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AUTOR(ES): ISAQUE GONZAGA TELES, ANDERSON SILVA DE SOUZA, LEONARDO LOPES GOMES, THALITA ALVES PEREIRA FERREIRA

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Academic year: 2021

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TÍTULO: OBTENÇÃO DO NITRATO DE PRATA UTILIZANDO PROCESSADORES DE MICROCOMPUTADORES

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA:

SUBÁREA: QUÍMICA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ISAQUE GONZAGA TELES, ANDERSON SILVA DE SOUZA, LEONARDO LOPES GOMES, THALITA ALVES PEREIRA FERREIRA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANTONIO ORLANDO IZOLANI ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

Resíduos Sólidos Eletroeletrônicos é um termo utilizado para qualificar equipamentos eletroeletrônicos descartados ou obsoletos, incluindo-se computadores, televisores, geladeiras, telemóveis/celulares, e dispositivos. Com a sanção da Lei 12.305, de 2 de Agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos e que regulamenta a destinação final destes no país, deu-se início a uma corrida para produção e destinação de produtos ecologicamente corretos, e uma maior preocupação da sociedade em verificar se determinado produto não fere os princípios de preservação do meio ambiente. Com o mercado de eletrônicos em franca aceleração, com o surgimento de novas tecnologias e, ainda, com a entrada de produtos importados mais baratos, a substituição destes equipamentos tem sido realizada com maior frequência e, consequentemente, maior aumento de resíduo sólido eletrônico. Este Projeto visa o reaproveitamento da prata, como nitrato de prata, contribuindo para com a redução dos impactos ambientais causados por resíduos sólidos eletroeletrônicos. Foram utilizados, no desenvolvimento deste projeto, os processadores dos computadores inutilizados. A obtenção do cloreto de prata foi realizada através da reação dos processadores dos computadores com ácido nítrico concentrado com posterior adição de cloreto de sódio. A obtenção do óxido de prata foi realizada através da reação do cloreto de prata com hidróxido de sódio. A obtenção do nitrato de prata foi realizada através da reação entre o óxido de prata, sacarose e ácido nítrico concentrado.

Palavras-chave: Nitrato de Prata, Prata e Resíduos Sólidos Eletroeletrônicos.

2. INTRODUÇÃO

Resíduos Sólidos Eletroeletrônicos é um termo utilizado para qualificar equipamentos eletroeletrônicos descartados ou obsoletos, incluindo-se computadores, televisores, geladeiras, telemóveis/celulares, e dispositivos. Com a sanção da Lei 12.305, de 2 de Agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos e que regulamenta a destinação final destes no país, deu-se

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início a uma corrida para produção e destinação de produtos ecologicamente corretos, e uma maior preocupação da sociedade em verificar se determinado produto não fere os princípios de preservação do meio ambiente. Com o mercado de eletrônicos em franca aceleração, com o surgimento de novas tecnologias e, ainda, com a entrada de produtos importados mais baratos, a substituição destes equipamentos tem sido realizada com maior frequência e, consequentemente, maior aumento de resíduo sólido eletrônico. Tais resíduos são compostos basicamente por materiais poliméricos e metálicos, mas ainda possuem em sua composição metais pesados e outros materiais, como retardadores de chama bromados, os quais ao serem descartados no solo, em aterros ou lixões, podem causar danos graves ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

Dentro do gabinete (torre de computador) existe um conjunto de placas de circuito impresso, como a placa mãe, placa de rede, placa de modem e placa de vídeo, que estão presentes em praticamente 90% dos computadores. Sua base é composta por diversos componentes, os quais podem apresentar quantidade significativa de materiais valiosos, conforme tabela abaixo.

O nitrato de prata é um composto químico de fórmula molecular AgNO3. Em medicina já foi usado como cauterizador para a eliminação de ligeiras tumorações epidérmicas (verrugas, etc..) e costumava chamar-se de pedra infernal. Apresenta amplo emprego na química analítica, na indústria, na medicina, etc... É um sal inorgânico, sólido à temperatura ambiente, de coloração esbranquiçada, sensível à luz. É venenoso e forte agente oxidante, a ponto de causar queimaduras por contato direto, e irritação por inalação ou contato com a pele, mucosas ou olhos. É

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bastante solúvel em água, formando soluções incolores. Por ser forte oxidante, pode inflamar materiais combustíveis, e é explosivo quando misturado com materiais orgânicos ou outros materiais também oxidantes. A temperaturas elevadas pode decompor-se com emissão de gases tóxicos. É usado em fotografia, em eletrodeposição, na fabricação de vidros e espelhos e também como germicida. Na química é bastante utilizado para o desenvolvimento de novas substâncias.

3. Objetivos

a. Objetivos Gerais

 Obtenção do nitrato de prata a partir de processadores de microcomputadores.

 Caracterização da prata através de reações químicas com o cromato de potássio, iodeto de potássio e cloreto de sódio.

b. Objetivos Específicos

 Obtenção do cloreto de prata a partir de processadores de microcomputadores.

 Obtenção do óxido de prata a partir do cloreto de prata  Obtenção do nitrato de prata a partir do óxido de prata.

