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Efeito de três formas de conjugação de um exercício de força e um gesto técnico, baseado no Complex Training, em pré-puberes.

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Efeito de três formas de conjugação de um

exercício de força e um gesto técnico, baseado

no Complex Training, em pré-puberes.

Versão definitiva

João Aníbal de Freitas Madureira

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Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Efeito de três formas de conjugação de um

exercício de força e um gesto técnico, baseado

no Complex Training, em pré-puberes.

João Aníbal de Freitas Madureira

Orientador: Prof. Doutor José Manuel Vilaça Maio Alves

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação do Professor Doutor José Manuel Vilaça Maio Alves.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Orientador, Prof. Doutor José Manuel Vilaça Maio Alves, que sabiamente me engrandeceu na composição deste trabalho, envolvendo-me no brio de procurar sempre o melhor. O meu desmedido OBRIGADO.

Aos elementos da amostra, pequenas crianças, que merecem sempre o nosso melhor. À Sandra, o meu mais belo EU, o amor, o companheirismo, o projeto de vida.

Ao meu Pai, à minha Mãe e à minha Irmã, o amor, o coração, as asas da minha vida. A toda a família, o amor, o exemplo, o estar presentes.

À Lígia, a estrutura do meu ser mais imperfeito. Aos amigos, a exigência, a valorização.

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ÍNDICE

GERAL

AGRADECIMENTOS ... i

ÍNDICE QUADROS ... iii

LISTA DE ABREVIATURAS ... iv

RESUMO ... v

ABSTRACT ... vi

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. REVISÃO DA LITERATURA ... 4

2.1. Gestos Desportivos Explosivos ... 5

2.2. Complex Training ... 6 3. METODOLOGIA ... 10 3.1. Amostra ... 11 3.2. Instrumentos ... 11 3.3. Procedimentos ... 12 3.4. Tratamento estatístico ... 14 4. RESULTADOS ... 16 5. DISCUSSÃO ... 18 6. CONCLUSÕES ... 23 7. BIBLIOGRAFIA ... 25

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ÍNDICE

QUADROS

Tabela 1 – Médias e respectivos desvios padrão das variáveis da amostra idade, massa corporal (MC), estatura (EST), e 1 repetição máxima (1RM) dos dois grupos de estudo. ... 11 Tabela 2 – Médias e respectivos desvios padrão dos resultados, do teste salto com contramovimento (CMJ), nas 4 intervenções utilizadas. ... 17

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LISTA DE ABREVIATURAS

1RM - uma repetição máxima AG - agachamento

AG4ACCMJ - agachamento com 4 minutos de descanso ativo e salto com contra movimento

AG4CMJ – agachamento com 4 minutos de descanso passivo e salto com contra movimento

AGCMJ - agachamento sem intervalo de descanso e salto com contra movimento CLM - cadeia leve de miosina

CMJ - salto com contra movimento CT - complex training

GDE - gestos desportivos explosivos GT - gesto técnico

PPA - potencial pós ativação TF – treino de força

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RESUMO

Encontrar um método de treino eficaz que permita uma transferência da força adquirida para o gesto técnico (GT) tem sido o objetivo de vários pesquisadores. O Complex

Training (CT) tem sido aquele em que se tem conseguido alguns resultados positivos.

Contudo, a forma como aplica-lo nas diferentes faixas etárias, ainda é ambígua.

O objetivo deste estudo foi analisar o efeito de 3 formas de conjugação do exercício meio Agachamento (AG) e o GT salto com contra movimento (CMJ), em pré-púberes. Vinte sujeitos (8,45  0,89anos, 33,81  6,64Kg, 136,67  5,95cm e 9,51  1,10Kg, idade, massa corporal, estatura e carga de 1RM, respetivamente) foram divididos em dois grupos (G1 e G2). A performance do CMJ foi avaliada inicialmente nos dois grupos e nas seguintes 3 combinações – AG com 4 minutos de descanso passivo e CMJ (AG4CMJ); AG e CMJ sem intervalo de descanso (AGCMJ); AG com 4 minutos de descanso ativo (passe de peito com bola de basquetebol) e CMJ (AG4ACCMJ). O G1 efetuou, anteriormente, quatro semanas de treino coordenativo do CMJ e ambos a aprendizagem da técnica de execução do AG. Foi efetuado uma análise inferencial através de uma Anova para medidas repetidas (2 grupos X 4 momentos). Os resultados apresentam diferenças significativas (F=8,866,p=0,000,=0,496), no G1, entre a altura do CMJ de Base e o AGCMJ (25,70  3,19 e 22,43  2,80; CMJ Base e AGCMJ, p=0,004, respetivamente). No G2 existem, igualmente, diferenças significativas (F=3,607,p=0,048,=0,286), observando-se uma diminuição da altura entre o CMJ de Base e o AG4ACCMJ (24,34  3,94 e 21,10  3,22; CMJ Base e AG4ACCMJ, p=0,041, respetivamente). Analisando as restantes intervenções, para um mesmo grupo, não são observadas quaisquer diferenças significativas, assim como entre grupos. Em conclusão, parece não existir alterações significativas com a utilização das 3 formas de conjugação, baseadas no CT, no CMJ. Contudo, a utilização da sequência AGCMJ no G1, e a sequência AG4ACMJ, no G2, parece influenciar negativamente a

performance do CMJ.

Palavras-chave: Complex Training; Gestos Desportivos Explosivos; Salto com contramovimento.

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ABSTRACT

To find the most efficient training method which allows transferring the acquired energy to the technical skill has been the main objective of several researchers. The Complex

Training (CT) showed some positive results. Still, there´s some doubt on how to apply

such training in different age groups.

