôs ami-gos” que replicam os movimentos que são ensinados. O avanço da robótica permite maior autonomia e flexibilidade (Engel, et al.; 2015)
As aplicações da indústria 4.0 precisam ser bem planejadas. Porém, são es-senciais para reduzir custos, aumentar a produção, melhorar a capacidade de arma-zenamento de dados e possibilita uma maior eficiência na alocação de recursos.
4.5 IMPACTO DA INDÚSTRIA 4.0 NOS PROCESSOS DO RESTAURANTE
O (Mckinsey Global Institute, 2015) estima que até 2015, melhorar a eficiência do trabalho entre 10% e 25%, diminui os gastos com energia de 10% a 20% e dimi-nuir gastos com manutenção de equipamentos de 10% a 40%. Com isso, a maioria dos processos internos e externos do restaurante poderão ser otimizados, feito em menos tempo, com maior satisfação dos clientes e entregando muito mais valor em cada etapa. A grande verdade é de que o restaurante poderá ser transformado em
uma smart manufacturing, integrando as etapas de atendimento aos clientes, produ-ção e montagem dos pratos e entrega.
Para identificar na prática como o restaurante será impactado, o trabalho se-guirá um caminho mais prático de demonstração por meio de ferramentas qualifica-das para tal.
4.5.1 Análise Swot
Após o estudo dos dados obtidos através da coleta de dados foram elabora-dos os quadros a baixo, que é chamada “ Matriz Swot”. Esta ferramenta possibilitará a visão sistêmica e resumida de pontos que precisam melhorar do restaurante estu-dado (Fraquezas e Ameaças) e pontos que precisam ser gozados pelo mesmo (For-ças e Oportunidades). Segundo Ansoff e McDonnell (1993), a Matriz Swot define uma das grandes ferramentas de ajuda ao planejamento estratégico. Segundo Chia-venato e Sapiro (2003), sua missão é unir as oportunidades e as ameaças externas à organização com seus pontos fortes e fracos., ou seja, o trabalho usará a SWOT para realçar as conclusões tiradas pela entrevista realizada com o sócio proprietário da empresa, juntamente com as pesquisas feitas sobre o tema do trabalho, e busca a associação dos mesmos para um melhor entendimento das oportunidades que a indústria 4.0 possibilitará para o restaurante. O tema do trabalho se trata das funcio-nalidades da “Indústria 4.0” em restaurantes de entrega, e com a aplicação da ma-triz, consegue-se o paralelo da sua aplicabilidade e importância.
Figura 17: Análise SWOT (Forças)
Fonte : Autor, 2018
Figura 18: Análise Swot (Fraquezas)
Figura 19: Análise Swot (Oportunidades)
Fonte: Autor, 2018
Figura 20: Análise Swot (Ameaças)
4.5.2 Fatores Críticos de Sucesso
O sócio proprietário entrevistado revelou os fatores que o restaurante consi-dera críticos para o sucesso do negócio. Para usarmos tal ferramenta, vamos em-pregar essas informações para observar os resultados da implantação das bases da “Indústria 4.0” na empresa.
Fator: Diferentemente dos concorrentes, o restaurante funciona apenas com o serviço de Delivery, não possui ponto físico.
Impacto: Uma das características de quem pede comida em casa é a valori-zação do tempo de entrega. Assim sendo, um restaurante que use a IoF exemplo para designar o melhor atendimento e trace a melhor rota de entrega seria muito bem visto no mercado.
Fator: Atendimento automático dos clientes
Impacto: Diminui a espera pra quem quer fazer um pedido por meio de apa-relho de celular ou fixo. Em horários de pico isso é substancialmente importante e diferencial para presentes e futuros clientes.
Fator: Parcerias com empresas de tecnologia, algo antes bem afastado da realidade de um restaurante delivery.
Impacto: O restaurante pode oferecer para descontos e vantagens em outras esferas de negócios de acordo com o determinado com o parceiro. Seria de grande valia disponibilizar um canal de possibilidades para os clientes, não se contentando somente com a esfera da alimentação.
