MARCELO
RUPPENTHAL
HÉRNIA
PARADUODENAL
zREVISÃO
DA
LITERATURA
E
RELATO
DE
CASO.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão
R
no Curso de Graduaçãoem
Medicina.E
FLQRIANÓPOLIS
1998
MARCELO
RUPPENTHAL
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HÉRNIA Pa
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REVISAO
DA
LITERATURA
E
RELATO
DE
CASO.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
Coordenador de curso: Prof. Edson José Cardoso, M1),
PhD
Orientador: Prof.
Armando
José d'Acampora,MD, PhD
FLORIANÓPOLIS
1993
Aos meus
pais, poissem
eles eu jamais estariaendeme
encontro, sendoque
a :interferência deles deu-seem
todas as situações.Aos
amigos Eduardo Schmidt
e Júlio Cesar Dalri pelos ensinamentos providos neste inícioda
minha
carreira profissional.`
Ao
orientador deste trabalho Professor Dr.
Armando
Joséd`Acampora
pela atenção dedicada. -
Aos
amigos Ronaldo
e Flávio Gluflce pelos desenhosque muito
bem
ilustraram este trabalho. '
` ' `
Kátia Perrotti pelos dias dedicados
na
pesquisa e obtençãoA
baixinha ,dos artigos através
da
BIREME
em
São
Paulo.A
todos que, deuma
maneira
diretaou
indireta contribuiram para a realização deste trabalho.1. Introdução ... .. 2. Objetivo ... .. 3. Relato
do
caso ... .. 4. Revisãoda
literatura ... .. 5. Discussão ... .. 6. Referências ... ..Nonnas
adotadasResumo
Summaiy
ÍNDICE
. . . - . . . . - . . . . - . . . . - z. . . . z - . . - . . .- . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . ‹ . › . › . z . z .››‹
Consideradafcomo
hérnia interna, ashémias
paraduodenais representamuma
condição clínica rara,~quando se fala de obstrução intestinal1'2*3.Podem
ser ainda, oligossintomáticasou
assintomáticas, sendo encontradasem
necrópsias e acidentalmenteem
operações, cuja hipótese diagnóstica eradivers:a4”5. s
'W `
Deveria ser
sempre
consideradano
diagnóstico diferencial das condiçõesobstrutivas
do
intestino delgado, tanto nos adultos, quanto nas criançasó.Na
maioria das vezes
o
diagnóstico é realizado durante o período trans-operatório7. EFoi
ANDREWS
em
1923,quem
primeiro as observoucomo
uma
anormalidade embriológicag.
`
São
definidascomo
hemiações
resultantes de anomalias de rotação eredução
do
intestinomédio
oconidas dentroda
cavidade abdominals.Também
são conhecidasna
literatura,além
de hérnias intemas,como
hérnias mesocólicas
ou
mesentérico-paiietaisg” 1°.O
nome
dado
à estashémias
mudou
muito
desdeque
iniciaram-se os estudos sobre asmesmas,
fato esteque
relaciona-se
com
omaior conhecimento
sobre sua patogêneses.O
tratamento ésempre
cirúrgico, sendo propostas várias técnicas de reparo, dependentesdo
tamanho
e lado de ocorrênciada
hérnia.A
importânciado
seu corihecimento, estáno aumento da
morbiletalidadequando
diagnosticada tardiamentel.A
recente experiênciado
Serviço de Cirurgiado
Hospital Universitárioda
Universidade Federal de Santa Catarina
na condução
deum
caso de obstruçãointestinal por
hémia
paraduodenal direita, resultouem
revisãoda
literatura2
destacando-se os aspectos referentes à história, embriogênese, patogênese,
4
3.
RELATo›
DE
CAso
¡ -
J'.E.G.,
36
anos, masculino,sem
antecedente de internação hospitalarprévia,
deu
entradano
Serviço deEmergência do
Hospital Universitárioda
Universidade Federal de Santa Catarina, queixando-se de dor abdominal tipo
cólica, náusea, vômitos e anorexia,
com
iníciohá
l0 horas.Apresentava-se, ao
exame
ñsico, desidratado, afebril, pressão arterial de170/90 mml-Ig; e pulso de 100 batimentos por minuto.
O
ritmo cardíaco era regular, o rnurmúrio vesicular estava presenteem
ambos
ospulmões
deforma
universal.O
abdome,
à inspeção, apresentava abaulamentoem
mesogastrioque
estendia-se até a fossa ilíaca direita, encontrava-se doloroso à palpação
superficial e profunda
em
hemi-abdome
direito e os ruídos hidro-aéreosestavam
diminuídos,
porém
não
havia sinal de irritação peritoneal.Laboratoriahnente,
demonstrou
leucocitose de16800
células por milímetrocúbico (cel/mm3),
sem
desvio à esquerda.Demais
exames
laboratoriais,sem
alterações significativas.
