ANÁLISE
E
PROJETO
DE
UM
COMPENSADOR
PARA
CONVERSOR
BoosT
com
coNI=IGuRAÇAo
MoDII=IcADA
A
,
(DuPI.o
BoosT)
WDI§S_ERTAçÃo
SUBII/IETIDAÀ
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
A
PARADSTENÇÃD Do
GRAU
DE
MESTRE
EIvIENGENHARIA
ELETRICA
DDILDN
Luís
ToRTEI_I.IANÁLISE
E
PROJETO
DE
UM COMPENSADOR PARACONVERSOR
BOOST
COM
CONFIGURAÇÃO
MODIFICADA (DUPLO
BOOST)
om|_oN
Luís ToRTEL|.|
ESTA DISSERTAÇÃO
FOIJULGADA
ADEQUADA PARA OBTENÇÃO DO
TÍTULO
DE
MESTRE EM
ENGENHARIA, ESPECIALIDADE
ENGENHARIA
ELÉTRICA, E
APROVADA
EM SUA
FORMA
FINAL
PELO
CURSO
DE PÓS-GRADUAÇÃO.
~
._â_..,Q
Prof. Enio
Valmor
Kassick, Dr.ORIENTADOR
Q__,.;2
Prof. Enio
Valmor
Kassick, Dr.Coordenador
do Curso
de
Pós-Graduação
em
Engenharia
ElétricaBANCA
EXAMINADORA:
Prof. Enio
Valmor
Kassick, Dr.2%wyV~
Prof._Ivo Barbi, Dr. lng. _
Prof. enizar
Cruz
Ma
Im
Dr.À
DEus.À
MEUS
PA|s EM|NHA
IRMÃ. .V- à QAGRADECIMENTOS
Aos
professores EnioValmor
Kassicke
Ivo Barbi pela orientação destetrabalho.
Aos
demais professoresdo
LAMEP:
Arnaldo J. Perin, Denizar C. Martins,Hari B.
Mohr
e João C.Fagundes
pelos conhecimentos transmitidos.Ao
Prof. Julio EliasNormey
Rico,do
LCMI, pela valiosa contribuiçãoao
desenvolvimento deste trabalho. _
Aos
colegas Elias S. Andrade, Elias Teodoro, Elizete M. Lourenço, FábioA.
de
Souza, Fernando C. Castaldo, Geraldo Mondardo, Gilberto V. Silva (GVS), lvanE. Colling, N.
Jhoe
Batistela,Newton da
Silva,René
T. Bascope, Samir H.Mussa
eWadaed
Uturbey pelaamizade
e companheirismo.À
Ana
Rosa, ao Peter, aoMuñoz, ao
Adenir, ao Coelhoe ao Pacheco
pela atenção e amizade.
Aos
membros
da
bancaexaminadora
pelas sugestões dadas.'
Ao
povo brasileiro,que
através daUFSC
e daCAPES,
financiou estetrabalho.
A
todas as pessoasque de
uma
formaou
de outra contribuiram para aRESUMO
ABSTRACT
SIMBOLOGIA
INTRODUÇÃO
cA|=ݒTu|.o 1 _
ANÁL|sE
Do coNvERsoR
DuPi_o
BoosT
1.1 _
|NTRoDuçÃo
1.2 _
EsTuDo
Do CoNvERsoR
Boosr
TRAD|C|oNAL
1.2.1 _
CoNvERsoR BoosT
Cc_CC
1.2.1.1 - Princípio
de
Funcionamento1.2.2 -
CONVERSOR BOOST
CA-CC
1.2.2.1 - Conversor Boost Aplicado à Correção
do
Fator
de
Potência1.2.2.2 - Análise Matemática
do
Conversor Boostem
DCM
1.3 -
ESTUDO
DA
ESTRUTURA PROPOSTA PARA
DUPLA
TENSAO
DE
ENTRADA
(110/220V)1.3.1 -
ESTRUTURA PROPOSTA
1.3.2 -
TOPOLOGIA
EM
220V
1.3.3 -
TOPOLOGIA
EM
110V
1.4 -
CONCLUSÃO
CAPiTuLo
2 _MCDELACEM
Do coNvERsoR
2.1 _
|NTRoDuçÃo
2.2 _
TECMCA
DE
MoDEu\CEM
DA
CHAVE
PWM
EM
DCM
2.3 _
MCDELAGEM Do CoNvERsoR
DUPLO
Boosr
EM
DCM
2.3.1 _
ANÁL|sE
CC
Do
DuPLo
Boosr
EM
DCM
2.3.2 _
ANÁ|_|sE
CA
Do
DUPLO Boosr
EM
DCM
vii viii ix 1
4
4
4
4
5 9 9 13 21 2122
23
26
28
28
28
3334
362.4.2 -
COMPROVAÇÃO
DO
MODELO
CA
2.5 -
CONCLUSÃO
CAPÍTULO
3 -PROJETO
DO CONTROLADOR
3.1 -
INTRODUÇÃO
Ã
3.2 -
MÉTODO
DE
DESACOPLAMENTO
3.3 -_
PROJETO
Do coNTRoLE
3.3.1 -
IMPLEMENTAÇÃO DO CONTROLE
3.3.2 -
GERAÇÃO
DOS
SINAIS
PWM
'3.3.2.1 -
Operação
Sincronizadade
CI's3524
3.4 -
CONCLUSÃO
cAPíTu|.o
4
-REsuLTADos
oBT|Dos_
4.1
INTRODUÇAO
4.2 -
RESULTADOS
DE SIMULAÇÃO
4.2.1 -
SIMULAÇÃO
COM
O
PROGRAMA
VISSIM
4.2.2 -
SIMULAÇÃO
COM
O
PROGRAMA
PSPICE
4.3 -
RESULTADOS
EXPERIMENTAIS
4.4 -
CONCLUSÃO
coNc|.usÃo
GERAL
RESUMO
O
presente trabalho apresentaum
estudo objetivando a determinaçãodo
projetode
controlede
uma
nova topologia,denominada
Duplo Boost,que
ébaseada no
conversor Boost clássico dividido
em
doismódulos
paralelosde processamento de
energia. Para isso é realizada a
modelagem
desse conversor usando-se a técnicada
chave
PWM.
j'
O
modelo
obtido, validado por meio de simulações, indica a necessidadede
um
sistema multivariável
de
controle,uma
vezque
as tensõesde
saída e as variáveiasde
atuação
do
conversorsão
fortemente acopladas.É
aplicada então a técnicade
desacoplamento estático,com
a qual chega-seao
projeto
de
uma
malha de compensação.
O
desempenho
dessa malha de
compensação
é
analisado atravésde
simulaçãonumérica.
São
também
mostrados resultados da atuaçãodo
controle a partirde
um
This
work
deals with the design procedure for the controller of the so-calledDouble Boost Converter, which is based on the classic Boost Converter split into two
parallel
modules
ofpower
processing. This isdone
by modeling converterbased upon
the
PWM
switch model.The
model
obtained, verified by simulations, points to the necessity of a controlmultivariable system, since the converter output voltages
and
the control variable arestrongly coupled.
lt is applied the static decoupling technique in order to
overcome
this undesirableoharacteristic.
