Mestrado em
Engenharia
Geol
Eónio Manuel
Apolinário
Trindade
PÍoÊ. Doutora lsabel DuaÍte
ltb
st6
n 1 _l :ll
n n n 0I. Índice
l.
Índice
tr.
Índice
deFiguras
IU. Índice
de
Tabelas
IV.
Agradecimentos
V.
Abstract/Resumo
l.
Introdução
2.
Fundações
2.1.
2.2.
Fundação Profunda
2.2.1.
EstacaMoldada
2.3.
ParedeMoldada
3.
Metodologias
Clássicas
de
Estabilização
de
Escavações
3.1.
3.2-
Revestimento Pernranente ou Pr,ovisório
3.3.
Fluido
dÊEstabiüução
3.3.1. Contr,olo
da
Qualidade do Fluído
de
Estabilização
4.
Bentonite
5.
Polímeros
I
lll
vl
vll
vm
13
3
57
l0
t4
t4
l5
t9
20
23
2E37
6.1.
LamaBentoníüca
6.1.1.
Misüüa
6.1
.2. Propriedades
daLama
Bentonítica
6.1.3.
Central
de
Lama
Bentonítica
6.1.4.
Limpeza
daLama
6.1.5.
Eliminação
da
Lama
Bentonítica
6.2.
LamaPolimérica
6.2.1.
MistuÍa
6.2.2. Propriedades
daLama
Polimérica
6.2.3. Central
de
LasraPolimérica
6.2.4.
Limpeza
daLama
Polimérica
6.2.5.
Eliminação
do
6.3.
Comparação
entre
Fluídos
7.
Casos de
Obra
7.1.
Obra no
Bairro
do
Morumbi
em
Sâo
Paulo
@rasil)
8.
Conclusões
Anenos:
A
_'THE
EFFECT
OFDRILLING
FLI'ID
ON
A)üAL
CAPACITY,
CAPEFEARRTVER,NC"
B
-'TIIE
SLI'RRYPROCDP
SYNTIIETIC
SYSTEÀtr' _TABELA
38
39
4t
44
46
48
48
49
52
55
58
59
60
64
65
7t
73
tI.
Índice
de
Fíguras
Figura 2.1 -
fipos
do fundaçoes sr4erficiais: (a) sapm isolada' (b) bloco, (o)sa@
cqrida, (d) gnelhs, (o) arohiÍmc,Eúo gprcl.Figura 2.2 - Escavaçfo com tado coltlnuo. Figura 2.3 - Baldc dc cecavsção.
Figura 2.4 - Trado de cscav8ção.
Figura 2.5 -
Perfirúiz
Liebhsr
L828.Figura 2.6 - Perfiratriz Bau.r BG28H.
figura 2.7 - Perrfirraçâo con uso do arbo gria o
flúdo
dccobiliza$o.
Figrra 2.8 - Paredes moldadas colocadas no tcncoo e túoel após a conclusão
da obn.
Figura 2.9 -
"Grrb-
mccânico.Figura 2.10 - "Crrab" hidrfulico.
Figura 2. I
I
- Fascs de execução de um peinel de poredc moldada.Figura 2.12 - Coostsução de uma cave subteÍrânea
utilimdo
o método deporede moldada.
Figura 2.13 - Detalhe das ancorrgons na frce dcscobertr da parcde moldada.
Figura 3.1 - Eativação dç
brcno
Figura 3.2 - Eecavrção oom rsvestimcnto: a) por s€oções; b) sêcção únioa;
c) cm moio aqrúico.
Figura 3.3 -
PerÂruiz
com torno hidráulbo imorpuado. Figun 3.4 - Vibrrdor acoplado ao topo da cmisa metálicafigun
3.5 - Erccr4to dc ostroa eecavada oom ruurso a oanisaimgnl.
Figura 3.6 - AoÉocstrbilizdqa
d!
um fluído mrmaewrçto.
Figun 3.7 - Funil do
avíarú"
o oopoSrúrdo.
Figura 3.t -
Brtoça
dolma.
FiguÍr 3.9 - TiÍrs dc pH.
Figurl 3.10 - Coqiurto
d.
ndiçlo
doteü
d€ arch" Figura 4.I
- BctrtooiE cm cstado prro (fonÉ: USGS).4 7
t
8 E E 9l1
t1il
t2
13l3
l5
t6
t7
t7
It
2fr2l
t2
22 T2 23Figura 4.2 - Estnúrra minenlógioa das
Emcctice
(adaptdo deMURRAI
2007)' Figrna 4.3 a) - Placas do bcmonite em rcpouso.Figrn
4.3 b) - Plso8s de bentoniE qumdoagitdts.
Figura 4.4 - Bcoionito activadE.Figura 4.5 - Bcntonie em
É.
Figrrra 5.1 - Monómer,o etileno e rcspoctivo polímero por ele originado
-- polietileiro.
Figura 5.2 - Diversos Fodutos Í€§ultEnb§ de polímeros.
Figrrra
53
- Granulado de pollnero.Figura 5.4 - Asp€cto üscoso do polímoro c poredes da escaração rwostidss.
FigurE 5.5 -
Rde
simplificada do polúnero em solução aquooaFigura 6.1 - Acção esabilizante da
lma
numa escavação(adapado de BOWLES, l99O.
Figrrra 6.2 - Sacoe de Beirtonite de 25 kg (Sud4hemie, Espatrha).
Figura ó.3 - Mishrradora rle Bentonite.
Figura 6.4 - Esqu€ms reprtsentativo de uma mishradora de benlonito
NUfrna2007).
Figrra 6.5 - Mistura num ürbo de
Venüri.
Figura 6.6 - tama bentoüftica
Figura 6.7 - Formação do "cakd'. FiguÍa 6.E - C€mtÍEl dc
lmt
bGntonftic&Figura 6.9 - Bomba cenEifirgr SELSTOODOD1SO o detrlhe do
fimciomonto
da bonbs.
FiguÍs 6.10 -
Ccffisl
do Bemmito oom sisrcma dcdcuaadm.
Figrra 6.11 - Esquara do circuio rtc
lmr
num dcsarctrdoÍ GOSAGO. Figun 6.12 -Sg
do polímao (PolyMudO; GEO).Figura 6.13 - Misüra do polímerc
cm
águÀFigür
6.14 -Sktma
dc agitrgío. Figura 615 - Fluído polimérico fi,esco.?A 25 ?Á 27 27 2E 29 34 35 36 37 39 40 40 40 ,10 42 44 45
4
47 49 50 505l
Figun
6.17 - Mistun dirccta dopolínao
à booa da cscevtCro. Figrra6.lt
- IrÁanbnna quÍmica do polúnoro.Figrra 6.19 -Esquema ilugtsúivo dc uma ceotsal dc polímero
Figura 6.20 - Ceffial dc fluido polimérko.
Figun
6.21 - Bombo SELWOODO PDl00 motuizrda'Figura 6.22 - Bomba WILDEN@ pncun&ica.
Figr!Ía 6.23 - Bomba Poristáftica MAT@/BAIIER@.
Figura 6.2a - Dccantação
rahrat
(a) no fimdo da escavação c(b) ro tanque do dccmta$o.
Figura ?.1 - Registo de uma sonrhgem €Ífoctuâdr
m
obn d,o Montmbi'Figrra 72 - I-rma de polímer,o.
Figum 7.3 - Lama
bentonlticá-5t
53 56 57 57 57 58 59 66 67 67III.