A
radiografia simplesdo abdome,
nas posiçõesem
pé e deitado, m'ostravarnsinais de obstrução intestinal
como
distensãodo
intestino delgado (alça dejejuno) e presença de níveis hidro-aéreos,
não
sugerindo a etiologia (figura 1).Seis horas após a internação,
com
diagnóstico firmado deabdome
agudo
obstrutivo, foi submetido à laparotomia exploradora
com
a identificação demn
abaulamento por detrás
do
colo ascendente,em
região retroperitoneal, cujoconteúdo era
composto da
porçãomédia do
intestino delgado (jejuno e íleo).Na
cavidadeabdominal
livre, o restantedo
intestino delgado, insinuava-seTREITZ, para a região retroperitoneal direita, caracterizando
uma
hérniaparaduodenal direita (figura 2).
A
Figura 1 - Radiografias simples de abdome, nas posições em pé e deitado, respectivamente. A) Níveis hidro-
aéreos em flanco direito (setas). B) Distensão do intestino delgado (setas).
Figura 2 - Desenho esquemático da hérnia encontrada n-3 trans-operatório. Observar a massa por detrás do colo
6
Foi realizada liberação
do
duodeno
ao níveldo
ângulo de TREITZ, reduçãodo
conteúdo herniário para seu local de origem, fechamentodo
anel hemiário efixaçãío
do
ângulo deTREITZ
com
fio
de polipropileno 200
e apendicectomia deoportunidade.
O
paciente evoluiusem
complicações,com
alta hospitalarno
59 dia de pós-operatório. Apresentava-se assintomático
no
309 dia após a operação.Pennanece
4.
REVISÃO
]DA
LITERATURA
A
primeirahémia
paraduodenal foi reconhecida porNEUBAUER
em
1786,que
a consideroucomo
resultantedo
defeitoda formação
peritoneal1'8.Em
1857, TREITZ estabeleceuque
ashémia
paraduodenaiseram
entidadesclínicas diferentes,
chamou-as
de hérni as retroperitoneais e acreditava que se faziam pela fossa duodenojejunal8*13. Estemesmo
autor escreveu as relações dosarcos vasculares
com
esta fossas.JOANNESCO
em
1889, as dividiuem
dois tipos distintos: esquerda e direitas.MOYNIHAM
também
em
1889, reconheceunove
fossas paraduodenais quesão
mais
facilmente reconhecidasna
criança, e acreditavaque
as hérnias,chamadas
então,hémias
duodenais, se faziam pelo alargamento destas fossas congênitasl' 4”®” 29. Dentre estas fossas, duas são de particular importância: afossa paraduodenal esquerda,
ou
deLANDZERT,
e a fossa mesentericoparietalou
fossa de
WALDEYER,
pois são nestas fossasque
encontra-se ashémias
paraduodenais, esquerda e direita, respectivamente7.
Em
1921,KUMMIEÉ
descreveu a primeira hérnia interna vista através deuma
radiografia, a qual erauma
hérnia paraduodenal esquerda1° 8.Em
~l 923,ANDREWs,:sugere
que otermo
hérnia duodenal utilizado porJOANNESCO
e MOYN1H`Ai;4 estava incorreto e considerou a hipótese de que estashémias
resultavam de anomalias congênitasno
desenvolvimentodo
peritônio,na
qual o intestino delgado tomava-se aprisionado poruma
rotaçãoanômala do
mesentério
no
desenvolvimentodo
colol' 8.O
primeiro diagnóstico pré-operatório dehémia
paraduodenal é atribuído às
Os
aspectoscontroversos das hérnias paraduodenais estão baseadosnão
nasdiferentes teorias
da
patogênese,massiin
nos extensos estudos anatômicos dos folhetos peritoneais e fossasda
região reiroperitoneals.PAJPEZ
em
1932, depoisBATSON
em
1955, consideravamque
estashemias
representariam a persistência
do
saco peritoneal, extensãodo
cordão umbilical,durante
o
desenvolvimento embrionários.A
teoria mais aceita atuahnente, é aquela descrita porANDREWS
em
1923 eque
foi baseada nos estudos teóricos de rotação emá
rotação intestinal, descritaem
três estágios porDOTT
1' 8” 13.WILLWERTI-I et» al.3°, 'propuseram o uso
do termo
hérnías mesocólicascongênitas,
em
subtituição aotermo
paraduodenal, e acrescentaum
terceiro tipo que seria ahémia
mesocólica tranversa, resultante de rotação reversado
intestino
médio
com
subseqüente inva.ginaçãodo
colo tranverso e a porçãodireita
do
colo.,
Apesar da
evolução históricada
terminologia, inicialmente descritacom
retroperitoneal, depois mesocólica e mesentérica, mesogástrica interna,
retroperitoneal posterior, _ intennesentérzlca, interjmesocólica, duodenojejunal
ou
duodenal, é
o termo
hémia
paraduodenal omais
adequado
a ser utilizados.O
trato digestórioem
tornoda
IS”semana
da
vida embrionária éuma
estrutura alongada suspensa
no
plano sagital porum
mesentério dorsalcomum
sendo dividido pelos embriologistasem
intestino anterior,médio
e posteriorg* 31.O
intestino anteriorcompreeende
o trato digestório desde aboca
até a junçãoduodenojejunal, é inigado pelo tronco celíacos.
