• Nenhum resultado encontrado

Projeções córtico-corticais do córtex auditivo primário de ratos modelo de autismo.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Projeções córtico-corticais do córtex auditivo primário de ratos modelo de autismo."

Copied!
39
0
0

Texto

(1)

CENTRO DE BIOCIˆENCIAS BACHARELADO EM BIOLOGIA

Alice Pimenta Gurgel

PROJEC

¸ ˜

OES C ´

ORTICO-CORTICAIS DO C ´

ORTEX

AUDITIVO PRIM ´

ARIO DE RATOS MODELO DE

AUTISMO

Natal-RN

2019

(2)

PROJEC

¸ ˜

OES C ´

ORTICO-CORTICAIS DO C ´

ORTEX

AUDITIVO PRIM ´

ARIO DE RATOS MODELO DE

AUTISMO

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Ciˆencias Biol´ogicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte a ser utilizado como diretriz para manufatura do Trabalho de Conclus˜ao de Curso.

Orientadora:

Prof. Dra. Renata Figueredo Anomal

Universidade Federal do Rio Grande do Norte — UFRN Departamento de Morfologia — DMOR

Natal-RN 2019

(3)

Gurgel, Alice Pimenta.

Projeções córtico-corticais do córtex auditivo primário de ratos modelo de autismo / Alice Pimenta Gurgel. - Natal, 2019. 38 f.: il.

Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Curso de Ciências Biológicas. Orientadora: Profa. Dra. Renata Figueiredo Anomal.

1. Autismo - Monografia. 2. Período Cítico - Monografia. 3. Projeções córtico-corticais - Monografia. 4. Córtex Auditivo Primário - Monografia. 5. VPA - Monografia. 6. TEA - Monografia. I. Anomal, Renata Figueiredo. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BSE-CB CDU 616.896

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo Nelson - -Centro de Biociências - CB

(4)
(5)

”Tudo deveria se tornar o mais simples poss´ıvel, mas n˜ao simplificado.” Albert Einstein.

(6)

Resumo

O Per´ıodo Cr´ıtico (PC) ´e uma fase p´os-natal na qual o desenvolvimento cortical ´e altamente suscet´ıvel `a plasticidade induzida pelos est´ımulos ambientais. Para cada ma-tura¸c˜ao sens´orio, motora, e cognitiva um per´ıodo-cr´ıtico diferente ´e promovido. Os eventos que ocorrem durante o PC tˆem ent˜ao impactos importantes sobre a forma¸c˜ao dos mapas corticais de processamentos sensoriais, e tamb´em sobre a percep¸c˜ao destes pelo indiv´ıduo durante sua vida. Sabendo disso, algumas desordens do neurodesenvolvimento tais como o transtorno do espectro autista (TEA), podem apresentar desde altera¸c˜oes fenot´ıpicas, com padr˜oes faciais t´ıpicos, a altera¸c˜oes sens´orio-motoras, o que juntas podem gerar d´eficits sociais de diferentes grada¸c˜oes no indiv´ıduo afetado. O objetivo do presente estudo foi ent˜ao investigar o Per´ıodo Cr´ıtico do desenvolvimento p´os-natal em ratos modelo de au-tismo, hipotetizando se este ´e encontrado alterado j´a no nascimento. Sugerimos que: 1) os d´eficits de comunica¸c˜ao e altera¸c˜oes sensoriais observadas neste transtorno possam estar relacionados, em parte, ao de tempo de abertura e/ou fechamento do PC no c´ortex senso-rial Auditivo prim´ario (A1), e 2) `as altera¸c˜oes no desenvolvimento das conex˜oes aferentes para este c´ortex (A1). Para tanto, propomos o estudo de aferˆencias para A1 em ratos modelo de autismo e tamb´em em ratos controle (inje¸c˜ao de solu¸c˜ao salina) no primeiro dia p´os-natal (P0.5), por meio da introdu¸c˜ao, post-mortem, de neurotra¸cador retr´ogrado. Foi observado com isso que o A1 recebe proje¸c˜oes axonais de diversas regi˜oes corticais, como a regi˜ao frontal, motora e ´ınsula. Sendo assim, foi constatado que n˜ao existe especificidade nas conex˜oes c´ortico-corticais aferentes para A1 no dia P0.5, por´em os dados obtidos se mostram inconclus´ıveis por n˜ao inclu´ırem o grupo controle na an´alise.

Palavras-chave: Autismo, TEA, VPA, Per´ıodo Cr´ıtico, c´ortex auditivo prim´ario, co-nex˜oes c´ortico-corticais.

(7)

Abstract

The Critical Period (CP) is a postnatal time when cortical development is highly susceptible to plasticity induced by environmental stimuli. For each sensory, motor, and cognitive maturation, a different critical period is promoted. Events that occur during the CP then have important impacts on the formation of cortical maps of sensory processing, as well as on individual perception during their lifetime. Knowing that, some neurodeve-lopmental disorders such as autism spectrum disorder (ASD), may present from phenoty-pic alterations, with typhenoty-pical facial patterns, to sensorimotor changes, which together can generate social deficits of different gradations in the affected individual. The Objective of the present study was to investigate the CP of post-natal development in autism models rats by analysing cortico-cortical connections. We suggest that: 1) the communication deficits and sensory alterations observed in this disorder may be related, in part, to the opening and/or closing time of the altered CP in the sensory cortex Primary Auditory (A1), and 2) to changes in the development of afferent connections in this cortex (A1). Therefore, we propose the study of afferences to A1 in autism model rats and also in con-trol rats (saline injection) on the first postnatal day (P0.5), by introducing, post-mortem, retrograde neurotracer. It was observed that A1 receives axonal projections from vari-ous cortical regions, such as frontal, motor and insula. Accordingly to this findings, it was found that there is no specificity in the afferent cortical connections to A1 on day P0.5, but data are shown unfinished because they do not include the control group in the analysis.

Keywords: Autism, ASD, VPA, Critical Period, primary auditory cortex, cortical-cortical connections.

(8)

Lista de Figuras

1.1 Conex˜oes corticais de A1 no esquilo (Sciurus carolinensis). . . 7 1.2 Vis˜ao bidimensional demonstrando a proje¸c˜ao topogr´afica de A1 em

ma-caco da noite (Aotus trivirgatus). . . 8 4.1 Esquema de como as marca¸c˜oes de neurˆonios foram feitas em amplia¸c˜ao.

A: Imagem sem amplia¸c˜ao, mostrando a localiza¸c˜ao de onde se retirou as imagens B e C : Amostragem de corpos de neurˆonios com (B) e sem (C) as marca¸c˜oes . . . 15 4.2 S´ıtio de inje¸c˜ao de cristal de DiI em caso 2. A esquerda mostra s´ıtio de

inje¸c˜ao em filtro de Fluoresce´ına. A direita s´ıtio de inje¸c˜ao em filtro de Rodamina. . . 16 4.3 Corte coronal de caso 2. A: O corte apresenta filtro azul corado por DAPI

mostrando as demarca¸c˜oes do c´ortex. B e C: Os cortes de cima reve-lam marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio direito. D e E: Marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio esquerdo. . . 16 4.4 S´ıtio de inje¸c˜ao de cristal de DiI em caso 3. A esquerda mostra s´ıtio de

inje¸c˜ao em filtro de Fluoresce´ına. A direita s´ıtio de inje¸c˜ao em filtro de Rodamina. . . 17 4.5 Corte coronal de caso 3. A: O corte apresenta filtro azul corado por DAPI

mostrando as demarca¸c˜oes do c´ortex. B e C: Os cortes revelam marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio direito. D e E: Marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio esquerdo. 18 4.6 Corte coronal de caso 4. A: O corte apresenta filtro azul corado por DAPI

mostrando as demarca¸c˜oes do c´ortex. B e C: Os cortes de cima revelam marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio direito. D: Marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio esquerdo. . . 18 4.7 Corte coronal de caso 4. A: O corte apresenta filtro azul corado por DAPI

mostrando as demarca¸c˜oes do c´ortex. B e C: Os cortes revelam marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio direito. D e E: Marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio esquerdo. 19

(9)

Conte´

udo

Resumo ii Abstract iii 1 Introdu¸c˜ao 1 1.1 AUTISMO . . . 1 1.2 PER´IODO CR´ITICO . . . 5

1.3 C ´ORTEX AUDITIVO PRIM ´ARIO (A1) . . . 7

1.4 MODELO EXPERIMENTAL . . . 9

1.5 JUSTIFICATIVA . . . 10

2 Hip´oteses e Objetivos 11 2.1 HIP ´OTESES . . . 11

2.2 OBJETIVO GERAL . . . 11

2.3 OBJETIVO ESPEC´IFICO . . . 11

3 Materiais e M´etodos 12 3.1 INDUC¸ ˜AO AO VPA . . . 12

3.2 EUTAN ´ASIA, PERFUS ˜AO E DISSECAC¸ ˜AO CORTICAL . . . 13

3.3 INJEC¸ ˜AO DO NEUROTRAC¸ ADOR . . . 13

3.4 AN ´ALISE DAS CONEX ˜OES CORTICAIS E SUBCORTICAIS . . . 14

4 Resultados e Discuss˜ao 15

5 Conclus˜ao 22

(10)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

1.1

AUTISMO

O autismo ´e uma desordem do neurodesenvolvimento caracterizada por altera¸c˜oes comportamentais, as quais se apresentam majoritariamente em crian¸cas nos primeiros anos de vida e tˆem como principais sintomas a dificuldade de intera¸c˜ao social, atraso no desenvolvimento da linguagem verbal e n˜ao verbal, hiperatividade, padr˜ao restrito de interesse, de comportamento e/ou de atividade, e dificuldade em perceber e demonstrar emo¸c˜oes (Kanner, 1943).