Fator: Localização online do motoboy e atualizada no menor tempo possível para os clientes
Impacto: Tais fatos geram uma imensa sensação de valorização por parte dos clientes. O fato de estar por dentro do seu pedido, desde a aceitação por parte do restaurante, até a entrega é um aspecto importante para uma maior fidelização de clientes.
Fator: Muitos itens no cardápio e todos disponíveis para compra pelo uso do RFID para controle de estoque
Impacto: Muitas das vezes os restaurantes controlam mal o seu estoque. Com isso, quem compra sempre um produto acaba frustrado pela ausência do mesmo no cardápio. O fato de ter a certeza que terá o que quer consumir é algo fundamental para um bom relacionamento entre clientes e restaurante.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 CONCLUSÃO
O grande propósito deste trabalho era a demonstração de como as aplicações da “Indústria 4.0” podiam ser utilizadas em restaurantes delivery de maneira funcio-nal, identificar o impacto nos processos internos de um restaurante e como isso po-deria ser usado para adquirir um diferencial perante à seus concorrentes de merca-do.
A metodologia utilizada começou pelo levantamento do contexto da organiza-ção estudada, do levantamento teórico de aplicações de novas tecnologias a negó-cios e como isso em seguida influenciaria no planejamento estratégico da empresa. Posteriormente, foram utilizadas algumas ferramentas de análise e gestão estratégi-ca possibilitando uma proposição da relação entre aquisição de uma nova tecnolo-gia, satisfação de clientes e mudanças diretas e indiretas a empresa. Foi possível identificar que o uso destas tecnologias cria um novo contexto organizacional, méto-dos de produção e até mesmo interfere nas relações interpessoais. Tais aplicações tecnológicas aumentam competitividade pra quem às exerce, porém simultaneamen-te se aplica a uma maior lucratividade. Se feita de maneira certa, a “Indústria 4.0” muda todo o contexto da organização, culminando em um menor desperdício, redu-ção de custos, inovaredu-ção e flexibilidade.
Isso posto, ocorre a comprovação de que o mercado tenderá a se render para a “Indústria 4.0”. O tema é frequentemente relacionado nas mesas de reunião de grandes empresas e os grandes líderes empresariais possuem a missão de adequar as novas tecnologias com suas crenças, recursos financeiros disponíveis e decidir qual delas lhe trarão maior produtividade, e consequentemente maior lucratividade;.
5.2 ACHADOS, CONSTATAÇÕES
No caso estudado, como resultado da análise identificou-se que não só o uso de aplicações 4.0 trazem grandes benefícios do ponto de vista estratégico, como também é fator fundamental para manutenção e expansão da empresa ao longo do
tempo. Os hábitos capitalistas de compra se modificam constantemente e com ele a indústria delivery cresce a cada dia mais. O crescimento do mercado é acompanha-do de um maior número de entrantes, por isso a grande necessidade de se diferen-ciar e diminuir ao máximo os erros.
Com as pesquisas para a realização do trabalho, foi constatado que a “indús-tria 4.0” é responsável por uma nova revolução indus“indús-trial em grandeza global en-quanto o Brasil ainda se encontra carente no que se diz respeito ao tema. Para a difusão das aplicabilidades da mesma no mercado brasileiro, é preciso um maior incentivo por parte do governo e um novo olhar por parte dos grandes executivos para algo que claramente é o futuro próximo do aumento da produtividade e da efici-ência nas empresas.
5.3 SUGESTÕES
Para novas pesquisas, recomenda-se a aplicação de uma IoT em um proces-so característico de um restaurante no geral, com o propósito de comparar os resul-tados que normalmente são alcançados com as mudanças ocasionadas pelo teste. Desenvolver estudos sobre a viabilidade econômica e técnica da implementação dos modelos da “Indústria 4.0”. Desenvolver um estudo sobre de que forma os sistemas ciber-físicos podem evoluir e paralelamente criar uma proposta de analisar sobre a complexidade da tomada de decisões baseada em relatórios automáticos de softwa-res. Com isso, entender como a inteligência artificial pode ser associada com a inte-ligência humana para a criação de novos meios de produção e produtos advindos de inovação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .
