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ATITUDE EMPREENDEDORA ENTRE AS MULHERES

DE ANASTÁCIO-MS

LÉO RENATO DIAS

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Graduando em Administração (bacharelado) e-mail: lrenatodias@gmail.com

GERCINA GONÇALVES DA SILVA

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Orientadora

E-mail: gercina.goncalves@gmail.com

RESUMO

Empreendedorismo vem se demonstrando como um dos pilares para o desenvolvimento do país, por meio da geração de renda e empregos para a população, destacando a crescente participação feminina no mundo dos negócios, empreender é a arte de transformar sonhos em realidade, liderar esforços sem medo, assumir riscos, agregar valor, saber identificar oportunidades, transformando-as em negócio lucrativo, sejam na implementação de negócios ou na criação de novas empresas, bens e serviços. Objetivo do artigo foi utilizar o IMAE (Instrumentos de Medida de Atitude Empreendedora) na identificação da relação entre as dimensões da atitude empreendedora a partir da percepção das mulheres empreendedoras do município de Anastácio, MS. Foi utilizado questionário semiestruturado aplicado a uma amostra das mulheres na identificação da relação entre as dimensões da atitude empreendedora, a partir da percepção das mulheres empreendedoras foi realizada uma análise que considerou o maior percentual em cada dimensão do Instrumento de Mensuração de Atitude Empreendedora - IMAE, demonstrando as principais variáveis através dos indicadores de concentração de respostas para cada dimensão. Assim verificou-se que as principais variáveis foram: dimensões Realização, Poder, Inovação e Social onde foi obtido um percentual acima de 90%.

Palavras-chave: Atitude empreendedora. Empreendedorismo feminino. IMAE.

ABSTRACT

Entrepreneurship has been proving to be one of the pillars for the country's development by generating income and jobs for the population, highlighting the growing female participation in business, entrepreneurship is the art of turning dreams into reality, leading efforts without fear. take risks, add value, know how to identify opportunities, turning them into profitable businesses, whether in business implementation or in the creation of new companies, goods and services. Objective of the article was to use the IMAE (Entrepreneurial Attitude Measurement Instruments) to identify the relationship between the dimensions of the entrepreneurial attitude from the perception of women entrepreneurs in the municipality of Anastácio, MS. A

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semi-structured questionnaire was applied to a sample of women to identify the relationship between the dimensions of the entrepreneurial attitude from the perception of the entrepreneurial women. An analysis was performed that considered the highest percentage in each dimension of the Entrepreneurial Attitude Measurement Instrument - IMAE, showing the main variables through the response concentration indicators for each dimension. Thus it was found that the main variables were: Achievement, Power, Innovation and Social dimensions where a percentage above 90% was obtained.

Keywords: Entrepreneurial attitude. Female entrepreneurship. IMAE.

1. INTRODUÇÃO

A nomenclatura “empreender”, vindo da língua portuguesa do século XV, deriva do latim, “imprehendere”. Já a fraseologia “empreendedor” de acordo com o dicionário Etimológico Nova Fronteira, haveria ocorrido na língua portuguesa no século XVI. Contudo o vocábulo “empreendedorismo” foi gerado da versão do termo “entrepreneurship” do idioma inglês (BAGIO.,BAGIO, 2014).

De acordo com Barreto (1998) “empreendedorismo é a habilidade de se conceder algo partindo de muito pouco ou quase nada”. Sendo assim o ato de empreender é a arte de transformar sonhos em realidade, liderar esforços sem medo, assumir riscos, agregar valor, saber identificar oportunidades, transformando-as em negócio lucrativo, sejam na implementação de negócios ou na criação de novas empresas, bens e serviços.

O conceito de empreendedorismo vai muito além da simples ideia de se abrir um negócio, está diretamente ligado com a responsabilidade em gerar as riquezas de um país, produzindo assim as atitudes empreendedoras o bem-estar social, através das soluções indicadas para os mais diversos fins. Tais atitudes podem advir tanto das empresas mediante políticas de responsabilidade social quanto da sociedade civil com a formação de instituições com propósitos sociais (BAGGIO; BAGGIO, 2014).

O crescimento do empreendedorismo no Brasil, teve início nos anos 90 durante a abertura que os governos tiveram para a economia, as entradas de fornecedores estrangeiros começaram a controlar os preços sendo uma condição muito importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiram competir com os produtos importados por falta de planejamento (ALANO, 2014).

No Brasil a pesquisa é conduzida pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade – IBQP, e conta com o apoio técnico e financeiro do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE (IBQP, 2015). Já a nível internacional os relatórios que atuam

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na mensuração do empreendedorismo é a pesquisa GEM - Global Entrepreneurship Monitor, com o objetivo de medir a atividade empreendedora dos países e observar seu relacionamento com o crescimento econômico (KELLEY et al., 2016).