The aim of this study was to investigate the effect of 3 types of combining half squat (HS) with counter movement jump (CMJ) in pre-pubertal males. Twenty children aged 8,45±0,89years, were divided in two groups (G1 e G2). G1 performed a 4-week CMJ learning period but G2 did not. AG was performed prior the CMJ in three conditions: i) without recovery; ii) with 4min passive recovery and iii) with 4min active recovery. G1 previously performed a 4 week CMJ coordinative training and both learned the AG execution technique. An inferential analysis was made using the Anova for repetitive measures (2 groups X 4 moments). Results showed some significant differences within the G1 (F=8,866, p=0,000,=0,496), between the basis CMJ height and the AGCMJ (25,703,19 and 22,432,80; CMJ Basis and AGCMJ, p=0,004, respectively). There were, equally, some significant differences at the G2 (F=3,607,p=0,048,=0,286), where there was a decrease between the Basis CMJ height and the AG4ACCMJ (24,343,94 and 21,103,22; CMJ Basis and AG4ACCMJ, p=0,041, respectively). Analysing the remaining interventions, there weren’t any significant differences within the same group, just like in between groups.

In conclusion, there aren’t any given or significant differences when using the 3 conjugation forms, based at the CT and CMJ. However, the sequence AGCMJ, in the G1 and the sequence AG4ACMJ, in the G2, influence negatively the performance in the CMJ.

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1.

Introdução

Os gestos desportivos explosivos (GDE) estão presentes em quase todas as modalidades desportivas. Na literatura são apresentados vários métodos de desenvolvimento dos GDE, nomeadamente através: da utilização de exercícios do Treino de Força (TF) com cargas elevadas (cerca de 80% da 1RM); da utilização de cargas em torno dos 30% da 1RM com velocidade de execução rápida (Baker e Newton, 2005); de exercícios pliométricos (Kotzamanidis, 2006); de exercícios idênticos ao GT com variadas resistências (McBride et al., 2005); e através da combinação de um exercício de TF tradicional com o GT (Robbins, 2005). O último método referido é conhecido por

Complex Training e tem como base a existência de um potencial pós ativação (PPA).

O PPA poderá ser entendido como a capacidade que o nosso sistema neuromuscular possui em provocar uma contração tendo como base a contração anterior (Robbins, 2005). Este aspeto torna-se importante quando temos em conta a especificidade dos gestos desportivos e a necessidade de existir uma transferência substancial da força adquirida, através dos diferentes métodos anteriormente referidos, e a sua aplicação no gesto desportivo explosivo.

Vários são os estudos que revelam a existência de um PPA com a combinação de um exercício de TF tradicional e um GT, quer a nível agudo (Baker, 2003; Thompsen et al., 2007; Mathews, et al., 2009), quer a nível crónico (Ingle et al., 2006; Alves et al., 2010). Poucos são os estudos que não observaram esse efeito (Ebben et al. 2003). A razão pela não observação de um PPA poderá ter a ver com vários fatores, nomeadamente o tempo que vai entre o exercício tradicional do TF e o GT, que parece ser um fator que varia de indivíduo para indivíduo (Comyns et al., 2006). Igualmente, a sua utilização em desportos coletivos torna-se difícil, pois o período de intervalo entre os dois exercícios anteriormente referidos, deverá ser superior a 3 minutos para se observar um PPA (Jones & Lees, 2003; Bevan, et al., 2009; Ferreira et al., 2012), o que leva à redução do tempo de atividade motora. Contudo, Alves e colaboradores (2010), observaram efeitos crónicos positivos com a introdução, entre o exercício tradicional de TF e o gesto desportivo, de um exercício pliométrico de baixa intensidade, executando-os sem intervalo. Desta forma a sua aplicação em contexto desportivo escolar ou em aulas de Educação Física torna-se executável e uma boa forma de treinar força, o GT e coordenação.

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Que seja do nosso conhecimento não existe estudos publicados, em revistas indexadas, que observam a existência de um PPA em crianças, nomeadamente pré púberes. Desta forma torna-se pertinente observar: i) se existe um PPA em crianças pré-púberes; ii) se a utilização de um exercício técnico de baixa intensidade, com a duração do intervalo necessário para a existência de PPA, o proporciona.

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2. Revisão Da Literatura

2.1. Gestos Desportivos Explosivos

Os gestos desportivos explosivos são aqueles gestos que podem influenciar os resultados de uma competição e estão presentes em quase todas as modalidades desportivas. Traduzem-se pela realização desses gestos, com ou sem movimento, a velocidade de contração muscular rápida, gerando um maior impulso. Igualmente, fora do contexto desportivo, as crianças apresentam comportamentos semelhantes a estes tipos de gestos, nomeadamente saltar, agarrar, chutar, lançar, empurrar, etc. Também, a aquisição e desenvolvimento destes gestos está dependente de várias capacidades motoras, nomeadamente força, flexibilidade e coordenação motora. Aagaard e colaboradores (2002) afirmaram que o treino de força deve ser integrado com o treino de gestos desportivos para melhorar o desempenho do gesto.

Neste tipo de gestos estão englobados várias formas de manifestação de força. Segundo Cometti (1999), a força não se manifesta no movimento humano de uma forma pura, mas sim com a conjugação de determinadas formas de manifestação de Força. Desta forma, o treino dos GDE pode ser efetuado através de várias metodologias de treino, nomeadamente a utilização do TF com objetivo de hipertrofia muscular, do aumento da forma de manifestação ativa de força “Força rápida” e através da pliometria.

