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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CURSO DE ENGENHARIA DE PESCA ADRIANO JOAQUIM NEVES DE SOUZA

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CURSO DE ENGENHARIA DE PESCA

ADRIANO JOAQUIM NEVES DE SOUZA

Avaliação sazonal das concentrações de dióxido de carbono,

carbonato e bicarbonato em cultivo de viveiro escavado do

camarão Litopenaeus vannamei (Boone, 1931), em Curuça – PA.

BELÉM 2020

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Avaliação sazonal das concentrações de dióxido de carbono,

carbonato e bicarbonato em cultivo de viveiro escavado do

camarão Litopenaeus vannamei (Boone, 1931), em Curuça – PA.

Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural da Amazônia como requisito necessário para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Pesca.

Área de concentração: Aquicultura.

Orientadora: Profa. Dra. Maria de Lourdes Souza Santos

BELÉM 2020

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Avaliação sazonal das concentrações de dióxido de carbono, carbonato e bicarbonato em cultivo de viveiro escavado do camarão Litopenaeus vannamei

(Boone, 1931), em Curuça – PA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Federal Rural da Amazônia, como parte das exigências do Curso de Engenharia de Pesca, para a obtenção do título de bacharel.

03/11/2020 Data da Aprovação

Banca examinadora:

Profa.Dra. Maria de Lourdes Souza Santos

Orientadora

Universidade Federal Rural de Amazônia

Prof. Dr. Glauber David Almeida Palheta Universidade Federal Rural da Amazônia

Profa. Dra Xiomara Franchesca Garcia Diaz

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Agradeço à Deus pelo dom da vida e pelos caminhos traçados que me fizeram evoluir como pessoa.

Além da Universidade Federal Rural da Amazônia e ao Instituto Socioambiental de Recursos hídricos (ISARH) por possibilitar o leque de conhecimento, aprendizado, as aulas práticas e oportunidade de aprender nos estágios que participei durante os 5 anos de graduação.

A minha mãe, Rita Neves (Suprema corte), ao meu pai Frank Souza (o Físico), à minha vó, Jacira Neves, e a minha tia, Carolina Emília e a prima Barbara, que apesar das dificuldades me educaram e ensinaram a ser o que sou hoje.

A minha orientadora Profa Drª Maria de Lourdes pelo apoio, paciência, os conselhos e conhecimento transmitido para a construção do meu trabalho de conclusão de curso. Aos professores do curso, o qual foram importantes em minha vida acadêmica como o professor Mauricio que indicou para estagiar com a minha orientadora, a professora Kátia Cristina pelos conhecimentos passados durante as aulas. As professoras Socorro e Goreth, que ajudaram bastante a desenvolver as habilidades no reforço para chegar na universidade.

À toda equipe do Laboratório de Química Ambiental que me ajudaram na construção deste trabalho: Pedro Henrique (chefe), Rosinette Machado (Nette), Andrew Palheta (01), Matheus Aviz (brother of Trance), ao Fábio Pamplona (Fabinho) que ajudou bastante na reta final, a Tatiane Bandeira (Mary Jane/ flor d Bastos) por ter muita paciência comigo no dia a dia do laboratório.

A minha mãe, Rita Neves (Suprema corte), ao meu pai Frank Souza (o Físico), à minha vó, Jacira Neves, e a minha tia, Carolina Emília e a prima Barbara, que apesar das dificuldades me educaram e ensinaram a ser o que sou hoje.A todos os meus familiares que sempre estiveram ao meu lado, apoiando e incentivando.

Agradeço aos meus amigos Wesley Xavier (patto), Camilo Matheus, Walter Neto, e José Victor, irmãos desde a 5a série, as amigas Adria, Lane (fofão), Julliana (juh), Emi (“M”),

Hipólito (viada), Joselli (valiente), Raissa (Baixinha) e Luciane (Malandragem) que sempre aconselharam bastante na vida acadêmica e na vida, e quando precisa puxam a orelha.

Aos meus amigos da vida – Diretoria 2015 que sempre estiveram nas aventuras nas festas, viagens, nas batalhas no dia a dia da universidade, parceiragem: Momo (Edinaldo Palheta), Adriano Augusto (Betta), Ruda Paiva (Passiva), Tácio Nobuyoshi (Japon), Raulino Tadaeski (Maji boo/popoto), Carlos Aráujo (kaka), Michel Bandeira (Micha), Rodrigo Almeida (Mara-Codo), Valdo Abreu (bilharito), Adamor júnior (polvo), Iurick (Demo).

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vetor de desenvolvimento de tecnologias e serviços para o setor aquícola mundial, com destaque para o camarão branco (Litopenaeus vannamei) uma das espécies mais cultivadas no mundo, e no Brasil o seu cultivo têm destaque na região nordeste e vem sendo implementado na região norte. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar as concentrações do carbono inorgânico dissolvido, bicarbonato e carbonato nas águas de dois cultivos de viveiro escavado do camarão branco. Para isso, foram realizadas as coletas em dois períodos climáticos, o primeiro de janeiro a abril de 2011 (período chuvoso), e o segundo de julho a novembro de 2012 (período menos chuvoso). As amostras de água foram coletadas em três pontos dentro do viveiro, constituindo dois períodos sazonais: menos chuvoso e chuvoso, e o sistema de criação dos camarões foi semi-intensivo, tendo densidade em torno de 66 PL/m2, usando dois viveiros simultaneamente. No momento da coleta, foram obtidos dados de temperatura (°C), salinidade, pH e a condutividade elétrica. Enquanto para as análises da alcalinidade total e a clorofila- a as amostras foram preservadas para serem analisadas no Laboratório de Química Ambiental da UFRA. Os resultados foram submetidos a testes estatísticos (Shapiro wilk, mann Whitney) e comparados com trabalhos similares na mesma linha de pesquisa. A sazonalidade evidenciou, estatisticamente, influência sobre sete parâmetros: salinidade, temperatura (°C), condutividade elétrica (CE), clorofila a (Ch-a), alcalinidade total (AT), carbonato (CO3-2) e bicarbonato (HCO3-), exceto para pH e dióxido de carbono (CO2) que não tiveram diferença entre os períodos estudados. A manutenção do cultivo de camarões marinhos constantemente tem grande importância para manter o desenvolvimento satisfatório do Litopenaeus vannamei. Vale ressaltar, que existem poucos dados sobre o cultivo desta espécie na região amazônica.