A
compensating loop is designed by using this technique.The
performance of this compensating loop is analyzed bymeans
of a numericsimulation.
V
A
laboratory prototypewas
built-up and tested in order to verifyand
validate the~ |a ~ 'P A ia1 A ¡a2 A ip1 A ipz A 'Q /\ Ío A Íx1 /\ ix2 À d À d À dz /\ Vo /\ Vac A Yac1 A V ac2 A V Cp A Vcp1 A Vcp2 A V A
v2
rxCorrente instantânea no terminala
Corrente instantânea no terminal p
Perturbação da corrente no terminal a da chave S1
Perturbação da corrente no terminal a da chave S2
Perturbação da corrente no terminal p da chave S1
Perturbação da corrente no terminal p da chave S2
Perturbação na corrente da fonte Vcc
Perturbação na corrente de saida
Perturbação na corrente do capacitor C1
Perturbação na corrente do capacitor C2
Perturbação na razão cíclica
Perturbação na razão cíclica da chave S1
Perturbação na razão cíclica da chave S2
Perturbação na tensão de saída
Perturbação na tensão entre os terminais a ec
Perturbação na tensão entre os terminais a e c da chave S1
Perturbação na tensão entre os terminais a e c da chave S2
Perturbação na tensão entre os terminais c ep
Perturbação na tensão entre os terminais c e p da chave S1
Perturbação na tensão entre os terminais c e p da chave S2
Perturbação na tensão sobre o capacitor C1
AVc
AÍ1 (s) Função de Transferência da Planta lnversa
Ai2(s) Função de Transferência da Planta lnversa
`
C1
(S) Função de Transferência do Bloco de Controle 14
C2(S) Função de Transferência do Bloco de Controle 2
Cf Capacitor do filtro de entrada
Co
Capacitor de saídacos ¢ Fator de Deslocamento
D
Razão cíclica constanted Razão cíclica de controle
Der Razão cíclica crítica
fe Frequência de cruzamento
FP
Fator de Potênciafr Frequência da rede de alimentação
fe _ Frequência de chaveamento
T
FT11(s) - Função de Transferência que relaciona a tensão de saída 1 com a chave S1
FT12(s) Função de Transferência que relaciona a tensão de saída 1 com a chave S2
FT21 (s) Função de Transferência que relaciona a tensão de saída 2 com a chave S1
FT22(S) Função de Transferência que relaciona a tensão de saida 2 com a chave S2
GIN Ganho do lntegrador
ia Corrente média no terminal a
cpk Corrente de pico do capacitor de saída
def Corrente eficaz no diodo
`dmd Corrente média no diodo
ef(1) Corrente eficaz fundamental
err Corrente eficaz total
IN Corrente eficaz na entrada
L ef Corrente eficaz no indutor
N(S) Função de Transferência do Bloco lntegrador
o Corrente de saída
lsmd
K
Lb Ler Lf Pcc P|N PL PoRo
T, TsTDH
Tf Tz v1' v2' vzc V Vcc Vcp V|NVo
W
l/(Q) 2(<×)Corrente média na chave
Constante menor que 1
Indutor Boost
lndutância crítica
Indutor do filtro de entrada Potência cedida pela fonte
CC
Potência de entrada
Potência cedida pela indutância Potência total na carga
`
Resistência de carga
Período de chaveamento
Taxa de Distorção Harmônica
Intervalo de tempo de condução da chave
Intervalo de tempo de condução do diodo
Amostra da tensão de saída v1
Amostra da tensão de saida v2
Tensão média entre os terminais a ec
Tensão contínua de entrada
Tensão media entre os terminais c e p
Tensão senoidal de entrada
Tensão de saída
Energia armazenada
Equação transcendental
¡NTRoDuçÃo
O
grande desenvo_lvimento tecnológico verificadonotadamente
nestasduas
últimas décadas, sobretudo na área
de
Engenharia Elétrica, levou à utilizaçãocrescente de conversores
CA-CC
(retificadores)como
estágios de entrada para diversos equipamentosque
operam
com
corrente continua.A
solução clássica para obtenção de fontesde
tensão contínuatem
sido osretificadores à diodo, devido
ao
baixo custo, simplicidade e confiabilidade.Porém,
taisconversores apresentam na entrada, fator de potência (verdadeiro) da
ordem
de
0,65,devido à distorção da corrente, isto é, à presença de alto conteúdo harmônico.
Assim, a
ampla
utilização de equipamentoscom
tais conversorescomo
estágiode
entradatem
levado auma
crescente degradaçãoda
tensãoda
rede elétricacomercial, devido justamente à grande quantidade de harmônicas
de
correnteinjetadas por tais conversores. '
Em
razão disto, asnormas
internacionais (IEC 555, por exemplo)que
regulamentam
essa matéria,têm
se tornado cada vez mais restritivas ,impondo
niveismáximos
admissíveis de conteúdo harmônico injetado na rede.Para atender estas normas, a solução obtida é o
emprego
de
estágiosde
correção ativa
do
fator de potência (PFC), na saída dos retificadores. Tais estágiosconstituem-se, normalmente,
de
conversores tipo Boost.Com
estaconfiguração
épossível reduzir-se bastante o nível
de
harmônicas injetadas na rede pelo retificador.Atualmente é esta a estrutura mais utilizada para correção
do
Fatorde
pelo fato
de
permitiruma
ampla
variaçãoda
tensãode
entrada,mantendo
a saídaregulada. V
_ Porém, a utilização
do
conversor Boost paraampla
faixa de variaçãoda
tensãode entrada (de
95V
a 245V), fazcom
que
oscomponentes tenham
que
serdimensionados para a condição extrema, ou seja,
menor
tensãode
entradae
potência nominal. lsto leva
ao
superdimensionamento doscomponentes
do
conversor,com
suas implicações sobre o custo, peso e volume.Nesse
sentido, foi propostauma
nova topologiabaseada no
Conversor Boost [1],em
que
os semicondutoresficam
submetidos à esforços similares para a tensãode
entradade
110V
e 220V, diminuindo assim o custo e o volumedo
conversor. Trata-sede
um
conversor "Duplo Boost",onde
cada estágio Boost processaindividualmente a
metade da
energia envolvida no processode
conversãode
energia.Porém, para
que
essas vantagenspossam
ser conseguidas, é preciso garantiruma
perfeita divisão da tensãode
carga entre os dois capacitoresde
saída,um
paracada estágio Boost.
Com
base nisso, realizou-se o estudo aqui apresentado, onde, primeiramente éfeita a
modelagem
do conversor -proposto, utilizando-se para isso a técnicade
modelagem
dachave
PWM
[6],com
o objetivode
se obter suaFunção
de
Transferência.
Pelo fato
de
possuirduas
saídas (variáveis aserem
controladas) eduas
variáveis
de
atuação (chaves), o conversor apresenta-secomo
um
sistemamultivariável,
uma
vezque
cadauma
das variáveisde
controle afetaambas
assaídas.