Autores como Cometti (1998, 1999), Smílios (2005), igualmente, apresentam métodos de TF em que alternam séries de um determinado exercício, do TF, com cargas em torno dos 80% da 1RM e cargas em torno 60% da 1RM para o desenvolvimento da Força Rápida e consequentemente o desenvolvimento dos GDE. O uso desta metodologia, segundo os mesmos autores baseia-se na estimulação de motoneurónios do tipo II, e consequentemente de fibras do tipo II, provocando assim a capacidade do sistema neuromuscular produzir força rapidamente. Contudo, a velocidade do movimento com uma carga elevada não vai ser alta. Desta forma, diminui-se a percentagem de carga do exercício para se obter uma velocidade de movimento mais elevada, que segundo Baker e Newton, (2005), as cargas ideais serão entre 25% 1RM, para movimentos balísticos, até 55% 1RM para movimentos de potência máxima, entre cinco a duas repetições, respetivamente.

Outros autores (McBride et al. 2005; Smílios et al. 2005; Young et al. 1998) adicionam ao GDE engenhos que proporcionam um aumento da resistência na execução desse

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gesto motor. Contudo, o problema está na transferência dos ganhos de força obtidos através destas metodologias, se serão, na sua maioria, aplicados nesses gestos. Como afirma Cometti (1999) e Siff e Verkhosansky (2000), os ganhos de força são específicos dos ângulos, regime de contração e velocidade do movimento em que eles são treinados e um exercício com carga adicional para o sistema nervoso central não é o GT, mas sim o GT com carga adicional.

Desta forma, vários autores têm recomendado um método de treino em que o GDE seja potenciado através da utilização prévia de um exercício tradicional do TF com carga em torno dos 80% da 1RM e com um período de intervalo entre os dois exercícios de mais de 3 minutos (Radcliff & Radcliffe, 1996; Young, 1998). Assim, tendo como base essa potenciação o GDE seria efetuado a maior intensidade e, consequentemente, o problema de transferência seria resolvido. Este método de Treino denomina-se Complex Training e tem como base a existência de um PPA.

2.2. Complex Training

Complex training (CT) é um método de treino, que tem como objetivo principal

melhorar a performance na realização dos GDE (Matthew, 2010; Chu, 1996; Docherty, 2004). Este método de treino consiste na realização de um exercício tradicional do TF, que englobe os principais grupos musculares envolvidos no GDE e do próprio GDE, num bloco de exercícios denominado de par complexo (Ebben, 1998; Matthew, 2010; Chu, 1996; Gullich, 1996; Young, 1998; Mihalik, 2008).

Tal como foi afirmado no capítulo anterior o CT baseia-se na existência de um PPA (Chu, 1996; Baker, 2003; Chiu, 2003; French, 2003; Young, 1998). Os mecanismos que suportam este fenómeno, embora ainda não sejam bem compreendidos, dividem-se em dois, e, segundo alguns autores (Trimble, 1998; Gullich, 1996; Sale, 2002; Suzuki, 1988), o PPA existe possivelmente fruto de uma interação entre os dois. Um dos mecanismos defende que o PPA deve-se à resposta neurológica provocada pela pré-estimulação, aumentando a excitabilidade do conjunto de moto neurónios, como evidenciado por uma resposta reflexa potenciada (Trimble, 1998; Gullich, 1996). O aumento da ativação neural pode ocorrer através de recrutamento de mais unidades motoras (UM), melhor sincronização das UM, uma diminuição da inibição pré-sináptica, ou maior entrada na central para o neurónio motor (Aagaard, 2002; Aagaard,

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2003; Zucker, 2002). Outro mecanismo propõe as alterações fisiológicas agudas no músculo, mais concretamente a fosforilação da cadeia leve de miosina (CLM), como fundamento para o PPA (Paasuke, 1996; Rassier, 2000; Sale, 2002; Sweeney, 1993). Segundo os mesmos autores, com a realização de um exercício com uma resistência elevada (acima dos 80% da 1RM), dá-se um aumento de Ca2+ sarcoplasmático que ativa CLM quinase. CLM quinase é responsável por manter mais ATP disponível no complexo actina-miosina, que, por sua vez, aumenta a taxa de pontes cruzadas de actina e miosina. A fosforilação da CLM também processa a interação entre actina e miosina mais sensíveis ao Ca2+ libertados do retículo sarcoplasmático (Sweeney, 1993; Szczesna, 2002).

Vários são os estudos que se debruçam sobre as variáveis do CT, tais como, a carga a ser utilizada no exercício com carga adicional (Young et al.,1998; McBride et al., 2005; Weber et al., 2008), o número de repetições do exercício com carga adicional (French et al., 2003; Baker, 2003; Robbins & Docherty, 2005), o tipo de contração exercida no exercício com carga adicional (Rixon et al., 2007), o tempo de descanso entre o exercício com carga adicional e o GT (Radcliff & Radcliffe, 1996; Ebben et al., 2000; Jones & Lees, 2003; Bevan, et al., 2009; Mccann & Flanagan, 2010; Ferreira et al., 2012) e o tipo de exercício utilizado para criar um PPA (Smilios et al., 2005; Tricoli, 2005; Mccann & Flanagan, 2010; Mathews, et al., 2009; Matthews et al., 2010).

