uN|vERS|DADE
FEDERAL DE SANTA
CATARINA
CENTRO
SÓCIO
ECONOMICO
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
ESTUDO
SOBRE
A
AvAL|AçAO DE
AT|vOS
CONS|DERANDO
A
TEOR|A
CONTÁB|L
EVANDRO
SILVESTRIN
FLORIANÓPOLIS
-SANTA
CATARINA
uN|vERS|DADE
FEDERAL DE
SANTA
CATAR|NA
CENTRO
SÓC|O
ECONOiv||CO
DEPARTAMENTO
DE
C|ENCiAS
CONTÁBEiS
TRABALHO DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
ESTUDO
SOBRE
A
AvAL|AÇAo DE
AT|voS
CONS|DERANDO
A
TEoR|A
coNTÁB|L
Trabalho
de Conclusao de Curso Submetido ao Departamento
de
Ciências Contábeis,do
Centro SócioEconômico,
da
Universidade Federalde
Santa
Catarina,como
requisito parcial paraobtenção
do
graude
bacharelem
Ciências Contábeis.Acadêmico:
EVANDRO
SILVESTRIN
Orientador:
PROF.
_iO|SSEANTON|O
LORAND|,
M. Sc.FLOR|ANÓPOL|S
-SANTA
CATAR|NA
ESTUDO
SOBRE A
AVALIAÇÃO DE
ATIVOS
CONSIDERANDO
A
TEORIA
CONTÁBIL
AUTOR:
EVANDRO
SILVESTRIN
Esta Monografia foi
apresentada
como
trabalhode
conclusão
no
cursode
Ciências Contábeis
da
Universidade Federalde Santa
Catarina,obtendo
a notamédia de
atribuída pelabanca
constituída pelos professores abaixonominada.
Florianópolis,
30 de
novembro
de
2000.oz>zÁl‹<>/
Profa. Maria
Denize
H
nriqueÊasagrande,
M. Sc.Coordenadora
d Monografiado
CCN
Professores
que
compuseram
a banca:Pr `
ente: Prof. Joisse
Aánio
Lorandi, M. Sc.ni
` .
\
Membro:
' ‹ulipe
Ferreira'
,ti ¿
PENSAMENTO
`Planeje
suas
metas
pessoais.Coloque-as no
papel.Olhe para
elas todosos
dias. Dividao
créditocom
muitaspessoas
e
experimente a alegriade
suas
realizações.
Robert
Knowling
AGRADECIMENTOS
À
Deus, pelodom
da
vida, pelasaúde
e pela sabedoria.À
meus
pais Azelindo eGecí
e a todaminha
família peloamor
e carinho àmim
dedicados
durante toda aminha
vida,em
especial àminha
irmã Maristela pelo apoiodispensado
durante todo o curso.À
minha namorada,
Mônica, pelacompreensão
e
paciênciaque
teve durante a realização deste projeto.V
Ao
Professor Joisse Antônio Lorandi, pelo incentivo e orientação,não
medindo
esforços,na
ajuda para a realização deste trabalho.Aos
amigos
e colegasque
de
forma diretaou
indireta contribuíram paraa
conclusão deste projeto,
de
maneira
especialaos
meus
grandes amigos
Fábio,José
Ilto e Samuel.suMÁR|o
PENsA|v|ENTo
ivAGRAoEc|MENTos
vREsuMo
. gaos
CAPÍTULO
1 ... ._ p.09 1|NTRoDuÇÃo
... _. p.09 1.1Assunto
... _. p.09 1.2Tema
... _. p. 1O 1.3Problema
... p. 1O
1.4 Objetivos ... ._ p.11 1.5 Justificativa ... ._ p.11 1.6 Metodologia ... ___. _____________________________________________________________________________ __ p_12 1.7Organização do
Estudo _____________________________________________________________________ ._ .p_15CAPÍTULO2
________________________________________________________________________________________________ __ p.16 2REv|sÃo
B|B|_|oGRÁ|=|cA
_____________________________________________________________ __ p.16 2.1 Objetivosda
Contabilidade ... _. p.16 2.2 Informação Contábil ___________________________________________________________________________ __ p. 172.3 Princípios Contábeis __________________________________________________________________________ __ p`_2O
2.3.1 Princípio
da
Continuidade __________________________________________________________________ __ p_212.3.2 Princípio
do
Registro pelo Valor Original ___________________________________________ _. p_232.3.3 Prinçípio
da
Atualização Monetária _____ ____________________________________________ __ p.242.4
Balanço
Patrimonial ___________________________________________________________________________ ._ p_252.5 Ativo ... ___________________________________________________________________________________ __ p_27
2.5.1 Ativo Circulante..; ... __ p.29
2.5.2 Ativo Realizável
A
Longo
Prazo
______________________________________________________ p.3O 2.5.3 AtivoPermanente
______________________________________________________________________________ ._ p_31cAPhuLo3
...“'ps2
3AVALIAÇÃO DE
ATIVOS
... .. p.323.1 Objetivos
da
Avaliaçãode
Ativos ... _. p.323.2 Valor e Avaliação ... _. p.33
3.3 Valores
de
Entradae
Valoresde
Saída
... _. p.353.4
Métodos
de
Avaliaçãode
Ativos ... _. p.373.4.1 Avaliação
de
Ativos a Valoresde
Entrada ... .. p.383.4.2 Avaliação
de
Ativos a Valoresde Saída
... ... .. p.453.5 Avaliação
de
Ativos:Um
critériode
avaliaçãoou
uma
combinação?.