As mulheres, ao longo dos anos, têm assumido um papel cada vez mais significativo dentro de organizações, mas em especial, como empreendedoras. Cada vez mais, a mulher brasileira passou a investir em sua formação, e a ganhar espaço em diversos tipos de cargos dentro das organizações (BRUSCHINI, 2000). Entre os fatores que mais contribuíram para essa maior inserção das mulheres brasileiras no mercado de trabalho foram; expansão da economia, aumento da urbanização e alto ritmo da industrialização (DORNELLAS, 2018). Neste contexto, importa compreender o empreendedorismo e a inclusão das mulheres brasileiras nessa perspectiva, além de compreender sua história no país.

No Brasil o empreendedorismo feminino se destaca por seu crescimento expressivo. De acordo com o GEM (2018) o total de empreendedores no Brasil foi estimado em 49.332.360 e, entre estes, o número de mulheres empreendedoras foi estimado em 24 milhões de empreendedoras, apresentando um crescimento do ano anterior. Especificamente no estado de Mato Grosso do Sul são contabilizadas 114 mil empresárias, colocando as mulheres num cenário satisfatório a nível Brasil. Tendo como premissa que o potencial das mulheres no empreendimento inovativo dos negócios.

Conforme o censo 2010 a população do município de Anastácio – MS, é distribuída entre homens e mulheres. A população masculina representa 11.911, enquanto a população feminina é de 11.924 habitantes. O número das mulheres empreendedoras, foram coletados através do setor de Tributação - ISSQN - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza de Anastácio – MS foi contabilizado em 78 (Setenta e oito) mulheres que empreenderam em áreas/segmentos como vestuários, calçados, turismo, alimentícios, lazer e saúde.

O Instrumento de Mensuração da Atitude Empreendedora - IMAE foi elaborado de forma estruturada, com 36 indicadores, distribuído em quatro dimensões: (i) realização; (ii) planejamento; (iii) poder e (iv) inovação. Ele utiliza a escala tipo Likert de cinco parâmetros: nunca, raramente, algumas vezes, frequentemente e sempre (PASQUALI, 1999). Com a utilização do IMAE, pretende-se traçar o perfil das empreendedoras e conhecer a atitude empreendedora a partir dos indicadores relacionados à percepção das respondentes quanto às atitudes empreendedoras.

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A problemática desse artigo é: Considerando as dimensões das atitudes empreendedoras, quais são as variáveis quantitativas que podem ser descritas como determinantes para empreender tendo como base a percepção das mulheres empreendedoras do município de Anastácio-MS?

Objetivo do artigo é utilizar o IMAE (Instrumentos de Medida de Atitude Empreendedora) na identificação da relação entre as dimensões da atitude empreendedora a partir da percepção das mulheres empreendedoras do município de Anastácio, MS.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Esse capítulo tem como objetivo apresentar os principais conceitos teóricos que servirão de base para o desenvolvimento do artigo. Assim serão apresentados os conceitos mais importantes sobre os seguintes temas: Evolução do Empreendedorismo, Empreendedorismo no Brasil e Empreendedorismo Feminino e Atitude Empreendedora.

2.1 Evolução do Empreendedorismo

Observa-se ao longo dos anos a constante necessidade de se aprimorar técnicas e procedimentos na produção ou na execução de bens e serviços, empreender e também inovar, seja em empresas já consolidadas ou num novo modelo de negócio, investir tempo e recursos para atender há um público cada vez mais exigente, na era tecnológica onde as pessoas anseiam por novidades, bens e serviços se tornam obsoletos com mais facilidade. Empreender se torna um caminho para diversificar os negócios e se manter no mercado cada vez mais competitivo (DORNELLAS, 2012).

Atualmente o empreendedor é visto como peça fundamental no mercado de trabalho, tendo em vista a necessidade de pessoas com tal perfil, criativos, pesquisadores, com iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de realização, que tenham energia e entusiasmo, sem medo de assumir riscos (BAGGIO; BAGGIO, 2014).

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Segundo SEBRAE (2017), o empreendedorismo está presente desde os primórdios da história da humanidade e vem se adequando as necessidades do homem, buscando sempre boas soluções a antigos ou novos problemas que afligem a sociedade, podendo ser de cunho empresarial ou social. Desde o advento da escrita até os dias atuais com o uso da tecnologia, empreender tem se feito cada vez mais necessário, estar atento as oportunidades de mercado podem diferenciar empresários de empreendedores, que não são sinônimos, empresários são pessoas que visam se perpetuarem num negócio ou empresa, administram sem grandes inovações, seguindo à risca modelos de gestão as vezes até arcaicos, diferente do empreendedor que assume riscos, que o torna um realizador de novas ideias somando criatividade e imaginação.