Dados epidemiol´ogicos desde 2012, pelo Centro de Preven¸c˜ao e Controle de Doen¸cas dos Estados Unidos, confirmam que uma a cada cinquenta crian¸cas, de idades entre 6 a 17 anos, s˜ao autistas, sendo mais presente no gˆenero masculino que no feminino, em uma propor¸c˜ao de quatro para um (Garcia-Pen˜as, 2009). Pesquisas recentes, como as publica¸c˜oes de Fombonne (2005; 2009), consideram que a prevalˆencia dessa s´ındrome esteja entre cinco a dez a cada mil pessoas. No Brasil, os achados mais atuais indicam uma prevalˆencia em torno de 0,3% na popula¸c˜ao (Paula et al., 2011). No entanto, n˜ao h´a muita riqueza de dados referentes a frequˆencia deste transtorno pelo territ´orio nacional (Gomes et al., 2015).

Segundo Sousa (2013), os crit´erios para a classifica¸c˜ao e diagn´ostico do autismo tˆem sido constantemente alterados, pois sua etiologia n˜ao ´e bem definida. A heterogenei-dade dos perfis encontrados no autismo, est´a relacionada parcialmente `a multiplicidade de fatores etiol´ogicos possivelmente envolvidos nesta desordem, podendo cada indiv´ıduo apresentar altera¸c˜oes em grada¸c˜oes diferentes, como um espectro de sintomas. Por isso, o autismo ´e referido como transtorno do espectro autista (TEA), sendo o afloramento cl´ınico no in´ıcio da infˆancia um dos principais crit´erios para seu diagn´ostico diferencial (American Psychiatric Association, 2013). Sugere-se, pelas pesquisas promovidas, haver

(11)

uma forte rela¸c˜ao entre fatores gen´eticos e ambientais no desencadear deste transtorno (Chaste e Leboyer, 2012). At´e ent˜ao, o TEA foi descrito na ´ultima edi¸c˜ao do Manual Estat´ıstico e Diagn´ostico de Doen¸cas Mentais de 2013 (DSM-V) como uma ´unica catego-ria: o Transtorno do espectro autista (TEA), juntamente com a s´ındrome de Asperger e o dist´urbio generalizado do desenvolvimento n˜ao espec´ıfico, possuindo dentro deste espectro dos diversos n´ıveis de comprometimento social.

De acordo com Ameis e Catani (2014), as dificuldades de intera¸c˜ao social s˜ao per-cept´ıveis a partir dos 4 anos, seguidas por duas janelas de altera¸c˜oes sensoriais: entre os 4 e 6 anos, e entre os 6 e 8 anos de idade (Starr et al., 2003). Sintomas representados por menor reconhecimento de faces (Johnson et al., 2005), menor imita¸c˜ao e interesse social (Zwaigenbaum et al., 2005) e dificuldades na forma¸c˜ao pessoal da teoria da mente (Elsabbagh e Johnson, 2007) s˜ao percept´ıveis tamb´em na infˆancia, podendo haver uma melhora consider´avel na adolescˆencia (Szatmari et al., 2009). Ainda assim, o desenvolvi-mento enviesado do c´erebro resulta geralmente em um adulto com d´efices sociais (Howlin et al., 2004).

Altera¸c˜oes no processamento sensorial dos indiv´ıduos com autismo, tais como a res-posta sensorial aumentada ou diminu´ıda (Leekam et al., 2007), s˜ao caracter´ısticas chaves do reconhecimento cl´ınico deste transtorno, embora exista pouco consenso sobre como elas se manifestam (Marco et al.; 2011). Sugere-se que altera¸c˜oes nos sentidos do tato, paladar e olfato sejam consequˆencia da imaturidade de desenvolvimento do sistema ner-voso (Baranek et al., 2006). As altera¸c˜oes nas vias de processamento auditivo e visual s˜ao as mais bem descritas na literatura (Marco et al.; 2011), como as descritas nos estudos neurofisiol´ogicos do sistema auditivo, demonstrando atividade neural at´ıpica no c´ortex auditivo prim´ario (Anomal et al., 2013; Bruneau et al., 2003). Estas altera¸c˜oes podem ser causa de desconforto nos indiv´ıduos afetados, que usualmente reagem desproporcio-nalmente ao escutar sons usualmente inofensivos, al´em de apresentarem atraso da fala (Marco et al.; 2011). Indiv´ıduos com TEA possuem dificuldade na detec¸c˜ao de formas em movimento (Jonge et al.,2007) e dificuldade de processamento facial pelos est´ımulos visu-ais (Vlamings et al., 2010). Muitas vezes tamb´em apresentam dist´urbio de coordena¸c˜ao do desenvolvimento (DCD) associado (Piek e Dyck, 2004), que ´e a falta de controle motor e integra¸c˜ao dos movimentos. Considera-se ent˜ao, que essa percep¸c˜ao sensorial at´ıpica possa gerar uma cascata disruptiva em processamentos corticais mais complexos, como a socializa¸c˜ao (Marco et al., 2011), falta de empatia (Piek e Dyck, 2004) e dificuldade em reconhecer emo¸c˜oes (Marco et al., 2011).

Considerando as varia¸c˜oes fenot´ıpicas e de sintomatologia descritas nos TEA (Mueller et al, 2013), diversos trabalhos vˆem tentando descrever as caracter´ısticas morfol´ogicas e funcionais de causa e efeito. Estudos de imagem por ressonˆancia magn´etica (IRM), como

(12)

citado nos artigos de Rane e colaboradores (2015) e Courchesne e colaboradores (2007), descreveram alguns padr˜oes morfol´ogicos t´ıpicos de pacientes com autismo, tais como anormalidades na circunferˆencia e volume da cabe¸ca e do enc´efalo, que parecem crescer rapidamente na infˆancia, se normalizando na vida adulta. J´a estudos anatˆomicos de co-nectividade de Bauman e colaboradores (2005) demonstraram altera¸c˜oes na am´ıgdala e hipocampo apresentando uma circuitaria irregular com les˜oes na substˆancia branca (Mu-eller et al., 2013; Nair et al., 2013), que podem causar disfun¸c˜oes corticais (Stigler et al., 2011). As les˜oes axonais (Ameis e Catanis, 2014), por exemplo, afetariam tanto as conex˜oes de curta distˆancia do cingulado anterior, produzindo um aumento de conectivi-dade local no c´ortex pr´e-frontal, quanto de longa distˆancia, promovendo uma redu¸c˜ao das conex˜oes que fazem a conex˜ao do cingulado anterior e do c´ortex orbitofrontal a outras regi˜oes do c´ortex (Zikopoulos e Barbas, 2010). Tamb´em, foi verificado a existˆencia de uma maior compacta¸c˜ao (densidade) e menor tamanho dos neurˆonios na am´ıgdala (Bauman et al, 2005) e menor n´umero absoluto de c´elulas de Purkinje no cerebelo (Ingram et al, 2000), ambos resultados condizentes com a existˆencia de um desenvolvimento sensorial e emocional comprometido dos indiv´ıduos dentro do TEA (Ameis e Catanis, 2014).

Com rela¸c˜ao `as conex˜oes, foram encontradas contradi¸c˜oes nos dados obtidos a par-tir do uso de imagem por tensor de difus˜ao (ITD), que s˜ao apresentadas no trabalho de Ameis e Catanis (2014), as quais apontam diferen¸cas microestruturais das proje¸c˜oes do fasc´ıculo uncinado e talˆamicas para o c´ortex pr´e-frontal e lobo temporal como ocasiona-das pelo desenvolvimento alterado na organiza¸c˜ao da substˆancia branca e mieliniza¸c˜ao no TEA. Sugere-se adicionalmente que as altera¸c˜oes na percep¸c˜ao sensorial descritas no autismo podem estar relacionadas devido a um desequil´ıbrio entre a conectividade neuroal inibit´oria e excitat´oria (Le Blanc e Fagiolini, 2011), no entanto foi uma hip´otese recen-temente contestado por Goel e Portera-Cailliau (2019) e necessita, portanto, de mais evidˆencias.

O fator gen´etico no TEA parece estar relacionado a um conjunto de genes que codifi-cam prote´ınas da neurogˆenese, como o observado na S´ındrome do X fr´agil, S´ındrome de Rett, e na S´ındrome de Angelman (Munnich et al., 2019). Estudos envolvendo irm˜aos gˆemeos monozig´oticos tamb´em fornecem fortes evidˆencias de hereditariedade gen´etica no TEA (Brkanac et al, 2008), podendo chegar a uma taxa de herdabilidade de cerca de 80% entre gˆemeos monozig´oticos (Geschwind, 2011). Sugere-se ainda que alguns fatores ambientais possam contribuir para o desenvolvimento do TEA (Arndt et al., 2005), como o cont´agio da progenitora por algumas viroses durante a gravidez (ex: rub´eola), e at´e mesmo o consumo de algumas drogas e substˆancias (talidomida e ´acido valpr´oico) no primeiro trimestre de gesta¸c˜ao, per´ıodo onde se ocorre a neurula¸c˜ao. O ´acido valpr´oico (VPA) ´e um f´armaco amplamente utilizado para tratamento de pacientes epil´epticos ou

(13)

com dist´urbios de humor (Nalivaeva et al., 2009). Seu mecanismo de a¸c˜ao ainda n˜ao ´e entendido em sua totalidade, por´em sabe-se que ele atua na redu¸c˜ao da atividade neural bloqueando os canais de s´odio e c´alcio existentes por aumentar os n´ıveis dos neurotrans-missores GABA no indiv´ıduo (Kwan and Brodie, 2001). Gestantes que fazem uso deste medicamento mostram uma taxa alta de filhos com caracter´ısticas autistas (Christensen et al., 2013). Ainda, estudos sobre a an´alise do hist´orico m´edico de crian¸cas mostram que a h´a uma forte correla¸c˜ao entre o VPA utilizado na gravidez pela genitora e o nascimento de crian¸cas autistas (Moore et al., 2000).