p.5OCAPÍTULO
4
... _. p.5_34
coNcLusoEs
... ..pôs
RESUMO
O
estudodo
ativo,sua
conceituação e avaliação,ao
ladodo
estudodas
receitas, despesas, perdas e ganhos,
pode
ser consideradocomo
o capítulomais
importante
da
teoria contábil. Isto porque, é necessárioque
não se
tenha dúvidasquanto
à classificaçãode
um
ativo etambém
porque
transaçõesenvolvendo
o
ativo
podem
influirno
resultadoda empresa,
tornando-se essencialmelhor
conhecer
osmétodos
e asformas
de
avaliaçãode
ativos. .A
avaliaçãode
ativosbaseada
na
teoria contábil, mostra-secomo
uma
importante ferramenta para atomada de
decisãodos
usuários (externos einternos)
das
informações contábeis.As
informações contidasnas demonstrações
contábeis etambém
em
outros relatórios,
devem
ser relevantes e apresentar-sede forma
objetiva, clara.Sendo
assim, elastêm poder
preditivo paraos
usuáriosna
tomada
de
decisões. Assim, procurou-se fazeruma
explanação dos
métodos
possíveisde
avaliação
de
ativos,bem
como
definir qual omelhor
dentre eles,ou
seja, oque
propicieaos
usuários informações relevantes, objetivase
com
poder
preditivo.E
ainda, se ométodo
consideradocomo
omelhor
para o maiornúmero de
ativosdeveria ser utilizado sozinho
ou
aliadoaos
outrosmétodos que
semostraram
melhores
em
alguns tiposde
ativo.Foi
com
o intuito contribuir para aapresentação
de
informações úteisaos
usuários é
que
sedesenvolveu
um
estudo sobre o ativoe suas formas
de
avaliação, considerando a teoria contábil.
cAPíTuLo
11
INTRODUÇAO
1.1
Assunto
A
contabilidadetem
como
objetivo fornecer informações úteisaos seus
usuários,
sejam
eles externosou
internos, ajudando-osno processo de
tomada
de
decisões.Para
que
a informação fornecida pela contabilidade seja útilaos seus
usuários, ela
deverá
serapresentada de forma
clara, objetiva, confiável ede
maneira
que
possa
sercomparada
entre os vários períodos,bem
como
com
informações divulgadas por outrasempresas.
A
informaçãotambém
deverá
possibilitar
que
os usuáriosnão
sóconheçam
opassado
da empresa,
como
também
possam
prever efeitosou
tendências futuras.Dentro
da
Contabilidade, os ativosdesempenham
um
papel importante, pois as transaçõesenvolvendo
o ativopodem
influenciarnas
receitas edespesas
econsequentemente no
patrimônio líquidoda
empresa.
Assim, a corretaapresentação
do
ativo, seja físicaou
monetariamente, é essencialnão
apenas
para seconhecer
a situação atual,mas também
para se fazer inferências sobre ofuturo
da empresa.
Os
ativossão
recursoseconômicos
de
uma
entidadeque
são
alocadosàs
finalidades
do
negócio, dentrode
um
períodode
tempo, tendocomo
característica a
geração de
benefícios futuros para aempresa.
A
_
Para
a contabilidade asempresas
são
consideradascomo
empreendimentos
em
andamento,
salvo rarasexceções
que
nestecaso deverão
ser divulgadas. .A continuidade
ou
não da empresa
influenciarána maneira
como
seus
ativosdeverão
ser avaliados,ou
seja, pelacapacidade
que
eles terãode
Pelo princípio contábil
do
custo originalcomo
base de
valor,ou do
registropelo valor original, os ativos
são
registrados pelo preçopago
para adquiri-losou
fabricá-los,
mais
todosos
gastos necessários para deixá-losem
condiçõesde
gerar benefícios para a
empresa,
sendo
permitidosomente
amortizações, depreciaçõesou exaustão
em
decorrênciado uso ou
obsolescència. 'Todavia,
esse
valorde
registropoderá
com
o passardo tempo não
representar a real
capacidade
que
o ativotem
de
gerar benefícios para aempresa, não
somente
pelodesgaste
físico e naturaldo
ativo eda
obsolescência,
mas também
porcausa das
flutuaçõesdo
poder
aquisitivoda
moeda, de
variações específicasdo
preçodo
ativo e pelasmudanças
tecnológicas.
'
Portanto,'uma avaliação
baseada somente
nos
valoresde
entradados
ativos,
poderá
'não representaruma
informação confiável,que
possa
sercomparada,
podendo
gerar decisões distorcidas para os usuários.Avaliar os
elementos do
ativode maneira
que
seaproxime da
realidade,contribuirá para
que
os usuáriosda
contabilidade estejammunidos
de
informações úteis para a
tomada
de suas
decisões.1.2
Tema
Diante
do
exposto, otema
desta pesquisaé
um
estudo sobre o ativoe
suas formas
de
avaliação,considerando
a teoria contábil.1.3
Problema
Para
DAMODARAN
(1997, p.1),“Todo
ativo, seja financeiroou
real,tem
valor. ...Qualquer ativo
pode
ser avaliado,mas
algunssão mais
facilmente avaliadosdo
que
os outros, eos
detalhesda
avaliação variamde caso
paracaso”.
Sabendo-se que
o
ativo éum
recursoeconômico capaz de
gerar benefícios futuros para aempresa,
num
determinado
períodode tempo e
a eleé
atribuído-
um
valor, oproblema
a ser resolvidocom
esta pesquisa é:-
saber
se o estudoda
teoria contábilpoderá
contribuir paraum
melhor
esclarecimentodos
métodos de
avaliaçãode
ativos,de maneira
a proveros
usuários
da
contabilidadecom
informações úteis para atomada de
decisões?1.4
objetivos
Este estudo
tem
por objetivo geral identificaros
aspectos doutrináriose
teóricos sobre a avaliação
de
ativos._
Decorrem do
objetivo geral, os seguintes objetivos específicos:
- Apresentar dentre outros, os conceitos
de
ativo, ativo circulante, ativo realizável a longo prazo e ativo permanente; _-
Demonstrar
os aspectos relativosaos
métodos
de
avaliaçãode
ativose
apresentar asformas
de
avaliação.1.5 Justificativa
Partindo-se
da
premissaque
a contabilidadedeve
permitiraos
diversos usuários, avaliarta situação financeira eeconômica de
uma
entidade,num
sentido estático,podendo
fazer inferências sobre tendências e perspectivasfuturas, as
demonstrações
contábeistem
valor significativocomo
instrumentode
informação, pois nelas
deve-se
inserirde
maneira
clarae
objetiva, informações relevantes e precisas,que
serão úteis'aos
usuáriosna
tomada de
decisões.Uma
das demonstrações
contábeis é o balanço patrimonial.O
balanço
patrimonial é dividido
em
três grupos,o
ativo,o
passivo e0
patrimônio líquido.Este projeto
de
pesquisatem
como
escopo
o estudodo
ativo esua
avaliação.O
estudodo
ativo esua
avaliaçãosão
de
grande
importância paraa
teoriada
contabilidade, para se evitarldúvidasquanto
à classificaçãode
um
ativoe
também
porque
transaçõesenvolvendo
o ativopodem
influirno
resultadoda
empresa,
eessas
transaçõessão
uma
constantenas
entidadesque
estãoem
continuidade.'
