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Contribuição do município na atividade física dos jovens

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Academic year: 2021

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2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório de Estágio

Contibuição do Município na Atividade

Física dos jovens

Mestrando: João Carlos Lopes Carvalho

Orientador: Isabel Gomes

Co-orientador: Pedro Reis

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física dos Ensino Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação da Professora Doutora Isabel Gomes.

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II Agradecimentos

Embora este trabalho seja, pela sua finalidade académica, um trabalho individual, há contributos de natureza diversa que não podem e nem devem deixar de ser realçados. Por essa razão, desejo expressar os meus sinceros agradecimentos:

Aos meus pais, pela sua paciência, apoio e força inspiradora. Obrigado pela vossa dedicação ao longo destes 23 anos, pois sem vocês nada disto seria possível.

À Professora Doutora Isabel Gomes, minha orientadora, pela competência científica e acompanhamento do trabalho, pela disponibilidade e generosidade reveladas ao longo deste ano.

Ao Professor e amigo Pedro Reis, meu co-orientador, pela competência científica e orientação dada, e que me ensinou com prazer e dedicação parte do que sei, bem como pela disponibilidade e amizade então demonstradas.

A todos os magníficos professores da escola básica e secundária de Vila Cova da Lixa, em especial ao grupo de educação física, pelo magnífico ambiente criado ao longo deste ano.

Aos alunos do 12ºC, por me terem proporcionado um ano com várias e enriquecedoras experiências.

A todos os meus amigos e familiares, Helena Monteiro em especial, por estarem sempre ao meu lado para rir, chorar e pelo incentivo, confiança e apoio incondicional demonstrado.

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II Resumo

O presente Relatório visa descrever todas as actividades elaboradas e desenvolvidas no âmbito do Estágio Pedagógico em Educação Física nos Ensino Básico e Secundário realizado na Escola Secundária, Vila Cova da Lixa.

A estruturação deste trabalho baseia-se nas linhas orientadoras que regulam o Estágio Pedagógico, que expõem detalhadamente todo o procedimento, de forma a caracterizar o contexto de integração dos professores estagiários na Escola, a labuta do processo ensino-aprendizagem representado pela prática lectiva, as actividades extracurriculares como a realização de actividades de cariz de Intervenção na Comunidade Escolar e Integração no Meio, como também a concretização de acções Científico- Pedagógicas.

Em cada atividade constam os respectivos procedimentos nomeadamente o planeamento, organização, justificações e reflexões sobre as tomadas de decisões e algumas considerações.

De um modo consistente este Estágio representa mais uma etapa na formação de um futuro professor de Educação Física consolidado pela supervisão dos professores orientadores habilitados e diligentes que permitiram a aquisição de várias competências necessárias a esta fase.

De seguida irei tratar de um estudo que visa a contribuição do município na atividade física dos jovens. Aqui falarei sobre as actividades que são realizadas no município de Amarante, em que explicarei como serão organizadas e planeadas. Numa parte mais prática poderemos observar alguns dados relativos a um questionário realizado numa actividade realizada pelo município, em que demonstra a os hábitos e aderência a estes eventos.

Palavras-chave: Escola, Estágio Pedagógico, Educação Física, Atividade Física, Município, Jovens

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Abstract

This report aims to describe all activities designed and carried out under the Teacher Training in Physical Education in the Elementary and Secondary Education held at the Secondary School, Vila Cova da Lixa.

The structure of this work is based on the guidelines that regulate the Stage Pedagogical, detailing and exposing all the proceeds, in order to characterize the context of integration of student teachers at the school, the toil of the teaching-learning process represented by the practices extracurricular activities such as making activities Intervention in School and Community Integration in the educational environment, as well as the concretion of Scientific-Pedagogical actions.

In each activity set out the relevant procedures including the planning, organization, explanations and reflections on decision making and some considerations.

In a manner consistent this stage represents another step in the formation of a future teacher of Physical Education consolidated the supervision of qualified and diligent mentor teachers that allowed the acquisition of various skills for this stage.

Then I will address a study to municipal support physical activity of young people, between the ages of 5 and 14. Here I will talk about the activities that are held in the city of Amarante, which explain how they will be organized and planned. In a more practical part we will see some data on a questionnaire conducted in an activity carried out by the municipality, it demonstrates the habits and adherence to these events.

Keywords: School, Teacher Training, Physical Education, Physical Activity, Municipality, Young people

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Índice

PARTE 1. – Relátorio de estágio Resumo

1. Introdução ... 1

2. Objetivos do estágio ... 3

3. Tarefas inerentes ao estágio ... 4

3.1 Estudo de Turma ... 6

3.2 Unidades didáticas ... 8

3.3 Plano de aula ... 10

3.4 Prática do Ensino Supervisionada ... 12

4. Atividades realizadas no meio escolar ... 15

4.1 Desporto escolar – Badminton ... 15

4.2Compal Air 3x3 ... 16

4.3 – Corta-Mato ... 17

4.4 Torneio de voleibol misto 4x4 ... 19

4.5 Ação de formação ... 19 5. Conclusão ... 23 6.Bibliografia ... 25 1.Introdução ... 31 2.Objetivos ... 32 2.1 - Objetivos Geral ... 32 2.2 - Objetivos específicos ... 32 3. Revisão de literatura ... 32 3.1. Obesidade ... 32

3.1.1 - Vantagens da atividade física regular ... 34

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3.2 - Município ... 36

3.2.1 - Finalidades do município ... 39

3.2.2 Formas de participação do Município ... 40

3.2.3 Plano Anual de Atividades ... 41

3.2.4 - Organização de um evento ... 42

3.2.5 Planificação de uma atividade ... 44

4. Metodologia ... 45

4.1 Procedimentos ... 45

4.2 Amostra ... 45

4.3 Análise de dados ... 46

5. Discussão dos resultados ... 46

6. Conclusão ... 57

7. Bibliografia ... 60

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Ìndice de imagens

Imagem 1- Comparação da obesidade em Portugal ... 34

Imagem 2- Pirâmide da atividade física (adaptada Educação física (s.d)) ... 36

Imagem 3 - Plano Anual de Atividades (facultado pelo município) ... 41

Imagem 4 - Organização de um evento...………..………..42

imagem 5 - Descrição da organização de um evento………..………..43

Imagem 6 - Planificação de um evento ……….…….…44

Índice de gráficos Gráfico 1 - Idades ……….…….……….45

Gráfico 2 - Sexo ……….…….………45

Gráfico 3 – Tipo de atividade física ……….46

Gráfico 4 – Vezes semanais da prática de atividade física……….…...47

Gráfico 5 – Tempo dispendido a ver Tv ou atividades semelhantes…………..48

Gráfico 6 – Percentagem de indivíduos que se alimentam enquanto realizam atividades sedentárias ……….……….…49

Gráfico 7 – Preferes atividade física ou atividades sendatárias……….50

Gráfico 8 – Divertimento na prática de atividade física ………...51

Gráfico 9 – Apoio dos pais………51

Gráfico 10 – Quem leva os jovens às atividades físicas……….……....52

Gráfico 11 – Deverá existir mais atividades?...53

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1. Introdução

Este “Relatório de Estágio Profissional” insere-se no âmbito da disciplina de Estágio Profissional I e II de Educação Física, integrada no plano de estudos do 2º ano do 2º Ciclo, em Ensino de Educação Física, nos Ensinos Básico e Secundário na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Este documento constitui-se como uma “reflexão” sobre o meu Estágio Profissional, onde pretendo mostrar e falar sobre este ano de experiências novas e gratificantes onde repleto de aprendizagens daquilo que é o meio do ensino da educação física. Neste estágio tive a colaboração dos meus colegas de estágio Elisabete Moutinho, e Pedro Vieria, e do co-orientador Pedro Reis. A turma que me ficou atribuída foi a turma do 12º C.

