Sistema Toyota de produção
Anie K. da R. Oliveira
Bases do modelo japonês de
administração
.
Shewhart Shewhart Deming Deming Ford Ford Cultura japonesa orientada para o trabalho de grupo e a economia de recursos Cultura japonesa orientada para o trabalho de grupo e a economia de recursos Sistema Toyota de produção Sistema Toyota de produção Taylor e outros da administração científica Taylor e outros da administração científica Modelo japonês de administração Modelo japonês de administraçãoO modelo Japonês de adminstração
Sistema Toyota de produção
Círculos da qualidade
Fatores culturais na adminstração japonesa
Sistema Toyota de produção
Origens (Taiichi Ohno)
Princípios mais importantes:
Eliminação de desperdícios,
Fabricação com qualidade.
Sistema Toyota de produção
Eliminação de desperdícios
Reduzir ao mínimo as atividades que não
agregam valor ao produto
Racionalização da força de trabalho
Líder em vez de supervisor
Just in time
Reduzir ao mínimo o tempo e o volume de estoques
Produção flexível
Sistema Toyota de produção
Fabricação com qualidade
Objetivo primordial a identificação e correção de
defeitos e eliminação de suas causas
Fazer certo da primeira vez
O trabalhador responsável pela qualidade de seu trabalho Correção dos erros em suas causas fundamentais
Os “cinco por quês” ou 5 whys
(Por que, O Que, Onde, Quando e Quem) ou (Why, What,
Where, When, Who)
Círculos da qualidade
Estudo e proposta de solução de problemas que afetam a
Sistema Toyota de produção
Técnica do 5W2H
esta solução? ter este problema?
Quanto Custa / How Much
vai ser implementada? surgiu o problema? Como / How será o responsável? está envolvido? Quem / Who será implantada? ele se encontra? Onde / Where será feito? (desde quando) ele
ocorre?
Quando / When
foi definida esta solução? ocorre ?
Por quê / Why
vai ser feito? Qual a ação? é o problema? O quê / What Soluções Problemas Perguntas
Círculos da Qualidade
Metodologia dos Círculos da Qualidade
Identificação dos problemas que causam
prejuízos
Identificação dos problemas prioritários
Propor soluções e formas de implementá-las,
Círculos da Qualidade
Princípio de Pareto
Técnica que permite à empresa selecionar prioridades quando há um grande número de problemas
Causas Efeitos Principais Causas significativas Muitas Causas insignificantes 20% das causas 80% das causas 20% dos efeitos 80% dos efeitos Fonte: MAXIMIANO, 2007 Fonte: MAXIMIANO, 2007
Círculos da Qualidade
Diagrama de Ishikawa
Tem por finalidade organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema prioritário de qualidade
Fatores culturais na adm. japonesa
Influência do pensamento ocidental
Taylor, Ford, Shewhart, Deming, Feigenbaum e outros
A influência da cultura japonesa Combate ao desperdício
Fatores culturais na adm. japonesa
■ Combate ao desperdício
País pequeno
Poucos recursos naturais
Espírito de economia e eficiência Combatividade
Fatores culturais na adm. japonesa
Trabalho de grupo
A necessidade de cooperar e o sistema feudal A Era Meiji (até o final do século XIX)
O sucesso do modelo japonês
Até meados dos anos 70 – círculos de controle da qualidade Anos 80 - implantação de empresas como a Toyota, Honda eNissam nos EUA e Europa
Funcionários envolvidos no processo decisório Just in time
Abolição dos níveis hierárquicos
Em busca da organização Lean
Histórico da Filosofia Lean
Princípios Lean Aplicados as Empresas
Lean manufactoring
Lean office
Lean, Lean Production (Produção Enxuta)
Lean, do inglês pode ser entendido como “ausência
de carne ou gordura, fino, magro”
O termo “lean production” se deu como uma
comparação a “antiga” técnica de produção em
massa originada no Ocidente
Considerado pelos autores como a nova forma de
produção
Assim como a produção em massa substituiu os
artesãos, a “produção enxuta”, desenvolvida pelos
japoneses, irá substituir a produção em massa
Tudo começou na empresa Toyota
A Toyota situava-se em Nagoya, interior do país e em 1930 tinha
como funcionários muitos ex-agricultores
Kiichiro Toyoda fundou a empresa para fazer automóveis Toyoda significa “campo de arroz abundante”
Em 1936 um concurso com 2,700 sugestões deu a empresa o
nome Toyota
Ele fabricava caminhões militares em um sistema semi
artesanal, mas antes da 2ª Guerra parou a produção
Após a guerra estava determinado a fazer carros e caminhões
Eiji Toyoda
Na primavera de 1950, Eiji Toyoda visita por 3 meses a
Ford em Detroit, seguindo os passos que seu avô
Kiichiro fez em 1929.