_
Para
IUDÍCIBUS
(1997, p.123),"É tão importante o estudo
do
ativoque
poderiamos
dizerque
é o capítulo fundamentaldo
estudoda
Contabilidade,porque
àsua
definição e avaliação está ligada a multiplicidadede
relacionamentos contábeis
que
envolvem
receitas e despesas".A
avaliaçãode
ativospoderá
em
algunscasos
conter certo graude
subjetividade,
dependendo
de
quem
os avalia,não
obstante, a utilizaçãode
critérios
fundamentados na
teoria contábilpoderá
reduzir o graude
subjetividade,fazendo
com
que
as informações divulgadasdemonstrem
uma
situaçãopróxima
da
realidade. L-
Neste
contexto, torna-se relevanteo
estudodo
ativoe
sua
avaliaçãoem
decorrênciada necessidade
que
os
gestores/usuáriostêm de
estar providosde
informações relevantes, objetivas,que
representam
com
fidedignidade a situaçãoeconômica
e financeirada
entidade. - -1.6
Metodologia
«Dentro
de
um
trabalhode
pesquisa, a finalidadeda
metodologiaé
indicaros
procedimentos
que
serão utilizadosno desenvolvimento do
estudo.Segundo
FRANÇA
(1996, p.35), “Materiale
métodos
(ou Metodologia): é a parteonde
sedescreve
a metodologiaadotada
para odesenvolvimento
do
trabalho. Descrição breve,
porém
completae
claradas
técnicas eprocessos
empregados,
bem
como
o delineamento experimental".Essas
técnicas e processosempregados,
bem
como
o,delineamento
experimental,tem
o objetivode
produzir conhecimento.Para
FERRARI
(1974, p.7) oconhecimento
é, “...a relaçãoque
existeentre o objeto a ser
conhecido
e o sujeitoque
a conhece.A
relação per si adquirenatureza
completamente
diferente tantodo
objetocomo
do
sujeito”.O
conhecimento
apresenta-secomo
uma
transferênciadas
propriedadesdo
objeto para o sujeito.O
conhecimento
é produzido pelohomem.
No
entendimento
de
RUIZ
(1978, p.85),“O
serhumano
édotado
da
capacidade
de
conhecer e
de
pensar.Conhecer
e pensar
constituemnão
somente
uma
capacidade,como também
uma
necessidade
para o Homem;...”. '-
O
homem
produz conhecimento
com
a finalidadede
mudaras
relações sociais e o contextoonde
vive, tornando-as úteis e práticas para oseu
uso.O
conhecimento
é produzido pelohomem
atravésda
apropriaçãodas
realidadesdo
mundo
àsua
volta.O
conhecimento
pode
ser obtido por várias formas, seja atravésde
imitações, experiência pessoal, treinamento apropriado sobre
determinado
assunto e
também
atravésda
ciência.A
utilizaçãode métodos
científicos eda
ciência,poderá não chegar a
uma
verdade
absoluta,mas
dentre todas asformas
de
se produzir conhecimento,a
ciência é a
que
melhor aproxima
a realidadedos
fatos, pois se utilizade
métodos
sistemáticos,
de
experimentos ede comparação.
V
“
Para
FERRARI
(1974, p.18), “A ciência éuma
atividadehumana,
racional,dirigida
ao
sistemáticoconhecimento
(empírico)do mundo,
porém
conhecimento
sistemático
com
objetivo limitado,capaz de
sersubmetido
à verificação”.Assim,
pode-se
dizerque
a ciênciatem
por objetivoaumentar
e melhorar oconhecimento ou
ainda,melhor
compreender
osfenômenos
já conhecidos..
Uma
das formas adotadas
pelohomem
para produzirconhecimento
é apesquisa
científica,como
sepode
constatarnas
palavrasde
FERRARI
(1974,p.18),
"O
conhecimento
científico visa,como
procedimento
renovado: 1)responder
questões; 2) solucionarproblemas
e 3) desenvolverde
modo
mais
efetivo
procedimentos de responder questões
e solucionar problemas,o
que
éalcançado
pela intervençãoda
pesquisa".Como
sepode
ver, a pesquisa éuma
das maneiras
de
se resolverum
problema
e eladeve
ser feita utilizando-semétodos
científicos..
MARCONI
&
LAKATOS
(1996, p.15)afirmam
que
a pesquisa: "Éuma
indagação
minuciosaou
exame
crítico e exaustivona
procurade
fatos eprincípios;
uma
diligentebusca
para averiguar algo.Pesquisa
não
éapenas
procurar a verdade, é encontrar respostas para
questões
propostas utilizandométodos
científicos".A
pesquisa, portanto éum
procedimento
formal, realizado atravésde
métodos
específicosque
são
utilizados parase conhecer melhor
um
tema
complexo ou
para se descobrirnovas
verdades.Nesta
pesquisa, oproblema
que
se apresenta é:-
o
estudoda
teoria contábilpoderá
contribuir paraum
melhor
esclarecimentodos
métodos
de
avaliaçãode
ativos,de maneira
a proveros
usuários
da
contabilidadecom
informações úteis para atomada de
decisões?Para
apresentar o resultadode
uma
pesquisapode-se
utilizara
monografia,
que
éum
estudo sobreum
assunto específicoou
particular,onde
se
procura dar ênfase
aos
pontos indispensáveis àsua compreensão.
A
monografia respeita os objetivosda
ciência.MARCONI
&
LAKATOS
(1996, p.205), definem monografiacomo
sendo:"...um estudo sobre
um
tema
especificoou
particular,com
suficiente 'valorrepresentativo e
que obedece
a
rigorosa metodologia. investigadeterminado
assunto
não
sóem
profundidade,mas também
em
todos osseus ângulos e
aspectos,
dependendo
dos
fins aque
se destina".Esta monografia portanto, visa atingir o objetivo desta pesquisa
que
é
um
estudo sobre o ativo e
suas formas
de
avaliação,considerando
a teoria contábil.A
pesquisa utilizada será Bibliográfica,porque
paraa fundamentação
teórico-metodológica
do
trabalho, será realizadauma
investigaçãoem
livrosde
referência,
bem
como
publicações periódicas sobre os váriosassuntos
relacionados à avaliação e reavaliação
de
ativos. ASegundo \v/ERGARA
(1997, p.46) a pesquisa bibliográfica é um, "...estudosistematizado, desenvolvido a partir
de
material publicadoem
livros, revistas,jornais, isto é material acessivel
ao
públicoem
geral.O
material publicadopoderá
ser fonte primária
ou
secundária".1.7
Organização
do
Estudo
O
presente trabalho serácomposto de
quatro capítulos,sendo
que
o primeiro deles refere-se a introdução,que
apresenta o assunto, o tema,os
objetivos
da
pesquisa, a metodologia aplicada ea
justificativada
realização destetrabalho.
