• Nenhum resultado encontrado

DECRETO Nº , DE 23 DE OUTUBRO DE O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais, D E C R E T A:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DECRETO Nº , DE 23 DE OUTUBRO DE O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais, D E C R E T A:"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

DECRETO Nº 18.4 32, DE 23 DE OUTUBRO DE 2013.

Regula menta o procedime nto adminis-trativo da Trans ferência de Pote ncial Cons trutivo (TP C), pre vis to nos arts. 51 e seguintes da Lei Comple menta r nº 434, de 1º de dezembro de 1999, c om a redação dada pela Lei Comple mentar nº 646, de 8 de outubro de 2010.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de su-as atribuiçõe s le ga is,

D E C R E T A:

Art. 1º A Transferência de Poten cia l Construtivo (TPC) é a faculdade de o Município transferir o dire ito co rre spondente à capacidade construtiva da s áre as vin culadas ao sistema viá rio p rojetado, à insta lação dos equ ipamentos público s arrolado s no § 1º do art. 5 2 da Lei Comple-mentar nº 434, de 1º de dezembro de 1999, bem como à preservação de bens tombados, como forma de pagamento em desapropriação ou outra forma de aquisição .

Parágrafo únic o. O potencial construtivo a transferir corre sponde ao índice de aprove itamento relativo à parte atingida pela desa -propriação, pelo to mbamento ou outra forma de aquisição, devendo ser observado o e quilíbrio entre os va lores do terreno pe rm utado e do terreno no qual seja ap lica do o potencial con strutivo de aco rdo com a ava lia ção da Unidade de A valiação de Imó veis (UAI), da Secre taria Municipal da Fa zenda (S MF).

Art. 2º A TPC se rá efetivada quando hou ver compro vad o inte -resse do Mun icíp io na aqu isição de te rreno ou fração de ste, motivado po r meio de parecer prévio da Assessoria de Aquisiçõe s Especiais (AEI), da SMF.

Art. 3º Na hipótese de TPC referente à desapropriação de á-reas vincu ladas ao sistema viário e benfeitorias somente será rea lizada quando hou ver p re visão o rçamentária e projeto da obra pública, não sen -do o mero gra vame administrativo fato ge ra-dor de indenização.

(2)

2 § 1º Na hipóte se de TPC referente às áreas de stinada s a e-quipamentos públicos de verá e star inserida em p lano de go ve rno e justifi-cada por meio de manifestação do órgão demandante.

§ 2º Até a edição de regu lamentação específica, a TPC refe-rente aos bens tombados e in venta ria dos de ve rá se r ana lisada caso a ca-so por Comissão a ser designada pelo Prefeito, com participação:

I – da Secreta ria Municipa l da Cultu ra (SMC); II – Secreta ria Mun icipa l de Urban ism o (SMUrb); III – Secretaria Mu nicipa l de Gestão (SMGes); IV – SMF; e

V – Procu radoria-Geral do Município (PGM).

§ 3º Fica vedada a realiza ção de TPC que resu lte na aquisi-ção de áreas sem frente para a via pública, com estrutura fundiária pre ju-dicia l ao desen vo lvimento urbano ou tecnicamente impró prias, assim con-siderada s pela dim ensão ou cara cterística física, inade quadas à finalida-de pública em finalida-decorrência da loca lização ou contrá rias ao intere sse pú-blico.

Art. 4º Na hipótese de aplicação de TPC em projeto de edifi-cação em terreno com gra vame viá rio a análise da SMF se dará na etapa anterio r à elabora ção da escritu ra pública, d ispensado o parecer pré vio referido no art. 2º deste Decreto.

§ 1º A TPC de ve rá ser efetuada na proporção necessá ria ao projeto de obra no imóve l, desde qu e não supere a área atingida pelo gra vame.

§ 2º O potencial construtivo transferido na forma do “caput” deste artigo fica vinculado ao próp rio imóve l na propo rção aplicada no projeto, sendo intransferíve l.

§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, havendo saldo, se rá re-cebido quando da desapropriação, na s hipótese s do art. 1º deste Decreto.