O estágio curricular supervisionado proporciona inúmeras contribuições significativas para as competências e habilidades na formação dos licenciados e as suas implicações à profissão e profissionalidade docente (Zancan, S 2012).

Sendo o Estágio Profissional I e II, uma referência na formação inicial do professor de Educação Física, parti para o presente ano lectivo 2013/2014 com muitas expectativas, confiança mas também com certo receio, pois estava consciente do grande desafio me esperava. A sua complexidade, requereu muito empenho e muito trabalho, tornando-se, simultaneamente um desafio aliciante, pois permitiu a passagem da teoria à prática e a vivência de situações e experiências.

Estas vivências ajudar-me-ão, quando devidamente equacionadas, planeadas e avaliadas, a tornar-me, no futuro, um profissional mais eficaz e competente, conduzindo a uma intervenção com qualidade e ao alcance dos objectivos de formação e desenvolvimento integral e harmonioso dos nossos alunos.

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O professor co-orientador, através das suas experiências e orientações, serviu para ajudar no processo de intervenção e integração académico-profissional do estagiário, no sentido de este se tornar concreto e autónomo aquando da sua profissionalização.

Assim este trabalho divide-se em duas partes: a primeira parte relativa ao Relatório de Estágio, em que serão abordadas atividades realizadas durante o ano, envolvendo tudo que está relacionado com as tarefas realizadas (planos de aula, unidades didácticas, pratica do ensino supervisionada, atividades realizadas pelo grupo de estágio); e a segunda um estudo realizado sobre a “Contribuição do Município na Atividade Física dos jovens”. Trata-se de um estudo cujo objetivo é mostar como este se organiza e como organiza os seus eventos desportivos. Para além da parte teórica, comtempla uma parte prática, com um inquérito por mim elaborado, bem como, a análise dos resultados.

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2. Objetivos do estágio

Segundo Carvalhinho e Rodrigues (2004), a realização de um estágio pedagógico, corresponde a um momento fundamental na formação profissional dos jovens professores que através do conjunto de experiências vivenciadas ao longo do seu processo de formação, tornam esse momento decisivo na aquisição de saberes pedagógicos diversificados.

O Estágio Pedagógico é o culminar de todo um processo que teve início durante a minha formação inicial, contemplando um conjunto de tarefas que proporcionam a organização, estruturação e realização do processo de ensino-aprendizagem.

A disciplina de Estágio pretendeu contribuir para a formação do profissional de Educação Física, e segunda Silva (2012), oferece vivências e experiências em atividades e conteúdos com o objetivo de:

“proporcionar aos académicos situações em que se possam colocar como sujeitos ativos do processo ensino da aprendizagem da Educação Física na escola;

 oportunizar a chance de aplicar conhecimentos e habilidades

relacionados à aprendizagem escolar;

 entender a importância de buscar aprimoramento pessoal e profissional;  dar oportunidade de ter uma aprendizagem social, profissional e cultural

que lhe possibilite incrementar seu preparo para atuação em diferentes campos das atividades profissionais;

 estabelecer a mediação entre universidade e sociedade;

 desenvolver a convivência com aplicação prática dos princípios

fundamentais da Educação Física, que pressupõem saber comunicar, problematizar, intervir, superar e criar respostas no ambiente escolar;

 facilitar o processo de atualização de conteúdos, permitindo adequar

caráter profissionalizante às constantes mudanças sociais;

 elaborar e re-elaborar conhecimentos por meio do processo ação-

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Para cumprir estes objectivos, o professor serve-se das diferentes actividades físicas (modalidades), para permitir desenvolver no aluno as capacidades atrás mencionadas.

Segundo Aranha (2004), execução dos diferentes gestos técnicos que compõem cada modalidade deve ser exigida apenas pelo mínimo necessário para que o objectivo principal possa ser alcançado. Importa realçar que o aluno terá que ser capaz de jogar ou realizar qualquer outra actividade física, socializando e cooperando com os colegas.

Só assim será possível promover o gosto pela prática de actividades físicas, de preferência realizadas em conjunto (colectivo), permitindo, que o aluno adquira autonomia nesta prática, tanto quanto a tem para ler, escrever e contar.

3. Tarefas inerentes ao estágio

Estabelecer o rendimento escolar e a eficiência do ensino constitui a preocupação essencial de vários investigadores da educação. Este problema não deixa indiferentes os especialistas da actividade física.

Com consequência, é praticamente “impossível” formar um juízo absoluto sobre um professor. As suas características, como o seu valor e o rendimento, dependem de elementos que lhe são próprios, mas também de elementos exteriores, onde se destacam o meio social, os alunos, as condições materiais de trabalho.

De acorodo com Shulman (1987), referido em Vareiro (2010), são identificadas sete categorias de conhecimento.

Quatro delas referem-se a conhecimentos e a informações necessárias, não diretamente relacionadas com a matéria a ensinar:

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2. Conhecimento dos alunos e das suas características; 3.Conhecimento do contexto educativo;

4.Conhecimento dos fins, objetivos e valores educativos. As restantes três dizem respeito à especificidade do conteúdo disciplinar:

5.Conhecimento do conteúdo–matéria; 6.Conhecimento pedagógico do conteúdo; 7.Conhecimento curricular.”

Todas as categorias acima descritas devem estar integradas no conhecimento profissional do professor. Ou seja, para que possamos proporcionar aos nossos alunos um melhor ensino, deveremos seguir e ter em atenção todos as variantes que estão envolvidas para que, deste modo, possamos ensinar e educar mas também proporcionar alegria aos alunos na prática da atividade física na escola.

Assim, de acordo com Vareiro (2010), é necessário o conhecimento pedagógico do conteúdo que possui quatro componentes:

 “Conhecimento e convicções acerca dos propósitos para o ensino de uma matéria a diferentes níveis de escolaridade, que se reflecte nos objectivos;

 Conhecimento da compreensão dos alunos, suas concepções e falsas concepções acerca de determinados assuntos da matéria;

 Conhecimento curricular do conteúdo que pressupõe compreender os meios curriculares disponíveis para o ensino da matéria;

 Conhecimento das estratégias de instrução e representações para o ensino de tópicos particulares da matéria:

-adequação à substância e à natureza da matéria que está a ser ensinada;

-adequação à capacidade de compreensão dos alunos a quem se está a ensinar;

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-pertinência para a aprendizagem do assunto em questão; e, adequação à especificidade do contexto da aula.”

3.1 Estudo de Turma

Como é referido anteriormente, o professor deve ter o maior e melhor conhecimento do meio envolvente e, por isso é necessário um estudo de turma. Este tem como objetivo a caraterização da turma, no sentido de estimar as condições de cada aluno integrado na comunidade escolar.

Esta caraterização deverá ser objetiva e incidir sobre dados significativos. Por um lado, deve ser informativa das caraterísticas dos alunos e justificativa quanto aos recursos existentes, por outro lado, deve permitir o levantamento das aprendizagens, de modo a que o professor fique com a informação sobre o que os alunos sabem, quais as suas dificuldades, assim como alunos com necessidades educativas especiais (NEE).