O
intestinomédio
inicia ao nívelda
junção duodenojejunal e estende-se até ametade do
colo transverso,sendo irrigado pela artéria mesentérica superiorg.
O
intestino posterior é aporção final
do
trato digestório,compreende o segmento que
originará ametade
distal
do
colo transverso, colo descendente, colo sigmóide, reto e ânus e é irrigado pela artéria mesentérica inferiors” 31.O
intestino médio, por sua vez, é divididoem
dois segmentos: a porção cefálica que vai até o ducto ônfalo-mesentérico,chamada
segmento
pré-arterial ea porção caudal
chamada
segmento
pós-:1rterial8'9'3°.O
processo pelo qual a posição primitivado
trato digestório é convertida aomodo
como
é vista ao nascimento échamada
de rotação intestinal eno
casodo
intestino
médio
é divididoem
3 fasesg' 9' 31.Na
primeira fase,em
tomo
da
5* semana, devido ao rápido crescimento,uma
grande partedo
intestinomédio
insinua-se para forada
cavidade abdominal atravésdo
orificio umbilical gerandouma
herniação umbilical fisiológica temporárias' 9' 31.Ocorre neste fase
também
urna rotaçãodo
intestinomédio
no
sentido anti-horário, de 90°
em
tomo
da
artéria mesentérica superiors' 3° (figuras 3 e 4), pelocrescimento
do
lobo direitodo
figado
e o desvioda
veia umbilical da esquerdapara a direitas. ntérica trbr rs do Int Ducto C ÓUÍO Mesent
Figura 3 - Primeira fase da rotação intestinal. Rotação de 90° em tomo da artéria mesentérica superior.
10
INTE!
idea
r
FERIOR
Figura 4 - Primeira fase da rotação intestinal. Aspecto final da primeira fase. Adaptado de GARDNER”, 1950.
Na
segunda
fase, entre a 92 e 10gsemana
de vida embrionária,o
intestinomédio
retoma
para a cavidade abdominal, osegmento
pré-arterialocupa o
ladodireito
da
cavidadeabdominal
e osegmento
pós arterial0
lado esquerdog' 3'(figura 5). ..-. '.-az: « \ * .-~: ,.,›?'.-.~V^,z:..Í.=§¡°1-;:*›.¿=_ê_‹ af* “;z~*«;?f›‹*'‹.;.',,*; _,_._-_ _. -,.., .- , r›,~_› -..z_ .__ . 5. ¬. 1 ., V .-.. wtf ` fr' z.. ^..,: ¬- ._ <~ ¡':\_.ë;.~::--`.'-`¿_ ë _» ¡ -'z¿;:_- 1 2,. ` ›":fí-.~}.'f`_ 'I-”§§*T‹äf. "~ E-="'"¢›,¢'â"rg;›?;:`Í~-'¬1 " ¬ -É 1:v›'f;`=" 'Í Ê`.~“*`.z@Í*`ê1`-'*f^› 1 if-1 ".' í ¿ _ ~__M,_z,›¿ ...¬ - =¡!,, ~›_››. ._ :i . :V:¿m_-¿_.;z_¬._!.,.c , . _ __¡I`¡` -_z;->\_-Wa' 4,, -z .;z~.«_‹z.,_:'_~/.... -';f.‹_'¿_-.‹~§¡ú`;-1-É =. “.."_~«*1.3? - › - .-'z›'z==.-1::-zw"'*-mí?§¿é.~'¢.-iPf.ñ; .= f ¢;'~ .z Y' ms V “*z2:;~;â-r=_ê,s^-; <.~. 3* \ ' M3? - -¿'.^í': ‹z*= _. _ á~z¿_.,¿_.¿»{' ,- › ii - 1 ¿ \;v:‹,;..`|. `»1' ' l i: " - .`,_zÍ._ f z › <'.--»s‹.=â'« f ri* . ., .jm ,I _¡,_`__.F‹×,,,"_¿. V ¡-,Ê _~.« ;.-z.
