u'9-ESCOLA
DEClÊNCIAS
SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE LINGUíSTICA E LITERATURAS
Contrihuto para
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ESCOLA
DECIÊNC|AS SOC|AIS
DEPARTAMENTO DE LINGUíSTICA E LITERATURAS
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ÂcneoncrMENTos
Ao
terminar
este
trabalho,
expressoprimeiramente
e
em
particular
o
meu reconhecimento e gratidão à minha orientadora, SenhoraProf
Doutora Olga Gonçalves.Foi para
mim
umprivilégio
tê-latido
como professora e orientadora. Jamais esquecereitodo
o
caminho
que percorri.
Foi
um
percwso de muitos
desafios.Agradeço
adisponibilidade sempre manifestada, o seu aconselhamento e a sua arrizaÃe.
À
minha família deixo
tambémpalawas
de
agradecimentopor todo
o
apoio, dedicação e compreensão que me deram.O presente Trabalho de Projecto consiste na análise da tradução de The Catcher in
the Rye
(J.D.
Salinger) rcalizadapor
João Palma Ferreira eintitulada
UmaÁgulha
no Palheiro.O estudo efectuado enquadra-se no âmbito da tradução de prosa litenária e tem por
objectivo específico comparar o uso de expressões idiomáticas, de coloquialismos e de
palavras
e
expressões'tabu'
nos dois textos
produzidos.
As
convergênciase
asdivergências que sobressaem do confronto entre estas duas obras são abordadas
àhn
daoperação de transposição e de transformação a que o exercício de tradução normalmente corresponde, nela tomando em consideração os aspectos intertexhral e intercultural que
lhe estâo subjacentes.
Palavras-chave: tradução,
prosa literária"
expressõesidiomáticas,
coloqüalismos,ContriSutim
to
a
Conparative
flna$sis
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Catcfrn
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(Pdífieiro»
ÂssrRÂc"r
The present Project
Work
consistsin
the
analysisof
a Poúuguese translationof
The Catcher
in
the Rye (J.D.
Salinger) authored by João Palma Ferreira under theütle
Uma Agulha no Palheiro.
The study was undertaken
in
the frameworkof
literary prose translation and aimsat comparing the use
of
idiomatic
expressions, colloquialisms and taboo wordsin
bothtexts. The
convergencesand
divergences betweenthe
two
texts
are analysedon
thebasis
of
the
operationof
transpositionand
transformationnormally involved
in
thetranslation process,
taking
into
accountthe intertextual
andintercultural
aspects thatunderlie
it.
Key words:
translation,
literary
prose,
idiomatic
expressions,colloqüalisms,
taboo words, intertextual, intercultural.Agradecimentos
Resumo
Abstract
Índice
I
-
Introdução2
-
A
Tradução de ProsaLiteúrra
3
-
The Catcher in the Rye vs Uma Agulha no Palheiro 3.1-
Sinopse3.2
-
Análise Comparativa3.2.1
-
Coloquialismos3.2.1.1-Goddam
3.2.1.2-
Phony3.2.1.3
-
Hell,
Chrissake, Damn3.2.1 .4
-
Lousy, Crap, Stinking3.2.2-
Palawas Obscenas. Palawas Tabu eEúemismos
3.2.3-
Expressões Idiomáticas ... 4-
Conclusões lll ... lV VII
...6l3
...53 54 52 54 586l
7l
76 80 ...67 5-
Referências Bibliogrrfficas 821- INrnoouçÃo
O
Trabalho de Projecto que se apresenta enquadra-se no âmbito do Mestrqdo emLínguas Áplicadas e Tradução e cer-.tra-se na análise comparativa de The Cqtcher
in
theRye,
obrade
autoria
do
escritor
norte-americanoJ.
D.
Salinger,e
da
sua traduçãorcalizadapor João Palma
Ferreir4
com otítulo
Uma Agulha no Palheiro, publicada em1983 pela Colecção Dois Mundos, da Edição
"Liwos
doBrasil",
Lisboa.A
escolha destas obras prendeu-se com razões de natureza pessoal e profissional.Com efeito, se
desdecedo
na minha
formação
académicaJ.D.