O
segundo
capítulo écomposto
da
revisão bibliográfica,onde
constam
os
conceitosdos
elementos
abordados na
pesquisa,bem
como
partedo
embasamento
teórico para a avaliaçãode
ativos.O
terceiro capítulo apresentaos
métodos de
avaliação,que
também
serviráde base
para definir amelhor forma
de
avaliaçãodos
ativos.No
quarto e último capítulo apresenta-seas conclusões
cAPiTui_o
2
~ 1
2
REVISAO
BIBLIOG
RAFICA
Este capítulo é
composto
pela revisão bibliográfica,onde
serãoapresentados
os conceitosde
algunselementos
abordados
nesta pesquisa,bem
como
outros aspectosque
servirãode
embasamento
para o estudoda
avaliaçãode
ativos. '2.1
Objetivos
da
Contabilidade
Segundo
ANDERSEN
(1994, p.43),o
Instituto Brasileirode Contadores
(IBRACON)
no seu pronunciamento
Estrutura Conceitual Básicada
Contabilidade, definiu a Contabilidade
como
"...um sistemade
informaçãoe
avaliação destinado a prover
seus
usuárioscom
demonstrações
e análisede
natureza econômica, financeira, física ede
produtividade,com
relação à entidade objetode
contabilização". `Disto contata-se
que
o objetivoda
contabilidadeé
prover os usuárioscom
informaçõesdas mais
diversas, sobre a entidade,de
forma
a propiciar decisões racionaisaos
usuários.Entende-se
como
usuário paraIUDÍCIBUS,
MARTINS &
GELBCKE
(1995,p.59), "...toda
pessoa
físicaou
jurídicaque
tenha interessena
avaliaçãoda
situação e
do
progressode determinada
entidade, seja tal entidadeempresa,
ente
de
finalidadesnão
lucrativas,ou
mesmo
patrimônio familiar".Pode-se
dizer então,que
o
usuárioé
qualquerpessoa
que
tenha interesseno conhecimento dos
dados
de
uma
entidade,dados
esses normalmente
fornecidos pela contabilidade, e
que
são agrupados
de
maneira
objetivae
clara.Os
usuáriosda
informação contábilpodem
ser classificadosem
internose
(gerentes, diretores, administradores, funcionários
em
geral)ou
externos aempresa
(acionistas, instituições financeiras, fornecedores, governo, sindicatos)".Ainda
paraMARION
(1998, p.128) osdados de
uma
entidade "...sãoelementos
importantes constantesnos
Relatórios Contábeis (resumos, periódicos e ordenados),que
abrangem
informações econômico-financeiras (patrimônio,capital, fluxo
de
caixa edespesas
etc.)".O CONSELHO
FEDERAL
DE CONTABILIDADE
(2000, p.35)também
prevê a existência usuários internos e externos ecom
interesses variadosem
relaçãoas
informações contábeis:Os
usuários tantopodem
ser internoscomo
externos e,mais
ainda,
com
interesses diversificados, razão pela qualas
informações
geradas
pela Entidadedevem
seramplas e
fidedignas e, pelo
menos,
suficientes paraa
avaliaçãoda
sua
situação patrimonial
e das mutações
sofridas peloseu
patrimônio, permitindo a realizaçãode
inferências sobre oseu
futuro.Assim, para atender as
necessidades
dos
diversos usuários,as
informações
geradas
pela contabilidadedevem
seras mais
variadas, permitindoconhecer
a posição patrimonial,que
é abase
para atomada de
decisões.2.2
Informação
ContábilIUDÍCIBUS,
MARTINS &
GELBCKE
(1995, p.59), caracterizam ainformação
de
natureza econômica,de
natureza física ede
naturezade
produtividade, a saber:
Informação
de
natureza
econômica
deve
sersempre
entendida dentroda
visãoque
a Contabilidadetem do
que
sejaeconômico e
não, necessariamente,
do
tratamentoque
aeconomia
dariaao
mesmo
fenômeno;
em
largos traços,podemos
afirmarque
os
fluxos
de
receitas edespesas (demonstração de
resultado, por exemplo),bem
como
o capital e o patrimônio,em
geral,são
dimensões
econômicas da
Contabilidade,ao passo que os
fluxosde
caixa,de
capitalde
giro, por exemplo, caracterizam adimensão
financeira...Informação
de
natureza
física constituium
importantedesdobramento
dentroda evolução da
teoriados
sistemascontábeis, pois as
mais
recentes pesquisas sobreevolução de
empreendimentos têm
reveladoque
um bom
sistemade
informação e avaliação
não pode
repousarapenas
em
valores monetários,mas
deverá
incluir,na
medida do
possível,mensurações
de
natureza física taiscomo:
quantidadesgeradas
de
produtoou
de
serviços,número
de
depositantesem
estabelecimentos bancários e outrasque
possam
permitirmelhor
inferência
da evolução
do
empreendimento
por partedo
usuário.Informação
de
natureza
de
produtividade
compreende
autilização mista
de
conceitos valorativos (financeirosno
sentidorestrito) e quantitativos (físicos
no
sentido restrito)como,
porexemplo: receita bruta
per
capita, depósitos por cliente etc.Ainda
que
a Estrutura Conceitual Básicada
Contabilidade caracterize a informaçãoconforme
descrito acima,são as
informaçõesde
naturezaeconômica
e financeiraque
constituem o núcleo centralda
Contabilidade.É
o
que
pode
servisto
em
ANDERSEN
(1994, p.45):O
OBJETIVO
PRINCIPAL
da
Contabilidade, portanto, é ode
permitir, a
cada grupo
principalde
usuários, a avaliaçãoda
situação
econômica
e financeirada
entidade,num
sentido estático,bem
como
fazer inferências sobresuas
tendênciasfuturas.
