CAPÍTULO
Competência Tributária
“Limitações Constitucionais
ao Poder de Tributar”
DO PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE
DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
TRIBUTÁRIA
C.F.
“Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que
o estabeleça;”
PRINCÍPIO DA TIPICIDADE TRIBUTÁRIA
CTN Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; (continua)
(continua)
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.”
NÃO ESTÃO SUJEITOS AO
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE BASE
DE CÁLCULO
CTN Art. 97 § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
CTN Art. 97 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
(Súmula 160 do STJ)
"É defeso, ao Município, atualizar o IPTU
mediante
decreto,
em
percentual
superior ao índice oficial da correção
monetária”
"Na dicção da ilustrada maioria, em relação à qual guardo reservas, o disposto no art. 109 da Lei 6.374/1989 não implicou delegação incompatível com a Carta de 1988, tampouco importando em violência aos princípios da legalidade e da não cumulatividade a previsão sobre a incidência da correção monetária antes de o tributo tornar-se exigível. Precedentes: RE 154.273-0/SP e (continua)
(continua) RE 172.394-7/SP, nos quais, como Relator, fiquei vencido. Tributo – Correção – Índice local. A disciplina da atualização dos tributos está compreendida na previsão do inciso I do art. 24 da CF, cabendo, concorrentemente, à União, aos Estados e ao Distrito Federal." (RE 196.341-AgR)
PRAZO DE PAGAMENTO
CTN “Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.”
PRAZO DE PAGAMENTO
CTN “Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e
as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.”
“De outra parte, não se compreendendo
no campo reservado a lei, pelo Texto
Fundamental, a definição do vencimento
e do modo pelo qual se procederá a
atualização monetária das obrigações
tributárias, também não se pode ter por
configurada delegação de poderes no
cometimento de tais encargos, (...)”
STF
"Não se compreendendo no campo
reservado
à
lei
a
definição
de
vencimento das obrigações tributárias,
legítimo
o
Decreto
34.677/1992,
que
modificou a data de vencimento do
ICMS. Improcedência da alegação no
sentido de infringência ao princípio da
anterioridade e da vedação de delegação
legislativa." (
RE 182.971
)
STF
“Somente por via de lei, no sentido
formal, publicada no exercício financeiro
anterior, é permitido aumentar tributo,
como tal havendo de ser considerada a
iniciativa de modificar a base de cálculo
do IPTU, por meio de aplicação de
tabelas
genéricas
de
valorização
de
imóveis,
relativamente
a
cada
(continua)
que torna o tributo mais
oneroso. Caso em que as novas regras
determinantes da majoração da base de
cálculo não poderiam ser aplicadas no
mesmo
exercício
em
que
foram
publicadas, sem ofensa ao princípio da
anterioridade.” (
RE 234.605
)
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE TRIBUTÁRIA
Exceção ao Princípio da Legalidade
Tributária na C.F.
C.F.
“153 § 1º - É facultado ao Poder
Executivo, atendidas as condições e os
limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas dos impostos enumerados nos
incisos I, II, IV e
V” (II, IE, IPI, IOF)
ALÍQUOTA MÁXIMA ALÍQUOTA MÍNIMA
LEI
ATO DO PODER
EXECUTIVO
-DECRETOS
-PORTARIAS
MINISTERIAIS
%
CUIDADO!
Artigos Derrogados no CTN
CTN Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
CIDE DO PETRÓLEO (combustíveis)
C.F “art. 177 § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (continua)
(continua)
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (...)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b;”
C.F. “art.155 § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte XII - cabe à lei complementar h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b.”
CF 155 § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:
(...)
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. (continua)
DA CONCESSÃO DOS
FAVORES FISCAIS
REGRA GERAL
C.F art. 150 § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
FAVORES FISCAIS DO ICMS
EXCEÇÃO À LEGALIDADE TRIBUTÁRIA EXIGEM CONVÊNIO DOS ESTADOS
E DISTRITO FEDERAL
CF “ art. 155 § 2º,XII cabe à lei complementar: (...)
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.”
LEI 8212
Art. 22, II (não ofensa à
legalidade tributária)
"As Leis 7.787/1989, art. 3º, II, e 8.212/1991, art. 22, II, definem, satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de „atividade preponderante‟ e „grau de risco leve, médio e grave‟, não implica ofensa ao princípio da legalidade genérica, CF, art. 5º, II, e da legalidade tributária, CF, art. 150, I." (RE 343.446, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 20-3-2003, Plenário, DJ de 4-4-2003.)