(14)

1.2

PER´

IODO CR´

ITICO

O per´ıodo cr´ıtico (PC) ´e descrito como uma janela de desenvolvimento p´os-natal (Be-gum e Sng, 2017) altamente suscet´ıvel `a plasticidade induzida pela experiˆencia sensorial do ambiente. Durante o PC, a atividade el´etrica gerada pela experiˆencia sensorial modula a organiza¸c˜ao dos mapas corticais, atrav´es da expans˜ao e retra¸c˜ao das conex˜oes corticais e subcorticais (Wiesel et al..,1965; Berardi et al., 2000). O PC est´a presente tanto nos sistemas sensoriais como nos sistemas motores e cognitivos (Knudsen, 2004; Begum e Sng, 2017), e vem sendo bem descrito na literatura na forma¸c˜ao do c´ortex de barril no c´ortex somatossensorial ( Lu et al., 2001), na vis˜ao binocular no c´ortex visual (Hensch, 2005a), no refinamento do mapa tonot´opico auditivo (Hensch, 2005a; Anomal et al., 2015), e no aperfei¸coamento do sistema motor (Hensch, 2005b). O estudo do PC nos c´ortices senso-riais possui grande importˆancia cl´ınica, pois o resultado da experiˆencia sensorial at´ıpica ao longo de um PC ter´a dif´ıcil revers˜ao no c´ortex na vida adulta (Knudsen, 2004).

A n´ıvel celular, s˜ao observados dois tipos de plasticidade cortical durante o PC (Butz et al., 2009): a plasticidade estrutural e funcional. A primeira ´e relacionada `as mudan¸cas anatˆomicas na conectividade dos neurˆonios, com forma¸c˜ao de novas conex˜oes sin´apticas e altera¸c˜oes do n´umero de neurˆonios e de sinapses existentes. J´a a plasticidade funcional refere-se a “for¸ca” de uma ´unica liga¸c˜ao sin´aptica e sua capacidade para desempenhar a atividade dos neurˆonios existentes, que pode depender de diversos mecanismos, como: a inser¸c˜ao ou remo¸c˜ao de receptores p´os-sin´apticos, altera¸c˜ao da libera¸c˜ao pr´e-sin´aptica de transmissores e/ou altera¸c˜ao da espessura da sinapse (Butz et al., 2009).

Com rela¸c˜ao aos circuitos, a plasticidade dependente de experiˆencia sensorial do PC est´a diretamente relacionada ao amadurecimento dos circuitos inibit´orios (Hensch e Fagi-olini, 2004), que s˜ao compostos por interneurˆonios inibit´orios que secretam o neurotrans-missor ´acido gama aminobut´ırico (GABA), essenciais para a inibi¸c˜ao lateral dos neurˆonios adjacentes e forma¸c˜ao do equil´ıbrio entre as sinapses inibit´orias e excitat´orias (Swadlow, 2003). Estes interneurˆonios inibit´orios s˜ao conhecidos, em sua maioria, como c´elulas parvalbumino-positivas (Hensch, 2005b). Estudos descrevem que neurˆonios parvalbumino-positivos est˜ao diminu´ıdos no c´ortex somatossensorial de animais modelos dos TEA (Go-golla et al., 2009). Devido a essas caracter´ısticas, sugere-se que a altera¸c˜ao na produ¸c˜ao e libera¸c˜ao de GABA seja capaz de contribuir para a sintomatologia autista (Yip et al., 2007), podendo resultar em um c´ortex hiperexcit´avel (Sousa, 2013).

Diversos estudos tamb´em tˆem demonstrado a importˆancia do fator neurotr´ofico deri-vado do c´erebro (BDNF) na abertura e dura¸c˜ao do PC, e consequentemente no desenvol-vimento do c´ortex e percep¸c˜ao visual (Cabelli R. et al, 1996), auditiva (Anomal et al., 2013) e somatossensorial (O’Leary et al., 1994). A express˜ao de BDNF ´e influenciada pela

(15)

atividade neuronal do per´ıodo p´os-natal, que por sua vez, determina o in´ıcio do amadure-cimento do circuito inibit´orio cortical (Anomal et al., 2013). No c´ortex auditivo prim´ario (A1), a BDNF modula a organiza¸c˜ao do mapa tonot´opico, promovendo o chamado de per´ıodo cr´ıtico do desenvolvimento espectral de A1 (Anomal et al., 2013). O bloqueio da express˜ao de BDNF durante o per´ıodo cr´ıtico prejudica n˜ao s´o a especializa¸c˜ao dos neurˆonios em A1, como tamb´em reduz a express˜ao de receptores gaba´ergicos nesta regi˜ao (Anomal et al., 2013).

Por este motivo, consideramos que o desenvolvimento adequado das conex˜oes t´ alamo-corticais e c´ortico-corticais para as ´areas somatossensorial, visual e auditiva prim´aria seria importante para a abertura do PC e o desenvolvimento do mapa topogr´afico nestas regi˜oes. Assim, o presente trabalho considerou por hip´otese que os per´ıodos cr´ıticos das ´

areas sensoriais prim´arias estariam alterados nos TEA, contribuindo para as altera¸c˜oes sensoriais e comportamentais nos indiv´ıduos com autismo.

(16)

1.3

C ´

ORTEX AUDITIVO PRIM ´

ARIO (A1)

J´a se tem conhecimento que os neurˆonios do c´ortex auditivo projetam para as ´areas adjacentes no hemisf´erio ipsilateral, assim como para as ´areas corticais auditivas do he-misf´erio contralateral (Pandya e Sanides, 1973). Em roedores, as conex˜oes do c´ortex auditivo vˆem sendo estudadas em esquilos adultos (Sciurus carolinensis), como demons-trado no trabalho de Luethke e colaboradores (1988) por meio da inje¸c˜ao de WGA-HRP (aglutinina de g´ermen de trigo conjugada com peroxidase de r´abano silvestre) em A1. Foi-se mostrado que esta ´area est´a conectada reciprocamente com o pr´oprio A1, com a ´area Rostrodorsal (R), com a regi˜ao Parieto-Rinal (PR), com a ´area Parieto-Ventral (PV), com a regi˜ao Temporal Anterior intermedi´aria (TAi) e Caudoventral (TAcv), al´em de outras regi˜oes pr´oximas de A1 do mesmo hemisf´erio. A Figura 1.1 resume o padr˜ao de conex˜oes aferentes de A1 em esquilos:

Figura 1.1: Conex˜oes corticais de A1 no esquilo (Sciurus carolinensis). Uma inje¸c˜ao de WGA-HRP (grande c´ırculo preto) foi confinada e centrada em A1, definindo-o arquitetˆonica e fisiologicamente. As delimita¸c˜oes das ´areas corticais foram desenhadas de acordo com v´arias sec¸c˜oes do c´erebro e ent˜ao so-brepostas com a marca¸c˜ao do neurotra¸cador, para formar uma ilustra¸c˜ao composta. Os pontos maiores indicam a localiza¸c˜ao dos corpos celulares marcados de forma retr´ograda, enquanto os pontos menores representam a marca¸c˜ao anter´ogrado. Imagem retirada de ( Imagem retirada de Luethke et al., 1988).

Um estudo feito no primata (Figura 1.2) macaco da noite Aotus trivirgatus, demons-trou que A1 projeta para as ´areas ipsilaterais relacionadas ao sistema auditivo, tais como as ´areas Rostral (R), ntero-Lateral (AL), P´ostero-Lateral (PL), Rostro-Medial (RM) e Caudomedial (CM) (Fitzpatrick e Imig, 1980). No hemisf´erio contralateral, A1 projeta para as ´areas RM, R, e ao pr´oprio A1 (Fitzpatrick e Imig, 1980).

(17)

Figura 1.2: Vis˜ao bidimensional demonstrando a proje¸c˜ao topogr´afica de A1 em macaco da noite (Aotus trivirgatus). As linhas pretas grossas representam os limites citoarquitetˆonicos de A1 e R. A regi˜ao preta se corresponde ao s´ıtio de inje¸c˜ao de tritiado de Prolina 3H (radioativo). As ´areas pontilhadas representam regi˜oes do c´ortex que recebem proje¸c˜oes da regi˜ao injetada. As setas indicam a localiza¸c˜ao dos cortes analisados no animal. Cada mapa ´e orientado com a parte anterior em baixo e medial `a esquerda. Tamanho das barras representam 5mm. (Imagem retirada de Fitzpatrick e Imig, 1980).

(18)

1.4

MODELO EXPERIMENTAL

Os modelos animais do TEA tentam reproduzir diferentes caracter´ısticas do autismo a partir de altera¸c˜oes gen´eticas (Janusonis et al., 2006) ou ambientais (Schneider e Pr-zew locki, 2005). Um dos modelos mais utilizados atualmente ´e o modelo de indu¸c˜ao do TEA por administra¸c˜ao embrion´aria de VPA, padronizado primeiramente por Rodier e co-laboradores (1996). Este modelo em ratos resulta em altera¸c˜oes morfol´ogicas, fisiol´ogicas e comportamentais similares ao autismo, tais como menor n´umero de neurˆonios presentes nos n´ucleos motores do nervo craniano, anomalias cerebelares, altera¸c˜oes imunol´ogicas, comportamentos repetitivos, d´eficits na latˆencia de resposta evocada eletrofisiol´ogica e na funcionalidade social-emocional (Rodier et al., 1996; Ingram et al., 2000; Bugalho et al., 2006; Whishaw et al., 2005). Em testes com animais, a exposi¸c˜ao a esta droga diminui a sensibilidade `a dor, promove hiperatividade locomotora e aumenta o comportamento repetitivo (Schneider e Przew locki, 2005; Chomiak et al., 2013).

