• Nenhum resultado encontrado

Caracterização do tempo sentado em crianças e jovens em idade escolar: análise por género e faixa etária

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Caracterização do tempo sentado em crianças e jovens em idade escolar: análise por género e faixa etária"

Copied!
47
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Caracterização do Tempo Sentado em crianças e

jovens em idade escolar: análise por género e faixa etária

Sílvia Raquel Gonçalves Gomes

Orientadores: Professor Doutor Romeu Duarte Carneiro Mendes

Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro

(2)

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

“Caracterização do Tempo Sentado em crianças e

jovens em idade escolar: análise por género e faixa etária ”

Sílvia Raquel Gonçalves Gomes

Orientadores: Professor Doutor Romeu Duarte Carneiro Mendes

Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro

(3)

Relatório elaborado com vista à obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, em conformidade com o artigo 20.º, alínea b) do Decreto- Lei n.º79/2014 de 14 de Maio, sob a orientação do Professor Doutor Romeu Duarte Carneiro Mendes e Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro.

(4)

II

Agradecimentos

Ao longo da nossa caminhada, de concretização de objetivos para além do esforço e dedicação pessoal, contamos sempre com ajuda das pessoas à nossa volta; uma palavra de conforto, um conselho, apoio diário. Cada pessoa, profissionalmente ou pessoalmente contribui para que o sucesso de cada caminhada se torne mais fácil.

Agradeço aos meus orientadores Professora Doutora Maria Dolores Ferreira e ao Professor Doutor Romeu Mendes por me auxiliarem sempre que precisei.

À minha orientadora Angelina Silva, que me acompanhou ao longo deste ano de estágio, para além de minha orientadora acompanhou-me em todos os momentos como uma amiga, obrigada por tudo que me fez crescer pessoalmente e profissionalmente, serei com certeza uma melhor profissional com tudo o que me transmitiu.

A todos os alunos e toda a comunidade da Escola Básica 2, 3 de São Torcato.

Aos meus pais, por todo o apoio que me deram, por fazerem do meu sonho uma realidade, acima de tudo por nunca duvidarem das minhas capacidades.

A uma pessoa que entrou na minha vida durante o meu percurso académico e me trouxe o conforto que precisava para chegar até aqui, o meu namorado, Tiago Pinto.

A toda a minha família, que sempre me motivou para todas as aventuras e para querer sempre mais.

A todos os meus amigos, desde os que já me acompanhavam antes do início da vida académica, até aos que encontrei ao longo desta caminhada.

(5)

III

Resumo

O presente documento surge no âmbito do Estágio Pedagógico, inserido no 2º Ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real. O ano de estágio permite aos estagiários aplicar todos os conhecimentos adquiridos ao longo do percurso académico, torna-se o ano de experiencias, de melhorar a cada momento menos conseguido, de conseguir adquirir e encontrar as melhores estratégias para cada situação. A primeira parte do documento permite descrever o que foi vivenciado ao longo do ano como estagiaria

Na segunda parte do documento, é desenvolvido um estudo transversal analítico que teve como objetivo a Caracterização do Tempo Sentado em crianças e jovens em idade escolar: análise por género e faixa etária. A amostra deste estudo foi constituída pelos alunos (n=451) da Escola EB 2,3 de S. Torcato – Guimarães, com idades compreendidas entre os 11 e 18 anos. Foram divididos por género e por idade e por faixa etária. Todos os dados recolhidos foram analisados recorrendo à análise descritiva (Frequências, Média e Desvio Padrão). O nível de significância adotado foi de p <0,05. As conclusões identificadas nesta pesquisa foram: 1) não existem diferenças significativas entre géneros no tempo total sentado ao longo do dia; 2) os alunos mais velhos passam mais tempo sentados em relação aos mais novos, tanto nas aulas como à noite, como no tempo total diário que passam sentados.

Palavras-Chave: ESTÁGIO PEDAGÓGICO; EDUCAÇÃO FÍSICA; TEMPO

(6)

IV

Abstract

This document appears in the Pedagogical Practice, inserted in the 2nd Cycle in Teaching Physical Education in Primary and Secondary Education of the University of Trás-os-Montes and Alto Douro, Vila Real. The internship year allows trainees to apply all the knowledge acquired during the academic path, it becomes the year of experiences, to improve each time less able, to be able to acquire and find the best strategies for every situation. The first part of the document describes what was experienced throughout the year as an intern.

In the second part of the document it is developed an analytical cross-sectional study aimed to Sitting Time Characterization in children and young people of school age: analysis by gender and age. The sample was made by the students (n = 451) of the school EB 2,3 de S. Torcato - Guimarães, aged between 11 and 18 years. They were divided by gender and age and age group. All collected data were analyzed using the descriptive analysis (frequencies, mean and standard deviation). The significance level was set at p <0.05. The conclusions identified in this research were: 1) there are no significant differences between genders in the total sitting time throughout the day; 2) older students spend more time sitting comparing to the younger, both in class and at night, as the daily total time spent sitting.

(7)

V

Índice

Agradecimentos ... II Resumo ... III Abstract ... IV Indice………V Índice de Tabelas ... VII Lista de Abreviaturas... VIII

Introdução ... - 2 -

Enquadramento Pessoal ... - 3 -

Enquadramento Institucional ... - 4 -

Tarefas de Estágio de Ensino Aprendizagem ... - 5 -

Planeamento ... - 5 -

Unidades Didáticas ... - 6 -

Planos de Aula ... - 7 -

Prática de Ensino Supervisionada ... - 8 -

Tarefas de Estágio de relação Escola- Meio ... - 12 -

Estudo de Turma ... - 12 -

Atividades Na Escola ... - 14 -

Corta-Mato na Escola ... - 14 -

Torneio de Voleibol... - 14 -

Corta-Mato Distrital ... - 14 -

Mega Sprint e Mega Quilómetro ... - 15 -

Direção de turma ... - 15 -

Desporto Escolar ... - 15 -

Descrição Sumária do Estágio ... - 17 -

Referências (I Parte - Relatório de Estágio)……….-18-

Resumo ... - 22 - Abstract ... - 23 - Introdução ... - 24 - Metodologia ... - 26 - Desenho de estudo ... - 26 - Amostra ... - 26 - Procedimentos ... - 26 -

(8)

VI

Procedimentos Estatísticos ... - 27 -

Discussão ... - 31 -

Conclusão ... - 32 -

(9)

VII

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Resultados Idade………24

Tabela 2- Resultados Género……….26

Tabela 3- Resultados Faixa Etária………..26

Tabela 4- Resultados Numero de Horas Sentados – Género………..27

Tabela 5- Resultados Numero de Horas Sentados- Faixa Etaria………..27

(10)

VIII

Lista de Abreviaturas

PA – Plano de Aula

UD – Unidade Didática

UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro EF- Educação Física

(11)

- 1 -

(12)

- 2 -

Introdução

O Estágio Pedagógico é o ponto final na formação de um professor na área de Educação Física e Desporto Escolar. O presente relatório arroga-se como síntese do estágio pedagógico realizado ao longo do ano letivo 2015-2016 na Escola Básica 2, 3 de São Torcato.

Ao longo do ano lecionamos uma turma do 3º ciclo, 8º ano. Com a responsabilidade partilhada com a Professora Orientadora, uma turma do 2º ciclo 5ºano.