Em
ambas
as avaliações, todavia,as
demonstrações
contábeis constituirão
elemento
necessário,mas
não
suficiente.Para
que
o objetivoda
contabilidade se concretize, faz-se necessário, primeiroque
todas as informações relevantes para a avaliaçãoda
situação patrimonialsejam
evidenciadase segundo,
que
na
divulgação/evidenciaçãodas
informações
deva
a essênciados
fatos prevalecer sobrea
forma.É
o
que
se constataem
ANDERSEN
(1994, p.45):1°)
As empresas
precisam dar ênfase àEVIDENCIAÇÃO
de
todas as informaçõesque
permitem
a avaliaçãoda
situação patrimonial edas mutações desse seu
patrimônio e,além
disso,que
possibilitem a realização
de
inferências perante o futuro.2°)
A
Contabilidade possuium
grande
relacionamentocom
os
aspectos jurídicos
que
cercam o
patrimônio, mas,não
raro aforma
jurídicapode
deixarde
retratar a essênciaeconômica.
Nessas
situações,deve
a Contabilidade guiar-se pelosseus
objetivos
de
bem
informar,SEGUINDO,
se for necessário paratanto,
A
ESSÊNCIA
Ao
|NvÉs
DA
FORMA.
As
informaçõesgeradas
pela contabilidade e publicadasnas
demonstrações
contábeisdevem
ser objetivas e consistentes e precisas, servindode
base
paraos
usuáriosna
tomada
de
decisões.Neste
contexto, o papelque
o contadordesempenha
tem
significativa relevânciano
sentidode que
as
informações por ele fornecidas,devam
atenderas
necessidades
tantodos
usuários internos,quanto
dos
usuários externos.Os
usuários externos - acionistas, instituições financeiras, fornecedores,governo
etc. -tem
como
base
para atomada de
decisões asdemonstrações
contábeis.Demonstrações
contábeis estas,baseadas
nos
princípios contábeis.Segundo
oIBRACON
(1998, p.30): "Entre os usuáriosdas demonstrações
contábeis incluem-se investidores presentes e potenciais,
empregados,
credores por empréstimos, fornecedores, e outros credores comerciais, clientes,governos
e
suas agências
e o público".A
contabilidade voltada para os usuários internos étambém
conhecida
como
Contabilidade Gerencial. Ela necessitade
um
maiornúmero de
informações, para a
tomada
de
decisões.IUDÍCIBUS
&
MARION
(1999, p.44)assim conceituam essa
contabilidade:"Contabilidade
Gerencial: voltada para fins internos, procura suprir os gerentesde
um
elenco maiorde
informações, exclusivamente para atomada
de
decisões. Úiferencia-sedas
contabilidades já abordadas, poisnão
seprende
aos
princípiosfundamentais
da
Contabilidade".Pela
gama
maiorde
informaçõesque
os
usuários internos - gerentes,diretores, administradores - necessitam para a
tomada
de
decisões,não
sóas
demonstrações
contábeis,mas
outros relatórios fornecidos pela contabilidadedevem
subsidiá-los. lsso fazcom
que
os
contadores utilizem outras ferramentas,além dos
princípios contábeis.IUDÍCIBUS
&
MARION
(1999, p.44) ainda sobre o assunto afirmam:"Em
maiorou
menor
grau tais tiposde
relatóriosdeverão
utilizar outros conceitosalém
dos
PrincípiosFundamentais de
Contabilidade, taiscomo:
custosde
oportunidade, taxas
de
juros ede
desconto, custosde
reposição, custosimputados
eeconômicos,
noções
e cálculosde
riscoeconômico
e financeiroe
muitos outros".
Constata-se assim,
que
os princípiosfundamentais de
contabilidadesão
abase
para ageração de
informações úteisaos
usuários, especialmente paraos
usuários externos,
apesar
de
não
serem
as únicas ferramentas para ageração
de
relatórios e
demonstrações
contábeis.2.3 Princípios
Contábeis
O
objetivoda
Contabilidadenão deve
serapenas
analisadono
âmbitodos
usuários,
mas também
no
âmbitodos
profissionaisda
Contabilidade. Dissodepende
aobservação dos
PrincípiosFundamentais da
Contabilidade,como
afirma oCONSELHO
FEDERAL
DE CONTABILIDADE
(2000, p.34):A
precisãodas
informaçõesdemandadas
pelos usuáriose
o próprio desenvolvimentode
aplicações práticasda
Contabilidadedependerão,
sempre;da
observânciados seus
Princípios, cuja aplicação à soluçãode
situações concretasdeverá
considerar o contexto econômico, tecnológico, institucionale
socialem
que
os
procedimentos
serão aplicados. Isso significa,com
grande
freqüência,o uso de
projeções sobreos
contextosem
causa, oque
muitosdenominam
de
visão prospectivanas
aplicações contábeis.A
observação de
tais princípios por parteda
Entidade,tem
como
finalidade gerar informações consistentes, precisas,de
talforma
-que sepossam
fazercomparações,
bem
como
extrair tendênciasquanto
ao
futuroda
empresa.Sobre essa
relação entre os Princípios, a avaliaçãodos
componentes
patrimoniais e a informação contábil, o
CONSELHO
FEDERAL DE
CONTABILIDADE
(2000, p.33)assim
se expressa:Em
termosde
conteúdo,os
principiosdizem
respeito à caracterizaçãoda
Entidadee
do
Patrimõnio, â avaliaçãodos
componentes
deste eao reconhecimento das mutações e dos
seus
efeitos diantedo
Patrimônio Líquido.Como
os Princípiosalcançam
o patrimôniona sua
globalidade,sua
observâncianos
procedimentos
aplicados resultaráautomaticamente
em
informações
de
utilidade para decisões sobre situações corretas.Esta é a razão pela qual
os
objetivos pragmáticosda
Contabilidadesão
caracterizados pela palavra "informação".A
aplicaçãodos
princípiosfundamentais
de
contabilidade,quando da
ocorrênciade
fatosque
resultemem
mutações no
patrimônioda empresa,
é essencial para a padronizaçãodas
informações divulgadasnas
demonstrações
contábeis,
bem
como
paraa redução das
dúvidasquanto
veracidadedas
informações, servindo assim,
de base
para atomada
de
decisõesdos
usuários.Para
oCONSELHO
FEDERAL DE
CONTABILIDADE
(2000,~ p.23),"Os
Principios
Fundamentais
de
Contabilidaderepresentam
a essênciadas
doutrinase teorias relativas
à
Ciênciada
Contabilidade,consoante
o entendimento
predominante nos
universos científico e profissionalde nosso
País".São
dois osdocumentos
vigentes sobreos
PrincípiosFundamentais
de
Contabilidade,
ambos
publicados peloConselho
Federalde
Contabilidade: 1) aResolução
750 de
29 de
dezembro de
1993
onde
são apresentados
os Princípiose; 2) a
Resolução
774
de
16de
dezembro de
1994,que
éum
apêndice
àResolução
750/93,onde
são
esclarecidoscom
detalhes os Princípios.Na
seqüência, serãocomentados
os
princípios contábeisque
apresentam
maior relação
com
otema
da
pesquisa,que
é a avaliaçãode
ativos.2.3.1 Princípio
da
Continuidade
O
CONSELHO
FEDERAL DE
CONTABILIDADE
(2000, p.24),no
art. 5°da
Resolução
n.°750/93 assim
refere-seao
princípioda
Continuidade:Art. 5°
A
Continuidadeou
não
da
Entidade,bem
como
sua
vidadefinida
ou
provável,devem
ser consideradasquando da
classificação
e
avaliaçãodas mutações
patrimoniais,quantitativas e qualitativas.