Devido `as suas caracter´ısticas multidimensionais morfol´ogicas, anatˆomicas, funcionais e fisiol´ogicas, o modelo de autismo induzido pela administra¸c˜ao embrion´aria de VPA em ratos se torna um interessante modelo para esta pesquisa, a fim de se compreender melhor a circuitaria neural e o desenvolvimento do PC dos sujeitos com TEA.

(19)

1.5

JUSTIFICATIVA

No presente trabalho investigamos se a quest˜ao neurobiol´ogica de conecctividade sub-jacente `a abertura do PC de A1 nos ratos modelos de autismo induzidos por VPA se encontra alterada. Considerando que o n´umero de c´elulas inibit´orias nem sempre est˜ao comprometidas nesta s´ındrome (Anomal et al., 2015), sugerimos que outros fatores pode-riam interferir na abertura e dura¸c˜ao do PC. Por exemplo, o padr˜ao alterado das conex˜oes aferentes para A1 poderia ocasionar a diminui¸c˜ao da express˜ao da prote´ına BDNF, atra-sando a matura¸c˜ao da circuitaria inibit´oria cortical (Anomal et al., 2013) e consequente-mente a forma¸c˜ao do mapa tonot´opico (Anomal et al., 2015). Esta informa¸c˜ao ´e relevante para a nossa hip´otese, pois o est´ımulo sensorial influencia o desenvolvimento do mapa cortical por meio de proje¸c˜oes aferentes vindas da periferia e do c´ortex cerebral (Budinger et al., 2006; Kimura et al., 2003).

Atualmente, as drogas dispon´ıveis para o tratamento do autismo se baseiam em con-tornar os sintomas disfuncionais com o uso de vitaminas e/ou psicotr´opicos (Posey e McDougle, 2001), tais quais: antipsic´oticos, ansiol´ıticos, antidepressivos e estabilizado-res de humor (Leskovec et al., 2008). Novas hip´oteses para a neurobiologia do autismo ou o aprofundamento do conhecimento das altera¸c˜oes j´a descritas s˜ao importantes para a melhor compreens˜ao desta desordem, facilitando o desenvolvimento novas formas de tratamento (Begum e Sng, 2017) que possam trabalhar melhor os fatores centrais que desencadeiam esse transtorno. Por exemplo, confirmando a nossa hip´otese, seria mais f´acil desenvolver f´armacos voltados `a reabertura do per´ıodo cr´ıtico do desenvolvimento p´os-natal e criar abordagens terapˆeuticas que envolvam estimula¸c˜ao sensorial direcionada para este transtorno.

(20)

Cap´ıtulo 2

Hip´

oteses e Objetivos

2.1

HIP ´

OTESES

Em nossa hip´otese, sugerimos que haver´a altera¸c˜oes nas conex˜oes c´ortico-corticais para os c´ortices sensoriais dos ratos modelo de autismo por administra¸c˜ao embrion´aria de VPA. Estas altera¸c˜oes poderiam ser um dos fatores contribuintes para falhas no tempo de abertura e fechamento do per´ıodo cr´ıtico dos c´ortices sensoriais.

2.2

OBJETIVO GERAL

Descrever as altera¸c˜oes morfol´ogicas relacionadas a um atraso na abertura e no fecha-mento do per´ıodo cr´ıtico do desenvolvifecha-mento p´os-natal de ´areas sensoriais prim´arias do TEA por meio da caracteriza¸c˜ao do padr˜ao de conex˜oes aferentes destas ´areas em ratos modelos de autismo.

2.3

OBJETIVO ESPEC´

IFICO

Descrever as altera¸c˜oes das conex˜oes c´ortico-corticais de A1 de ratos modelos de au-tismo e de ratos controles no primeiro dia p´os-natal (P0.5).

(21)

Cap´ıtulo 3

Materiais e M´

etodos

3.1

INDUC

¸ ˜

AO AO VPA

O presente trabalho foi aprovado pelo Comitˆe de ´Etica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Protocolo 076/2017). Foi realizado por meio de um estudo experimental do tipo caso-controle.

Primeiramente, o ciclo estral das ratas fˆemeas foi acompanhado por 5 dias, para iden-tifica¸c˜ao do est´agio do ciclo que ela se encontrava atrav´es do esfrega¸co vaginal. Ao iden-tificarmos o est´agio de proestro, as fˆemeas foram colocadas junto a um rato macho na mesma caixa. O dia em que foram encontrados espermatoz´oides no esfrega¸co foi definido como prov´avel dia de fecunda¸c˜ao [dia embrion´ario zero (E 0.5)]. Ap´os 12 dias, no 12o dia do per´ıodo embrion´ario (E 12.5), foi realizada uma ´unica inje¸c˜ao intraperitoneal de 500 mg/kg de VPA (concentra¸c˜ao de 250 mg/ml) em uma rata matriz do grupo caso e, uma inje¸c˜ao de 500 mg/kg de salina a 0,9% na rata matriz do grupo controle. Sendo ent˜ao utilizadas duas ratas fˆemeas no total para os prop´ositos deste trabalho, cada uma servindo para um grupo de an´alise. Ap´os o fim do per´ıodo gestacional, foram obtidas duas proles: a prole VPA, a qual nasceram 9 ratos, e a prole controle, a qual nasceram 3 ratos, as quais compunham, respectivamente, o grupo caso e o grupo controle. As fˆemeas gr´avidas foram mantidas em caixas separadas no biot´erio ap´os o momento analisado da fecunda¸c˜ao at´e o parto, considerado dia p´os-natal 0 (P 0.5).

(22)

3.2

EUTAN ´

ASIA, PERFUS ˜

AO E

DISSECAC

¸ ˜

AO CORTICAL

No dia P 0.5 (dia do nascimento), os filhotes foram separados da progenitora e re-ceberam uma inje¸c˜ao anest´esica de Tiopental (via i.p.), em dose de 100 mL/kg, sendo verificados os sinais de indu¸c˜ao anest´esica por meio do reflexo doloroso na cauda. Ap´os isso, os animais foram perfundidos com 300 ml de solu¸c˜ao salina, seguido de 300 ml de solu¸c˜ao de Paraformalde´ıdo 4%. Depois da disseca¸c˜ao do enc´efalo, o restante do corpo do animal foi descartado respeitando as normas da CEUA.

3.3

INJEC

¸ ˜

AO DO NEUROTRAC

¸ ADOR

As inje¸c˜oes para an´alise das conex˜oes foram efetuadas com neurotra¸cador fluorescente retr´ogrado. Tra¸cadores retr´ogrados s˜ao captados pelos axˆonios e transportados para o corpo celular que ent˜ao pode transmitir a proje¸c˜ao. A inje¸c˜ao deste tipo de tra¸cador per-mite identificar a localiza¸c˜ao de neurˆonios que projetam para a ´area injetada (aferˆencias). Nos animais dos grupos caso e controle (P 0.5), a inje¸c˜ao do neurotra¸cador foi feita por meio da introdu¸c˜ao de cristal de DiI post-mortem a 500 micrˆometros de profundidade a partir da superf´ıcie pial (Molecular Probes, Eugene, OR). Este neurotra¸cador ´e uma carbocianina com pouco efeito em enc´efalo maduros, que tˆem uma taxa de transporte post-mortem de 2 mm por mˆes em temperatura ambiente (Vercelli et al., 2000).

O enc´efalo desses animais foi retirado do crˆanio e armazenado para fixa¸c˜ao por uma semana em solu¸c˜ao de paraformalde´ıdo 4% em tamp˜ao de PO4 (pH 7,4) (Azevedo et al., 1997). Os cristais de DiI foram inseridos de acordo com a ´area de interesse e por meio de coordenadas estereot´axicas do “Atlas of the Developing Rat Nervous System” (Paxinos et al., 1994). Em seguida, foram mantidos no mesmo fixador em temperatura ambiente por 4 a 6 meses (Azevedo et al., 1997). A microtomia foi realizada por meio de um vibr´atomo Leica VT1000 S, com os enc´efalos emblocados por agarose 3%, cortando-se sec¸c˜oes coronais de 100-200 micrˆometros. Todas as sec¸c˜oes foram imersas em uma solu¸c˜ao de 4’6-diamidina-2-fenilindol (DAPI) a 0.1 Molar para a caracteriza¸c˜ao arquitetˆonica das camadas corticais e ´areas cerebrais.

(23)

3.4

AN ´

ALISE DAS CONEX ˜

OES CORTICAIS E

SUBCORTICAIS

Cortes coronais alternados do enc´efalo, exceto tronco encef´alico e cerebelo, foram mon-tados para fluorescˆencia e DAPI. Em seguida, foram analisados em um microsc´opio (Nikon C-HGFI) dotado de uma fonte de epifluorescˆencia e filtros adequados para a observa¸c˜ao dos s´ıtios de inje¸c˜ao e das c´elulas marcadas retrogradamente pelo tra¸cador. Foram realiza-das fotomicrografias de todos os cortes marcados por DiI usando o software NIS-Elements AR 64-bit. As imagens foram obtidas a partir das objetivas de 2x, 4x e 10x.

Ap´os a microfotografia das c´elulas fluorescentes e da arquitetura cortical por DAPI, a posi¸c˜ao das c´elulas marcadas retrogradamente no c´ortex foram plotadas por meio do programa CANVAS 12 (ACDsee) de forma qualitativa pelas alunas de inicia¸c˜ao cient´ıfica e posteriormente analisadas pela orientadora. Adicionalmente, neste programa foram demarcados digitalmente o contorno dos cortes e s´ıtios de inje¸c˜ao observados.