O presente documento divide-se em duas partes, onde a primeira parte se refere à parte do estágio pedagógico, e a segunda parte a um estudo realizado com os alunos da escola de acolhimento.

Com este documento pretendemos apresentar todas as aprendizagens adquiridas pela estagiária, bem como descrever, detalhadamente, todas as experiencias. São também apresentados os resultados sobre o estudo “Caracterização do Tempo Sentado em crianças e jovens em idade escolar: análise por género e faixa etária ”

(13)

- 3 -

Enquadramento Pessoal

Tenho consciência que são poucas as pessoas que têm bem decidido o que querem ser quando chega a fase decisiva de se inscrever numa Universidade. Eu desde o início do Ensino Secundário que ser professora de Educação Física fazia parte dos meus objetivos. Quando ingressei no Ensino Superior já tinha as ideias bem traçadas do que queria. As aulas de Educação Física fascinavam-me, já há muito, enquanto aluna, a interação que o professor tinha com os alunos, o ambiente diferente que se criava em cada aula, tudo isso me fazia, em pensamento, imaginar no papel de professora.

Ao ingressar na Universidade, entrei na Licenciatura de Educação Física e Desporto Escolar, mas sabia desde logo que ficar pela Licenciatura não cumpria com os meus objetivos. Foi então que terminada a Licenciatura ingressei no Mestrado de Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, na UTAD - Vila Real. O 1º ano do curso foi tudo muito teórico, a fase de aprender como fazer, o porque de fazer de uma forma e não de outra, todo o tipo de teorias. Terminada esta fase, estava próximo o segundo ano, onde se insere o Estagio Pedagógico. Para a realização do Estágio tínhamos de decidir em que Escola pretendíamos estagiar, este ponto foi fácil pois já tinha decidido que queria ficar perto de casa e como a Escola Básica 2, 3 de São Torcato ficava relativamente perto da minha residência foi desde logo a minha primeira escolha.

O Estagio Pedagógico trazia-me muitas expectativas, mas desde início que levava um certo receio por ir “sozinha” para aquela escola, o normal é existir um núcleo de estágio, no meu caso seria a única estagiaria naquele ano. Nos primeiros dias que fui à escola esse receio acabou logo, pois tive desde inicio um grande apoio da minha orientadora de estágio que me deixou à vontade e me apoiou em todas as situações.

(14)

- 4 -

Enquadramento Institucional

A Escola Básica 2,3 ciclo de São Torcato, do Agrupamento de Escolas do Vale de São Torcato, funciona na sede do agrupamento, na Vila de São Torcato, que se situa a 6km da cidade de Guimarães.

O Agrupamento de Escolas do Vale de São Torcato é constituído por mais oito estabelecimentos de Educação/Ensino: uma Escola Básica de 1º Ciclo, um Jardim de Infância e seis estabelecimentos que abrangem a Educação Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico.

Neste Agrupamento há 137 crianças da educação pré-escolar, 314 do 1º ciclo, 167 do 2º ciclo e 263 do 3º ciclo e, ainda, dentro da oferta dos cursos vocacionais, 54 alunos.

As instalações desportivas da escola, que foram o meio onde foi executada a prática de ensino-aprendizagem encontram-se num estado razoável, apesar de serem umas instalações já bastante antigas e do piso do pavilhão já estar um bocado degradado ainda se consegue fazer uma prática em segurança. Estas instalações são constituídas por um pavilhão desportivo, que se divide em três espaços iguais, um sala de ginástica, uma sala de aula, um Gabinete do Grupo de Educação Física, duas arrecadações para todo o material desportivo, um gabinete para os funcionários, um balneário feminino e um masculino, e ainda um wc. Existe ainda um campo de voleibol exterior, junto ao pavilhão. No exterior existe também um campo com marcações para as várias modalidades, duas balizas e 4 tabelas de basquetebol e nas imediações uma pista de atletismo e uma caixa de areia.

A escola possui muito material desportivo e em boas condições, desde logo foi uma vantagem para as aulas, permite-nos muitas vezes aumentar o tempo de prática individual de cada aluno.

(15)

- 5 -

Tarefas de Estágio de Ensino Aprendizagem

Na descrição das atividades desenvolvidas durante este ano letivo, são seguidas as orientações do Guia Organização, Planeamento e Avaliação em Educação Física (Aranha,2008), que divide o Planeamento em 3 fases: fase conceção, que se pode definir como a fase do planeamento propriamente dito; fase de aplicação ou execução, fase onde se vai aplicar o que se planeou; e a fase controlo/avaliação onde se avalia o resultado.

Planeamento

Existem várias definições e formas de entender o planeamento. o ensino mediante planificação e análise adquire os contornos de uma atividade racional e humana, mas também liberta o professor de determinadas preocupações, ficando disponível para a vivência de cada aula como um ato criativo (Bento,2003)

Planeamento é o conjunto das ações que consistem em, a partir do conhecimento de uma situação existente, definir objetivos e prever os resultados de várias hipóteses alternativas de atuação para os atingir, escolhendo uma delas tendo em vista determinada situação ideal. (Pires,1995)

Nas tarefas de planeamento realizadas, esteve sempre presente o objetivo de adaptar o processo de ensino aprendizagem às características da turma e de cada aluno individualmente, não só considerando os programas, como também analisando os dados recolhidos em vários momentos, procurando definir objetivos de acordo com especificidade da turma.

Antes do início do ano letivo foi elaborado um plano anual com a informação das modalidades a lecionar e em que períodos seriam lecionados. Ficou então decidido que para o 8º ano (ano da turma que me foi atribuída) no 1º período seriam lecionadas as modalidades de basquetebol e Ginástica, no 2º período as modalidade de voleibol e badminton e no 3º as modalidades de andebol e atletismo.

(16)

- 6 -

Unidades Didáticas

Com a elaboração de uma Unidade Didática (UD) pretende-se obter uma ferramenta prática resultante não só de uma análise aos programas de Educação Física e às diversas condicionantes derivadas dos recursos humanos, espaciais, materiais e temporais, como também da avaliação diagnóstica realizada, procurando construir um documento o mais específico e adequado às características e dificuldades evidenciadas pelos alunos.

As Unidades Didáticas são partes fundamentais do programa de uma disciplina, na medida que apresentam quer aos professores quer aos alunos, etapas claras e bem distintas de ensino e aprendizagem (Bento, 2003).

O planeamento da Unidade Didática tem que ser algo mais que a distribuição da matéria pelas diversas aulas, tem que ser a base para uma elevada qualidade e eficácia do processo real de ensino (Bento, 2003).

A duração de cada unidade depende do volume e da dificuldade das tarefas de ensino e de aprendizagem, de princípios psicopedagógicos e didático metodológico, acerca da organização e estruturação do processo pedagógico, do estado de desenvolvimento da personalidade dos alunos. (Bento, 2003)

Antes da elaboração das UD, é sempre necessário conhecer a turma, os recursos materiais disponíveis e o espaço disponível para cada dia. Na primeira aula de cada modalidade realizou-se a avaliação diagnóstica, para conhecer o nível psicomotor dos alunos, assim como as suas principais características, com isto conseguimos definir quais os objetivos específicos, quais conteúdos e quais as estratégias que devemos utilizar no decorrer da UD.

