XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis
XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015
A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA INCLUSÃO DO IDOSO NO
AMBIENTE ACADÊMICO
Elza Maria Santos da Silveira1; Denise Costa Ceroni2; Noeli Teresinha Gomes3 Identificação 1:
Fisioterapeuta
Doutoranda Fisiologia –UFRGS Mestre em Fisiologia –UFRGS
Especialização Gerontologia Clínica-IAHCS
Especialização Administração Hospitalar e Negócios em Saúde- IAHCS Identificação 2:
Psicologia Institucional-UniRitter
Coordenadora do NAD - Núcleo de Apoio aos Discentes -UniRitter
Coordenadora do NAP - Núcleo de Apoio Pedagógico aos Docentes- UniRitter
Coordenadora do Pós Graduação - Psicopedagogia Clinica em Abordagem Institucional e Terapêutica UniRitter -
Coordenadora do Programa de Atenção Pedagógica em Educação de Adultos- UniRitter Docente da Faculdade de Pedagogia- UniRitter.
Identificação3:
Acadêmica do Curso de Pedagogia- UniRitter
1. Introdução
Atualmente a educação destinada a idosos possui um aspecto diferenciado, não sendo mais um meio assistencialista ou de compensação, ela desempenha papel democrática proporcionando o encontro de pessoas com objetivo permanente de trocas de experiências (Gadoti, 1984. Scortegagna e Oliveira, 2010) e para que isso ocorra , tornam-se necessárias novas ações educacionais para essa faixa etária.
A educação inclusiva é um processo complexo que envolve a participação de várias ações no âmbito educacional, de saúde, no ambiente físico entre outras, tornando importante o respeito à diversidade de cada indivíduo e a realização de transformações
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quando necessárias para receber e mantiver o aluno em um processo educativo ativo e constitutivo ( Rocha, 2013).
Sendo assim, o trabalho do fisioterapeuta inserido em uma equipe multiprofissional que visa à inclusão de idosos na sala de aula, já vem sendo analisada como parte importante desse processo, uma vez que o fisioterapeuta pode contribuir em vários aspectos do aprendizado, sendo considerada também uma responsabilidade social.
Os idosos fazem parte de uma parcela significativa da população, uma vez que o aumento do número de indivíduos nesta faixa etária vem aumentando a cada ano (IBGE, 2002), vários fatores contribuem para essa mudança entre eles a melhora no saneamento básico; as atuais conquistas médico-tecnológicas da medicina moderna, com novos recursos que proporcionam diagnósticos mais precisos, proporcionando prevenção e cura de doenças que antes eram consideradas fatais reduzindo dessa forma a mortalidade e aumentando a expectativa de vida elevando consequentemente a taxa da população idosa, mesmo em países em desenvolvimento onde o acesso aos serviços de saúde ainda é restrito. (Araújo e Alves, 2000). Atualmente, muitos idosos ainda trabalham e tem participação ativa na renda familiar, outros por sua vez, mesmo aposentados buscam atividades para ocupar o tempo livre e todos esses fatores devem ser levados em consideração.
Os idosos tem a capacidade de aprender independente da sua idade, a partir do momento em que é incentivado, pois o processo de aprendizagem ocorre de forma contínua e de maneira significativa. Segundo Moragas (1991), para que os idosos tenham uma aprendizagem efetiva, são necessárias motivações adequadas além de um meio que permita o tempo de assimilação e que assegure um papel social significativo a essas pessoas. Estudos demonstram que idosos que participam de atividades intelectuais, sociais (James et al, 2011) e físicas (Jedrziewski et al, 2007), melhoram significativamente a função cognitiva podendo diminuir os efeitos fisiológicos do envelhecimento como déficits de memória e diminuir o risco de demências(Wilson et al, 2002)
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2. Metodologia
Esse trabalho é realizado com os idosos pertencentes ao Grupo Revivendo a Vida em parceria com a UniRITTER. O Grupo Revivendo a Vida (GRV) é formado por pessoas acima dos 60 anos de idade que integra o Programa de Atenção Pedagógica em educação de adultos na UniRitter. Os participantes do projeto podem escolher os dias e as atividades que irão realizar, pois a cada dia é oferecida uma atividade diferente, organizada por uma equipe multiprofissional, sendo que o fisioterapeuta faz parte desta equipe.