Índice
de
Tabelas
Túcla
6.1: Parfuchos a@uados pon ume boa utiüzação da lama bontoníticaTúela
62: Parfuetso§ adoquados para uma bosÚiliudo
dsla,n
polimérioa'Tabela 6.3: Comparaçáo geral eme oe flúdos de Bcntonito G dê Polímero'
Tabela 7. I : Tempo de durrção médio de escavação da
estrca-Túela
72: Porcentagnns médias de sob,rcconsumo dê beüo.M
55
6t
6E 6E
IV.
Agradecimentos
Pra
a
realização destetrabalho
(Assertaçeo <tenestado),
tive
o
apoio
dediversas
pessoase
entidadesàs quais
gotada
de deixar
aqú
os
meus
sinoerosagradecimentos.
Primeiramente, devo agradecer aos meus orieotadorcs:
hofessora
IsabêlDuste
e
hofessor António
Pinho. Pela sua dadicação e qiuda preciosas na maÍerialização deum trabalho escrito que se enquadra num tema tão porticular e pouco conhecido na área
da
geotecnia
Do
p€ssoal docenteda
Universidadede
Évora tenho
igualmente queagradecer
ao
hofessor
Parlo
Mourâo,
do
Departanento
de qdmica,
pelo
seuimporbnlssimo conriburo
na minha melhor
frmilirizaçâo
com
o
vastomurdo
dos Polúne,ros.Ao
hof.
António
SousaCoúnho,
tenho
a
agradêc€ras
suas observações, críticas e sugestões Íêitaspua
a versãofinal
destetabalho.
I
minha
€rDpr€sa,Grond
Engituering
Operations
(GEO)
Lda
devo
a inspiração para a temática deste trabalho,utra
vez quefoi
arravés dela que entrei em contasto com o mundo das findações e as lruall *lamas" de estabitização. Agradeço aosseus
reçonsáveis
pelo
seucontibuto e informaÉo
técnioapestados paÍa
esta Es€,assim como aos mcus
colegns
dc
trabalho
com
qu€m
partitlei
orpcriêocias
ecoúecimentos
na forma de actuação doflúdo
sintético.Por
últimq
mq. não mcooe importante, tcnho qrrê aSndÊoer às pe*soas qrre esüo s€opr€ p€rto demim:
a minhnfrmilia
e aMacatoa.
Que são aqueles que sÊmprc mÊ dão ânimo e apoio a coda novo projec-to que enfrento.Y.ÁbstracÍ
'Thc
w
$Polyrut
u
§aW
olBcntonile
on&úitizfun
olSoíl
E
ations"
Obtaincd
fiom
the researú oa oilfield
&iling
Auids as
a
way
to
improve
colloidal and
úeological
propertiesof
benlonite (§odfummoohorilonite)
mud(slurry),
the pollm.er basedsydhetic
flúd
arrived to epoitr
rhxt itself csnwoú
as a substituteof
mineral slurry on excavations for foundationsofengineering
strucnres.The use
of
this typeof fluid
in
tbe geoconsüuctioninfustry
nmsbom from
the Deedto
find
a new
softrtion
wiü
lessenviromrental impsct
üd
at the
sametime
improve
the
finnl
results (saving
time, improving
qrcavation
g§ometryand
savingconcrete).
Once thene are a
lot of
doúts
at the moment of using and accepting tbesynthAic
mud as
a
real
technical
option,
this
rc,portis
illt€ndcd
to
clear
ideas
úorr
the characteristics, howto
use andin
vüich
aspects can the useof
pollm.erslrrry
be more advantagpousthm
bentonite slurry on soilstúilization
V.
Resumo
Obtido através da pesquisa de
flúdos
r*ilizados
naperfrra@
depeuóleo'
como
fm
demelhorr
as propriedades coloidaise
reológicas daüpica
lama de bemonit€(montmoÍilonite
sódica),o
flúdo
sintético produzido&avés
dc
um polímerovem'
decerto modo, conoorcr corn
o
uso
desseflúdo
mineral, na &ea da
escavação de elementos de fimdação.O uso da lama polimérica na constrr4âo
civil
srags da necessidade deencontru
.me
solução
de
menor impocto
ambiemal
e'
simultmcan€ote, que melhore
os̀sultados
finni3
(1çútrçãode
t€mpo
de
qrecução, escavaçãomais perfcita
e m€mr
consuno de betão).
Visto
existfu€mmútas
dúvidas
ace,rcada
udlizado
da
laüa
si#tica
e
ra
aceitaçío desta como uma vcrrdadeira opção técoica, €se trabalho visaehrcidr
sobre assuas caracterlsticos e modo de
uitlzaçeo,
assimcmo,
em$E
aspectos, pode o uso dcfluido
de polímero ser nuúqioso, em denimento dalma
bertonítica, noestabiliuç5o
de1.
Intnodução
O preseirte trabatho visa
coúibuir
para o comhecimemto de umflúdo
sintético'com
basenrm
polímero, aplicado
na
esEbiüzaçãopmúúria
de
escavaçõespra
a
implmtação
de elemeirtos de nmaaçao, em substinrição da dpica lema benÚoníüc'a' que,por
razões tecnicas e,/ou ambientaig não convém serutilizada
em siüraçõesdt
vez mais fi'equÊnÍEs"totnandese
o fluido
sintético nurna nova e importante opçãopua
a estabilização deste tipo de escavações.Já existe no meÍsado,
hí
bastarte tempo, a tecnologia daslmas
oun
rosu§o
a polímenosvinilicos
sintáticoq
mâst€m tido
umautilização
limitad4
devido
ao
seu proço mais elevado, em comlrüaçâo com o da lama à base de argila b€xúonítica ou ooma utiliução
de
contençãoaüavés
de
camisametálico (recWeravA
e
provisória
oupcÍrnanerÍe).
A
sua
úilização,
em
detimento
de
outsas metodologias' estaá
relacionada
com
a
quesHo ambiental,
a
orcqúbilidade
do
projecto
e
a
$ta
rentabilização.
O uso de larnas sintéticas teve origem nas necessidades específicas da perfrrragão de poços de pehóleo.
Trúalhando
em condições erÍtremas eriuito
variáveiq
esteüpo
de
peúração
orige um
flúdo
versátil
que não dee€rrda som€nte da b€ntonite. De§taformg foi
desenvolvido um produto que pudesse ser utilizado oomo adiüvo à beirtonitee que, pouco a pouco, se desenvolveu tornmdo-se ele
póprio
na base de umflúdo.
Na
constsuçâocivil o
polímeno aparcce timidaún€núê, sendo r.úilizado comoúltimo
recurso,qumdo
todas as outras
mctodologiasdc
contençãonâo podcm
ser convenientemente aplicadas.As
pdm€iras aplicações surg€Nn €Inmaações
prcfimdas realizadas em áreasmbientalmsrte
se,nsíveis.Neste üabalho pretcnd+,se
dr
a
conhocerum
pouoo mais d€stefluido,
mútas
vezes desconhecido, oorrlo urna apücação
viável
naconstuçgo
civü
s€ndoo
rnetmo comorma
vcrdadeira solnçãopr&ica
evers&il
na estahilização doa solos escavados para eshces e parcdes moldadas.Para além
de
s€rcaacterizado
o
proôto
e a
foma
«teutilizaçgo
do
mesmo, teirta-sefrzer
umacompraçao
com a clássica lema mineral, de modo afrcilitr
a suacomprecnsão e apú€sentaÍ posdveis vmtagens e de§tlmtag§ns no uso de um ou de ordrc
flúdo
de e§tabiliuçâo. senrlo
igualmcnte o.po§tos!
enemplosde ouhos
métodosúilizados,
rcconenÍeinenÍe,ra
estabilização de solos, que não es6o relacionaÁos com ouso de fluidos de
est*ltizaçeo.