Toyoda estudou cuidadosamente a produção da Ford
que fabricava 7,000 carros por dia, enquanto a Toyota,
até 1950, havia fabricado 2,685 carros.
Ao retornar ao Japão e trocar idéias com o seu
engenheiro chefe, Taiichi Ohno iniciou um estudo que
originou o Sistema de Produção Toyota, também
O cenário onde nasceram os conceitos
O mercado japonês era pequeno e
demandava por uma grande variedade de
veículos
Carros luxuosos para o governo
Grandes caminhões para transportar alimentos
Camionetes para os fazendeiros
Os trabalhadores e a falta de recursos
Trabalhadores
Antes considerados como custos variáveis ou peças
descartáveis
Ocupação americana exigia novas leis para os trabalhadores e
os sindicatos ganharam força
Falta de Capital
Sem dinheiro para importar tecnologia e lutando para evitar que
grandes empresas colocassem produtos baratos no mercado japonês
Governo japonês proibiu a entrada de capital estrangeiro,
forçando que as empresas japonesas criassem parcerias entre si para sobreviver
Empresa = Comunidade
A Empresa como uma comunidade
Na recessão, Kiichiro Toyoda propôs demitir 25% dos
funcionários
Após greves, ocupações da fábrica e pressão do
sindicado, chegaram a um acordo:
Demitiram os 25% , mais garantiram emprego vitalício aos
restantes
Kiichiro assumiu a responsabilidade das falhas na empresa e se
aposentou do cargo de presidente
Busca pela melhoria contínua
Melhoria Contínua
Os efeitos dessas medidas transformaram a relação dos
funcionários da Toyota e depois mais, adotado pelas outras empresas, mudou a cara da relação em todo o país
Os funcionários passaram a ser parte integrante de uma grande
família, e como tal, deveriam se preocupar em melhorar a empresa como um todo, independentemente de sua posição hierárquica
Melhoria contínua virou uma obrigação de todos!
“Emagrecendo a produção em massa
Nesse cenário, Taiichi Ohno percebeu que a produção em
massa não era uma alternativa viável
Produção Artesanal também não atendia as necessidades deles Ao buscar uma nova abordagem ele fundou um novo conceito
que não era “tão gordo” como a produção em massa, mas também não era tão lento quanto a produção
artesanal Produção em Células
Parece simples explicando, mas para produzir em células, muitos conceitos de produção devem ser reformulados
O exemplo das latarias dos carros
Metal estampado para a “lataria do carro”
CENÁRIO AMERICANO
A matéria prima chegava em grandes rolos de folha de aço Usava um sistema de prensagem em um molde para obter o
formato da peça da lataria do carro
As prensas eram caras e operavam com ciclo de 20 peças por
minuto, 24 horas por dia, gerando milhões de peças por ano
A troca de moldes era feita por especialistas, durando até 1 dia
para ajustar todos os detalhes dos moldes
Com as altas demandas após a 2ª guerra, eram produzidos
O exemplo das lataria dos carros
Metal estampado para a “lataria do carro”
CENÁRIO JAPONÊS
Grandes volumes eram inconcebíveis, então a troca de
moldes deveria ser mais freqüente
Para evitar o uso de “especialistas” Ohno treinou os
funcionários para fazer trocas rápidas
Após comprar algumas prensas usadas e treinar
bastante os operários, eles trocavam um molde em 3
minutos ao invés de 1 dia, como era na Ford
O paradgima dos pequenos lotes
Esse experimento gerou a descoberta de um dos grandes princípios da produção enxuta
É mais barato fazer pequenos lotes de produção do que produzir enormes lotes
Isso se dá por duas razões:
Eliminação do custo de manter enormes lotes de matéria-prima e
de peças processadas;
Ao fazer pequenos lotes, problemas ocasionados por erros são
observados rapidamente no processo seguinte;
Para esse sistema funcionar bem, os funcionários tiveram que ser otimamente qualificados e altamente motivados!