Os objetivos deste levantamento permitem também o conhecimento do contexto familiar, sociofamiliar e social dos alunos, identificando as suas possibilidades e dificuldades, no sentido de delinear estratégias de ajuda/trabalho e possíveis atividades extracurriculares com a participação e intervenção dos pais.

Podemos também retirar informação sobre o tipo de relacionamento de cada aluno com os seus pares. Neste caso, poderia observar-se que se tratava de alunos muito competitivos, que apesar de se mostrarem esforçados, trabalhadores e cooperantes com o professor, demonstravam um mal estar entre alguns elementos da turma. Nesta situação o professor tem que estar atento e ter uma boa percepção para perceber se é através da sua aula que poderá resolver alguns dos problemas existentes, despertando-lhes o sentido da cooperação.

No caso da turma que me foi atribuída, um dos pontos principais foi promover a união do grupo/ turma, tentando colmatar eventuais problemas de integração existentes, através da formação de grupos em que alunos mais

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tímidos ou que habitualmente se isolavam, ou eram rejeitados pelos colegas, fossem integrados em grupos mais fortes ou com elementos com influência positiva sobre os demais. Assim, pode dizer-se que este estudo foi uma mais-valia pois permitiu-me conhecer melhor a turma assim como as relações interpessoais nela existentes, facilitando e favorecendo toda a minha prática pedagógica de modo a tornar mais ajustadas e eficazes as minhas intervenções junto dos alunos.

Ajudou-me também no planeamento de aulas, pois segundo o estudo, consegui observar alguns alunos que tinham problemas de saúde e mesmo problemas físicos. Um dos casos foi os alunos sujeitos a medicação, e outros que demonstravam ter problemas de coluna ou noutra parte do corpo. Aqui a minha intervenção com estes alunos teve que ser um pouco diferente, pois não poderia exigir tanto como um aluno que se encontra em plenas condições. Um outro caso foi um aluno que se notava ter alguns problemas em casa, nete caso, a minha preocupação era que naquele espaço, os aluno procurasse divertir-se e abstrair-se de todos os seus problemas.

Com o objetivo de melhorar a intervenção pedagógica perante a turma, preocupei-me em:

 Formar grupos homogéneos por género;

 Adequar a duração dos exercícios e a intensidade para os alunos com problemas de saúde;

 Planificar aulas bastante ativas para não desiludir o nível de expectativas dos alunos;

 Procurar que as modalidades tivessem uma maior motivação no sentido de tornar mais dinâmicas, procurando não desiludir as expectativa dos alunos (basquetebol);

 Utilizar a formação de grupos para resolução de problemas, ou possíveis problemas, da turma.

Em jeito de conclusão, pode dizer-se que este estudo foi fundamental para conhecer melhor a turma e os respetivos alunos, assim como dirigir a atenção a pormenores que, de certa forma poderiam ter passado

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despercebidos. Foi ainda importante para encontrar soluções metodológicas e pedagógicas para situações presentes e futuras, ajudando a traçar as melhores e mais apropriadas estratégias de intervenção pedagógica.

3.2 Unidades didáticas

Após a selecção dos objetivos (primeira decisão do professor em conjunto com os alunos), é necessário planear a atividade pedagógica, começando pelas unidades didáctica para, de seguida, se fazer o planeamento da aula. Estas surgem como complemento do processo ensino aprendizagem facilitando, assim, a tarefa do professor estagiário não só no que diz respeito à organização dos conteúdos a abordar, mas também aos diversos fatores que podem influenciar a abordagem das diferentes modalidades.

Surge então o planeamento da actividade. Em Educação Física, conjunto de aulas de cada atividade física desportiva chama-se Unidade didática. Desta forma, as aulas devem ser constituídas por uma sequência lógica e contínua de modo a garantir a consecução dos objectivos definidos.

Como refere Aranha (2008), para que tudo isto seja possível, a unidade didática deve obedecer a uma estrutura lógica que se pode apresentar da seguinte forma:

1. População alvo – onde está inserido o nível de ensino dos alunos, número de alunos, género, idade, existência de alunos com necessidades especiais, entre outros;

2. Recursos – materiais disponíveis, as instalações onde se vai realizar a prática, recursos temporais que dizem respeito ao tempo de aula a leccionar e por fim, recursos humanos;

3. Objetivos – Domínio socio-afetivo defenindo os objectivos comportamentais; domínio cognitivo referindo o nível de conhecimento e forma de jogar do aluno e, por fim, o domínio psicomotor onde se observa as destrezas motoras de cada aluno;

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4. Sequencialização dos conteúdos – realização de uma planificação dos conteúdos que irão ser abordados, com referência à localização temporal, ou seja o “timing” de abordagem;

5. Métodos de controlo de processo – o processo de aprendizagem divide-se me três momentos de avaliação, Avaliação diagnóstica onde se avaliam os conhecimentos prévios dos alunos, a avaliação formativa que se focaliza na evolução e aquisição dos conhecimentos pelos alunos nas aulas e, por fim, avaliação sumativa onde se faz uma avaliação dos alunos e se fará uma comparação entre esta e a avaliação diagnostica;

6. Estratégias de abordagem da unidade didática – referência à forma de abordagem da matéria, a organização da turma, métodos de ensino e agentes de ensino que poderão ser utilizados.

Ao longo deste ano letivo elaborámos unidades didáticas de várias modalidades, tanto coletivas (voleibol e basquetebol) como individuais (atletismo, dança e ginástica de solo e aparelhos, dança, patinagem), revelando todas elas pontos fortes e menos fortes.

Sobre todas as unidades realizadas posso dizer que, no geral, correram bem. Contudo houve algumas que se destacaram pela positiva.

Uma das que mais contribuiu para o meu desenvolvimento foi a unidade de badminton. Esta modalidade foi uma das que me provocou mais inquietação, pois tinha de dar aulas a 27 alunos num terço de pavilhão, com o objetivo de os manter o máximo tempo possível em atividade. As minhas estratégias passaram por colocá-los a jogar o máximo de tempo possível, em situação de 1x1, alternando várias vezes os adversários para que o tempo de espera não fosse muito grande. Para isso optou-se pela organização de um torneio intra-turma. Para além de ter sido uma das unidades didáticas com menos espaço de actuação, estas aulas proporcionaram-me novas experiências quer no controlo da turma quer na capacidade para motivar os alunos a realizar aula com tão pouco espaço.

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Entre todas estas a que mais me desafiou, foi a patinagem. Esta nunca tinha tido a experiencia de leccionar, e tive a necessidade de aprender e realizar algumas das aulas dos meus colegas de etágio para tentar perceber onde é que estavam as maiores dificuldades na execução, e também pelo desafio que tive na pesquisa e criar novos exercícios para adaptação dos alunos com mais dificuldades. Contudo, penso que esta nova aprendizagem me permitiu ter novas experiências, e de uma forma geral, e sempre com a ajuda do co-orientador, correu de uma forma bastante boa.

De todas as modalidades, a que na minha opinião correu melhor foi a de voleibol, talvez por me identificar mais com a modalidade e ter maior facilidade nos conteúdos que foram abordados. Houve uma que me surpreendeu pela positiva: a dança. Pensei que, devido ao fato de ser uma turma maioritariamente de rapazes, as aulas não fossem correr tão bem. Acabaram por ter uma boa prestação, tanto os rapazes como raparigas, e demonstraram isso através do seu empenho, dedicação e alegria ao executar e planear a sua coreografia.