Í
‹zf.› «~=~ ~ tz Ii ~s .`*- .zz .~' . í âif' _ “B3” '¬ r › _¬;5 ¬ ' :l < . ~ “z. r Z; 'f 5, _' ez;-. fz: 1*-; `~_ _";~ ››¶,;t=“'‹ - zi; S ›~. § ‹.‹§;,,`« š , v':-,<¬f'~.‹.› A . -«_ -_-,,.*, _ ¿_.¿_ Í §_._‹,\¿¡_z. ._( . . . rw! ¡_‹._.;‹ ëš'Y,._.i. _' i ›¬ no abdomedtrhj' *g Ê; a.Mesentérlqn$3._i1.' ~ _ \>~..,›¬›a ;.,¬ › . _ ri ,_ , \_ _. i i- _ - _i _" :'~ '›' . ,_¿.\_.,z¿_,,§;.__¿~~,.~1 _;.›., _ _ ` 3 _‹çf¿. ..›-_f.__'~,';1¿¿›:_»zz; *' . _ ,_ ¿. ‹_ _i__, z _»{_«_..___,_¿,._¿_›_¬V _. _. zzzt :, ,;z' * ;_-...=11 fr;- . “_ '_ :z:›_ lí Í. ‹ ¡' ¿;_-Ef;_ . ~ 3 \ \ °Figura 5 - Segunda fase da rotação intestinal. A) Rotação adicional de l80° e insinuação do intestino delgado
por detrás da artéria mesentérica superior. B) Aspecto tinal da segunda fase, com o ceco direcionando-se para a
O
segmento
pré-arterial continuacom
uma
rotação adicional de 1800no
sentido anti-horário, inicialmente por trás e depois à esquerda
do
artériamesentérica superiorg” 9' 3°.
A
terceira fase, que ocorre a partirda
12°semana
atépróximo
aonascimento
ou
periodo neonatal, caracteriza-se pela completa descidado
cecopara a fossa ilíaca direita e
fixação
dos colos ascendente e descendente através dos seus mesentériosna
parede abdominal posteriors' 3°* 31 (figura 6).Figura 6 - Terceira fase da rotação intestinal. Aspecto final da terceira fase, com aderência dos mesentérios na
parede abdominal posterior. Adaptado de GARDNER3l,l950.
A
formação
deuma
hérnia paraduodenal ocorrequando há
uma
falhana
rotação
do
segmento
pré-arterialdo
intestinomédio
na segunda
fase,em
tomo
da
IOÊsemana
de vida embrionária9.O
mecanismo
deformação da
hérnia paraduodenal direita é relativamentesimples, sendo
que
na segunda
faseda
rotação intestinal,o
segmento
pré-arterialdo
intestinomédio
permanece no
lado direitoda
cavidade abdominal,porém
oíleo terminal, ceco e o colo (ou
segmento
pós-arterial)continuam
com
seu curso12
intestino delgado fica retido por detrás
do
mesentériodo
segmento
pós-arterial3'9(figura 7A).
O
saco hemiário écomposto do
mesentériodo
colo ascendente eparte
do
colo transverso, o anel herniário está intimamente relacionadocom
asartérias mesentérica superior e íleo-cólica e sua abertura
normalmente
estálocalizada à direita
da
linhamédia?
A
B
_sFigura 7 - A) Hémia paraduodenal direita. Observar a relação das alças de íleo com a artéria mesentérica
superior.
A
linha tracejada indica a região da incisão para o adequado reparo. B) Hémia paraduodenal esquerda.A
veia mesentérica inferior e artéria mesentérica inferior fazendo parte integral do anel bem como do sacohérniário.
A
linha tracejada sugere local da incisão para o reparo. Adaptado de BARTLETT et al.9,l97l.Na
hémia
paraduodenal esquerda osegmento
pré-arterialdo
intestinomédio
roda demodo
normal,porém
para trás e então para a esquerdada
artériamesentérica superior, localizando-se
no
lado esquerdodo
abdome
ele invaginapara
uma
áreasem
sustentaçãodo
meso›colo9' 25 . Destemodo
origina-se a hérnia,cuja
margem
anterior éformada
porramos
ascendentesda
artéria mesentéricainferior e pela veia mesentérica inferior que ascende até a veia esplênica, fazendo parte integral
do
saco hemiáriog' 9 (figura 7B).O
intestino delgado, entãofica
localizadono
saco hemiário que éformado
posição normalg.
O
orificio hemiáriofica
localizado à direitada
linha média,ou
à esquerda, se a
hémia
for pequenas. Esta hérnia gerahnentecontém
apenas intestino delgados,porém
HAMI
et al.32descrevem
um
casoincomum,
em
que
oconteúdo herniário de
uma
hérnia paraduodenal esquerda eracomposto
de colosigmóide. Existe autores
que
questionam as teorias deformação
das hémias3°' 33*34,
porém
aquelas,acima
descritas, ainda hojepermanecem
como
asmais
aceitass.