EXIGÊNCIA DE LEI
CUSTAS E EMOLUMENTOS
JUDICIAIS E
"Já ao tempo da EC 1/1969, julgando a Rp 1.094-SP, o Plenário do STF firmou entendimento no sentido de que „as custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais‟, por não serem preços públicos, „mas, sim, taxas, não podem ter seus valores fixados por decreto, sujeitos que estão ao princípio constitucional da legalidade (continua)
(continua) Tal conceito abrange não só as custas judiciais, mas, também, as extrajudiciais (emolumentos), pois estas resultam, igualmente, de serviço público, ainda que prestado em caráter particular (art. 236). Mas sempre fixadas por lei." (ADI 1.444, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 12-2-2003, Plenário, DJ de 11-4-2003.)
STF "A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça afronta o princípio da reserva legal. Somente a lei pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas judiciárias. Precedentes." (ADI 1.709, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 10-2-2000, Plenário, DJ de 31-3-2000.)
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
ESTRITA
"Licença ou Guia de Importação ou documento equivalente: a alteração do art. 10 da Lei 2.145, de 1953, pela Lei 8.387, de 1991, não mudou a natureza jurídica do crédito remunerador da atividade estatal específica, o exercício do poder de polícia administrativa, de taxa para preço público. Ofensa ao princípio da legalidade tributária, CF, art. 150, I, CTN, art. 97, IV, dado que a lei não fixa a base de cálculo e nem a alíquota." (RE 188.107)
“Tributo – Regência – Princípio da legalidade estrita – Garantia constitucional do cidadão. Tanto a Carta em vigor, quanto – na feliz expressão do Ministro Sepúlveda Pertence – a decaída encerram homenagem ao princípio da legalidade tributária estrita. Mostra-se inconstitucional, porque conflitante com o art. 6º da CF de 1969, o art. 1º do DL 1.724, de 7 de dezembro de 1979, (continua)
(continua) no que implicou a exdrúxula delegação ao Ministro de Estado da Fazenda de suspender – no que possível até mesmo a extinção – „estímulos fiscais de que tratam os arts. 1º e 5º do DL 491, de 5 de março de 1969‟.” (RE 250.288, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-12-2001, Plenário, DJ de 19-4-2002.)
"Ação direta de inconstitucionalidade. Item 5.4 do anexo I da Portaria 62, de 20-3-2000, do Ministério do Meio Ambiente. Medida cautelar deferida. Dispositivo por meio do qual o Ministério do Meio Ambiente, sem lei que o autorizasse, instituiu taxa para inspeção de importações e exportações de produtos da indústria pesqueira, a ser cobrada pelo Instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, com ofensa ao princípio da legalidade estrita (...)(ADI 2.247-MC.
STF "Não se coaduna com o sistema constitucional norma reveladora de automaticidade quanto à alíquota do imposto de transmissão causa mortis, a evidenciar a correspondência com o limite máximo fixado em resolução do Senado Federal." (RE 213.266, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 20-10-1999, Plenário, DJ de 17-12-1999.)
DO PRINCÍPIO DA
IRRETROATIVIDADE
CF “art 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;”
IRRETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA
CF “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;”
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
2000 2001
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
2000 2001
VIGÊNCIA X EFICÁCIA 2000 2001 Lei publicada institui tributo “Vacatio legis” Em vigor (vigência) (*2) EFICÁCIA
IRRETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA NO CTN
CTN “Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência
tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.”