3.3 Plano de aula

O plano de aula é, na minha opinião, um auxílio que possibilta ter o máximo de proveito de uma aula, não só para passar o nosso conhecimento mas também para dar o máximo de tempo possível de atividade motora aos nossos alunos pois, como nos foi dito pelo nosso orientador, nós não temos os alunos sentados a olhar para nós mas sim a correr, a saltar e qualquer falha que possámos ter é suficiente para alterar toda a sua dinâmica.

Desta forma, numa primeira folha, devem estar todas as informações a identificar a escola, o professor, a data, hora da aula, tempo de aula, ano e turma a quem se dirige a aula. Deve ainda conter os objetivos específicos, a função didática, os conteúdos que fazem parte da aula, que integram os obejtivos específicos, os objetivos operacionais concordantes com os objetivos

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específicos. Por último, deve conter o material que se vai utilizar e o que deve ser requisitado antes da aula.

Entre os anteriores podemos destacar a função didática que permite identificar a fase de ensino-aprendizagem em que se situa determinado objetivo específico, devendo, por isso, acrescentar-se essa função à frente de cada objetivo específico, sendo elas introdução e estimulação; 1ª transmissão/assimilação; consolidação/domínio e controlo/avaliação, segundo Bento (1998).

Dentro desta fase do planeamento de aula, como refere Aranha (2004), devemos incluir também alguns objectivos como:

 Aumentar o tempo útil da aula – através da motivação dos alunos para a prática, com jogos lúdicos, atividades específicas atrativas e mantendo um relacionamento positivo durante a aula;  Aumentar o tempo disponível para a prática – reduzindo o

tempo de instrução, organização e de transição, utilizando uma linguagem clara e adequada. As organizações dos exercícios devem ser o mais simples possíveis, não alterando a organização de grupos entre outros;

 Maximizar o tempo de potencial aprendizagem – para isso devemos adaptar a dificuldade das tarefas ao nível dos alunos, avaliar e controlar as actividades, detetar as execuções incorretas, evitar que os alunos não executem outras tarefas para além daquelas que foram propostas, manter um bom nível de feedback sendo este especifico e pertinente.

Todos os aspetos mencionados acima foram tidos em consideração para a realização do plano de aula e consequente lecionação. Dentre estes fatores aquele que mais causou alguma ansiedade foi o fazer com que as organizações e explicações dos exercícios fossem o mais curto e simples possível. De destacar que nas primeiras aulas senti alguma dificuldade na

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transição de um exercício para outro, pois as organizações eram diferentes e tinha que recolher material e voltar a coloca-lo. Com o decorrer das aulas fui aperfeiçoando, onde já aproveitava as organizações de exercícios e grupos para o resto da aula, e tudo começou a sair de forma natural, retirando daqui uma grande aprendizagem para os anos que se aproximam.

3.4 Prática do Ensino Supervisionada

Neste ponto procede-se a uma sistematização da observação de comportamentos e atitudes do professor estagiário, durante o processo de ensino-aprendizagem, no sentido de poder contribuir para uma compreensão mais facilitada dos aspetos e momentos em que o professor estagiário esteve menos bem e que o mesmo fez para melhorar a sua performance na tarefa de ensino-aprendizagem.

Para que isto fosse possível utilizámos em vários parâmetros, avaliados numa escala de 0 a 3 pontos cada, em que ao atribuír-se o valor de 0 o professor não executava nenhuma das ações e 3 o professor executaria de modo excelente, sistemático, consciente, oportuno e sem perda de tempo todas as tarefas. Em anexo podemos encontrar um ficha de observação desenvolvida por Aranha (2008).

É de notar que era permitido atribuir qualquer pontuação entre uma unidade e outra, sempre que o estagiário se encontrasse numa situação de transição. Para esta classificação, de acordo com Aranha (2004), encontramos dez parâmetros a avaliar:

 Primeiro parâmetro, referente à introdução da aula, era avaliado se no início da aula o estagiário informava os alunos dos objetivos da aula, relacionando-os com aulas ou etapas anteriores da unidade didática, sublinhando as regras a cumprir e os cuidados a ter, sem se observar dispersão dos alunos;

 Segundo ponto era avaliada a mobilização dos alunos para as atividades, verificando se o professor intervinha de forma sistemática e

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estratégica com os alunos solicitando a superação das suas capacidades na realização das tarefas, incentivando-os a participar ativamente nas tarefas propostas;

 Terceiro parâmetro, sobre a organização, controlo e segurança das atividades, era verificado se a atividade estava organizada no espaço da aula de tal modo que permitisse ao professor o cumprimento dos objetivos e deteção de situações de risco, posicionando-se e circulando no espaço da aula, intervindo sempre e ajudando a eliminar factores perturbadores de eficácia da aula;

 Quarto parâmetro, gestão dos recursos, onde era apurado se o estagiário fez a gestão do tempo da aula, do material utilizado e dos grupos constituídos, de acordo com os objetivos da aula, adaptando-se oportunamente aos seus imprevistos, tendo em vista a maximização do tempo de empenhamento motor;

 Quinto parâmetro, Instrução/introdução das atividades onde era verificado se o estagiário explicava e demonstrava de forma clara e oportuna a actividade, recorrendo a alguns alunos como auxiliares de ensino;

 Sexto parâmetro, regulação das actividades, era avaliada a intervenção na ação dos alunos, corrigindo (feedback), estimulando (afetividade) e estruturando o comportamento dos mesmos a fim de os orientar na correta execução dos exercícios;

 Sétimo parâmetro, incidia na linguagem utilizada, devendo ser clara e acessível à compreensão de todos;

 Oitavo parâmetro, referente a sequência da aula, era apurado se esta tinha uma estrutura coordenada, coerente e contínua, sem quebras e se a intensidade e dificuldade das tarefas estavam adequadas às capacidades dos alunos;

 Nono parâmetro, o professor teria de concluir a aula de modo sereno e tranquilo, realizando um balanço da atividade, dando feedback aos alunos e despertando-os para as etapas seguintes;

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 Décimo parâmetro, que não tinha a ver com a consecução da aula propriamente dita, mas sim com a concordância da aula com o respetivo plano na sua generalidade.

Para avaliar todos estes parâmetros foi realizado um registo anedótico em ordem ao tempo. Apesar de não termos realizado registo em todas as aulas, todas elas foram presenciadas, detetando-se algumas carências ao nível do planeamento de tarefas mais adequadas e objetivas e implementação de estratégias de trabalho para os alunos que não faziam a componente prática da aula. Houve ainda uma pequena observação numa fase inicial, no que diz respeito à quantidade de feedbacks que eram dados pelos estagiários, onde se verificava uma boa quantia de feedbacks motivacionais, mas um défice de feedbacks de instrução.

Na Ginástica abordada, a metodologia utlizada foi de encontro às espectativas, pelo que houve evolução no processo de desenvolvimento das performances motoras dos alunos.

A organização em grupos, tendo em conta os diferentes níveis de aprendizagem, foi uma estratégia considerada de modo a permitir a evolução e promover também elevados níveis de empenho motor.

No que concerne ao controlo da turma, houve um autodomínio, quer a nível comportamental quer na condução da aula, podendo estar também relacionado com o comportamento adequado dos elementos da turma, excepcionando casos pontuais, facilitando assim um maior domínio/controlo sobre a mesma.