Nos
póximos
capítulos P€t€nde-se'
de cetto modo,
trmsmitir
alguma
daorperiência
adguiÍida
p€ssoalm€nteduÍet€
o
acompanhâm€ntodirccto
de
váÍiasrcalidades
de
Eabalho,em
obrasde
qrecuçãode
estacase
paÍedes moldadas, com recurso aflúdo
de eshbiÜzação sintético. Tendo essa orperiêocia sido maioritariamented€dicada
ao
flúdo
sintético,
é qós
o
contacto
com
o
flúdo
mineral
que
secomplenentam os diversos elementos importantes para o €süldo em cflrsa'
Inicialmente,
de
modo
a
àcilitr
o
enquadramentodo
t€ma'
é
feita
uma2.
Fundrçõcs
A
fimdação
é
uma
das
compon€Dt€sde uma
eshúrra de
enganharia quepodeirdo
afl€s€útar
diversasgeometias, ficondo
instaladaao
subsolo, transmite ao t€rÍ€no ascugas
zuportadas pela frmdação, assim como, o seu pesopÚprio.
Poroutas
palavras,
umr
fundaçãoconstitri
a
inter&ce
ent!
a
sup€r€stnÍural
e o
temenozubjacente, seja ele de
naürÍ€z
tÊmosaou rochosa
A
sua frmção éa
detmmitir
ascargas impostas pela
super-eshÍura ao trr!Êoo
zubjacente, se,mo
soürecarregar.Um
bom projec'to de firndações, deve
úibuir
um adequado factor de segurança à mtura e ao as§€ntâmeüto encessivodo
terrcno
de modo
a
não
comprcmetera
estóili«lade
da esEutura de Engenharia(CALAVERA
1991).ExistÊm diversos
tipos de
firndações,e
a
escolha da rnais indicada para cadacaso
dependedas
caractÉrlsticasdo
local de
implemenÍação:da
topografiq
das propriedades geomecânicas do maciço de firndaçâo, do tipo de esforços a que a estnrtuÍei
estarsujeita
da informação e da influência de constsr4ões vizinhas e, também, dos aspectos económicos (CGS,192).
§egundo
COELHO
(1996), os vários üpos de fimdação seo caractcrizadospor
t€r€mdif€mtes
geometrias.A
caracterizaçm dageometia
pode s€rrcaliuda
ffiv&
da
sua largura
(B)
e
da
sua profundidade
@),
no
cesode uma siüução
simples(fundação
com
comprimentoL
múto
maior
quea
lrglra
B). Os
diversosüpos
de fundaç,õespodem assim ser
diüdidos em dois gnpos
findame,ntais:as
fundações superficiais(D
< 4B) e
as fundações profimdas(D
>
l0B).
Enüe
estesdois
grupos erdst€m talnbém as fimdações semi-profundas, que no geralryresemm
ccacterÍsticâs similarcs às pmfimdas mas onde:l0B
>
D >48
2J.
fundeçfo §upcrficid
A
fundaçSosrpÊÍficiú
taosmitc a ccga
da
aimaçeo
ao tÊrreooatalrés
de prcssõesqr
sc distibuem,
aclusivmeotg
sob
a
frce
inferior
do
elemenúo det Srpor+gtnnm ("trpcrrtuctrrc'): tdmo quc é, em rcgrr, úilizrdo pEa &§crevEr, aomcâdmcoE tro
coso dc odiflcios ou poúcs, a cstuu[a cdstruída acina da spcrffcie do torrurc qrc é rrspo!árcl pcla
fundado.
Estêtipo
de firndaçõcs€nooúü8{e
tipicmeme
assente aum
profirndidadequúo
vezes meoor em relação à sua me,nor dimeosão cmplmta
Os
Eincipais
üpos de fundações superficiais são:-
Sryda
isolada;-
Bloco;
- Sapata cordda;
- GÍelhâ (saparâs tigadas por
lintéis);
-
Ensoleirmeirto
gerat(aje
de furdação).Na
Figura
2.1
são
ilustados os
principais
tipos de
fimdações superficiais, utilizados na implantação de zuperesilruturas.(b) (c)
(o
(o)Figra
2l
- TiDo6 d. fiDdtç0cocp.Ífichb:
(a)sqo
isold., O) bhoo' (c)!4ú
ccridt, (d)gclhr'
(o)
casohiroú
gEÍrLAs fimdações
$p€rfioiai§,
uma vez quc4licam
acúga
dir€ctamde úavés
daáÍea
d8
srla
bose,
sno
apropiadas
púa
tGÍr€oosque
apr€sffi
boa
oapa§idadÊresistente e onde não e»ristc a possibilidade dc assentamenros consfulcúveis' quê possam
dmitrcr
srrpercstutua.
modo,apesr
de elementossiryles
edc
frcil
(a)E
E
E
r:.1.
r llimplemeúção
noconjrdo
da estuürra que se prÚeoda cotr§tÍuir, a sua Úiüzação estólimiuda
a terrcnos que apltr€Nxtem boas condiçôes de suporte.22.
fundrÉo
Profrrndr
As firndações profimdas são a opção eocoutrada
pua
situações em que ot€mo
superficial de apoio da estrutura a ser constrgída não possdceacidade
de suporte. Este üpo de fimdação tem como objectivo a distribuição das cargas em litologias commelhor
capocidade
de
srporte
(atravésda
tred€rência
dc ccgo
pore
a
entrcrnidade do elemcoto <le frmdaçâo),ou
ao longo de litologias de
bsixa oryocidade
de
stport€
(atavés da disüibuiçâo de
esforçosde
stito
quc
o
solo
Gxetue
)
elcme'nto demaaçao).
Destemodo, a
frce laeral
do
elemento de fimdaçeovai
srportar poÍt€
&
cargp, indepeodent€meote de ser ou não oonsiderada no cálculo
(RAJÂPAKSE 2{Dt).
COELHO(196),
dividc
as fundações pr,ofrmdas €m quaho tipos: os caixões' asbarretas, os pegões € as estasas. Estes tipos rle fundações distingucm-se
sohetudo
pelasua
esbeltez (relação
comprimento/dimeosão
transversal)
e
pela
dimensão
e configrraçâo da sec4ãotansverml.
As
eshcas são peçascom
rpduzida secção transversal oom e§beltezem ÍegÍa
maior que
6
ou
7
e
cujo
limite
de
esbeltezaé
múto
elevado(FOLQUE,
1996). Consoante apeúnbaSo
que podem ocasionar no terrcno, distinguem-sedivenos tipos
de eshcas, nomeadarneirte a:-
Estscaque
prcvooa
'm.
grsnde
p€rültação do teneno
-
elcmeotosprÉ
frbdcados de sêcção tnnsrrersal maciça, ou ocos com a o(ttemidade obstrulda, cravados pelaacçb
de umpiEo;
-
Êfica
oom pequarapctuboção
ô
temeno-
perEsmaálicos
ou
elcmcntos ocos comapoú
úerta;
- Estrca scm pertnbação do solo - est ca escryada ou moldada no
terrtno.