(24)

Cap´ıtulo 4

Resultados e Discuss˜

ao

At´e o momento foram processados e analisados trˆes animais modelos de autismo inje-tados com DiI, (caso 2 a 4). Todos os animais analisados at´e o momento possuem VPA, n˜ao tendo portanto, um animal controle. Dois animais VPA tiveram DiI introduzido em A1, no hemisf´erio esquerdo (caso 2) e no hemisf´erio direito (caso 3). Em um animal VPA, o DiI foi introduzido no hemisf´erio direito somatossensorial (caso 4).

Para as marca¸c˜oes de corpos de neurˆonios marcados retrogradamente pelo cristal de DiI, utilizamos as delimita¸c˜oes j´a conhecidas na literatura sobre o formato caracter´ıstico triangular de seu corpo, fazendo uma classifica¸c˜ao qualitativa, como mostrado abaixo (Figura 4.1) e segundo trabalho proposto por Vercelli e colaboradores (2000).

Figura 4.1: Esquema de como as marca¸c˜oes de neurˆonios foram feitas em amplia¸c˜ao. A: Imagem sem amplia¸c˜ao, mostrando a localiza¸c˜ao de onde se retirou as imagens B e C: Amostragem de corpos de neurˆonios com (B) e sem (C) as marca¸c˜oes. As setas indicam a localiza¸c˜ao dos corpos celulares. O tra-cejado azul indica marca¸c˜oes anter´ogradas feitas pelo cristal de DiI e que n˜ao ser˜ao analisadas. Aumento de 10x em todas as imagens.

No Caso 2, com inje¸c˜ao no hemisf´erio esquerdo de A1 (Figura 4.2), foi poss´ıvel ob-servar as ´areas corticais contendo c´elulas retrogradamente marcadas no C´ortex cingulado

(25)

(Cg) no C´ortex Frontal (Fr), um pouco na ´Area Anterior do C´ortex (FL), e principalmente na ´Area 1 do C´ortex Parietal (Par1) e no C´ortex Insular (Ins) em ambos os hemisf´erios (Figura 4.3: A, B, C, D e E). Para verificarmos que os s´ıtios de inje¸c˜ao se encontra-vam devidamente no C´ortex Auditivo, comparamos as regi˜oes P´os-natais com as regi˜oes encontradas em adultos. Conseguimos averiguar com isso que, na Figura 4, o s´ıtio de inje¸c˜ao se encontra onde seria o C´ortex Auditivo Prim´ario (Au1), e um pouco do C´ortex Auditivo Secund´ario dorsal (AuD).

Figura 4.2: S´ıtio de inje¸c˜ao de cristal de DiI em caso 2. A esquerda mostra s´ıtio de inje¸c˜ao em filtro de Fluoresce´ına. A direita s´ıtio de inje¸c˜ao em filtro de Rodamina. O corte se assemelha a aproximadamente `

a imagem P0-34 da segunda edi¸c˜ao de “Atlas do Desenvolvimento do Sistema Nervoso de Ratos” de Paxinos et al. (1994), e `a figura 84 da sexta edi¸c˜ao de “The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates” de Paxinos e Watson (2007), fazendo uma liga¸c˜ao ao c´erebro adulto. Aumento de 10x em ambas as imagens.

Figura 4.3: Corte coronal de caso 2. A: O corte apresenta filtro azul corado por DAPI mostrando as demarca¸c˜oes do c´ortex. Se assemelha a aproximadamente a imagem P0-12 da segunda edi¸c˜ao de “Atlas do Desenvolvimento do Sistema Nervoso de Ratos” de Paxinos et al. (1994). B e C: Os cortes de cima revelam marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio direito. D e E: Marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio esquerdo. O pontilhado verde representa marca¸c˜oes de corpos de neurˆonios e os tra¸cos azuis indicam axˆonios que foram marcados anterogradamente. Aumento de 2x em A e de 10x em B-E.

(26)

No Caso 3, a inje¸c˜ao do cristal de DiI foi feita em A1, no hemisf´erio direito (Figura 4.4). Como resultado das an´alises, foram observadas c´elulas nas ´areas corticais Frontal (Fr), na Placa Cortical (CxP), e da ´Area 1 do C´ortex Parietal (Par1) nos dois hemisf´erios (Figura 4.5: A, B, C, D, E). Na Figura 4.4, o s´ıtio de inje¸c˜ao se encontra pr´oximo do que seria o Au1, C´ortex Auditivo Secund´ario Ventral (AuV) e tamb´em o C´ortex Entorrinal (Ect).

Figura 4.4: S´ıtio de inje¸c˜ao de cristal de DiI em caso 3. A esquerda mostra s´ıtio de inje¸c˜ao em filtro de Fluoresce´ına. A direita ´e o s´ıtio de inje¸c˜ao em filtro de Rodamina. O corte se assemelha a aproximada-mente `a imagem P0-31 da segunda edi¸c˜ao de “Atlas do Desenvolvimento do Sistema Nervoso de Ratos” de Paxinos et al. (1994), e `a figura 65 da sexta edi¸c˜ao de “The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates” de Paxinos e Watson (2007), fazendo uma liga¸c˜ao ao c´erebro adulto . Aumento de 10x em ambas as imagens.

(27)

Figura 4.5: Corte coronal de caso 3. A: O corte apresenta filtro azul corado por DAPI mostrando as demarca¸c˜oes do c´ortex. Se assemelha a aproximadamente a imagem P0-6 da segunda edi¸c˜ao de “Atlas do Desenvolvimento do Sistema Nervoso de Ratos” de Paxinos et al. (1994). B e C: Os cortes de cima revelam marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio direito. D e E: Marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio esquerdo. O pontilhado verde representa marca¸c˜oes de corpos de neurˆonios e os tra¸cos azuis indicam axˆonios que foram marcados anterogradamente. Aumento de 4x em A e de 10x em B-E.

No Caso 4, a inje¸c˜ao do cristal de DiI foi feita em S1, no hemisf´erio direito. Como resultado das an´alises, foi poss´ıvel observar c´elulas nas ´areas corticais Fr, no C´ortex Agra-nular Insular (AI), na Placa Cortical (CxP) e na Par1 em ambos os hemisf´erios (Fig 4.6: A, B, C, D e Fig 4.7: A, B, C, D, E).

Figura 4.6: Corte coronal de caso 4. A: O corte apresenta filtro azul corado por DAPI mostrando as demarca¸c˜oes do c´ortex. Se assemelha a aproximadamente a imagem P0-2 da segunda edi¸c˜ao de “Atlas do Desenvolvimento do Sistema Nervoso de Ratos” de Paxinos et al. (1994). B e C: Os cortes de cima revelam marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio direito. D e E: Marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio esquerdo. O pontilhado verde representa marca¸c˜oes de corpos de neurˆonios e os tra¸cos azuis indicam axˆonios que foram marcados anter´ogradamente. Aumento de 4x em A e de 10x em B-E.

(28)

Figura 4.7: Corte coronal de caso 4. A: O corte apresenta filtro azul corado por DAPI mostrando as demarca¸c˜oes do c´ortex. Se assemelha a aproximadamente a imagem P0-9 da segunda edi¸c˜ao de “Atlas do Desenvolvimento do Sistema Nervoso de Ratos” de Paxinos et al. (1994). B e C: Os cortes de cima revelam marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio direito. D e E: Marca¸c˜oes feitas do hemisf´erio esquerdo. O pontilhado verde representa marca¸c˜oes de corpos de neurˆonios e os tra¸cos azuis indicam axˆonios que foram marcados anterogradamente. Aumento de 4x em A e de 10x em B-E.

Essas marca¸c˜oes, feitas no presente trabalho, indicam que o neutro¸cador foi transpor-tado da sua ´area de inje¸c˜ao at´e as ´areas acima citadas, e que no nascimento, A1 e S1 j´a recebem proje¸c˜oes de diversas ´areas corticais, muitas delas presentes em ratos adultos. A partir de estudos sobre as aferˆencias talˆamicas do c´ortex somatossensorial feito por Jo-nes (1981) e Erzurumlu e Jhaveri (1990), j´a s˜ao observ´aveis um padr˜ao de neurˆonios nos ´

ultimos dias embrion´arios e primeiros dias p´os-natal, demonstrando certo desenvolvimento j´a presente nesses c´ortices.

Como j´a citado anteriormente, o diagn´ostico cl´ınico dos TEA ´e promovido em crian¸cas a partir dos 4 anos de idade e permanecendo no indiv´ıduo adulto. Sendo nossas an´alises promovidas em modelos animais rec´em nascidos (P0.5), fizemos aqui a compara¸c˜ao com as ´areas encef´alicas presentes nos adultos para que, dessa compara¸c˜ao, possamos verificar se h´a alguma anomalia j´a presente na circuitaria prim´aria destes animais.

No caso 2, fizemos a compara¸c˜ao do corte apresentado (Figura 4.3) com a figura 14 da sexta edi¸c˜ao de “The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates” de Paxinos e Watson (2007). No corte as ´areas apresentadas como o C´ortex cingulado (Cg), C´ortex Frontal (Fr), a ´Area Anterior do C´ortex (FL), e a ´Area 1 do C´ortex Parietal (Par1) e o C´ortex Insular (Ins). No adulto s˜ao denominadas como a ´Area 1 do C´ortex Cingulado (Cg1), o C´ortex Motor Secund´ario (M2), o C´ortex Motor prim´ario (M1), a ´Area Somatossensorial Prim´aria (S1ULp), C´ortex Agranular Insular (GI), C´ortex Insular Desgranular (DI), e o C´ortex Insular Agranular Dorsal (AID) e ventral (AIV), respectivamente. Aparenta-se com isto que, no neonato, o Par1 se desenvolve em S1ULp e a ´Insula em GI, DI, AID e

(29)

AIV nessa regi˜ao encef´alica analisada.

