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Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação - UNIJUÍ

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Academic year: 2021

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Comentários referentes ao período entre 28/04/2017 a 04/05/2017

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum

1

Jaciele Moreira

2

1 Professor do DACEC/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador,

pesquisador e analista de mercado da CEEMA.

DACEC

Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis,

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Cotações na Bolsa Cereais de Chicago – CBOT GRÃO SOJA (US$/bushel) FARELO SOJA (US$/ton. curta) ÓLEO SOJA (cents/libra peso) TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel) 28/04/2017 9,45 311,70 31,45 4,18 3,58 01/05/2017 9,59 314,30 31,89 4,42 3,69 02/05/2017 9,58 310,80 32,35 4,41 3,64 03/05/2017 9,63 314,60 32,32 4,43 3,66 04/05/2017 9,65 314,10 32,33 4,26 3,58 Média 9,58 313,10 32,07 4,34 3,63

Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos

Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos

Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.

Médias semanais* (compra e venda) no mercado de lotes brasileiro - em praças selecionadas (em R$/Saco)

SOJA Média Var. % relação média anterior

RS - Passo Fundo 63,75 1,47 RS - Santa Rosa 62,50 1,58 RS – Ijuí 62,50 1,58 PR – Cascavel 63,30 1,18 MT – Rondonópolis 59,63 1,06 MS - Ponta Porá 55,88 1,82 GO - Rio Verde (CIF) 61,50 1,44 BA - Barreiras (CIF) 59,75 0,00 MILHO Argentina (FOB)** 163,00 0,31 Paraguai (FOB)** 100,00 5,26 Paraguai (CIF)** 152,50 6,27 RS – Erechim 27,25 0,69 SC – Chapecó 27,00 0,00 PR – Cascavel 25,38 1,00 PR – Maringá 25,50 0,00 MT – Rondonópolis 19,75 0,00 MS – Dourados 23,00 1,66 SP – Mogiana 26,25 -1,87 SP – Campinas (CIF) 28,25 -2,33 GO – Goiânia 23,50 0,00 MG – Uberlândia 27,50 0,23 TRIGO RS – Carazinho 530,00 0,00 RS – Santa Rosa 540,00 0,00 PR – Maringá 655,00 0,00 PR – Cascavel 610,00 0,00 *Período entre 28/04/2017 a 04/05/17

Fonte: CEEMA com base em dados da Safras & Mercado. Preços em reais/saco. ** Preço

médio em US$/tonelada. *** Em reais por tonelada

Média semanal dos preços recebidos pelos produtores do Rio Grande do Sul – 04/05/2017 Produto milho (saco 60 Kg) soja (saco 60 Kg) trigo (saco 60 Kg) R$ 22,08 58,35 28,40

Fonte: CEEMA, com base em informações da EMATER-RS.

Preços de outros produtos no RS Média semanal dos preços recebidos pelos produtores do Rio Grande do Sul – 04/05/2017 Produto Arroz em casca (saco 50 Kg) 39,10 Feijão (saco 60 Kg) 155,59 Sorgo (saco 60 Kg) 21,75

Suíno tipo carne

(Kg vivo) 3,39

Leite (litro) cota-consumo

(valor líquido) 1,17 Boi gordo (Kg vivo)* 4,83 (*) compreende preços para pagamento em 10 e 20 dias

ND: Não Disponível

Fonte: CEEMA, com base em informações da EMATER

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MERCADO DA SOJA

As cotações da soja melhoraram nesta primeira semana de maio, com o bushel fechando a quinta-feira (04) em US$ 9,65 após US$ 9,45 uma semana antes. A média de abril, para o primeiro mês cotado, ficou em US$ 9,46, contra US$ 9,96/bushel em março.

Como era previsto, o “mercado do clima” está agindo fortemente em Chicago. As intensas chuvas nas regiões de produção nos EUA começam a gerar especulações de que o plantio de milho e soja possa atrasar e não atingir toda a área estimada. Além disso, algum potencial de produtividade, para as áreas já semeadas, poderia diminuir. Salientamos que, para a soja, ainda é cedo para se especular quanto a redução de área e produtividade, lembrando que as dificuldades com a semeadura do milho podem muito bem levar a um aumento ainda mais significativo na área de soja. Todavia, se o clima continuar negativo nos próximos dias, as preocupações e especulações do mercado irão aumentar.