A variável tempo de descanso entre o exercício de TF com carga adicional e o GT tem sido a mais estudada e tem tido, entre estudos, resultados mais dispares. Jensen e Ebben (2003) observaram o efeito de um intervalo de 10s, 1, 2, 3 e 4 minutos entre o exercício de agachamento, com uma carga correspondente à 5RM, e o salto vertical em homens e em mulheres. Não foi observado neste estudo diferenças significativas entre o salto vertical que serviu de base e o salto vertical após o exercício de agachamento. Contudo, os resultados foram tendencialmente aumentando a sua performance, embora não significativa, com o aumento do tempo de descanso entre o exercício com carga adicional e o salto vertical. Por sua vez, Comyns e colaboradores (2006), observaram o efeito de um intervalo entre o exercício de agachamento e o salto vertical de 30s, 2, 4 e 6 minutos em homens e mulheres. Foram encontrados aumentos do salto vertical, quando antecedido do exercício de agachamento, com uma carga correspondente à 5RM, nos intervalos de tempo de 2 a 4 minutos e um decréscimo nos tempos de 30s e 6 minutos. Estes autores referiram, contudo, que o tempo de descanso devia ser aferido de

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forma individualizada. Do mesmo modo, Bevan e colaboradores (2009), estudaram o efeito da utilização de 3 séries de 3 repetições, com uma carga de 85% da 1RM, do exercício de supino reto, na potência de execução do mesmo exercício, com intervalos entre eles de 15s, 4, 8, 12, 16, 20, e 24 minutos, em atletas de rugby. Foi observado que o intervalo que permitia um aumento da potência, significativamente superior, à potência de base, era o de 8 minutos. Mccann e Flanagan (2010), também tentaram observar o efeito da utilização de um intervalo de descanso entre o exercício de agachamento, com uma carga de 5RM, em jogadores do sexo masculino e feminino de Voleibol, e o salto vertical. Estes autores não observaram, em termos gerais, aumentos significativos, entre o salto vertical de base e o salto vertical após exercício de agachamento. Contudo, os mesmos autores observaram sujeitos que obtiveram uma potenciação do salto vertical com 3 minutos de descanso e outros com 4 minutos, entre o exercício de agachamento e o salto vertical. Desta forma, com base na literatura consultada existe uma necessidade de um intervalo de 3 e os 8 minutos entre o exercício com carga adicional e o GT, para haver um PPA. Contudo, parece haver uma individualidade para se obter um PPA.

Quanto ao tipo de contração muscular utilizado no exercício com carga adicional Rixon e colaboradores (2007), observaram maior potenciação do GT com contrações musculares isométricas do que com contrações musculares dinâmicas. Contudo, foi observado igualmente um PPA com as contrações dinâmicas. Os mesmos autores utilizaram para as contrações musculares isométricas 3 séries de 3s à máxima contração voluntária com um intervalo de 2 minutos entre séries. Quanto às contrações dinâmicas os estudos usam 1 série de 3 a 6 repetições, com uma carga entre os 80% e 90% da 1RM (McBride et al., 2005; Clark et al. 2006; Matthews et al., 2009).

Igualmente, existem estudos que demonstram a eficiência do CT no desenvolvimento dos gestos técnicos em termos crónicos. Nomeadamente, Alves e colaboradores (2010), que verificaram uma melhoria no sprinte a 5 e a 15 metros e no salto sem contramovimento, nos grupos que realizavam um TF baseado no CT, duas e uma vez por semana, durante 6 semanas em relação ao grupo de controlo que só realizava treino regular de futebol. Contudo, os autores anteriormente referidos, usaram uma forma sequencial de realização dos exercícios ou seja não existia tempo de intervalo entre o exercício com carga adicional e o GT. Estes autores incluíram igualmente um exercício pliométrico de baixa intensidade entre o exercício com carga adicional e o GT.

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MacDonald e colaboradores (2012), também observaram um efeito positivo nos níveis de força quer em exercícios que englobam os membros superiores e os membros inferiores. Embora, neste estudo, não foram apresentadas diferenças significativas, do grupo que utilizou o CT e os grupos que utilizaram um TF tradicional e um treino pliométrico. Fatouros e colaboradores (2000), Kotzamanidis e colaboradores (2006), Ingle e colaboradores (2006), Marques e Badillo, (2006) e Santos e Janeira, (2008), também observaram efeitos crónicos positivos em jovens atletas de diferentes modalidades, com a conjugação de exercícios tradicionais do TF, exercícios pliométricos e GT.

Em relação à aplicação desta metodologia de treino em crianças, Faigenbaum e colaboradores (2001), quiseram observar se existiriam diferenças entre 3 metodologias de treino, realizadas durante 8 semanas, em crianças pré púberes. Todas as metodologias de treino usaram 1 série do exercício de supino horizontal, 6 a 8 repetições, mas com diferenças nas cargas utilizadas, e, num dos grupos, acrescentaram a realização, para além do exercício de supino horizontal, de 6 a 8 passes de peito de basquetebol. Nomeadamente, um grupo que realizava o exercício de supino com 80% da 1RM, outro com 60% da 1RM e outro com 80% da 1RM seguido de 6 a 8 passes de peito. Os grupos que usaram 80% da 1RM e 80% da 1RM mais 6 a 8 passes de peito tiveram um aumento, significativo, da 1 RM e no número de repetições no exercício de supino. Estes autores, sugerem o uso de cargas elevadas, como usadas no CT, nestas faixas etárias. Igualmente, Johnson e colaboradores (2011), no seu artigo de revisão, recomenda o uso de exercícios pliométricos em crianças, mesmo as pré-púberes, para o desenvolvimento da potência muscular. Desta forma, a literatura suporta o uso do CT em crianças pré púberes, embora careçam estudos que estudem as formas de conjugação do exercício de TF com o GT para a criação de PPA.

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3.