4. METODOLOGIA

Foram utilizados no desenvolvimento deste projeto:

 4 processadores de microcomputadores em desuso;  Capela de exaustão;

 Ácido nítrico concentrado;  Bécheres de 100, 250 e 500 ml;  Tubos de ensaio pequenos;  Funis de vidro pequenos;  Erlenmeyers de 250 ml;

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 Suportes universais com garras para filtração;  Papéis de filtro;  Cloreto de sódio;  Centrífuga;  Bastões de vidro;  Hidróxido de sódio;  Sacarose;  Agitadores magnéticos;  Balança analítica.

O óxido de prata, o cloreto de prata e o nitrato de prata foram obtidos através de reações químicas clássicas.

5. DESENVOLVIMENTO

A obtenção do cloreto de prata se deu através da reação dos processadores dos computadores com a adição de 200 mL de ácido nítrico concentrado (Figuras 1a, 1b, 1c e 1d) e posterior adição de 30 mL de solução de cloreto de sódio a 15% (Figuras 2a e 2b).

Figura 1a – Processador de microcomputador e HNO3 concentrado

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Figura 1c – Reação do processador de microcomputador e HNO3 concentrado

Figura 1d – Processo de filtração após reação do processador de microcomputador e HNO3 concentrado

Figura 2a – Adição de solução de NaCl ao filtrado da reação entre o processador de microcomputador e HNO3 concentrado

Figura 2b – AgCl obtido após a adição de solução de NaCl ao filtrado da reação entre o processador de microcomputador e HNO3 concentrado

O óxido de prata foi obtido através da reação do cloreto de prata, sintetizado na etapa anterior, com a adição de 30 mL de solução 5,0 mols/L de hidróxido de sódio.

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A mistura foi aquecida, com agitação, até 98 ºC e adicionou-se pequena quantidade sacarose sólida (Figuras 3a, 3b, 3c, 3d e 3e).

Figura 3a – Aquecimento com agitação do AgCl

Figura 3b – Adição de solução de NaOH ao AgCl

Figura 3c – Obtenção do Ag2O

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Figura 3e – Pesagem do Ag2O sólido

A síntese do nitrato de prata se deu através da reação entre o óxido de prata, obtido anteriormente, com adição de ácido nítrico concentrado (em quantidades estequiométricas) e posterior filtração a frio (Figura 4).

Figura 4 – AgNO3 obtido da reação entre o Ag2O e HNO3 A presença de prata foi confirmada através das reações:

a) Com o cromato de potássio – Formação de precipitado vermelho (cromato de prata).

A Figura 5 mostra a reação do nitrato de prata com o cromato de potássio.

Figura 5 – Formação de precipitado vermelho de cromato de prata (obtido da reação entre o nitrato de prata e o cromato de potássio)

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b) Com o iodeto de potássio – Formação de precipitado amarelo (iodeto de prata).

A Figura 6 mostra a reação do nitrato de prata com o iodeto de potássio.

Figura 6 – Formação de precipitado amarelo de iodeto de prata (obtido da reação entre o nitrato de prata e o iodeto de potássio)

c) Com o cloreto de sódio – Formação de precipitado branco (cloreto de prata).

A Figura 7 mostra a reação do nitrato de prata com o cloreto de sódio.

Figura 7 – Formação de precipitado branco de cloreto de prata (obtido da reação entre o nitrato de prata e o cloreto de sódio)

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6. RESULTADOS

Todos os objetivos do projeto foram cumpridos. O óxido de prata, o cloreto de prata e o nitrato de prata foram obtidos de forma satisfatória conforme ilustrados nas Figuras 1, 2, 3, 4 e 5.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A obtenção do cloreto de prata através da reação entre os processadores de microcomputadores, ácido nítrico concentrado e solução de cloreto de sódio sinalizou, de maneira inequívoca, que existe prata na composição destes processadores. A mudança da coloração branca do precipitado de cloreto de prata para coloração preta caracterizou a presença de óxido de prata. A obtenção do nitrato de prata se deu através do óxido de prata (precipitado preto) e ácido nítrico concentrado com posterior filtração a frio (aparecimento de cristais brancos). A presença de prata foi caracterizada pelas reações do nitrato de prata com: cromato de potássio (aparecimento de precipitado vermelho), iodeto de potássio (aparecimento de precipitado amarelo) e cloreto de sódio (aparecimento de precipitado branco). O aparecimento destes precipitados caracteriza, de forma inequívoca, a presença de íons prata.

8. AGRADECIMENTOS

Ao Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB) e a FAPERJ pelo apoio financeiro concedido.

FONTES CONSULTADAS

1) BIZZO, W.A. Gestão de Resíduos e Gestão Ambiental da Indústria Eletro

Eletrônica, Seminário Abinee Tec., São Paulo. 2007.

2) LEITE, P. R., LAVEZ, N., Souza, V. M. Fatores da Logística Reversa que

influem no Reaproveitamento do “Lixo Eletrônico” – um Estudo no Setor de Informática. SIMPO1, 2009.

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3) LIDE, David R. (ed.), TAYLOR and FRANCIS. CRC Handbook of Chemistry and Physics. In: Properties of the Elements and Inorganic Compounds. 88.ed. Boca Raton, FL. 2008.

4) Nekrasov, Boris.Text-book of General Chemistry. Moscou, URSS: MIR, 1974. 5) SANTOS, Fabio Henrique Silva. Resíduos de origem eletrônica. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2010.

6) Vogel, Arthur I. Textbook of Macro and semimicro qualitative inorganic

Referências

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