Outro fator que auxiliou na firmeza em Chicago veio das exportações líquidas estadunidenses de soja. As mesmas, na semana encerrada em 20/04, somaram 808.100 toneladas para o ano 2016/17 e 72.300 toneladas para 2017/18, superando largamente o esperado pelo mercado no somatório destes dois anos comerciais.

Em contrapartida, o plantio de soja nos EUA avança muito bem, apesar das intempéries, demonstrando que as mesmas não estão, ainda, prejudicando a soja. O mesmo, até o dia 30/04 alcançava 10% da área esperada, contra 7% na média histórica para esta época do ano.

Dito isso, o mercado espera o relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para este próximo dia 10/05. O mesmo indicará as primeiras estimativas de produção para a nova safra estadunidense.

Já na Argentina, até o final de abril a colheita da soja chegava a 34%, contra 24% na mesma época do ano anterior. E no Brasil a colheita atingia a 95% da área, ficando exatamente dentro da média histórica para este período do ano. Rio Grande do Sul, Bahia e Santa Catarina são os três principais estados onde o percentual a ser colhido ainda é relativamente importante.

Quanto aos preços no Brasil, após o câmbio flertar com o valor de R$ 3,22 na semana anterior, o mercado se estabilizou ao redor de R$ 3,17 nesta semana. Todavia, a melhoria em Chicago ajudou a elevar um pouco os valores médios do saco de soja. Assim, o balcão gaúcho fechou a semana em R$ 58,35/saco, enquanto os lotes fecharam a semana entre R$ 63,00 e R$ 63,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 53,50/saco em Sorriso e Diamantino (MT) e R$ 66,50/saco em Campos Novos (SC), passando por R$ 64,00 no centro, oeste e norte do Paraná, R$ 56,50 no Tocantins e R$ 59,00/saco no Piauí.

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9,35 9,4 9,45 9,5 9,55 9,6 US $/b u sh e l Período Semanal

Gráfico da Variação das Cotações do GRÃO DE SOJA entre 13/04/2017 e 04/05/2017 (CBOT) 310 310,5 311 311,5 312 312,5 313 313,5 US $/t o n . Cu rta Período Semanal

Gráfico da Variação das Cotações do FARELO DE SOJA entre 13/04 e 04/05/2017 (CBOT)

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30,8 31 31,2 31,4 31,6 31,8 32 32,2 ce n ts/ lib ra p e so Período Semanal

Gráfico da Variação das Cotações do ÓLEO DE SOJA entre 13/04 e 04/05/2017 (CBOT)

MERCADO DO MILHO

As cotações do milho em Chicago subiram um pouco durante esta semana, porém, não se sustentaram, não refletindo, como no caso da soja, a especulação climática existente nos EUA. Ou seja, estamos diante de uma grande contradição, pois o milho é o produto que deveria ser mais atingido pelo excesso de chuvas deste momento nos EUA. Assim, o bushel do cereal fechou o dia 04/05 em US$ 3,58, contra US$ 3,62 uma semana antes. A média de abril ficou em US$ 3,60, contra US$ 3,62/bushel em março. O fator clima continua sendo o elemento central neste momento, mesmo que os efeitos especulativos, por enquanto, não sejam grandes no mercado do cereal. Além disso, o mercado espera o relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o próximo dia 10/05. Segundo o mercado, “o relatório poderá cortar estoques da safra velha de milho e soja devido às exportações. Porém, deverá elevar substancialmente os estoques de soja da safra nova e cortar os estoques de milho.” (cf. Safras & Mercado)

Por outro lado, até o dia 30/04 o plantio de milho nos EUA estava dentro da média histórica, ou seja, 34% da área esperada.

Na Argentina e no Paraguai, a tonelada FOB de milho fechou a semana na média de US$ 163,00 e US$ 100,00 respectivamente.

No Brasil, a média no balcão gaúcho ficou em R$ 22,08/saco, acusando leve melhoria em relação às semanas anteriores. Já os lotes oscilaram entre R$ 26,50 e R$ 27,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes de milho giraram entre R$ 17,50 em Sapezal (MT) e R$ 27,50/saco em Videira (SC).