No caso 3, fizemos a compara¸c˜ao do corte apresentado (Figura 4.5) com a figura 13 da sexta edi¸c˜ao de “The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates” de Paxinos e Watson (2007). No corte as ´areas apresentadas como o C´ortex Frontal (Fr), a Placa Cortical (CxP), e a ´Area 1 do C´ortex Parietal (Par1). No adulto s˜ao denominadas como C´ortex Motor Secund´ario (M2), o C´ortex Motor prim´ario (M1), as ´Areas Somatossensoriais Prim´aria (S1FL), (S1DZ) e (S1J), respectivamente. Aparenta-se com isto que, no neonato, o Par1 se desenvolve em S1FL, S1DZ e S1 nessa regi˜ao encef´alica.

No caso 4, fizemos a compara¸c˜ao do corte (Figura 4.6) apresentado com a figura 6 da sexta edi¸c˜ao de “The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates” de Paxinos e Watson (2007). No corte as ´areas apresentadas como Fr (Fig. 4.6: B e C), e C´ortex Agranular Insular (AI) (Fig. 4.6: D). No adulto s˜ao denominadas como o C´ortex Motor Secund´ario (M2) e o C´ortex Orbital Dorsolateral (DLO), respectivamente. Aparenta-se com isto que, no neonato, o Fr se desenvolve em M2 e o AI em DLO nessa regi˜ao encef´alica.

Ainda no caso 4, fizemos a compara¸c˜ao do corte (Figura 4.7) apresentado com a figura 15 da sexta edi¸c˜ao de “The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates” de Paxinos e Watson (2007). No corte as ´areas apresentadas como CxP, Par1 e Ins. No adulto s˜ao denominadas como (S1FL), (S1DZ), (S1J), (S1DZO), S1ULp, e C´ortex Agranular Insular (GI), C´ortex Insular Desgranular (DI), e o C´ortex Agranular Dorsal (AID) e ventral (AIV), respectivamente. Aparenta-se com isto que, no neonato,a CxP se desenvolve nas

´

Areas Somatossensoriais prim´arias S1FL e S1DZ, o Par1 se desenvolve em nas ´Areas Somatossensoriais prim´arias S1J, S1DZO e S1ULp e a ´Insula em GI, DI, AID e AIV.

´

E importante ressaltar que se foi utilizado as an´alises do C´ortex Somatossensorial neste trabalho por j´a ser uma ´area muito bem conceituada na literatura, e tivemos o intuito de analisar, com isso, se as proje¸c˜oes estimadas possuem certo grau de confiabilidade.

A exposi¸c˜ao ao VPA no embri˜ao causa mudan¸cas e preju´ızos a longo prazo na tra-jet´oria do neurodesenvolvimento do indiv´ıduo, como j´a mencionado anteriormente. Par-ticularmente, um estudo in vivo em camundongos mostrou colora¸c˜ao de Nissl reduzida em neurˆonios corticais e redu¸c˜ao da neurogˆenese em c´ortex pr´e-frontal e somatossenso-rial ap´os exposi¸c˜ao in vivo ao VPA (500 mg / kg i.p.) em E12.5 (Kataoka et al., 2011). Essas mudan¸cas p´os-natais provindas da neurogˆenese foram associadas com um poss´ıvel aumento da apoptose e redu¸c˜ao da prolifera¸c˜ao celular em c´elulas embrion´arias (Kataoka et al., 2011).

Rodier e colaboradores (1996) fizeram um trabalho comparando caracter´ısticas neu-roanatˆomicas de ratos expostos a VPA e c´erebros humanos de autistas post-mortem, e conclui que o impacto do VPA estava relacionado com o tempo de fechamento do tubo neural. Algumas anormalidade anatˆomicas incluem mudan¸cas na densidade e n´umero de

(30)

neurˆonios em v´arias regi˜oes do c´erebro (Frisch et al., 2009).

Como em nosso trabalho observamos as conex˜oes c´ortico-corticais no neo-c´ortex, ´e im-portante estabelecer que a exposi¸c˜ao ao VPA altera a morfologia e os circuitos neurais de uma maneira complexa: a excitabilidade neural ´e alterada (Anomal et al., 2015), existem mudan¸cas pr´e e p´os-sin´apticas sugeridas pelos dados de estudos anteriores, entre outros. ´E dif´ıcil identificar, contudo, quais altera¸c˜oes s˜ao prim´arias e quais s˜ao secund´arias. Nessas altera¸c˜oes, alguns trabalhos apontam aumento da complexidade de arboriza¸c˜ao dendr´ıtica no c´ortex motor, al´em do aumento da conectividade com c´elulas vizinhas nos c´ortex soma-tossensorial e pr´e-frontal medial. Em ambos os casos, o aumento do n´umero de conex˜oes acompanha a diminui¸c˜ao da for¸ca dessas conex˜oes e pode sustentar uma hiperreatividade da circuitaria (Rinaldi et al., 2008a, 2008b).

Em nosso estudo, apesar dos resultados ainda iniciais, observamos diversas conex˜oes c´ortico-corticais por meio da marca¸c˜ao do DiI, as quais se vˆe necess´ario a adi¸c˜ao da an´alise do grupo controle e mais an´alises de animais de ambos os grupos para determinar se existem, de fato, altera¸c˜oes nas conex˜oes e como elas afetam no fen´otipo do indiv´ıduo autista. No entanto, conseguimos observar que diversas ´areas cerebrais se comunicam com o c´ortices auditivos prim´ario, como a regi˜ao frontal, motora e ´ınsula. Sendo verifi-cado, com isto, apenas as proje¸c˜oes c´ortico-corticais para o A1 e S1, e n˜ao suas poss´ıveis altera¸c˜oes. Tal como Rinaldi e colaboradores (2008b), demonstraram em seu estudos ci-tados anteriormente e que podem ser os causadores das respostas exacerbadas do sujeito enquadrado nos TEA.

(31)

Cap´ıtulo 5

Conclus˜

ao

Ao longo do tempo, diversas anormalidades vˆem sendo descritas em decorrˆencia do uso do VPA no per´ıodo embrion´ario. Recentemente, um interesse maior vem se direcionando para a indu¸c˜ao do TEA em indiv´ıduos expostos a este medicamento durante a gesta¸c˜ao. Esses efeitos sofrem influˆencia da dose, sexo, data de indu¸c˜ao e da frequˆencia de exposi¸c˜ao, at´e onde se tem dados.

Em nosso estudo usamos a dose de 500 mg/kg, que ´e suficiente para induzir o quadro do autismo em modelos animais, e observamos proje¸c˜oes corticais similares tanto para o c´ortex auditivo prim´ario (A1) quanto para o somatossensorial prim´ario (S1) durante as an´alises.

Conclu´ımos que n˜ao existe especificidade nas conex˜oes c´ortico-corticais aferentes para o A1 no dia do nascimento, mas que a hip´otese inicial n˜ao pˆode vir a ser corroborada por n˜ao ter entrado, no presente trabalho, os dados referentes `a an´alise do grupo controle. O impacto deste trabalho est´a em poder demonstrar os procedimentos feitos e as fotografias analisadas em c´ortices de poss´ıvel A1 e S1 de ratos modelos de autismo logo ap´os o nascimento, feito que n˜ao h´a muito conhecimento na literatura atual. No entanto, nossos resultados se demonstram inconclusivos, pois os dados ainda est˜ao em processo de an´alise, no sentido de aumentar a amostra e incluir mais animais do grupo controle, e obter assim mais respostas `a pergunta deste trabalho.

(32)

Bibliografia

[1] Association, A. P. Diagnostic and Statical Manual of Mental Disorders V, (2013) [2] Ameis, S. H., e Catani, M. Altered white matter connectivity as a neural substrate for

social impairment in Autism Spectrum Disorder. Cortex, 62, 158–181. (2014)

[3] Anomal, R. F.; de Villers-Sidani, E.; Merzenich, M. M.; Panizzutti, R. Manipulation of BDNF signaling during critical period affect the tonotopic organization and receptive fields of the primary auditory cortex after pure tone exposition., PLoS One 8:e64208 (2013)

[4] Anomal, R. F.; de Villers-Sidani, E.; Brand˜ao, J. A.; Diniz, R.; Costa, R. M.; Romcy-Pereira N. R. Impaired Processing in the Primary Auditory Cortex of an Animal Model of Autism., Front Syst Neurosci. 16:9-158 (2015)

[5] Arndt, T. L.; Stodgell, C. J.; e Rodier, P. M. The teratology of autism. International Journal of Developmental Neuroscience, 23(2-3), 189–199. (2005)

[6] Azevedo, L.; Hedin-Pereira, C.; Lent, R. Callosal neurons in the cingulate cortical plate and subplate of human fetuses. J Comp Neurol. 386(1):60-70.(1997)

[7] Baranek, G. T.; David, F. J.; Poe, M. D.; Stone, W. L.; Watson, L. R. Sensory Experiences Questionnaire: discriminating sensory features in young children with autism, developmental delays, and typical development, J Child Psychol Psychiatry 47: 591–601. (2006)

[8] Bauman, M. L. e Kemper, T. L. Neuroanatomic observations of the brain in autism: a review and future directions., International Journal of Developmental Neuroscience, 23(2-3), 183–187. (2005)

[9] Begum, M. R. e Sng, J. C. G. Molecular mechanisms of experience-dependent matu-ration in cortical GABAergic inhibition. J Neurochem. 142(5):649-661. (2017)