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development of technologies and services for the world aquaculture sector, with emphasis on white shrimp (Litopenaeus vannamei) one of the most cultivated species in the world, and in Brazil its cultivation has in the Northeast and has been implemented in the North. Thus,the objective of this work was to evaluate the concentrations of dissolved inorganic carbon, bicarbonate and carbonate in the waters of two cultivated nursery hollowed out of white shrimp. For this, collections were carried out in two climatic periods, the first from January to april 2011 (rainy season), and the second from july to November 2012 (less rainy season). The water samples were collected at three points inside the pond, constituting two seasonal periods: less rainy and rainy, and the shrimp farming system was semi-intensive, having a density around 66 Pl/m², using two ponds simultaneously. Ath the time of collection, data on temperature (ᵒC), salinity, Ph and electrical conductivity were obtained. While for the analysis of total alkalinity and chlorophyll, the samples were preserved to be analyzed at the UFRA Environmental Chemistry Laboratory. The results were subjected to statistical tests (shapiro wilk, Mann whitney) and compared with similar works in the same line of research. Seasonality evidenced, statistically, influence on seven parameters: salinity, temperature (ᵒC), electrical conductivity (EC), chlorophyll a (ch-a), total alkalinity (AT), carbonate (CO3-2) and bicarbonate (HCO3-), except for pH and carbon dioxide (CO2), which and no difference between the periods studied. Maintaining the cultivation of marine shrimp constantly is of great importance to maintain the satisfactory development of Litopenaeus vannamei. It is worth mentioning that there is little data on the cultivation of this species in the Amazon region.

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Figura 2:Relação entre pH e percentual de CO2 e suas formas carbonatadas (H2CO3,

HCO3-, e CO3-2). ... 21

Figura 3: Litopenaeus vannamei (BOONE, 1931). ... 22

Figura 4: Mapa de Localização da Coleta. ... 24

Figura 5: Sonda multiparamétrica ... 25

Figura 6: Distribuição dos dados da salinidade nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei... 29

Figura 7: Distribuição dos dados de temperatura (ᵒC) nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei ... 29

Figura 8: Distribuição dos dados de pH nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei... 31

Figura 9: Distribuição dos dados de CE no período seco e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei... 32

Figura 10: Distribuição dos dados da clorofila a nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão Litopenaeus vannamei. ... 33

Figura 11: Distribuição dos dados de Alcalinidade total (AT) nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei . .. 34

Figura 12: Distribuição dos dados do dióxido de carbono (CO2) no período seco e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus Vannamei. ... 35

Figura 13: Distribuição dos dados do CO3-2 nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei... 36

Figura 14: Distribuição dos dados do bicarbonato (HCO3-) nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei. ... 37

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CL a – Clorofila a

mg.L-1- Miligrama por litro

mg.m-3 – Miligrama por metro cubico pH – Potencial hidrogeniônico

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1. INTRODUÇÃO... 10

2. OBJETIVOS ... 14

2.1. Objetivo Geral ... 14

2.2. Objeto específicos ... 14

3. REFERENCIAL TEÓRICO ... 15

3.1. Qualidade da água no cultivo do Litopenaeus vannamei ... 15

3.2. Parâmetros abióticos ... 15

3.2.1. Temperatura ... 15

3.2.2. potencial Hidrogênionico (pH) ... 16

3.2.3 Salinidade ... 17

3.2.4 Condutividade elétrica (CE) ... 17

3.3 Ciclo do carbono... 17 3.3.1 Alcalinidade ... 19 3.3.2 Carbonato ... 20 3.4 Caracterização da espécie ... 21 4. MATERIAL E MÉTODOS ... 24 4.1. Área de estudo... 24 4.2 Clorofila a ... 25 4.3. Alcalinidade Total ... 26 4.4. Análise de dados ... 26

4.4.1. Cálculo do carbono e seus componentes ... 26

4.4.2. Estatística descritiva ... 27

5. RESULTADOS & DISCUSSÃO ... 28

5.1 Análise dos dados ... 28

5.2 Salinidade ... 28

5.3 Temperatura ... 29

5.4 Potencial hidrogenionico (pH) ... 30

5.5 Condutividade elétrica (CE) ... 31

5.6- Clorofila a ... 32

5.7- Alcalinidade Total (AT) ... 33

5.8- Dióxido de carbono (CO2)... 34

5.9- Carbonato (CO3-2) ... 35

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1. INTRODUÇÃO

A aquicultura está entre os setores de produção de alimentos que mais cresce atualmente no mundo, e a carcinicultura é uma das ramificações da mesma (FAO, 2016) com crescimento contínuo nos últimos 40 anos e com um importante contribuinte da produção global total de frutos do mar (NADARAJAH; FLAATEN, 2017).

A história da carcinicultura em relação aos demais segmentos da aquicultura constituiu o principal vetor de desenvolvimento de tecnologias e serviços para o setor aquícola mundial, o que favoreceu seu crescimento de forma acelerada em diversos países (NATORI et al., 2011; ROCHA, 2013).

Em 2018, a aquicultura interior produziu 51,3 milhões de toneladas de animais aquáticos, representando 62,5 por cento do mundo produção de peixes para alimentos em viveiros, em comparação com 57,9 por cento em 2000. Na aquicultura interior, a posição dominante do peixe era gradualmente reduzido de 97,2 por cento em 2000para 91,5 por cento (47 milhões de toneladas) em 2018, refletindo o forte crescimento de outras espécies grupos, particularmente a agricultura de crustáceos em água doce na Ásia, incluindo camarões, lagostins e caranguejos (FAO, 2020).

No Brasil, a indústria do cultivo de camarão foi objeto de grandes transformações no período de 1978, início de sua produção comercial, até 1996, com a introdução de um pacote tecnológico para o cultivo do camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei) e, posteriormente, com os avanços científico e tecnológico nos anos 2000 - nesse período essa atividade atingiu o auge em termo de produtividade (NATORI et al., 2011; ROCHA, 2006a). Esse avanço decorreu, em grande parte, da criação de um conjunto de capacitações e instituições que influenciaram significativamente sua trajetória tecnológica (TAHIM, et al., 2019).

A cadeia produtiva de camarão no Brasil já é consolidada e tem se expandido cada vez mais à medida que o número de fornecedores de insumos vem crescendo no país, como é o caso das indústrias de insumos (ração, medicamentos etc.), laboratórios de pós-larvas e centros de processamento. A carcinicultura tem gerado benefícios econômicos e sociais no Brasil, principalmente na região Nordeste que é pioneira. Na região Norte vem se desenvolvendo, onde o cultivo de camarão está em desenvolvimento e crescendo no mercado nacional (ARAÚJO et al., 2018).

Conforme Brabo et al., (2016), o principal desafio da aquicultura na Amazônia é adaptar-se a padrões produtivos sustentáveis, o que é importante para o desenvolvimento de novos conceitos e às práticas de manejo aplicadas na atividade. É nessa perspectiva

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que os incentivos econômicos, ambientais e sociais devem ser direcionados à aquicultura, visando um crescimento ordenado, e a região Amazônica tem um grande potencial para a carcinicultura.