Metodologia

3.1. Amostra

A amostra foi constituída por 20 sujeitos do sexo masculino com uma média de idade de 8,450,89 anos, com uma massa corporal de 33,816,64 Kg, uma estatura de 136,675,95 cm e 9,511,10 Kg de 1RM. Esta amostra foi dividida em dois grupos de 10 sujeitos (G1 e G2). O G1 efetuou anteriormente quatro semanas, com uma frequência semanal de dois dias, de treino coordenativo do CMJ e o G2 não. Ambos os grupos treinaram o exercício de Agachamento durante seis semanas prévias. Na tabela 1 podemos veras características relacionadas com idade, massa corporal, estatura e 1RM no exercício de Agachamento.

Tabela 1 – Médias e respetivos desvios padrão das variáveis da amostra, idade, massa corporal (MC), estatura (EST), e 1 repetição máxima (1RM) dos dois grupos de estudo.

Variáveis G1 G2

Idade (anos) 8,700,82 8,200,92

MC (kg) 33,687,62 33,936,35

EST (cm) 137,306,34 136,025,80

1RM (kg) 9,530,92 9,501,30

Todos os alunos participaram de forma voluntária e a autorização dos encarregados de educação foi-nos dada, através de um documento, assinado por estes, onde lhes foi explicado todo o processo do estudo (ver anexo). Previamente comunicou-se com a coordenação da escola assim como com os professores titulares das crianças, que nos deram permissão para a concretização de todas as etapas.

3.2. Instrumentos

Para este estudo foram utilizados dois halteres (Domyos, France), com discos removíveis, que permitiam aumentar ou diminuir a carga em pequenas frações de 250 gramas por haltere. O conjunto de halteres e pesos utilizados foram sempre os mesmos durante todo o estudo.

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A estatura foi medida com um estadiómetro (Seca 213, Germany) e a massa corporal com uma balança eletrónica (Seca 807, Germany).

Com intuito de avaliar a potência do trem inferior, nomeadamente a altura (cm) de salto conseguida por cada criança no CMJ foi utilizado o Ergojump (Globus Inc., Italy).

3.3. Procedimentos

Este estudo foi composto por três fases, uma primeira onde foram ensinadas aos sujeitos as técnicas do exercício de agachamento para ambos os grupos e do CMJ para o G1. Uma segunda, com aplicação de um teste para a obtenção da 1RM no exercício de agachamento, e, por fim, a última fase com a recolha de dados da altura no CMJ, nas quatro aplicações executadas.

Todas as fases decorreram durante as aulas de Atividade Física e Desportiva (aulas no âmbito do Programa das Atividades de Enriquecimento Curricular para o 1.º Ciclo do Ensino Básico, do Ministério da Educação), sendo o professor da disciplina, um dos autores do estudo.

Como referido acima, este estudo iniciou-se com a aprendizagem de dois exercícios, o agachamento e o CMJ. Este período teve a duração de seis semanas, com duas sessões por semana, no início de cada aula de Atividade Física e Desportiva. Durante estas seis semanas, todos os elementos da amostra aprenderam a correta execução do exercício de agachamento, começando por treinarem o movimento sem qualquer carga adicional nas duas primeiras semanas, e, nas restantes quatro semanas, praticaram com os halteres com cargas ligeiras, apenas com o objetivo de dominarem corretamente o GT. Por sessão, cada criança realizava três séries de doze repetições, sempre com a supervisão e correção do professor/autor.

A aprendizagem do salto vertical CMJ desenrolou-se nas últimas quatro semanas, também duas vezes por semana, perfazendo um total de oito sessões, onde apenas o grupo experimental esteve submetido à aprendizagem e treino do CMJ. Os sujeitos foram instruídos a colocar as duas mãos sobre a sua crista ilíaca, para se restringir a influência do balanço dos braços. Posicionados corretamente, foram ensinados a fletir as pernas até a articulação do joelho formar um ângulo de 90º e a saltar imediatamente depois. Finalmente, foram educados a manterem as pernas em extensão durante toda a

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fase de voo do salto (Rixon et al., 2007). Três séries de cinco saltos foram treinadas com correção, no início da aula, posteriormente ao treino do agachamento.

Sempre que algum aluno esteve ausente numa das sessões marcadas, houve a possibilidade de compensar, inserindo-o/os numa sessão de uma outra turma, num outro dia.

Após o período dedicado à aprendizagem do exercício de agachamento e do salto vertical CMJ, os alunos realizaram um teste para a recolha de a 1RM no exercício de agachamento com halteres. O teste utilizado foi de acordo com Faigenbaum e colaboradores (2003), começa com a realização de seis repetições com uma carga relativamente leve, em seguida, três repetições com uma carga alta, e, posteriormente, séries de uma repetição com incremento de carga entre 0,5 e 2,5 kg até que o peso deixe de ser erguido com a técnica correta no agachamento. A supervisão foi elevada, com a relação sujeito de 1:1 a ser mantida. A segurança e a motivação das crianças estiveram sempre em primeiro plano, com uma constante comunicação verbal, que permitiu ao supervisor obter respostas das crianças relativamente à sensação da quantidade de carga suportada, à capacidade de elevar mais ou menos peso e ao seu bem-estar. Regularmente foram relembrados todos os critérios para a correta execução do exercício. Após três dias da recolha de dados da 1RM foi feito um re-teste, de forma a equilibrar as variáveis físicas e psicológicas envolvidas.

Recolhida a 1RM no exercício de agachamento com pesos livres, de todos os alunos, iniciou-se o processo de recolha de dados da altura conseguida no salto vertical CMJ, de acordo com as 3 formas de conjugação do TF com o GT.

Antes de se iniciar os trabalhos, todos os sujeitos fizeram um aquecimento de dez minutos, com uma ligeira corrida, agachamentos sem carga adicional, mobilizações articulares e alongamentos. Houve também uma explicação ao grupo controlo de como realizar corretamente o CMJ. Um intervalo de dez minutos foi mantido entre cada fase para um mesmo aluno.