A divisão de tarefas da Ford
O Processo Produtivo
No sistema de produção em massa da Ford, os operários
executavam somente uma ou duas tarefas, repetidamente e, como Ford esperava, sem reclamar,
As tarefas eram divididas pelos engenheiros, que eram os
responsáveis pelas melhorias,
Havia times de limpeza, manutenção, inspetores de qualidade,
técnicos reparadores, gerentes, supervisores e por fim, a
categoria inferior de funcionários, os operários,
Índices de falta na casa dos 2 dígitos obrigava excesso de
A integração de atividades na Toyota
O Processo Produtivo
Ohno não tinha disposição nem recursos para criar
estruturas funcionais tão “gordas”, desta forma reuniu os
operários em pequenos grupos e deu ao time
autonomia para organizar o processo, limpar, fazer
pequenas manutenções, consertar os erros e sugerir
melhorias,
Criou-se então o que hoje é conhecido no Ocidente
Fazer ou comprar (make or buy)?
A Cadeia de Fornecimento
A montagem final de um carro envolve somente 15% de todo o
processo de fabricação, incluindo + 10.000 peças,
Muitas grandes empresas, como a Ford e a GM se
perguntavam “make or buy”,
Tinham um enorme grupo de engenheiros que projetava as + ou
-10.000 peças,
Fornecedores que pudessem fabricar ao menor preço possível
eram buscados,
Para atender grandes demandas os fornecedor necessitavam
carregar enormes estoques para atender as montadoras,
Na recessão era cada um por si, empresas ou fornecedores
Desenvolvimento de parcerias
A Cadeia de Fornecimento
A pergunta “make or buy” não cabia para a realidade da Toyota,
Ohno tinha que buscar parcerias com os fornecedores porque não tinha recursos para fazer as peças internamente,
Os fornecedores tinham que dar sugestões de melhorias nos
projetos das peças e dos componentes,
Para isso parcerias deveriam ser desenvolvidas,
Era a única saída para reduzir os custos de fornecimento e
A primeira camada de parceiros
A Cadeia de Fornecimento
Ele então desenvolveu um sistema de relacionamento com os
fornecedores em camadas:
A primeira camada era composta por fornecedores que faziam
parte do processo de desenvolvimento dos produtos,
Recebiam as especificações e trabalhavam para oferecer um
componente que atendesse os requisitos,
Essa camada de fornecedores podia interagir entre si e trocar
A segunda camada de parceiros
A Cadeia de Fornecimento
Na seqüência tinha uma segunda camada de
fornecedores, que fabricava os componentes projetados
pelos fornecedores da primeira camada,
A especialidade deles era tecnologias de manufatura e
podiam interagir entre si, buscando a melhor forma de
produzir e entregar na Toyota,
A Toyota encorajou as parcerias e buscou até
Integrando os parceiros na cadeia
A cadeia de fornecimento
Com todos atuando juntos e buscando um fornecimento diário,
os conceitos de Just In Time e Kanban surgiram naturalmente,
Operando com baixos estoques em toda a cadeia, se um
parceiro do elo parasse os outros paravam também,
Isso que era um problema no sistema de produção em massa
era uma vantagem que Ohno buscava,
Todos na cadeia possuem ações dos outros parceiros, eles
buscam resolver os problemas e manter a cadeia funcionando da forma mais eficiente possível,
Aparentemente simples, esses conceitos levaram 20 anos para
Inovação & Produção Enxuta
Programa Trainee
Na fábrica de carros da Honda no Japão, todos os
engenheiros do departamento de projetos passam
por um severo treinamento de 1 ano:
Montando Carros na Fábrica,
Rodando por diversas atividades de engenharia, No departamento de marketing e vendas,
Conhecendo os fornecedores das principais partes do carro.
Somente após esse período eles voltam ao
departamento de projetos para iniciar suas
O comportamento do cliente
Busca variedades de produtos
Exclusividade
Bastante exigente quanto a qualidade
Não está disposto a fazer “pequenos reparos”
Freqüentemente troca de produto
COMO LIDAR COM ESSES FATORES?
Técnicas e conceitos da estratégia Lean
Lead Time
Os 7 Tipos de Perdas
JIT + Kanban
Jidoka
Poka Yoke
Adição de Valor (VA)
Lead time
Lead Time é considerado o
tempo total de fornecimento
de um produto, uma vez que
o cliente fez o pedido
“Lei de Little”
Lead Time = Estoque em processo
Perdas na ótica dos clientes
Uma Definição de Perda
Perda é uma substância ou material que é indesejado, resíduo,
refugo, material inútil ou supérfluo. Na ótica da produção enxuta, considera-se como perda tudo que não agrega valor ao produto.