O Litopenaeus vannamei é considerado o crustáceo mais cultivado no mundo, com produção de 4,1 milhões de toneladas, e apresentou uma geração de renda maior em relação a outros cultivos como, por exemplo, o salmão e carpa. Desta forma, foi considerado como a mais importante commodity comercializada, correspondendo a 15,4% da renda total gerada pela produção de pescado (FAO, 2018). Nesse contexto a carcinicultura, cultivo de camarões em cativeiro, segue em constante expansão em todo o mundo, e com isso o estudo da qualidade da água para o bom desenvolvimento desses organismos tem sido priorizado (SOUSA, 2018).

Os parâmetros físico-químicos da qualidade de água e o solo que influenciam diretamente a sobrevivência, o crescimento e o manejo dos camarões, são fatores principais para o aparecimento de enfermidades, uma vez que estas aumentam o nível de estresse do camarão tornando-os mais susceptíveis as doenças (BOYD,1990a; STAPLES; HEALES, 1991; CHEN et al., 1995; BOYD, 1999; KAUTSKY et al., 2000; SEIFFERT et al., 2005).

O pH é um parâmetro importante, pois influência sobre o equilíbrio de certas substâncias presentes na água, tais quais: amônia, gás sulfídrico, cloro e alguns metais (BOYD; TUCKER, 1998), e até mesmo sobre as condições fisiológicas do camarão (LEMONNIER et al., 2004). O pH do solo também é responsável por uma série de reações químicas, que certamente afetam a qualidade da água (BOYD, 1990).

Durante a construção de um viveiro, a superfície do solo é removida e parte dela utilizada para compor os diques e taludes. O fundo do viveiro recém acabado normalmente apresenta baixas concentrações de matéria orgânica e nutrientes (exceto em organossolos) (BOYD et al., 2002).

Em sistemas de cultivo intensivos e semi-intensivos, aos quais possuem uma elevada biomassa e altas taxas de alimentação, tornando de suma importância a utilização de aeradores para obter-se uma boa qualidade da água. A necessidade de aeração complementar é ainda de grande importância em sistemas com reduzida troca de água, os quais são frequentemente utilizados por reduzirem a transferência de patógenos e os impactos ambientais. O processo de aeração promove alguns benefícios como a diminuição da estratificação da coluna d’água, o acúmulo de matéria orgânica no fundo

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do viveiro e a liberação de alguns gases tóxicos (CH4, H2S, NH3 e etc.) na água do cultivo (BARBIERI JUNIOR; OSTRENSKY, 2002; DELGADO et al., 2003).

Segundo Brock e Main (1994) os fatores ambientais temperatura, salinidade, pH, gás carbônico e compostos nitrogenados podem ter um efeito significativo no desencadeamento de um processo infeccioso (LE MOULLAC et al., 2000).

O controle da qualidade da água é de suma importância para o desenvolvimento da criação de organismos aquáticos, pois de acordo com Cavalheiro, et al., (2016), o camarão necessita de parâmetros físico-químicos para seu desenvolvimento. A temperatura e o Ph são parâmetros físicos importantes na água, influenciando no crescimento e nas atividades metabólicas do camarão (BORGES, 2018).

A densidade de estocagem apresenta grande influência sobre a produção dos camarões em cativeiro (JACKSON; WANG 1998). Várias pesquisas indicam existir uma relação inversa entre a densidade e desempenho dos camarões na aquicultura (WILLIAMS et al., 1996, MOSS; MOSS 2004, OTOSHI et al., 2007). Os camarões estocados em altas densidades geralmente crescem menos e apresentam menor sobrevivência do que camarões estocados em baixas densidades. Esta redução do crescimento dos camarões em altas densidades é resultado do aumento da competição por alimento e espaço e também por eventos de canibalismo (PRETO et al., 2005, KRUMMENAUER et al., 2006, ARNOLD et al., 2006).

A alcalinidade da água é uma varável importante, pois a produtividade está relacionada à alcalinidade devido a relação entre alcalinidade, pH e disponibilidade de carbono. As águas com valores de alcalinidade total de 0 a 50 mg.L-1 geralmente são menos produtivos do que aqueles com concentrações de AT de 50 mg.L-1 a 200 mg.L-1 (MOYLE, 1964). As vezes a calagem pode ser usada para aumentar a alcalinidade da água. Como regra geral, a disponibilidade de carbono orgânico para a fotossíntese aumenta à medida que a alcalinidade aumenta, por que os fitoplâncton do viveiro podem usar bicarbonato como fonte de carbono (RAVEN, et al., 2012). A alcalinidade tem uma grande influência no uso da água, alcalinidades totais até 400 mg.L-1 a 500 mg.L-1 as vezes são usados para suprimentos públicos de água, mas água com alta dureza de carbono (alta alcalinidade e alta dureza) serão problemáticas causando depósitos quando aquecido (BOYD, 2015)

Este trabalho visa avaliar as concentrações do carbono inorgânico dissolvido, bicarbonato e carbonato nas águas de dois cultivos de viveiro escavado do Litopenaeus

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vannamei, informações que serviram de base para avaliar as modificações que possam

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

O objetivo geral do presente trabalho foi avaliar a concentração de carbono inorgânico dissolvido, bicarbonato e carbonato nas águas em dois ciclos de produção do

Litopenaeus vannamei e relacionar com variáveis abióticas (temperatura, salinidade,

condutividade elétrica, e alcalinidade total). 2.2. Objeto específicos

 Quantificar os valores de temperatura, pH, salinidade, condutividade elétrica, alcalinidade total e clorofila a nas águas superficiais, durante o período de dois cultivos de Litopenaeus Vannaemi.

 Determinar as concentrações do dióxido de carbono, carbonato e bicarbonato nas águas dos cultivos;

 Identificar a influência da sazonalidade na variação das formas que compõem o sistema do dióxido de carbono;

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. Qualidade da água no cultivo do Litopenaeus vannamei

As variáveis de qualidade da água na carcinicultura estão constantemente sendo modificadas devido às práticas de manejo no cultivo, influenciando diretamente na sanidade, sobrevivência e crescimento do organismo cultivado (PALHETA, et al., 2012). Em viveiros de criação de camarão, o fornecimento de alimento, é a principal causa da deterioração da qualidade da água e do acumulo de matéria orgânica (BOYD e TEICHERT-CODDINGTON, 1992). Os nutrientes provenientes dos excrementos dos camarões, as mudas e a matéria orgânica em decomposição estimulam a produção adicional de matéria orgânica sob a forma de fitoplancton, a medida que aumentam as densidades de estocagem de camarão o aporte alimentar também aumenta, deteriorando a qualidade da água e do solo (CAMPOS, et al., 2007).

O viveiro é o lar para diversos organismos, as quais dependem fundamentalmente da qualidade da água em seus processos (BOYD, 1984). O cultivo de camarão requer manejo e nutrição adequada. A utilização de rações influencia diversos fatores na saúde e comportamento, contudo o manejo incorreto e a utilização de rações de baixa qualidade apresentam impactos sobre a qualidade da água (CYRINO et al, 2010).

Assim o conhecimento da dinâmica das variáveis ambientais envolvidas no cultivo desta espécie faz com que os riscos sejam minimizados. Para isso é preciso entender de que forma a sazonalidade influencia os parâmetros e como estes influenciam no desenvolvimento da espécie cultivada.