Ao nível do feedback a evolução foi positiva, e verificou-se que houve uma evolução progressiva desde a primeira aula, pois constatou-se que o professor atuava no sentido de motivar, avaliar e analisar as prestações dos alunos, considerando sempre a correção para melhorar o desempenho.

No que diz respeito ao processo de assistência e avaliação das aulas, julgo que os objetivos delimitados foram sempre alcançados apesar de nas primeiras observações se ter notado algum tempo a mais nas instruções e

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alguma dificuldade em controlar o tempo da aula. No entanto, e ultrapassada a etapa da familiarização, a condução do processo atingiu o propósito.

A cooperação e partilha de informações entre os estagiários e o Orientador foram muito importantes pois este último mostrava-nos perspetivas diferentes e construtivas para um melhor decorrer da aula.

4. Atividades realizadas no meio escolar

Ao longo do ano foram realizadas algumas atividades escolares para toda a comunidade inserida no meio escolar. Estas atividades foram todas programadas e decididas no início do ano letivo e inseridas no plano anual de atividades do grupo de Educação Física.

4.1 Desporto escolar – Badminton

O desporto Escolar, atividade de complemento curricular, enquanto subsector do sistema educativo, tem potencialidades educativas que poderão permitir a jovens e crianças, além da formação desportiva, a aquisição e o desenvolvimento de comportamentos, como a autonomia, a responsabilidade, o respeito pelos outros, a superação, a emoção e a afirmação da personalidade no direito à diferença. Não obstante, e tendo em conta a situação de grande incerteza conceptual vivida pelo Desporto Escolar, impeditiva do seu crescimento sustentado, verificámos que existia uma participação reduzida.

O grupo de estagiários ficou responsável pelo grupo escolar de badminton. Esta atividade, exigiu-nos uma maior responsabilidade quer a nível do controlo dos alunos, como da necessidade de os cativar para a sua prática. Uma vez que os jovens ligam cada vez menos ao desporto escolar, tentámos cativá-los através da organização de competições e do diálogo direto, mostrando-lhes as vantagens da sua participação neste tipo de atividades.

Numa primeira fase e para nossa aprendizagem, apenas observámos aquilo que o co-orientador realizava e pretendia dos alunos. Quando este sentiu que estávamos preparados, sob sua alçada, começámos a ter mais

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contato com os alunos. Tivemos que ser nós a realizar um planeamento daquilo que se iria realizar, para que eles passassem a ter melhorias a nível técnico e também mostrassem alegria e divertimento por estar a praticar actividade física. Não podemos esquecer que o desporto escolar era realizado nas suas horas livres, tempo em que poderiam estar com os seus amigos, e, claro abdicar da prática desportiva.

De um modo geral penso que correu sempre tudo da melhor maneira e, na minha opinião, este espaço permitiu-nos estar mais á vontade com os alunos e criar com eles uma maior empatia. Deu-nos também alguma experiência pois aqui não teríamos que realizar uma aula, mas sim havia um aproximar ao treino. Ou seja, este espaço aproximava-se a um local de treino desportivo, mas sempre sem ter grandes exigências e procurando o espírito de grupo e divertimento.

Durante o ano, fomos realizando alguns torneios em Freamunde e na escola Leonardo Coimbra na lixa onde participaram cerca de 30 alunos de todas as escolas (em ambos os géneros), sendo que a escola secundária de Vila Cova da Lixa liderava com o maior número de participantes, tanto do género masculino como do feminino. De destacar que os participantes da nossa escola tiveram uma boa prestação, obtendo as equipas feminina e masculina um honroso 4º e 3º lugar, respectivamente.

4.2Compal Air 3x3

O Torneio de Basquetebol foi organizado pelo Núcleo de Estágio de Educação Física com o apoio do grupo de Educação Física e realizou-se no dia previsto (16/12/2014).

Teve início às 08h45 (com receção dos participantes), terminando às 13h00. A atividade realizou-se no pavilhão gimnodesportivo da Escola.

O encontro contou com a participação de 218 alunos, (60 alunos do sexo feminino e 133 do sexo masculino) distribuídos da seguinte forma:

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 15 colaboradores (8 nas mesas de jogo e os restantes na juda e controlo dos alunos);

 49 equipas compostas por 87 alunos do 3º ciclo do ensino básico e 106 do ensino secundário.

De referir que 25 alunos faltaram à atividade apesar de estarem inscritos.

O grupo de Educação Física foi unânime na avaliação da atividade, considerando-a positiva, no entanto em futuras actividades deverão ser melhorados aspetos, nomeadamente, a colocação de um cartaz junto ao pódio para, dessa forma, melhor realçar o local da entrega dos prémios. Esta avaliação vai desde o planeamento, divulgação e organização, bem como à adesão, participação dos alunos e envolvimento da comunidade escolar. Apenas dois pontos negativos a assinalar que se prendem com o fato de num dos escalões encontrarmos a mesma equipa em dois grupos distintos, e sendo assim, teria que ser eliminado, resolvendo-se o problema através da criação de um novo quadro competitivo, de um grupo de 5 equipas que passaria a ter 4 equipas. Por outro lado, o fato de no início termos sido um pouco lentos na organização do torneio pois faltavam professores, onde eu próprio tive de fazer o papel de árbitro e de mesa, o que foi provocando um atraso nos jogos.

Para além de congratularmos o elevado número de participantes, também é de enaltecer a motivação, empenho, competitividade e alegria por parte dos participantes e mesmo de alguns professores, bem como o elevado número de alunos que assistiram ao torneio.

4.3 – Corta-Mato

Ao dia 17 do mês de dezembro de 2013, pelas 7 horas da manhã, iniciaram-se os trabalhos para a realização do Corta Mato Escolar, inserido no planeamento anual de Atividades da Escola Secundária da Lixa, tendo como

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organizadores o Grupo de Educação Física do Agrupamento de Escolas da Lixa – Escola Secundária da Lixa e Escola Dr. Leonardo Coimbra.

No dia da atividade foi necessário dividir os alunos e entregar o respetivo dorsal, encaminhar os alunos para as suas devidas posições, onde se realizou a atividade, e tomar nota da classificação de cada um dos elementos participantes tanto masculinos como femininos.

Após a análise dos dados obtidos, podemos tirar algumas conclusões:

 Verifica-se uma maior incidência de faltas nos escalões mais velhos, o que nos poderá a levar a ter em conta que os alunos mais velhos apenas se inscreveram para puder faltar as aulas;

 O escalão de juniores femininos atinge uma percentagem de faltas elevadíssima (82,4%), sendo a mais elevada comparativamente com os restantes escalões;

 O escalão onde se verifica um menor número de faltas é no escalão de Infantis A Masculino (22%)

As causas para esta elevada percentagem de faltas (41.2%) podem dever-se:

o Más condições climatéricas;

o Reformulação da data da prova, que estava prevista para uma data anterior;

Quanto ao processo de gestão e controlo da actividade, em todos os locais onde seria necessário um controlo efetivo este foi providenciado, tendo a atividade resultado em consonância com o planeamento anteriormente definido.

No que confere ao cumprimento dos tempos pré-definidos, estes foram cumpridos, não se registando atrasos. Os lanches foram entregues a todos os alunos que participaram, tendo a prova decorrido sem qualquer tipo de problemas em todos os escalões.

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4.4 Torneio de voleibol misto 4x4

O Torneio de Voleibol foi organizado pelo Núcleo de Estágio de Educação Física com o apoio do grupo de Educação Física e realizou-se no dia previsto (16/12/2014).