Pra
além daclassifca@
@io
oriste
a possibilidadc, deapodo
oom ouúo§aúoles
(MUZ§,?N7),
de se distinguircm dois üpoo do estacas: as esacas cravodas(scm substitriçâo do
turr@)
e as êstâcas moldadas(cm
$bstihiÉo
do terrcno).Ás
egtacas crarndas
podcm
scr de aço, com uma grandcvaÍidadc
dep€rfis
e quêrÍ€gra
coErrnsr sendo na sua
maioria
scmpre pc&esforçadas, para suamaior
robustez- Jó nas estacas moldadas, rcf€ddasem
porm€oorna
secção scgginte, pode-sedistinguir
dois üpos prinoipais: a estaca cm quê o tubo moldador é cravado comoüacçgo
dotentno
no
§euhterior e a
cstacaem
queo
tubo moldador é
obtrado
o
qu€pcrmite
I
sua cravação sem rcmoção dotemo
no scuinterior.
Os caixõ€s são ptismas ou
cilin&os
ooos gêralmerÚe debe6o
armado, de pouco esbeltezae em
geral
de
grandesdinensões.
São d€scidosgndualmente
no tent ro'
úavés
da escavaçãodo
seuintcrior,
eté à profundidade adequada para a firndação, ao mesmo tempo que se completa a betonagem dapoça
Têmo
iaconvenieme deo
tito
lderal
dificultar s
sua insblação, pore$e
moüvo
são tomadâs m€didas de Í€dução dome$no
8§avésdo
uso de e,úemidades inferiorcs
cortarte§, bosesmais
alaryiadas esuperflcies
de baixo
atilo
ou
ainda
pela
aptcaçâo
de
lubrificantes' para
além
daeventual
necessidadede
escavaçãoem avmço.
També,mé
usual
a
rylicação
desobrccargas paÍa aummtar o peso do caixâo e assim
frcilitr
a sua descida Por estas e ogtras razôes não é considerada, na capacidade Í€si§t€rÚe, o atrito laleral causado pelas paredes deste elementoesüuüral
de fundação'As
banetas são
peçaspÍismáticas'
mais
ou
menos
rectangularcs"quÊ
sâoconstnrídas com a tecnologia das paredes moldadas, que é tratada na Secçâo 2.3.. Esta§ pos$Ém uma enornrc capacidade de cargp e, de um modo gcral' trabalham do mesmo modo que as estacas escavadas moldadas
no
solo, ahavés da disíEibúção de cargas na ponta e ao longo dasrperflcie
(úito
latÉral) daban€ta-Os pegões são elcm€úos de
findação
com elevrdascc{io
trm§v€rsal(circtlats
e por
v@esquadÍangula$)
armcainferio
a
I
m2e
esbelrez eohe5 e
8,
scodo umasolução menos
úilizada
e que só sejustifice
pora pÍofirndidadcs pequena§,effie
6 a 10n€tÍ,os
(FOLQUB
196').
Os
pegões,
cmbora
basht!
s€mclhaÚGsàs
estrpas,apescdan
mcoor
csbelm e
um
mádo
c@sütttivo
distitro
d€sta§últimas.
A
escavrção, que podc scr
mmual
ou mecfoica, é, na grande maioria doa caso§'rtalizda
oom cntivaçâo. Têm aqar€ncia
derm
tradicional poço de águâ,úrrmte
o processo de escavação,c
são uma opçâo defrrDdação
poÍ8 terrEoo§ emqrr
cxista umaA
estaca moldada seráo
elementode
fundação queterá
maior
relevo
neste esfudo, gma vez que só este método requer, na grande maioria dos casos, algumtipo
de revestimento(provisório
ou pennanente), que torne a escavação da mesma possível, ena qual os
fluidos
de estabilizaçáo têm um grande destaque.Incluídaladenominação
de estaca com substifuição do solo, existe também a metodologia de escavação com trado contínuo,ffiffi
este processo não requer orxo
de qualquer elemento de estabilização do solo pois a remoção deste é feita através da substituição directa com o betão (Fig. 2.2).!
I
(a) E
(a) e (b) Perfuração com trado continuo
(c) Retirada do trado com o solo e injecção de betão
(d) Colocação de armadura
Figura 2.2 - Escavação com trado contínuo.
2.2.1. Estaca
Moldada
Dentro
das
estacasmoldadas
(escavadas),exclúndo
à
partida
o
método
deperfiração
com trado contínuo, têm-se em consideração, neste estudo, apenas as estacasde
maior
diâmetro (d2800mm),
que removem o terreno ahavés de trados e/ou baldes(Fig.
2.3 e2.4).Apesar
disso, são elementos de fundação que apresentam uma grandeesbelteza
já
que podem
atingir
grandes
profundidades (dependendosomente
da capacidadedo
eqúpamento
de
escavaçãoutilizado),
comparativamentecom
o
seudiâmetro. Para
a
sua execução sãoutilizados
equipamentos (máquinas rotativas), demédio
e
grande porte, capazesde
perfrrar
atéum
diâmetrode 2500
mm e a
váriasdezenas
de
metros
de
profundidade.
Estes
equipamentossão
conhecidos
como(b) (c) (d) {
\
11h
K
t ![H,
:h;,.
lt --.1j
tí
lr:l
perfuratrizes e existem diversas marcas e modelos no mercado
(Fig.
2.5 e2.6),
capazes de se adaptar a vários tipos de projectos e locais.Figura 2.3 - Balde de escavação. Figura 2.4 -Trado de escavação.
Figura 2.5 - Perfuratriz Liebherr
L828.
Figura 2.6 - Perfuratriz Bauer BG28H.Com a remoção do terreno e a abertura de um
furo
(poço), estetipo
de operação, dependendotambém
da
estabilidadedo
solo, requer
sistemasde
contenção. Esta contenção/estabilização passa muitas vezes pela aplicação de revestimentos metiilicos("camisas") que podem Existem, no entanto, situações
a
]
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J'F=n
E
ET
ÀH
FIem
que
estâ metodologia
deixa
de
ser
tecnicamente
viável (e.g.
profundidade excessiva), existindo a possibilidade deúilizar
um revestimento não recuperável ou umfluido
de
estabilizaçáo.E,
igualmente,normal conciliar
métodosde
estabilização. O mais comum éo
de aplicarum
revestimento metalico curto, neste caso designado de..tubo
guia" (Fig. 2.7)
que faza
contençãodo
terrenosuperficial e
ajudaa
manter averticalidade da
perf.raçáo,
sendo aplicado em seguida umfluido
de estabilização que irá manter a integridade da restante escavação até à profundidade pretendida.Figura 2.7 - Perfixação com uso de tubo guia e fluido de estabilizaçáo.
Quanto
ao
modo
de
funcionamento,as
estacas podemdistribuir
a
carga aoterreno
de
diversas formas:por
ponta,por
atrito lateral e
atravésda
combinação dosdois
efeitos(BOWLES,
1996).As
estacas trabalham unicamentepor
ponta quando asua base
estií
apoiadaem
terreno
suficientemente resistentee
espesso(e.g.
maciço rochoso), havendo assim a transferência qrutse total da carga para a base do elemento de fundação, ao mesmo tempo que os terrenos superiores apresentam uma capacidade de resistênciapobre.