Pessoas freqüentemente confundem atividades com trabalho
que agrega valor.
Atividades de suporte, como agendamentos e controle de
estoques parecem ser necessárias e, portanto, úteis.
Entretanto, nenhuma das duas converte matérias-primas em
produtos finais que serão entregues aos clientes.
Ambas são invisíveis para o cliente e desta forma constituem
Os tipos de perdas na estratégia Lean
Típicas perdas de produção
Produzir muito
Excesso de tempo disponível Excesso de transporte
Processamento desnecessário Excesso de estoque
Excesso de movimentos Excesso de defeitos
Atividades que NAV na estratégia Lean
Atividades que
Não Agregam Valor
ao produto
Inspeções
Embalagens (mas ajudam a vender)
Transporte
Atividades Administrativas
Atividades de Suporte
Superprodução & excesso de tempo
Para reduzir Superprodução
Produzir Just-in-Time (JIT), Reduzir os tamanhos dos lotes Redução os tempos de setup
Adequar sistema de avaliação de desempenho
Para reduzir excesso de tempo disponível
Sincronizar fluxo entre vários estágios (Kanban) Implantar Células de produção
Racionalização das etapas de carga/descarga Rapidez na comunicação, Planejar troca de turno Manutenção Produtiva Total (TPM)
Transporte & processamento ineficaz
Para reduzir excesso de transporte
Racionalização do fluxo de materiais
Implantar células de produção, Redução de área Minimização do esforço em transporte de materiais
Redução do esforço com recebimento e transporte de materiais de
fornecedores
Para reduzir processamento ineficaz
Simplificação das etapas do processo Simplificação do projeto do produto
Revisão da necessidade de cada etapa do processo
Padronização do trabalho, Implantação de dispositivos poka-yoke (“à
prova de falha”) e evitar retrabalhos
Estoques & excesso de movimentos
Para reduzir excesso de estoque
Redução do tamanho dos lotes e do lead time
Sincronização a redução das interrupções do fluxo do trabalho Criação de capacidade para movimentar cargas pesadas
Nivelamento e flexibilidade da produção Para reduzir
processamento ineficaz
Para reduzir excesso de movimentos
Organização do “chão-de-fábrica”
Estudo dos movimentos do homem e da máquina Implantação do sistema de controle visual
Maior envolvimento dos colaboradores para dar sugestões de
Layout Funcional versus Celular
Excesso de defeitos
Para reduzir excesso de defeitos
Padronização das ações de qualidade,
Implantação de trabalho padronizado em todas as
áreas que afetam diretamente a qualidade do produto,
Controlar as variações dos processos,
Evitar o fluxo e a propagação de itens defeituosos,
Implantar Controle Estatístico de Processos (CEP).
JIT + Kanban
O JIT é um sistema de produção sem estoque,
ou com estoques mínimos, utilizando o método de
“puxar”, isto é, os estágios posteriores “puxam” o
produto e ditam o ritmo da produção
Muitas vezes as empresas utilizam um CARTÃO
entre os estágios ou com os fornecedores, como
mecanismo de disparo
Os cartões ficam circulando entre fornecedor e
cliente, como uma ordem de compra pré-definida
Jidoka
Sistema desenvolvido onde há processamento com
máquinas,
As máquinas são configuradas para
AUTOMATICAMENTE PARAR caso detectem
algum problema,
Fundamental para o JIT, onde a propagação de
defeitos compromete a cadeia de fornecimento, pois
os estoques são mínimos.
Poka Yoke
Adição de elementos no sistema que
impossibilitem a ocorrência de erros, isto é,
ao executar as tarefas, só há uma forma de
terminá-la. Os erros são evitados porque não
podem ser ocasionados.
Mapeamento de Fluxo de Valor (MFV)
Fluxo de Valor
Todas as atividades relacionadas a execução do
produto ou prestação do serviço, composta por
atividades que agregam valor e atividades que não
agregam valor.
Mapeamento de Fluxo de Valor
Mapeamento que serve como base para a
Pontos importantes
Claro Entendimento dos Tipos de Desperdícios
Forte Treinamento em Técnicas de Inovação
Motivação e Alinhamento com Recompensas
Sistema de Avaliação Justo
Gestores Preparados
Valorização da “Prata da Casa”
Bibliografia
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo:
Atlas, 2007.
FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA M. I. Gestão Empresarial: de