1º Efetuaram 4 CMJ, para obtenção do CMJ de base.

2º, 3º e 4º, Realizaram cada um dos pares complexos apresentados abaixo, de forma randomizada.

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a) Concretizar quatro repetições de agachamento com 80% da 1RM, descansar passivamente quatro minutos e executar 4 CMJ.

b) Concretizar quatro repetições de agachamento com 80% da 1RM, e, sem descansar, realizar 4 CMJ.

c) Concretizar quatro repetições de agachamento com 80% da 1RM, descansar ativamente realizando passe de peito com um bola de basquetebol, juntamente com um colega durante quatro minutos, e, de seguida, 4 CMJ.

Como havia acontecido na determinação da 1RM, também aqui, houve uma supervisão atenta e um incentivo e apelo para que todos os alunos dessem o seu melhor.

Os valores dos 4 saltos em cada intervenção foram registados, e, posteriormente, calculou-se a média entre o melhor e o pior salto para cada intervenção, resultando daqui os números considerados para análise neste estudo.

3.4. Tratamento estatístico

A análise de todos os dados foi efetuada utilizando o software de tratamento e análise estatística “Statistical Package for the Social Sciences, SPSS Science, Chicago, USA” versão 19,0. Foi efetuada uma análise exploratória de todos os dados para caracterizar os valores das diferentes variáveis em termos de tendência central e dispersão. Dessa forma, todas as variáveis foram sujeitas a uma observação gráfica com o objetivo de detectar a existência de outliers e possíveis introduções incorretas dos dados. Foram, calculadas, na análise estatística descritiva, as médias e os respetivos desvios padrão de cada variável em estudo e em todos os contextos de análise planeados.

Com o objetivo de realizar a análise estatística inferencial, foi necessário avaliar a normalidade da distribuição dos dados recolhidos. Desta forma e tendo em conta a natureza biológica das medidas que serão efetuadas, foi efetuada uma análise do tipo de distribuição através do teste de Shapiro-Wilk. Foi igualmente assegurado e testado a homogeneidade das variâncias e covariâncias através do teste de Levene e a esfericidade através do teste de Mauchly. Feitos os procedimentos referidos, verificados os pressupostos da utilização de testes paramétricos, foi utilizado para comparar médias das variáveis em estudo nos diferentes grupos de estudo e entre grupos uma ANOVA de medidas repetidas, com um modelo de (2 grupos X 4 intervenções), com um Post-Hoc de Sidak. A consistência interna das variáveis 1RM e Base CMJ foi avaliado através do

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Alpha de Cronbach e foi superior a 91% O nível de significância foi mantido em 5% e o

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4. Resultados

Como podemos observar na tabela 2, existem umas diferenças significativas (F=8,866, p=0,000, =0,496), no G1, entre a altura do CMJ de Base e o AGCMJ (25,703,19, 22,432,80, Base CMJ e AGCMJ, p=0,000, respetivamente). Por sua vez, no G2 existem, igualmente, diferenças significativas (F=3,607, p=0,048, =0,286), observando-se uma diminuição da altura do CMJ de Base e o AG4ACCMJ (24,343,94 e 21,103,22, Base CMJ e AG4ACCMJ, p=0,048, respetivamente).

Tabela 2 – Médias e respetivos desvios padrão dos resultados do teste salto com contramovimento (CMJ), nas 4 intervenções utilizadas.

Variáveis G1 G2

Base CMJ (cm) 25,703,19 24,343,94

AG4CMJ (cm) 23,072,69 23,034,07

AGCMJ (cm) 22,432,80* 21,162,80

AG4ACCMJ (cm) 24,013,46 21,103,22**

* p=0,000 entre Base CMJ e AGCMJ; ** p=0,048 entre o Base CMJ e o AG4ACCMJ; AG4CMJ – exercício de Agachamento seguido de 4 minutos de descanso e seguido a execução de CMJ; AGCMJ – Agachamento e logo de seguida CMJ; AG4ACCMJ – Agachamento seguido de 4 minutos a executar passes de peito com bola de basquetebol e CMJ.

Não são observadas diferenças significativas entre os dois grupos em nenhuma das intervenções.

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5. Discussão

O objetivo do presente estudo foi observar o efeito de 3 formas de conjugação de um exercício de Treino de Força e um GT, baseado no Complex Training, em pré-púberes. De acordo com os nossos resultados existe um decréscimo significativo (F=8,866, p=0,000, =0,496) na altura de salto tendo em conta o CMJ de base (25,703,19 vs 22,432,80, base e AGCMJ, respetivamente) a quando da realização da forma de conjugação AGCMJ no G1. Embora o presente estudo tenha sido efetuado em pré-púberes, será efetuada uma comparação com outros estudos, mas que utilizaram uma amostra com faixa etária diferente à nossa, nomeadamente jovens e adultos. Este facto reside na não existência, nas bases de dados indexadas, até ao momento da realização deste estudo, estudos que observassem a existência de um PPA em crianças pré-púberes.