A partir do século XX, quando foram concebidas a maioria das criações do homem, advindas para mudar a maneira de viver das pessoas, as transformações se tornaram mais frequentes, e numa velocidade quase que instantânea, os processos e meios utilizados para atender as necessidades do mercado, são cada vez mais complexas, baseando-se em pesquisas, costumes, projeções, dados esses que são parâmetros para novas invenções, inédita ou nova na perspectiva de como se usar coisas já existentes. Empreender faz parte da história da humanidade, assumir riscos e inovar se tornou um meio necessário, e que segue em evolução desde a primeira invenção humana até as novas tecnologias, assim o empreendedorismo gera crescimento econômico, criando empregos e prosperidade, como uma base sólida para economia (GRECO et al.,2010).

2.2 O Empreendedorismo no Brasil

Segundo Dornelas (2012), o empreendedorismo chega ao Brasil no ano de 1990, ligado a organizações como SEBRAE e Softex - Sociedade Brasileira para a Exportação de Software. Outrora não se ouvia falar em empreendedorismo, tão pouco na origem de pequenas empresas. Neste ano a esfera política e econômica do país não eram tão favoráveis ao empreendedor, e se tinham poucas informações acerca da trajetória empreendedora. O Sebrae vem de encontro as necessidades das micro e pequenas empresas, um dos órgãos mais conhecidos, o que o torna um forte aliado ao empreendedorismo no Brasil.

De acordo com Dornelas (2012), ainda destaca a importância da Softex, que seu histórico pode ser confundido com o do empreendedorismo da época, já que foi gerada com o

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intenção de levar empresas de software locais ao mercado externo, por meio de diversas ações que buscavam a capacitação do empresário de informática em gestão e tecnologia. Foram com programas gerados na esfera da Softex, com parceria das incubadoras de empresas e universidades/cursos de ciência e computação, que o assunto empreendedorismo chegou a sociedade brasileira, difundindo novos conceitos, antes até ridicularizados como a palavra business plan (plano de negócios). Decorrido 20 anos, pode-se dizer que o Brasil, tem potencial para desenvolver um dos maiores planos de ensino de empreendedorismo mundial, semelhante ao Estados Unidos, que tem mais de duas mil escolas.

O empreendedorismo no Brasil, avançou conforme as necessidades econômicas de cada época, tendo sempre como proposito o abastecimento de carências do mercado, movimentando o mercado interno, gerando empregabilidade e contribuindo para o crescimento do PIB através de exportações. Toda via ao passo que evoluímos, se fazem necessárias mudanças, para mantermos um ambiente propicio a pratica de empreender, incentivos de financiamento, maior agilidade no sistema burocrático para a criação e legalização do setor, são algumas das medidas que alinhadas ao apoio oferecido por instituições especializadas, transformam o empreendedorismo numa atividade praticável e recomendável (SOUZA et al. 2008).

2.3 Empreendedorismo Feminino

O empreendedorismo por parte das mulheres está em ritmo crescente, despertando um olhar para o assunto, a partir das evidencias e da crescente participação no mercado de trabalho, as mulheres estão começando novos negócios num ritmo acelerado, ultrapassando a porcentagem dos homens nessa mesma situação e expandindo seus negócios em inúmeros países (GOMES; SANTANA; ARAÚJO, 2009).

O aumento da proporção de empreendedoras que sustentam suas famílias são provas que o setor empreendedor está cada vez mais favorável para as mulheres. GEM 2018 traz informações recentes referente 59% das empresárias complementavam a renda do marido no orçamento familiar. O estudo do SEBRAE 2017 mostra ainda que as empresas comandadas por mulheres estão se mantendo no mercado por mais tempo. Na última década, subiu de 48% para 54% a taxa de empreendedoras com negócios em atividade há mais de cinco anos, frente à redução da proporção de empresárias que tocam empreendimento com até dois anos de criação.

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A análise histórica por setor também confirma o avanço feminino no mundo dos negócios. A prestação de serviços e determinadas atividades do comércio, como lojas de vestuário e acessórios, concentravam 80% das donas de empresas no início da década passada. Passados dez anos, mais seguras e escolarizadas, as mulheres despontaram na indústria. Enquanto a proporção das empreendedoras com negócios em serviços caiu de 49% para 33%, a quantidade de mulheres que empreendem na indústria saltou de 9% para 19% do total com negócios estabelecidos.

Ao mesmo tempo em que cresce a atividade empreendedora das mulheres, cresce também a produtividade científica nesta área (SILVEIRA; GOUVÊA, 2008). O campo de estudo do empreendedorismo feminino é relativamente novo e se reveste de muita complexidade, dado o seu caráter comportamental. O acentuado crescimento das empreendedoras enquanto agentes no contexto socioeconômico, é mais que um dado estatístico: é o resultado histórico de um processo evolutivo de quebra de paradigmas e preconceitos que até hoje se faz presente (ALMEIDA; GOMES, 2011).