Nas
estacasque
trabalham
por atrito ou
adesãolateral,
também conhecidaspor
estacas flutuantes,não
existea
possibilidadede apoiar
a
estaca nummaciço
suficientemente
resistente
(e.g.
maciço
resistente
localizado
a
grandeprofundidade). Neste caso, a resistência lateral da estaca é da maior importância, sendo os esforços aplicados,
distribuídos
atravésda
adesão lateralque
se gera entrea
face_n
-l-?I
),
ru4
lt-:r4 I 'nL-lateral da estaca e os terrenos de pouca capacidade resistente que a envolvem, podendo, deste modo, ser desprezadaa resistência de ponta
(CERNICA,
1995).2.3. Parede
Moldada
Denomina-se
de
parede moldadaao muro
ou
cortina, executadano
solo,
em grandes painéis sucessivos, que são betonados em trincheiras, previamente escavadasmecanicamente
(COELHO,
1 996).Este
tipo
de
parede,é
construída atravésda
remoçãode
terreno
e pela
suasubstituição por betão armado,
"in-situ"
ou pré-fabricado.No
processo de escavaçio é, na quase totalidade dos casos, usadoum
fluido
de estabilização, sendoo
maistípico
alama
tixotrópica.
Em
compaÍaçãocom a
estaca escavada na parede moldada vai-se igualmentecriar gma
cavidade, neste caso paralelepipédica a uma profundidade pré-determinada,o
que
requeruma técnica
de
estabilizaqáoprovisória
atéà
entrada dearmadura
e
betão
(BOWLES,
1996).O
uso
de
revestimentosmetalicos
neste caso,provisórios
ou
pennanentes,tal
como acontece com as estacas, não é possívelpois
asdimensões de cada painel de escavação da parede torna-o impraticável.
A
parede moldada tendea servir como um
elemento estruturalde
fundação ecomo estrutura
de
contenção, umavez
que está pensadapaÍ4
umavez
terminada, sepossa remover o terreno que reveste uma das suas faces. Nela vão ser aplicados esforços
verticais
causados pelas cargas superiores (e.g.tecto
deum tunel)
e
esforços lateraiscausados pela acção do terreno situado na face não descoberta da parede. Na Figura 2.8, pode ser
vista
uma aplicação das paredes moldadas, neste caso, trata-se de uma linha ferroviária subterrânea, sendo a tecnica também muito utilizada na construção de caves.Para a escavação das paredes é necessrírio o uso de baldes de
marilas ("grab"
ou"benne") que estii
normalmente suspenso atravésde
cabos (sistemamecânico)
ou através de uma varado
tipo
"kelly"
(sistemahidraulico),
estando ambos associados asistemas de grua (Figuras 2.9 e 2.10). Este
tipo
de balde é bastante pesado e o seu peso éutilizado
como
elemento
verticalizarfie
da
escavação.Com
cada
movimerÚodescendente da
gru4
o 'ograb" fecha a suÍls manilas, cortando mecanicamente o terreno, que é posteriormente retirado pela acção ascendente.Figura 2.8 - Paredes moldadas colocadas no terreno e no tunel após a conclusão da obra.
Figura 2.9 - "Grab" mecânico. Figura 2.10 - "Grab" hidráulico.
Na
Figura
2.ll
esta representadoum
esquema simples das diversas fases deconstrução de uma parede moldada, os quais são descritos da seguinte forma:
l.
Instalação de mtuetes gula;2.
Escavação do painel com66gffi"
mecânico em 3 secções, como
uso deflúdo
de estúilíz-ação:'3.
Troca defluido
para limpeza do painel4.
Instalação da armadura;5.
Betonagem do painel.LU
í,ffi
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I *il r I --lt
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\lEoãl-if
-1,
L JIur-;
1."" r,a I I I I I I t
r
I rlttlt IITIII tttltl IIIIII rtrtll IIITIIFigura
2.ll
- Fases de execução de um painel de parede moldada.Cada painel é um elemento unitario constituinte da parede que será composta de
vários, unidos entre
si,
e que formam a parede moldada comoum
todo.As
dimensõesde
cada
painel
(espessura,comprimento
e
alttra)
dependemdas
especifidades doprojecto, das características do terreno e do equipamento utilizado na sua construção.
A
espessura do painel será sempre pequena quando comparada com aalttra
do elemento.Por outro lado,
o
comprimento
mínimo de
cada
painel
dependeda
dimensão daferramenta
de
escavaçãoe
o
comprimento
máximo
é
determinadoem
função
danattxeza
do
solo
e
das cargas suportadaspelo
terrenoexterior, de
tal
modo, que
aestabilidade
das
paredesda
escavaçãoseja
garantidadurante
todo
o
processo deescavação
,
até à fase do seu preenchimento com betão. O comprimentomilximo
poderater várias vezes
o
comprimento da ferramenta, desde quea
área de trabalhoo
permita(coELHO,
1996).Quando as
tensões aplicadasnas proximidades
da
escavaçãodo
painel
sãodemasiado elevadas paÍa que sejam conffoladas pelo impulso hidrosüítico, causado pelo
fluido
de
estabilízação, será necessárioreduzir
a
dimensão de cadapainel, e,
se essaredução ultrapassa
o
limite
mínimo,
há que recotrer a um tratamentoprévio
do terreno ou a técnicas alternativas de contenção, tais como: estacas tangentes, consolidações, etc.A
escolha do comprimento do painel dependerá tambem dos seguintes factores:-
melhor
aproveitamentoda
ferramentade
escavação, sendo vantajosoI
[[
-
aranjo
mais económico das ancoragens;- possível redução do número de juntas e painéis;
-
exigências da programação, sendo técnica e economicamente vantajoso terminar os Painéis no mesmo dia.Na Figura
Z.l2,pode
ser observadauma
ireaescavada, que posteriormente dará lugar às caves de umedificio,
onde foram implementadas paredes moldadas"in-situ"
e, igualmente, ancoragensque
asseguramum
melhor
suporte as paredese
garantem a estabilidadeglobal
deste elementode
pouca
espessura evitandoa
sua rotura.
Estas ancoragens são instaladas à medida que é descob erla aface da parede, de forma gradual, evitando a sua instabili zaçáo.Um detalhe da face da parede assim como das cabeças das ancoragens pode ser observado na Figura2'13'
Figura 2.12 -Construção de uma cave subterrânea utilizando o método de parede moldada.
Figura 2.13 - Detalhe das ancoragens na face descoberta da parede moldada'
!
1'I'
I
-
rtrl-
,IL
-l
1qT
3.
Metodologias
Clássicas de
Estabilização
de Escavações
Neste capítulo são identificadas e explicadas as viirias metodologias existentes para a estabilizaçáo de escavações na construção
civil,
mais concretamenteno
ârnbito da execução de fundações.CERNICA
(1995) indica que
as técnicasde
constnrçãode
fundações podemincluir-se
num
de três
métodos:
a
seco,
com
revestimento
ou
com
fluido
deestabilização.
Existem
situaçõesem
que
o
terreno
escavado,devido
às
suas propriedadescoesivas e por não interceptar níveis freáticos, possui uma grande capacidade de suporte (solos tipicamente argilosos ou maÍgosos). Quando se encontram estas condições, será possível executar
a
escavação,com
características provisóriase
amuito
curto
prazo, sem a necessidade de seutilizar
qualquer método de estabilizaçáo. Quando esta situaçãonão se
verifica
e o terreno, só por si, não possui uma boa capacidade de auto-suporte énecessário recorrer a métodos de estabilização, através de um elemento de revestimento ou com recurso a algum
tipo
defluido
de estabilização.São exemplos
de
metodologiasde
estabilizaçáo:a
entivação,o
revestimento permanente ouprovisório
e o uso de fluidos (geralmentecoúecidos
por lamas).3.1.
