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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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1

Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional

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SOCICAM ADMINISTRAÇÃO PROJETOS E REPRESENTAÇÕES LTDA

SUMÁRIO

Controle de Emendas ... 05

Lista de Páginas Efetivas ... 06

Glossário de Termos e Abreviaturas ... 07

Termo de Aprovação do MGSO ... 09

Introdução ... 10

CAPÍTULO 1 ESTRUTURA DO SGSO E POLÍTICAS DA SEGURANÇA OPERACIONAL 1.1 Introdução ... 11

1.2 Estrutura do SGSO – Componentes e Elementos ... 15

1.3 Compromisso com o SGSO ... 16

1.4 Política de Segurança Operacional ... 17

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA AEROPORTUÁRIO E OBJETIVOS DA SEGURANÇA OPERACIONAL 2.1 Sistema Aeroportuário ... 18

2.2 Instalações ... 18

2.3 Responsáveis - GRU DE IMPLANTAÇÃO ... 19

2.4 Estrutura Organizacional ... 19

2.5 Responsabilidade dos Envolvidos no SGSO ... 20

2;6 Responsabilidade do Gestor do Aeródromo ... 20

2.7 Responsabilidade do GSO ... 21

2.8 Responsabilidade do Gestor da Manutenção Aeroportuária ... 21

2.9 Responsabilidade Resposta à Emergência Aeroportuária ... 21

2.10 Responsabilidade Meio Ambiente ... 22

2.11 Grupo de Planejamento e Implementação do SGSO ... 22

2.12 Responsabilidade dos demais entes que atuam no Aeródromo ... 22

2.13 organizações Externas, seus empregados, prepostos e contratados ... 22

2.14 Objetivos de Segurança Operacional ... 23

CAPÍTULO 3 GERENCIAMENTO DOS RISCOS À SEGURANÇA OPERACIONAL 3.1 Gerenciamento dos Riscos à Segurança Operacional ... 24

3.2 Conceitos Preliminares ... 25

3.3 Processo de Gerenciamento do Risco à Segurança Operacional ... 26

3.4 Identificação de Perigo ... 28

3.5 Avaliação e Mitigação de Riscos... 30

CAPÍTULO 4 GARANTIA DA SEGURANÇA OPERACIONAL 4.1 Objetivo da Garantia da Segurança Operacional ... 35

4.2 Mensuração do Desempenho da Segurança Operacional ... 36

4.3 Indicadores de Segurança Operacional ... 37

4.4 Fontes de Dados da Segurança Operacional ... 38

4.5 Metas de Segurança Operacional ... 38

(4)

3

4.7 Vistoria de Segurança Operacional ... 39

4.8 Auditorias de Segurança Operacional ... 40

4.9 Investigação Interna de Evento de Segurança Operacional – ESO ... 40

CAPÍTULO 5 PROMOÇÃO DA SEGURANÇA OPERACIONAL 5.1 Objetivo da Promoção ... 42 5.2 Métodos de Comunicação ... 42 5.3 Capacitação ... 43 5.4 Comunicação da Segurança ... 44 5.5 Feedback ao Relator ... 44 5.6 Biriefing... ... 44 5.7 Reuniões Quadrimestrais ... 44 5.8 Promoção da Segurança ... 44 5.9 Relatorios ... 46 5.10 Distribuição do MGSO ... 46 ANEXOS DO MANUAL DE GERECIMANETO DA SEGURANÇA OPERACIONAL

ANEXO 1 DECLARAÇÃO EXPRESSA DO COMPROMETIMENTOS COM A GARANTIA DA SO. ANEXO 2 PROGRAMA DE F.O.D

ANEXO 3 MODELO DE ANALISE DE IMPACTO À SEGURANÇA OPERACIONAL – AISO ANEXO 4 MODELO DE PROCEDIMENTO ESPECÍFICO DE SEGURANÇA OPERACIONAL – PESO ANEXO 5 PLANO DE IMPLANTAÇÃO DO SGSO

(5)

4

C

ONTROLE DE REVISÕES

O registro de revisões descrito abaixo identifica as páginas que foram alteradas desse Manual. Mantendo sempre atualizado, havendo perda do mesmo, informe imediatamente ao Gestor de Segurança Operacional do Aeroporto, visando à sua reposição.

C

ONTROLE DE

E

MENDAS

Númer o

Data da Efetivação

Atualização Inserido por Número Data da Efetivação

(6)

5

LISTA DE

P

ÁGINAS

E

FETIVAS

Página Versão Data Página Versão Data

01 59 02 60 03 61 04 62 05 63 06 64 07 65 08 66 09 67 10 68 11 69 12 70 13 71 14 72 15 73 16 74 17 75 18 76 19 77 20 78 21 79 22 80 23 81 24 82 25 83 26 84 27 85 28 86 29 87 30 88 31 89 32 90 33 91 34 92 35 93 36 94 37 95 38 96 39 97 40 98 41 99

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6

G

LOSSÁRIO DE

T

ERMOS E

A

BREVIATURAS

GLOSSÁRIO DE TERMOS Administrador do Aeroporto (Accountable Executive)

Pessoa da Organização com pleno gerenciamento dos recursos humanos e financeiros da organização, com nível hierárquico acima de todos os demais diretores e gerentes da mesma;

Documentação Registros de procedimentos e atividades

Gerenciamento do Risco

É o processo de identificação dos perigos à Segurança Operacional, bem como de sua análise e isolamento/mitigação para atingir um NASO, em relação aos riscos que ameaçam a Segurança Operacional e,

consequentemente, a viabilidade técnico-operacional de uma organização da aviação civil

Mitigação do Risco

É o conjunto de medidas

que visam à eliminação dos Perigos à Segurança Operacional ou à redução da probabilidade e/ou da severidade dos Riscos Segurança Operacional Objeto, condição ou atividade que potencialmente pode causar lesões e/ou mortes a pessoas, danos a equipamentos ou estruturas, ou redução da capacidade de realização de uma determinada função.

A possibilidade de que uma situação de risco possa ocorrer.

Sistemas de reportes confidenciais, análises dos dados de voo e vigilância das operações normais, através da Identificação e análise dos perigos e seus respectivos riscos de operação da Empresa. É baseado na premissa de que o gerenciamento da segurança busca a solução dos problemas sem esperar que eles apareçam.

Identificação prévia de perigos e seus respectivos riscos, baseado em sistema de reportes mandatórios e voluntários, auditorias e pesquisas de segurança; Identificação de perigos e seus respectivos riscos, posterior às ocorrências, baseado na premissa de que é suficiente esperar uma falha antes de corrigir; A possibilidade que algo possa ocorrer e suas consequências se ocorrer. Possibilidade de perda ou dano, medida em termos de severidade (gravidade) e probabilidade.

É o estado no qual o risco de lesões às pessoas ou danos aos bens se reduzem e se mantêm em um nível aceitável, ou abaixo do mesmo, por meio de um processo contínuo de identificação de perigos e gerenciamento dos riscos;

As possíveis consequências de uma situação de perigo, tomando como referência a pior condição previsível.

Perigo Probabilidade Processo Preditivo Processo Proativo Processo Reativo Risco Segurança Operacional Severidade

SMS OU SGSO Safety Management System / Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional.