O perfil das mulheres empreendedoras pode se diferenciar por aspectos como: idade, naturalidade, escolaridade, estado civil, idade que começou o primeiro negócio, experiência anterior, existência de empreendedor na família e treinamento na área gerencial. Contudo a Pesquisa Mensal do Emprego (PME/ IBGE), ressalta que 19% das mulheres ocupadas são trabalhadoras por conta própria ou empregadoras. Dados do GEM (2018), destacam que quatro em cada dez empreendedores eram mulheres. Dos 24 milhões de pessoas que desenvolvem alguma atividade empresarial no país, 9,3 milhões são mulheres. Portanto, em casa 10 empreendedoras mulheres do GEM, 3,9 viram “donas de negócio”.

Esse fator resultou na taxa de mulheres empreendedoras que saltou de 29% em 2000 para 44% em 2018. Contudo, as mulheres donas de negócio tem maior escolaridade comparando com o público masculino, isso, colocando as mulheres no cenário nacional como bem preparadas para o mercado de trabalho. O indivíduo portador das condições para empreender saberá aprender o que for necessário para criar, desenvolver e realizar sua visão. No empreendedorismo, o ser é mais importante do que o saber: este será consequência das características pessoais que determinam a metodologia de aprendizagem do candidato a empreendedor, também deve se atentar às transformações econômicas e sociais e a evolução das tecnologias de informação e comunicação, pois, estes fatores estão relacionados à motivação e ao comportamento humano (GEM, 2018).

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2.4 Atitude Empreendedora

De acordo com McClelland (1961) empreendedor é alguém que exerce certo controle sobre os meios de distribuição e produz mais do que pode consumir, com objetivo de vendê-lo para obter uma renda individual. Este atribui algumas definições ao empreendedorismo como espírito empreendedor, qualidade ou atividade do empreendedor. Ainda de acordo com o autor, dentre as características a respeito do empreendedorismo destacam-se como as principais para que o empreendedorismo aconteça: aceitação moderada de risco para tomada de decisão, responsabilidade individual, dinheiro como medida de resultado, previsão de possibilidades futuras, aptidões organizacionais.

Fialho et al. (2007) definem empreendedorismo como processo para iniciar ou desenvolver um negócio que resulte na criação de um novo empreendimento de sucesso, utilizando os recursos de forma controlada para que estes sejam utilizados de forma produtiva. Neste cenário, o empreendedorismo é visto como algo positivo pela sociedade, porém existem algumas variáveis como empreendedorismo feminino que não são aceitas de imediato pela mesma, pelo fato desta ser considerada uma atividade tipicamente masculina.

Autores como Serafim e Teodósio (2011) relatam que o surgimento de algumas relações comparativas sobre a forma de empreender entre homens e mulheres é quase inevitável, fato este caracterizado pelo reflexo do espaço e destaque obtido através das atividades desempenhadas pelas mulheres empreendedoras. De acordo com dados do GEM – Global Entrepreneurship Monitor (2018) - o Brasil se destacou pela proporção de mulheres empreendedoras com percentual de 52,2% contra 47,8%, outra característica evidenciada foram as regiões Norte, Centro-Oeste e Sul onde as taxas de empreendedorismo feminino são mais elevadas nessas regiões. Todavia, uma característica que compõe esta realidade é a mudança no comportamento da mulher empreendedora que busca competir em igualdade aos homens buscando se destacar e não se assimilar aos mesmos (MACHADO, 2012).

Conforme afirma Dornelas (2018, p.37) os empreendedores de forma geral consideram sua ideia única ao decidir empreender considerando este fator primordial para o sucesso do negócio, porém, o autor destaca que as oportunidades é que geralmente são únicas, e estas muitas vezes não são percebidas pelo empreendedor e com isso oportunidades de crescimento do empreendimento através do desenvolvimento de produtos que irão resultar no diferencial deste frente ao mercado o diferenciando de seus concorrentes, mas para que este resultado seja

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obtido é necessário identificar as oportunidades e fazer uma junção da ideia a esta.

Dando continuidade ao conceito do autor a identificação de uma oportunidade de negócio é uma tarefa árdua que exige conhecimentos específicos acerca do assunto ou ramo de atividade em que a oportunidade está inserida, é de suma importância o conhecimento de mercado assim como o conhecimento dos diferenciais competitivos do empreendimento (DORNELAS, 2018, p.43).

Criar instrumentos de medida é uma tarefa complexa que implica em muitos passos para que os mesmos possam ser aceitos dentro de um intervalo de confiabilidade. No entanto, esse esforço torna-se fascinante, pela riqueza do fenômeno empreendedorismo, e importante, por possibilitar que sejam galgados degraus na construção teórica - metodológica do conceito. (DORNELLAS, 2012).