3.2. Parâmetros abióticos 3.2.1. Temperatura

Segundo Vinatea (2010), a temperatura é de fundamental importância para os organismos aquáticos e tem grande influência nos parâmetros físicos, químicos e biológicos, além de ser um fator determinante para o bom desempenho dos camarões, também contribui para o desenvolvimento da microbiota na água de cultivo, confirmando que, assim como outros fatores, influencia diretamente na presença dos microrganismos em ambiente aquático, bem como na composição dos mesmos (SILVA, 2009).

A temperatura nas águas pode ser decorrente de origem natural, devido à transmissão de calor, entre a atmosfera e a superfície de contato, por condução, convecção e radiação, bem como de fontes antropogênicas ligadas às águas de despejos industriais e

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torres de resfriamento (ALVES, 2008). Os principais fatores que determinam a temperatura das águas superficiais de um corpo hídrico são as condições climáticas, a profundidade e a hora do dia, os quais permitem a oscilação desta variável ao longo do dia e, por consequência, influencia na atividade biológica, na precipitação de compostos, na absorção do oxigênio, nos processos de mistura, na formação de depósitos, entre outros processos (WAICHMAN, 2002).

Portanto, a importância da temperatura como parâmetro de caracterização da qualidade da água está associada a elevação desta variável que intensifica as taxas das reações químicas e biológicas, tendo como resultado uma redução na solubilidade dos gases e crescimento da taxa de transferência, cujo efeito pode liberar gases com odores desagradáveis (VON SPERLING, 2005).

A importância deste parâmetro para os camarões ocorre devido a esses animais serem pecilotérmicos, a qual significa que a temperatura do corpo varia com em função da temperatura do ambiente (LIMA, 2011).

3.2.2. potencial Hidrogênionico (pH)

O potencial Hidrogeniônico ou pH constitui a concentração dos íons de hidrogênio H+, o qual permite uma avaliação dos estados de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água, sendo os sólidos dissolvidos e gases dissolvidos os principais constituintes responsáveis pelo pH (VON SPERLING, 2005). No ciclo hidrológico, decorre uma significativa variação deste parâmetro nos corpos hídricos evidenciando águas mais alcalinas no período menos chuvoso e águas mais ácidas no período chuvoso (CETESB, 2017).

O pH da água é um importante fator para assegurar uma boa produção do camarão marinho. A faixa de pH de 6,5 a 9,0 é usualmente sugerida para a carcinicultura, mas a faixa pode diferir para diferentes espécies. (LOPES, et al., 2001).

Devido a variação entre acidez, neutralidade e basicidade, o pH se torna uma propriedade fundamental na qualidade da água, visto que as diferentes condições podem influenciar na composição da espécie química, interferir na disponibilidade de nutrientes e, ainda, provocar a toxicidade dos elementos no meio aquático. Assim, os organismos aquáticos, cuja condição mais adequada fica mais próximo do neutro, são prejudicados conforme as modificações bruscas do pH no ambiente (ARAÚJO, 2018).

O pH é considerado um parâmetro importante, haja vista a influência que tem sobre o equilíbrio de certas substâncias presentes na água, tais como amônia, gás

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sulfídrico, cloro e alguns metais (BOYD; TUCKER, 1998), e até mesmo sobre as condições fisiológicas do camarão (LEMONNIER et al., 2004)

3.2.3 Salinidade

A salinidade é um importante fator na produção do camarão marinho e durante muito tempo foi um entrave na expansão da produção. Em baixas salinidades, os camarões utilizam as proteínas como fonte de aminoácidos, mantendo, assim, sua pressão osmótica e crescimento (ROSAS, et al., 2001).

A salinidade é um fator determinante para o crescimento do camarão marinho (BOYD, 2001; CHEN, LEU, ROELANTS, 1992), é um parâmetro que corresponde a quantidade de sais minerais dissolvidos na água, expresso em gramas, contidos em 1000 gramas de água, favorecida pelos processos de substituição do bromo e iodo por cloro, conversão do carbonato a óxido, e a oxidação completa da matéria orgânica. Os principais íons constituintes de sais na água são o cálcio, sódio, magnésio, potássio, sulfato, cloreto e bicarbonato (ALCÂNTARA, 2004; ESTEVES, 2011).

3.2.4 Condutividade elétrica (CE)

A condutividade elétrica (CE) é uma medida da concentração de íons na água, principalmente, cálcio, magnésio, potássio, carbonato, sulfato e cloreto (ESTEVES, 1988). Pode ser utilizada como forma indireta de medir a salinidade da água.

Segundo Boesch (2002) e Esteves (2011), a condutividade elétrica é um parâmetro que pode mostrar modificações na composição dos corpos d’água, mas não especifica quantidades e componentes. A condutividade é a tendência da água a qual permite a passagem da corrente elétrica, e os principais elementos responsáveis pela CE são os íons inorgânicos dissolvidos ou a sua salinidade (SÁ, 2012).

A condutividade elétrica vai ajudar a identificar como está a concentração dos sólidos suspensos no cultivo, pois quando os valores de sólidos dissolvidos aumentam, tende a aumentar também os teores de CE (SANTOS, 2010).

3.3 Ciclo do carbono

O carbono é um componente chave do ar atmosférico, está presente em todos os organismos vivos. As moléculas mais importantes presentes no corpo humano como proteínas, carboidratos e DNA contem carbono como componente essencial. A Terra e sua atmosfera correspondem a um sistema fechado, ou seja, a quantidade de carbono existente é constante. Quando novos organismos são criados, o carbono é utilizado para

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formação de suas moléculas. (BARTHELMES et al., 2015, FOSTER et al., 2012, NOAA, 2017).

O ciclo do carbono (Figura 1) corresponde basicamente a reutilização do carbono na natureza através de diferentes processos envolvendo os organismos vivos, a Terra e a atmosfera. Juntamente com o ciclo do nitrogênio e o da água, o ciclo do carbono compreende uma sequência de eventos que são fundamentais para tornar a Terra capaz de sustentar a vida (BARTHELMES et al. 2015, DEH 2016, FOSTER et al. 2012, NOAA, 2017).

Figura 1: Ciclo do carbono

Fonte: Souza, 2014.

O carbono é armazenado de diferentes formas e pode ser encontrado em locais variados. Moléculas cuja base encontra-se o carbono caracterizam-se como principal componente de compostos biológicos e de vários minerais. O carbono encontra-se também na atmosfera, como dióxido de carbono, gás parcialmente responsável pelo efeito estufa e pode ser depositado nos solos, sendo absorvido ou "sequestrado" através de processos. O carbono então armazenado pode ser liberado ou emitido através da respiração natural ou quando as estruturas celulares se decompõem, são queimadas ou, no caso do carbono estocado no solo, são perturbadas (FOSTER et al. 2012, NOAA, 2017).