É
realizado entãoum
estudo sobre esta característica,onde
é utilizada asistema multivariável
em
subsistemas monovariáveis. Esta técnica apresenta-secomo
a maneira mais
adequada
para se viabilizar o controle.Com
base
nessa técnicade
desacoplamento
é projetadauma
malha
de compensação.
O
desempenho
damalha de
compensação
propostaé
verificado atravésde
simulação numérica utilizando o
programa
PSPICE.
Também
é desenvolvidoum
protótipodo
conversor para potência nominalde
500W
e da malha
de controle,como
formade
se analisaro
comportamento
dacAPiTu1.o
1ANÁLISE
DO
CONVERSOR
DUPLO
BOOST
1.1.
INTRODUÇÃO
Neste primeiro capítulo, é realizado
um
estudo analíticodo
conversordo
tipoBoost
operando
em
condução
descontinua e frequênciade
comutação
fixa.São
mostrados conceitos básicos a respeitodesse
conversor, seu princípiode
funcionamento,
bem
como
sua aplicação na correçãodo
fatorde
potência, assuntoque
é objetode
grande interesse atualmente.É
desenvolvida aindauma
análisematemática
do
conversor Boost operandoem
DCM.
Neste capítulo apresenta-se
também,
uma
nova estrutura,baseada no
conversor Boost,
que
apresenta características especiais noque
tange a possibilidadede
dupla tensãode
entrada e processamentoda
energiaem
doismódulos
"paraIelos", oque
permite a utilizaçãode
interruptores estáticosde
menor
potência, aindaque
em
maior número.
1.2.
ESTUDO
DO CONVERSOR BOOST
TRADICIONAL
1.2.1 .
CONVERSOR BOOST
CC-CC
Em
aplicações industriais o conversor tipo Boost é utilizadoem
situaçõesonde
se desejaque
a tensãode
saída seja maiorque
a tensãode
entrada,atuando
como
O
conversordo
tipo Boost écomposto
basicamente porum
indutorem
sériecom
a fontede
alimentação, oque
lhe confereuma
característicade
fontede
correntena entrada,
um
interruptor,um
diodode
saída eum
capacitorem
paralelocom
acarga,
dando
à saídauma
caracteristicade
fontede
tensão.A
estrutura básicado
conversor
pode
ser vista na Fig. 1.1.. L D ('V¬›
u
Vcc I Imw
CT
RoFig. 1.1 - Estrutura Básica do Conversor tipo Boost
A
tensãoVoc
de
entrada geralmente é obtida atravésde
uma
ponte retificadoraà diodos, devido ã sua simplicidade, robustez e baixo custo.
1.2.1.1.
PRINCÍPIO
DE
FUNCIONAMENTO
Por sua característica
de
elevadorde
tensão, o conversordo
tipo Boostapresenta
uma
tensãode
saída maiorque
a tensãode
entrada.Dessa
maneira, pode-se avaliar
que quando
o interruptor S1 conduz, porum
intervalode tempo
Tf , o diodoD
fica polarizado inversamente, mantendo-se bloqueado; assim, a correnteno
indutorcresce linearmente até
um
valorde
pico Ip,que
édado
pela expressão (1 .1).T
Essa
corrente no indutor representa a energia por ele armazenada,que
édada
pela expressão (1 .2).
1%
W
=
L
É
(1 .2)Nas
expressões (1.1) e (1.2), a corrente lpé
dada
em
Ampère
(A), a tensãoVcc
em
Volts (V), o intervalode tempo
Tfem
segundos
(s), a indutância Lem
Henry
(H)e
aenergia
W,
armazenada no
indutor,em
Joules (J).Durante o intervalo
de tempo
Tf, a correntede
cargaé
fornecida unicamentepelo capacitor C,
que acumulou
energia na etapa anterior. Este capacitordeve
sersuficientemente grande para fornecer a corrente
de
carga durante o intervalode
tempo
Tf
com
amáxima
queda de
tensão admitida nas especificaçõesde
projetodo
conversor.
Na
etapa seguinte,quando
o interruptor S1 recebeordem de
bloqueio, a tensãono indutor inverte a polaridade visando manter a corrente constante, pois sabe-se
que
a corrente no indutor
não pode
variar instantaneamente.Nesse momento,
com
acorrente imposta pelo indutor, o diodo
D1
é polarizadoe
passa a conduzir, transferindoa energia
acumulada no
indutor para o capacitor e para a carga.A
regulaçãoda
tensãode
saída é feita pelo laçode
realimentaçãoque
controlao
tempo
de condução do
interruptor S1. Assim,quando
ocorreum
incrementode
carga, o
tempo de condução de
S1 é automaticamente incrementado avfim
de
fornecera maior energia requerida pela carga.
Da
mesma
forma,quando
a tensãode
saidadecresce
e
otempo de condução de
S1 nãoé mudado,
a correntede
picoe
conseqüentemente
a energiaarmazenada
no indutor diminuem,provocando
uma
queda
na tensãode
saida.Essa
diminuição da tensãode
saida irá sensibilizar amalha
de
realimentação,que
atuará sobre o interruptor S1aumentando
seutempo
de
condução,
de
forma a mantê-la constante.Caso
a correnteno
indutor se anule antesda
próximacondução de
S1, diz-seque
o conversor estáoperando
nomodo
descontínuo, caso contrário, omodo
de
Na
Fig. 1.2 é mostrada a evolução da correnteno
indutor duranteum
períodode
chaveamento,
com
oconversor operando nos doismodos:
contínuoe
descontínuo.“LI”
¡L(t) |p1 ---"
'E' I I lII I II -I -ou Tz - Tf -IN l t 'Ê | T i T--¬
(H) (b)Fig. 1.2 - Forma de onda da corrente no indutor Boost
(a) Conversor operando no Modo Descontínuo (DCM)
(b) Conversor operando no Modo Contínuo (CCM)
No modo
de
operação descontínuo, a energiaarmazenada
pelo indutorno
intervalo
de
tempo
Tf é transferida integralmente à saída a cada períodode
chaveamento. Assim, a potência desenvolvida pela indutânciav
e
pela carga,assumindo-se
100%
de
eficiência, édada
pela expressão (1 .3).L2
Pwfi
‹1.2››Durante o intervalo
de tempo
Tz, a corrente no indutor Boosttambém
circulapela fonte
de
entrada (Voc). Destemodo,
a fontede
alimentaçãotambém
forneceuma
parcela
da
potência igual ao produtode Vcc
pela corrente médiaque
a atravessa|
T
PCC
=-É-.-1-_Z-.VCC t(1.4)
Assim, a potência total na carga é:
se
TZPO
=P¡_+PCC
(1.5)Substituindo (1.1), (1.3) e (1.4)
em
(1.5) tem-se:V2
PO z
Ef-.°f.(Tf+
Tz).Tf (1.6›Para garantir
que
a corrente no indutor se anule antesdo
próximo período, faz-+T,
= K.T
,sendo
que
K
deve
sermenor que
1.Desse
modo
pararuma
cargafixa e
uma
tensãode
entrada especificada tem-se:pode-se chegar a seguinte expressao
abaixo
vo
=vCc.,}-_-KÊ°L'Tf (11)Observando-se
a etapade
descarga linearda
correnteno
indutor até se anular,V
-V
ip
=
Â-L-C-QTZ
(1.s)De
(1.1) e (1.8) e definindo-se or=\/0%/
, obtém-se a importante relaçãoTZ =T,.1-Í: (1.9)
Toda
a análise feita até aqui, é válidaapenas
para omodo
de operação
descontínuo. '
1.2.2.