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7

GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS

AISO Análise de Impacto da Segurança Operacional ALARP Tão Baixo Quanto Praticavelmente possível ANAC Agência Nacional de Aviação Civil

ATS Serviço de Tráfego Aéreo

CCI Carro de Contraincêndio

CENIPA Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. CGC Centro de Gerenciamento de Crise

CSO Comissão de Segurança Operacional CVE Corpo de Voluntários de Emergência

ESATA Empresa de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo ESO Eventos de Segurança Operacional

F.O.(D) Foreign Object Damage

GGAP Gerência-Geral de Análise e Pesquisa da Segurança Operacional GRCF Programa de Gerenciamento do Risco de Colisão com a Fauna

GSO Gestor de Segurança Operacional

MGSO Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional NADSO Nível Aceitável de Desempenho da Segurança Operacional

OA Operador de Aeródromo

OACI Organização de Aviação Civil Internacional

PAC Plano de Ações Corretivas

PC Posto de Comando

PCM Posto de Coordenação Móvel

PESO Procedimentos Específicos de Segurança Operacional PLEM Plano de Emergência Aeroportuária

P-PSAC Pequenos Provedores de Serviço da Aviação Civil

RAC Relato da Aviação Civil

RAISO Relatório de Auditoria Interna de Segurança Operacional RIRE Relatório Inicial de Resposta a Emergência

RSO Recomendações de Segurança Operacional

SCI Seção de Contraincêndio

SGSO Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional

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8

T

ERMO DE APROVAÇÃO DO MANUAL DE GERENCIAMENTO DA

S

EGURANÇA

O

PERACIONAL

Aeroporto Nelson Ribeiro Guimarães – Caldas Novas - Go , 04 de Junho de 2017.

Eu, Sylla Gomes Sarmento na qualidade de Gerente de Unidade Aeroportuária do Aeroporto Nelson Ribeiro Guimarães, aprovo o presente Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional (MGSO), desenvolvido para atender aos requisitos estabelecidos na Subparte C do RBAC 153 EMD 01 Aeródromos – Operação, Manutenção e Resposta à Emergência.

A validade deste MGSO é indeterminada a partir desta aprovação, devendo as atualizações serem controladas e comunicadas à ANAC.

Sylla Gomes Sarmento

Gestor do Aeródromo

(10)

9

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Aviação Civil propôs em 2006 o Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional SGSO como ferramenta eficiente para condução das operações aéreas. O SGSO representa um novo passo na evolução do gerenciamento da segurança na aviação.

Um SGSO demonstra que a segurança da organização é gerenciada da mesma forma que um negócio crítico da empresa, a visão da OACI é a de que se existe um Gerenciamento da atividade de prevenção a Segurança Operacional será mais eficiente.

O desenvolvimento do SGSO surgiu da necessidade de incorporar a Filosofia de Prevenção de Acidente e modernas ferramentas de gerenciamento a atividade de prevenção, possibilitando uma melhora na qualidade da prevenção e melhores resultados.

Este Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional – MGSO é o documento referencial do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional - SGSO do Aeroporto Nelson Ribeiro Guimarães.

O conteúdo do MGSO está sujeito a revisões e alterações de forma a garantir a contínua adequação do SGSO à regulamentação vigente, ao contexto das operações no SBCN e aos objetivos de Segurança Operacional estabelecidos pela SOCICAM ADMINISTRAÇÃO PROJETOS E REPRESENTAÇÕES LTDA .

Este manual não pode ser reproduzido ou divulgado, no todo ou em partes, sem prévia e expressa autorização do Gestor responsável do Aeroporto.

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10

C

APÍTULO

1

ESTRUTURA DO SGSO E POLÍTICA DA

S

EGURANÇA

O

PERACIONAL

1.1 INTRODUÇÃO

O Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional ajustado às normas e métodos estabelecidos pela Autoridade Aeronáutica, tem a finalidade de apresentar as características referentes à administração do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO), abrangendo as diretrizes de Segurança Operacional, a estrutura organizacional, a estratégia e planejamento, as responsabilidades, os procedimentos, os processos e as medidas necessárias à implementação das diretrizes para o controle da Segurança Operacional e o uso seguro do aeroporto de forma a integrar a Segurança Operacional, de forma sistemática, a todos os níveis de trabalho associados às operações aéreas no aeroporto, de modo a proteger as vidas humanas, os equipamentos, a infraestrutura e o meio ambiente.

1.1.2 APLICABILIDADE

Estão sujeitas ao cumprimento das disposições contidas neste manual todas as organizações e pessoas envolvidas com quaisquer atividades desenvolvidas no, tais como órgãos e agentes do serviço público, empresas aéreas, empresas de serviços auxiliares do transporte aéreo, empresas de abastecimento de combustíveis, e outras, assim como seus empregados, prepostos ou contratados.

1.1.3 FUNDAMENTO

 Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, Regulamento Brasileiro de Aviação Civil – RBAC 153 – Emenda 01, 2016.

1.1.4 RESPONSABILIDADE

Cabe ao Gestor do Aeródromo, por meio do seu Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO) assegurar o fiel cumprimento dos procedimentos e preceitos estabelecidos neste Manual.

1.1.5 DOS REQUISITOS PARA A GUARDA E CONTROLE DA DOCUMENTAÇÃO DO MGSO

Toda documentação física do SGSO, inclui relatórios e documentos recebidos, será arquivada em pasta própria, a fim de facilitar o acesso às informações. Será mantida cópia digital dos documentos no diretório sbcn pasta Segurança Operacional, com acesso restrito por senha.

(12)

11

É responsável pela guarda, controle e atualização do Manual do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (MGSO) o Gestor de Segurança Operacional, que a este são conferidas as seguintes atribuições e responsabilidades:Guarda em local de acesso controlado, organizado em pasta e sendo restrito o presente Manual para a utilização do Operador de Aeródromo(OA). Disponibilização de uma coletânea completa e atualizada do MGSO para inspeções aeroportuárias periódicas ou especiais da ANAC;

Providenciar substituição de cópias de páginas que tiverem suas alterações aprovadas pela ANAC, bem como das páginas rasgadas, rasuradas, sujas ou com discrepâncias que dificultem ou impossibilitem a leitura do MSGO;

A documentação antiga referente ao MGSO ficará arquivada na sala do gerente de Unidade Aeroportuária.

Este manual não pode ser reproduzido ou divulgado, no todo ou em partes, sem prévia e expressa autorização do gerente do Aeroporto.

1.1.6 REVISÃO DO MSGO

As revisões do MGSO ficarão a cargo do responsável pela Segurança Operacional com apoio da equipe de implantação descrita na estrutura organizacional e poderão acontecer a qualquer momento, objetivando a permanente atualização dos documentos ou nas seguintes condições:

a. Quando ocorrer mudança das características físicas ou condições operacionais do

aeroporto ou nos procedimentos administrativos e normas técnicas estabelecidas na legislação aeronáutica aplicável;

b. Para incorporar as alterações decorrentes das ações corretivas identificadas pela ANAC; c. Quando houver modificações na regulamentação aeronáutica brasileira e demais

legislações aplicáveis, que venham a influir nas condições operacionais do aeroporto.

O responsável pela revisão do MGSO deve: a. Obedecer à legislação aeronáutica aplicável;

b. Proceder à análise em coordenação com outros setores do aeroporto, quando da

identificação de modificação, cancelamento ou implementação de procedimento com impacto sobre os outros setores;

c. Modificar, cancelar ou implementar informação ou procedimento, após a análise e

coordenação com outros setores, quando for necessário alterar o MGSO;

d. Modificar, cancelar ou implementar informação e/ou procedimento determinado pela

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12

e. Após as alterações ou revisões estarem concluídas e devidamente aprovadas, o gerente do

aeroporto deve encaminhar a ANAC para aprovação, proposta da revisão ao MGSO, contendo a modificação, o cancelamento ou a implementação de procedimento ou de informação. E assim que receber a revisão ao MGSO aprovada pela ANAC encaminhá-la ao responsável pela guarda e controle do MGSO para a devida atualização na via original.

(14)

13

1.1.7 ATRIBUIÇÕES PARA OS GESTORES RESPONSÁVEIS PELA OPERAÇÃO DO AERÓDROMO E

PELO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA OPERACIONAL

Para o efetivo desenvolvimento de um SGSO o compromisso da alta administração com o desempenho do sistema é imperioso para promoção da Segurança Operacional e está estabelecido como prioridade na Política de Segurança Operacional.