Carland et al. (1984) consideraram o empreendedor como aquele que estabelece e gerencia um negócio com o propósito principal de lucro e crescimento e é caracterizado, principalmente pelo comportamento inovador, empregando práticas de gerenciamento estratégico no negócio. Além disso, segundo o autor, empreendedora é a pessoa que identifica uma oportunidade, utiliza-se de criatividade para aproveitá-la e é capaz de programar a sua visão, mesmo que corra riscos moderados, possuindo, assim, as características para realizar com sucesso todo o processo de inovação.

3 METODOLOGIA

No intuito de alcançar o objetivo desse artigo será utilizado o IMAE (Instrumentos de Medida de Atitude Empreendedora) na identificação da relação entre as dimensões da atitude empreendedora a partir da percepção das mulheres empreendedoras do município de Anastácio, MS, baseado no questionário elaborado e aplicado por SANABRIA (2018). Quanto ao método cientifico será utilizado método descritiva com uma abordagem predominantemente quantitativa (HAIR et al., 2005).

A pesquisa foi aplicada a 74 mulheres empreendedoras denominados de empreendedores individuais, no ano de 2018, conforme o conceito apresentado no referencial teórico, foram descartados 16 questionários por não estarem completos, ficando com um número final de 58 respondentes. O instrumento de coleta de dados foi um questionário

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estruturado organizado em dois blocos, a saber: (i) Bloco I: Dados de Identificação e (ii) Bloco II: Atitude Empreendedora. O Bloco I estava composto por dez indicadores, a saber: faixa etária, estado civil, escolaridade, faixa de renda, tempo de exercício na profissão, tempo de atuação na organização e um indicador que interrogava o que levou o respondente a ser um empreendedor, é uma empresa familiar, a empresa é formal ou informal e qual segmento da empresa. O Bloco II foi elaborado a partir do modelo proposto por Lopez Junior e Souza (2005), denominado Instrumento de Mensuração da Atitude Empreendedora (IMAE) e apresentava inicialmente um indicador que procurou medir a postura empreendedora, seguida dos indicadores relacionados à percepção dos respondentes quanto às atitudes empreendedoras.

Cabe destacar que o modelo original do IMAE é composto por 36 indicadores distribuídos em quatro dimensões: (i) realização; (ii) planejamento; (iii) poder e (iv) inovação. Ancorado no referencial teórico, que ressaltou as características dos empreendedores relacionadas à sociabilidade e comunicação, intuição, suscetibilidade e interdependência, missão social, motivação, perseverança e liderança, apontada por Baron e Shane (2007).

A análise da atitude empreendedora utilizou o instrumento criado por Lopes e Souza (2005) IMAE – Instrumento de Medida de Atitude Empreendedora. Esse modelo era composto por 36 indicadores distribuídos em quatro dimensões: realização, planejamento, poder e inovação. BARROS et al (2014) adaptou o IMAE que passou a contar com 46 questões distribuídas nas dimensões: realização, planejamento, poder, inovação e social.

As respostas foram associadas, conforme percepção das respondentes a uma escala Likert de cinco parâmetros: nunca, raramente, algumas vezes, frequentemente e sempre. (i) realização (Busca de oportunidades e iniciativa, persistência, aceitação de risco e comprometimento), com 9 indicadores; (ii) planejamento (estabelecimento de metas, busca de informações e planejamento e monitoramento), com 13; (iii) poder (estabelecimento de redes de contato, persuasão, liderança, independência e autoconfiança), com 8; (iv) inovação (inovação e criatividade), com 6; e (v) social (motivação, persuasão, sociabilidade, suscetibilidade mútua, interdependência e missão social), com 10.

A análise dos resultados foi realizada inicialmente por meio de estatísticas descritivas, qualitativa com uma com bases quantitativas baseadas nas frequências das respostas, com o objetivo de traçar o perfil e discutir os traços mais marcantes da atitude empreendedora dos pesquisados. Foi aplicada a técnica de Análise Fatorial Exploratória, destinada a representar o processo aleatório multivariado por meio da criação de novas variáveis, derivadas das variáveis originais, com o intuito de analisar e eliminar indicadores cuja comunalidade fosse inferior a

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0,4. Com base no critério da variância proposto por Hair et al. (2005) foi escolhido 10 fatores, que representam cerca de 60 % da variância das questões

Após a análise fatorial, com a finalidade de estabelecer a relação entre as dimensões da atitude empreendedora, utilizou-se o Coeficiente de Correlação de Pearson que indica a força de associação entre duas variáveis (HAIR et al.,2005).

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para o andamento da pesquisa foram consideradas uma amostra formada por mulheres que possuem empresas estabelecidas em segmentos diversos tais como área da beleza, restaurantes, lanchonetes, mercearias, bares, conveniências, artesanatos e decoração, materiais de construção e deposito de gás, todas instaladas em Anastácio - Mato Grosso do Sul.