CONVERSOR BOOST
CA-CC
-O
conversor BoostCA-CC
é alimentado diretamente pela rede, possuindoum
estágio retificador na sua entrada, geralmente
formado
poruma
pontede
diodos,de
forma
que
na entrada do conversor propriamente dito, a formade onda da
tensãoé
uma
senóide retificada. 'Aparentemente, o conversor
do
tipo Boost teriauma
utilizaçãoum
tanto restrita,pelo fato
de serem
poucos os casosem
que
se precisede
altas tensõesde
saída apartir
de
baixas tensõesde
entrada. _Porém, a necessidade atual
de
tornar as fonteschaveadas
em uma
cargade
alto fator
de
potência para a rede, o conversordo
tipo Boostvem
tendo seuemprego
cada
vez mais difundido.1.2.2.1.
CONVERSOR BOOST
APLICADO
À
CORREÇÃO DO
FATOR DE
POTÊNCIA
A
correçãodo
fatorde
potência traz significativos beneficios tanto às estaçõesgeradoras
como
ao usuário final, pois, diminuindo-se o nívelda
correnteeficaz
nalinha, a potência
máxima
disponívelpode
crescerde
30 a40%,
oque
permite operarcom
aparelhosde
maior potênciacom
amesma
fiação.Com
a reduçãodo
níveldas
harmônicas
de
corrente, consegue-seuma
melhor utilizaçãodo
cobredos
transformadores
de
distribuição, pois reduz-se a correntede
neutro, melhora-se aEm
circuitosCA
lineares,onde
a correnteé
senoidal, o fatorde
potência édado
apenas
pelo cosseno do ângulode
defasagem
entre tensãoe
corrente ,denominado
fator
de
deslocamento (cos ¢).Porém
,em
circuitoschaveados
a correntenão
êsenoidal
e dessa
forma o fatorde
potêncianão
pode
ser determinadounicamente
pelofator
de
deslocamento. -Nesse
caso, o fatorde
potência (FP) verdadeiro,que
levaem
consideração oconteúdo harmônico da corrente, admitindo-se a tensão
da
redede
alimentaçãoperfeitamente senoidal, é definido
como
sendo
a relação entre a corrente eficazfundamental (lefm) e a corrente eficaz total (Iefr) (Fator
de
Distorção) multiplicado pelofator
de
deslocamento entre a tensão e a corrente fundamental (cos ¢(,)):|
FP
=
flcos
¢(1) (1.1o›efT
Nos
circuitoscom
correçãodo
fatorde
potência, geralmente o_ fatorde
deslocamento é unitário.
A
taxade
distorção harmônica (TDHH) é definidacomo
[3]V 2 TDH=í_\lZ'@f<"> (1.11) Ief(1) Assim, ×/1+T|:›H2`
Em
conversores estáticos,que
são circuitosnão
lineares por excelência, para secorrigir o fator
de
potência verdadeiro e diminuir o conteúdo harmônico,usam-se
métodos
com
circuitos passivos (filtros LC), ou ativos (pré-reguladoresCA-CC
PFC).menor
custo, maior eficiência emenor
peso evolume quando
confrontadacom
ométodo
'queemprega
filtros passivos, aindaque o
projeto,dimensionamento e
implementação sejam mais difíceis.
Exemplificando, a utilização de
uma
ponte retificadora apenas, para se produzirum
nível contínuo, geraum
fatorde
potência verdadeiroem
tornode
0,65 na entrada,que
é muito baixo.Dessa
forma, o circuito transfere potência sóem
pequenos
intervalos
de
condução,degradando
a tensãode
linhaCA
devidoao
alto valorRMS
da
corrente e a elevada distorçao harmônica.
Com
as novasnormas
internacionais relacionadascom
a qualidadeda
energia,como
a IEC 555-2, a distorção harmônica introduzida na linha pelas fontescomutadas
deve
se manter rigorosamenteem
níveis inferiores àqueles obtidoscom
retificadoresclássicos.
Atualmente, a estrutura mais
comumente empregada
para a correção ativado
fator
de
potência (para potências moderadas) ê o conversor Boost. Este tipode
conversor oferece
um
bom
compromisso
entre tamanho, eficiência, complexidade ecusto para a maioria das aplicações entre
500W
e1500W.
Até o
momento,
o conversor Boostoperando
em
DCM,
usado
como
pré-regulador para
PFC
apresenta melhores característicasdo que
outras topologias,dentre as quais pode-se destacar: simplicidade, pois utiliza
menor número
de
componentes
semicondutores, ofereceuma margem
ampla de
variação na tensãode
entrada
mantendo
a saida regulada, aliada à disponibilidadeno mercado de
circuitosintegrados para controle à custo razoável.
O
conversor Boost aplicado à correçãodo
fatorde
potênciapode
operarno
modo
contínuo (CCM),sendo
também
conhecidocomo
multiplicador,ou
no
modo
descontínuo
(DCM) chamado
de
seguidorde
tensão. lOperando
como
multiplicador a corrente no indutor é contínua,com
um
pequeno
"ripple" se
comparado
com
a corrente na rede CA.Essa
corrente ê monitoradae
controlada para
que
sigauma
referência senoidal proporcionalao
sinal retificadoda
sinal
de
referência senoidalde
corrente,de
acordocom
o sinalde
erroda
tensãode
saída,
como
pode
der visto na Fig. 1.3.‹~L»¬
É
3 |-L
%
QI'
si CT
R° iref›
4
Fig. 1.3 - Circuito básico do conversor Boost operando
em
CCM
para correção do Fator de Potência '
Operando
nomodo
descontínuo,como
seguidorde
tensão,o
tempo
de
condução
é controlado diretamente pelo sinalde
erroda
tensãode
saida,como
pode
ser visto na Fig. 1.4.
A
comutação
é feita auma
frequência muito maiorque
ada
rede.Assim, no intervalo
de
condução, a tensãode
saída é constante.|__ D
0
+1- rS1 C
T-
“°m
4
Fig. 1.4 -Circuito básico do conversor Boost
em
DCM
Segundo
a expressão (1.1), nomodo
descontínuo,com
a indutânciae
o
tempo
de condução
fixos, a correntede
pico seguirá naturalmente a forma deonda da
tensãode
saídado
retificador, ou seja,uma
senóide retificada.O
seguidorde
tensão apresentaum
esquema
de
controle mais simplescomparado ao do
multiplicador, pois só requerum
laçode
controleda
tensãode
saida para 0 ajustedo
tempo
de
condução.Além
disso, por apresentarcondução
descontínua, os problemas de. recuperação reversa
do
diodo Boost são evitados e asaltas perdas
de chaveamento
caracteristicasdo
modo
contínuo são diminuidas. Poroutro lado, o seguidor
de
tensão apresentauma
corrente eficaz maiorna
chave,tornando as perdas
em
condução
maioresque
no casodo
multiplicador,quando
seusa transistores de tecnologia
MOSFET.