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Os processos do ciclo do carbono (Figura 1) estão associados ao ciclo hidrológico, pois as transformações e o transporte deste elemento entre os compartimentos (atmosfera, vegetação, solo e água) dependem diretamente da magnitude e das vias de fluxo da água e também da sua ação sobre os processos biogeoquímicos interligados (EVANS, 2005; DAWSON; SMITH, 2007; COLE; CARACO, 2001; COLE et al., 2007).

A acumulação de carbono em ambientes aquáticos e a liberação para a atmosfera na forma de gases, como por exemplo dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), a qual são provenientes do processo de respiração/ decomposição fazem dos sistemas aquáticos continentais importantes transformadores de carbonos (COLE; CARACO, 2001; COLE et al., 2007).

Na superfície terrestre grande parte do carbono assimilado pela fotossíntese é retomada para a atmosfera, por outro lado nos ecossistemas aquáticos é comum a respiração exceder a produção primária, na qual isso ocorre por que existe a degradação de material orgânico de origem externa do corpo d’água, de fato oriundo da bacia hidrográfica, na qual este aporte de material tem impacto sobre as redes alimentares aquáticas e sobre a geração e emissão de dióxido de carbono (SORRIBAS, 2011). 3.3.1 Alcalinidade

A alcalinidade é definida como sendo a quantidade de ácido (H+) necessária para neutralizar as bases presentes numa amostra de água. Água natural, em geral, apresenta como principais íons responsáveis pela alcalinidade, às bases conjugadas do ácido carbônico, carbonatos (CO3-2) e bicarbonatos (HCO3-) (ESTEVES, 2011).

No ambiente de cultivo, avaliar esse parâmetro contribui para a moderação de pH. Ambientes com baixa alcalinidade inicial podem alterar o processo de oxidação da amônia a nitrito pelas bactérias nitrificantes. (PIÉRRI, 2012).

A alcalinidade da água é a concentração total de bases tituláveis da água capazes de neutralizar cátions de hidrogênio, sendo os íons bicarbonato (HCO3-), carbonato (CO3 -2) e hidroxila (OH-) as principais bases responsáveis pela alcalinidade total da água, e é expressa em equivalentes de carbonato de cálcio (mg.L-1 CaCO3). Já a alcalinidade total é a capacidade de tamponamento da mesma, ou seja, a capacidade de a água manter o equilíbrio ácido básico, como segue na equação: CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3- ↔ 2H+ + CO3-2 (VINATEA, 1997; BARBIERI; OSTRENSKI, 2002).

A alcalinidade interfere no cultivo do camarão, pois caso os teores estejam baixos na água podem vir a ser um problema, principalmente em sistemas onde a renovação de

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água é limitada (EBELING et. al., 2006), fator que altera o processo de oxidação da amônia a nitrito pelas bactérias nitrificantes (FENG et al., 2007).

3.3.2 Carbonato

A água pesada, rica em carbonatos, é encontrada em muitos açudes, lagoas e poços artesianos do nordeste brasileiro e é rejeitada para o consumo humano, pode ser utilizada de forma adequada para se produzir camarões marinhos em escala comercial (RODRIGUES; AKIRA JÚNIOR, 2014).

O processo de assimilação do carbono ocorre devido a uma série de outros processos, tais quais são: fotoquímicos na qual ocorre em função da luz solar, enzimáticos independentes da luz solar (as chamadas reações do escuro), e por último a difusão que acontece com as trocas de CO2 e O2 entre o cloroplasto e a atmosfera (ESTEVES, 2011). O carbono inorgânico está presente na água sob a forma livre (CO2) ou de suas bases carbonatadas (CO3-2 e HCO3-), dependendo dos valores de pH. No processo da fotossíntese é usado preferencialmente o CO2, porém em função dos valores de águas continentais apresentarem pH próximo do neutro, a forma encontrada em maior disponibilidade é a HCO3- (ESTEVES, 2011).

O dióxido de carbono (CO2) livre e ácido carbônico (H2CO3), bicarbonato (HCO3 -) e carbonato (CO3-2), na qual são consideradas como carbono inorgânico (CL). As alterações das formas do carbono inorgânico presentes na água estão muito relacionadas ao pH, como pode ser observado na figura 2. Os valores de pH abaixo de 6,4 predominam as formas de ácido carbônico e CO2 livre, concentrações de 6,4 a 10,3 vão predominar o íon HCO3- que em geral é a forma mais abundante nas águas continentais, e a partir de pH 10,3, o íon predominante é o CO3-2 (ESTEVES, 2011).

O carbonato assim como o hidróxido de cálcio e bicarbonato interferem no cultivo do camarão marinho, pois podem possibilitar o reparo do pH e do dióxido de carbono (FURTADO, et al., 2011).

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Figura 2:Relação entre pH e percentual de CO2 e suas formas carbonatadas (H2CO3, HCO3-, e CO3-2).

Fonte: Horne &Goldman (1994) e Golterman et al., (1978).

3.4 Caracterização da espécie

Os camarões marinhos, peneídeos, são os organismos aquáticos comercialmente mais importantes do mundo. Dentre os peneídeos, destaca-se principalmente o

Litopenaeus vannamei, considerada a espécie mais cultivada e com grande importância

na América Latina e na Ásia (ROJAS; ALFARO, 2007).

O Litopenaeus vannamei (Figura 3) é classificado como onívoro, alimentando-se de fito e de zooplâncton nos estágios larvais e pós-larval. Essa espécie é reconhecida como osmoreguladora, sendo considerada eurihalina, tolerando rápidas e amplas flutuações na salinidade (COZER, et al., 2016).

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Figura 3: Litopenaeus vannamei (BOONE, 1931).

Fonte: Acervo pessoal.

O camarão branco, Litopenaeus vannamei (Boone, 1931), pertencente a subordem Dendrobranchiata, família Penaeidae, popularmente conhecido como “camarão branco do Pacifico” ou “camarão cinza”, é uma espécie nativa da costa do Pacifico, ocorrendo desde o Golfo do México até o sul do Peru. É encontrado em áreas tropicais, com temperaturas acima de 20 °C. São animais bentônicos, que apresentam comportamento de escavação ou enterramento no substrato para alimentação, redução do gasto energético em períodos de inatividade ou como modo de proteção contra predadores (BECKER, 2016).

Apresentam o télico aberto, cujos machos chegam a maturidade quando atingem em torno de 20g e as fêmeas 28g. Durante a fase larval, passam por diferentes estágios (naúplio, zoea, mysis e pós-larva), que são identificados de acordo com suas características morfológicas e pelo hábito alimentar. Os naúplios se alimentam das reservas vitelínicas, enquanto as fases de zoea e mysis de fitoplâncton e zooplâncton. As pós-larvas são numeradas conforme sua idade em dias de vida, sendo incialmente plantônicas passando a bentônicas detritívoras quando em ambiente de estuário (HOLTHUIS, 1980, DALL, 1990, FAO, 2016).