Apos a análise da avaliação diagnóstica, começou-se a elaboração das aulas referentes à avaliação formativa, em todas as aulas os alunos são avaliados. Todas as aulas foram organizadas a pensar no nível da turma, e foram escolhidas as melhores estratégias para cada objetivo. Para aumentar o tempo de prática e diminuir o tempo de instrução e organização utilizou-se o quadro e a demonstração dos exercícios para que fossem adquiridos de forma correta por todos os alunos.

(17)

- 7 -

A avaliação em todas aulas (avaliação formativa), foi essencial tanto para perceber se as estratégias estavam a ser adequadas como para ter a noção exata do desempenho de cada aluno em todas as aulas, permitindo que a nota final fosse o mais justa possível.

Em todas as UD os alunos são avaliados em 3 domínios: psicomotor (domínio das atividades físicas e aptidão física); sócio-afetivo (assiduidade/pontualidade,

responsabilidade/respeito regras, cooperação e entre ajuda,

empenho/participação/interesse/autonomia e higiene); e cognitivo (respostas às perguntas sobre os objetivos da aula ou critérios de êxito).

Na última aula de cada unidade didática foi realizada a avaliação sumativa para que seja possível verificar a evolução de cada aluno desde a prestação inicial ate à final, nesta avaliação foi utilizada uma ficha de registo semelhante à da avaliação diagnóstica.

A estrutura das UD elaboradas foi constituída por uma pequena introdução, referência à população alvo; os recursos; objetivos; estruturação e sequencialização de conteúdos; avaliação; estratégias e referências bibliográficas.

Apesar das UD serem programadas sempre no início de cada bloco de matéria, é possível que ocorram alterações no decorrer da mesma, sobretudo sempre que se verifique que as progressões estão desajustadas ao nível dos alunos (Gonçalves, 2013).

No fim de cada UD foi realizado um balanço final, para verificar se os objetivos a atingir pela turma foram ou não alcançados e se as estratégias utilizadas foram as mais adequadas.

Planos de Aula

Faz parte da competência teórica do professor, e dos compromissos com a democratização do ensino, a tarefa quotidiana de preparar as suas aulas (Fusari, 2008).

A estrutura do plano de aula é dividida em três partes: parte inicial, onde são expostos os objetivos e os conteúdos e onde é feita uma ligação às aulas anteriores; parte fundamental, onde é feita uma descrição dos objetivos e conteúdos a abordar ao longo da aula e onde a organização é feita através de esquemas, ainda na parte fundamental são definidas as

(18)

- 8 -

estratégias a utilizar, a forma como o professor se vai posicionar e como vai organizar os alunos, parte final, onde é feita uma analise geral da aula, onde se questionam os alunos sobre o objetivo da aula e critérios de êxito do(s) gesto(s) técnico(s) abordados e onde se faz uma ligação à aula seguinte.

O plano de aula não precisa ser descrito minuciosamente, mas deve ser estruturado, escrito ou mentalmente. O professor antes de lecionar a aula deve saber exatamente o que vai fazer, como o vai fazer e em que momento é que vai fazer. É importante pensarmos e anteciparmos algumas situações tais como: erros mais comuns que possam surgir e qual o feedback de correção a fornecer; transições, organizações e imprevistos que possam ocorrer e quais as decisões de ajustamento a tomarem (Schmitz, 2000).

A aula deve decorrer de acordo com o plano da aula, mas o professor deve ter a capacidade de se adaptar a situações imprevistas, tendo sempre em vista os objetivos definidos para aula (Aranha, 2008).

O professor eficaz é aquele que encontra os meios para manter os seus alunos empenhados da maneira apropriada sobre o objetivo, durante uma percentagem de tempo elevada, sem ter de recorrer a técnicas ou intervenções coercitivas, negativas ou punitivas. (Siedentop, 1998). Nas primeiras aulas senti algumas dificuldades em perceber a atitude que devia ter num determinado momento, em que espaço devia estar em cada situação, mas no final de cada aula fazia um balanço da mesma, este balanço era centrado nos tópicos da prática de ensino supervisionado, com o objetivo de melhorar aula apos aula. Estes balaços permitiram a reestruturação da ação, verificar se os objetivos foram cumpridos.

Uma postura reflexiva permite aos professores estagiários a reformulação da planificação inicial; serem eles próprios intervenientes do seu processo de desenvolvimento e aprendizagem; agir autonomamente; uma maior responsabilização sobre a sua ação.

Prática de Ensino Supervisionada

A observação de aulas é uma das tarefas, quer do supervisor quer do estagiário, que faz parte do estágio pedagógico.

(19)

- 9 -

Não sendo uma tarefa fácil ela é imprescindível para a árdua função que desempenha na perspetiva de melhorar quer o ensino-aprendizagem quer o aprender a ensinar

o professor em formação (estagiário) deverá observar – o supervisor, a si próprio, os alunos – deverá refletir sobre o que observou, questionar o observado; receber feedback do supervisor e dos alunos; refletir sobre esses dados, autoavaliando-se constantemente de modo a corrigir e melhorar as práticas pedagógicas para poder promover o sucesso educativo dos seus alunos e o seu próprio sucesso profissional (Alarcão, 1996).

Um dos objetivos definidos para o estágio pedagógico, consiste na realização de um conjunto de observações, normalmente as observações seriam feitas ao professor orientador e aos colegas do núcleo de estágio. Neste caso visto não existirem colegas de estágios as observações foram feitas ao professor orientador e a outros professores de Educação Física da Escola

A observação é uma das estratégias da formação de professores (Alarcão, 1996; Sá-Chaves, 1997; Pacheco & Flores, 1999; Gomes, 2002) imprescindível em qualquer cenário de supervisão (Gomes, 2002), na medida em que se lhe atribui um papel fundamental no processo de modificação do comportamento e da atitude do professor em formação (Estrela, cit. Pacheco et al, 1999).

Para Serafini & Pacheco (cit. Pacheco et al, 1999) a observação surge como estratégia global da formação de professores e parte destes três pressupostos:

1. Aprender a observar para aprender a

ensinar. O ato de aprender a ensinar não se esgota no período de formação inicial, permanece como um processo de desenvolvimento do professor, associado também a uma aprendizagem perante novas situações. Tanto para o estagiário como para o professor, a observação subordina-se a uma tomada de consciência de si enquanto observador, das suas relações com a situação observada, da sua implicação pessoal na recolha de informações.

Esta consciencialização progressiva leva a uma dupla rutura significativa: por um lado, uma rutura metodológica (num curso de formação inicial) entre o passado de aluno e o futuro de professor, consciencializando o aluno para a necessidade de saber observar para aprender a

(20)

- 10 -

ensinar; por outro, uma rutura situacional (num contexto de formação contínua) entre a prática de ensino perspetivada pelo professor e a observação sobre a prática analisada por outrem.

2. Aprender a observar para aprender a

ser um professor reflexivo. O que o professor observa, inserido num processo de investigação conduz a uma reflexão, isto é, a uma consciencialização das dificuldades e das possíveis alternativas. A observação torna o estagiário, ou o professor, mais consciente das situações de ensino, de si próprio e dos outros, permitindo-lhe desenvolver destrezas, atitudes, modos e processos de reflexão que conduzem a uma busca deliberada da investigação.

3. Aprender a observar para aprender a investigar. A observação é uma etapa imprescindível na intelegibilização do real e, consequentemente, no desenvolvimento de atitudes investigativas por parte do estagiário desde que o objeto de estudo esteja centrado na sala de aula, já que esta é a pedra angular da observação num contexto da formação.