Enquanto a responsabilidade começa no topo de qualquer organização, é essencial que todos os profissionais envolvidos direta ou indiretamente com as atividades operacionais entendam suas próprias responsabilidades e comprometimento com as políticas, normas e procedimentos estabelecidos no MGSO.

O Regulamento Brasileiro de Aviação Civil 153 estabelece requisitos e parâmetros mínimos de Segurança Operacional a serem cumpridos durante as etapas de planejamento, execução, monitoramento e melhoria contínua das operações aeroportuárias, manutenção e resposta à emergência em aeródromos, sendo o mesmo de cumprimento obrigatório para o operador de aeródromo que atua em aeródromo civil público brasileiro.

Portanto, além das responsabilidades com o Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional previstas em regulamentos e descritas neste manual, os gestores das áreas operacionais tem a responsabilidade e o compromisso de garantir:

A alocação de recursos necessários para assegurar o gerenciamento dos riscos e ameaças ao ambiente operacional relacionadas às atividades operacionais que estejam no seu âmbito de gestão e possam afetar a segurança das operações;

Que a condução das atividades operacionais em seu âmbito de gestão, sejam conduzidas de acordo com as condições e restrições especificadas no Certificado Operacional de Aeroporto emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil.

O cumprimento com as políticas, normas e procedimentos publicados. De acordo com regulamento da Agência Nacional de Aviação Civil, o Operador de Aeródromo deve ser pessoa jurídica e possuir as seguintes atribuições e responsabilidades, visando garantir:

 Elaborar um programa de avaliação de riscos para a identificação das situações de perigo no aeroporto

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14

 Desenvolver, manter e promover um efetivo sistema de gerenciamento da Segurança Operacional;

 Monitorar o sistema de gerenciamento da Segurança Operacional e reportar-se ao responsável pela operação do aeródromo sobre o desempenho e eficácia do sistema;  Promover reunião para analisar qualquer necessidade de mudança para manter ou

melhorar a Segurança Operacional;

 Servir-se de parecer de especialistas em assuntos de Segurança Operacional cabíveis;  Desenvolver o gerenciamento da Segurança Operacional de forma compreensiva para

toda a comunidade aeroportuária;

 Estabelecer um sistema de notificação para registrar os perigos, riscos e divulgar as ações adotadas;

 Agir de forma proativa para os assuntos de segurança;

 Promover o treinamento e a qualificação do pessoal, incluindo a revisão e avaliação da adequabilidade do treinamento e do sistema de avaliação das competências;

 Buscar o mais alto nível de padrões de segurança e desempenho para todas as atividades operacionais;

 Melhorar continuamente o desempenho da Segurança Operacional;

 Gerir e acompanhar o gerenciamento da Segurança Operacional e assegurar que ação relevante esteja sendo tomada;

 Assegurar que todos os empregados, estejam cientes de suas responsabilidades, trabalhem de maneira segura e;

 Informar, através de Correspondência Formal, à Agência Nacional de Aviação Civil o nome do Responsável pelo Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional Titular e nas seguintes condições: Nome do substituto em caso de afastamento do titular, devendo o mesmo garantir que este atenda aos requisitos previstos na legislação vigente em termos de capacitação e em caso de s

1.1.8 QUALIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DA SEGURANÇA OPERACIONAL

A Regulamento RBAC 153 estabelece:

“O Operador deve manter, no exercício das atividades descritas neste Regulamento e nas demais normas vigentes, apenas Profissionais qualificados segundo requisitos descritos”.

(16)

15

Desta maneira, o responsável pela gestão da Segurança Operacional

deve ser um profissional devidamente qualificado e em Conformidade com os requisitos mínimos estabelecidos pela autoridade de aviação civil brasileira no RBAC 153, requisito 153.35.

O gestor designado para a gestão da Segurança Operacional deve possuir:

 Conclusão em curso de nível médio;

 Um (1) ano atuando como gestor de risco ou um (1) ano atuando como responsável por uma das áreas definidas no parágrafo 153.15(a), do RBAC 153;

1.2. ESTRUTURA DO SGSO – COMPONENTES E ELEMENTOS

Visando atender os requisitos da autoridade de aviação civil brasileira e as melhores práticas internacionais, temos como objetivo estratégico a implantação, desenvolvimento, manutenção e melhoria contínua do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional.

A estrutura do SGSO está definida para comportar os quatro (4) componentes e os elementos fundamentais apresentados abaixo:

1º) Política e Objetivos da Segurança Operacional

Este componente tem seu foco na parte documental, onde estabelece a Política de Segurança Operacional como um alicerce para o desenvolvimento do sistema.

 Política de Segurança Operacional

 Responsabilidade e compromisso da direção;  Responsabilidade e compromisso do corpo gerencial;  Designação de gestor responsável pelo SGSO;

 Estruturação organizacional e alocação de recursos materiais e humanos para o funcionamento do SGSO;

 Plano de implementação do SGSO;  Sistema de Documentação do SGSO;

(17)

16

 Sistema de Comunicação/Divulgação do SGSO

2º) Gerenciamento de Risco à Segurança Operacional

Este importante componente se destina a desenvolver ferramentas destinadas à coleta de dados e ao processo sistemático para gerenciamento dos riscos associados aos perigos identificados.

 Identificação de perigos

 Avaliação e Classificação do Risco  Mitigação de Riscos

3º) Garantia da Qualidade da Segurança Operacional

Este componente destina-se à importante tarefa de vigilância, monitoramento e melhoria contínua do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional.

 Monitoramento e medição do desempenho da Segurança Operacional

4º) Promoção da Segurança Operacional

Este componente abrange as atividades relacionadas a programas de prevenção de acidentes, promoção e treinamento voltados para a Segurança Operacional.

 Treinamento e Capacitação

 Comunicação / Divulgação da Segurança Operacional 1.3. COMPROMISSO COM O SGSO

a. As diretrizes norteiam o estabelecimento das ações para que os objetivos propostos sejam

alcançados, sob esta ótica e considerando a especificidade do Aeroporto, o Operador de Aeródromo estabeleceu diretrizes que buscam uma gestão proativa em Segurança Operacional, compatíveis com as de operações e manutenção, as quais buscam continuamente:

b. Integração da Segurança Operacional, de forma sistemática, a todos os níveis de trabalho

associados às operações aéreas no aeroporto, de modo a proteger as vidas humanas, os equipamentos, a infraestrutura e o meio ambiente;

c. Gerenciamento dos riscos à segurança da operação de aeronaves no aeroporto visando o

fornecimento de meios para o planejamento,

d. Promoção de uma cultura de Segurança Operacional no aeroporto, de forma a envolver cada

uma das pessoas direta ou indiretamente ligadas às atividades do aeroporto, incluindo parceiros e fornecedores, na identificação de perigos e na redução dos riscos existentes.

e. Incentivo ao relato voluntário como meio de identificação de perigos e melhoria continua da

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17

f. Redução dos riscos associados com um acidente ou incidente para um ponto que é o mais

baixo como razoavelmente praticável;

g. Garantia de que a probabilidade de exposição aos danos e prejuízos seja a mais baixa possível

e, no caso do acidente de ocorrência que suas consequências sejam minimizadas a um nível aceitável;

h. Ação preventiva na identificação das situações de perigo que poderão gerar ou, contribuir

para, ou agravar os acidentes que podem ocorrer no aeroporto; na avaliação dos riscos de acidentes que possam ocorrer no aeroporto;

i. Garantia de que serviços operacionais sejam executados com padrões apropriados de

segurança;

j. Cumprimento dos requisitos da legislação, regulamentos e padrões vigentes;

k. Garantia de que todo o corpo gerencial tenha conhecimento adequado e apropriado sobre

Segurança Operacional e cumpra os procedimentos de Segurança Operacional estabelecidos no Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional (MGSO) do aeroporto;

l. Garantia de que as informações e o treinamento de Segurança Operacional

m. Garantia de que a alocação de recursos para treinamento esteja disponível para implementar

e manter a política e a estratégia de Segurança Operacional;

n. Acompanhamento do gerenciamento da Segurança Operacional e garantia de que a ação

mitigadora relevante seja tomada;

o. Garantia de que todos os empregados, cientes de suas responsabilidades, trabalhem de

(19)

18

POLÍTICA DA SEGURANÇA OPERACIONAL

Versão 1

Eu, Sylla Gomes Sarmento, responsável pela

gestão do Aeroporto Nelson Ribeiro Guimarães

estabeleço a política de Segurança Operacional

deste aeródromo:

 Efetivar e manter uma programação constante

com toda comunidade aeroportuária, no que

tange a Segurança Operacional na identificação

dos perigos a fim de apresentar ações

mitigadoras para eliminar ou manter o risco a

um nível aceitável ou razoavelmente praticável.