ACATECH, National Academy of Science and Engineering. Recommendations for implementing the strategic initiative INDUSTRIE 4.0. 2013. Disponíve-lem:<http://www.acatech.de/fileadmin/user_upload/Baumstruktur_nach_Website/Acat ech/root/de/Material_fuer_Sonderseiten/Industrie_4.0/Final_report__Industrie_4.0_ac cessible.pdf>. Acesso em: novembro 2017.
AFONSO, ISMALIA. Entrevista: Brasil pode criar a Indústria 4.0 verde e amarela. Agência de Notícias CNI. 2016.
AHSAN, Kamran. RFID components, applications and system integration with healthcare perspective. INTECH Open Access Publisher, 2011.
ANDERL, R. Industrie 4.0 - Advanced Engeneering of Smart Products and Smart Production. Anais do 19 °Seminário Internacional de Alta Tecnologia - Inovações Tecnológicas no De-senvolvimento do Produto. Piracicaba: UNIMEP, 2014
ANSOFF, H. I.; McDONNELL, E. J. Implantando a administração estratégica. 2edição. Trad. Antônio Zorato Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1993.
BALASINGHAM, Kajanth. Industry 4.0: Securing the Future for German Manufactu-ring Companies. 16 p.Dissertação (Mestrado), University of Twente. Twente, 2016.
BERTULUCCI, CRISTIANO. O que é a Indústria 4.0 e como ela vai Impactar o Mundo. Ci-tisystems. 2016.
BLOG DO E-COMMERCE. Mercado de Food Delivery Online é um dos que mais crescem no Brasil. [online]. 2013. Disponível em:< http://www.blogdoecommerce.com.br/mercado-de-food-delivery-online-e-um-dos-quemais-crescem-no-brasil/>. Acesso em: novembro 2017. BOTSMAN, R.; ROGERS R. O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo. Bookman: Porto Alegre, 2011.
CALAES, Gilberto Dias.; VILLAS BÔAS, Roberto C; GONZALES, Arsenio. Planejamento Estratégico, Competitividade e Sustentabilidade na Indústria Mineral: dois casos de não metá-licos no Rio de Janeiro.1. ed. Rio de Janeiro: Cyted, 2006.
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: Controle da qualidade total (no estilo japonês). 9 ed. Nova Lima, MG: Editora Falconi, 2014.
CAO, J.; ZHANG, S. The Application and Design of Big Data in Operation and Maintenance of Industry 4.0. 6th International Conference on Machinery, Materials, Environment, Bio-technology and Computer (MMEBC 2016), 2016
CHIAVENATO, I.; SAPIRO, A. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações. 1. ed. 13° tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
Cyber-Physical Systems, 2012. Disponível em: http://cyberphysicalsystems.org/. Acesso em Novembro 2017
DAYCHOUW, Merhi. 40 Ferramentas e Técnicas de Gerenciamento. 3. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2007.
ECOMMERCE BRASIL. A guerra dos APPs de delivery de comida por uma fatia do merca-do. [online]. 2016. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/a-guerra-dos-apps-de-delivery-de-comida-poruma-fatia-do-mercado/>. Acesso em: novembro 2017. ECOMMERCE BRASIL. Delivery de comida: por que apostar nos marketplaces? [onli-ne].2017. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/delivery-de-comida-por-que-apostar-nosmarketplaces/>.Acesso em: novembro 2017.
FAQIH, K. M. S.; JARADAT, I. R. M. Assessing the moderating effect of gender differences and individualismcollectivism at individual-level on the adoption of mobile commerce technology: tam3 perspective. Journal of Retailing and Consumer Services, v. 22, 2015. FERNANDO, M.; MACHADO, M. D.; QUEIROZ, T. R. Mensuração da qualidade de servi-ço empresas da fast food. Gest. e Prod. São Carlos, v. 13, n. 2, p. 261-270, 2006.
FOOD SERVICE. Mercado de delivery de alimentos cresce no Brasil. [online]. 2015. Dispo-nível em:<http://foodmagazine.com.br/food-service-noticia-fique-por-dentro/mercado-de-delivery-de-alimentoscresce-no-brasil>. Acesso em: novembro 2017.