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Na região paulista da Sorocabana o mercado disponível se manteve entre R$ 24,00 e R$ 25,00/saco,enquanto o referencial Campinas se manteve em R$ 28,50/saco CIF igualmente no disponível (cf. Safras & Mercado).

Por sua vez, as exportações de milho brasileiras registraram um volume de apenas 154.700 toneladas em abril, com preço médio de US$ 175,00/tonelada.

Já a colheita da safra de verão no Centro-Sul brasileiro atingiu a 90% da área no final de abril, sendo Minas Gerais o estado mais atrasado com 70% da área colhida até esta data.

Enfim, neste dia 04/05 o governo liberou dois editais de 200.000 toneladas cada um, para leilões de Pepro e de Pep. Segundo Safras & Mercado, o primeiro, que autoriza a venda de milho derivado dos leilões para São Paulo, o que deverá prejudicar produtores locais. Depois exige RE (documento de exportação) para os lotes destinados a exportação. Não são todas as tradings que fornecem este documento ao produtor. Além disso, os volumes dos leilões podem provocar forte queda nos prêmios praticados.

Abaixo segue o gráfico da variação de preços do milho no período entre 13/04/2017 a 04/05/2017. 3,58 3,59 3,6 3,61 3,62 3,63 3,64 3,65 3,66 3,67 US $/b u sh e Período Semanal

Gráfico da Variação das Cotações do MILHO entre 13/04 e 04/05/2017 (CBOT)

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MERCADO DO TRIGO

As cotações do trigo em Chicago deram um salto durante esta semana, batendo em US$ 4,43/bushel no dia 03/05, porém, perderam muita força na quinta-feira (04) ao fechar, o primeiro mês cotado, em US$ 4,26/bushel. As cotações mais elevadas não eram vistas desde meados de fevereiro passado. A título de comparação, a média de abril ficou em US$ 4,20/bushel, contra US$ 4,27 em março.

A sustentação dos preços em Chicago se deu pelo clima desfavorável junto às Planícies produtoras dos EUA, sendo registradas nevascas no oeste do Kansas e sudeste do Colorado, em plena primavera daquele país.

Já no Mercosul, a tonelada FOB para exportação não se alterou, ficando entre US$ 175,00 e US$ 192,00.

No Brasil, o mercado apresentou um pouco mais de liquidez neste início de maio. A média gaúcha no balcão registrou R$ 28,40/saco, enquanto os lotes se mantiveram entre R$ 31,00 e R$ 32,00/saco. No Paraná, os lotes se mantiveram, na referência, igualmente entre R$ 36,00 e R$ 38,00/saco, não havendo mudanças nos preços médios do balcão.

Vale registrar que a Argentina reviu para cima sua produção final de trigo, com a mesma atingindo agora 18 milhões de toneladas, contra as 15 milhões estimadas anteriormente. Isso confirma nossos alertas de que a tendência de colheita na Argentina era de forte aumento na produção devido a retirada do imposto de exportação. De um total de 16 milhões de toneladas disponíveis no vizinho país, contabilizando o estoque de passagem, os argentinos já teriam negociado 12 milhões de toneladas. O Brasil, que no total já importou mais de 5,2 milhões de toneladas, deverá adquirir no exterior ainda mais um milhão de toneladas, pelo menos, entre maio e agosto (mês em que se encerra o atual ano comercial).

A pequena elevação do câmbio durante a semana, embora tenha melhorado um pouco a competitividade do trigo nacional perante o importado, ainda não permite entusiasmar os produtores nacionais do cereal. Aliás, os importadores continuam dando preferência ao produto argentino.

Enfim, vale destacar que começa a diminuir consideravelmente a disponibilidade de trigo para exportação junto aos países vizinhos do Mercosul. Isso deverá oferecer um pouco mais de liquidez ao produto brasileiro nas próximas semanas, podendo melhorar o preço interno, o qual lentamente parece iniciar uma reação.

Abaixo segue o gráfico da variação de preços do trigo no período entre 13/04/2017 a 04/05/2017.

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3,9 3,95 4 4,05 4,1 4,15 4,2 4,25 4,3 4,35 4,4 US $/b u sh e l Período Semanal

Gráfico da Variação das Cotações do TRIGO entre 13/04 e 04/05/2017 (CBOT)

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