No seguimento destes três pressupostos, também Allwright, Richards e Day (cit. Alarcão et al, 1996) referem que os objetivos da observação de aulas podem sintetizar-se do seguinte modo:

 Ajudar os formandos (estagiários) a atingir uma maior compreensão dos princípios e processos instrucionais subjacentes à sua prática, de modo a aproximarem as suas representações sobre o seu ensino à realidade desse mesmo ensino;

 Desenvolver, através de atividades que saem do mero “treino” de destrezas, o grau de consciencialização dos formandos (estagiários) e o seu controlo dos princípios subjacentes à planificação, organização, gestão e execução efetivas;

 Adquirir “conhecimento científico-pedagógico” (pedagogical content knowledge), noção desenvolvida por Shulman;

 Obter feedback sobre comportamentos, de modo a poder intervir para melhorar / inovar o seu desempenho;

 Refletir criticamente sobre o seu ensino, de modo a passar de um nível impulsivo, intuitivo e rotinizado, para um nível de reflexão crítica;

(21)

- 11 -

 Passar gradualmente, do supervisor para o formando, a responsabilidade de melhorar as práticas de ensino, de modo a que o formando possa começar a ser capaz de formular os seus próprios juízos sobre o que se passa na aula;

 Ajudar a criar uma atitude investigativa, pela problematização do real e construção de hipóteses explicativas.

Observação, no sentido etimológico, se pode definir por: dirigir um olhar sobre algo ou alguém e apoderar-se como objeto, sendo um processo que inclui a recolha de informação, mas também a organiza (sensações visuais), compreende e relata (Postic & Ketele ,1988, cit. por Sarmento, 2004).

A observação deve ser uma competência fundamental dos professores dada a sua importância tanto ao nível da análise da prestação dos alunos, como ao nível da avaliação dentro da própria prática docente. O ato de observar é fundamental para a evolução, uma vez que quem não sabe observar não consegue analisar, avaliar nem identificar erros - os seus, os dos seus alunos ou dos seus atletas (Aranha,2007)

As observações decorreram ao longo do ano letivo dentro dos horários de aula de cada professor. As observações assumiram um papel unicamente descritivo, sem qualquer classificação. Ao longo das observações foi dado principal enfase às estratégias utilizadas e ao modo de gestão da aula de cada professor. Tendo a possibilidade de observar diferentes professores com uma grande experiencia, permitiu chegar ao fim com uma bagagem grande de estratégias.

(22)

- 12 -

Tarefas de Estágio de relação Escola- Meio

Estudo de Turma

Um estudo de turma nasce da necessidade de perceber cada aluno detalhadamente, desde a sua personalidade até as ligações que estabelecem com cada colega de turma, para que com todas as conclusões tiradas possam ajudar a usar as melhores estratégias ao longo do ano letivo. Como a sociedade geral, cada turma é constituída por alunos com características diferentes, onde cada um possui a sua própria identidade, personalidade e estilo de vida diferentes, que podem influenciar as suas relações interpessoais.

A realização do estudo teve como alvo uma turma do 8º ano de escolaridade, a turma D, da Escola Básica 2,3 de S. Torcato, durante o ano letivo 2015/2016. A amostra é constituída por dezanove alunos, 10 do género feminino e 9 masculino. Os alunos têm idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos, sendo a média de idades de 13.4. Duas alunos são alunas com Necessidades Educativas Especiais (NEE).

Como primeira fase foi necessário aplicar os questionários numa aula de Educação Física (EF) e sua posterior análise. Depois da análise dos dados foram construídos os gráficos de análise para cada pergunta e gráficos de aceitação e rejeição para o teste sociométrico. Para a criação dos gráficos foi utilizado o programa Excel e o programa Sociometrics.

Através da interpretação dos resultados verificou-se que na sua maioria os alunos pretendem estudar apenas até ao 12ºano, torna-se importante que os professores em conjunto com os Encarregados de Educação consigam encontrar estratégias que possam mudar esta opinião. Tentar chamar-lhes à atenção sobre a importância de dar seguimento aos estudos para além do 12º ano.

O facto de na sua totalidade os alunos possuírem computador em casa, e apenas um não possuir internet, pode ser considerado um fator benéfico nos dias de hoje.

No que se refere às preferências dos alunos quanto às disciplinas, os professores necessitam continuar a manter os alunos motivados nas suas disciplinas preferidas, assim como os professores das disciplinas que os alunos consideram ser as que menos gostam e que

(23)

- 13 -

sentem mais dificuldades, devem procurar estratégias de ensino-aprendizagem que motivem os alunos de modo a melhorar o seu rendimento.

Quanto ao meio de transporte, na sua maioria os alunos utilizam os transportes públicos para se deslocarem de casa para a escola e vice-versa, este fator pode contribuir para melhorar a autonomia dos alunos pois exige uma responsabilidade maior.

Nos hábitos alimentares diários, todos os alunos tomam o pequeno-almoço em casa, o que demonstra preocupação por parte dos encarregados de educação, visto o pequeno-almoço ser uma das refeições principais do dia e interferir na concentração dos alunos.

Quanto à prática de exercício físico, são poucos os alunos que praticam. É muito negativo que isto aconteça pois hoje em dia é frequente que as crianças e adolescente se tornem sedentários desde cedo, o que mais tarde tem repercussões graves na sua saúde. Como professora de EF da turma este ano, vou tentar incutir hábitos diferentes no que se refere a este aspeto, tentando fazer-lhes entender os benefícios que poderão ter.

No que diz respeito ao teste Sociométrico, existem alguns casos que são necessários realçar. Os alunos 14, 5, 7 e 3 são alunos muito rejeitados em todos os domínios. Neste sentido será necessário encontrar estratégias para tentar integrar estes alunos no ambiente na turma, tais como: dinamizar atividades inclusivas e de cooperação e os mesmos devem ser utilizados como capitães de equipa nas aulas de EF.

Apesar de não se encontrarem grupos fechados dentro da turma, deve-se colocar todos os alunos em interação e cooperação, de forma a promover o sucesso conjunto e criar novas possibilidades de interação.

(24)

- 14 -

Atividades Na Escola

Corta-Mato na Escola

No 1º Período, dia 15 de Dezembro, realizou-se na escola o Corta Mato. A prova teve início às 9 horas da manhã e término às 13 horas. Na prova participaram os escalões: Infantil A (Masculino e feminino – 2004 até 2006); Infantil B (Masculino e feminino – 2002 até 2003); Iniciado (Masculino e Feminino – 2000 até 2001); Juvenil (Masculino – 1998 até 1999). Nesta atividade ajudei na montagem do circuito, auxiliei na distribuição dos dorsais e ajudei no controlo dos números e voltas e chegada à meta. No final, ajudei na arrumação do material e participei na entrega dos prémios aos três primeiros classificados de cada escalão.

Torneio de Voleibol

Ainda no 1º Período, dia 17 de Dezembro, realizou-se na escola um torneio de voleibol, destinado aos alunos de 6º e 9º anos, para o 6º ano o torneio era de duplas divididas por géneros, já no 9º ano eram equipas mistas de 4x4. Neste torneio auxiliei na montagem dos campos e assumi o papel de árbitro.