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A classificação da espécie Litopenaeus vannamei (Boone, 1931): Reino: Animalia Filo: Arthropoda Subfilo: crustacea Classe: Malacostraca Ordem: Decapoda Subordem: Dendobranchiata Família: Penaidae Gênero: Litopenaeus

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4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Área de estudo

O estudo foi realizado com dados obtidos na fazenda Nossa Senhora de Fátima (Figura 4) por Palheta (2013). A fazenda é localizada na Vila de Caratateua, pertencente ao município de Curuçá, situada na Mesorregião do nordeste paraense e microrregião do Salgado. A sede da propriedade está situada nas coordenadas 00° 40’ 41,1” de latitude sul e 48° 46’ 44,9” de latitude oeste, distando aproximadamente 160 Km de Belém, 30 Km de Curuçá, 8 Km de Marapanim e a 4,5 km da PA-318.

Figura 4: Mapa de Localização da Coleta.

Foram monitorados dois períodos climáticos por Palheta (2013), o primeiro de janeiro a abril de 2011 (período chuvoso), e o segundo de julho a novembro de 2012 (período menos chuvoso). As amostras de água foram coletadas em três pontos dentro do viveiro: ponto 1 (próximo à entrada de água), ponto 2 (no meio do viveiro) e ponto 3 (próximo à comporta de despesca), o sistema de criação dos camarões foi semi-intensivo, tendo densidade em torno de 66 PL/m2, usando dois viveiros simultaneamente.

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A primeira coleta de cada período foi realizada dois dias antes do povoamento das pós-larvas no viveiro. Enquanto a segunda ocorreu no primeiro dia de estocagem, com uma periodicidade de 10 dias até o final do ciclo de cultivo. Totalizam-se onze campanhas no período chuvoso e quatorze no período menos chuvoso (o maior tempo de cultivo desse segundo período foi relacionado com a intenção de comercialização de camarões maiores). No período chuvoso o viveiro foi povoado sem tratamento do solo, devido à alta incidência de chuva. Para o período chuvoso devido à ausência de fornecimento pós-larvas o viveiro ficou com solo três meses exposto.

No momento da coleta, foram obtidos dados de temperatura (°C), salinidade, pH e a condutividade elétrica in situ com o auxílio de uma sonda da HANNA multiparamétrica, modelo HI 9829 (Figura 5). Enquanto para as demais análises as amostras foram preservadas para serem analisadas em laboratório, segundo metodologia descrita em Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2012).

Figura 5: Sonda multiparamétrica

Fonte: Autoria, 2020.

4.2 Clorofila a

A quantificação das formas de clorofila a na amostra de água foi determinada pelo método descrito em Teixeira (1973), o qual consistiu na filtragem da amostra em filtros com membrana de fibra de vidro de 0,45 μm GF/F a qual foi colocada em acetona 90%, sendo, posteriormente, macerada e submetida a refrigeração ao abrigo da luz por, aproximadamente, 24 horas. Após esse período, a amostra passou pela centrifuga a 3000 rpm por 10 minutos, em seguida o sobrenadante foi transferido para a cubeta e a leitura

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foi realizada em um espectrofotômetro, nos comprimentos de onda 630, 645, 663, 750 nm.

4.3. Alcalinidade Total

De acordo com Peruzzo; Canto (2006) a análise para determinação da alcalinidade é uma titulação volumétrica ácido-base. Esse procedimento consiste em adicionar lentamente a solução titulante, de concentração conhecida, à solução titulada até o término da reação entre seus solutos. Quando a reação se completar, ou seja, quando ocorrer a viragem do indicador, determina-se, por leitura na escala da bureta, o volume gasto da solução titulante.

Na determinação da concentração da alcalinidade total (AT) foi realizado titulação com ácido sulfúrico (H2SO4) e os materiais utilizados foram pipeta volumétrica de 50 ml, frasco erlenmeyer de 250 ml, bureta graduada de 50 ml, fenolftaleína, indicador misto (metilorange, mistura indicadora de verde de bromocresol/vermelho de metila), solução de ácido sulfúrico 0,02 N e solução de tiossulfato de sódio 0,1 N. A parte técnica foi realizada com a tomada de 50 ml da água, logo em seguida sendo colocada no erlenmeyer. Duas gotas de fenoftaleina, caso não ocorra o ponto de viragem adicionar duas gotas do indicador misto em seguida procedeu-se titulação com a solução de ácido sulfúrico 0,02 N até a mudança da cor azulado para róseo salmão (COELHO, et al., 2015). A alcalinidade foi determinada por titulação com ácido sulfúrico, em presença de fenolftaleína e alaranjado de metila, de acordo com Standart of methods for the

examination of water and Wasterwater (APHA, 1995), O volume total de H2SO4 gasto (V) em ml foi anotado, e a fórmula utilizada foi a seguinte:

Alcalinidade total em mg.L-1 de CaCO3 = V x 20.

4.4. Análise de dados

4.4.1. Cálculo do carbono e seus componentes

De acordo com o procedimento descrito por Copain-Montégút e Raimbault (1994), a partir das medidas de temperatura, pH e alcalinidade total dos viveiros, foi possível calcular as concentrações molares do carbono inorgânico dissolvido (Equação 1) e de seus componentes principais: dióxido de carbono dissolvido - CO2aq, bicarbonato - HCO3- e carbonato - CO32-, conforme as equações 2, 3 e 4.

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[CO2]aq = Alc[H+ ] / (K1 + 2K1K2 / [H+]), (2) [HCO3-] = K1 . [CO2]aq / [H+], (3)

[CO32-] = K2. [HCO3-] / [H+], (4)

Onde, K1 e K2 representam as constantes de equilíbrio das principais reações do sistema carbonato (DREVER, 1988, STUMM; MORGAN, 1996).

K1 = [H+] [HCO3-] / [CO2]aq (5) K2 = [H+] [CO32-] / [HCO3-] (6) Onde, K1 e K2 tem a concentração expressa em mol.L-1.

As constantes de equilíbrio K1 e K2 serão calculadas em função da temperatura da água (ºC), obtidas durante as amostragens, de acordo com os algoritmos desenvolvidos por Clark e Fritz (1997), representado pelas equações 7 e 8:

pK1 = 1,1.10-4 T2 - 0,012 T + 6,58

pK2 = 9.10-5 T2 – 0,0136 T + 10,62 4.4.2. Estatística descritiva

A estatística utilizada para verificar a distribuição dos resultados das amostras de água nos três pontos dentro do viveiro em dois ciclos de cultivo do Litopenaeus vannamei, foi a descritiva, os dados foram avaliados por meio dos valores mínimo, máximo, mediana, quartil inferior, quartil superior e além da análise de correlação.

Estatisticamente foi aplicado o teste de normalidade de Shapiro wilk (α=0,05) para verificar a distribuição normal dos dados, no entanto quando os dados são paramétricos para distribuições não normais é aplicado o teste Mann-whitney, e dando sequência na análise dos dados ocorreu a correlação de Spearman para dados normais.