Entivação
A
entivação
é,
normalmente,
mais
aplicada
na
construção
de
condutas subterrâneas. Trata-se de um método de suporteprovisório,
que permite a estabilizaçáo do terreno, e que também pode ser utilizado na írea das fimdações uma vez que propiciao
acesso em profundidade a terrenos que possuem melhor capacidade resistente, ondepode ser
implementadaa
estruturade
basede uma
edificação, podendo estater
ascaracterísticas de fundação superficial.
Esta metodologia pretende remover as camadas de terreno menos resistentes, abrindo caminho até
um
substrato capaz de suportar as cargas que estão previstas para um determinado elemento de fundação. E uma técnica utilizada paÍaescavações a poucaterreno adequado (e.g. remoção de terreno alterado até ao maciço rochoso). Trata-se de uma técnica
muito
usada narealização de pegões (Capítulo 2.2) e até de fundações, que pelas suas características, são consideradas superficiais.As
entivaçõestradicionais são
compostaspor
paredede
madeira
ou
metalosuportada e mantida em contacto com o terreno por quadros (escoras), que se encontram escorados
contra
um
apoio
fixo,
normalmentea
face
opostada
escavaçáo,onde
secolocará outra parede de revestimento (Figura 3.1).
Entivação Quadros
Figura 3.1 - Entivaçâo de terreno
Segundo
COELHO
(1996), paÍa as
escavaçõesnão
consideradasde
pequena dimensão, ou seja, güe ultrapassem 3 metros de profundidade, entivadas e com escoras de madeira com diâmetromínimo
de 0,2m,
afastadas,no
máximo, 0,6m,
deveexistir
uma Nota de Críüculo que
justifique
o dimensionamento da entivação, garantido assim asua segurianç4.
E
umametodologiq
muitas vezesde
carrz manual, apropriada para escavaçõesacima
do nível
freático, caso contrário, deveráexistir
um
sistema de drenagem eftçaz que impeça a acumulação deâgwno
interior da rírea entivada e que possibilite o avanço dos trabalhos.COELHO (1996),
afirma que
a
entivação
é
a
forma mais
comum
na estabilização de escavações de pegões-
ver
Capítulo 2.2.3.2. Revestimento Permanente ou
Provisório
O
uso
de
revestimentos,provisórios
ou
pennanentes,é
aplicável
a
situaçõesonde
são
escavadaslitologias de
pouca
coesãoe
alta
permeabilidade(e.g.
areias grosseirase
cascalheiras),que não
permitem
o
uso
de
ouüo
tipo
de
técnica
deestabilização (CGS, 1992).
Existem vários
tipos de
revestimento, podendo estes
ser
constituídos
por elementos de betãoou
metálicos.Outra
possibilidade,é a
deos
elementos serem desecção única ou compostos por viirias secções, dependendo também das condicionantes de obra.
Na Figura3.2
est2lo representadas três escavações com revestimento metálico:uma por Secções, outra de um só elemento e outra em meio
aqútico.
Para a aplicação destes revestimentos é necessário usar eqúpamento adequado e
que
tenhaa
capacidadede
oocravar"as
secçõesque
o
compõem. Normalmente, sãoutilizadas neste
tipo
de escavação perfuratrizes com elevada força hidráulica ou mesmo assistidaspor um "torno hidráulico" ("hydraulic vise")
(Figura
3.3).Existe
ainda apossibilidade, no caso de elementos metalicos únicos, da introdução através da acção de
um vibrador hidráulico
colocado numa grua (Figura3.4).Estes
são normalmente maisutilizados
paraa
construçãode
fundações emmeio
aquático, fazendoa
comunicaçãoentre
o
leito
e a
superficie
da lâmina de
água
(Figura
3.2.c).
Na
Figura 3.5
estiirepresentada
a
realizaçáode
uma estaca Çom camisa únicae
semo
uso
de qualquerfluido
de estabiliz-açáo.revestimento: por b) única; c) em meio aquático.
Dnrante
a
escavaçãoe
até aofinal
da mesma,o
revestimento devera manter aintegridade
do '?oço".
Nas condiçõesde
revestimento peilnanenteo
contactobetão-revestimento-solo
deverá
ser
tido em
conta
no
dimensionamento
da
fundação(COELHO,
1996). Para os revestimentosprovisórios, com
o
início
da
betonageffi, orevestimento deverá
ser
gradualmenteretirado
à
medida
que
o
betão
preenche aescavação.
A
retirada integral do revestimento somente após o término da betonagem sóé
recomendadacom
o
usode
maquinaria apropriada e/ou para revestimentos curtos,uma
vez que
quantomais longo
for o
"entubamento",maior
é a
dificuldade em
serretirado, e com o preenchimento de betão mais
dificil
se torna esse processo.Figura 3.3
-
Perfuratriz com torno hidráulico incorporado.Figura 3.4
-
Vibrador acoplado ao topo da camisa metálica.li
r
l.
: i, , -u[tl,
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Figura 3.5
-
Execução de estaca moldada com recurso a camisa integral (fonte: SPFE/Brasfond).A
Figura 3.5ilusüa
o processo geral de construção de uma estaca com recurso a revestimento provisório. Nela estão identificadas as seguintes etapas:a)
insersãodo
revestimento metálico com oauxilio
devibrador,
apóscolocação do tubo gula;
b)
escavação da estacq nointerior
do revestimento;c)
limpeza da escavação;d)
colocação de armadura metalica;e)
betonagem;f)
retiradado
revestimento ainda antes deconcluir
a betonagem, por forma afacilitar
a operação.A
técnica referida nesta secção pode também ser utilizada em simultâneo com o uso de umfluido
de estabilização.A
metodologia consiste em colocar revestimento nos metros iniciais, de modo a isolar as litologias mais problemáticas, e uma vez encontradauma
litologia
mais adequada, é introduzido oflúdo,
sendo este utilizado até ser atingidaI a I I
/
\
trfr
.oo
.1
h, --r4l a I t I t I I t I(rl
a
profundidade pretendida(e.g.
leitos
de
rios
com
muita
cascalheirana
superficie e terreno menos permeável em profundidade).3.3.
Fluido
de EstabilizaçãoNão
sendo possívela
perfuraçãoa
seco,não existindo
litologias
demasiado granulares (altamente permeáveis)e
quandoo
revestimentoprovisório
apresenta mais inconvenientes que Íspectospositivos
no processo de escavuão, a melhor opção a sertida
em conta é o uso de algumtipo
defluido,
que garanta a estabilidade da escavaçãoaté à fase de betonagem.