Corta-Mato Distrital

No 2º Período, dia 4 de Fevereiro, acompanhei os alunos que obtiveram classificação para o Corta-Mato distrital. A fase distrital desta atividade realizou-se em Guimarães, nos terrenos anexos às pistas de atletismo Gémeos Castro, onde se juntaram milhares alunos das escolas do distrito de Braga. Nesta atividade, ajudei a encaminhar os alunos, nos seus devidos escalões até à zona de partida, e acompanhei a chegada dos mesmos à meta.

(25)

- 15 -

Mega Sprint e Mega Quilómetro

No 2º Período, dia 18 de Fevereiro, realizou-se na escola o mega Sprint e Mega Quilómetro, nesta atividade ajudei a controlar os alunos que não estavam a participar para não irem para o espaço da prova enquanto esta decorria, auxiliei na organização dos alunos por pista e por séria na realização do mega sprint, controlei a ordem de chegada e auxiliei no registo dos resultados.

Direção de turma

Sempre que existia uma reunião destinada à turma onde estou a lecionar, desde reunião de ano, reuniões intercalares e reunião de final de período eu tentei estar presente e participar da mesma, torna-se importante no adquirir de conhecimentos sobre os processos de avaliação, conhecer os alunos para além da aula de Educação Física tanto a nível do seu rendimento escolar como do seu comportamento

Desporto Escolar

Todas as quintas-feiras no horário das 14.20-15:10 e no horário das 16:55 as 17:40 auxiliei nos treinos da modalidade de Trampolins, que inclui o tapete (tumbling) e de mini trampolim, para os alunos da Escola Básica 2,3 de São Torcato. No horário das 17:45-18.30 ajudo no treino da mesma modalidade para os alunos do 1º ciclo do Agrupamento. Dentro desta modalidade participei na formação de juiz, e no dia 20 de Fevereiro exerci a função de juiz árbitro numa prova de Desporto Escolar que se realizou na Escola Básica 2,3 de São Torcato.

No dia 13 de Março realizou-se a 2ª prova da Modalidade, Escola Básica 2,3 de São Torcato, nesta prova auxiliei na organização e exerci a função de juiz árbitro no tapete.

A prova Distrital da modalidade realizou-se em Braga, no dia 8 de Abril, no pavilhão da Universidade do Minho. Neste dia acompanhei os alunos até Braga e na prova exerci igualmente a função de juiz árbitro.

(26)

- 16 -

No Regional da Modalidade a Escola Básica de São Torcato fez-se representar de dois alunos. A prova realizou-se no dia 30 de Abril, no Pavilhão Municipal de Caminha. Neste dia apenas acompanhei os atletas na prova.

(27)

- 17 -

Descrição Sumária do Estágio

A experiência de um ano letivo de estágio, permitiu obter um incalculável número de conhecimentos e experiências, essências para um futuro professor de Educação Física. Foi um ano de muito empenho, entrega, trabalho e dedicação, que chegando ao fim e fazendo o balanço final todo esse esforço foi compensatório.

Miranda (cit. por Marques et al, 2010) refere que o estágio realizado nos cursos de formação de professores é um momento único onde o estagiário tem a oportunidade de interagir com os alunos, de enfrentar os desafios advindos do contexto escolar e de adotar uma postura reflexiva com vista à construção de uma identidade docente.

Ao longo do ano foi sentida uma grande evolução a todos os níveis. Ser um estágio supervisionado, com análises diárias fundamentadas do orientador é essencial para a evolução e os conhecimentos adquiridos sejam muito maiores.

No início quando obtivemos as informações do que seria necessário elaborar ao longo do estágio pareciam muitas tarefas, com isto no início foi notável uma pequena desmotivação, mas ao longo do tempo criando rotinas de trabalho e organizando tudo o que se tinha de elaborar tudo foi fluindo naturalmente.

Relativamente às aulas propriamente ditas, ao longo do ano foram notadas melhorias significativas, desde as instruções que passaram a ser mais breves e concisas, a utilização do questionamento que permitiu seguir a aquisição de conhecimentos por parte da turma, e de cada aluno individualmente. Na organização da aula tentou-se sempre utilizar as melhores estratégias para que o tempo de atividade motora fosse sempre o maior tempo possível, para isto quando as aulas eram planeadas tentou-se sempre que os exercícios tivessem organizações similares para que a organização e transições fossem reduzidas.

A avaliação foi o que de início trouxe um receio maior, o medo de não atribuir uma classificação justa era grande, no entanto, com a prática este processo tornou-se natural.

Marante (2008) refere que a desmotivação apresentada pelos alunos é um problema que os professores enfrentam no seu dia-a-dia não apenas em recusar-se a participar nas

(28)

- 18 -

atividades como também no modo de envolvimento das tarefas. A falta de motivação por parte de alguns alunos no que diz respeito à adesão as aulas e no envolvimento nas tarefas de aula em alguns momentos foi uma dificuldade encontrada, principalmente no início do ano.

Inicialmente foram sentidas dificuldades em evitar comportamentos desviantes por parte de alguns alunos mas, através da repreensão verbal e atribuição de castigos, os alunos melhoraram o seu comportamento, algumas vezes foi necessário, adotar uma postura autoritária e frisar o peso do comportamento na classificação final.

Em comparação com o início do estágio, houve melhorias significativas em todo o envolvimento que tem uma aula de Educação Física, resultando num aumento de confiança pessoal,

(29)

- 19 -

Referências (I Parte - Relatório de Estágio)

Aranha, A. (2007a). Observação de aulas de Educação Física. Sistematização da

observação: sistemas de observação e fichas de registo. Didática. Ciências Aplicadas;

334. Vila Real, UTAD: Sector Editorial dos SDE.

Aranha, Á. (2008b). Supervisão Pedagógica em Educação Física e Desporto:

Parâmetros e critérios de avaliação do estagiário de Educação Física: Documento de orientação. Vila Real: UTAD.

Alarcão, I. (1996). Formação reflexiva de professores. Estratégias de Supervisão. Porto Editora, Porto.

Bento, J. O. (2003). Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa: Livros Horizonte.

Carvalhinho, L. & Rodrigues, J. (2004). Formação Desportiva. Perspectivas de Estudo

nos Contextos Escolar e Desportivo. Lisboa: Edições FMH

Fusari, J. C. (2008). O planeamento do trabalho pedagógico: algumas indagações e

tentativas de respostas. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.

Gomes, P. B. (2002). Estágio Pedagógico: notas para um percurso didáctico.

Conferência proferida ao 9º congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa. S. Luís do Maranhão.

Gonçalves, M. (2013). Relatório de estágio pedagógico desenvolvido na escola

secundária José Falcão junto da turma do 10º3 no ano letivo 2012/2013. Coimbra: Relatório de estágio apresentado - Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.

Marante, W. (2008) Motivação e Educação Física Escolar: uma abordagem

(30)

- 20 -

Pacheco, J.; Flores, M. (1999). Formação e Avaliação de Professores. Colecção

escola e saberes. Porto, Porto Editora.

Pires, G. (1995). O espaço, O Desporto e o Desenvolvimento. Edições FMH, Lisboa.

Sarmento, P. (2004). Pedagogia do Desporto e Observação. Lisboa: FMH Edições.

Sá-Chaves, I. (1997). Percursos de formação e desenvolvimento profissional. Colecção CIDINE. Porto, Porto Editora.

Siedentop, D. (1998). Aprender a enseñar la educación física. Barcelona: INDE

Schmitz, E. (2000). Fundamentos da Didática. 7ª Ed. São Leopoldo, RS: Editora Unisinos, (p. 101 a 110).