Se o FATO GERAROR é;
1)SIMPLES - Um só Fato Gerador a)Instantâneo – ex. ICMS
b)Contínuo ou continuado. Ex. IPTU (periódico) 2) Fato complexo ou complexivo- Mais de um
FATO GERADOR SIMPLES INSTANTÂNEO
2000 2001
FATO GERADOR Lei publicada
FATO GERADOR SIMPLES CONTÍNUO 2000 FATO GERADOR Lei publicada Majorando % aplicável ao respectivo FG (salvo*)
* Via de regra a lei considera o fato gerador ocorrido em 01 de janeiro do próprio ano calendário (para fins de cálculo) –neste caso a referida lei não se aplicaria ao respectivo fato gerador
FATO GERADOR COMPLEXO (IR)
FG FG FG FG FG FG declaração de ajuste
_______________________________________________ 1/1 31/12
Ano – calendário Período de Exercício
2013 2014
* Para o STF , considera-se aperfeiçoado o fato gerador em 31 de dezembro do ano calendário
STF
O fato gerador do imposto de renda é aquele apurado no balanço que se encerra em 31 de dezembro de cada ano. O Decreto-lei 2.462 foi publicado em 31 de agosto de 1988. Foi respeitado o princípio da anterioridade da lei tributária. Recurso não conhecido. RE 199352 PR
FATO GERADOR COMPLEXO (CSLL)
FG FG FG FG FG FG declaração de ajuste
_______________________________________________ 1/1 31/12
Ano – calendário Período de Exercício
2013 2014
* Para o STF , considera-se aperfeiçoado o fato gerador em 31 de dezembro do ano calendário
STF
Se o fato gerador da obrigação tributária relativa à contribuição social reputa-se ocorrido em 31 de dezembro, conforme a orientação do STF, a lei que esteja em vigor nessa data é aplicável imediatamente. AI-AgR-ED 333.209
DO PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE
TRIBUTÁRIA
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
CF art. 150 . “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:(...)
III - cobrar tributos: (...)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”;
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
2000 2001
Lei publicada institui tributo
IRRETROATIVIDADE
X
VIGÊNCIA 2000 2001 Lei publicada institui tributo “Vacatio legis” Em vigor (vigência) (*2)
VIGÊNCIA X EFICÁCIA 2000 2001 Lei publicada institui tributo “Vacatio legis” Em vigor (vigência) (*2) EFICÁCIA Anterioridade Tributária Art. 150,III, b CF 01/01
VIGÊNCIA X EFICÁCIA
2000 2001
Lei publicada
institui tributo “Vacatio legis” Em vigor (vigência) (*2) EFICÁCIA Anterioridade Tributária Art. 150,III, b CF 01/01
A regra legislativa que se limita simplesmente a mudar o prazo de recolhimento da obrigação tributária, sem qualquer repercussão, não se
submete ao princípio da anterioridade. RE-AgR
A redução ou a extinção de desconto para pagamento de tributo sob determinadas condições previstas em lei, como o pagamento antecipado em parcela única, não pode ser equiparada à majoração do tributo em questão, no caso, o IPVA. Não incidência do princípio da anterioridade tributária. Vencida a tese de que a redução ou supressão de desconto previsto em lei implica, automática e aritmeticamente, aumento do valor do tributo devido. Medida cautelar indeferida.” (ADI 4.016-MC)
STF “Substituição legal dos fatores de indexação – alegada ofensa às garantias constitucionais do direito adquirido e da anterioridade tributária – inocorrência – simples atualização monetária que não se confunde com majoração do tributo. (...) A modificação dos fatores de indexação, com base em legislação superveniente, não constitui desrespeito a situações jurídicas consolidadas (CF, art. 5º, XXXVI), (continua)
(continua) nem transgressão ao postulado da não surpresa, instrumentalmente garantido pela cláusula da anterioridade tributária (CF, art. 150, III, b).” (RE 200.844-AgR)
STF “(...) sustentou corretamente que ele, por força
do art. 150, I, da Carta Magna só pode aumentar tributo por lei estadual específica e não por meio de lei que se atrele genericamente a essa alíquota máxima fixada pelo Senado e varie posteriormente com ela, até porque o princípio da anterioridade, a que está sujeita essa lei estadual de aumento, diz respeito ao exercício financeiro em que ela haja sido publicada e não, per relationem, à resolução do Senado que aumentou o limite máximo da alíquota.” (RE 218.182)
EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA:
1- APLICAÇÃO NO MESMO EXERCÍCIO
EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE
TRIBUTÁRIA:
APLICAÇÃO NO MESMO
EXERCÍCIO
EXCEÇÃO À ANTERIORIDADE
2000 2001
Lei publicada institui
EXCEÇÃO À ANTERIORIDADE
CF art. “150 § 1º C.F “A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.”