Os dados da qualidade de água foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro wilk (α=0,05) para verificar se os valores de cada parâmetro em cada período têm distribuição normal, porém para a maioria dos dados o p foi menor que 0,05, sendo assim foi aplicado o teste Mann Whitney (α=0,05) evidenciando diferença entre as medições das variáveis (temperatura (ᵒC), salinidade, condutividade elétrica (CE), clorofila- a (Ch-a), alcalinidade total (AT), bicarbonato e carbonato, sendo p<0,05) entre os períodos, a relação entre as variáveis para um mesmo período foi a correlação

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de Spearman (rs), nos períodos estudados chuvoso e seco as variáveis (pH, salinidade, condutividade elétrica, Clorofila-a, dióxido de carbono e carbonato) tiveram elevadas correlações significativas positivas (rs>0,9, p<0,05).

5. RESULTADOS & DISCUSSÃO 5.1 Análise dos dados

Os resultados do monitoramento dos períodos estudados para o cultivo do camarão Litopenaeus vannamei estão descritos na tabela 1.

Tabela 1: Estatística descritiva para os dados obtidos durante o cultivo do camarão

Litopenaeus vannamei.

Período menos chuvoso Período chuvoso

Mín. Máx. Mediana Desv Pad Mín. Máx. Mediana Desv Pad Salinidade‰ 8,49 19,23 10,17 3,79 22,34 32,68 26,91 2,59 Temperatura (°C) 26,50 29,24 27,90 0,67 28,24 32,07 29,09 1,09 pH 6,17 7,47 7,10 0,33 6,83 7,32 7,14 0,15 CE (µS.cm-1) 14,67 30,56 17,46 5,69 33,26 50,11 42,05 3,80 AT (mg.L-1) 40,00 72,00 59,00 9,03 78,00 114 94,00 9,34 Chl a (mg.m-3) 3,74 16,98 7,13 2,95 2,86 15,33 11,04 3,32 CO2 (µmol.Kg-1) 31,81 109,68 42,09 71,49 10,99 313,81 44,87 71,49 HCO3-(µmol.Kg-1) 370,6 693,55 578,68 89,86 755,3 1097,9 888,88 90,02 CO3-2 (µmol.Kg-1) 0,66 9,25 3,82 2,36 5,29 22,03 11,91 4,31

Legenda: CE: Condutividade elétrica; AT: Alcalinidade Total; Chl a: clorofila a; CO2: Dióxido de carbono; HCO3-: Bicarbonato; CO3-2: Carbonato; Min.: Mínimo; Máx.: Máximo; Desv. Pad.: Desvio padrão. Fonte: Autoria própria, 2020.

5.2 Salinidade

Foi possível verificar que para salinidade ocorreu uma distribuição assimétrica dos dados nos períodos estudados, conforme observado na figura 6. Para este parâmetro

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teve diferença significativa (p<0,05) entre os períodos, isso mostra que no cultivo, cada período exerceu uma influência no cultivo, e no desenvolvimento dos camarões. Os valores ideais para salinidade segundo Nunes et al., (2005) é de 0,5 ‰ a 60 ‰ em ambos as estações estudadas estão em conformidade. Segundas Rosas et al., (2001) em baixas salinidades os camarões utilizam as proteínas provenientes da alimentação como fonte de aminoácidos, mantendo assim sua pressão osmótica e crescimento, e havendo uma modificação em sua estratégia de utilização dos nutrientes como consequência dos efeitos da baixa salinidade.

Figura 6: Distribuição dos dados da salinidade nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei.

Fonte: Autoria, 2020.

5.3 Temperatura

A distribuição dos dados de temperatura foi verificada a influência da sazonalidade em ambos os períodos, conforme é observado na figura 7. Além disso, os dados deste parâmetro apresentaram diferença significativa (p<0,05) nos períodos. Segundo Cozer et al., (2016) em condições de cultivo, as maiores taxas de crescimento do camarão Litopenaeus vannamei foram observadas em temperaturas entre 23°C e 30 °C. De acordo Boyd e Clay (2002) os padrões exigidos para essa espécie é de 25ºC a 32ºC, os valores encontrados no trabalho estão dentro dessa faixa. Portanto contribuiu positivamente para o crescimento e sobrevivência no cultivo.

Figura 7: Distribuição dos dados de temperatura (ᵒC) nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei

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Fonte: Autoria, 2020.

5.4 Potencial hidrogenionico (pH)

Os dados do pH apresentaram distribuição assimétrica conforme observado na figura 8, e os valores deste parâmetro entre os períodos não apresentou diferença significância (p>0,05). No estudo de Maia et al., (2012) realizado em uma fazenda de camarão marinho em Mossoró (RN) foi observado valores de pH entre 7,4 a 8,5, a faixa ideal do pH para cultivo de Litopenaeus vannamei varia entre 8,1 e 9,0 (HERNÁDEZ; NUNES, 2001), apesar dos valores encontrados no presente trabalho ficarem abaixo dessa faixa, não foi observado mortalidade, mesmo os valores estando a baixo do ideal.

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Figura 8: Distribuição dos dados de pH nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei.

Fonte: Autoria, 2020. 5.5 Condutividade elétrica (CE)

Os valores da condutividade elétrica (CE) apresentaram distribuição assimétrica na análise em ambos os períodos estudados (figura 9), ao analisar os dados foi percebível que ocorreu diferença significativa (p<0,05) entre os períodos. A condutividade é a habilidade da água em permitir a passagem da corrente elétrica, e os principais elementos responsáveis pela CE são os íons inorgânicos dissolvidos ou a sua salinidade (SÁ, 2012). No trabalho de Silva (2018) no semiárido pernambucano verificou que a relação de salinidade e CE são diretamente proporcional, no presente trabalho foi possível verificar que quanto mais aumentava a concentração de salinidade, diretamente aumentava os valores de condutividade, o que é percebível a salinidade oscilou de 22,34 a 32,68 e a condutividade elétrica variou de 33,26 µS.cm-1 a 50,11 µS.cm-1 ambas no período chuvoso, o que demonstra a relação entre os dois parâmetros.

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Figura 9: Distribuição dos dados de CE no período seco e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei.

Fonte: Autoria, 2020.

5.6- Clorofila a

Os dados da clorofila a tiveram uma distribuição assimétrica no período seco, enquanto no período chuvoso apresentou uma distribuição simétrica, conforme observado na figura 10, ao analisar os dados foi possível verificar que ocorreu diferença significativa (p<0,05). Segundo Cavalcantii (2003) as concentrações altas deste parâmetro indicam que as taxas de oxigênio dissolvido estão em níveis de supersaturação, no cultivo ocorre uma intensa atividade fitoplanctônica. Porém, no presente trabalho não ocorreu concentrações altas de Ch-a, o que indica que a taxa de oxigênio possivelmente deveria estar numa concentração normal no cultivo.