§ 1°
A
Continuidade influencia o valoreconômico dos
ativos e,em
muitos casos,
o
valorou
ovencimento
dos
passivos, especialmentequando
a extinçãoda
Entidadetem
prazo determinado, previstoou
previsível.A
interpretação deste princípio, revelaque
o valordos
componentes
patrimoniais
dependem
das
condiçõesem
que
a
Entidade opera.Para
|uDíc|Bus
(1997, p.48)zAs
entidades, para efeitode
contabilidade,são
consideradascomo
empreendimentos
em
andamento
(going concern), até circunstância esclarecedoraem
contrário, eseus
ativosdevem
ser avaliados
de acordo
com
a potencialidadeque
tem
de
gerar benefícios futuros para aempresa, na
continuidadede
suas
operações, e
não
pelo valorque
poderíamos
obterse
fossem
vendidos
como
estão... (no estadoem
que
se encontram).Disso
entende-se
que
a Entidade éum
empreendimento
em
andamento,
cuja finalidade
é
gerir e utilizar os ativosnão
paraserem
vendidos,mas
para servirem à entidadeno
esforçode
produzir receita, logo, oque
vale para aempresa
éoque
esse
ativo lhe traráde
benefícios durante asua
vida útil.Quanto
àredução ou
extinçãodas
atividadesda
entidade e os efeitossobre os
componentes
patrimoniais, oCONSELHO
FEDERAL DE
CONTABILIDADE
(2000, p.39)na Resolução
n.°774/97
cita: _A
suspensão
das suas
atividadespode
provocar efeitosna
utilidade
de determinados
ativos,com
a
perda, atémesmo
integral,
de seu
valor.A
queda
do
nívelde
ocupação pode
também
provocar efeitos semelhantes.A
situação-limitena
aplicaçãodo
Princípioda
Continuidadeé
aquela
em
que
há
acompleta
cessação das
atividadesda
Entidade.
Nessa
situação,determinados
ativos,como,
porexemplo, os valores diferidos, deixarão
de
ostentar tal condição,passando
à condiçãode
despesas,em
faceda
impossibilidadede sua
‹recuperação mediante
as atividades operacionaisusualmente
dirigidas àgeração
de
receitas.As
causas da
limitaçãoda
vidada
Entidadenão
influenciam o conceitode
Continuidade; entretanto,como
constituem informaçãode
interesse para muitos usuários,quase
sempre
são
de
divulgação obrigatória,segundo
norma
específica._
A
cessação das
atividadesda
empresa
provoca
efeitosna
avaliaçãodos
ativos,
podendo
ocasionar aredução ou
até aperda
totaldo
valor. Isto,porque os
ativos
devem
ser avaliados pelacapacidade
de
geração de
benefícios futuros, ecomo
aempresa não
espera
retomarsuas
atividades para beneficiar-sedos
ativos, a potencialidade
de
benefícios futuros ficará reduzida,podendo
até ser 22nula,
como
é o caso do
ativo diferido,que deve
seralocado
como
despesa
em
caso
de
descontinuidade.Pela influência
que
tem na
avaliaçãodos
ativos, a possibilidadede
descontinuidadeda
empresa
constitui-seem
informação relevante paraos
usuários
das
informações contábeis,sendo
essencial asua
divulgação.2.3.2 Princípio
do
Registro pelo
Valor
OriginalO
CONSELHO
FEDERAL DE
CONTABILIDADE
(2000, p.25),na
Resolução
n.°750/93
assim
apresenta este princípio:Art. 7°
Os
componentes do
patrimôniodevem
ser registradospelos valores originais
das
transaçõescom
o
mundo
exterior,expressos
a valor presentena
moeda
do
País,que
serãomantidos
na
avaliaçãodas
variações patrimoniais posteriores,inclusive
quando
configuraremagregações ou
decomposições
no
interior
da
Entidade. .Entende-se
do acima
expostoque
nos
valores registradospoderão
serfeitos ajustes, resultantes
da
perda
do
valor econômico. Entretanto, estes ajustesnão
devem
ser consideradoscomo
uma
modificaçãodo
valor original.FÁVERO
et. al. (1995, p.38)com
relação a este princípio afirmam que:".»..os ativos serão incorporados pelo preço
pago
para adquiri-losou
fabricá-losacrescido
de
todos os gastos necessários para colocá-losem
condiçõesde
gerar benefícios para aempresa, quer
porsua
venda
ou
porsua
imobilização".Os
ativosdevem
ser incorporadosao
patrimônio pelo valor total gasto paradeixá-los
em
condiçõesde
gerar benefícios àempresa
e acredita-seque naquele
momento,
a exata potencialidade futurade geração
de
benefícios, seja o valorque
estásendo
registradono
patrimônio.Quanto
anecessidade
de observação
deste princípio,como
meio
de
uniformização
das
metodologiasde
avaliação existentes e aconseqüente
comparabilidade
das
informações,o
CONSELHO
FEDERAL DE
CONTABILIDADE
(2000, p.44), ressalta:A
rigorosa observânciado
Princípioem
comentário édo mais
alto interesseda sociedade
como
um
todo e, especificamente,do
mercado
de
capitais, por resultarna
unificaçãoda
metodologiade
avaliação, fator essencial
na
comparabilidadedos
dados, relatose demonstrações
contábeis e,consequentemente,
na
qualidadeda
informação gerada, impossibilitando critérios alternativosde
avafiação.