Salinger,
escritorrecentemente falecido,
contribuiu
fortemente para uma reflexãocrítica
sobreo
ser e oestar
no
mundo,
nomeadamenteatravés
dos vários
Íetratos
que nos
ofereceu
dajuventude e da sociedade norte-americanas das últimas décadas do século passado, João
Palma Ferreira,
figura
maior no panoftrma das Letras portuguesas, na sua qualidade detradutor,
ficcionista,
crítico
e historiador
literário,
'deu-nosa
ver'
a
representação deuma parte desse mesmo mundo, ainda que à
luz
do olhar subjectivo queo
exercício de tradução, naturalmente, lhe impôs. Razão não menos importante para esta escolhafoi
aque
se prendeucom
a
actividadede
docênciaque
desenvolvohá
alguns anos. Naverdade,
proporcionar aos
alunos,por
mais
jovens que
sejam,o
conhecimento deexperiências de
vida,
de valores estéticos, éticos e morais através, nomeadamente, daLiteratura
é
tarefa fundamental,dentro
ou fora da
salade
aula.E
a
traduçãoé
uminstrumento
de
educação precisamenteporque
chegaa
leitores
cujo nível
cultural
eeducativo
é
forçosamente
diferente
do
dos
leitores
do
original.
As
estruturaslingústicas,
as formas de pensar e de expressar ea
cultura variam, como se sabe, decomunidade
para
comunidade,mas podem
explicar-se
-
e
em última
aniílise
aexplicação
é
a
tradução(NEWMARI(
2006).
A
par
de uma
concepçãoutilitríria
detradução
tem
a
suaprópria
emoção,o
seupróprio
interesse.Isto é,
para além
dos aspectos intertextuaise
interculturais que
o
tradutor
sempre deveter em
atenção, a tradução deve igualmente ser considerada como uma forma de arte.Ciente do grau de dificuldade e dos riscos subjacentes à aniílise dos textos acima
referidos, advenientes
da
autoridadedos
sujeitosenvolvidos
no
mundo de
sentido aconstruir
(CHARALIDEAU
1992), salientoque objectivo
específico quenorteia
este trabalho é o de realçar alguns dos problemas que se verificam na tradução de expressõesidiomáticas, de coloquialismos e de palawas e expressões
'tabu',
usados com frequênciaelevada na versão
original.
Constituindo todos estes elementosum
importante recursoestilístico
no texto fonte,
que evidencia
característicasde
interacçãoverbal oral,
aanálise comparativa
realizaÃa ancora-se
no
seio
da
problernática
directamente relacionada com questões de estilo(LANDERS
2001), da qual darei conta adiante.De modo a levar este Projecto a bom
porto,
foram viírias as etapas que percorri.Com
efeito,
na
sequênciade
viáriasleituras
aturadasdas
duas obras,procedi,
numprimeiro
momento,
ao
levantamentodos termos
e
expressõesobjecto
de
análise presentesno
texto fonte.
A
transcriçãomanual
destes enunciados,em
tabela
que elaborei parao
efeito,foi
bastante morosa eexigiu
atenção permanente.Num
segundomomento, procedi
à
identihcação dos enunciados correspondentesno texto
Uaduzido,tarefa
que consumiu igualmentemuito
tempoe
que requeÍeu atenção redobrada.No
movimento de
vai e vem
constante entreo
texto
fonte
e
o
texto
traduzido que
fui
obrigada a efectuaÍ,
foi
necessáriorefinar o
objecto de análise, inserindo ainda algrrnssegmentos
e
eliminando alguns outros que, considerei então, não se enquadravam no estudo pretendido.lntrodução
Na
análise comparativa dos dados assimcoligidos
ressaltaramnão só
algumasconvergências, como também diferenças significativas entre
o
estilo do texto fonte e oda tradução. Diferenças que,
inicialmente,
entendicomo
sendo elas próprias também decorrentesü
Advertêncra que o tradutor sentiu necessidade de fazer a.os seus leitores napágtrna de abertura:O
título português
do
romancede
J.D.
Salinger Uma
Agulha no
Palheiro/ol
especialmente
escolhido tendo
em
atenção
a
singularidade
expressiva destafrase
comum portuguesa e não coruesponde à nem pretende ser a traduçdo do
título
original
norte-americano: Tlre Catcher in the Rye,
pard
o qualfoi
sempre diJícil encontrar umaforma
suficientemente alusiva e gramaticalmente correctd em todas as que ocorreramao tradutor.
Supõe-se,
pois,
que, semfugir
ao
que
o
escritor pretendeu,o título da
ediçdoportuguesa marcará incisiyamente o espírito deste
livro
admiráryeL.Os
exemplos
de
divergênciase
de
convergênciasentre
os
textos
em
anáilise,transcritos em paralelo na terceira parte deste Trabalho, motivaram, naturalmente, uma
reflexão acerca das tomadas de decisão por parte do tradutor, reflexão esta noÍeada
por
alguns pressupostos teóricos e perspectivas pragmáticas apresentados na segunda parte
do mesmo.