 Garantir recursos humanos e financeiros para o

desenvolvimento do Sistema de Gerenciamento

da Segurança Operacional com o intuito de

eliminar ou reduzir os riscos até um nível

aceitável.

 Garantir de forma clara e objetiva parâmetros de

Segurança Operacional a toda comunidade

aeroportuária através de treinamentos e

palestras afim de mantermos uma cultura de

Segurança Operacional justa tendo uma

comunicação eficaz e sem restrição.

 As revisões da política de segurança operacional

e seus objetivos será a cada 2 anos ou sempre

que necessário para adequar às mudanças na

regulamentação aplicável, na infraestrutura, na

organização ou na prestação dos serviços.

Caldas Novas, 04 de Junho de 2017

Sylla Gomes Sarmento

Gestor do Aeródromo

(20)
(21)

20

C

APÍTULO

2

D

ESCRIÇÃO DO SISTEMA AEROPORTUÁRIO E OBJETIVOS DA SEGURANÇA OPERACIONAL

2.1 O Sistema Aeroportuário

A. Tipos de Operação : Aeródromo Público

B. Restrições Operacionais

 Sem restrições operacionais;

C. Número de Operações

2.2 . INSTALAÇÕES

O

Aeroporto possui atualmente as seguintes instalações:  Terminal de passageiros.

 Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA), destinada ao atendimento dos aeronavegantes.

 Seção Contraincêndio (SCI), com o efetivo de 04 BAs turno, equipada com três (03) caminhões AP-2 de combate, NPCE Cat. 05;

 Dispõe de uma pista de pouso/decolagem medindo 2.156m x 45m em pavimento asfáltico, com suporte definido em 35/F/A/X/T, com auxílios de proteção de voo: balizamento noturno do tipo SN-5 e sinalização horizontal e com auxílios de navegação, Biruta iluminada, PAPI na cab. 09 e SEM digital.

 Pátio em pavimento asfáltico, sendo destinadas ao estacionamento de aeronaves de grande porte para quatro aeronaves simultaneamente, 9 posições para aeronave de pequeno a médio porte. Totalizando 13 boxes.

2016

AVIAÇÃO GERAL AERONAVE POUSOS DECOLAGENS TOTAL

--- --- 661 661 1322

2015

AVIAÇÃO REGULAR AERONAVE POUSOS DECOLAGENS TOTAL

TAM A 319 274 274 548

Azul Linhas Aéreas EMBRAER 195 e 190 197 197 394

(22)

21

2.3 RESPOSÁVEIS - GRUPO DE IMPLANTANÇÃO

2.4 . ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

RELAÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES COM RESPONSABILIDADES ESPECÍFICAS NO MGSO. MGSO - SBCN VERSÃO 1

CARGO / FUNÇÃO RESPONSÁVEL RESPONSABILIDADE REFERÊNCIA

Gerente de Unidade

Nome: Sylla Gomes Sarmento ID: MG - 11792424

CPF: 070668266-12

Administração do

Aeroporto. Gestor do Aeródromo

Gerente de Unidade

Nome: Sylla Gomes Sarmento ID: MG - 11792424 CPF: 070668266-12 Administração do Aeroporto. Gestor de Segurança Operacional Supervisor Administrativo Operacional

Nome: Fábio de Oliveira dos Santos ID: 124495516 DIC RJ CPF: 089.220.167-36 Aplicação do MGSO Parte do grupo de Implementação Manutenção Aeroportuária Supervisor Administrativo Operacional

Nome: Fábio de Oliveira dos Santos ID: 124495516 DIC RJ CPF: 089.220.167-36 Aplicação do MGSO Parte do grupo de Implementação Operações Aeroportuárias Resposta à Emergência Aeroportuária

Nome: Wanderson Alpohim Nogueira ID: MG-12034172 SSP MG CPF: 068.593.537-08 Aplicação do MGSO Parte do grupo de Implementação Resposta à Emergência Aeroportuária

(23)
(24)

23

2.5 . RESPONSABILIDADE DOS ENVOLVIDOS NO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA

OPERACIONAL

A Segurança Operacional do Aeroporto é responsabilidade de todos seus empregados, bem como das demais pessoas que ali trabalham. A Gerência deste aeroporto designou por ato próprio às responsabilidades dos envolvidos na Segurança Operacional, onde os mesmos estão no quadro e arquivos do SGSO deste aeroporto e cópia enviada a ANAC.

Os procedimentos estabelecidos neste documento devem ser obedecidos por todos, sejam empregados, gestores, contratados ou prestadores de serviço, que estão diretas ou indiretamente envolvidos na prestação do serviço de transporte aéreo no Aeroporto Presidente Itamar Franco. O Operador de Aeródromo (OA) possui uma equipe de funcionários treinados e qualificados para o desempenho das atividades da Segurança Operacional, sendo destinados recursos para reciclagem e aprimoramento de sua equipe.

O envolvimento de todos os colaboradores do Operador de Aeródromo (OA) no cumprimento desta Política é de suma importância para o gerenciamento dos perigos e desenvolvimento dos controles para reduzir riscos a um nível tão baixo quanto razoavelmente praticável.

2.6 . RESPONSABILIDADE DO GESTOR DO AERÓDROMO.

O Gestor do Aeródromo é o Gerente do aeroporto e tem a responsabilidade de :

 Garantir o atendimento a todos os requisitos normativos constantes neste Regulamento e as demais normas vigentes;

 Manter o aeródromo dentro das condições operacionais e de infraestrutura requeridas pelo RBAC 153 e nas demais normas vigentes;

 Implementar e manter o funcionamento do SGSO estabelecido pelo operador de aeródromo;  Controle dos recursos humanos e financeiros requeridos para a condução das operações

autorizadas;

 Autoridade final sobre a condução das operações autorizadas;

 Responsabilidade por todos os assuntos relativos à Segurança Operacional do aeródromo;  Prover assessoramento independente sobre os assuntos de Segurança Operacional;

 Monitorar e acompanhar as ações corretivas necessárias para implementação do SGSO no Aeroporto;

 Coordenar as áreas de Safety e Segurança do Trabalho, para atendimento aos requisitos dos SGSO;

(25)

24

 Facilitar a identificação dos perigos e análise de gestão dos riscos;

 Programar ações mitigadoras que garantam a segurança das operações aéreas e aeroportuárias;

 Provimento dos recursos humanos, materiais e financeiros necessários para a implantação do SGSO;

 Difusão e consolidação da cultura de Segurança Operacional junto a toda a comunidade aeroportuária;

 Prover treinamento a todo pessoal cuja atividade influencie a Segurança Operacional de moda a adequar suas atividades as características específicas do aeródromo.