A
real incidência dashémias
paraduodenais é desconhecida,mas
representam
53%
do
total das hérnias irzrtemas congênitas, sendo estas últimas, causa de obstrução intestinalem
0,5%
a5,8%
do
casos1”2°4'8* 15,16.Em
estudos de necrópsia, sua incidência varia de0,2%
a 0,9%4.Ocorrem
predominantemente
em
homens
na
proporção de 3:1,em
relação as mulheresl' 8.Podem
ocorrer tantona
infânciacomo
na
vida adulta,porém
a maioria dos casossitua-se entre a 4ë e óê décadas
da
vidas” 13. AAs
hémias
paraduodenaisevoluem
para obstrução intestinal,em 50%
doscasos e a incidência de estrangulamento varia de
3%
a47%
2' 8.As
hémias
localizadas à esquerda
predominam
sobre as localizadas à direitana
proporçãode 3¿11,ó,1s,11_
() diagnóstico das
hémias
paraduodenaistem
confundido clínicos e oscirurgiões, os últimos, até
mesmo
no
trans-operatório, devido ao baixo indice desuspeição
bem
como
a falta de familiaridadecom
as variações anatômicasem
pacientes
com
anomalias de rotaçãodo
intestino médioz” 8.Uma
grande parcela destashémias nunca
serão reconhecidas durante avida, sendo encontradas
somente
em
necrópsiasou
acidentalmentequando o
abdome
é explorado por outras razõeslg.Raramente
o diagnóstico deuma
hémia
interna ocorre
no
pré-operatórioz' 18” 19.A
maioria dos sinais e sintomas dashémias
paraduodenais resultam de obstrução parcialou
completado
intestino14
Os
sintomas serão, conseqüentemente, característicos de obstruçãointestinal, incluindo náuseas, vômitos, distensão
abdominal
e especiahnente a dor tipo cólicas” 11' 2°. Estespodem
estar associadoscom
a dirninuiçãoda
eliminação de gases e fezes, desconforto abdominal,
massa abdominal
localizada,
aumento da
peristalse e presença de borborigmo,além da
desidratação, taquicardia e leucocitoses. V
A
gravidade dos sintomasnão
é relacionada à presençada
hémia
e sim àobstrução, sendo diretamente proporcional ao grau de obstrução e a presença
ou
não
de estrangulamento das alças intestinaiss.Sintomas de outras doenças
como
úlcera péptica, colecistite, pancreatite egastrite
podem
ser muitas vezesmimetizados
e por conseguinte, causa de errodiagnosticon” 21.
Na. maioria dos casos relatados
há
manifestação dorabdominal
recorrente,relacionada
com
a alimentação ou. posição corporal adotada eque
freqüentemente evolue para obstrução
abdominal
parcialou
completa1° 11* 21” 22.São
seis as possíveis causas de obstrução intestinal nashémias
paraduodenais: a) torção incompleta
do
duodeno
sobre simesmo;
b)compressão
duodenal pelo ceco e
banda
lateraldo
duodeno; c)compressão
duodenal pelosaco herniário, contendo parte
do
íleo tenninal eo
ceco; e) estrangulamentodo
intestino delgado
no
anel hemiário; vôlvulodo
intestino delgado dentrodo
sacohemiário; Í)
compressão
do
colo transverso pelo saco herniárioó.O
exame
fisiconão
é conclusivo quanto ao diagnósticol°'22.Os
exames complementares
demaior
valia para o diagnóstico dashémias
paraduodenais são os
exames
deimagem,
sendo estes os únicos capazes derealizar o diagnóstico
no
período pré-operatório”,15'16'22”23.A
radiografia simples deabdome
nonnalmente demonstra
apenas aaglomeração de alças intestinais dilatadas,
com
níveis hidro-aéreosem uma
áreadelgado são reconhecidos
como
exames
de escolha para viabilizar-seum
diagnóstico pré-operatório1° 1°” 13' 21. Estes
demonstram
a presença deuma
massa
ovóide, de alças delgadas, circunscrita à esquerda
da
linhamédia
nashémias
paraduodenais. esquerdas e
no
lado opostono
caso dashémias
paraduodenaisdireitasw' 21.
Ocupam
o quadrante superior esquerdo imediatamente ao ladodo
duodeno
ascendente,no
caso dashémias
à esquerda e ao lado e inferiormente aoduodeno
descendente nashémias
paradu.odenais direitas” .MEYERSH
relataque
mesmo com
osexames
contrastadospequenas
hémias
podem
passar despercebidas.A
arteriografia seletivada
artéria mesentérica superior, éum
meio
diagnóstico que utiliza-se das alterações de posição das artérias jejunais para
identificar e diferenciar, as
hémias
paraduodenais quanto ao tipo, se direitaou
esquerda".
No
caso dashémias
paraduodenais direitas, as artérias jejunaisnormalmente
surgem do
lado esquerdoda
artéria mesentérica superior,mas
então
mudam
sua direção eeursam
por detrás de seus vasos origináriosem
direção à direita”.
Na
hémia
paraduodenal esquerda., a artéria mesentérica superiormantém
sua posição
no
mesentériodo
intestino delgado,mas
suas artérias jejunaisacompanham
ahemiação
por detrás dos vasos mesentéricos inferioresno
colodescendente e a arteriografia então
demonstra
um
curso reverso das artériasjejunais proximais
que
redirecionam-se medial e fposteriorrnenteu. Estasalterações demonstradas pela arteriografia
fazem
com
que
amesma
sejaconsiderada
um
bom
exame
para diferenciar ashémias
paraduodenais direitasdas esquerdaszo.