(31)

- 21 -

2ª Parte (Estudo Científico)

“Caracterização do Tempo Sentado em crianças e jovens em idade

escolar: análise por género e faixa etária ”

(32)

- 22 -

Caracterização do Tempo Sentado em crianças e jovens em idade escolar: análise por género e faixa etária

Silvia Gomes1, Romeu Mendes1, Maria Dolores Monteiro1

1

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Resumo

Introdução: O Sedentarismo é uma área em crescente estudo, por ser um tema sem conceito

científico ainda bem definido, traz cada vez mais preocupação devido às consequências negativas que advém deste comportamento. Objetivo: o presente estudo teve como principal objetivo a caracterização do tempo sentado de crianças e jovens em idade escolar, com uma análise por género e faixa etária. Metodologia: para este efeito 451 alunos da Escola EB 2,3 de S. Torcato com idades compreendidas entre os 11 e 18 anos, sendo 264 do sexo masculino e 187 do sexo feminino foram questionados sobre o tempo que passavam sentados ao longo de um dia normal. Resultados: Nesta amostra da Escola EB 2,3 de S. Torcato os alunos passam em média 11.96h sentados diariamente, com um desvio padrão de 2.64. Não existiram diferenças por géneros, mas houve diferenças significativas por faixa etária no tempo sentado total e nas aulas, tendo os alunos mais velhos apresentado maior tempo. Conclusão: O modelo de aulas atual à luz do novo fator de risco que é o sedentarismo deve ser repensado com urgência. É necessário estudar cada vez mais este tema para ser possível chegar a recomendações internacionais verdadeiramente fundamentadas.

(33)

- 23 -

Abstract

Introduction:The sedentary lifestyle is a growing area in study, for being a subject without

scientific concept well defined yet, it brings increasing concern due to the negative consequences that comes from this behavior. Objective: this study had as main goal the characterization of the sitting time of children and young people of school age, with an analysis by gender and age. Methodology: for this purpose 451 students of school EB 2,3 de S. Torcato aged between 11 and 18 years, being 264 males and 187 females were asked about how much time they spent sitting in a normal day. Results: In this sample of school EB 2,3 de S. Torcato students spend on average 11.96h sitting daily, with a standard deviation of 2.64. There were no differences by gender, but there were significant differences by age group in the total sitting time and in class, having older students presented longer. Conclusion: The model of current classes in the light of the new risk factor the sedentary lifestyle is should be reconsidered urgently. It is necessary to study more and more this theme to be possible to reach truly based international recommendations.

(34)

- 24 -

Introdução

O interesse pelo estudo do sedentarismo é muito recente mas é um tema com um grande interesse de estudo atualmente. No passado o sedentarismo era caracterizado diretamente pela quantidade de atividade física praticada. Atualmente reconhece-se que se pode ser sedentário independentemente da atividade física (Stuart Biddle JH et. al 2009)

Ser sedentário inclui um conjunto de comportamentos (estar sentado, ver televisão, jogar jogos…) caracterizando-se pela pouca movimentação física e um baixo gasto de energia (≤ 1,5 METs) (Tremblay et al., 2010)

Doenças crônicas não-transmissíveis (DNT) são as principais causas de morte a nível mundial (6% de todas as mortes), matando mais pessoas por ano do que todas as outras causas. Entre os fatores de risco relacionados destaca dois comportamentos que são aspetos universais da transição económica, rápida urbanização e o estilo de vida do século 21: sedentarismo e hábitos alimentares pouco saudáveis (OMS, 2010)

Tempo sentado é responsável por 7% de todas as mortes em adultos com idades entre 45 anos e mais velhos (Ploeg HP et.al., 2012)

A redução do tempo gasto sentado, independentemente da atividade física, pode melhorar as consequências metabólicas da obesidade (Patel et.al., 2010)

Existe uma associação entre o sedentarismo e a prevalência de diferentes doenças, tais como: doença arterial coronária, hipertensão, acidente vascular, diabetes, osteoporose, obesidade, câncer, depressão entre outras ( Haskell 2007)

Uma amostra de 2210 classificou 22% como sedentários apesar de terem níveis de atividade física normais de acordo com as orientações (Sugiyama et.al.,2008)

A maioria dos estudos utiliza apenas os dados para visualização de TV para caracterizar o tempo sentado (Rideout VJ et.al., 2010; Whitt-Glover MC et. al. 2009; Kirk SFL et.al.2009)

Uma revisão sistemática de 232 estudos, verificou o comportamento sedentário (avaliado, principalmente, através do tempo de visualização de TV), verificando que mais de 2 horas por dia a ver TV foi associado a uma composição corporal desfavorável, baixou a autoestima e comportamento social e diminuiu os resultados académicos em crianças e jovens (5-17 anos) em idade escolar, verificando estes resultados em todos os desenhos de estudo, em todos os países, através de medidas diretas e indiretas, e independentemente do tamanho da amostra. Ate à data os vários órgãos de saúde focam-se principalmente na atividade física e

(35)

- 25 -

demonstram pouca importância dada ao comportamento sedentário de forma distinta e as suas consequências para a saúde (Tremblay MS et al., 2011)

Ao contrário da atividade física, para o qual tem havido orientações clínicas e de saúde pública em vigor há quase duas décadas (OMS 2010), não existem orientações quantitativas para o comportamento sedentário, porque não se sabe o quanto o comportamento sedentário é prejudicial à saúde.

Apesar de ainda nenhum organismo internacional ter emitido recomendações para o tempo sentado em termos de um valor de corte, alguns autores tem usado o valor de corte de 6 horas (M. Sjöström et.al., 2006; Birgit Wallmann-Sperlich et.al.,2013)

Desta forma, e devido às divergências na literatura, torna-se pertinente a realização do presente estudo, que tem como objetivo a caracterização do tempo sentado em crianças e jovens em idade escolar e a análise dos resultados por género e faixa etária.

(36)

- 26 -

Metodologia

Desenho de estudo

O presente estudo é transversal analitico.

Amostra

O presente estudo teve como população alvo os alunos da Escola Básica do 2º e 3º ciclo de S. Torcato. De início a amostra era constituída por 484 alunos, todos os alunos da escola, na altura da recolha de dados 33 alunos não se encontraram presentes nesse momento passando a amostra do estudo a ser constituída por um total de 451 participantes (Tabela 2). A amostra foi dividida por género e por faixa etária. Relativamente ao género 264 são do género masculino e 187 do género feminino. Quanto à faixa etária o grupo 1 é constituído pelos alunos com idades compreendidas entre os 11 e os 14 anos e o grupo 2 entre os 15 e os 18 anos.

Tabela 1 – Idade

Média Desvio Padrão

Idade 13.83 1.74

IMC (Índice Massa Corporal)

21.66 4.26

Procedimentos

Antes de se dar inicio ao estudo foi pedida uma autorização à escola (ANEXO 1), que se mostrou prontamente disponivel para o que fosse necessario. Devido à menoridade dos participantes foi tambem entregue a cada encarregado de educação um pedido de autorização para a participação dos seus educandos no estudo (ANEXO 2). Apos estes procedimentos concluidos, depois de esclarecidas todas as questões e dúvidas, e após os encarregados de

(37)

- 27 -

educação terem dado autorização para a participação no estudo, cada participante, numa aula de Educação Física, foi questionado sobre o seu género, a sua idade e sobre o tempo que passam sentados ao longo do dia, num dia normal de semana, com o apoio de uma ficha de registo (ANEXO 3)

Procedimentos Estatísticos

A análise descritiva dos dados foi realizada com recurso à média ± desvio padrão. Diferenças entre géneros e faixas etárias foram analisadas através de testes t para amostras independentes. O nível de significância estatística foi definido em p < 0.05. Foi utilizado o software SPSS v. 21.