A atividade contou com a participação de 212 alunos, e fizeram parte da organização 11 colaboradores todos de 12º ano (6 nas mesas de jogo, 4 na arbitragem dos jogos e os restantes na ajuda à chamada e preparação das equipas). É de referir que faltaram 2 equipas ao torneio ou seja, dos 212 alunos inscritos faltaram 11 participantes, resultando num total final de 201 participações.

Numa análise à organização e decorrer do torneio identificamos aspetos positivos e aspectos menos positivos. Uma das lacunas no planeamento a corrigir no futuro, foi o atraso na impressão dos documentos orientadores a afixar relativos à divisão e organização das equipas por campos. Esta falha não chegou a atrasar o inicio do torneio, uma vez que alguns professores necessitaram de 45 minutos de aula para poderem acabar as avaliações das modalidades. Caso tal não tivesse acontecido o torneio teria iniciado com um atraso em cerca de 10 minutos, o que iria fazer com que o seu termino acontecesse mais tarde que o previsto.

Iniciado o torneio, verificou-se uma boa organização e fluidez do mesmo, uma vez que foram detetadas as faltas de comparência das equipas logo na chamada, feita antes de entrarem para o pavilhão gimnodesportivo, dando tempo para reorganizar os quadros competitivos.

4.5 Ação de formação

Esta foi realizada no dia 6 de junho de 2014, uma vez que coincidia com o final de aulas permitindo assim à comunidade escolar de participação. Foi realizada pelo núcleo de estágio da UTAD, nomeadamente Elisabete Moutinho, João Carvalho e Pedro Vieira.

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Eu optei por um tema mais descontextualizado da escola, “ Contributo

do Município na Atividade Física dos jovens” mas que vai ao seu encontro. Se

na escola os alunos apenas realizam educação física, eu levantei duas questões: como é que os iremos chamar para realizar outras actividades?; Será que o município não tem importância?. A partir daqui comecei a desenvolver o meu tema pois acho que a cada dia que passa os jovens praticam cada vez menos actividade e exercício físico e cada vez mais olham e se fixam nas novas tecnologias, numa postura de sedentarismo preocupante para o bem estar geral.

Este estudo centrou-se em idades mais jovens, entre os 5 e 14 ou mais. Este constituído por uma parte onde abordava alguns problemas de saúde, mais especificamente a obesidade pois o nosso país apresenta um dos maiores índices de obesidade da europa com tendência a aumentar. E outra parte mais prática onde se mostram resultados obtidos através de um inquérito. Numa breve justificação ao meu tema, de acordo com Trost (2001),

referido em Vasques (2012), a criação de

oportunidades/motivação/encorajamento para a realização de uma prática regular de atividade física logo durante a primeira infância, é o meio mais promissor para o favorável desenvolvimento da criança, tanto a nível motor como em termos psicológicos (sentido de competência, autoconfiança, autonomia, objetivos pessoais), o que terá implicações a curto e a longo prazo. Isto é, as crianças para usufruírem de uma vida saudável devem ser ativas e manter os seus elevados níveis de atividade física ao longo da vida.

Pude constatar através da pesquisa realizada que ainda existem poucas actividades em que o município atue diretamente, pois preferem dar verbas financeiras e não serem eles próprios a criar um evento, ou mesmo criar uma seção, dentro do departamento de juventude e desporto, para apenas se dedicarem a criar novas atividades físicas de caráter competitivo e outras de caráter mais lúdico, para os mais novos. Apercebi-me também que existe uma dificuldade em termos financeiros, mas, por outro lado constatei que existem sempre ajudas dos patrocínios que, certamente, não iriam virar as costas a

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uma das maiores causas de problemas de saúde e que leva todos os anos ao gasto de milhares e milhares de euros na saúde dos jovens.

Após reflexão, conclui que das estratégias que julgo ser de implementar nos mais novos, prende-se com os próprios pais, uma vez que estes são vistos como exemplos para os seus filhos. Assim, pais ativos, e praticantes de atividade (correr, saltar, nadar…) irão despertar nos mais novos o gosto e interesse pelo desporto. Desta forma estamos a criar hábitos desde cedo e, como nos diz Vasques (2012), a actividade física na infância “é o meio mais

promissor para o favorável desenvolvimento da criança tanto a nível motor, como em termos psicológicos”.

Pude aprender também como é que o município se organiza e se realiza todo o processo de criação e dinamização de uma atividade desportiva. Tive acesso a um dos quadros em que se incluem todos as variantes, objetivos e estratégias e tudo o que é necessário a realização deste.

Relativamente à parte prática, apresentação no auditório da escola secundária de vila cova da lixa, pude constatar que existiu uma boa estruturação, organização e aplicação da ação de formação que decorreu conforme o previsto, pois numa primeira instância os prelectores convidados, professores e cargos executivos da escola, aceitaram o convite e os alunos bem como professores de outras áreas demonstraram uma boa adesão.

Foi uma ação extremamente produtiva, que visou temas como a motivação dos alunos para as aulas de educação física e para a prática da atividade física, não só na escola como fora dela.

Toda a estrutura organizativa decorreu conforme o previsto, tendo a acção decorrido dentro da normalidade.

Em relação à minha prestação ao longo da apresentação, correu como o esperado, apesar de na parte inicial estar demasiado nervoso, e acabando por não falar e explicar como tinha previsto e seria desejavel. No entanto, o nervosismo inicial foi ultrapassado e a restante apresentação penso ter corrido bastante bem e que os presentes se mostraram esclarecidos e interessados

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pelo tema. As questões por eles elaboradas foram pertinentes, reflexo da sua atenção e pertinência do próprio tema.

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5. Conclusão

“O estágio é o eixo central na formação de professores, pois é através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia-a-dia” (Pimenta e lima, 2004, in Souza, J et all (2007)).

Este Estágio Profissional constitui uma importante etapa da minha formação inicial, não só como professor mas como pessoa.

O ano letivo 2013/2014 foi um ano em que criei uma enorme vontade de trabalhar, aprender e evoluir. Ao longo deste ano, procurei dar sempre o melhor de mim e explorar ao máximo as minhas capacidades de modo a realizar todas as actividades propostas com qualidade e eficácia.

O fato de ter tido esta parte prática e todo o ano junto de uma turma, permitiu-me aprender a conhecer os alunos, como interagir com eles, aprender novos métodos avaliativos que nos iam sendo propostos, a postura que deveríamos adotar nas diferentes situações e contextos como o relacionamento com os alunos, como os cativar para as nossas aulas de educação física, entre outros. Foram aspetos que me permitiram crescer como profissional e que certamente me permitirão colher frutos.

Estou, no entanto, consciente que não chega fazer ou pôr em prática os conhecimentos e ensinamentos retirados ao longo destes anos de formação. É preciso analisar o que foi feito, porque foi feito e em que circunstâncias, com que feitos, equacionando alternativas e estratégias para melhorar o nosso desempenho no processo de ensino e de aprendizagem. (vareiro

Devo agradecer a toda a comunidade de ensino da educação física, em especial ao co-orientador Pedro Reis, pois houve sempre uma cooperação grande entre todos, onde a boa disposição e a entre ajuda eram notórias. Isto facilitou as tarefas a cumprir e assim aprendi também que no meio educativo, apesar de alguns problemas que possam surgir, temos que seguir de cabeça levantada e sempre numa atitude de partilha, num ensino que se quer colaborativo.