O
primeiro diagnóstico deuma
hémia
paraduodenal realizado através deLuna tomografia computadorizada foi realizado
em
1982
por HARBn×I, a qual16
deslocavam
o ureter direito lateralmente, indicando sua localizaçãoretroperitoneal24.
I)o›NNELLY et al.22,
descrevem
em
um
relato de caso, a ausência dasinterdigitações, vistas
em
tomografia
computadorizada, entre alças nonnaisdo
intestino delgado, que
formam
uma
borda
lisa a qual elesdenominaram
“borda deDONNELLY”,
e que fazcom
queo agrupamento
do
intestinona
hémia, pareça encapsulado”.YEOMAM
et al.26 relatamum
casoem
que
uma
hérnia paraduodenal foiconfundida
com
uma
pancreatite, tanto clinicamente, quanto pelatomografia
computadorizada.
OLAZABAL
et al.l5,descrevem
um
caso deuma
hémia
paraduodenalesquerda
sem
obstrução, que foi diagnosticada através detomografia
computadorizada, e afrnna
que
a presença de alças de intestino encapsuladassem
dilatação, devesempre
sugerir o diagnóstico dehémia
paraduodenal,mesmo
em
pacientes assintomáticos.10 estudo ultrassonográfico sugestivo de urna
hémia
paraduodenaldemonstra
a presença deuma
massa
bem
definidacom
uma
membrana
circundante ecomponentes
tubularesou
císticosque
mudam
deconfigruação
após a ingesta de líquido”.
Em
tennos gerais, o quadro clínico presenteno
caso deuma
hémia
paraduodenal,
na
grande maioria das vezes, apenas sugereum
quadro deabdome
agudo
obstrutivo; osmeios
diagnósticos deimagem
são essenciais para o diagnóstico pré-operatório, dentre eles: osexames
contrastados; e o diagnósticopré-operatório é importante para a
adequada abordajem
e planejamentoda
operação à ser realizada”.
Deve-se
estar alerta ao fato deque
muitas vezeso
intervalo entre a obstrução e a necrosedo
intestinopode
sermuito
curto, sendoque o
tempo
tuna radiografia simples de
abdome, pode
ser perigoso e colocarem
risco a vidado
pa‹:iente4.() tratamento
da
hérnia paraduodenal,como
das outra hémias, ésempre
cirúrgico, e urna vez feito
o
diagnóstico está indicada a operação1°8* 1°.()
manejo
cirúrgico, requero adequado conhecimento da
anatomia e dascaracterísticas
da
cadaum
dos tipos de hémias, seja à direitaou
à esquerda, urnavez
que
as técnicas de reparo diferemuma
da
outral” 8* 9* 35.BARTLETT
et al.9 relatamum
casoem
que
foi realizadauma
gastroenterostomia inadvertida pelo não reconhecimento de urna
hémia
paraduodenal.A
taxa de letalidade para a obstrução intestinalsem
estrangulamento, varia de 0,3%
a6%
ecom
estrangulamento é relatada entre30%
e70%2.
A
letalidadeoperatória
no
reparo das hérnias paraduodenaispode
exceder os 20%1* 8* 9.Os
objetivos pertinentes aomanejo
dashémias
em
geraltambém
é aplicadono
caso das hérnías paraduodenais, isto é, reduçãodo
conteúdo hemiário ereparo
do
defeitol' 8.'
O
reparoda
hérnia paraduodenal direitatem
como
objetivo, recolocar ossegmentos
pré e pós-arteriaisdo
intestinomédio
no
lugaronde
eles seencontravam
no
fmalda
primeira fase de rotação, isto é,com
o duodeno, jejunoe o íÍleo à direita e o colo à esquerda
da
linha médial° 8* 9(figura 8A), isto é
conseguido através
da
liberaçãodo
colo ascendenteque
é reposicionado,ficando
agora à, esquerda
da
linha medial' 8” 9' 3°.O
conteúdo e o saco hemiário agorafazem
parteda
cavidade peritoneal geral1”8'9.No
caso depequenas
hémias,pode
ser realizado apenas a redução
do
seu conteúdocom
o fechamento
do
anelhemiário”.
A
apendicectomia deve ser realizada, principalmenteem
crianças,uma
vez que a posiçãodo
colo é alterada epode
trazer dificuldade diagnósticano
futuroó' 1°.O
maior
cuidadono
reparo écom
relação auma
possível lesão dos18
1
A
B
Figura 8 - Abertura do saco herniário para o reparo. A) Hérnia paraduodenal direita. Liberação do peritônio
lateral direito com descolamento do colo e reposicionamento do mesmo à esquerda. Agora as alças do intestino
delgado estão livres na cavidade abdominal. B) Hériia paraduodenal esquerda.