Os dados do presente estudo, no G1, corroboram com o estudo de Jensen e Ebben (2003), que comparou o efeito agudo da utilização do exercício de meio Agachamento, com uma carga correspondente à 5RM, no CMJ, em homens e mulheres, com intervalos de descanso entre o exercício de agachamento e o CMJ de 10 segundos, 1, 2, 3 e 4 minutos. No estudo de Jensen e Ebben, (2003), foi observado que o intervalo de 10 segundos levou ao decréscimo da altura do CMJ e não existiram diferenças significativas nos restantes tempos de descanso utilizados. Os mesmos autores salientaram um ligeiro aumento na altura do CMJ, a cada intervalo de descanso mais longo, deixando em aberto a possibilidade de maiores períodos de recuperação, superiores a 4 minutos, não estarem inibidos de produzirem efeitos positivos no desempenho do CMJ. Contudo, Macintosh (2002) e Sale (2002), afirmam, que imediatamente após a execução do exercício com carga adicional, o PPA encontra-se muito elevado, mas que a par deste, a fadiga muscular também se encontra nos níveis mais altos neste momento. Segundo os mesmos autores, o que deixa margem para que se mantenha oportuno explorar o PPA, é o facto de que este demora mais tempo a desaparecer do que o estado da fadiga. Daí, para se poder retirar o devido proveito do fenómeno PPA, ser necessário determinar o ponto ótimo de desequilíbrio entre ambos os estados, em que a diferença entre o PPA e a fadiga seja máxima, ou seja, quando o PPA, após a realização do exercício de força, se mantém com uma taxa elevada e a fadiga se dissipe consideravelmente.

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No G2 observou-se um decréscimo significativo, (F=3,607, p=0,048, =0,286), entre o CMJ de base e o AG4ACCMJ (24,343,94 e 21,103,22, Base CMJ e AG4ACCMJ, respetivamente). O fato de não se ter observado diferenças significativas no AG4CMJ leva-nos a pensar que o uso da bola de basquetebol por 4 minutos possa ter causado uma fadiga do sistema nervoso central que possa ter influenciado negativamente a técnica de execução do CMJ. A acrescentar e a suportar o aspeto anteriormente referido, observa-se que somente o G2 é que teve essa diminuição significativa. Sendo este grupo aquele que não treinou o CMJ previamente, podemos supor que uma débil técnica de execução do salto aliada há fadiga do sistema nervosa central possa ter influenciado os resultados.

Visto no G1 não se ter observado diferenças significativas quer no AG4CMJ quer no AG4ACCMJ, podemos afirmar que nesta faixa etária a aprendizagem técnica do gesto motor a ser potenciado deve ser tida em conta.

Contudo, nem no G1 quer no grupo G2 não foi observado nenhum PPA. Este fato pode estar relacionado com o tempo que vai entre o exercício com carga adicional e o GT poder ser individualizado. A suportar esta ideia temos os resultados referidos por Comyns e colaboradores (2006), em que foi observado uma diferença individual, na potenciação do CMJ, consoante o tempo de intervalo entre este e o exercício de Agachamento. Este fato leva-nos a supor que como o tempo de intervalo, quando o houve, usado no presente estudo foi sempre o mesmo (4 minutos), pode ter diluído o efeito individual do PPA.

Outro fato que pode ter influenciado os resultados deste estudo pode ter sido a forma de realização do exercício de Agachamento. No estudo de Mangus e colaboradores (2006), não foram observadas diferenças significativas entre a utilização do meio agachamento (tal como foi usado no presente estudo) e em ¼ de Agachamento, com uma carga de 90% da 1RM, no CMJ. Contudo, num estudo de Drinkwater e seus colaboradores (2012), em que foram estudadas as diferenças na cinética do exercício de agachamento, realizado em toda a amplitude articular, e o meio agachamento, chegou-se à conclusão que quando o objetivo é o aumento da potência o exercício de agachamento deve ser realizado em toda a sua amplitude articular. Como no presente estudo foi utilizado para criar um PPA o exercício de meio agachamento, poderá ser esta uma das razões de não se ter observado uma potenciação do CMJ.

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Igualmente, a capacidade de gerar mais força muscular parece estar relacionada com a capacidade de se conseguir produzir um PPA (Gourgoulis et al. 2003, Young et al. 1998). Assim sendo, recomenda-se a prescrição de exercícios para aquisição da capacidade motora força, antes da utilização de uma metodologia baseada no CT (Robbins, 2005). Ugrinowitsch e colaboradores (2007), também observou uma correlação forte entre a 1RM do exercício de prensa de pernas e o CMJ. Sabendo que os pré púberes da amostra deste estudo não tinham experiência com o treino de força e embora tenha sido efetuado um período de adaptação, com objetivo de familiarização com o exercício de agachamento, a sua capacidade de produzir força pode não ter sido a adequada para a criação de um PPA e explicar em parte os resultados obtidos.

Embora, no presente estudo não se tenha observado um PPA em nenhuma das formas de conjugação do agachamento e o CMJ, somente no AGCMJ no G1 e no AG4ACMJ no G2 é que foi observado uma diminuição, leva-nos a inferir a não concorrência quanto à conjugação, na mesma sessão, de exercícios físicos que apelam à capacidade motora força e de gestos motores específicos determinantes para a obtenção do rendimento nas modalidades desportivas. Este fato torna-se relevante, pois o tempo para abordar as diferentes modalidades desportivas, e os gestos a elas inerentes, nas aulas de Educação Física, é diminuto. Acrescentando a esta situação as capacidades motoras, neste caso específico a força, fator importante para a aquisição e manutenção das habilidades desportivas e para o crescimento harmonioso da criança, parece-nos crucial a junção do treino das capacidades motoras ao desenvolvimento dos gestos desportivos. Desta forma, e segundo os dados apresentados neste estudo, podemos referir que a capacidade motora força e os gestos técnicos desportivos, nomeadamente o CMJ, podem ser trabalhados em conjunto na mesma aula, em pré-púberes.