[10] Berardi, N.; Pizzoruso, T.; Maffei, L. Berardi, N.; Pizzoruso, T.; Maffei, L., Opin Neurobiol 10:138–145. (2000)

(33)

[11] Blumberg, S. J.; Bramlett, M. D.; Kogan, M. D.; Schieve, L. A.; Jones, J. R.; Lu, M. C. Changes in prevalence of parent-reported autism spectrum disorder in school-aged US children: 2007 to 2011–2012. National Health Statistics Reports. 65:1–11. (2013) [12] Brkanac, Z.; Raskind, W. H.; King, B. H. Pharmacology and genetics of autism:

implications for diagnosis and treatment. Per Med. 5(6):599-607. (2008)

[13] Bruneau, N.; Bonnet-Brilhault, F.; Gomot, M.; Adrien, J. L.; Barthelemy, C. Cortical auditory processing and communication in children with autism: electrophysiological/-behavioral relations. Int J Psychophysiol 51: 17–25. (2003)

[14] Budinger, E.; Heil, P.; Hess, A.; and Scheich, H. Multisensory processing via early cortical stages: Connections of the primary auditory cortical field with other sensory systems. Neuroscience, 143(4), 1065–1083. (2006)

[15] Bugalho, P.; Correa, B.; Viana-Baptista, M. Role of the cerebellum in cognitive and behavioural control: scientific basis and investigation models. Acta Med Port. ;19:257-67. (2006)

[16] Butz, M.; Worgotter, F.; e Van-Ooyen, A. Activity-dependent structural plasticity. Brain Res. Rev. 60, 287–305. (2009)

[17] Cabelli, R.; Allendoerfer, K. L.; Radeke, M. J.; Welcher, A. A.; Feinstein, S. C. Changing patterns of expression and subcellular localization of TrkB in the developing visual system.. J Neurosci 16: 7965–7980. (1996)

[18] Chaste, P. e Leboyer, M. Autism risk factors: genes, environment, and gene-environment interactions.. Dialogues Clin Neurosci 14:281–292. (2012)

[19] Christensen, J.; Grønborg, T. K.; Sørensen, M. J.; Schendel, D.; Parner, E. T.; Pe-dersen, L. H.; Vestergaard, M. Prenatal valproate exposure and risk of autism spectrum disorders and childhood autism.. JAMA 309:1696–1703. (2013)

[20] Chomiak, T.; Turner, N.; e Hu, B. What We Have Learned about Autism Spectrum Disorder from Valproic Acid.. Pathology Research International, 1–8. (2013)

[21] Courchesne, E.; Pierce, K.; Schumann, C. M.; Redcay, E.; Buckwalter, J. A.; Ken-nedy, D. P.; e Morgan, J. Mapping Early Brain Development in Autism.. Neuron, 56(2), 399–413. (2007)

[22] Elsabbagh, M. e Johnson, M. H. Infancy and autism: progress, prospects, and chal-lenges.. Progress in Brain Research, 164, 355-383. (2007)

(34)

[23] Erzurumlu, R. S. e Jhaveri, S. Thalamic axons confer a blueprint of the sensory pe-riphery onto the developing rat somatosensory cortex.. Developmental Brain Research, 229-234. (1990)

[24] Fitzpatrick, K. A. e Imig, T. J. Auditory cortico-cortical connections in the owl monkey.. J. Comp. Neurol. 192:589-610. (1980)

[25] Frisch, C.; Husch, K.; Angenstein, F.; Kudin, A.; Kunz, W.; Elger, C. E. Dose-dependent memory effects and cerebral volume changes after in utero exposure to val-proate in the rat.. Epilepsia;50:1432–41. (2009)

[26] Fombonne, E. Epidemiology of autistic disorder and other pervasive developmental disorders.. J Clin Psychiatry; 66:3-8. (2005)

[27] Fombonne, E. A Wrinkle in Time: From Early Signs to a Diagnosis of Autism.. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 48(5), 463–464. (2009)

[28] Garcia-Pen˜as, J. J. Autismo, epilepsia y patolog´ıa del l´obulo temporal.. Revista de Neurolog´ıa (48): 35-45. (2009)

[29] Geschwind, D. H. Genetics of autism spectrum disorders.. Trends Cogn Sci. 15:409–416. (2011)

[30] Goel, A. e Portera-Cailliau, C. Autism in the Balance: Elevated E-I Ratio as a Homeostatic Stabilization of Synaptic Drive.. Neuron (101): 543-545. (2019)

[31] Gogolla, N.; LeBlanc, J. J.; Quast, K. B.; S¨udhof, T. C.; Fagiolini, M.; e Hensch, T. K. Common circuit defect of excitatory-inhibitory balance in mouse models of autism.. Journal of Neurodevelopmental Disorders, 1(2), 172–181. (2009)

[32] Gomes, T. M. P.; Lima, H. L. L.; Bueno, K. G. M.; Ara´ujo, A. L.; Souza, M. N. Autism in Brazil: a systematic review of family challenges and coping strategies.. Pediatria, Volume 91, Issue 2, Pages 111-121. (2015)

[33] Hensch, T. K. e Fagiolini, M. Excitatory-inhibitory balance and critical period plasti-city in developing visual cortex.. Prog. Brain Res. 147, 115–124. (2005)

[34] Hensch, T. K. Recovery in the blink of an eye.. Neuron 48, 166–168. (2005a)

[35] Hensch, T. K. Critical period plasticity in local cortical circuits.. Nature reviews Neuroscience. 6 : 877–888. (2005b)

(35)

[36] Hooks, B. M. e Chen, C. Critical periods in the visual system: changing views for a model of experience-dependent plasticity.. Neuron 56, 312–326. (2007)

[37] Howlin, P.; Goode, S.; Hutton, J.; Rutter, M. Adult outcome for children with au-tism.. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 45(2), 212-229. (2004)

[38] Ingram, J. L.; Peckham, S. M.; Tisdale, B.; Rodier, P. M. Prenatal exposure of rats to valproic acid reproduces the cerebellar anomalies associated with autism.. Neurotoxicol Teratol 22:319-24. (2000)

[39] Janusonis, S.; Anderson, G. M.; Shifrovich, I.; Rakic, P. Ontogeny of brain and blood serotonin levels in 5-HT receptor knockout mice: potential relevance to the neurobiology of autism.. J Neurochem 99:1019–1031. (2006)

[40] Johnson, M. H.; Griffin, R.; Csibra, G.; Halit, H.; Farroni, T.; De Haan, M.; . . . Richards, J. The emergence of the social brain network: Evidence from typical and atypical development.. Development and Psychopathology, 17(03), 599-619 . (2005) [41] Jones, E. G. Functional subdivision and synaptic organization of the mammalian

thalamus.. Int Rev Physiol 25:173-245. (1981)

[42] Jonge, M. V.; Kemner, C.; de Haan, E. H.; Coppens, J. E.; Van Den Berg, T. J.; Van Engeland, H. Visual information processing in high-functioning individuals with autism spectrum disorders and their parents.. Neuropsychology 21: 65–73. (2007) [43] Just, M. A.; Cherkassky, V. L.; Keller, T. A.; Kana, R. K.; and Minshew, N. J.

Functional and anatomical cortical underconnectivity in autism: evidence from an FMRI study of an executive function task and corpus callosum morphometry.. Cereb. Cortex 17, 951–961. (2007)

[44] Kanner, L. Autistic disturbances of affective contact. Acta Paedopsychiatr 35:100–136. (1943)

[45] Kataoka, S.; Takuma, K.; Hara, Y.; Maeda, Y.; Ago, Y.; e Matsuda, T. Autism-like behaviours with transient histone hyperacetylation in mice treated prenatally with valproic acid. The International Journal of Neuropsychopharmacology, 16(01), 91–103. (2011)

[46] Kimura A, Donishi T, Sakoda T, Hazama M, Tamai Y. Auditory thalamic nuclei projections to the temporal cortex in the rat. Neuroscience 117:1003–1016. (2003) [47] Knudsen, E. I. Sensitive Periods in the Development of the Brain and Behavior.

(36)

[48] Kwan, P.; and Brodie, M. J. Effectiveness of First Antiepileptic Drug. Epilepsia, 42(10), 1255–1260. (2001)

[49] LeBlanc, J. J.; e Fagiolini, M. Autism: a ”critical period”disorder?. Neural Plast. 1-17. (2011)

[50] Leekam, S. R.; Nieto, C.; Libby, S. J.; Wing, L.; Gould, J. Describing the sensory abnormalities of children and adults with autism.. J Autism Dev Disord 37: 894–910. (2007)

[51] Leskovec, T. J.; Rowles, B. M.; e Findling, R. L. Pharmacological Treatment Opti-ons for Autism Spectrum Disorders in Children and Adolescents.. Harvard Review of Psychiatry, 16(2), 97–112. (2008)

[52] Lu, H.C.; Gonzalez, E.; e Crair, M. C. Barrel Cortex Critical Period Plasticity Is Independent of Changes in NMDA Receptor Subunit Composition.. Neuron, 32(4), 619–634. (2001)

[53] Luethke, L. E.; Krubitzer, L. A.; e Kaas, J. H. Cortical connections of electrophysio-logically and architectonically defined subdivisions of auditory cortex in squirrels.. The Journal of Comparative Neurology, 268(2), 181–203. (1988)

[54] Marco, E.; Hinkley, L.; Hill, S. Sensory Processing in Autism: A Review of Neu-rophysiologic Findings.. Pediatr Res 69, 48–54. (2011)

[55] Moore, S. J.; Turnpenny, P.; Quinn, A. A clinical study of 57 children with fetal anticonvulsant syndromes.. Journal of Medical Genetics 37:489-497. (2000)