Tendo
em
vistaque
na entradade
cada conversor tem-seum
filtro sintonizadona frequência
de
chaveamento, no multiplicador ter-se-á na redeuma
formade onda
de
corrente senoidalcom
pouca
distorção harmônica.No
seguidorde
tensão, acorrente
não
é puramente senoidal, devido àmodulação da
corrente no indutor durantea descida.
A
Para se estimar o fator
de
potência, a taxade
distorção harmônicae
definir oscomponentes
da estrutura, é precisoque
seconheça
ocomportamento da
corrente naentrada e
em
cadaum
dos componentes. Por isso, será mostrada a seguir, a análisematemática
do
conversorem
DCM.
E
2
1.2.2.2.
ANÁLISE
MATEMÁTICA
DO CONVERSOR BOOST EM
DCM
Inicialmente,
definem-se
hipóteses simplificativas para o estudo geralda
estrutura,
que
sao:- Frequência
de
chaveamento
muito maiorque
ada
rede, oque
determinaque
atensão senoidal de entrada (v,N =V,,.sen(¢)), possa ser considerada constante
num
período
de
chaveamento.- Capacitor
de
saída grande o. suficiente para manter sua tensão constante-
Carga
constante.- Semicondutores ideais.
Com
a presença da ponte retificadora, as etapasde
funcionamentosão
iguaistanto para o ciclo positivo
como
parao
negativoda
rede.Na
Fig. 1.5 sãomostradas
asformas
de onda da
tensãode
entrada, corrente no indutor e tensão nachave
paraum
instante qualquer. _ - A Vin Vp.sen( p.sen(¢l) 1 1 1 1 _ 1 1 1 1 ' 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 rf , : . . F 4” E 'W “E "- ' Í 'P2 = Im ` `
Tf§Tz1
ígrfgrzz
;_ ' V5 :::
E :E I z 1 . 1. I 1 1 . 1. .. uuuuu ttttt ›Fig. 1.5 - Comportamento da corrente no indutor e tensão na chave
Assim
asequações
(1.1) e (1.9)ficam:
Ip =ÉJ-|;lf-.sen(¢) (1.13)
Quando
se analisa o conversorcom
entrada contínua, faz-se a relação entretensão
de
entrada pela tensãode
saída.Em
CA, relaciona-se o picoda
tensãode
entrada pela tensão
de
saída. Assim:0:
=
i
Vo
(1.15)A
seguir serádemonstrado
ocomportamento das
principais grandezas elétricas:a) Corrente
Média
na Chave:Num
periodode chaveamento
tem-se:'Smd
:
2.TSendo
a razão cíclica definida por:Tf
D
_T
onde
T
representa o período de chaveamento.Substituindo (1 .13)
e
(1 . 17)em
(1 _ 16) tem-se: |p.tf 'Smd=
2.T <1.1ô) (147) (1.1s)onde:
Num
períododa
rede ter-se-á:vp.D2
'Smd
=
onde
fs é a frequênciade
chaveamento.b) Corrente
Média
no Diodo ( Correntede
Saída):Num
períodode chaveamento
tem-se:I
_
Ip.TzDmd _
Substituindo-se (1 .13), (1 .14), (1 .15) e (1 .17)em
(1 .20) tem-se: I=vP.D2
‹z.sen2(¢›Dmd
2.L.fS '1-‹×.sen(¢)Num
períododa
rede ter-se-á:v
.D2 'cmd=
|o=
Ê-Y(fl)
fiz
11 2 (rc _1( oc Y<°°>=_
*&*íFTrítë**g
LTJJJ
(1.19) (1.20) (1.21) (1.22) (1 .23)c) Corrente
Eficaz
na Chave:Num
períodode
chaveamento
tem-se:v
.sen(¢) /D3|Sef
=“P-LTs'“'
T
(1-24)Num
períododa
rede tem-se:vp
D3
|Sef-LfS,f 6 (125)
d) Corrente
Eficaz
no Diodo Boost:Para
um
períodode
chaveamento
tem-se a seguinte expressão: '`
vp
f0z.D3 sen3(¢)I Def
=
. _ (1.26)Lfs 3 1-‹z.sen(¢)
Num
períododa
rede tem-se:v
D3
y(‹z) zz|Def
=
?_'°š,fT.zz.(T-E
(1 .27)e) Corrente
Eficaz
no Indutor:A
corrente eficaz no indutor édada
por:Substituindo (1 .25) e (1 .27)
em
(1 .28) tem-se:V
}n.y(oc).D3f) Corrente
Eficaz
na Entrada:Sabendo
da
presençado
filtro na entradado
conversor, pode-se admitir o valorinstantâneo
da
correntede
entradacomo
sendo
o valormédio
da correnteno
indutornum
períodode
chaveamento, assim:_
V
.D2 sen cut)"N
=
2ÉL.fS '1-‹z.snm)
(130)Sendo
mt a frequência angularda
rede, a corrente eficaz fica:Vp.D2.oc fZ(oz) I|N- 2_LfS Tt (1.31)
Onde:
2 1: 2.oc2-1
2 1: _ oczm)
={‹z.‹1-‹×2›*uz
+
‹×2.‹1-‹×2› 'J1Tf(§“g
(132) g) Potênciade
Saída:Admitindo
100%
de
rendimento, tem~seque
a potência de saídaé
igual àpotência ativa
de
entrada, assim,conhecendo
a correntede
saida (1.22),chega-se
àexpressão (1 .33):
v¿'_§.D2
h) Fator
de
Potência: AO
fatorde
potênciapode
ser expresso por:__5N__M
li
~ P_V|N.||N
_
G
TC.Z(OL) (1-34)Verifica-se pela expressão (1.34)
que
o fatorde
potência, para esta estrutura, sódepende
da
relaçãode
tensões (oi), oque
significa dizer que, mantida a tensãode
saída regulada, pode-se variar a carga
que
o fatorde
potênciapermanecerá
inalterado.Além
disso, percebe-seque
quantomenor
for oz, ou seja, maiora
tensãode
saída,mais alto será o fator
de
potência. Istopode
representarum
inconveniente, pois implicaem
se ter altas tensõesde
saída parauma
dada
tensãode
entrada,com
a
finalidadede
se conseguirum
fatorde
potência alto. ~i) Indutância Crítica: _
A
condição crítica édada
pela razão cíclica limiteque
garante a descidada
corrente até zero. Este é o limite entre
condução
contínua e descontínua. Então:Dc,
=
(1-oz) (1.35)Aplicando-se (1 .34)
em
(1 .32) chega-se à expressãoda
indutância crítica:vš.(1-‹z)2
_ |_C¡-
=
~.a.y(a)
(1.36)j) Capacitor
de
Saida:A
correnteno
diodo apresentauma
significativacomponente harmônica
em
Das
expressõesdo
diodo Boost, pode-se obter a sua correntede
picomédia
instantânea,
que quando
subtraída da correntemédia
de
saída, seobtém
a correntede
pico
média
instantânea no capacitor. Considerando-se estacomo
a correntede
pico, acorrente no capacitor
pode
ser escrita como:d
vp.o2
oz y(‹×) '°P'<:2.i_fS'(1-oz fz (137)AV
`Como:
-2-°-=|cpk.XC , |co
=
;¡r2*°ÃTc (1.3s› Assim,V0
D2 oi omrC
5
' ' (-
J 1.39 ° 4.1z2.L.fS.fr.Av,,,,,×1-oz y(°°) ( )Onde
Avmax
é a ondulaçãomáxima
admitida no capacitorde
saídae
fr a frequênciada
rede. Então, fazendo fr=60Hz e aplicando (1 .22) chega-se aexpressão
abaixo,
que
permite estimar o valor do capacitorde
saída.I omr
c
°E
s° -1) 1.401.3.