(38)

- 28 -

Caracterização dos Participantes

A tabela seguinte apresenta a frequência e percentagem do género da amostra

Tabela 2- Género Frequência Percentagem Masculino 264 58.5 Feminino 187 41.5 Total 451 100

Na tabela 2 podemos observar o número de alunos que constitui a amostra, como se pode observar a amostra é composta por 264 alunos do género masculino que representa 58.5 % do total, e 187 do género feminino representando 41.5% da amostra.

A tabela 3 representa a frequência e respetiva percentagem da idade da amostra por faixa etária

Tabela 3- Faixa Etária

Frequência Percentagem 11-14 Anos 278 61.6 15-18 Anos Total 173 451 38.4 100

Na tabela 3 podemos obsevar que 278 alunos estâo inseridos na faixa etaria entre os 11-14 anos representando 61.6% e 173 encontram-se na faixa etaria entre os 15-18 anos representando 38.4% da amostra.

(39)

- 29 -

Resultados

A tabela 4 representa o numero de horas que os alunos se encontram sentados, divididos por género.

Tabela 4- Numero de Horas Sentados – Género

Masculino

Média ± Desvio Padrão

Feminino

Média ± Desvio Padrão

P

Tempo Sentado Aulas 6,58 ± 1,02 6,62 ± 1,18 0,74

Tempo Sentado Noite 1,48 ± 0,83 1,56 ± 0,91 0,37

Total Tempo sentado 11,84 ± 2,15 12,12 ± 3,21 0,31

p: nivel de significancia obtido com o t test para amostras independentes

Na tabela 4 podemos observar o tempo que os alunos passam sentados, nas aulas,à noite e o tempo total; divididos por género.

Podemos observar que não existem diferenças significativas entre géneros, no tempo que passam sentados nas aulas, à noite e no tempo total diario. Em média o género masculino está sentado 6,58h por dia nas aulas, 1,48h à noite e no tempo total diário 11,84h. já o género feminino encontra-se sentado em média 6.62h diárias em aulas, 1.56h à noite e 12,12h no tempo sentado total diário.

A tabela 5 representa o tempo que os alunos passam sentados, divididos por faixa etaria

Tabela 5- Numero de Horas Sentados- Faixa Etaria 11-14 Anos Média ± Desvio Padrão 15-18 Anos Média ± Desvio Padrão P

(40)

- 30 -

Tempo Sentado

Aulas 6,17± 0,68 7,27±1,26655 < 0,001

Tempo Sentado

Noite 1,44±0,81 1,62±0,94 0,038

Total Tempo sentado 11,49±2,56 12,71±2,61 < 0,001

p: nivel de significancia obtido com o t test para amostras independentes

A tabela 5 apresenta os resultados do tempo que os alunos passam sentados, divididos por faixa etaria.

É possivel observar que existem diferencas significativas, < 0.05, entre os alunos na faixa etária mais nova e os mais velhos. Em média os alunos na faixa etária 11-14 encontram-se encontram-sentados 6.17h nas aulas, 1.44h à noite e 11.49h no total de tempo encontram-sentado diário. Os alunos na faixa etária 15-18 encontram-se sentados em média 7.27h em aulas por dia, 1.62 à noite e 12.71h de tempo total

(41)

- 31 -

Discussão

O presente estudo teve como objetivo caracterizar o tempo sentado em crianças e jovens em idade escolar, com uma análise por género e faixa etária.

Os nossos resultados mostram que os alunos se encontram sentados durante um número elevado de horas tanto nas aulas como no tempo total diário que passam sentados.

O valor de corte de 6 horas referenciado por alguns autores (M. Sjöström et.al., 2006; Birgit Wallmann-Sperlich et.al.,2013) como o tempo máximo que nos devemos encontrar sentados é ultrapassado pela nossa amostra só no tempo que se encontram sentados em aulas. A média do tempo total diário que cada aluno da nossa amostra independentemente do género e da faixa etária se encontra sentado é quase o dobro do recomendado (M. Sjöström et.al., 2006)

As crianças e adolescentes correm riscos diários com o número elevado de horas que se encontram sentados. Verificou-se que crianças e jovens entre os 5 -15 anos apresentavam uma composição corporal desfavorável, uma diminuição da auto-estima e de comportamentos sociais e uma diminuição nos resultados académicos com o tempo sentado definido apenas através do tempo de visualização de TV por mais de duas horas diárias (Tremblay MS et al 2011)

Na nossa amostra o tempo que os alunos se encontram sentados à noite é inferior às duas horas recomendadas. Partindo do princípio que o tempo que passam sentados à noite é a ver TV, fazer os trabalhos de casa (…), não é nesta parte do dia que os alunos correm risco através do tempo sentado. Em contra partida analisando o tempo que passam sentados nas aulas permitem-nos dizer que a escola de hoje oferece um fator de risco aos alunos, o modelo de aulas é um risco que as crianças e jovens enfrentam diariamente.

Para colmatar este problema, diminuindo este fator de risco a que são sujeitos os alunos, seria pertinente alterar o modelo de aulas de hoje em dia. Pode-se tentar tornar as aulas mais dinâmicas, alterar a forma como os alunos se encontram nas aulas, sentados, para umas mesas com um tamanho adequado para ser possível os alunos assistirem e participarem nas aulas encontrando-se de pé.

(42)

- 32 -

Conclusão

Com a elaboração deste estudo conseguimos concluir que os alunos da nossa amostra apresentam valores de tempo sentado preocupantes.

Os alunos mais velhos apresentam um tempo sentado superior aos alunos mais novos tanto nas aulas como no tempo total sentado diário.

O modelo de aulas atual à luz do novo fator de risco que é o sedentarismo deve ser repensado com urgência.

É necessário estudar cada vez mais este tema para ser possível chegar a recomendações internacionais verdadeiramente fundamentadas.

(43)

- 33 -

Referências (II Parte – Estudo Cientifico)

Biddle, S., Gorely, T., Marshall, S., & Cameron, N. (2009). The prevalence of

sedentary behavior and physical activity in leisure time: A study of Scottish adolescents using ecological momentary assessment. Preventive Medicine, 48(2),

151-155.

Cecchini, M., Sassi, F., Lauer, J., Lee, Y., Guajardo-Barron, V., & Chisholm, D. (2010). Tackling of unhealthy diets, physical inactivity, and obesity: health effects and

cost-effectiveness. The Lancet, 376 (9754), 1775-1784

Ekelund, U., Steene-Johannessen, J., Brown, W., Fagerland, M., Owen, N., & Powell, K. et al. (2016). Does physical activity attenuate, or even eliminate, the detrimental

association of sitting time with mortality? A harmonised meta-analysis of data from more than 1 million men and women. The Lancet, 388(10051), 1302-1310.

HASKELL, W., LEE, I., PATE, R., POWELL, K., BLAIR, S., & FRANKLIN, B. et al. (2007). Physical Activity and Public Health. Medicine & Science In Sports &

Exercise, 39(8), 1423-1434.