O
mesocolo esquerdo foiincisado com a ligadura da veia mesentérica inferior. Adaptado de BARTLET1' et al.9, 1971.
A
hémia
paraduodenal esquerda é consideradaum
pouco mais
dificil de ser reparada3°. Todavia,algumas
vezes elas são relativamente fáceis deserem
reduzidas e simplesmente tratadas
com
ofechamento
do
anel herniário através de pontos separados1° 8” 9' 3°.MALAIAIA
et al.”sugerem que
0 simplesfechamento
do
anel hemiário propiciaria aformação
de coleções líquidasna
cavidade abdominal, devido a elaboração natural de líquido pela serosa
peritoneal.
Na
maioria dos casos,o
ane`l é diñcil de ser encontrado,pequeno
ecom
muitas aderências9' 3°. Nestes casos o saco herniário deve ser aberto poruma
incisãoem uma
área avasculardo
mesentériodo
colo descendente,deixando o intestino delgado livre
na
cavidade abdominall” 9 (figura 8B).Algumas
vezes, é necessário que o estreito anel hemiário seja desfeito atravésda
ligadurada
artéria mesentérica inferiorou da
veia mesertérica inferiore ainda
em
outros casos, ambas, sendoque
estamanobra
pode
ser realizadasem
comprometimento da
irrigaçãodo
coloz” 3' 9' 36.da
hérniasem
a ligadura dos vasos mesentéricos inferioresl2° 3°.WILLWERTH
etal.3°
sugerem
uma
abertura indiretado
saco herniário,da
seguinte forma:identificação
da
veia mesentérica inferiordo
lado direitodo
saco hemiário e incisão ao longodo
seu lado direito; seguindo a veia mesentérica inferior parabaixo, identifica-se o anel herniário e as aderências
podem
ser facihnentedesfeitas; o intestino delgado
pode
então ser reduzido por baixoda
artériamesentérica inferior;
o
peritônio adjacente a veia é suturado ao peritônioabdominal
posterior para fecharo
anel alargadoda
hémia.O
aspectomais
importante desta
manobra
é a mobilizaçãoda
veia mesentérica inferior ao longo de suaborda
lateral e para baixo, incluindoo
anel herniário.r 20 5.
D1s‹:UssÃo
Ê Q ' 4 \ 14-'Através
da
literatura consultada, verificarnos queo
caso descritomm
revelacaracterísticas presentes
no
quadro clínico deabdome
agudo
obstrutivo, por urnahérnia paraduodenal,
uma
vez queo
paciente erado
sexo masculino, dentroda
faixa etária que
normalmente
manifesta os quadros deabdome
agudo
obstrutivo por hérnias paraduodenaisl° 6° 13.,,
Os
sniais e sintomaseram
incaracterísticos,_como
normalmente o
são, sugerindo apenas o quadro de obstrução intestinal alta, atravésda
dorabdominal
tipo cólica, náuseas e vômitos,
não
sugerindo a etiologias' U* 2°.A
hérnia encontrada estava localizadano
lado direitodo abdome,
enquantoa literatura nos mostra
que
75%
das vezes a hérnia localiza-sedo
lado esquerdol”6,13
'
_ :
Não
havia referênciana
história clinicado
paciente, de quadros anteriores de dorou
desconforto abdominais recorrentes,porém
a literatura mostraque na
maioria dos casos eles
ocorrem
e inclusive são causas de dores abdominais /que
muitas vezes
ficam
anossem
ter suaorigem
defmida7*13*16*7'18*2°' 2238' 32 . ,Os
exames
laboratoriaisdemonstravam
uma
leucocitose de l6.80Ocel/mma,
sem
desvio para à esquerda,o que
é explicado pelo fato de queo
paciente
não
apresentava perfuração intestinalou
sofrimento de alçascomo
foiverificado
no
ato operatório e aparentementeo
quadro tinhapouco tempo
deevolução. »
Aršradiografiaésimples de
abdome,
nas posições,em
pé e deitado, mostravasinais de obstrução pela presença de distensão
do
intestino delgado (jejuno) e níveis hidro-aéreos,porém
não
suspeitando deuma
hérnia paraduodenal. Estasfreqüentemente encontradas,
como
é referidotambém
pela literatura consultadaz”8” 24
e
não
são conclusivas quanto ao diagnóstico, fato este, que ocorreuno
casoem
estudo.h
› V
A
radiografiado
tóraxnada
apresentou,porém
é importante para o pré-operatório pois
pode
evidenciar a presença de pneumoperitônioou
pneumomediastino, indicando perfuração de alça.