A
aplicaçãodo
princípiodo
registro pelo valor original, tende a gerarinformações uniformes,
baseadas
num
único critériode
avaliação.Assim
sendo, as informações contidasnos
relatórios enas demonstrações
contábeisde
uma
empresa
poderao
sercomparadas
entre os vários períodos etambém com
as
informações divulgadas por outras
empresas
do
mesmo
ramo
de
atividade.Para
FÁVERO
et. al. (1995, p.38) "A utilizaçãodo
custo originalcomo
base
para avaliação
dos
ativostem
avantagem
de
este sermais
objetivoque
o
custode
reposição. Todavia, apresentadesvantagens
em
relação àapresentação das
tendências futuras
da
empresa
ou
mesmo
na
avaliaçãode seu
valor real".Tal afirmação
deve-se ao
fatode
que
os custo originalpode
ser corrigido,entretanto, a correção
pode
não
acompanhar
as alteraçõesdo
mercado,e
assim,as oscilações
de
preços dificultam a elaboraçãode
demonstrações
contábeisque
representem
fielmente o patrimônio.2.3.3 Princípio
da
Atualização Monetária
Este princípio prevê
que
os valoresdos
componentes
patrimoniaisdevem
ser ajustados,em
decorrênciadas
alteraçõesdo
poder
aquisitivoda moeda.
A
esse
respeito oCONSELHO
FEDERAL
DE CONTABILIDADE
(2000,p.47)
assim
se manifesta: ÀO
Princípioda
Atualização Monetária existeem
funçãodo
fatode
que
amoeda
i- -não
representaunidade
constantede
poder
aquisitivo. Por conseqüência,
sua expressão
formaldeve
ser ajustada, a fimde
que
permaneçam
substantivamente corretos - - os valoresdos
componentes
patrimoniais e, viade
decorrência, o Patrimônio Líquido.A
atualização monetáriadeve
ser aplicadaem
decorrênciadas
alteraçõesdo poder
aquisitivoda moeda,
ocorridascom
opassar
do
tempo, a fimde
que
os valoresmantenham-se
substantivamente corretos.Ainda
paraO
CONSELHO
FEDERAL
DE CONTABILIDADE
(2000, p.47):A
atualização monetáriadeve
serrealizadamediante
oemprego
de
meios
- indexadores,moedas
referenciais, reaisou
não
-que
reflitam a variação
apontada
por índice geralde
preçosda
economia
brasileira.A
utilizaçãode
um
únicoparâmetro
de
caráter geral e
de
forma
uniforme por todas as Entidades é indispensável, a fimde
que
sejam
possíveiscomparações
válidas entre elas.Assim, a utilização
de
um
índice para a atualizaçãodos
valoresdos
componentes
patrimoniais,além de manter
os valores originais substantivamentecorretos, propicia a comparabilidade
das
informações entreas
empresas.Para
ANDERSEN
(1994, p.52) "...se tratade
aplicaraos
valoresrigorosamente registrados pela Contabilidade
apenas
um
'fatorde
atualização'em
termos de poder
aquisitivo.Na
verdade,não estamos
corrigindo o valordos
bens,
mas
apenas
corrigindo o que, teoricamente,não
deveria ter variado,que
é
o
poder
aquisitivoda moeda".
A
atualizaçãodos
valores originaisdeve
basear-sena
modificaçãoda
capacidade
geralde
compra
da moeda,
não
na
variação específicado
preçode
cada
bem
em
particular.Este princípio
não
pretende avaliar oscomponentes
patrimoniais a valoresde
mercado,
mas
apenas
restauraros
valores originais atravésda
utilizaçãode
um
indexadorque
restabeleça opoder
aquisitivoda
moeda.
2.4
Balanço
PatrimonialA
observânciaaos
princípios fundamentaisde
contabilidade, resultana
padronização
das
informações publicadas tantonos
relatórios,quanto
nas
demonstrações
financeiras/contábeis,e
servirãocomo
base no processo
de
tomada
de
decisãodos
usuários, principalmente para os usuários externos.Para
ANDERSEN
(1994, p.õ7)zAs
demonstrações
financeirasrepresentam
o principalmeio
informativo
da
situação patrimonial edos
resultadosda
empresa
junto àqueles (investidores, fornecedores, clientes,
empregados,
governo, instituições financeira etc.)
que tenham
ou
possam
vir ater interesse
na
avaliaçãoda
situaçãoda
empresa
em
determinado
momento
ou
em
seu
progressoao
longodo
tempo.Grande
partedas
informaçõesque
os
usuáriosnecessitam
para atomada
de
decisõessão apresentadas nas demonstrações
financeiras. Portanto,além
da
aplicaçãodos
PrincipiosFundamentais
de
Contabilidade,devem
sertomados
cuidados
especiaisquanto
à forma,conteúdo
e nívelde
detalhamento,na
apresentação dessas demonstrações.
A
Lei6404/76
(1997, p.68), sobre asdemonstrações
financeirasassim
manifesta-se: ç
Art. 176.
Ao
fimde cada
exercício social, a Diretoria fará elaborar,com
base na
escrituração mercantilda companhia,
as seguintesdemonstrações
financeiras,que
deverão
exprimircom
clareza a situaçãodo
patrimônioda
companhia
e asmutações
ocorridasno
exercicio:
l - balanço patrimonial;
'
ll -
demonstração dos
lucrosou
prejuízosacumulados;
lll -
demonstração
do
resultadodo
exercício;e
IV -
demonstração das
origense
aplicaçõesde
recursos.Não
obstante a Lei6404/76
exija aapresentação
dessas
quatrodemonstrações
financeiras, seráabordado
aqui,apenas
o balanço patrimonial,pois o ativo
-tema
da
pesquisa -,é
parte constantedessa demonstração.