(3)

3 Art. 5º Para a análise da viab ilidade da TPC aplicada e m pro-jeto de edificação nas condições do art. 4º será e xigid o do proprietário apresentar junto à SMUrb:

I – matrícu la atualizada do imó vel ju nto ao Registro de Imó-ve is;

II – le vantamento planialtimétrico do imó vel nos te rmo s dos arts. 10 e 11 do De creto nº 12.715, de 23 de março de 20 00;

III – Decla ração Municipa l;

IV – pessoa física: documento de identidade, CP F, qualifica-ção, endereço p rofissiona l ou re sidencial e te lefone; e

V – pessoa juríd ica: cópia do contrato socia l, estatuto ou de-clara ção de firma individua l, copia do documento de identidade e do CPF do represen tante le gal e documento d e repre sentação.

Art. 6º A análise da TPC aplicada em projeto de edificação deve rá tram itar po r meio de processo administrativo simp lificado (p roce s-so filhote), com nu meração vinculada ao e xpediente ún ico que de ve rá se r instru ído com os documentos referido s no art. 5º deste Decre to e com o segu inte:

I – projeto arqu itetônico apro vado (p lanta 01)

II – cro qu i com ide ntificação da á rea de matrícula e resp ectiva área atin gida, ela borada Unidade d e Planejamento Viário (UPV), da SMUrb;

III – demonstrativo de cálculo do potencial construtivo a ser transferido e corre spondente valo r e m moeda corrente;

IV – parece r da Unidade de Desap ro priação e Rese rva de Ín-dices (UDRI), da SMUrb, onde de ve rá con star: a viabilidade té cnica da TPC sob os aspectos da existên cia d o gra vame, sua efetiva imp lantação e dimensões da área atin gida;

V – parecer da UDRI, da SMUrb, com análise de densificação na macro zona, Unidade de Estrutu ra ção Urbana (UE U) e do quarte irão, nos termos dos arts. 66 e 71 da Lei Complementar nº 434, de 1999, ela-borado com base no Banco de Índices Construtivos e Mo vimentação – TPC, criado pelo a rt. 10 deste De creto .

(4)

4 VI – registro do abatimento do potencial construtivo tran sacio -nado por meio de juntada do extrato da operação junto ao Banco de Índi-ces Con strutivo s e Mo vimentação – TPC;

VII – parecer ju ríd ico da Procurado ria Setorial da SMUrb sobre o deve r de indenizar; e

VIII – qua lquer ou tro documento ou manifestação entendida como necessária p ara complementar e justificar a transa ção.

Parágrafo único. Nas hipóteses de alargamento onde já te-nham sido implantados os parecere s referidos nos in cs IV e V deste arti-go, de verá se r analisada a data de implementação da obra, e a incidência de prescrição.

Art. 7º Na hipóte se de TPC aplicad a em projeto de e difica-ção, com a aná lise da AEI, da SMF, e a proto colização dos documentos referidos nos a rts. 5º e 6º deste Decreto, caberá à Procuradoria de Patri-mônio e Domínio Público, da PGM, an alisa r as que stões relativas à titu la-ridade da área a ser indenizada bem como manifestar-se sobre eventua is ônus incidentes so bre o imó vel e de mais pre ssuposto s jurídico s pa ra a formalização da TP C.

Art. 8º A minuta de escritura pública de formaliza ção da TPC será e xaminada pelo Setor de Escritu ras, da PGM, send o requ isitos pré -vios à sua análise a juntada dos se gu intes documentos:

I – no caso de pessoa física, juntada de mandato, por instru -mento público, com poderes específicos, no caso de solicitação feita por terce iros;

II – no ca so de pe ssoa ju rídica de ve rá ser ane xado ao e xpedi-ente a comprovaçã o da anuência do quadro socia l para a lienação de imó-ve is na forma pre vista em contato social ou e statuto, de acordo com a respectiva natu re za juríd ica da empre sa;

III – certidão de in existên cia de ônus sobre o imó vel ob jeto da TPC; e

IV – a compro vaçã o de cance lamento do ônus de qua lqu er na -ture za ou da anuên cia do credor, que deve rá consta r na escritu ra pública, quanto à indenização pretendida, em caso de existên cia de ônus sobre o imóve l ob jeto da TPC.

(5)

5 Art. 9º Após o registro imobiliário da escritu ra pública de TPC, o Setor de Escritu ras da PGM encaminhará o processo administrati-vo simplificado pa ra Area de Patrimônio Mun icipal (AP M), da S MF, para re gistro e, po sterio rmente, reto rnar à UDRI, da S MUrb.

Art. 10. Finalizad o o procedimento d e formalização e registro da TPC, o processo administrativo simplificado de verá ser arqu ivado, sem preju ízo do re gistro da transação jun to ao expediente ú nico para fins de informação e controle.