A Tabela 1 sintetiza alguns resultados obtidos do perfil das empreendedoras. Portanto os resultados evidenciam, dentre às empreendedoras entrevistadas verificou-se que nenhuma das respondentes possui menos que 20 anos de idade, 17,24% tem entre 21 e 30 anos, 50% tem entre 31 e 40 anos, e 32,76% tem idade superior a 40 anos. No indicador de estado civil apenas 18,97% das empreendedoras relataram serem solteiras e 62,06% sendo casadas. Já no indicador escolaridade apenas 12,07% possuem apenas o nível fundamental, sendo as que possuem o nível superior 15,52% e as mulheres que possuem ensino médio corresponde a 72,42%, isso evidenciando um crescente das mulheres empreendedoras no cenário nacional de negócios com nível de escolaridade maior que os homens. No indicador faixa de renda as mulheres com arrecadação de pelo menos 2 salários mínimos correspondem 53,17%, e acima de 5 salários mínimos apenas 6,9% das mulheres entrevistadas, contudo, isso representa que ainda a mulher possui salários abaixo do nível nacional comparado com os empreendedores masculinos (GEM, 2018).

Tabela 1 - Caracterização do perfil das empreendedoras

Indicadores Quantidade % Faixa etária Menos de 20 anos 0 0,0 Entre 21 e 30 anos 10 17,24 Entre 31 e 40 anos 29 50,0 Acima de 40 anos 19 32,8

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Fonte: Elaborada pelo autor.

Já o perfil profissional (Tabela 2), as empreendedoras relataram que, quanto ao tempo de exercício na profissão, 6,9% tem até 3 anos na atividade e 22,42% estão na atividade por um período estabelecido entre 3 e 5 anos e acima de 5 anos 60,34%. Quanto ao tempo de atuação na empresa 15,52%% possuem até 1 anos na empresa e 22,47% possuem entre 3 e 5 anos de empresa e acima de 5 anos 55,17%. Resultado similar foi demonstrado pelo SEBRAE (2013) durante pesquisa em empresas chefiadas por mulheres no estado de Mato Grosso do Sul, nos períodos de 2008 à 2012 em que verificou-se que houve uma transformação significativa, onde em 2008, as empresas abertas com menos de cinco anos tinham 50% de permanência e, em 2012, verificou-se um aumento de 74% nas empresas com mais de cinco anos.

No indicador da Tabela 2 as entrevistadas relatam que 81,04% das empresas são formais, sendo 77,59%empresas familiares com 63,79% de segmento na área de alimentação. Nesse sentido a revista GEM (2018) apresentou que no ano 2018 aproximadamente 50% das mulheres ingressaram em quatros segmentos tais como: segmento de serviços domésticos, cabeleireiros e/ou tratamento de beleza, em comércio varejista de cosméticos, e comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios.

Tabela 2 – Perfil profissional

INDICADORES QUANTIDADE %

Tempo de exercício de profissão

Até 1 ano 6 10,3 Entre 1 e 3 anos 4 6,9 Entre 3 e 5 anos 13 22,4 Acima de 5 anos 35 60,3 Estado Civil Solteiro 11 19,0 Casado 36 62,0 Outro 11 19,0 Escolaridade

Até o 1º Grau – Ensino Fundamental Completo 7 12,1

Até o 2º Grau - Ensino Médio Completo 42 72,4

Até o 3º Grau - Ensino Superior Completo 9 15,5

Faixa de renda

Até 2 salários mínimos 32 53,2

Entre 2 e 4 salários mínimos 22 37,9

Acima de 5 salários mínimos 4 6,9

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Tempo de atuação na organização (tempo de empresa)

Até 1 ano 9 15,5

Entre 1 e 3 anos 4 6,9

Entre 3 e 5 anos 13 22,4

Acima de 5 anos 32 55,1

É uma empresa familiar?

Sim 32 77,5

Não 22 20,6

Deixaram de responder 4 3,5

A empresa é formal ou informal

Sim 47 81,0 Não 9 15,5 Deixaram de responder 2 3,5 Qual segmento? Vestuários e Confecção 8 13,8 Área da Alimentação 37 63,8 Área da Saúde 1 1,7 Área da Beleza 8 13,8 Deixaram de responder 4 6,9 Total 58 100,0

Fonte: Elaborado pelo autor.

No ano de 2013 o SEBRAE (2013), anunciou que naquele período havia no estado de Mato Grosso do Sul 103 mil mulheres empreendedoras, que encararam o ato de empreender por vários motivos destacando-se trazer uma renda pra família e a tão desejada realização pessoal. Resultados da pesquisa divulgada pelo GEM (2018) demonstrou crescimento de empreendedores iniciais que atuam no mercado de trabalho pelos motivos oportunidade ou por necessidade. De acordo com essa pesquisa, em 2016, para cada empreendedor inicial por necessidade existiam 1,4 empreendedores por oportunidade. Já em 2018, os empreendedores iniciais que empreenderam por oportunidade foram de 59,4% e para os empreendedores iniciais por necessidade alcançou 39,9%.