Organização Mundial de Saúde (OMS) (2008-2013). Plano de ação para a estratégia

global para a prevenção e controle de doenças não transmissíveis. Genebra:

Organização Mundial de Saúde.

OMS (2010) Recomendações globais sobre atividade física para a saúde. Genebra:

Organização Mundial de Saúde

Patel, A., Bernstein, L., Deka, A., Feigelson, H., Campbell, P., & Gapstur, S. et al. (2010). Leisure Time Spent Sitting in Relation to Total Mortality in a Prospective

(44)

- 34 -

Rideout, V. (2016). Measuring time spent with media: the Common Sense census of

media use by US 8- to 18-year-olds. Journal Of Children And Media, 10(1), 138-144.

Rocha, A., & Pereira, B. (2006). Avaliação da aptidão física e da atividade física

associada à saúde em crianças de 10 anos de idade. In B. Pereira & G. S. Carvalho (Eds.), Educação Física, Saúde e Lazer: A Infância e Estilos de Vida Saudáveis (pp.

165-176). Lisboa: LIDEL Edições Técnicas, Lda.

Sugiyama, T., Healy, G., Dunstan, D., Salmon, J., & Owen, N. (2008). Joint

associations of multiple leisure-time sedentary behaviours and physical activity with obesity in Australian adults. Int J Behav Nutr Phys Act, 5(1), 35.

SALLIS, J., PROCHASKA, J., & TAYLOR, W. (2000). A review of correlates of

physical activity of children and adolescents. Medicine & Science In Sports & Exercise, 963-975.

Tremblay, M., Kho, M., Tricco, A., & Duggan, M. (2010a). Process description and

evaluation of Canadian Physical Activity Guidelines development. Int J Behav Nutr Phys Act, 7(1), 42.

Tremblay, M., LeBlanc, A., Kho, M., Saunders, T., Larouche, R., & Colley, R. et al. (2011b). Systematic review of sedentary behaviour and health indicators in

school-aged children and youth. Int J Behav Nutr Phys Act, 8(1), 98.

Van der Ploeg, H. (2012). Sitting Time and All-Cause Mortality Risk in 222 497

Australian Adults. Archives Of Internal Medicine, 172(6), 494.

Whitt-Glover, M., Taylor, W., Floyd, M., Yore, M., Yancey, A., & Matthews, C. (2009). Disparities in Physical Activity and Sedentary Behaviors Among US Children

and Adolescents: Prevalence, Correlates, and Intervention Implications. Journal Of Public Health Policy, 30(S1), S309-S334.

(45)

- 35 -

Anexos

Anexo 1-

Autorização à escola

Exmo. Sr. Diretor da Escola Básica de S. Torcato

Vossa Referência Data Nossa Referência Data

02-03-2016

Assunto: Pedido de Autorização para Desenvolvimento de Projeto de Investigação

2 de Março de 2016 Exmo. Sr. Diretor:

Eu, Sílvia Raquel Gonçalves Gomes, professora estagiária de Educação Física nesta escola, tendo como orientadora a professora Angelina Silva, venho por este meio solicitar a V. Excelência autorização para desenvolver um Projeto de Investigação subordinado ao tema “Sedentarismo, Índice Massa Corporal e Aptidão Aeróbia: que relação em alunos em idade escolar”. Para o efeito necessitarei de obter alguns dados dos alunos da escola, a fim de analisar a influência do tempo sentado no índice de massa corporal e na aptidão aeróbia. Só participarão neste estudo alunos que se voluntariem para o mesmo e que estejam autorizados pelo seu Encarregado de Educação, sendo que estes também serão devidamente informados sobre o protocolo estabelecido e as variáveis a recolher.

Na expectativa da Vossa melhor atenção e aguardando uma resposta com brevidade, Subscrevo-me com os melhores cumprimentos,

A Professora Estagiária

(46)

- 36 -

Anexo 2-

Autorização Encarregados de Educação

DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA Ano Letivo 2015/ 2016

Pedido de autorização Exmo. Sr. Enc. de Educação:

Venho por este meio solicitar a sua autorização para que o seu educando participe num estudo subordinado ao tema “Sedentarismo, Índice Massa Corporal e Aptidão Aeróbia: que relação em alunos em idade escolar”. Este estudo insere-se no âmbito do Relatório de Estágio do 2ºciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário. O seu educando deverá preencher um questionário para obter o tempo sentado diário, ser-lhe-á medido o peso e a altura para determinar o Índice de Massa Corporal e serão utilizados os resultados da prova de aptidão aeróbia (milha). Neste estudo não será solicitada qualquer identificação ao seu educando.

(Por favor, preencha, corte pelo tracejado e devolva a parte destacável ao professor de Educação Física.)

-- -- -- -- -- --

E u , ________________________________________________, Encarregado(a) de Educação do(a) aluno(a) _____________________________________________________, nº _____ da turma _____ do _____º Ano, declaro que

Autorizo / Não autorizo o(a) meu(minha) educando(a) a participar no estudo da disciplina de Educação Física.

O(A) Encarregado(a) de

Educação,____________________________________________________________

A Professora Estagiária, ___________Sílvia Gomes ______

(47)

- 37 -

Anexo 3-

Ficha de Registo

Tempo Sentado – Ficha de Registo

Nome:_________________________________________________________________ Data de Nascimento:_____________

Manhã

Pequeno-almoço Horas _____ Minutos_____ Carro; transportes públicos Horas _____ Minutos_____ Aulas Horas _____ Minutos_____

Ver TV; ler; computador; intervalos das aulas Horas _____ Minutos_____ Outra situação Horas _____ Minutos_____

Tarde

Almoço Horas _____ Minutos_____

Aulas Horas _____ Minutos_____

Ver TV; ler; computador; intervalos das aulas Horas _____ Minutos_____

Outra situação Horas _____ Minutos_____

Carro; transportes públicos Horas _____ Minutos_____

Noite

Jantar Horas _____ Minutos_____

Ver TV; ler; computador; fazer os tpc´s Horas _____ Minutos_____

Imagem

Tabela 1 – Idade
Tabela 3- Faixa Etária
Tabela 4- Numero de Horas Sentados – Género  Masculino

Referências

Documentos relacionados

O vinho generoso assume aqui o papel fundamental em torno do qual toda a actividade económica se desenvolve, sobretudo na zona norte (ribeirinha ao Douro),

Manter a criança confortável Hidratar Tratamento racional TRATAMENTO DA FEBRE TRATAMENTO FÍSICO  Compressas húmidas  Banhos.  Compressas

Considerando esses pressupostos, este artigo intenta analisar o modo de circulação e apropriação do Movimento da Matemática Moderna (MMM) no âmbito do ensino

percepção dos colaboradores tendo em conta o seu nível de senioridade, e verificando que o fator idade não é relevante, verificou-se que, da amostra, aqueles

Neste ano, em que os trabalhos de loule começam a ser mais conhecidos, aparece o magnífico trabalho de Helmholtz sobre a conservação da energia.í3 Ao contrário

This is not the case in Francoist Spain, where the process of transition from state terror to more preclictable forms of political repression was slow,

After the plating sequence, the ten isolates were tested in liquid cultures of CD medium with 60% (v/v) undetoxified HSSL and compared to PAR and POP for maximum specific growth

Este módulo trabalha com uma base de dados fixa (já conhecida pelo sistema), e dá ao sistema a possibilidade de identificar erros nas respostas do usuário assim como