GRIMM, J. H.; HOFSTETTER, J. S.; SARKIS, J. Critical factors for sub-supplier manage-ment: A sustainable food supply chains perspective. International Journal Production Economics, v. 152, p. 159-173, 2014
GRUNERT, K.G.; ELLEGARD, C. The concept of key success factors: theory and method. MAPP Working Paper. 1992.
HP.BigData.Hewlett-Packard,2014. Disponível em:
http://www8.hp.com/h20195/v2/GetPDF.aspx/4AA4-4664.pdf. Acesso em: 9 out. 2017.
INTERNET OF THINGS GLOBAL STANDARDS INITIATIVE – ITU. – IoT-GSI.2015. Disponível em: <http://www.itu.int/en/ITUT/gsi/iot/Pages/default.aspx>. Acesso em: 09 out. 2017.
JURAN, J.M.. A qualidade desde o projeto: Os novos passos para o planejamento da qualida-de em produtos e serviços. 3 ed. São Paulo: Ed. Pinoneira,1992.
KAGERMANN, H ; WAHLSTER, W.; HELBIG, J. Recommendations for implementing the strategic initiave INDUSTRIE 4.0. April, p.4-7, 2013
KAGERMANN, H.; WAHLSTER, W.; HELBIG, J. Recommendations for implementing the strategic initiative INDUSTRIE 4.0. Final report of the Industrie 4.0 Working Group. 82 p., 2013.
KIM, M.; JEE, K. Factors influencing strategic use of information technology and its impact on business performance of SMEs. ETRI journal, v. 29, n. 4, p. 497-506, 2007.
LEE, E. A.; SESHIA, S. A. Introduction to Embedded Systems Security: A Cyber-Physical Systems Approach. Second ed. [S.I.]: LeeSeshia.org, 2015
MARTINS, Marcos Amâncio P. Gestão Educacional: planejamento estratégico e marketing. 1. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2007.
MCFARLAN, F.W. Information Technology Changes the Way You Compete. Harvard Business Re-view. 1984.
Mckinsey Global Institute. (2015). The Internet Of Things: Mapping The Value Be-yond The Hype. Fonte: Mckinsey:
http://www.mckinsey.com/insights/business_technology/the_internet_of_things_the_v alue_of_digitizing_the_physical_world
MIORANDI, D.; SICARI, S.; PELLEGRINI, F.; CHLAMTAC, I. Internet of things: Vision, applications and research challenges. Ad Hoc Networks, v. 10, n. 7, p. 1497–1516, 2012. OBITKO, M; JIRKOVSKÝ, V. Big data semantics in industry 4.0. In: International Conference on Industrial Applications of Holonic and Multi-Agent Systems. Springer International Publis-hing, 2015. p. 217-229.
OESTERREICH, T. D.; TEUTEBERG, F. Understanding the implications of digitisation and automation in the context of Industry 4.0: A triangulation approach and elements of a research agenda for the construction industry. Computers in Industry, v. 83, p. 121–139, 2016.
PEDROSO, M. C.; ZWICKER, R.; SOUZA, C. A. Adoção de RFID no Brasil: Um estudo explorató-rio. Administração Mackenzie, v. 10, p. 12-36, 2009.
PERAZZA, F. O Que é mudança organizacional. 2011. Disponível em: <
http://mudancaorganizacional.blogspot.com.br/2011/03/o-que-e-mudancaorganizacional.html> Acesso em: 15 nov. 2017.
PRATES, G. A.; OSPINA, M. T. Tecnologia da informação em pequenas empresas: fatores de êxito, restrições e benefícios. Revista de Administração Contemporânea, v. 8, n. 2, p. 9-26, 2004
REZENDE, Denis Alcides. Planejamento Estratégico para Organizações: públicas e privadas. 1. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.
RODRIGUES, Jorge Nascimento; et al. 50 Gurus Para o Século XXI. 1. ed. Lisboa: Centro Atlântico.PT, 2005
SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução Industrial. São Paulo: EDIPRO, 2016.
VERGARA, S. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 13a ed. [s.l.] Editora Atlas, 2011..