EXCEÇÃO À ANTERIORIDADE
CF art. “150 § 1º C.F “A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II;
Empréstimo compulsório (guerra externa ou calamidade pública, II, IE, IPI, IOF e imposto extraordinário de guerra
CF 155 § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:
(...)
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. (continua)
CIDE DO PETRÓLEO (combustíveis)
C.F “art. 177 § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (continua)
(continua)
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (...)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b;”
EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE
TRIBUTÁRIA:
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
OU MITIGADA (STF)
C.F 195
§ 6º - As contribuições sociais
de que trata este artigo só poderão ser
exigidas após decorridos noventa dias
da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado, não se
lhes aplicando o disposto no art. 150, III,
"b".
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
2000 2001
Lei publicada institui contribuição social
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
2000 2001
Lei publicada institui contribuição social
Das limitações constitucionais ao
Poder de Tributar
como Cláusulas Pétreas
art. 60 § 4° C.F.
“2. A Emenda Constitucional n. 3, de 17.03.1993, que, no art. 2., autorizou a União a instituir o I.P.M.F., incidiu em vício de inconstitucionalidade, ao dispor, no parágrafo 2. desse dispositivo, que, quanto a tal tributo, não se aplica "o art. 150, III, "b" e VI", da Constituição, porque, desse modo,
violou os seguintes princípios e normas
“ (continua) 1. - o princípio da anterioridade, que e garantia individual do contribuinte (art. 5., par. 2., art. 60, par. 4., inciso IV e art. 150, III, "b" da Constituição); 2. - o princípio da imunidade tributaria reciproca (que veda a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a instituição de impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços uns dos outros) e que e garantia da Federação (art. 60, par. 4., inciso I,e art. 150, VI, "a", da C.F.); (continua)
(continua) 3. - a norma que, estabelecendo outras imunidades impede a criação de impostos (art. 150, III) sobre: "b"): templos de qualquer culto; "c"): patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; e "d"): livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; STF- ADI 939-7
DO PRINCÍPIO DA
NOVENTENA
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
CF art. 150 . “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
III - cobrar tributos: (...)
c) antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b”;
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
2004 2005
Lei publicada institui tributo
EXCEÇÃO À NOVENTENA
CF art. “150 § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.”
EXCEÇÃO À NOVENTENA
CF art. “150 § 1º (...) e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.”
Empréstimo compulsório (guerra externa ou calamidade pública), II, IE, IR, IOF, imposto extraordinário de guerra, IPTU e IPVA (quanto à majoração de BC)
EXCEÇÃO À NOVENTENA
2004 2005
Lei publicada institui
EXCEÇÃO À NOVENTENA
2004 2005
Lei publicada institui
Tributo Aplica-se no início do exercício seguinte
<90 dias
PARA ANÁLISE
Frase 1-
O princípio da Anterioridade
Nonagesimal ou Mitigada não se aplica
ao ICMS
Frase 2- O princípio
da (Anterioridade
Nonagesimal) noventena criada pela EC
42/03 não se aplica aos tributos previstos
no art. 150
§1º CF, aplicando-se ao ICMS.
