EXECENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA 15ª VARA DA FAZENDA
PÚBLICA DO FORO CENTRAL DA CAPITAL/SP.
Processo Digital nº: 1001399-53.2021.8.26.0053– 15ª Vara Fazenda Pública Capital
Requerente: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Requerido: FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
através do 6º Promotor de Justiça de Direitos Humanos
– Área da Pessoa com
Deficiência infra-assinado, nos autos da ação civil pública acima epigrafada, ao
tomar ciência da r. decisão de fls. 1076/1082 vem, respeitosamente, comunicar a
interposição de Agravo de Instrumento.
Requer o Ministério Público, assim, a juntada
da inclusa cópia do recurso (Doc. 1) e comprovante de protocolo (Doc 2), nos termos
e para os fins dos artigos 1.018 do Código de Processo Civil.
Tratando-se de processo digital é dispensada
a juntada dos mesmos ao instrumento, contudo, anexou-se a inicial e a decisão
recorrida.
Requer, outrossim, mui respeitosamente, nos
termos expostos nas razões anexadas, a reconsideração da respeitável decisão.
São Paulo, 20 de janeiro de 2021.
WILSON RICARDO COELHO TAFNER
6º Promotor de Justiça de Direitos Humanos –
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
URGENTE
PEDIDO DE LIMINAR
Processo nº 1001399-53.2021.8.26.0053
– 15ª Vara da Fazenda Pública da
Capital
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO
PAULO, pelo Promotor de Justiça que esta subscreve, com fundamento nos
arts. 1.015, inc. I, e seguintes, do Novo Código de Processo Civil, ante a
possibilidade de ocorrência de lesão de difícil reparação, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor recurso de
AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de antecipação de tutela, em face
da r. decisão de fls. 1076/1082, proferida pela MM.ª Juíza de Direito da 15ª Vara
da Fazenda Pública do Foro Central da Capital, nos autos da Ação Civil
Pública nº 1001399-53.2021.8.26.0053, movida em face da FAZENDA PÚBLICA
DO ESTADO DE SÃO PAULO, referente a pedido de tutela provisória de
urgência para que seja determinada a imediata SUSPENSÃO DO PAGAMENTO
DO IPVA EM RELAÇÃO AOS CONTRIBUINTES DEFICIENTES QUE TINHAM A
ISENÇÃO DO RECOLHIMENTO NO EXERCÍCIO DE 2020, até que a Fazenda
realize a devida análise/reanálise (esta em relação aos requerimentos já
apreciados e indeferidos com base nas exigências normativas apontadas
como inconstitucionais), caso a caso, dos requerimentos/recadastramentos
efetivados pelos contribuintes
com deficiência grave ou severa
,
avaliados nos termos do art. 2º da Lei Brasileira de Inclusão, sem as exigências
previstas nos dispositivos legais e normativos então citados, diante da patente
inconstitucionalidade.
Informa o Agravante que, sendo os autos
eletrônicos, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput do art.
1.017, do Novo CPC, por força do § 5º do mesmo dispositivo.
Sem prejuízo, como facilitador de consulta,
junta-se parte dos autos com a inicial e a r. decisão ora agravada ao presente
recurso.
Informa, por fim, que a Fazenda Pública é
defendida pela Procuradoria-Geral do Estado, que ainda não se manifestou
nos autos principais.
Nestes termos, preenchidos os requisitos dos
arts. 1.016 e 1.017 do Novo CPC, requer seja recebido o presente,
concedendo-se liminarmente o efeito ativo ora pleiteado, evitando-se dano
às pessoas com deficiência, nos termos do art. 1.019, inc. I, do Novo CPC,
determinando-se, após, seu regular processamento.
Pede deferimento.
São Paulo, 19 de janeiro de 2021.
WILSON RICARDO COELHO TAFNER
6º Promotor de Justiça de Direitos Humanos
–
Área da Pessoa com Deficiência
Processo nº 1001399-53.2021.8.26.0053
15ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central da Capital
Agravante: Ministério Público do Estado de São Paulo
Agravada: Fazenda Pública do Estado de São Paulo
MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA CÂMARA
ILUSTRE PROCURADORIA DE JUSTIÇA
A.C.P. Violação aos princípios de dignidade da pessoa
humana, igualdade, não discriminação, isonomia
tributária, à mobilidade pessoal com a máxima
independência possível, à acessibilidade e à inclusão
social. Concessão de isenção fiscal (IPVA) apenas à
“categorias” de pessoas deficientes cria discrimen
desarrazoado entre os beneficiários da norma legal,
acentuando, ainda mais, a desigualdade que se busca
enfrentar pela própria ação afirmativa que tem, por base
constitucional, a finalidade precípua de proteger tais
cidadãos, diminuindo suas barreiras de mobilidade e
acessibilidade. Afronta a decisões do STF, STJ e desta E.
Corte bandeirante. Efeito concreto a ser corrigido pelo
Judiciário. Decisão de indeferimento de antecipação de
tutela que se fundamenta em relação à eventual
observância, pelo Estado, aos princípios da anterioridade
e capacidade contributiva, os quais
sequer foram
referidos na inicial. Requerimento de efeito ativo ao
recurso imprescindível para evitar-se danos às pessoas
deficientes graves e severas que fazem jus à isenção.
Trata-se de Ação Civil Pública, com
requerimento de tutela provisória de urgência, ajuizada pelo Ministério Público
do Estado de São Paulo, em face da Fazenda Pública do Estado de São Paulo,
requerendo seja, ao final, julgada totalmente procedente a presente ação
para, reconhecida a inconstitucionalidade dos dispositivos legais apontados
na causa de pedir, seja o Estado de São Paulo condenado À OBRIGAÇÃO DE
NÃO FAZER consistente em NÃO DEIXAR DE APRECIAR/REAVALIAR (esta em
relação aos requerimentos já apreciados e indeferidos com base nas
exigências constantes das normas reconhecidas como inconstitucionais),
caso a caso, TODOS OS REQUERIMENTOS/RECADASTRAMENTOS DE ISENÇÃO
DO PAGAMENTO DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS
AUTOMOTORES
– IPVA apresentados/reapresentados pelos contribuintes com
deficiência
grave ou severa
, a serem avaliados nos termos do art. 2º
1da Lei
Brasileira de Inclusão; sem os requisitos exigidos pela normativa
(veículo
individualmente adaptado
) cuja inconstitucionalidade pretende seja
– de
forma difusa, incidental -, reconhecida.
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