ESTUDO»
DA ESTRUTURA
PROPOSTA
PARA DUPLA TENSAO
(110V-220V)1.3.1.
ESTRUTURA
PROPOSTA
A
estrutura proposta para dupla tensãode
entrada [1] consiste basicamenteno
mesmo
Boost,que
em
conjuntocom
uma
ponte retificadora eduas
chaves proporcionaem
sua saídaum
dobradorde
tensão.A
tensãode
entrada é selecionada pormeio
de
um
interruptor.Com
isso, busca-se reduzir os esforços de tensão naschaves
bem
como
melhorar o rendimento e ovolume
em
comparação
com
o Boost tradicional.Lb/2
Db
S12xCo
D1Vm
D2 220 -| +cê
2
~W
S3 1 1Ú - "' D3 D42xCo
A Lb/2Db
Fig. 1.6 - Estrutura proposta para dupla tensão de entrada
O
indutor Boost foi divididoem
duas
partes, assimcomo
o capacitorde
saída.As
chaves S1 eS2
são acionadas simultaneamente para abrir e fechar,com
frequência constante e razão cíclica ajustável
segundo
as variaçõesde
carga outensão
de
picoda
rede._Através
do
interruptor S3, faz-se a trocade
topologia necessária,de
acordocom
1.3.2.
TOPOLOGIA
EM
220V
Posicionando-se o interruptor na posição 220V, tem-se basicamente o Boost, só
que
agoracom
metade
da tensão nas chaves e no capacitorde
saída.Na
Fig. 1.7 são mostradas as etapas de funcionamento para tensão positivada
rede, para
um
períodode
chaveamento. Para a tensão negativada
rede, a análise éexatamente
amesma,
sóque
nesse caso os diodosda
ponteque
conduzem
são
D2
eD3. Lb!2 Dbi P Vin 32_| D3
Ài
D4 2›‹Co 4 Lb/'2 Db2 Etapa 1 - S1, S2, D1 e D4 conduzem Lb/2 Dbi D1i
U3 Sl' 2×C0 v' V S2 ln _i D2Ai
D4 2›‹c@ Lbƒ2 Db2Lb¡`2 DÉ1 /V\/N/'\ 01 D2 Sli ¡_1 2xCo Vin $2__| D3 D4 na 2×C0 NYYN K] Lbf2 Db2
Etapa 3 - Nenhum semicondutor conduz
Fig. 1.7 - Etapas de funcionamento
em
220V1.3.3.
TOPOLOGIA
EM
110V
Posicionando-se o interruptor
S3
na posição 110V, tem-se agora,em
cada meio
ciclo
da
redeum
Boost tradicional,porém
com
metade
da potência e tensãode
saída.As
etapasde
funcionamento para o ciclo positivoda
rede são mostradas na Fig. 1.8.Lb¡2 Db1 oi S1 2×°° Vin '| S2_| . D3 ti T2xCo NYYN K]
1
Lb/2 ob2 Etapa 1 - S1, S2 e D1 conduzemLbf2 Dbi D1 S1 ÊXCO vin -l _ S2_! D3 it] 2xCo ^^^^ ld Lb›'2 Db2 .Etapa 2 - D1 e Db1 conduzem Lb.‹Q Dbi D. ""`;,,1 D*
ë
,H
~ Oziq
“I
2xCo ('YYY'\ Lbf2 DbzEtapa 3 - Nenhum semicondutor conduz
V Fig. 1.8 - Etapas de funcionamento
em
110VCom
o conversoroperando
em
110V, a análise quantitativa sofreuma
pequena
variação, pelo fato
de
se terem
cada Boost transferênciade
energia só acada meio
ciclo
da
rede,com
metade da
tensãode
saída.Dessa
forma, nas definiçõesdo
valormédio
e eficaz das correntes, deve-se tomar o período completo da rede,lembrando
ainda que:
L,=L2=L%
c1=c2
=2.cO
Assim:
Tensão
de
saídade cada
Boost: Vomo)=
X29 (1 .42)V
Tensão de
pico decada
Boost: Vpmo)=
Lga
(1 .43)V
V
RI
“dt
"z
zlflzlflz
1_44eaçao
eensoes
oimo,Voam)
Vo
oi ( )
Fazendo-se
uma
comparação
das grandezas entre as topologiasem
110V
e220V
paramesma
potência e tensãode
saída, tem-se:Dum)
=
«/5.0920, (1 .45›Os
valores eficazes das correntes no indutor, chaves e diodo Boostsão
relacionados por:
¡ef(11o)
=
Í*/5-¡ef(22o) (1-46)Os
vaiores médios das correntes no indutor, chavese
diodoBoost são
relacionados por:
Os
valoresde
pico das correntes no indutor, chavese
diodo Boost sãorelacionados por: _
|P(11o)
=
~/5-|P‹22o) (1 -43).
O
valor eficaz da corrente na rede, admitindo-seo
filtrode
entradaé
relacionadapor:
|lNef(11o)
=
2-|iNef(22o) - (1-49)A
expressãodo
fatorde
potência não é afetada pela trocade
topologia. Assim,para a
mesma
potência, tensãode
saida e relaçãode
tensões, o fatorde
potênciaque
o conversor apresenta ê o
mesmo,
em
110V
ou 220V.H
1.4.
CONCLUSÃO
Com
o estudo desenvolvido neste capitulo, fica evidenciadoque
o conversordo
tipo Boost apresenta-se
como
uma
excelente alternativa para a correção ativado
fatorde
potência, relativo à entradado
retificadorque
o alimenta. `A
operaçãodo
conversor Boost nomodo
descontínuo apresenta certasvantagens,
como
o fatode
trabalharcom
frequência constante, oque
otimiza o projetodos indutores. Outra
vantagem
percebida é a denão
precisarde malha de
corrente,simplificando assim o seu controle.
Além
disso,com
a extinção naturalda
corrente, asperdas por
comutação
ficam
bastante reduzidas.A
principaldesvantagem da
operaçãoComo
foi visto, o fatorde
potência e, por consequência, a taxade
distorçãoharmônica
dependem
exclusivamenteda
relação entre as tensõesde
entrada ede
saída.