No
cenário complexo que éo
do reencontro entre duas escritas (ou formas de escrita), porquanto perpassado pela relação dialógica entre aHistória,
os valores deuma
épocae
os cânoneslitelírios, por um
lado, e,
por
outro,
por
viárias abordagensteóricas,
simultaneamente complementarese
contraditórias,
à
tradução
de
textoslitenírios, procurei
verificar
se o espírito desteliwo
admirável que o tradutor em causasupõe manter efectivamente se mantém,, sem
fugir
ao que o escritor pretendeu. Peranteo
velho dilema
entre traduçãohel
à
fonte
e
traduçãofiel
ao público
Íeceptor,e
asquestões
de
naturezateórica e
pútica
queele
levanta,a
análise querealizei
foi
em grande medida alicerçada na interpretaçãoalimentada
por
alguns factoresque devo
desdejá
mencionar. Começopor referir
aimpossibilidade verif,rcada
em
compaÍar esta traduçãocom
outraou
outÍas realizadasem língua porhrguesa. Na verdade, ainda que no
início
deste Projecto tenha consideradoesta hipótese
de
trabalho,
depressaa
abandonei,
em
muito
devido
ao
paÍcoconhecimento que possuo acerca de ferramentas de tratamento automático de texto que
uma tarefa desta monta
exigiria.
Sabendo que a tradução de um texto pode ter um tempode vida mais ou menos
'limitado',
porquanto:(...)
thetranslation
loseshalf its
vitality,
itsfreshness,
itsability
to
communicqteto
the reader
in a
contemporary voice.If
this is
true,
itfollows that
major works
of
literature
must be
retranslatedperiodically
if
theyare to retain
theirfunction
as
abridge between cultures and eras
(../.
(LANDERS
2001 : 10)Teria
sido interessante compaÍar dados assim obtidos de modo a mais objectivamente ajttrzar sobre esta bridge between cultures and eras que o tradutor João Palma Ferreiracertamente
também
estabeleceuno camiúo
que
optou
por
percorrer.
Caminhodeterminado pela realidade psico-social do espaço geográfico em que o fez, trinta e dois
anos depois da publicação
do texto fonte, e
seguraÍnente também pela subjectiüdade herente ao textoliteriírio
no qual(...)
a
linguagem
encontra-se
nd
sua
função
estéÍica
dominante.
(..)
Ao
buscarmos aquilo que existe especificamente no textoliterário,
descobrimos que aquele é um sistema conotativo, com um significadopara
além do meramente escrito, diferindoda simples informação.
(SARMENTO
2001:154).Um outro aspecto a referir, de importÍincia capital no trabalho realizado, prende-se
lntrodução
mesmo quando
o
tradutor, não sendo falantenativo,
éproficiente na
línguado
textofonte.
Exigindo o
seu reconhecimento um conhecimerftocultural
aprofundado e não somestria no uso da lfurguagem
(LANDERS
2001), porquanto os dicionários, glossiírios oubancos de dados de que se socoÍre não respondem a todas as questões de uso, aos
sen-tidos figurados e aos valores emocionais que os mesmos adquirem no dia-a-dia
-
sendofrequentemente
necessárriodeduzir
sentidos
a
partir dos
contextos
oferecidos(STEELMAN
2010)
-
a
dificuldade
subjacenteao
levantamentoe
compaÍação dosmesmos
em
ambosos textos
foi
particularmente sentida,uma vez
que,partindo
dapremissa de que o tradutor detinha aquela competênciq algumas daq soluções
apresen-tadas pelo mesmo requereram interpretação mais subjectiv4 como se verá adiante.
Don't
evertell
anybody anything.If you
do,you'll start
missing everybodyforam
asütimas
palawas'ditas'
pelojovem
Holden Caulfield,
peÍsonagemprincipal do
textofonte em anrllise. Com elas entreabro
o
mundo de possibilidades interpretativÍrs a quedesde cedo me entreguei, consciente,
agor4
de que na operação de transformação de umtexto escrito numa língua numa outra não podemos, nem devemos,
ficar
confinados aoproduto acabado.