Reforçando esta ideia, o estudo de Ingle e colaboradores (2006), embora tenha sido realizado com adolescentes no início da puberdade (12,3±0,3 anos), observou um efeito crónico positivo no CMJ, no salto horizontal, no passe de peito e no sprinte a 40 metros após 12 semanas de treino, quando conjugado exercícios do treino de força com exercícios pliométricos na mesma sessão. Do mesmo modo, Santos e Janeira, (2008), observaram um efeito positivo, ao fim de 10 semanas, no CMJ, na conjugação na mesma sessão de treino de exercícios do treino de força e exercícios de pliométricos, em adolescentes praticantes de basquetebol (14,2±0,6 anos). E ainda Kotzamanidis (2006),

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que embora só tenha usado exercícios pliométricos, observou um efeito positivo, após 10 semanas, no salto sem contra movimento, em crianças pré-púberes (11.1 ± 0.5 anos). De notar ainda um artigo de revisão de Lloyd e colaboradores (2011), sobre o desenvolvimento natural e treino da capacidade pliométrica na infância, onde é destacado que, devido à adaptação natural das componentes neurais e musculares, a capacidade pliométrica sofre uma evolução durante toda a infância e adolescência. Os autores realçam também que evidências recentes sugerem que o ciclo de alongamento e encurtamento, lento e rápido, melhora com a idade, no entanto, tais tendências não serão lineares, havendo a possibilidade de existir períodos de adaptação acelerado. Posto isto, ao transpor esta informação para o desenvolvimento dos gestos desportivos explosivos, entendemos que, desde a infância, será possível acrescentar à evolução natural, uma evolução com o treino no sentido do desenvolvimento de habilidades que requerem explosividade. E embora o aumento da idade pareça ajudar no desempenho destas habilidades, poderão até existir janelas de oportunidades na infância, onde se conseguia retirar o melhor partido do CT.

Assim sendo, o CT parece-nos uma boa forma para os professores de Educação Física poderem desenvolver simultaneamente as capacidades motoras e os gestos das modalidades desportivas, a abordar nos programas do ensino da Educação Física, na mesma aula.

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6. Conclusões

Através dos dados deste estudo podemos concluir que não se observa o PPA em crianças pré-púberes nas 3 formas de conjugação realizadas.

Igualmente, o treino do CMJ não influenciou, nesta amostra, a existência de um PPA. Também, somente nas formas de conjugação AGCMJ no G1 e na AG4ACMJ no G2 é que foi observado um efeito prejudicial no CMJ.

Sugere-se que mais estudos se façam sobre este tema, em pré púberes, com manipulações diferentes das variáveis do treino, nomeadamente com durações superiores a 4 minutos no intervalo de descanso, e, também, com análises individuais por sujeito, para se perceber se existem crianças com determinadas características, especificamente níveis de manifestação de força elevados, capazes de se beneficiar do CT e consequentemente desenvolvimento na performance dos GDE.

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Exmo. Encarregado de Educação

No âmbito da conclusão do Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, na Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro, encontro-me a realizar uma tese de dissertação, com a orientação do Professor Doutor José Manuel Vilaça Maio Alves, onde pretendemos estudar um fenómeno no campo de acção desportivo, denominado de potencial pós-activação (PPA), em crianças pré-púberes do sexo masculino.

PPA, refere-se ao fenômeno pelo qual a saída da força muscular aguda (potência muscular), é reforçada como resultado de uma prévia ação muscular contráctil pesada. Por exemplo, a execução de uma série de agachamentos de alta intensidade, precedida da realização de saltos verticais ou horizontais, aumenta o desempenho do salto (Daniel W. Robbins, 2005).

Vários estudos evidenciaram o PPA em adultos. Nesta investigação, procuraremos analisar se o desempenho do salto vertical com contra-movimento CMJ pode ser potenciado nas crianças, quando precedido da execução de uma série de agachamento com carga alta, e se a aprendizagem da técnica de execução do CMJ interfere significativamente no desempenho do salto.

O trabalho com os alunos decorrerá nas aulas de Atividade Física e Desportiva. Primeira fase – Abril e Maio de 2011 (a decorrer) - período de aprendizagem da técnica de realização do agachamento, sem e com halteres, e da aprendizagem da técnica do salto vertical com contra-movimento CMJ. Também se procederá à medição da estatura e massa corporal dos alunos.

Na segunda fase – início de Junho - decorrerá a recolha de dados da 1RM no agachamento com halteres (carga máxima com que os alunos conseguem realizar um agachamento).

A terceira e última fase – início de Junho - consiste na recolha de dados, através do ergojump, do tempo de voo em todos saltos CMJ de cada aluno.

Informamos que todos os dados recolhidos serão de carácter confidencial e apenas utilizados neste estudo.

Agradecendo o seu consentimento para a colaboração do seu educando neste estudo, despedimo-nos com os melhores cumprimentos

Castelo de Paiva, Maio de 2011

___________________________________ (Professor de Atividade Física e Desportiva)

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Autorização

Eu,

______________________________________________________________________ Encarregado de Educação, autorizo o meu educando _____________________________________ _________________________, aluno do ano e turma __________da Escola Básica do 1.º Ciclo de ____________, a participar neste estudo, realizado pelo professor de Atividade Física e Desportiva, João Madureira.

Assinatura ________________________________

Imagem

Tabela 1  –  Médias  e  respetivos  desvios padrão das  variáveis  da amostra,  idade, massa  corporal (MC), estatura (EST), e 1 repetição máxima (1RM) dos dois grupos de estudo
Tabela  2  –  Médias  e  respetivos  desvios  padrão  dos  resultados  do  teste  salto  com  contramovimento (CMJ), nas 4 intervenções utilizadas

Referências

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