As concentrações de clorofila a ao longo do cultivo tiveram uma pequena diminuição do período chuvoso para o seco, no trabalho de Fernandes et al., (2007) que registrou a máxima concentração de 381 mg.m-3, no período de seca, no trabalho realizado por Silva et al., (2018) as concentrações foram de 251 mg.m-3 no período seco apresentaram concentrações mais altas, as concentrações mais destacáveis nos trabalhos estão relacionados com nenhum procedimento de fertilização de manutenção durante o cultivo, pois normalmente os valores de clorofila a deveriam estar abaixo do que foi registrado. Provavelmente a não renovação de água no sistema de cultivo adotado, favoreceu concentrações muito elevadas de clorofila a, no presente estudo ocorreu da renovação da água, o que torna as concentrações deste parâmetro em teores não acentuados.

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Figura 10: Distribuição dos dados da clorofila a nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão Litopenaeus vannamei.

Fonte: Autoria, 2020.

5.7- Alcalinidade Total (AT)

Os valores da alcalinidade total apresentaram distribuição assimétrica entre os períodos estudados conforme a figura 11, e foi possível verificar que ocorreu diferença significativa (p<0,05). De acordo com Elovaara (2001), Van Wyk; Scarpa (1999) o valor adequado para o cultivo de camarões da espécie Litopenaeus vannamei, é acima de 100 mg.L-1 de CaCO3. No presente trabalho, no período seco e chuvoso a maioria dos dados apresentaram concentrações de alcalinidade total foram abaixo do valor sugerido por esses autores, porém não ocorreu mortalidade do L. vannamei. Segundo Cavalheiro et al., (2016) descreveram que a alcalinidade tem a função de tamponamento do pH, ajuda a regular a variação o mesmo, por isso é importante ter o controle dos teores da AT no cultivo.

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Figura 11: Distribuição dos dados de Alcalinidade total (AT) nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei.

Fonte: Autoria, 2020. 5.8- Dióxido de carbono (CO2)

Os dados de dióxido de carbono apresentaram distribuições simétrica no período chuvoso, e assimétrica para o chuvoso conforme observado na figura 12, e foi possível verificar estatisticamente que os valores do CO2 não apresentaram diferença significativa (p>0,05) entre os períodos. O dióxido de carbono dissolvido é tanto um nutriente, como um resíduo em viveiros de cultivo, desta forma serve na fotossíntese como fonte de carbono inorgânico que será convertido em carbono orgânico na forma de um açúcar simples, no período chuvoso ocorreu a intensificação do CO². Já na respiração será excretado como produto final, ocasionando uma reação de acidificação da água com liberação de H+ e HCO3- (BOYD, 2002, 2008).

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Figura 12: Distribuição dos dados do dióxido de carbono (CO2) no período seco e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus Vannamei.

Fonte: Autoria, 2020.

5.9- Carbonato (CO3-2)

Os dados de carbonato apresentaram distribuição assimétrica para os períodos seco e chuvoso, conforme observado na figura 13, os dados analisados entre os períodos estatisticamente apresentaram diferença significativa (p<0,05). A alcalinidade da água se refere à concentração total de bases tituláveis da água capazes de neutralizar cátions de hidrogênio, sendo os íons bicarbonato (HCO3-), carbonato (CO3-2) e hidroxila (OH-) as principais bases responsáveis pela alcalinidade total da água, e é expressa em equivalentes de carbonato de cálcio (CaCO3 mg.L-1) (FURTADO, 2011).

Ocorreu uma relação direta da alcalinidade total e do carbonato, como é percebível na tabela 1, em águas pesadas, ricas em carbonatos são utilizadas de forma adequada para se produzir camarões marinhos em escala comercial (RODRIGUES, AKIRA JÚNIOR, 2014).

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Figura 13: Distribuição dos dados do CO3-2 nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei.

Fonte: Autoria, 2020.

5.10- Bicarbonato (HCO3-)

Os dados do bicarbonato apresentaram distribuições assimétrica e simétrica conforme observado na figura 14, e foi possível verificar estatisticamente que ocorreu diferença significativa (p<0,05) entre os períodos para o HCO3-. O consumo da alcalinidade como fonte de carbono, apesar de ocorrer de forma moderada, é um aspecto importante em sistemas com troca de água limitada, fazendo-se necessário a adição de carbonatos para manter a alcalinidade entre 100 mg.L-1 e 150 mg.L-1 de CaCO3, usualmente na forma de bicarbonato de sódio (EBELING et al., 2006b), é percebível na tabela 1 a relação direta da alcalinidade total (AT) e bicarbonato, pois é preciso a adição do bicarbonato para manter as concentrações na faixa adequada.

O desenvolvimento satisfatório dos camarões tanto no ambiente natural como em cultivo, bem como as funções osmorregulatórias normais estão intimamente relacionados às concentrações de íons bicarbonato, sulfato, cloreto, cálcio, magnésio, potássio e sódio na água de cultivo (BALBI et al., 2005).

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Figura 14: Distribuição dos dados do bicarbonato (HCO3-) nos períodos menos chuvoso e chuvoso, durante o cultivo do camarão branco – Litopenaeus vannamei.

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6- CONCLUSÃO

No presente trabalho, foi observado a influência direta da sazonalidade na distribuição na maioria dos parâmetros analisados nos períodos seco e chuvoso, exceto no pH e no dióxido de carbono (CO2) que não ocorreu diferença significativa de p>0,05, o dióxido de carbono é de suma importância para o cultivo pois é um elemento importante no processo da fotossíntese no ambiente aquático, e na atmosfera interage com o ciclo do água e nitrogênio, além disso o pH indica como está a água do cultivo podendo está acida ou básica

Em relação aos objetivos do presente trabalho foram alcançados em partes tais quais: na determinação da temperatura, pH, salinidade, condutividade elétrica, alcalinidade total e clorofila a nas águas superficiais durante o período de dois cultivos de Litopenaeus Vannaemi, e foi possível determinar as concentrações do dióxido de carbono (CO2), carbonato (CO3-2) e bicarbonato (HCO3-) nas águas dos cultivos, exceto na identificação da influência da sazonalidade nas formas que compõem o sistema de dióxido de carbono (CO2) que foram identificadas somente pela estatística, por meio de trabalhos sobre as formas de CO2 para este o sistema de cultivo não foram encontrados na informações na literatura.

Vale ressaltar, que não tem trabalhos relacionados a linha de pesquisa que foram sobre bicarbonato, carbonato e dióxido de carbono neste sistema de cultivo para o

Litopenaeus vannamei, o que demonstra a importância de desenvolvimento de mais

estudos sobre estes parâmetros neste no sistema semi-intensivo de cultivo em viveiro, a qual mostra a importância do desenvolvimento de mais estudos e pesquisas, pois a carcinicultura é um dos setores da economia que mais crescem no mundo e no Brasil.

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