A partir dos dados obtidos via aplicação do questionário, ao grupo de mulheres empreendedoras foi feita análise fatorial, que separou os dados em 10 fatores, denominados dimensões, que veremos no Quadro 1-.

Quadro 1: Separação das questões em fatores.

Fator Dimensão Questões

Fator 1 Planejamento

Defino continuamente objetivos de curto prazo. Reviso continuamente objetivos de curto prazo. Ajo antes de ser pressionado pelas circunstâncias.

Costumo calcular o risco envolvido nos negócios/projetos que faço. Cálculo os riscos antes de novos investimentos.

Busco informações sobre meu ramo de atividades em diferentes fontes.

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Faço uso do carisma pessoal para negociar e atrair os outros para causas próprias. Estabeleço relacionamentos e interações com as pessoas no ambiente da

organização.

Sinto-me motivado com as atividades que desenvolvo em meu negócio/organização/projeto.

Deposito confiança nas pessoas que atuam em meu negócio/organização/projeto. Tenho disposição para promover melhorias nos relacionamentos entre as pessoas. Procuro manter uma atitude de respeito, solidariedade e ajuda mútua com as demais pessoas que atuam em meu negócio/ organização/ projeto.

Fator 3 Qualidade

Adoto proc. p/ assegurar que o trabalho atenda padrões de qualidade previamente estipulados.

Emprego esforços extras para a conclusão de tarefas programadas.

Busco soluções para minimizar problemas relacionados com a exclusão social. Assumo a responsabilidade pela resolução de problemas que possam prejudicar o desempenho do meu negócio/organização/projeto.

Fator 4 Equipe

Mantenho meus objetivos mesmo diante de resultados que não são satisfatórios inicialmente.

Estimulo o espírito de equipe entre meus funcionários. Busco obter informações sobre possíveis clientes/beneficiário. Defino metas de longo prazo, claras e específicas.

Fator 5 Inovação

Utilizo contatos pessoais para atingir meus objetivos. Desenvolvo ideias novas para a solução de problemas.

Aprecio trabalhar em outras equipes e projetos compartilhando os resultados. Junto-me aos colaboradores nas tarefas para cumprir os prazos.

Procuro criar novos serviços.

Fator 6 Risco

Responsabilizo-me pela conclusão dos trabalhos nos prazos estipulados. Assumo riscos para expandir meu negócio/organização/projeto.

Exploro novas oportunidades de negócio/organização/ projeto. Assumo riscos com o intuito de superar a concorrência. Utilizo estratégias deliberadas para influenciar pessoas. Renovo meus esforços para superar obstáculos.

Fator 7 Organização

Considero-me principal responsável pelo desempenho do meu negócio/organização/projeto.

Estimulo a participação dos funcionários na busca pela solução de um problema. Confio na minha competência como fonte do sucesso do meu

negócio/organização/projeto.

Consulto meus registros de controle antes de tomar decisões. Confio na minha capacidade de superar desafios.

Fator 8 Marketing

Mudo de estratégia se necessário, para alcançar uma meta. Crio novas rotinas, objetivando a melhoria do desempenho do meu negócio/organização/projeto.

Planejo as atividades do meu neg. subdividindo tarefas de grande porte em subtarefas.

Busco novas maneiras de realizar tarefas.

Tenho preferência por realizar tarefas individualmente.

Faço projeções claras para o futuro do meu negócio/org./projeto. Fator 9 Relacionamentos Construo redes de relacionamento cultivando e utilizando contatos.

Fator

10 Realização

Faço sacrifícios pessoais para concluir tarefas.

Implemento novas ideias com o objetivo de melhorar a qualidade do meu negócio/organização /projeto.

Fonte: Elaborado pelo autor.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Evidencia-se, após os estudos realizados e a análise fatorial feita, a identificação de 10 dimensões, identificadas no quadro 2; planejamento, liderança, qualidade, equipe, inovação,

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empreendedorismo, organização, marketing, relacionamentos e realização, sendo cada uma dessas dimensões fundamentais para a compreensão do empreendedor.

A ligação entre as dimensões descritas, através do IMAE, e posteriormente analisadas, com as respostas ao questionário, visando demonstrar a relação entre as dimensões da atitude empreendedora, partindo da percepção das mulheres empreendedoras de Anastácio, MS, reforçou os dados citados pelo SEBRAE (2013), sobre a permanência no mercado e a pesquisa GEM (2018), segmentos de atuação.

O presente trabalho teve como ponto de partida o empreendedorismo feminino, para pesquisas futuras sugiro a identificação do quantitativo masculino, para assim poder estabelecer comparações, acerca do empreendedorismo local, abrindo mais o questionário aplicado para que possamos ter dados mais plausíveis de comparação, além de procurar saber de onde veio o recurso para abertura do negócio.