CONCLUSÕES
1- O IPI é exceção à Anterioridade
Tributária,
no
entanto,
observa
a
Noventena
2-
O
IR
observa
a
Anterioridade
Tributária,
no
entanto,
é
exceção
à
Noventena
CONCLUSÕES
3- O IPTU e o IPVA observam o princípio
da anterioridade tributária, no entanto,
são
exceção
à
noventena
quanto
à
majoração (fixação) da base de cálculo
Anterioridade Tributária
X
Anterioridade tributária
Máxima
CF art. 150, III, “b” C.F
c/c
Anterioridade Tributária Máxima
Anterioridade Tributária ou
Anterioridade Mínima (Anual ou dos Exercícios)
(150,III,b CF) Noventena (Anterioridade Nonagesimal) criado pela EC 42/03 (150, III, c CF) C/C
FATO GERADOR SIMPLES INSTANTÂNEO 2004 2005 FATO GERADOR Lei publicada Majorando % 90 dias 01/01
FATO GERADOR SIMPLES CONTÍNUO
2004 FATO GERADOR
Lei publicada
Majorando % NÃO aplicável ao respectivo FG (VIOLAÇÃO À ANTERIORIDADE)
* Via de regra a lei considera o fato gerador ocorrido em 01 de janeiro do próprio ano calendário (para fins de cálculo) –neste caso a referida lei não se aplicaria ao respectivo fato gerador
Fato Gerador p/ fins de cálculo
FATO GERADOR SIMPLES CONTÍNUO
2004 01/01 2005
FATO GERADOR Lei publicada
Majorando % NÃO aplicável ao respectivo FG (VIOLAÇÃO À ANTERIORIDADE)
* Via de regra a lei considera o fato gerador ocorrido em 01 de janeiro do próprio ano calendário (para fins de cálculo) –neste caso a referida lei não se aplicaria ao respectivo fato gerador
Fato Gerador p/ fins de cálculo 90 dias
FATO GERADOR COMPLEXO (CSLL)
FG FG FG FG FG FG declaração de ajuste
_______________________________________________ 1/1 31/12
Ano – calendário Período de Exercício
2013 2014
* Para o STF , considera-se aperfeiçoado o fato gerador em 31 de dezembro do ano calendário
Lei majora % CSLL aplicável em 2013 (se publicada até 2 de outubro em respeito à anterioridade nonagesimal)
STF
Segundo o STF, se publicada lei majorando % de CSLL após 2 de outubro do ano calendário, só teria eficácia após 90 dias, portanto, após 31 de dezembro do respectivo ano calendário (quando se considera ocorrido o fato gerador), aplicando-se, portanto, apenas para o ano calendário subsequente. RE 146733
FATO GERADOR COMPLEXO (IR)
FG FG FG FG FG FG declaração de ajuste
_______________________________________________ 1/1 31/12
Ano – calendário Período de Exercício
2013 2014
* Para o STF , considera-se aperfeiçoado o fato gerador em 31 de dezembro do ano calendário
Doutrina- Lei publicada em 28/12/2013 majorando % IR aplica-se (eficácia) para FG ocorrido após 01/01/2014 (observância ao art. 150, III, b C.F).
Vale lembrar que o IR constitui exceção ao art. 150 ,III, c C.F. (à noventena)
Súmula 584 STF- “Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.”
De acordo com o STF, lei publicada em 28/12/2013 iria produzir efeitos aos fatos geradores ocorridos em 2013 e aperfeiçoados em 31/12/2013 (ano calendário), correspondentes ao período de exercício 2014.
1. O fato gerador do Imposto de Renda identifica-se com a disponibilidade econômica ou jurídica do rendimento (CTN, art. 116). Inaplicabilidade da Súmula 584/STF, construída à luz de legislação anterior ao CTN. 2. A tributação do Imposto de Renda decorre de concreta disponibilidade ou da aquisição de renda. 3. A lei vigente após o fato gerador, para a imposição do tributo, não pode incidir sobre o mesmo, sob pena de malferir os princípios da anterioridade e irretroatividade.
NÃO SURPRESA
X
CF “art. 62 § 2º Medida provisória que implique
instituição ou majoração de impostos, exceto os
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se
houver sido convertida em lei até o último dia
daquele em que foi editada”
MEDIDA PROVISÓRIA X PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA x NOVENTENA
IMPOSTOS
2004 2005
MP publicada institui imposto
Aplica-se a lei a partir do exercício seguinte 60 dias 60 dias
MP prorrogada
MEDIDA PROVISÓRIA X CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS MP publicada institui contribuição social 60 dias 60 dias MP prorrogada 90 dias
MEDIDA PROVISÓRIA X CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS MP publicada institui cont social 60 dias 60 dias MP prorrogada 90 dias
Publicação da lei de conversão ( na hipótese de alterações substanciais na MP)
ANUALIDADE TRIBUTÁRIA
Era um princípio que exigia a autorização orçamentária do Congresso Nacional para que o tributo majorado ou instituído pudesse ser cobrado dentro do ano a que se referia o respectivo orçamento. Ou seja, não bastava que a lei que instituísse ou majorasse um tributo fosse aplicada a partir do exercício financeiro seguinte a sua publicação (anterioridade tributária), (continua)
ANUALIDADE TRIBUTÁRIA
(continua) era necessário que no exercício anterior ao início dessa aplicação o Congresso Nacional fizesse a previsão do tributo como receita na Lei Orçamentária (ratificação orçamentária do Congresso Nacional). Tal princípio foi eliminado pela E.C. 01/69.