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A possibilidade de realização de algumas actividades desportivas na escola, deu-me, na minha opinião nos dá uma grande base para o futuro. Aprendi a procurar sempre simplificar as organizações e planeamentos, e como devemos organizar promover e chamar os alunos até nós. Tudo isto me deu novos conhecimentos, e uma vez que a nota de educação física vai deixar de fazer parte da media na nota final dos alunos, penso que maior será o desafio do professor no sentido de cativar os alunos para as aulas. Aprendi também o que não devemos fazer, que na minha opinião ainda é mais importante do que aquilo que devemos fazer.

Falando na relação professor-turma, aprendi que, inicialmente e como somos demasiado novos, que devemos adotar uma postura firme, de forma a nunca perdermos o controlo da turma. Com o decorrer das aulas, e de forma natural, devemos possibilitar um aproximar e uma abertura, estabelecendo uma relação não só de professor/aluno mas também de um amigo que ali está e com quem podem contar para a resolução de eventuais problemas.

Pude também observar que existem dias bons e menos bons dos alunos, daí retirando algumas conclusões. Através do estudo de turma onde me apercebi que existiam alguns alunos com problemas no seio familiar, pude constatar que o seu desempenho variava conforme esses problemas. Nesses dias agi com eles de forma diferente preocupando-me mais em que o aluno estivesse ali para se divertir abstraindo-se dos seus problemas, mas sempre aprendendo.

Deste modo e numa perspectiva muito positiva, considero que as experiências proporcionadas durante o estágio contribuíram de forma clara e evidente para a aquisição de competências inerentes ao processo de ensino.

No âmbito geral, posso dizer que foi essencial no processo dialético de reflexão da minha condição como futuro professor de Educação Física, possibilitando o desenvolvimento da minha práxis pedagógica, como pelo vasto reportório de tarefas desenvolvidas quer pelas experiências vividas quer pelas competências adquiridas.

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6.Bibliografia

 Aranha, A. (2004). Organização, Planeamento e Avaliação em Educação Física. Documento de orientação. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real

 Aranha, A. (2008). Supervisão Pedagógica em Educação Fisica e Desporto – Parâmetros e Critérios de avaliação do estagiário de Educação Fisica. Documento de orientação. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real.

 Barreto, S (2011). Relatório do Estágio de Educação Física Realizado na Escola Básica e Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva; online em

http://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/259/1/MestradoS%C3%B3nia Barreto.pdf

 Bento, J. (1998) planeamento e avaliação em educação física, lisboa livros horizonte.

Carvalhinho, L. & Rodrigues, J. (2004). Formação Desportiva.

Perspectivas de Estudo nos Contextos Escolar e Desportivo. Lisboa:

Edições FMH.

Rodrigues, J. & Ferreira, V. (1997). Valores e Expectativas dos

Professores Estagiários. Comunicação apresentada no I Congresso

Nacional de Supervisão na Formação - Contributos Inovadores - Universidade de Aveiro.

 Silva, I (2012). Manual de estágio supervisionado do curso de

licenciatura em Educação Física; online em

http://www.unievangelica.edu.br/files/images/Manual%20de%20estagio %20licenciatura%202012-2.pdf

 Sousa, j (2007), A importância do estagio supervisionado na do profissional de educação física: Uma visão docente e discente; MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 -

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http://www.unilestemg.br/movimentum/index_arquivos/movimentum_ V2_N2_souza_janua_luciane_bonela_2_2006.pdf

 Vareiro, A (2010). Relatorio de estágio profissional; online em

http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/52655/2/20786.pdf

 Zancan, S (2012), Estágios curriculares eeducação física: contribuições e implicaçõespara a qualidade na intervenção academico-profissional

sob a supervisão do docente; online em

http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/ viewFile/1857/517

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PARTE 2. – Estudo Desenvolvido

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Resumo

A atividade física tem vindo a diminuir de dia para dia, e um fato cada vez mais notório na nossa sociedade.

Desta inatividade física, surgem vários e graves problemas de saúde. O mais notório será a obesidade. Daqui surge a preocupação de criar e realizar atividades para que todos se possam encontrar o seu bem-estar físico e também psicológico. Deste ponto surge o tema relativo aos mais jovens.

Devido a todas as distracções existentes hoje em dia, os jovens não saem de casa, substituindo a prática de atividade física com os amigos pelos seus computadores ou consolas. Este problema vai ser notório a longo prazo, pois uma pessoa que começa com problemas de obesidade no seus anos de jovem (5 aos 14), terá uma fase adulta muito mais complicado onde poderam aparecer problemas de saúde.

Desta forma, terá que existir alguém ou um meio de combater este problema, em que na minha opinião o município será uma mais valia.

Com este estudo pretende-se caraterizar a intervenção do município a nível da organização e planeamento das atividades físicas.

Para a atingir estes objectivos, foi elaborado um questionário aberto, no propósito deste estudo, assim como na análise da revisão da literatura actual. Para a recolha de informação foram entrevistado o respectivo Chefe de Divisão de Desporto, sendo que este procedimento decorreu entre os meses de Março e Maio.

Após a recolha de informação de um município, foi relevante dizer que o fato de existirem bastantes atividades ao longo do ano é bom, mas apenas uma das atividades e realizada em completo pelo município. Isto revela que existe uma carência do planeamento de atividades, pois desta forma a aderência, dos mais jovens não vai ser a pretendida.

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1.Introdução

A prática de atividade física tem vindo a decair desde que as novas tecnologias entraram nas nossas vidas. Se olharmos para nós há uns anos atrás e para a atualidade podemos constatar que a atividade física já ocupou mais tempo que aquele que ocupa hoje em dia.

Para combater isto, várias entidades podem e devem ajudar o dia a dia de uma pessoa. Entre elas destaca-se o município/ autarquia.

Podemos dizer que a prática do desporto apesar de ser um direito para todos, nem sempre é programada e organizada com esse intuito.

Atualmente, em muitas regiões do país a atividade física ainda se encontra reservada a uma percentagem limitada da população.

Então, podemos questionar, quem é que irá sofrer mais com este défice da atividade física? Eu diria que os mais novos, pois cada vez mais os videojogos e a internet são mais importante nas suas vidas, levando-os a não quererem abdicar disso para ir brincar com os amigos para a rua. Limitam-se a dizer, “eu estou a brincar com eles pela internet”.

Esta é uma situação que já pude vivenciar e que me preocupa bastante, pois envolve o bem-estar não só físico mas também psicológico, sendo ao nível de saúde, um fator importantíssimo pois poderá limitar a vida de uma pessoa.

Vou retirar da autarquia para constatar algumas das atividades propostas e ver se deveria ser feita, mais alguma actividade. De seguida analisarei de que forma se poderá elaborar um plano de atividades, de acordo com o poderio financeiro de cada autarquia envolvente.

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2.Objetivos

2.1 - Objetivos Geral

Identificar atividades elaboradas pelo município e, desta forma, se encontram adequadas, tanto em número como ao nível de atividade para motivação e gosto pela atividade física.

2.2 - Objetivos específicos

-Identificar as atividades planeadas para os jovens;

-Analisar qual a relevância das atividades na motivação da prática desportiva.

3. Revisão de literatura

3.1. Obesidade

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo têm problemas de excesso de peso e, se as tendências atuais continuarem, esse número aumentará para 1,5 bilhões até 2015 (WHO, 2005).