2.7 . RESPONSABILIDADE DO GESTOR DE SEGURANÇA OPERACIONAL - SGSO:

O Gestor do aeroporto também acumula a Gestão d Segurança Operacional do Aeroporto Nelson Ribeiro Guimarães e tem o compromisso de :

 Assegurar que os processos necessários ao funcionamento do SGSO sejam estabelecidos, implantados e mantidos;

 Reportar diretamente ao Superintendente as informações sobre o desempenho do SGSO, assim como qualquer necessidade de aplicação de recursos para a implantação das medidas mitigadoras identificadas. A comunicação deve ser feita tendo como objetivo a melhoria contínua do SGSO da organização;

 Assegurar a promoção da Segurança Operacional em toda a organização;  Elaborar e Revisar periodicamente o Manual do SGSO;

 Manter o MGSO atualizado e compatível com as operações do aeródromo  A Implantação e funcionamento do SGSO no aeroporto;

 Coordenar o estabelecimento de objetivos e metas para a Segurança Operacional do Aeroporto Presidente Itamar Franco, acompanhando e medindo as performances alcançadas em relação ao desempenho projetado;

 Adotar o Relatório de Prevenção (RELPREV) como um sistema de notificação voluntária para registrar os perigos, riscos e divulgar as ações adotadas;

 Manter as informações sobre a Segurança Operacional do aeródromo, atualizadas e armazenadas, em um banco de dados – SGSO.

2.8 .RESPONSABILIDADE DO GESTOR DA MANUTENÇÃO AEROPORTUÁRIA : O Responsável pela Manutenção Aeroportuária tem o compromisso de :

 Manter as atividades em conformidade com os requisitos estabelecidos na Subparte E no RBAC153;

(26)

25

 Assessorar o responsável pela gestão do aeródromo no processo de identificação de perigos,

análise e gerenciamento de risco;

 Propor ações para eliminar ou mitigar risco relacionado a perigo identificado; e  Executar ações que garantam a segurança das operações aéreas e aeroportuária. 2.9 .RESPONSABILIDADE RESPOSTA À EMERGÊNCIA AEROPORTUÁRIA

O Responsável pela Resposta à Emergência Aeroportuária do Aeroporto Presidente Itamar Franco tem o compromisso de:

 Manter as atividades em conformidade com os requisitos estabelecidos na Subparte F no RBAC 153;

 Propor ações para eliminar ou mitigar risco relacionado a perigo identificado e  Executar ações que garantam a segurança das operações aéreas e aeroportuária. 2.10 . GRUPO DE PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO SGSO

a) Gestor do Aeródromo/ Gestor do SGSO b) Manutenção

c) Resposta â Emergência d) Operações

2.11 Atribuições e responsabilidades do Grupo de Planejamento e Implementação do SGSO:

 Participação nas reuniões do Grupo de Planejamento, prestando assessoramento pertinente à sua especialidade técnica e/ou profissional, para as soluções que venham a serem propostas e decididas no âmbito do referido grupo;

 Orientação, sugestão e participação nas decisões relativas à consolidação do planejamento da implementação do SGSO do Aeroporto;

 Cumprimento dos cronogramas que forem definidos no âmbito do Grupo de Planejamento para execução de tarefas individuais e/ou em grupo, visando à efetiva realização das etapas programadas.

2.12.RESPONSABILIDADES DOS DEMAIS ENTES QUE ATUAM NO AERÓDROMO

Os demais colaoradores com vínculo funcional e lotados no Aeroporto e os empregados de empresas contratadas pelo OA, bem como seus prepostos e contratados, estão sujeitos, no que couber ao atendimento dos requisitos e responsabilidades estabelecidos neste capítulo, bem como ao cumprimento de todas as normas e procedimentos de Segurança Operacionais aplicáveis às suas atividades.

(27)

26

2.13 ORGANIZAÇÕES EXTERNAS, SEUS EMPREGADOS, PREPOSTOS E CONTRATADOS

Todas as organizações e empresas públicas ou privadas que integram o sistema aeroportuário, por seus dirigentes, gerentes, empregados, prepostos ou contratados estão sujeitos, no desempenho de suas atividades, ao fiel cumprimento das disposições e preceitos contidos na regulamentação normativa aplicável ao Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional.

(28)

27

2.14 OBJETIVOS DE SEGURANÇA OPERACIONAL

2.14.1 Objetivo Principal

Alcançar a condição de desempenho em Segurança Operacional de forma a garantir nível aceitável em Segurança Operacional para as atividades no Aeroporto Presidente Itamar Franco.

2.14.2 Objetivos Específicos

 Garantir que todos os níveis de gerenciamento estarão claramente comprometidos com a Segurança Operacional;

 Estabelecer de forma clara e objetiva parâmetros de Segurança Operacional a toda comunidade aeroportuária;

através de treinamento.

 Proporcionar ferramentas de comunicação eficazes em Segurança Operacional, sem restrições e livres; através

De alertas da Segurança Operacional;

 Fornecer o treinamento necessário para construir e manter uma equipe comprometida com a SO;

 Promover a participação dos elos do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional dos diversos setores do Aeroporto, sendo eles operacionais ou não, incluindo representantes de outras empresas ou órgãos relacionados com Segurança Operacional.

(29)

28

C

APÍTULO

3

G

ERENCIAMENTO DOS RISCOS À

S

EGURANÇA

O

PERACIONAL

3.1 GERENCIAMENTO DOS RISCOS À SEGURANÇA OPERACIONAL

A identificação e o controle sistemáticos de todos os perigos com potencial de causar danos é o processo fundamental no Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional. O sucesso do SGSO e, muitas vezes da própria organização, depende da efetividade da gestão de perigo e de seus riscos consequentes.

Perigos são condições que tem um potencial de causar danos e, portanto, precisam ser reportados. Esta informação vital, a qual pode ser extraída de reportes de ocorrências ou mesmo de incidente, permite à organização identificar perigos, avaliar as consequências destes, classifica-los e controla-los.

O Gerenciamento de Risco deve estar integrado dentro de um sistema de gerenciamento de Segurança Operacional, a fim de consolidar uma abordagem ampla e compreensiva para um sistema saudável que envolva a Segurança Operacional, a segurança do trabalho, a proteção ao meio ambiente e a prevenção de danos ao patrimônio e as pessoas.

O conceito de gerenciamento do risco a Segurança Operacional enfatiza a necessidade da identificação, avaliação e análise sistemática de todos os perigos inerentes a uma atividade, de forma que medidas possam ser adotadas para o controle dos riscos.

Este importante componente possui três (3) elementos, a saber:

 Identificação de perigos

 Avaliação e Classificação dos riscos  Mitigação dos riscos

3.1.1 Cenários que exigem uma análise de risco, entre outros:

 Embarque e desembarque de passageiros com possível tráfego de veículos do aeródromo, caso haja cruzamento de via de serviço;

 Ocupação do pátio acima da capacidade do aeródromo para algum evento específico quando exigido;

(30)

29

3.2 CONCEITOS PRELIMINARES

A seguir apresentam-se conceitos importantes para a definição do risco à Segurança Operacional. Para o contexto do gerenciamento de risco, define-se segurança como o resultado do gerenciamento de um número de processos organizacionais. O gerenciamento desses processos tem como objetivo manter os riscos à segurança sob o controle da organização. Um ponto chave dessa perspectiva é a percepção de segurança como um produto e o gerenciamento do risco como um processo.

A identificação dos perigos representa uma atividade vital para o gerenciamento da segurança, bem como contribui para a robustez dos processos da organização diretamente relacionados ao gerenciamento da segurança. Portanto, considera-se o gerenciamento dos riscos à Segurança Operacional como uma atividade núcleo que suporta o gerenciamento da segurança como um todo e contribui, ainda que indiretamente, para aquelas atividades relacionadas aos processos organizacionais.