De
certo modo
esta metodologia
é
bastanteprática
pela
sua
simplicidade, rapidez de aplicação e pelos bons resultados que em geral produz.O fluido
número um por excelência éa
ágw(em
situações em que o terreno o permite, basta que se equilibreo diferencial
hidrostaticooriginado pelo
vazio da escavação), que pode, se necessário,ser misturada com algum
tipo
deargila
ou polímero que lhe permita melhorar a acção estabilizadora.O
recursoa
lamas
especiais baseadasna
mistura
de
áryaacom uma
argilamontmoritonítica sódica, que
vai
melhorara
interacçãofluido/solo,
tornou-sea
formamais
comum
de
estabilizaruma
escavaçãode um
elementode
fundação profundo. Actualmente,um
pouco em detrimento da lama de
naturezamineral,
tem
surgido o recurso a lama de base sintética. Esta tem a mesma finalidade de acção estabilizadora, ao mesmo tempo que éum
produto mais versátil, principalmenteno
quediz
respeito a norÍnas ambientais.De um modo geral, todos os fluidos de estabilizaqáo têm duas firnções:
i)
selar o contacto terreno-fluido, nãopermitindo
a entrada de rígua na escavação ou a penetraçãodo
flúdo
em
demasiano
solo;
ii)
aplicar
caÍga hidrosüítica nas paredes, fornecendo suporte às mesmas (FPS, 2006). Na Figura 3.6 está representada esta acção.Acçã<» do Fbírlo : Acçb do Íoír.lp
Figrna 3.6 - Acção estabilizadora de um fluido nrrna escavação.
A
forma comoo
fluido
actua na estabilizaçáo de um terreno dependemúto
das características que este apresenta. O controlo destas é assim de grande importância, não só para garantir o melhor efeito de suporte, mas também paÍa assegurar que a posterior betonagem do elemento de fundação possa decorrer em perfeitas condições, garantindoa boa qualidade deste.
3.3.1.
Controlo
deQualidade
doFluido
de EstahilizaçãoDe
modo
a
garantir queo fluido
utilizado na
estabiliz-açáo, durantea
fase deescavação, não
vai interferir
negativamente nas caÍacteristicasfinais do
elemento defundação, é necessário manter um controlo da sua qualidade.
Uma vez
que toda a tecnologiado
uso de"lamas"
paÍaa
estabilizaçáo, assimcomo os seus instrumentos de controlo, tiveram origem na perfirração petrolífera" todo o conhecimento adquirido nessa irea
foi
transferido e adaptado à construçãocivil.
Assim sendo,todo
o
equipamentoutilizado no controlo
de qualidadedo
fluido
é idêntico
aoque existe
no
campopetrolífero.
Tal
facto faz com
que
asnoÍmÍN que
registam econtrolam a execução deste
tipo
de elementos de fundação relacionados com as lamas de perfuração/estabili zaçáo estejam referenciados pelo"American
Petroleum Institute" (APD-
consultaÍAPI
l3A
(1993) eAPI
RPl3B1
(2003).-1. rh .L .l-.L tL -1. >, .L -L -h .l-.le ,h .l. -L rlo rlr .h
Independentemente
do tipo de fluido
utilizado
na
escavaçãodo
elemento de fundação,os
ensaiosa
ser
efectuados sãoos
mesmosque os
usadosna
exploraçãopefiolífera,
e
deverão ser realizados sempreque
seja necessário, devendoexistir
umaespecial atenção apos a conclusão da escavação e antes de iniciar a betonagem.
Assim sendo, os ensaios usualmente realizados em obra são:
-
Viscosidade oMarcho-
a
sua determinação é efectuada através de umfunil
que transfereo
seu conteúdo paraum
copo graduadode
946ml
(1Quart
Americano),
sendoregistado
o
período
de tempo que
o
fluido
demora a passar do
funil
para o copo (Figura 3.7), até completar os 946ml
(FANN,200$;
-
Densidade
medida
atravésde uma
balança(Figura 3.8),
também conhecida por balança"Baroid",
desenhada especialmente para o uso com lamas de perfuração(FANN,2A07);
-
pH
-
pode ser medido através de umleitor
eléctrico ou utilizando tiras depH (de uso habitual em piscinas), (Figura 3.q);
- Percentagem de oreia
-
parâmetro obtido através de um provete devidro
graduado e que determina a quantidade de areia retida numa rede de 200 mesh (0,075
mm),
existente num determinado volume de lama. Paratal
énecessário um provete graduado de
vidro
de 10 ml, um crivo de malha 200 meshe um
pequenofunil
(Figura
3.10), padronizadospelo
API
(FANN,
2A0T.
Rrdr Cn'ro 14 thrh rn' I ,rôo 6t Co!Ír t/l!'orm, o t2' 2Figura 3.8
-
Balança de lama. Figura 3.9-
Tiras de PH. Grlvo 20O r*sh \ (0,078nm) +---lgü-Provt& dr vldro rÉ.-_ gtaduado-Figura 3.10
-
Conjunto de medição do teor deareia-Os
parâmetros admissíveise
que
são
controladospor
estetipo
de
ensaios apresentam-se no Capítulo 6 (Tabelas 6.|
&, 6.2), sendo um pouco diferentes consoante seutiliza
uma lamacom
baseem
bentoniteou
com
baseem polímero.
A
diferença verificada pam alguns valores dos parâmetros de controlo de qualidade vem confirmar como estes dois fluidos são distintos (ver Capítulo 6).fa
)
-/
4.
Bentonite
A
bentonite (Fig.
4.1) é
uma
argila
impura (filossilicato
de
alumínio),
sendoconstituída
essencialmentepor um
mineral
conhecido
por
Montmorilonitel
e pertencente ao g,upo das Esmectites (FPS, 2006 eMURRAY,
20A7).O
seu nomefoi-lhe atribúdo
por
Wilbur C. Ifuigt
t,
em
1898,tendo como referência
os
depósitos cretacicos de argilitos de Fort Benton, no Wyoming(EUA)
e trata-se de uma designaçãocomum atribuída às argilas
compostas essencialmentepor minerais
de
esmectite. Existemvários tipos de
bentonitese os
seus nomes dependemdo
elemento químico predominantena
sua constituição,como
o
Potiissio(K),
Sódio
(Na), Cálcio
(Ca)
eAlumínio (Al). No
quediz
respeito à indústria" as duas classesprincipais
de Bentonitesãoasódicaeacalcica.
Figura 4.1 - Bentonite em estado puro (fonte: USGS).
Os
minerais
do gupo
das
esmectites
são
cornpostospor
duas
camadas tetraédricas de sílica com mais uma carnada central octaédrica e a esta organização de camadas designa-se, mineralogicamente, de 2:l.
Moléculas de água e catiões ocupam o espaço entre as camadas2:1
MURRAY,2007).Na
Figura4.2
está representado um esquema da estrutura das esmectites.Mútos
geólogosdo início do
século)O(
reconheciamque a
bentonite teria origem na alteração de material vulcânico transportado, mais precisamente de cinzas eI Montmoritonite
-
mineral de argila identificado pela primeira vez emlM7
em Monünorillon, Fmnç4trata-se de um filossilicato e pertence ao grupo das esmectites. E coúecido pela sua grande capacidade
&
retenção de água, o que por sua vezfazaumentar consideravelmente o sêu volume (argila expansiva).\
r
t
I
T,/
lr;u
atufos vulcânicos mas, como forma de englobar todas as argilas pertencentes ao grupo
das
esmectites,GRIM &,
GWEN
(1978,
in
MURRAY, 2007), não atribuem
à designação industrial de bentonite qualquertipo
de origem.De qualquer modo, o principal mineral da bentonite, a montmorilonite, tem a srut
origem,
segundoa
MDP
(2001),
na
alteraçãode tufos e
cinzas
vulcânicas, diquesoegmatíticos
e
rochas
que
rodeiam
depósitos
minerais hidrotermais.