Segundo Oni set al. (2010) referido em Vasques (21012), as crianças não se encontram imunes a este problema e em 2010 eram já 43 milhões (35 milhões nos países em desenvolvimento) as que tinham sobrepeso ou eram obesas e 92 milhões estavam em risco de sob repeso. A prevalência mundial de sobrepeso e obesidade de infantil aumentou de 4,2% em 1990 para 6,7% em 2010, e estima-se que em 2020 chegue aos 60 milhões.

Portugal tem acompanhado essa tendência, verificando-se um aumento dos obesos em Portugal e, em particular, das crianças jovens.

Os valores encontrados por alguns autores, colocam Portugal no segundo lugar dos países da Europa com maior percentagem de crianças com obesidade.

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De acordo com Reilly et al., 2003 referido em Vasquez (2012), sendo esta uma doença que mesmo durante a infância está intimamente relacionada com o aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes mellitus não insulino (dependentes, hipertensão, entre outro s (Reilly et al., 2003), o aumento da sua prevalência, sobretudo nas idades mais jovens e considerando os seus riscos concomitantes para a saúde, justificam a junção de esforços no sentido da sua prevenção e tratamento.

Para isso é necessário conhecer as causas do acontecimento e ter soluções para a combater.

De acordo com Vasques (2012), “a criação de oportunidade/motivação/encorajamento para a realização de uma prática regular de atividade física logo durante a primeira infância, é o meio mais promissor para o favorável desenvolvimento da criança tanto a nível motor (Fisher et al., 2005) como em termos psicológicos (sentido de competência, autoconfiança, autonomia, objetivos pessoais) (Cavill et al., 2001), o que terá implicações a curto e a longo prazo. Isto é, as crianças para usufruírem de uma vida saudável devem ser ativas e manter os seus elevados níveis de Atividade física ao longo da vida (Trost, 2001)”.

Desta forma teremos que encontrar formas e soluções para que as crianças comecem a sair de sua casa, da frente do seu computador e procurem a atividade física. Uma das grandes contribuições poderá partir da autarquia, promovendo atividades ou através da autarquia delegar às juntas funções e espaços para que tal aconteca.

Segundo um estudo realizado pelo jornal Público (2013), a obesidade atinge 1 milhão de adultos em Portugal e 3,5 milhões são pré-obesos. Os principais resultados desse relatório apresentam números preocupantes nos mais novos: cerca de 15% das crianças entre os 6 e os 9 anos são obesas e mais de 35% sofrem de excesso de peso. As questões socioeconómicas parecem ter uma influência decisiva.

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Imagem 1- Comparação da obesidade em Portugal

3.1.1 - Vantagens da atividade física regular

 Reduz o risco de morte prematura;

 Reduz o risco de morte por doenças cardíacas ou AVC, que são responsáveis por 1/3 de todas as causas de morte;

 Reduz o risco de vir a desenvolver doenças cardíacas, cancro do cólon e diabetes tipo 2;

 Ajuda a prevenir/reduzir a hipertensão, que afecta 1/5 da população adulta mundial;

 Ajuda a controlar o peso e diminui o risco de se tornar obeso;

 Ajuda a prevenir/reduzir a osteoporose, reduzindo o risco de fractura do colo do fémur nas mulheres;

 Reduz o risco de desenvolver dores lombares, pode ajudar no tratamento de situações dolorosas, nomedamente dores lombares e dores nos joelhos;

 Ajuda o crescimento e manutenção de ossos, músculos e articulações saudáveis;

Promove o bem-estar psicológico, reduz o stress, ansiedade e depressão;

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 Ajuda a prevenir e controlar comportamentos de risco (tabagismo, alcoolismo, toxicofilias, alimentação não saudável e violência), especialmente em crianças e adolescentes.

3.1.2 – Quantidade de Atividade física regular

Os benefícios para a saúde geralmente são obtidos através de, pelo menos, sendo “obrigatório”, 30 minutos de atividade física cumulativa moderada, todos os dias. Este nível pode ser atingido diariamente através de atividades físicas agradáveis e de movimentos do corpo no dia-a-dia, tais como caminhar para o local de trabalho, subir escadas, jardinagem, dançar e muitos outros desportos recreativos (Portal da saúde, 2007).

Benefícios adicionais podem ser obtidos através de atividade física diária moderada de longa duração:

Crianças e adolescentes necessitam de 20 minutos adicionais de atividade física vigorosa, três vezes por semana;

 O controlo do peso requer pelo menos 60 minutos diários de atividade física vigorosa/moderada no adulto.

Quais são os benefícios económicos da atividade física?

 Reduz os custos dos sistemas de saúde;

 Aumenta a produtividade;

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Imagem 2- Pirâmide da atividade física (adaptada Educação física (s.d))

3.2 - Município

Segundo Custodio, (2011), “ [O] sector autárquico apresenta algumas

prioridades derivadas não só das suas atribuições, como também das responsabilidades e expetativas que geram nos cidadãos:

O suporte das atividades escolares e de grupos mais desfavorecidos;

A política de instalações desportivas, de espaços de recreio e espaços verdes, o respetivo apetrechamento e gestão;

O financiamento de projetos de desenvolvimento desportivo;

Articulação de ações com outros setores do sistema desportivo e do sistema social, com vista a estabelecer sinergias nos processos desencadeados;

Criação de condições de arranque para os processos de desenvolvimento desportivo.”

Saldanha (2006), na sua tese de mestrado, referido em Custodio, (2011) refere como principais funções das autarquias no domínio da atividade física:

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“(...)Adoptar planos de equipamentos de caráter artificial e natural, oferecendo aos cidadãos a possibilidade de uma diversidade de práticas físicas;

Criar, desenvolver e apoiar projectos que promovam a prática regular e organizada da atividade física na perspetiva da qualidade de vida, saúde e bem-estar de toda a população como um todo e não apenas os grupos de risco;

Criar campanhas constantes de informação aos cidadãos sobre modalidades da atividade física e sobre os seus benefícios sobre a qualidade de vida, saúde e bem-estar, em colaboração com as autoridades locais da saúde;

Criar e desenvolver projetos que permitam uma colaboração estreita com a comunidade escolar, no âmbito da educação para a saúde.” (Custodio, C

2011).

Procurando promover as atividades físicas aos seus munícipes, as autarquias locais deverão apoiar e estimular as entidades, agentes desportivos e organismos do concelho. Cabe a cada autarquia apoiar/organizar a realização dessas atividades de uma forma mais regular, procurando que estas sejam devidamente enquadradas com as necessidades, capacidades e expectativas dos seus munícipes(Custodio, C 2011).

Hoje em dia está bem clara a importância e todos os benefícios que a atividade física produz nos jovens. Para tal, não deveremos realizá-la só por realizar e fazer só para termos atividade. Não. Para isso devemos ter sempre atenção às regras de segurança, se o nível que se pretende é adequado às faixas etárias propostas, se existe o material necessário e se este está em boas condições.

Deste modo, é necessário que cada escola estabeleça parcerias com a autarquia, de forma a que os objetivos que todos perseguem possam ser alcançados de acordo com as competências e interesses de cada interveniente.

De acordo com Custodio, 2011 o desenvolvimento das atividades dos programas municipais de Expressão e Educação Física-Motora (AECS), para o

Imagem

Gráfico 3 – Tipo de atividade Física
Gráfico 4 – Vezes semanais de prática de Atividade Física
Gráfico 5 – Tempo dispendido a ver Tv ou atividades semelhantes
Gráfico 6 – Percentagem de indivíduos que se alimenta enquanto realiza atividades sedentárias
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Referências

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