A fim de buscar o foco para a Segurança Operacional, o termo gerenciamento dos riscos à segurança, procura transmitir a percepção de que o gerenciamento da segurança não tem como objetivo – diretamente – o gerenciamento de riscos financeiros, riscos legais, econômicos e assim por diante, mas restringe, primariamente, ao gerenciamento dos riscos à Segurança Operacional. O gerenciamento da Segurança Operacional vai além da identificação de perigos e análise de suas consequências, sendo importante não pular etapas neste processo, como por exemplo, passar da identifica de perigos diretamente para a mitigação, sem a devida análise, avaliação e priorização dos perigos envolvidos suas possíveis consequências.

Uma vez que as fontes do perigo ou danos estão identificadas, e suas consequências analisadas e avaliada estratégias de mitigação para reduzir a probabilidade de ocorrência de um evento indesejável devem ser acionadas.

Para se estabelecer, adequadamente, as prioridades para alocação de recursos para a mitigação dos riscos faz-se necessário também, estabelecer a relação entre as consequências do perigo identificado e sua severidade.

Tem-se como uma premissa básica para o gerenciamento da Segurança Operacional que não é possível gerenciar o que não pode ser mensurado. Dessa forma, é essencial que, de alguma maneira, seja mensura severidade das consequências dos riscos envolvidos com os perigos identificados.

A palavra risco possui uma conotação muito ampla e sua utilização, apresentando um grande potencial de gerar dúvidas quanto a sua definição. Para fins de Segurança Operacional

(31)

30

Um passo importante para reduzir a possibilidade da dúvida quanto ao significado da palavra é tornar o termo genérico “risco” mais específico, ou seja, “risco à Segurança Operacional” (Safety Risk).

Mesmo após restringir o uso do termo genérico “risco” para o mais específico “risco à segurança”, a dúvida ainda vir a ocorrer. Isso acontece devido à noção de risco como algo subjetivo. Riscos à segurança, muitas vezes não são componentes tangíveis ou visíveis em um ambiente físico ou natural, tornando-se necessário criar um cenário para compreendê-los.

Perigos e consequências, por outro lado, são componentes tangíveis ou visíveis em um ambiente físico ou natural e, portanto, intuitivos em termos de compreensão e visualização. O risco à segurança é um produto mente humana na intenção de mensurar a severidade de algo, ou “colocar um número” nas consequências perigos. Portanto, pode-se definir risco à Segurança Operacional, como a análise, expressa em termos de probabilidade e severidade pré-definidas, das consequências do perigo, tendo como referencia a pior situação possível.

3.3 PROCESSO DE GERENCIAMENTO DO RISCO À SEGURANÇA OPERACIONAL

Com o objetivo de alcançar e manter níveis aceitáveis de Segurança Operacional no âmbito do sitio aeroportuário, a Segurança Operacional estabeleceu um processo de gerenciamento de risco, visando identificar perigos e ameaças presentes nas operações aeroportuárias, bem como avaliar e mitigar os riscos associados a eles.

Este processo sistemático e contínuo, visa abranger, através das ferramentas de identificação de perigos e coleta de informações, a variedade de perigos e ameaças que ocorrem na dinâmica operacional do aeroporto, demandando de todos os envolvidos com o sistema de gestão de Segurança Operacional, uma postura de vigilância constante.

Seguindo os preceitos da ICAO, descritos no Doc. 9859, o processo de gerenciamento do risco à SO está demonstrado no modelo abaixo em todas as suas etapas. Os riscos à Segurança Operacional são então avaliados em termos de probabilidade e severidade, para definir o nível de risco à Segurança Operacional (tolerabilidade). Se os riscos à Segurança Operacional avaliado são considerados toleráveis, ações apropriadas são tomadas e a operação continua. Fechando o processo, todas estas etapas devem ser devidamente registradas, documentadas e aprovadas, Se os riscos à Segurança Operacional são intoleráveis, as seguintes questões devem ser apontadas:

 Os perigos e seus riscos associados podem ser eliminados?

Se a resposta é SIM, então tome as ações como apropriado e as documente. Se a resposta é NÃO, a próxima questão será:

(32)

31

Se a resposta é NÃO, atividades relacionadas devem ser canceladas.

Se a resposta é SIM, ações mitigadoras aplicáveis devem ser tomadas e a próxima questão será:

 Existe algum risco à Segurança Operacional residual?

Se a reposta é SIM, então os riscos residuais devem ser avaliados para determinar seus níveis de tolerabilidade, assim como se eles podem ser eliminados ou mitigados, se necessário para garantir um nível aceitável e desempenho.

(33)

32

1

Classificação do risco . O risco é aceitável?

foi mitigado ou eliminado?

Pode ser mitigado?

O risco é aceitável?

classificação do nível de Severidade IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO análise do Risco (Aceitabilidade) classificação do nível de Probabilidade REALIMENTAÇÃO DO SISTEMA registros da identificação e da Avaliação, bem como monitoramento do nível de Risco continuar operação reavaliação do Risco SIM CANCELAR OPERAÇÃO adoção de medidas mitigadoras adicionais. Continuar Operação SIM NÃO eliminação ou mitigação do Risco NÃO SIM continuar operação NÃO SIM

2

3

4

5

6

7

(34)

33

3.4 IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS

Um perigo é uma condição ou objeto com potencial de causar ferimentos ou a morte de pessoas, danos ou perda de equipamentos e estrutura ou redução da habilidade de desempenhar uma função prescrita. A identificação de perigos no sítio aeroportuário envolve a análise sistemática e detalhada das operações que são realizadas nesse ambiente e que podem ter um impacto negativo sobre a segurança.

Esta análise é realizada por meio de processos formais empregados sob a responsabilidade da Segurança Operacional, e tem como objetivo promover a melhoria no nível de alerta e consciência situacional acerca dos perigos presentes nas atividades diárias, bem como permitir que sejam tomadas as medidas proativas necessárias para controle e mitigação. As fontes de perigos são diversas, podendo estar presentes nas atividades realizadas durante as operações diárias ou serem introduzidas, inadvertidamente, na operação em quaisquer momentos em que mudanças ocorrerem no sistema.

A identificação de perigos constitui-se das seguintes etapas:  Identificação de perigo existente ou potenciais;  Análise dos perigos identificados;

 Estimativa das consequências relacionadas a cada perigo identificado;  Armazenamento de dados e informações de segurança operacional e

 Distribuição de informações de segurança operacional resultantes dos dados coletados e analisados.

A coleta de informações que visa à identificação de perigos se constitui de um conjunto de medidas reativas, proativas e preditivas. Metodologias reativas reúnem informações a partir de eventos ou

ocorrências passadas; métodos proativos promovem análises de situações de risco atuais; e abordagens preditivas trabalham com análises de tendências futuras.

Todas as metodologias citadas são de importância fundamental para se mapear, dentro do âmbito aeroportuário, a existência de perigos e ameaças que coloquem em risco a segurança das operações. As abordagens mencionadas acima podem ser classificadas em quantitativa ou qualitativa.

3.4.1 Metodologia Quantitativa

Nesta abordagem, perigos são identificados e registrados através de processos sistemáticos, os quais permitem rastreabilidade e análises adicionais. Existem registros das Inspeções para serem utilizados na identificação de perigos, sempre que necessário.

(35)

34

Sob esta abordagem a Segurança Operacional utilizará de fontes de identificação de perigo como relatos de Inspeções Operacionais e Manutenção Aeroportuária.

(36)

35

3.4.2 Metodologia Qualitativa

Perigos podem ser identificados através de um processo qualitativo, tanto formal (parte de uma avaliação de risco) ou informal baseado em discussões, entrevistas e brainstorming. Metodologias qualitativas informais são processos heurísticos que se baseiam no julgamento de um expert. Eles frequentemente permitem a identificação de perigos que outras abordagens não podem detectar. Utilizando-se ambas as abordagens em combinação, estas irão prover resultados melhores e mais compreensivos.