No
confronto entre duas línguas e duas culturas, elas servirão, talvez,também para refutar
a
altrmaçáo deNida (1964):
Translqtorsare born not made.Na
realidade, os caminhos fazem-se, caminhando com outros, ou apesar dos outros...Será
um
lugar comum afirmar que a tradução está intimamente associada a todosos
domínios
do
pensamento
e
da
actividade humana, enquanto
actividadeintralinguística e interlinguística. Praticadahámilénios, atradução tem sido considerada
como prática intermediriLri4 como voz ou meio de comunicação, tendo, assim, assumido
um
cariícterutiliüírio. Mas,
estandono
centro
de uma
encruzilhadaintertextual
eintercultural, ela é também considerada como arte (OSEKI-DEPRE 2006). Mas do que
Ír.atafia realidade este objecto que designa simultaneamente uma operação (a actiüdade
de
traduzir)
eo
resultado desta operação(o texto
da tradução)?A
reflexão produzidasobre a tradução
tem
sido perpassadapor
várias polarizações(BAKER
2001):fonte
ealvo, palavra e sentido, flrdelidade e criatividade, adaptação e transformação,
traduzibili-dade
e
intraduzibilidade,
visibilidade
e
inüsibilidade,
adequaçãoe
aceitabilidade, semânticae
pragmática, correctoe
incorrecto.
Baseadacomo
normalmenteo
é
em diversos suportes teóricos, que expõem diversos pontos de vista, qualquer reflexão quesobre ela façamos obriga-nos, no entanto, a reconhecer que a tradução não é uma mera
reprodução de
um
discurso noutralíngu4
na
medidaem
que, sobretudo na tradugãoliteriíria o
tradutor
deveproduzir uma
outra 'escrita'. Com
efeito,
requerendo umateoria em
acto§EWMARK
2006), todos reconhecemoso
aspecto transformacionalque
lhe
subjaz,a
interferênciainevitiível
promovidapelo
tradutor, aoaproximaÍ
semfundir, em distância sem longitude
(CRONIN
1991), e o carácter relativo da'fidelidade'
que dele se espera. Todos reconhecemos ainda que não há univocidade nos sentidos de
'fidelidade', 'proximidade', 'desvio', 'liberdade', 'literalidade', 'criatividade',
hadicio-nalmente em oposição. Pelo contriírio, há napútica
de tradução associações de sentidos que se articulam com parâmetros sociais, institucionais e históricos. Envolvendotrans-A Tradução de Prosa Literária
formação,
tal
pnítica é construída de acordo com convenções e restrições dependentesnão só do tempo e do lugar em que se realizam, como do
público
a que se destina.A
linguagem,
como
aqúlo
que
possibilita
a
formação
de
imagensque
traduzem, de algumaformq
o mundo que nos rodeia e que estabelece relações de sentidos entre seres e acontecimentos, não éum
meio de comunicação que deixa inalterada a percepção darealidade. O mundo é apreendido e compreendido, pois, por meio da linguagem, da rede
de
referênciasque
sigrrificam
e
se significam
na
percepçãodo
mundo.
Por
outraspalavras, não hií a garantia de que o que observamos ou analisamos seja acessível senão
por meio
dessa rede,pois
que a realidade não é conhecida na sua 'essência', mas nas relações que são estabelecidas para que dela se possa falar(AMORIM
2005). Vêm estas considerações a propósito da noção bem conhecida de que a tradução seria a reproduçãode
uma realidade-texto,que
sedaria por,
exemplo,por meio
da
elaboraçãode
uma'imagem
correspondente'. Pese embora as diferenças linguísticase
culturais com
as quais qualquer tradutor sedepm4
considera-se tradicionalmente que o tradutor se deveater
à
construçãode uma
imagem fielmente
reveladorado
que se
apresenta comooriginal.
Nessecontexto,
a
realidade conesponderiaà
existênciade
um texto
cujos'traços'
seriam,em
si
mesmos, independentesde todos
quantoso
lêem.
Isto
é, tal
realidade seria
anterior
à
própria
leitura
anterior
à
'imagemo,a
qualquerforma
demediação.
E
isto significa
que
livre de
qualquer
imposiçãode
naturezahistórica
eideológica" o tradutor deveria servir a lógica da neutralidade. Contudo, a literatura estri
inscrita
em
relações que pressupõema
existênciade
factoresculturais,
linguísticos,ideológicos
e
económicos que emmuito
influenciam, mas podem não determinar, asdirectrizes da sua constituição
(LEFEVERE
1992).A
literatura é assim constituída detextos
e
de
leitores
que
realizam
leihras,
escritase
re-escritasnuma
detenninadaforrnaçâo de imagens, conhecimentos e valores que não se reduzem simplesmente ao
conceito de imagem como representação de uma realidade não mediada. Ele produz, ou
reproduz, textos que possibilitam a constituição de uma realidade textual, sendo assim
responsável pela recepção e pela sobrevivência de obras
litenírias
entre os leitores deuma cultura global.