Em um dos dias da semana é desenvolvido oficina de saúde ministrada por profissionais da área, nesta oficina são desenvolvidas atividades teóricas e práticas. As atividades teóricas ocorrem na sala de aula e compreendem da apresentação do tema com a utilização de recursos audiovisuais, à medida que os assuntos são explanados, os alunos são solicitados a contribuir com debates e explanação de experiências vivenciadas de modo a possibilitar a fundamentação para prática.
As atividades práticas ocorrem de forma intercalada com a teoria ou no final da aula. Os alunos aprendem noções básicas de controle de sinais vitais, como o controle da pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, o controle dos medicamentos que está utilizando e a importância de procurar e seguir as orientações dos profissionais da saúde agindo ativamente no processo de prevenção para obtenção de uma melhora na qualidade de vida.
3) Resultados e Discussão
O presente trabalho realizado com o Grupo revivendo a vida busca ressaltar a importância do fisioterapeuta na inclusão dos idosos no processo escolar e social, como atuante da equipe multiprofissional.
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Alguns pesquisadores vêm estudando alternativas que melhorem a qualidade de vida dos idosos e a inclusão em sala de aula é uma possibilidade de proporcionar ao indivíduo, atualização cultural, novos vínculos sociais, melhorar a auto-estima, proporcionar bem- estar e auxiliar no controle emocional. (Neto, 2002;Leão, 2008; Silveira, 2010 ).
Porém os estudos nessas áreas ainda são escassos, tendo em vista que essa proposta do fisioterapeuta como parte integrande da equipe ainda é recente.
O fisioterapeuta pode contribuir com seus conhecimentos a fim de auxiliar tanto os idosos, como os demais profissionais em situações relacionadas com a cognição, motricidade, postura corporal, adequações de ambientes entre outros.
4) Conclusões
O trabalho do Fisioterapeuta como parte integrante da equipe multiprofissional na educação inclusiva de idosos, busca ampliar ainda mais a possibilidade do idoso ter exito no processo ensino-aprendizagem, o que também será um ponto positivo na qualidade de vida dos mesmos.
5) Palavras-chave
Fisioterapia; educação; inclusão social 6) Agradecimentos.
Agradeço aos participantes do Grupo Revivendo a Vida, a coordenadora do Projeto Prof. Ms. Denise Ceroni, a instituição UniRitter e aos demais colegas que auxiliam na execução do projeto.
7) Referências bibliográficas
ARAUJO, Tereza Cristina Nascimento; ALVES, Maria Isabel Coelho. PERFIL DA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL. Textos Envelhecimento, Rio de Janeiro, v. 3, n. 3, fev. 2000 .
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GADOTTI, M. A educação contra a educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.1984.
JEDRZIEWSKI, M.Kathryn; LEE, Virginia M.; TROJANOWSKI , John Q.Physical Activity and Cognitive Health.Alzheimers Dement. 2007 April ; 3(2): 98–108.
MORAGAS, R. M. Gerontología social: envejecimiento y calidad de vida. Barcelona, 1991.
ROCHA, Aneleide Pacheco et al. A atuação da Fisioterapia no Processo de Inclusão Escolar dos Alunos da Rede Municipal de Ensino de Lins. Anais do I Simpósio
Internacional de Estudos sobre a Deficiência – SEDPcD/Diversitas/USP Legal – São
Paulo; 2013.
SCORTEGAGNA, Paola Andressa; OLIVEIRA, Rita de Cássia da Silva.Educação: integração, inserção e reconhecimento social para o idoso.Revista Kairós Gerontologia, 13 (1), São Paulo, 13(1): 53-72; 2010.
SILVEIRA, Michele Marinho. Educação e inclusão digital para idosos. Novas Tecnologias na Educação. V. 8 Nº 2, 2010.
WILSON, Robert S; MENDES DE LEON, Carlos F.; BARNES, Lisa L.; SCHNEIDER, Julie A. Participation in Cognitively Stimulating Activities and Risk of Incident Alzheimer Disease.JAMA.287(6):742-748; 2002.
FIGURAS
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Figura 2 – Atividade para estimulação cognitiva.