Dentro da literatura disponível reconhece-se que identificação de perigos deve ser feita metodologicamente, visando garantir que todas as áreas da operação onde os perigos possam existir tenham sido identificadas. Recomenda-se, entre outros, que os campos que abrangem projeto, organização, fatores do ambiente de trabalho, assim como práticas e procedimentos operacionais sejam levados em conta no processo de identificação.

Nesta abordagem, perigos são identificados e registrados através de processos sistemáticos, os quais permitem rastreabilidade e análises adicionais. Existem vários tipos de registros de observações para serem utilizados na identificação de perigos. Sob esta abordagem será utilizadas as seguintes fontes de identificação de perigos:

 Airport Safety Report;

 Vistorias de Segurança Operacional;  Relatório de Ocorrência Aeroportuária;

3.4.2.1 Airport Safety Report – ASR

Relatório voluntário e confidencial, disponibilizado à toda a comunidade aeroportuária para que reportem ameaças e perigos observados nas atividades diárias realizadas no âmbito do sítio aeroportuário. Este reporte é enviado, por meio de preenchimento de mídia impressa, à Segurança Operacional ou por e-mail para validação, análise, avaliação e tratamento adequados, com o objetivo de mitigar os riscos associados aos perigos observados.

(37)

36

3.4.2.2 Vistorias de Segurança Operacional

Trata-se de procedimentos empreendidos pela Segurança Operacional com o objetivo de identificar perigos latentes que possam representar riscos aos níveis de Segurança Operacional estabelecidos, viabilizando a adoção oportuna de ações para mitigação dos riscos.

A vistoria de Segurança Operacional pode ser realizada tanto pela abordagem reativa, através de um indicador que aponte a necessidade de utilização desta ferramenta, como pela abordagem proativa, quando se estabelece uma rotina periódica de inspeções, como, por exemplo, as que são realizadas rotineiramente pelas demais Gerencias Operacionais do Aeroporto Presidente Itamar Franco.

3.4.2.3 Relatório de Ocorrência

Trata-se de procedimentos empreendidos adotados pela Segurança Operacional com o objetivo de realizar registros fotográficos para os perigos que visivelmente apresentam riscos aos níveis de Segurança Operacional viabilizando tratativa a adoção oportuna de ações para mitigação dos riscos. Este sempre avaliado pela Segurança Operacional. Tem o foco de acompanhar a chegada de aeronaves, desembarque de bagagens, desembarque de passageiros, operação de push back, embarque de cargas e bagagem, embarque de passageiros, saída de aeronaves, manutenção da aeronave, inspeções externas por pilotos e mecânicos

3.5 AVALIAÇÃO E MITIGAÇÃO DE RISCOS

3.5.1 Avaliação e mitigação de riscos

O risco corresponde à possibilidade de ocorrência de perda ou dano, avaliada em termos de probabilidade e severidade. Esta avaliação tem como objetivo definir a tolerabilidade em relação ao risco, ou seja, estabelecer se o risco avaliado é aceitável ou se exige ações de mitigação a fim de que sejam mantidas as metas de segurança estabelecidas para a operação envolvida.

(38)

37

As medidas de mitigação visam minimizar a probabilidade e/ou a severidade do risco através do estabelecimento de novas defesas ou do reforço de barreiras de proteção já existentes no sistema. Adicionalmente, a avaliação do risco permite que sejam definidas prioridades em relação à urgência na implementação das medidas mitigadoras.

O processo formal de gerenciamento do risco estabelecido pela Segurança Operacional do Aeroporto tem como produto a elaboração de um relatório AISO – Análise de Impacto sobre a Segurança Operacional. Este relatório contém uma descrição de todas as análises realizadas durante o processo, incluindo a identificação de perigos, a avaliação da tolerabilidade ao risco, a análise de defesas existentes e a proposição de medidas mitigadoras.

(39)

38

MATRIZ PARA AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO RISCO

ÍNDICE TOLERABILIDADE

5A – 5B – 5C – 4A – 4B – 3A INACEITÁVEL MANTIDAS AS CIRCUNSTÂNCIAS EXISTENTES – REQUER DECISÃO DO PRESIDENTE E/OU DO ADMINISTRADOR GERAL. 5D – 5E – 4C – 4D – 4E

3B – 3C – 3D – 2A – 2B – 2C – 1A

ACEITÁVEL BASEADO NA MITIGAÇÃO DO RISCO. PODE REQUERER UMA DECISÃO DA DIREÇÃO.

3E – 2D – 2E – 1B – 1C – 1E ACEITÁVEL

Probabilidade Significado Valor

Frequente Provável que ocorra muitas vezes (tem ocorrido frequentemente) 5 Ocasional Provável que ocorra algumas vezes (tem ocorrido com pouca frequência) 4 Remota Improvável que ocorra, mas possível (tem ocorrido raramente) 3 Improvável Bastante improvável que ocorra(não se tem notícia que tenha ocorrido) 2 Extremamente

improvável Quase impossível que o evento ocorra 1

Severidade Significado Valor

PROBABILIDADE

FREQUENTE OCASIONAL REMOTO IMPROVÁVEL EXTREMAMENTE IMPROVÁVEL 5 4 3 2 1 SE V ER ID A D E CATASTRÓFICO A 5A 4A 3A 2A 1A PERIGOSO B 5B 4B 3B 2B 1B MAIOR C 5C 4C 3C 2C 1C MENOR D 5D 4D 3D 2D 1D INSIGNIFICANTE E 5E 4E 3E 2E 1E

(40)

39

Catastrófico Equipamento destruído;Múltiplas mortes. A

Perigoso

 Uma grande redução das margens de Segurança Operacional, dano físico ou uma carga de trabalho tal que os operadores não possam desempenhar suas tarefas de forma precisa e completa;  Lesões sérias;

 Danos graves ao equipamento.

B

Maior

 Uma redução significativa das margens de Segurança Operacional, uma redução na habilidade do operador em lidar com condições adversas como resultado do aumento da carga de trabalho ou como resultado de condições que impedem a sua eficiência;

 Incidente sério;  Lesões a pessoas. C Menor  Interferência;  Limitações operacionais;

 Utilização de procedimentos de emergência;  Incidentes menores.

D

Insignificante  Consequências pequenas. E

Segue abaixo um exemplo do gerenciamento do risco e sua respectiva classificação: MATRIZES PARA AVALIAÇÃODE PERIGO E RISCOS (exemplo)

Em resumo, as estratégias de controle/mitigação dos riscos à Segurança Operacional são baseadas, em sua maioria, na implantação de defesas de segurança adicionais ou no reforço das defesas pré-existentes.

3.5.2 Novas Defesas

Como parte do controle/mitigação dos riscos à Segurança Operacional, é importante determinar por que novas defesas são necessárias e/ou por que as defesas existentes devem ser reforçadas. As questões a seguir podem auxiliar na tomada de decisão:

PERIGO GENÉRICO

DESCRIÇÃO DOS RISCOS MEDIDAS EXISTENTES PARA REDUZIR OS RISCOS E OS

ÍNDICES DE RISCO

MEDIDAS ADICIONAIS PARA REDUZIR OS RISCOS E OS ÍNDICES

DE RISCOS 01 Aves nas proximidades da pista de pousos e decolagens do Aeroporto. A possibilidade de uma aeronave colidir com uma ave no procedimento de pouso ou decolagem podendo ocorrer uma falha no motor do avião, provocando um acidente com a aeronave.

1- Aplicação de gel não tóxico nas áreas de

concentração das aves, assim afugentando-as.