A
tradução recontextualiza a obra literiáriaoriginal,
gerando outrasimagens, reinscrevendo-a noutra realidade
em que
é
percebida. Nestaperspectiv4
atradução, inscrita na ideologia, ou seja, no modo como o tradutor
lida
como
universodiscursivo
do original (com
os objectos, conceitos, costumes familiares ao escritor dotexto original),
seráum
pÍocessopor meio do qual
se transformao
texto
original,tornando-o aceitável do ponto de vista da poética vigente em torno do autor e da obra
que é traduzida. Na relação entre ideologia e concepção poética, a noção de
'fidelidade',
com
a
nahxezaobjectiva que
geralmente selhe atribui,
implicaria literalidade,
nãopodendo ser concebida senão
no
espaço da não neutralidade, da valoração.Ainda
queser
fiel
não seja sinónimo de se ser conservador (literalista), ou que não serfiel
possalibertar
a
'verdadepoética'
de
um
romanceou
poemada
contaminaçãode
leiturasvalidades
por um
cânone.Mas
serfiel
não édefinido
segundoum critério
absoluto euniversal, como indicado peLo
Dictionory
of Translation Studies(1997:57):
faithfulness
(or/idelity)
is
usedto
describein
whichway
thetarget
tact may beconsidered,
according
to
a
certain criterion,
as
a
reasonable representationof
thesource text
Assim
apresentaÃa,a
definição de hdelidade circunscreve-a simplesmentea
umcritério.
E sendo umcritério,
a fidelidadepodejustificar
opções de tradução ou leituras de um determinado texto com base numa perspectiva poética, estética ou crítica. E issoA Tradução de Prosa
literária
transformação e
leitura
aceiüível; transformação ou tansgressão em relação ao Ouho,ao que se
tadvz,
dimensão ética e violação da integridade do texto original operada pela tradução.Existindo
quase sempÍelimites
que se impõem
ao
diznr,nas
nossas próprias palawas e nas dos outros, a tradução literaria é particularmente complexa"distinguindo--se entre tradução de poesia e de prosa, dicotomia expressa, por exemplo, pela definição
oferecida por Yakobson (197 0: 220):
(...) le
texte poétique estcelui oü
lafonction
poétique predominesur
les autresfonctions
du
langage,
la
fonction poétique étant celle
qui
se
caractérisepm
lo
projection
de
l'axe
paradigmatique (associations sonores
et/ou
sémantiques, rythmiques, allitérations, accents) sur l'axe dela
contiguité, ou du syntagme.Por outras palawas, a poesia é uma forma para a qual é necessário encontrar uma
forma
equivalente no proçesso de tradução.Talvez
sejapor
isso que os tradutores depoesia sejam
quasetodos
poetas (sendo
que
os
tradutores
de
prosa são múto
excepcionalmente prosadores, antes quase sempre são
'tradutores'profissionais),
poisque a fadução poética fazparte de um processo esÉtico criativo.
A
tradução literríriatem
sido,por
isso,alvo
demuitos
estudos. Clara Sannento(2001 : 154), por exemplo,
afrma
que(...)
Os
textosliterários
possuem características estruturaispeculiares que
osdiferenciam inequivocamente
(...)
Ao
buscarmosaquilo
que existe especiJicamente notexto
literário,
descobrimos que aqueleé
um sistema conotativo, com um significadopara
além do meramente escrito, diferindo da simples informação.As
especificidades únicasde
cadatexto,
a
suaalma,
afinal,
advêmem
grandemedida
do
registo
e do
estilo
usadospor
cadaautor.
O
que exige
do
tradutor,
emalma, isto é, perceber que se
o
dizsr é importante,o
'como'
sediz
pode ser ainda mais(LANDERS
2001). E isso requer não só escolhas lexicais, como tarnbém conhecimentoda
cultura
de
partida
e
de
chegada,do
contexto social,
político
e
económico que certamente influencia o discurso e a essência da mensagem por ele veiculada.E
certo queo
produtofinal
de uma traduçãoliteníria
terá tambéme
sempre umestilo
proprio,
conferido pelas especificidades linguísticas, culturais e sociais dotadu-tor
quelhe d.i
vida
Assim
aconteceu,por
exemplo, coma
tradução UmaAgulha
noPqlheiro
em que nopróprio
título,
através da expressão popular queo
consubstancia, estáimbúda
uma identidade da Cultura Portuguesa e das marcas que a mesma deixouno tradutor João Palma Ferreira. Também ao longo do texto traduzido se actualizam
di-versas expressões e palawas que, apesar de tipicamente portuguesas
(e.9."...apregoar
aos quatro
ventos...";
"...