[56] Mueller, S.; Keeser, D.; Samson, A. C.; Kirsch, V.; Blautzik, J.; Grothe, M.; et al. Convergent Findings of Altered Functional and Structural Brain Connectivity in Individuals with High Functioning Autism: A Multimodal MRI Study. PLoS ONE 8(6). (2013)

[57] Munnich, A.; Demily, C.; Frug`ere, L.; Duwime, C.; Malan, V.; Barcia, G; Assouline, M. Impact of on-site clinical genetics consultations on diagnostic rate in children and young adults with autism spectrum disorder.. Molecular Autism, 10(1). (2019)

[58] Mychasiuk, R.; Richards, S.; Nakahashi, A.; Kolb, B.; Gibb, R. Effects of rat prenatal exposure to valproic acid on behaviour and neuro-anatomy.. Dev Neurosci 34(2-3): 268-76. (2012)

(37)

[59] Nagode, D.; Meng, X.; Winkowski, D.; Smith, E.; Khan-Tareen, H., Kareddy, V., Kao, J. P. Abnormal Development of the Earliest Cortical Circuits in a Mouse Model of Autism Spectrum Disorder.. Cell 18(5)1100-1108. (2017)

[60] Nair, A.; Treiber, J. M.; Shukla, D. K.; Shih, P.; Muller, R. A. Impaired thalamocor-tical connectivity in autism spectrum disorder: a study of functional and anatomical connectivity.. Brain. 2013; 136:1942–1955. (2013)

[61] Nalivaeva, N. N.; Belyaev, N. D.; e Turner, A. J. Sodium valproate: an old drug with new roles.. Trends in Pharmacological Sciences, 30(10), 509–514. (2009)

[62] O’Leary, D. D. M.; Ruff, N. L; e Dyck, R. H. Development, critical period plasti-city, and adult reorganizations of mammalian somatosensory systems.. Curr. Opin. Neurobiol. 4, 535–544. (1994)

[63] Pandya, D. N.; e Sanides, F. Architectonic parcellation of the temporal operculum in rhesus monkey and its projection pattern.. Zeitschrift For Anatomie Und Entwic-klungsgeschichte, 139(2), 127–161. (1973)

[64] Paula, C. S., Ribeiro, S. H; Fombonne, E., Mercadante, M. T. Brief report: prevalence of pervasive developmental disorder in Brazil: a pilot study.. J Autism Dev Disord, vol. 41, no. 12, pp. 1738-1742. (2011)

[65] Paxinos, G.; Ashwell, K. W. S.; e Tork I. Atlas of the Developing Rat Nervous System.. 2o ed. (1994)

[66] Paxinos, G. e Watson C. The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates.. Academic Press 6o ed. 456p. (2007)

[67] Piek, J. P. e Dyck, M. J. Sensory-motor deficits in children with developmental coordi-nation disorder, attention deficit hyperactivity disorder and autistic disorder.. Human Movement Science, 23(3-4), 475–488. (2004)

[68] Posey D. J. e McDougle C. J. Pharmacotherapeutic management of autism.. Expert Opin Pharmacother;2:587–600. (2001)

[69] Rane, P.; Cochran, D.; Hodge, S. M.; Haselgrove, C.; Kennedy, D. N.; e Frazier, J. A. Connectivity in Autism: A Review of MRI Connectivity Studies.. Harv Rev Psychiatry. (2015)

[70] Rinaldi, T.; Perrodin, C.; Markram, H. Hyperconnectivity and hyper-plasticity in the medial prefrontal cortex in the valproic acid animal model of autism.. Front Neural Circuits;2:4. (2008a)

(38)

[71] Rinaldi, T.; Silberberg, G.; Markram, H. Hyperconnectivity of local neocortical mi-crocircuitry induced by prenatal exposure to valproic acid.. Cereb Cortex;18:763–70. (20048b)

[72] Rodier, P. M.; Ingram, J. L.; Tisdale, B.; Nelson, S.; e Romano, J. Embryological origin for autism: developmental anomalies of the cranial nerve motor nuclei.. Journal of Comparative Neurology, vol. 370, no. 2, pp. 247–261. (1996)

[73] Rodier, P. M.; Ingram, J. L.; Tisdale, B.; e Croog, V. J. Linking etiologies in humans and animal models: studies of autism.. Reproductive Toxicology, vol. 11, no. 2-3, pp. 417–422. (1997)

[74] Schneider, T. e Przew locki, R. Behavioral alterations in rats prenatally exposed to valproic acid: animal model of autism.. Neuropsychopharmacol Off Publ Am Coll Neuropsychopharmacol 30:80–89. (2005)

[75] Schumann, C. M.; Bloss, C. S.; Barnes, C. C.; Wideman, G. M.; Carper, R. A.; e Akshoomoff, N. Longitudinal magnetic resonance imaging study of cortical develop-ment through early childhood in autism.. J Neurosci;30:4419–27. (2010)

[76] Sousa, Juliana Alves Brand˜ao M. Caracteriza¸c˜ao comportamental e distribui¸c˜ao de neurˆonios inibit´orios em um modelo animal de autismo induzido por ´acido valpr´oico.. 92 f. Disserta¸c˜ao (Mestrado) - Curso de Neurociˆencias, Instituto do C´erebro, Univer-sidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal. (2013)

[77] Starr, E.; Szatmari, P.; Bryson, S.; e Zwaigenbaum, L. Stability and change among high-functioning children with pervasive developmental disorders: a 2-year outcome study.. Journal of Autism and Developmental Disorders, 33(1), 15-22. (2003)

[78] Stoner, R.; Chow, M. L.; Boyle, M. P.; Sunkin, S. M.; Mouton, P. R.; Roy, S.; Wynshaw-Boris, A.; Colamarino, S. A.; Lein, E. S.; e Courchesne, E. Patches of di-sorganization in the neocortex of children with autism.. N Engl J Med; 370:1209–1219. (2014)

[79] Swadlow, H. A. Fast-spike Interneurons and Feedforward Inhibition in Awake Sensory Neocortex.. Cerebral Cortex, 13(1), 25–32. (2003)

[80] Szatmari, P.; Bryson, S.; Duku, E.; Vaccarella, L.; Zwaigenbaum, L.; Bennett, T. Similar developmental trajectories in autism and Asperger syndrome: from early childhood to adolescence.. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 50(12), 1459-1467. (2009)

(39)

[81] Vargas, D. L.; Nascimbene, C.; Krishnan, C.; Zimmerman, A. W.; e Pardo, C. A. Neuroglial activation and neuroinflammation in the brain of patients with autism.. Annals of Neurology, 57(1), 67-81. (2005)

[82] Vercelli, A.; Repici, M.; Garbossa, D. e Grimaldi, A. Recent techniques for tracing pathways in the central nervous system of developing and adult mammals.. Brain Re-search Bulletin, 51(1), 11–28. (2000)

[83] Vlamings P. H.; Jonkman L. M.; van Daalen E.; van der Gaag R. J.; Kemner C. Basic abnormalities in visual processing affect face processing at an early age in autism spectrum disorder.. Biol Psychiatry 68: 1107–1113. (2010)

[84] Whishaw I. e Kolb B. The Behavior of the Laboratory Rat: A Handbook with Tests.. New York, Oxford University Press. (2005)

[85] Wiesel, T. N. e Hubel, D. H. Comparison of the effects of unilateral and bilateral eye closure on cortical unit responses in kittens.. J Neurophysiol 28:1029–1040. (1965) [86] Yip, J.; Soghomonian, J. J.; Blatt G. J. Decreased GAD67 mRNA levels in

cerebel-lar Purkinje cells in autism: pathophysiological implications.. Acta Neuropathologica. 113(5): 559-568. (2007)

[87] Zhou, X.; Panizzutti, R.; de Villers-Sidani, E.; Madeira, C.; Merzenich, M. M. Natu-ral restoration of critical period plasticity in the juvenile and adult primary auditory cortex.. J Neurosci 31:5625–5634. (2011)

[88] Zikopoulos, B. e Barbas, H. Changes in prefrontal axons may disrupt the network in autism.. Journal of Neuroscience, 30(44), 14595-14609. (2010)

[89] Zwaigenbaum, L.; Bryson, S.; Rogers, T.; Roberts, W.; Brian, J.; e Szatmari, P. Behavioral manifestations of autism in the first year of life. International Journal of Developmental.. Neuroscience, 23(2-3), 143-152. (2005)

Referências

Documentos relacionados

Em particular, no caso das ações executivas cíveis pendentes, no modelo legal vigente até 1 de setembro de 2013, data em que entrou em vigor o novo Código de Processo Civil,

Raspe a área em que você deseja realizar o tratamento antes de usar o aparelho (consulte o capítulo “Preparação para o uso”, seção “Preparação das áreas de

Com base nestas considerações, o CET dos pesca- dores do médio rio Madeira foi utilizado no Programa Básico Ambiental da Santo Antônio Energia, empresa responsável pela

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um conjunto variável de desordens neurológicas que aparecem precocemente e comprometem o desenvolvimento da

Os objetivos específicos do estudo são: Identificar as concepções sobre o desenvolvimento do filho; Identificar as concepções parentais sobre a etiologia do diagnóstico de autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente conhecido como Autismo e sendo atualmente classificado no DSM-V de acordo com o nível de gravidade em torno dos comprometimentos

1.3 O presente Processo Seletivo Simplificado terá validade de 1 (um) ano, contado da data de homologação do Resultado Final, podendo ser prorrogado por mais 1 (um) ano,

Estrutura Gestão Estratégica Marketing Gestão Comercial e Relações Internacionais Compliance e Ética Cultura da Inovação Relações do Trabalho, Negociação Coletiva e