2- Dispersar aves

eventualmente avistadas nas áreas da pista do aeroporto, com utilização de fogos de artifícios em coordenação com a RÁDIO.

1- Remoção de formigueiros e cupinzeiros no interior do sitio aeroportuário.

2- Vistoriar periodicamente as condições ambientais do sitio aeroportuário,a fim de prevenir ocorrências, objetivando detectar formação de focos de atração de aves e animais.

(41)

40

i. Existem defesas para proteção contra riscos à segurança das consequências dos perigos identificados?

ii. As defesas funcionam como deveriam?

iii. As defesas são praticáveis para uso sob as condições de trabalho atuais? iv. O pessoal envolvido está ciente dos riscos à segurança, e das defesas adotadas? v. São requeridas mais medidas de mitigação/controle dos riscos?

Apresentado, graficamente, o processo de mitigação e controle dos riscos à Segurança Operacional como fonte da ICAO DOC 9859. Os Perigos são vulnerabilidades potenciais inerentes ao sistema do transporte aéreo. Tais vulnerabilidades se manifestam como uma cadeia de consequências. Como forma de gerenciar a segurança, é necessário avaliar os riscos à segurança, das consequências dos perigos identificados, dando a cada uma delas um valor que estabelecerá o índice de risco. Cada perigo identificado pode ser gerador de uma ou mais consequências, e cada consequência deve ser avaliada com um índice de risco. Assim, o passo fundamental no processo de mitigação/controle é, portanto, a identificação do perigo/consequências e a avaliação de risco à Segurança Operacional.

3.5.3 Os cincos passos do processo de mitigação e controle de riscos à Segurança Operacional

1º - Uma vez que os perigos e as consequências tenham sido identificados e os riscos à segurança avaliados, a eficácia e a eficiência das defesas existentes (tecnologia, treinamento e regulamentos) relativas aos perigos e consequências em questão devem ser analisados.

(42)

41

serão introduzidas, ou ambos os casos. O segundo passo no processo de controle/mitigação de riscos é, portanto, a avaliação da eficácia das defesas existentes no sistema de Segurança Operacional atual.

3º - Baseado no reforço das defesas existentes e/ou na introdução de outras novas, os riscos para a segurança iniciais são reavaliados para determinar se eles são aceitáveis ou não. O terceiro passo no processo de controle/mitigação dos riscos à segurança é, portanto, o estabelecimento de ações de controle e/ou mitigação.

4º - Seguindo a reavaliação dos riscos à segurança, a eficácia e a eficiência das estratégias de mitigação devem ser confirmadas. O quarto passo no processo de mitigação é a aceitação da mitigação do risco à Segurança Operacional.

As questões abaixo podem auxiliar nesta etapa:

 As medidas adotadas para a mitigação dos riscos são eficazes?  As medidas adotadas para a mitigação dos riscos são apropriadas?  A mitigação adicional está garantida?

 As estratégias de mitigação geram riscos adicionais?

5º.- Uma vez que a mitigação foi aceita, as estratégias desenvolvidas e implantadas, o processo da garantia de segurança, permitirá ferramentas que viabilize um feedback quanto as defesas da organização, sobre as quais as estratégias de mitigação estão baseadas, para garantir a integridade, eficácia e efetividade das defesas sob novas condições operacionais.

Os conceitos significativos relativos ao gerenciamento de riscos à Segurança Operacional apresentados podem ser

resumidos em:

a) Não há nada absolutamente seguro na indústria do transporte aéreo não sendo possível eliminar todos os riscos à Segurança Operacional;

b) Os riscos à Segurança Operacional devem ser gerenciados para um nível “o mais baixo possível e praticável”

(As Low As Reasonably Practicable – ALARP);

(43)

42

consideração: tempo, custo e a dificuldade em tomar medidas para reduzir/eliminar os riscos;

d) Um gerenciamento de risco eficaz procura maximizar os benefícios na aceitação de um risco à segurança (mais

frequentemente, uma redução tanto no tempo quanto/ou do custo na prestação de serviço) enquanto minimiza o risco de segurança por si só;

e) A lógica para decisões sobre riscos à Segurança Operacional deve ser mostrada para as áreas e pessoas envolvidas, para que a mesma possa ser melhor aceita.

(44)

43

C

APÍTULO

4

GARANTIA DA

S

EGURANÇA

O

PERACIONAL

4.1 OBJETIVO DA GARANTIA DA SEGURANÇA OPERACIONAL

Garantia da Segurança Operacional consiste de processos e atividades destinadas a verificar se o SGSO está operando de acordo com as expectativas para o qual foi projetado e em conformidade com os requisitos regulatórios e internos.

Para isso, monitorar continuamente os processos internos assim como o ambiente operacional para detectar mudanças os

desvios que possam introduzir riscos emergentes à Segurança Operacional ou a degradação dos controles de riscos existentes, é tarefa singular.

Cada mudança ou desvio deve ser abordado através da utilização do processo de gerenciamento do risco à segurança operacional. O processo de garantia da Segurança Operacional complementa o da garantia da qualidade, com cada um deles apresentando requisitos para análise, documentação, inspeção e revisão, visando garantir que os critérios de desempenho estão de acordo com o projetado.

Enquanto a garantia da qualidade tipicamente foca nos processos de conformidade com os requisitos regulatórios, garantia da Segurança Operacional especificamente monitora a efetividade dos controles de risco á segurança operacionais O caráter complementar da relação entre a garantia da Segurança Operacional e a garantia da qualidade permite integração de certos processos de suporte. Cada integração pode servir para obtenção de sinergia que garanta organização alcançar os objetivos comerciais de qualidade e Segurança Operacional.

Finalmente, as atividades de garantia da Segurança Operacional incluem o desenvolvimento e implementação de ações corretivas em resposta as não conformidades de deficiências sistemáticas com potencial de impacto à segurança operacional.

O componente Garantia da Segurança Operacional possui 2 elementos, a saber:

Monitoramento e Medição do Desempenho

Melhoria Continua da Segurança Operacional;

(45)
(46)

45

4.2 MENSURAÇÃO DO DESEMPENHO DA SEGURANÇA OPERACIONAL

Aeroportos são estações essencialmente intermodais. Passageiros chegam ao aeroporto em aeronaves e continuam suas jornadas por transporte terrestre ou conectam quando o aeroporto permite; O mesmo acontece com o transporte de carga. Ao redor desta simples definição de um aeroporto, o negócio tem crescido; o aumento da demanda pelo transporte aéreo durante os anos tem resultado em aeroportos maiores e mais complexos.

Grandes aeroportos nos dias atuais se constituem em indústrias importantes para os países onde eles estão localizados, para as empresas aéreas e outras indústrias que dependem do aeroporto para manter suas próprias operações. Adicionalmente, é essencial que os aeroportos sejam confiáveis e eficientes. Entretanto, devido a complexidade das operações aeroportuárias, esta não é uma tarefa fácil.

Um fator chave para o sucesso em tornar um aeroporto confiável e eficiente é a mensuração do desempenho. Sem conhecer o desempenho atual do aeroporto, é difícil discernir quais são as áreas que devem ser melhoradas.

Para esta finalidade, Indicadores de Desempenho podem ser implementados. Conhecidos como KPI (Key Performance Indicators) constituem-se em um conjunto de medidas simples, abrangendo as partes mais críticas da operação, fornecendo indicações sobre o desempenho corrente. Eles não fornecem uma análise detalhada, ou diretamente sugerem como melhorar o aeroporto, mas podem ser utilizados como um indicador que mostra onde mais trabalho deve ser realizado para melhoria do desempenho.

Os objetivos principais dos indicadores de desempenho são:

o Observar o desempenho das operações;

o identificar e analisar tendências indesejáveis na operação;

o Estabelecer a base para definição das metas de Segurança Operacional;

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