que não ficamúto
longe desta bodega..."),julgo
que contri-buem paraconferir
à tradução'traços'
dotom
coloqüal
do discurso de The Catcherin
the Rye.E
neste aspecto penso que possofalar em
'fidelidade'
aoestilo original,
que, como referiacimq
nunca pode ser absoluta. Hélia Saraiva (2001:-174-175) afirrna que(...)
no acto
detraduzir
devem constar qspectos diversos,tais
como:o
registolinguístico,
a
intentio auctoris,
a
intentio traductoris e
o
momentohistórtco
em quesurgiu
a
versõooriginal,
podendo-seafirmar,
apropósito,
quetradutor
é aquele quetorna
compreensívelaquilo
que antes
era
ininteligível num
acto
de
cooptaçdo, adaptando o texto deforma
ainformar
oleitor
sobre as idiossincrasias do autor, assirn como os ícones representativos da sua cultura, de modo a que o leitor possa perceber efruir
com a sua leitura.Landers (2001:90), reflectindo acerca do significado de estilo e de registo afirma
que
este
é
um
aspectomultifacetado sobre
o
qual muito se tem
dito
e
escrito, reconhecendo queestilo
é
algo
queadqüre
definição
quando associadoa um
autor.A Tradução de Prosa Literária
Define,
por
exemplo,o
estilo de Hemingway como
'oterse" (sintético/conciso),o
de Góngora como "elaborate"/ "batoque" (elaborado, barroco). Este autor afirma ainda queem
mütas
situaçõeshá
elementosdo
estilo
que transcendem as palavras específicasactualizadas
pelo
autor,
apontandocomo
exemplosa
proporçãode
frases curtas elongas,
do
númerode
parágrafos, de recursos estilísticosde
viáriaordem.
Consideraainda que
o
estilo
estií inevitavelmenteinterligado
como
idioleto
de cadaum,
com aforma como habitualmente
fal4
com as palawas que escolhe.Reflectir
sobreo
estilo
de uma obra liteni'ria
implica
necessariamentereflectir
acerca do que é o registo, dado que ambos se confundem frequentemente. Nas palawas de Landers (2001: 59)In
English asin
all
other languages,virtually
everywordfalls
tuto a register(...)
many words may belong to more than one register.
Apoiando-se
rn
Cambridge Encyclopediaof
Langtage,
esteautor
afirma
queregisto é a
socially
defined varietyof
language, e.9., scientific, legal, etc. mencionado,nessa sequência, várias categorias de registo, como
por
exemplo: não-técnico/técnico,informaUformal, urbano/rural,
padrão/regional, jargão/não-jmgão.Neste
sentido,
aspalalras
podemimerir-se
em mais do que uma categoria, sendoo
contexto em que seinserem essencial
paÍa
a
sua classificação.Assim, uma
dada palavrapode
adqürir
diversas classificações
dado
que
transportaconsigo
uma
série
de
associações queultrapassam
o
seupróprio
sentido denotativo, sendo que, conscienteou
inconsciente-mente,
os
seres humanosligam
palawase
expressões, construções gramaticaise
atépadrões de entoação
a
características não linguísticas socialmente definidas,tal
como estatuto social, profissional e académico. Nesta perspectiva,o
sentido de uma palavra ou expressão pode ser expresso de variados modos.Quando me debrucei sobre
qualquer tradução que da obra se
faç4
seja qualfor
a língua de chegada, tení de ter ernconta a §)a
paratactic
structure(FREEBORN
1996: 207), estrutura em que raraÍnenteexistem frases subordinadas e em que as frases simples e cuÍtas se sucedem e repetem
no
discurso
do
narrador,num
estilo/registo
coloqüal
onde
abundam,entre
outras,palavras
e
expressões calão, palavrastabu,
expressõesdo
idioma
comum,como
sãoexemplo:
...saying
I'd
been given them...
;
...she lcnocked meout.-.;
...1 shot the breezefor
awhile...;
...what
a dopeIwas...
;...somebody'dwritten
"Fuckyou" onthewall.
Quando analisei a tradução Uma Agulha no
Palheiro,
focando a minha atenção noestilo/registo e
na'fidelidade'
que atrásexplicito,
encontrei diversos pontosconvergen-tes e divergentes com
o
original.