REFERÊNCIAS

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Anexo 1 - Questionário utilizado

Entrevista Semiestruturada para pesquisa sobre: Atitude Empreendedora das mulheres do município de Anastácio – MS

Nome da Entrevistada:___________________________________________________ Empresa:______________________________________________________________

Bloco I:

1) Faixa etária:

( ) Menos de 20 anos ( ) Entre 21 e 30 anos ( ) Entre 31 e 40 anos ( ) Acima de 40 anos

2) Estado civil

( ) Solteira ( ) Casada ( ) Outro: ______________________

3) Escolaridade

( ) Até o 1º Grau – Ensino Fundamental Completo ( ) Até o 2º Grau - Ensino Médio Completo

( ) Até o 3º Grau - Ensino Superior Completo

4) Tempo de exercício na profissão:

( ) Até 1 ano ( ) Entre 1 e 3 anos ( ) Entre 3 e 5 anos ( ) Acima de 5 anos

5) Tempo de atuação na organização (Tempo de empresa)

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6 ) Faixa de Renda:

( ) Até 2 salários mín. ( ) Entre 2 e 4 salários mín. ( ) Acima de 5 salários mín.

7) O que levou a respondente a ser uma empreendedora?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ __________________________________________________

8) È uma empresa familiar? : ( ) Sim ( ) Não

9) A empresa é formal ou informal? ( ) Sim ( ) Não

10) Qual segmento?

Vestuários e Confecção (Roupas e Sapatos)

Área da Alimentação (Padarias, Restaurantes e Lanchonetes) Área da Saúde (Farmacêutica e Cuidadora)

Área da Beleza (Salão e Centros de estética)

Indicadores

Dimensão Realização N R AV F S Exploro novas oportunidades de negócio/organização/ projeto

Responsabilizo-me pela conclusão dos trabalhos nos prazos estipulados. Junto-me aos colaboradores nas tarefas para cumprir os prazos.

Faço sacrifícios pessoais para concluir tarefas.

Mantenho meus objetivos mesmo diante de resultados que não são satisfatórios inicialmente.

Renovo meus esforços para superar obstáculos.

Emprego esforços extras para a conclusão de tarefas programadas. Assumo riscos com o intuito de superar a concorrência.

Assumo riscos para expandir meu negócio/organização/projeto. Indicadores

Dimensão planejamento N R AV F S Mudo de estratégia se necessário, para alcançar uma meta.

Defino metas de longo prazo, claras e específicas.

Adoto proc. p/ assegurar que o trabalho atenda padrões de qualidade previamente estipulados.

Busco obter informações sobre possíveis clientes/beneficiário. Faço projeções claras para o futuro do meu negócio/org./projeto Busco informações sobre meu ramo de atividades em diferentes fontes. Consulto meus registros de controle antes de tomar decisões.

Planejo as atividades do meu neg. subdividindo tarefas de grande porte em subtarefas

Defino continuamente objetivos de curto prazo. Ajo antes de ser pressionado pelas circunstâncias.

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Calculo os riscos antes de novos investimentos. Reviso continuamente objetivos de curto prazo.

Indicadores Dimensão poder

N R AV F S Utilizo contatos pessoais para atingir meus objetivos.

Utilizo estratégias deliberadas para influenciar pessoas

Assumo a responsabilidade pela resolução de problemas que possam prejudicar o desempenho do meu negócio/organização/projeto

Considero-me principal responsável pelo desempenho do meu negócio/organização/projeto

Estimulo o espírito de equipe entre meus funcionários

Estimulo a participação dos funcionários na busca pela solução de um problema

Confio na minha capacidade de superar desafios.

Confio na minha competência como fonte do sucesso do meu negócio/organização/projeto

Indicadores Dimensão inovação

N R AV F S Implemento novas ideias com o objetivo de melhorar a qualidade do meu

negócio/organização/projeto

Busco novas maneiras de realizar tarefas Procuro criar novos serviços

Desenvolvo ideias novas para a solução de problemas

Crio novas rotinas, objetivando a melhoria do desempenho do meu negócio/organização/projeto.

Busco novas soluções para atender necessidades de clientes/usuários/ beneficiários.

Indicadores Dimensão social

N R AV F S Sinto-me motivado com as atividades que desenvolvo em meu

negócio/organização/projeto

Faço uso do carisma pessoal para negociar e atrair os outros para causas próprias

Procuro manter uma atitude de respeito, solidariedade e ajuda mútua com as demais pessoas que atuam em meu negócio/ organização/ projeto.

Deposito confiança nas pessoas que atuam em meu negócio/organização/projeto

Busco soluções para minimizar problemas relacionados com a exclusão social Estabeleço relacionamentos e interações com as pessoas no ambiente da organização

Tenho disposição para promover melhorias nos relacionamentos entre as pessoas

Aprecio trabalhar em outras equipes e projetos compartilhando os resultados Construo redes de relacionamento cultivando e utilizando contatos

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