RANSLEY37
em
um
relato de caso descreve a presença depneumomediastino
pela perfuração deuma
alça de intestino causada poruma
hémia
paraduodenal esquerda.Os
exames
constrastadosnão foram
realizados pela urgênciado
caso e oaumento do
tempo
de investigação diagnóstica está relacionado ao atrasodiagnóstico e conseqüentemente,
aumento da
morbi-letalidade operatória4.O
diagnóstico foi realizadono
trans-operatório,como
a maioria dos casosrelatados
na
1iteratura7.Na
literatura pesquisada, os artigosmais
atuais são aquelesque
relatam diagnósticos pré-operatórios através dosexames
deimagem,
isto sugereque
odiagnóstico pré-operatório está sendo realizado
com
maior
freqüência,muito
provavelmente pelo desenvolvimento destes exames.
A. técnica de reparo utilizad 3, que foi a redução
do
conteúdo e fechamentoÕO
flflfil h€fl1ÍáI`Í0,~em
condiçõesem
que o
volume
da
hémia
épequeno”.
Nas
hémias
paraduodenais direitas maiores deve-se optar pelaliberação
do
colo direito, deixandoo
intestino livrena
cavidade abdominal1*8=9*13 à
A
apendicectomia foitambém
:realizadacomo
é sugerido por váriosautores6° 1°.
O
laudo anátomo-patológicodo
apêndice cecal,não demonstrou
alterações significativas nos
exames
macroscópico e microscópico.É
importante lembrar queo
tratamento cirúrgico realizadoo mais
precocemente
possível evita possíveis complicaçõesl.22
TURNER38
relataum
casoem
queum
paciente de22
anoscom
um
quadro de obstrucão intestinalcom
36
horas de evolução teve gangrena e rupturado
estômago
secundária àuma
obstrução jejunal poruma
hémia
paraduodenal.O
pacientepermanece
assirrtomático após 7meses da
operação, indicandoque o
tratamento foi adequado. ..
Apesar
dashémias
paraduodenais terem sido tradicionahnente tratadasatravés de laparotomia,
o
adventoda
cirurgia vídeo-laparoscópica e suaevolução crescente, propicia
uma
nova
via de acesso para o reparo destashémias. V V
UEMATSU
et al.” relatam o primeiro caso de Luna hérnia paraduodenalque
foi tratada laparoscopicamente e refere
que
a operaçãominimamente
invasiva éatualmente indicada para
o
tratamento dehémias
paraduodenaissem
Q
9
6.
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a paraduodenal hemia. Surg Endosc.NORMAS
ADOTADAS
As
nonnas
para a digitaçãodo
trabalhoseguem
a resolução n° 001/97do
Colegiado
do Curso
deGraduação
em
Medicina.As
referências bibliográficasseguem
o
Estilo de Vancouver,conforme
a 55edição dos “Requisitos
Uniformes
para Originais submetidos a RevistasBiomédicas”, publicado pelo
Comitê
Intemacional de Editores de RevistasUm
paciente de34
anos, masculino, foi tratado cirurgicamente porhémia
paraduodenal direita,
no
Hospital Universitárioda
Universidade Federal deSanta. Catarina,
em
Setembro
de 1997. Estas hérnias, raras vezes, são causas de dorabdominal
bem
como
quadros deabdome
agudo
obstrutivo.Também
podem
ser conhecidas por vários outros
nomes,
taiscomo: hémias
internas,hémias
mesocólicas
ou
mesentérico-parietais.São
definidascomo
resultantes deuma
anomalia de rotação e redução
do
intestino médio, que ocorrena
cavidadeabdominal
durante a vida embrionária.O
diagnóstico pré-operatório é rarodevido ao quadro clínico sutil e baixo índice de suspeição,
porém
osmétodos
deimagem
podem
defini-locom
segurança.É
consenso, que urna vez diagnosticada, a hérnia paraduodenaldeva
ser reparada.O
conhecimento
de suapatogênese e alterações anatômicas presentes, são importantes para o
adequado
manejo
cirúrgico.No
presente trabalho é feitoum
relato do_caso,bem
como,
uma
:revisãoda
literatura sobre hérnias paraduodenais.OQ
SUMMARY
A
34
year-old patient, male,went
under surgical treatment for rightparaduodenal hernia in the Hospital Universitário
da
Universidade Federal deSanta. Catarina, at
September
of 1997.These hemias
rarely causeabdominal
pain or obstmctive acute
abdome.
They
may
alsobe
called: internal hemias,mesocolic
hemias
or mesenteric-parietal hemias.They
are defined as aconsequence of
an anormal rotationand
improper reductionof
themidgut
in theabdominal
cavity during theembryonic
life.The
pre-operative diagnosis is raredue
to the non-characteristic clinical featuresand
low
suspicion index.Imaging
procedures can
may
defme
diagnosis safely.The
standard treatment forparadluodenal hemia, once the diagnosis is
frmed,
is operation. Surgicalhandling depends
on
the surgen°s awarenessof
the disease°s pathogenesisand
anatomic features. This study consists in a report
of
caseand
a literature review0273
Ex.l 9728l007f Ac. 253095
.