Por exemplo, uma de enüe as convergências com ooriginal
foi:
"Juro-vos
por
Deusque devo ser
meio louco"
(I
swear
to
God
I'm
amadman). Quanto a divergências
-
e há algumas, como adiante se verá-
a que se segue é paradigmática: o'Por vezes imagino coisas espantosas que não me importaria de fazer"(Sometimes
I
canthink
of
very crumby stuffI
wouldn't
mind doing
if
theopportunily
came up).Regresso ao ponto de partida. Se a tradução tem de ser examinada como
pútica
ecomo objecto, se nos domínios
político
e cultural ela permite o alargamento defrontei-ras, se no domínio
litenírio
ela permite o alargamento dos limites poéticos e linguísticos,se nos dispensa da leitura do
original,
revelando ser um produto acabado a considerarparalâ
dooriginal, o
tradutor tení de saber transformar (transferir, transpor) um textoescrito numa língua numa outra" tentando preservar a sua originalidade, sabendo,
contu-do,
que não
podenídeixar de
o
contaminarpelo
seupróprio
contexto
lingústico
e3
.
THB
CetcHBn
IN THE
RYE
vS
UMA
AGULHA NO
PETTTETnO
Conforme referi na introdução a este trabalho, o levantamento que seguidamente
apresento coloca
a par
expressões idiomátiças, coloquialismos, palavrase
expressões"tabu"
e
eufemismos retirados dotexto fonte,
com as que ocorrem (ou não)no
textotraduzido.
Por questões metodológicas, separei o inventario que efectuei em vários grupos,
ciente,
no
entanto, de quetal diüsão
se reveste de algumaaÍificiali.lade,
pois
que háinevitavelmente intersecções nos planos considerados.
O uso de linguagem vulgar, como coloquialismos, palawas ou expressões tabu,
de natureza mais ou menos explícita, é, assim, uma das imagens de marca desta obra,
tendo provocado
em
determinado momentoa
su€I censura.É
dehs
que darei conta aseguir. T-HECATCIIERINT'EE
RW
'
Idiomatic Exprersioru'Col@uidie6s
ãl É à! .cIIMÁÁGWIANOPALHEIRO
'
Expressõoo Idiomáticec 'Coloquialismoo q3 É àD.t
Ê
Ê
F
Ê{ (J...
úat
David
Copperfieldkind of
ç&p,...
I
. .
.
e
fudo
o
mais, como
se
setratasse de David Copperfield. 9 they 're also touchy as hell
I
São sensíveis como os diabos 9I'll
just tell you about this madmanff
that happenedto
me
aroundlast Christrnas...
I
Só
vos
falarei
do
que se
passou comigo durante o passadoNatal
... 9 Thatim't
too far fiom this crumbyplace. .. .
I
..
.
que não fica muito longe destabodega... 9
..
.
I'm
not
goingto tell
you
mywhole
goddam autobiography or anything.I
...
não vos vou
fazer
a
minha autob iografiaou
coisa semelhante. (goddam-
náo traduzido) 9 He's got a lot ofdouú.
nowI
Mas ele agora tem muita massa.l0
T,HE CA|1CHEfr.IN THE
RW
'
Idiomatic Expressiotrs'Cdloquialisms
€ É à0 .dÊ
AMA AGTILHA NO
PÁLIIEIRO
'
Expressões Idiomáticas'Coloquialismm
c EI àa .61 Êio
Flp
F
âi L)alwavs showins some hot-shot
guy
I
--.
oue mostram um raDav cheio demúsculos...
l0
Strictly for the birds. 2 Conversa fiada. 10
...
was supposedto
bea
very biedeal around Pency. 2
... era sempÍe
um
grandeaconteci-mento em Pency.
l0
she didn't grve You alot of horse manure about what a great guy her father was.
2
...
o que eu mais apreciava nela era não apregoar aos quato ventos queo pai era uma pessoa importante.
t1
on the goddam subway J ... no mehopolitano.
(goddam
-
náo traduzido)1l
She probably knewwhat
a
phonyslob he was. 3
Provavelmente sabia
que
ele
nãopassava de um idiota.