O
conversor proposto, para dupla tensãode
entrada, permiteque
seempreguem
semicondutoresde
menor
tensãoque
os utilizadosnum
Boostconvencional para a
mesma
potência, poisficam
submetidos a esforçosmenores
que
estes. Porém, 'a confiabilidade diminui, pelo fato
do
número
decomponentes
teraumentado.
Mesmo
assim, o custo totaldo
Duplo Boostpode
sermenor que
odo
Boost convencional pois o custo dos semicondutores cai bastante à
medida que
acAPíTuLo
2
MODELAGEM
DO
CONVERSOR
2.1.
INTRODUÇÃO
A
caracteristica não-linear dos conversoreschaveados
dificulta suamodelagem,
que
éde
fundamental importância para o projetode
controladoresadequados
visandoo
bom
desempenho
destes.Com
isso, diferentesmétodos
para análise emodelagem
de
conversoresvêm
sendo
apresentados e continuamente pesquisados visando solucionar esse problema.Neste estudo adotou-se a técnica
de
modelagem
da
chavePWM
[6] pelasvantagens
que
ela apresenta,como
eficiência e simplicidade, na análiseCC
ede
pequenos
sinais (CA)de
conversores básicos,como
é o casodo
Boost.2.2.
TÉCNICA
DE
MODELAGEM
DA
CHAVE
PWM
EM DCM
A
chavePWM,
mostrada na Fig. 2.1, éum
dispositivode
três terminaisque
representa toda a parte não-linear do conversor, ou seja, seus elementos
semicondutores.
Os
seus terminais, designadosde
a,p
e c, referem-se a ativo, passivoe
comum,
respectivamente.D
representa a razão cíclica.O
símbolo (~) indica o valorFig ¡__"" |›
U
| ¡ | ||| | C . 2.1 -A
chavePWM
Dessa
forma,em
muitos conversores, pode-se agrupar a chave ativa (trans|stor)e a passiva (diodo)
em
uma
única chavePWM,
como
pode
ser visto na Fig. 2.2onde
são mostradas quatro topologias básicas
em
que
achave
PWM
é identificada.N 'I I “\. 1 ° | | | gi I | L L
I
I
C II Vg OWII
sssssT
I
,Ti
" ' Li tz âl ' I I I I II I I I I I I I “`-_I I II I I I I I II O vv :U,I/“IPI
,,I”“*
'I“M
~Id
Fig. 2.2 - Identificaçäo da chave
PWM
em
conversores básicos(a) Buck, (b) Boost, (c) Buck-Boost, (d) Cuk
Com
achave
PWM
colocada no conversor Boost (Fig. 2.3) e tendoem
vistasua
operação
em
condução
descontínua, mostrada na Fig. 2.4, pode-se estabelecer asexpressões
das
correntes e tensõesmédias
nos terminais da chave, representadasL
C D
C Ro
8 _
|
Fig. 2.3 - Conversor Boost com chave PWM.
Voc 0 Ta (t) Ípk
oí=___í.
'U Ã' Tv (Í) E DTs D 2Ts -1 rnFig. 2.4 - Corrente instantânea nos terminais da chave
PWM
em
DCM.Ía=|-pš-.d ¡-¡P_*<d
P-
2'
2 L.i “ac:FÉ
V °°:
|_.¡,,k d2.TS (2.1) (2.2) (2-3) (2.4)Dessas
equações, pode-se deduzir as seguintes relações entre tensões ecorrentes
médias
na chavePWM.
Essas relações entre tensõese
correntesmédias
são invariantes
e independem do
conversoronde
achave
for implementada.. d . ia
=
Ei,
(2.5) d vac=
í2.vcp (2.6) 2.L ia 2.1. ipd2'd.TS'vcp'd.TS'vac
(27) Considerando: d=
-
2.8 ll dz ( ) ç tem-se: Vcp=
p. Vac (2.9) ~ la=
trip (2.1o› 2 2H=d.TS_vc,=d.Ts_v_ac
(211) 2.L la 2.|_ lpAs
expressões (2.9), (2.10) e (2.11) representam omodelo
para valoresmédios
ia ip
a .
P
p
O
Hvâti,_ C
Fig. 2.5 - Modelo
CC
da chavePWM
em
DCM
Quando
essemodelo
éusado
na análiseCC
nas expressões asgrandezas
sãosubstituídas por seus valores
CC,
isto é, D, Vpg, Ia, etc...O
modelo
parapequenos
sinais (ou CA), é obtidoda
relação entre a perturbaçãoem
valoresmédios
sobreum
dado
pontode
operaçãoCC
(D, lp, Vag).Assim, perturbando as
equações
(2.5), (2.6) e (2.7), tem-se, depois dealguma
álgebra:ia
=
Va(;.g¡ +k¡.dA A A A
ip
=
gf.Vac+k0.d-g°.Vcponde
o sinal (^) indicaque
a grandeza representauma
perturbação.2.| ki
:Ei
2.| '<°*rf
IE Qi_
Vac IP go“Tm
2.1,, gf "E
(2.12) (2.13) (2.14) (2.15) (2.1ô) (247) (2.1s)Essas
equações correspondem ao
circuito equivalente mostrado na Fig. 2.6. /.\ /.\ | | a p a -p gi kià gfoac k°à go 1 cFig. 2.6 - Modelo
CA
da chavePWM
em
DCM.2.3.
MODELAGEM
DO CONVERSOR
DUPLO
BOOST EM
DCM
O
primeiro passo para se determinar as característicasCC
eCA
do
conversoré
a identificação
da
chavePWM.
No
casodo
conversorem
estudo, essa identificaçãoé
imediata,
como
pode
ser visto na Fig. 2.7.Para efeito 'de
modelagem,
desconsiderar-se-á toda a partede
entradado
conversor, ou seja, sua ponte retificadora e filtro
de
entrada,ficando
a entradaconstituída
apenas
poruma
fontede
tensão continua.L1 ° z: ' 1 ai ~ ycc Flsei Ro a2 . C2 L2
2.3.1.
ANÁLISE
CC
DO
DUPLO
BOOST
EM
DCM
Substituindo o
modelo
CC
da chave
PWM
(Fig. 2.5) no conversor Duplo Boost, erealizando as modificações necessárias para análise
CC,
mostradas na Fig. 2.8, pode-se obter o
comportamento do
conversor para razão cíclica constante, isto é,seu
pontode
operação (Vac, lp). u1 Vaci _©
OT; + u1|p1 la1 Vcc Ro Vo lí uzl pz Iaz(D
lê: u2Va¢2Fig. 2.8 - Modelo
CC
do conversor Duplo Boost.Do
circuitopodem
ser tiradas, as seguintes relações:l~11-|p1= "Hz-|p2 ¡p1= -|p2
=
lo=
YQ
Ro
|m=4ú
De
(2.19) e (2.20) chega-se a, H1=
llz=
li (2.19) (2.2o) (221) (2.22)indicando
que
as duas chaves -operamde
maneira idêntica, oque
éuma
condiçãonecessária para esta análise.