DAMODARAN
(1997, p.90)com
referênciaao
balanço patrimonialassim
referefse:
"Ao
contráriodo
demonstrativode
resultados,que
mede
fluxosao
longo
de
um
períodode
tempo, o balanço anual forneceum
resumo
daquiloque
aempresa
possuiem
termosde
ativos e daquiloque
deve
tanto aseus
credoresquanto
aos
investidoresem
seu
patrimônio liquido".Segundo
IUDÍCIBUS,
MARTINS
&
GELBCKE
(1995, p.34)"O
balançotem
por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonialda empresa
em
determinada
data, representando, portantouma
posição estática".Sobre
a estática patrimonialFÁVERO
et. al. (1995, p.60)destacam
ascaracterísticas qualitativas e quantitativas
do
patrimônioem um
dado momento:
"A
estática patrimonial é o estudodo
patrimônio consideradosem
movimento
em
um
dado
momento
na sua
estrutura qualitativa e quantitativa, isto é,nos seus
elementos
enos seus
componentes
e
valores".Embora
o
balanço patrimonial representeuma
situação .aparentementeestática, ele apresenta informações
de
natureza preditiva,uma
vez
que
os
usuários
podem
fazer inferências, principalmentequando comparados
com
osbalanços de
outros periodos.Para
MARION
(1998, p.53)o
balanço patrimonialé
constituído porduas
colunas: "a coluna
do
/ado direito,denominada
Passivo e Patrimônio Liquido; a colunado
lado esquerdo,denominada
Ativo.A
razãode
se atribuir ladoesquerdo
para
o
Ativoe
o direito para o Passivo e Patrimônio Liquido émera
convenção".O
art.178
da
Lei 6.404/76 (1997, p.70) prevê a existênciade
trèselementos
básicosdo
balanço patrimonial, o Ativo,o
Passivo e o Patrimônio Líquido, classificadasde maneira
a facilitar asua compreensão, conforme
constata-se
no Caput do
artigo:“No
balanço, as contas serão classificadassegundo
oselementos
do
patrimônioque
registrem,e agrupadas de
modo
afacilitar o
conhecimento
e a análiseda
situação financeirada
companhia”.Nesta
pesquisa seráestudado
o ladoesquerdo do
balanço patrimonial,ou
seja,
apenas
os aspectos relativosao
Ativo. -2.5 Ativo
Para
oIBRACON
(1998, p.40), o ativo "...éum
recurso controlado pelaempresa
como
resultadode
eventospassados
edo
qual seespera
que
futuros benefícioseconômicos
resultem para a empresa".Constata-se
que
esse
conceitonão
destaca a caracteristicade
propriedadequando
dizque
o ativo éum
recurso controlado pelaempresa,
menciona,
entretanto, a possibilidadede geração de
benefícios . _Já para
MARION
(1998, p.53),"O
Ativosão
todosos bens
e direitosde
propriedade
da empresa, mensuráveis
monetariamente,que
representam
beneficios presentes
ou
futuros para a empresa".Esse conceitqdestaca
a propriedade, acapacidade
de mensuração
e a
potencialidade
de
gerar benefícios para aempresa,
como
característicasdo
ativo.Segundo
FÁVERO
et. al. (1995, p.61), "Asempresas,
paraexercerem suas
atividades, necessitam
de
recursosque
possibilitem aexecução dos
finspropostos. Assim,
podemos
conceituar Ativocomo
o conjuntode bens e
direitosdecorrentes
de
transaçõespassadas
eque
tenha a potencialidadede
geração
de
caixa .
Nesse
conceito constata setambém
a potencialidadede geraçao
de
benefícios futuros, contudo,
os
autoresdestacam
que
os ativossão
utilizadospara
que
asempresas
exerçam suas
atividadese consigam
atingir os objetivos propostos.IUDÍCIBUS
(1997, p.124),também
destacaalgumas
característicasinerentes
aos
ativos,sendo
elassemelhantes
às citadas pelos outros autores:1.
o
ativodeve
ser considerado à luzda
sua
propriedade e/ou àluz
de sua posse
e controle;normalmente
asduas condições
virão juntas;
2. precisa estar incluído
no
ativo,em
seu
bojo,algum
direito específico a benefícios futuros (...) ou,em
sentidomais
amplo,o
elemento
precisa apresentaruma
potencialidadede
serviços 'futuros (...) para a entidade;3. o direito precisa ser exclusivo
da
entidade;Quase
todosos
conceitosde
ativoapresentados
citamos bens e
direitos,logo, torna-se necessário apresentar
também
esses
dois conceitos paramelhor
esclarecer o assunto.
Para
FÁVERO
et. al. (1995, p.62):São
bens
para aempresa
todo o material,móvel ou
imóvel,de
que
dispõe,com
o qual executasuas
atividades para aobtenção
de seu
objetivo-fim.São
exemplos
de
bens
os estoques,os
veículos,
máquinas
e equipamentos, imóveis etc.São
direitos aqueles valoresde
que
aempresa
poderá
disporem
prazo imediato
ou
futuro,buscando
obterseu
objetivo-fim.Podem
ser decorrentes
ou não de sua
atividade principal epoderão
ser 28convertidos
em
dinheiro.São
representados por duplicatas a receber,marcas
e patentes etc.Segundo
MARION
(1997, p.66), "As contasdo
Ativosão agrupadas
de
acordo
com
asua
rapidezde conversão
em
dinheiro:de acordo
com
oseu
graude
liquidez (acapacidade
de
se transformarem
dinheiromais
rapidamente".Conforme
descritono
§1°do
art.178 da
Lei 6.404/76 (1997, p.70), o Ativo écomposto
por très grupos:-
No
ativo,
as
contas serão dispostasem
ordem
decrescentede
grau
de
liquidezdos elementos
nela registrados,nos
seguintes grupos:a) ativo circulante;
b) ativo realizável a longo prazo; -
c) ativo
permanente,
divididoem
investimentos, ativoimobilizado e ativo diferido.
Para
uma
melhor
compreensão
do
ativocomo
um
todo, a seguir seráapresentado
em
separado
cada
um
desses
grupos,sua
conceituaçãoe
classificação.
2.5.1 Ativo Circulante
Considerando
que
no
ativo as contassão
registradasem
ordem
decrescente
de
graude
liquidez,no
ativo circulantesão
classificadasas
contasque
tem
a maior potencialidadede
transformar-seem
espécie,bem
como
os
valores já convertidos
em
moeda
corrente.Como
pode
ser constatado a seguir:O
art.179 da
Lei 6.404/76 (1997, p.70), dispõeque
serão classificadas: "l-
no
ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveisno
cursodo
exercício social
subseqüente
eas
aplicaçõesde
recursosem
despesas
do
exercício seguinte".