Forma-se,geralmente, em condições alcalinas, de pouca drenagem. ondc os catiõcs lt'{g" Ca.
Na
eK
não sãolixiviados,
pennanecendo no solo.Trtnódrcr Oct Õdrol Trtnódrcr Caüôor +Águe CaüÕcr +Água Totreódror
Q
oxu*t"
@ xrarc6nr"I
mmmr,F.ÍÍo, mrer*rtooo Silica oc.ionúmfiür Altmlnlo
o t , , ,
á
t ,o,
,As
monfinorilonites,
sódicase
ciálcicas, são as argilas QUoo deum
modo geral, recebema
denominaçãode
bentonite. Apesar disso,
entre elas
existem
bastantes diferenças que estÍlo relacionadas,pilâ
atém do elemento químico principal que lhes dáo
nome,
com
Í15 sgas propriedades,que lhes
atribuem
aplicações específicas. Asmontmorilonites sódicas
são
conhecidas
peta sua
expansibilidade,
viscosidade, tixotropia2, formação de película impermeável('cake")
e capacidade de dispersão- Já asmontmorilonites ciílcicas
têm
como
propriedades importantes:a
alta
capacidade deabsorção. grande poder de interligação e de branqueamento. Genericamente a bentonite sodica é conhecida como uma argila
muito
expansiva e a bentonite calcica corno uma argila pouco cxpansivq apesar de muito absorvente(MURRAY,
2007).A
bentonite
(montnorilonite)
sodicaé
tipicamentc
utilitada como fluido
depcrturaçâo,.cstabilização.
Esta
tcm
a
capacidadede
se
expandir quando
hidratada podendo absorver várias vezes o seu peso seeo em água, tendo também a capacidade defuncronar como selantc c irupcrmeabilizantc. Possui cxcelenües propriedades coloidais e
reológica.s o que propicia a sua utilização na pcrfuraçào quer scia para a cxploração dc pctróico ou gás naturai. paÍa sondagcns dc prospecção mineira ou geotecnica, quer para a execução de fundações profundas, norneadamente dc csiacas moidadas
tlU:Ci'iiirl"{
&
ROSSI, 1999).Usualmente,
pâB
concentrações igrraisou
superiores a30
gramas de bentonitepor
iitro
cieágua
l3?oi, tbrma-se
uma
solução
homogénea(fluido
viscoso)
que
ébastant€ espessa quando está
em
repouso mas bastantcflui,ia
quanJo agitaiia.
Estc fenómeno resultada Íbrma como
as partículasde
bcntonite se orientam (tixotropia). Estas partículasem
solução, apresentÍrm-sesob tbrma de
pequenas placas. possuem carganegativa
ao ionso da
sua superficie
e
caÍga positiva nas
suas exhemidades. Quando estiio em repouso existe a tendência para rgue as p=stículas sealirüent.
atrat'ósde
atinidade elécúica
(FPS,
7006i).Fstas forças
eléctricasvâo
daÍ
origein
a
umaestrgtgra uniforme que causa uma "geliticaÇãcr" dcr llurdcr (.brs.
4.i
a). Ouando o"gel"
ésubmetido de
novo
à agitação as uniões eléctricas são quebradas, ficando as pequeÍras placas orientadas aleatoriamcnte, e a mistura r.olta a adquirir Uuidez {Fig. 4.:l b).:
i i;.;,ií-1',.i1;1i,-, r-t:rpacrctade de uma mistura manter-se fluída quando agitada ou em circulação e de formarcessa-+ + + + + +
+
+ +Figr'a 4.3 a) - placas de bentonite em nepouso. Figura 4.3 b) - Plâcas de bentonit€ quando agitadas.
A
..gelificação" também é possível através da perda de água da mistura- Quando se aplica a lama bentonítica numa escavação, o contacto desta como
terrenoorigina
aabsorção
de
água
o
que propicia uma
acumulaçãode
bentonite
nas
paredes daescavação,
formando assim
o
chamado
o'cake".
Este
"cake"
é
firndamental
naestabilização de qualquer
tipo
de escavação. Forma-se através da penetração dofluido
no
terreno
e
é
responsávelpela
distribuição
da
carga hidrosüitica nas
paredes daescavação, conüibuindo para o seu suporte.
As
bentonites cálcicasnão
apresentam característicastão
favoráveiscomo
asbentonites sódicas, no que diz respeito à sua aplicação como
fluido
de estabilização. No entanto,é
possívela
suautili
zaçáo atravésde
um
processo conhecidopor
activação alcalina e que consiste numa adição de carbonato de sódio queirá
fomentar a troca dos iõesde calcio
pelos de sódio(RADOJEVIC
&
MITROVIC,
2007).O
resultadofinal
será uma bentonite
com
característicasmuito
similares às da bentonite sodica natural(BLEYFUSS,
1973).A
maior
parte
dasbentonites
aplicadasna
construçãocivil,
como
fluido
deestabilização, são derivadas de bentonites cálcicas.
A
bentonite sódica natural é poucoutilizada
devido ao seu preço mais elevado (FPS, 2006).Do
grupo das esmectites, asbentonites (montmorilonites)
cálcica
e
sódica são
as
mais
abundantes,mas
emcomparação enu.e estas duas
a
sodicaé
relativamente rara(MURRAY,
2W7}
Deste modo, a forma mais económica para obter bentonite sódica de melhores característicaspila
o gso na perfuração/estabiliz,ação de furos ou escavações em solos pouco coerentes (Figuras 4-4 e4.5)-+
**i1ã*
+ \
Figura 4.4 - Bentonite activada (Permagel@, BRASGEL,
B[IN).
Figura 4'5 - Bentonite em pó'I
r'1
T
)I
N
7
7
75.
Polímeros
A
designação geral de polímero significa algo que é composto de muitaspartes-Geralmente,
na
perspectiva
da
Química dá-se
o
nome
de
o'Polímero"
a
umamacromolécula que é resultante da união de moléculas mais pequenas
(DPLP,2010).
Sendo essas moléculas mais pequenas denominadas de monómeros
(Fig. 5.1).Por
outro lado,CAENN
& CHILLINGAR
(1996), apresentam a definição de polímero, no sentido estrito, comoum "químico
orgânico com peso molecular acima de 200,com mais
deoito unidades repetitivas".
H
H
H/
H
Monômero
polimero
Figura 5.1 - Monómerc etileno e respectivo polímero por ele originado - polietileno.
Na Figtra
5.1
está representadaa
estnrtura basica deum polímero
vinílico,
o qual se designa de Polietileno e que tem origem no monómero etileno.Existem dois tipos de moléculas gu€o devido à forma como estão organizadas as
suas estruturas, podem ser denominadas de polímeros e gue, dependendo da
forma
deorigem,
são conhecidospor:
naturaisou
sintéticos. Os polímeros naturais são aquelesque são originados
por
processosnaflrais
e sem a intervençãohumana
como éo
casoda celulose. Já os polímeros sintéticos são obtidos por acção humana, sendo sintetizados em laboratório aÍravés de viírios tipos de
polimeizaçáo (IUPAC,1994).
Hoje
emdiq
a sociedade moderna estil rodeada de polímeros sintéticos. Existeuma enonne variedade de aplicações, sendo os produtos "p}ásticos" os mais
coúecidos.
Do contacto no nosso quotidiano temos como exemplo:Polietileno
-
polímero
usadopara várias
aplicações desde sÍrcos deplástico até brinquedos;