Assim, tem-se:
Vcc
=
Vac2_
Vac1 '(2-23)
Voc
=
U(Vac1_
Vac2 )+
V0u
(2-24)
De
(2.23) e (2.24) chega-se à taxade
conversão (M),que
relaciona a tensãode
saída e a tensão
de
entrada (caracteristica estática ou pontode
operação):Mz-Vi=1+u
(225)Vcc
De
(2.11), tem-se que: VcD1 : VcP2:
Vac1 : Vac2 ' (2 26) |a1 |a2 |p1 |p2 'Assim,
combinando
com
(2.20) e (221), tem-se:Vac, = -Vacz (2.27)
a
De
(2.23) e (2.27): Vac1Ê
_%"
' (229)v
Vac2=
%Q`
Assim,
com
(2.29) e (2.20) obtém-se o pontode
operação (Vac, lp)das duas
chaves: ~ _
-Vo
.É
POl=(2.(1+p)'
R0)
‹2.3o)_
Vo . V_oPO2=(2.(1+u›
'R0)
2.3.2.
ANÁLISE
CA
DO
DUPLO
BOOST EM
DCM
Í
O
modelo
parapequenos
sinaisdo
conversor Duplo Boostem
DCM
édeterminado substituindo-se o
modelo
CA
da chave
PWM
(Fig. 2.6).O
.circuitoequivalente
pode
ser visto na Fig. 2.9. Nesta análise, a fontede
alimentaçãoV¢¢
écurto-circuitada, pois busca-se tão
somente
o efeito resultantede
perturbações (oupequenos
sinais).Para efeito
de
simplificação, fez-se:1
M
=
Rse¬+
š-_-51 (232) 1N
= R$62 +
O G11 * gi G1 _Ro
+ giG2
N
v2G22
- go A A = Qf.Va¢1+ k01.d1 = gf.V3¢2+ k°2.d2 Éš]G1:
ki-|.d1G2
= k¡2.d2Fig. 2.9 - Modelo
CA
do Duplo BoostO
objetivo dessa análise é ode
se encontraruma
função transferênciaque
relacione a variação da tensão sobre os capacitores
de
saídacom
a variaçãoda
razãocíclica
das duas
chaves.Dessa
forma, as variáveis aserem
monitoradas serão v1 e v2,que são
as tensões sobre os capacitoresC1
eC2
(com
suasRse
- Resistência SérieEquivalente ~ incluídas) respectivamente.
Cada
uma
dessas variáveis está relacionadaA A A
v1
=
FT11(S).d1+FT12(s).d2vz =FT21(s).d1+FT22(s).dz `
Do
circuito visto na Fig. 2.28 tiram-se as seguintes expressoeszA A A
ia1= Vac1.g¡ + k¡1.d1
A A A
iaz
=
Vac2.g¡ + kiz. dzA A A A
i,,1= gf. va¢1+ k°1.d1- g°.v¢¡,
A A A A
ipz
=
Va¢2+ koz. dz- go. VçpzA A A A A A A A A A A A
ip1+i×1+i0=ip2+ix2_i0
A . A A ig-H: Vac1“Vac2 A A A V0 i×1_N. ÍX2 A A A A A Vo=
Vac2+Vcp2'" Vac1- Vcp. A A A AV0+
Va¢1+V¢p1+:
O A A Avo-v2=
i×1.M A A A Va¢1+V¢p1+ Í×1.M= O A A (2.34) (2.35) (2.36}› (2.37) (2.38) (2.39) (2.40]› ‹[2.41 ]› ‹[2.42) ‹[2.43]› (2.44) (2.45]› (2.46) (2.47)No
desenvolvimento dessas equações, utilizando oprograma
MATHCAD,
resultaram as seguintes expressões,
que
levam à determinaçãodas
funçõesde
transferência. `
Q=l+l
'M
N
G
=
Qi + Qf K1=
ko1+kiT1=
H.G+H.g°
+1
T2
=
T1+
93°+1
P1=M+R+g¿,.R.M
P2=
gf.R.M-M-R
Y
:G_T2_
P2.g°.T1 P1 M.T1Z=
-ET+1
W
=
kO1.R.M.g°_K
P1N
B1=
go.g¡.H.N-M
N
B2=2.g¡.N+g¡.H.o.N+«M
B3
= g|.K1.H.N+k¡1.N M.B1 F1=*-Í5í*+1 P2.B1F2=~31--B2
i‹,,1.R.M.B1F3
_ P1-B3
(2.48) (2.49]› (2.50]› (2.51]› (2.52}› (2.53) 112.54) (2.55) (2.56) (257) (258) (2.59) (2.60) 112.61) (2.62) (2.63)x
=|=1.Y-z.F2.g° (264)x1=
T1.W.F2+F3.Y
(2.õ5) x2=i‹¡1.N.Y+K1.F2 (2.õô) X1 |=T11=FT22 =
Y
=
FT
(2.õ7)FT12 z
FT21=
š
=
FT2
(258)Como
já era esperado, devido à simetriado
circuito, a funçãode
transferênciaque
relaciona v1com
d1 é amesma
que
relaciona v2com
dz; omesmo
se verificacom
a funçãode
transferênciaque
relaciona v1com
dz
e aque
relaciona v2com
d1.Assim, pode-se escrever: «
i=T1(s)
=
G1.«ä
<2.ô9)FT2(s)
z
G2. -É-äš (2.7o)Onde:
_N1(s)
=
a1o.â1° +a9.s9 +as.s8 +a7.s7 +aõ.s6 +a5.s5 +a4.s4 +a3.s3 +a2.â2+a1.â+ao
D1(â)
z
b1o.s1° +b9.s9 +ba.s8 +b7.s7 +bô.s6 +b5.s5 +b4.â4 +b3.s3 +b2.s2+b1.s+ao
(271)
N2(s)=c11s11+c1O.s1° +c9.s9 +o8s8 +c7.s7 +c6s6 +c5.s5 +o4.s4 +c3.s3 +c2s2
+c1s+oO
o2(s)=d1zs12+d11s“+d1o.â1°+d9.s9+das8+d7.s7+ós.â6 +ó5s5+ó4.â4+das3+azâ2
+‹ns+do
r
Constata-se
que
a FT1 possui 10 pólos e 10 zeros eFT2
possui 12 pólos e 11zeros, representando assim sistemas físicos realizáveis, o
que
erade
se esperar.Com
esses resultados, fez-seum
estudodo comportamento da
planta(conversor) para três situações distintas,
que
são:P0
=
õoow
1N
' i; )°m'"a
vcczzzov
2)|v|àסma- ' P° :500W
VCCmin=195V
3)|v|rn¡maz P°'“"'=
250W
VCCma×:
245V
Traçou-se então os Diagramas
de
Bode
de módulo
e fase (Fig.2.10)desses
trêscasos
com
o objetivode
melhor avaliar as variações das grandezasda
funçãode
transferência
do
conversor (planta)em
cada
uma
das situações e, assim poder definircaso mais crítico
do comportamento
global do conversor.Uma
vez garantido ofuncionamento na situação mais crítica, o funcionamento nas
demais
situações estaráautomaticamente garantido.
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