Art. 11. O siste ma unificado e in formatizado de po tencial construtivo e respe ctiva mo vimentaçã o incorpo rará as in formações atual-mente existentes n os bancos de dado s da UDRI, da S MUrb, contendo as informações individualizada s re lativa s a cada TPC re alizada, de vendo constar, no mín imo, as se guinte s informações:

I – identificação n umérica individua l seqüencia l da TPC reali-zada;

II – enquad ramento le gal; III – imó ve l objeto da TPC;

IV – valo r nominal (em reais) da tran sferência; V – data da transa ção; e

VI – imó vel ob jeto de destinação dos índ ices indenizado s, quando for o caso.

Parágrafo único. O sistema unificad o e informatizado pre vis-to no “caput” deste artigo, ao encargo da UDRI, da SMUrb, de verá possi-bilitar a gera ção de relató rios sob re a quantidade mensal de índ ices tran-sacionados, estoque disponível e transacionado ind ividualizado por ma-cro zona, UEU e qu arteirão, de vendo ser dispon ibilizado, com informações atualizada s, no en dereço eletrôn ico d a SMUrb.

Art. 12. Os índ ices oriundos de TP C poderão ser tra nsacio -nados entre pa rticulares mediante escritura púb lica e sua utilização con-dicionada ao re gistro no ofício imob iliário.

Art. 13. Em qualquer ca so, na utilização dos índ ices a dquiri-dos por me io de TPC, o intere ssado deve rá ap resenta r projeto a

(6)

rquitetô-6 nico, referindo na planta a origem dos índ ices utilizados, cópia da escritu -ra pública de o rige m ou da t-ransferência da TPC.

Parágrafo únic o. No caso do “caput” deste a rtigo a utiliza ção dos índices construtivos dependerá da manifestação exp ressa da UDRI, da SMUrb, basead a nas informações contidas no siste ma unificado e in-formatizado de índ ices con strutivo s e compro vação mediante juntada do extrato individua l d e movimentação.

Art. 14. Cabe rá à SMUrb publica r, semestralmente, o s valo res transacionados e por meio de TPC com base no ba nco unificado e in -formatizado.

Art. 15. Pa ra fins do § 9º do art. 52 da Lei Comp lementar nº 434, de 1999, a UDRI, da SMUrb , publicará no Diá rio Oficial E letrôn ico de Porto A legre (DOP A-e), em janeiro e julho de cada an o, a re lação dos quarteirões que nã o receberão índ ice s construtivos ad quiridos por me io de TPC.

Art. 16. O sistema unificado e informatizado referido no art. 11 deste Decre to deve rá ser implantado no pra zo de 6 (se is) meses a contar da pub lica ção deste Decreto.

Art. 17. A TPC efetuada sem a observância das d ispo sições deste Decreto su jeitará o se rvidor à re sponsabiliza ção funcional.

Art. 18. Este Decreto entra em vigo r na data da sua publica -ção.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 23 de outubro de 2013.

José Fo rtunati, Prefeito.

Registre -se e pub lique-se.

Urbano S chmitt,

Referências

Documentos relacionados

Inicialmente, até que as ações estejam bem delineadas, a proposta é de que seja realizada apenas uma reunião geral (Ensino Fundamental e Educação Infantil)

(2009) sobre motivação e reconhecimento do trabalho docente. A fim de tratarmos de todas as questões que surgiram ao longo do trabalho, sintetizamos, a seguir, os objetivos de cada

Em que pese ausência de perícia médica judicial, cabe frisar que o julgador não está adstrito apenas à prova técnica para formar a sua convicção, podendo

the human rights legislated at an international level in the Brazilian national legal system and in others. Furthermore, considering the damaging events already

Quando conheci o museu, em 2003, momento em foi reaberto, ele já se encontrava em condições precárias quanto à conservação de documentos, administração e organização do acervo,

O presente trabalho foi realizado em duas regiões da bacia do Rio Cubango, Cusseque e Caiúndo, no âmbito do projeto TFO (The Future Okavango 2010-2015, TFO 2010) e

Como parte de uma composição musi- cal integral, o recorte pode ser feito de modo a ser reconheci- do como parte da composição (por exemplo, quando a trilha apresenta um intérprete

São eles, Alexandrino Garcia (futuro empreendedor do Grupo Algar – nome dado em sua homenagem) com sete anos, Palmira com cinco anos, Georgina com três e José Maria com três meses.