1l
They kicked me out 3 Puseram-me na rua
t2
it
wâ-§ cold as a witch'steât- 3 um frio levado dost2
ôt
o
FlD
f-. .lí âi Q They aout
of
úough
-
in
a half-assedof
course 6Já haviam feito tudo
o
que tinhamde fazet... e de um modo mals ou
menos imbecil. é claro
l5
That kn him out 1 Ficou delirantecom a oiada-
l6
he was a nice old quv that didn't
know his ass from his elbow
.1 era um bom velhote que a partú
dos cotovelos iánão sentia o corpo
t7
I
mean hedidn't
hit úe
ceiling oranything 7
Ouero
dizer oue
não desatou aosberros.
t7
Game, my ass 7 Um jogo, grande asno!
t7
I don't ve a damn
I
É coisa que não me incomoda, .l8
It's a phony 8 E uma balela. 19
like he'd
j
ust beaten hellof
me m pmg-pong
l0
como se acabasse de me vencer
ao plnguepongue..
2t
I wished to hell
ll
Ouem me dera 2T. while I shot the bull.
ll
...
enquanto eu lhe impingia estas balelas. . . .The Catcher in the Rye vs Uma Agulha no Palheiro
TTIE CÀTCflER
IN
T-EERW
'Idiomaüc
Expresiotrs 'Colloquialisms 6l ât .c niTTMA AGTJLHA NO PÁLHEIRO
'
Expressões Idiomóticas 'Coloquialismos âl ào {riÊ
alo
FIti
Ê
U
The old bull
1l
A velha treta 1.1It wasn't up his allev at all.
t2
Expressão não traduzida 22I was surrounded by phonies
t2
22I
euess it hasn't reallv
hitme Yet. t2 Não senti bem o ambiente 23And all that cmp
l3
E mais cumDrimentos. 24('t
j
ti
Êi
(J
and
sive him
a
locomotive-úaf 's a cheer
t4
e
berrávamos uma esfondosasaudação 26
Verv bie deal
t4
Expressão não traduzida 26That
killedm
t4
Era uma Ç.eisaiue rxaspelqla. 26l4
um tipo todo fixe 26I'd
lost all the eoddam foilsl5
(go .. havia perdido o equipamentodd a m
-
nãLo traduzido) 27I thought it was going to stink. but
it
didn't. 15 Pensei que ia chatear-me, mas não 27
That story iust about killed me
t6
Aquela
históriaia
dando c demlm 27
..
.
th"y
don't
knock
me out
toomuch.
t6
que não me impressionaram 27What
really knocksme out
is
abook 16
O
que realmente me agradaé
um desses liwos. . .27
l7
e ficávamos asoniados 28He hated
Stradlalerlsslc
t1 Odiava o Stradlater 29He wanted you to think he'd come in by mistake,for God's sake
t7
Pretendia
fingir
que
entrara
noquarto por engano.
(for God's sake
-
não traduzido)29
Bov.
could he eet onsometrmes our nerves 17
Caramba!
Por neryosovezes
ouúa-me 29... o estar rodeado de imbecis.
... what a hot-shot...
T.HE
OITCHERIN
I'HERW
. Idiomatic Erpressions'Colloquidisms
c
Á ê! \6 ÊiUMAÁG(ILEANO
PÁIflEINO
'
Expressõcs ldi,omóticas 'Coloquielismosc
É àa .á ?a)o
Ê
E ârU
He
didn'tve a
damn
aboutfencing 17
Não tinha
qualquer intèsse pelaesgrrma. 29
if
you looked up from your bookYOUwere a gon€r
17
...
se erguêssemos os olhos do livroestiívamos tramados. 29 He must've picked up that goddam
picture...
t't
Deve ter pegado na fotogtafia
(go ddam
-
nío traduzido) 29for Chrissake!
l8
Expressão não traduzida 29Ya lost them. ya mean?
l8
Perdeste-o, quès dizer 29I
had to keep getting up to look at aeoddam map on the wall. 18
...
eu tinha de observar as estaçõesno
maldito
mapa
que
estavapendurado na parede...
29
I
don't
know, andI
don't
eive adamn.
l8
Não sei, nem me interessa. 30It drove him mad
l8
ficava furioso 30would've taken the goddam hint. 18 .. compreenderia a insinuação
(goddam
-
náo traduzido) 30You're right in my soddam light. 1E Esús a tirar-me a luz.
(goddam
-
nío traduzido) 30You're nuts 18 Es chalado! 30
For Chrissake
w
19 PoÍ
,rmor de Deus! PoÍta-te comoqente crescida!
3t
That
stuffsometimes.
lv
mea
t9
Estas coisas, às vezes, divertem-me 31Nope
l9
Não 32Where anyway?
the
hell's
Stradlater al"t9
Onde (the estaní o Stradlater?hell's
-
não traduzido) 32 He was always keeping tabs on whoStradlater was dating, . . .
20 Estava sempre a tentar descobrir os namoros de Stradlater, ... 32
...
even though he hated Stradlater'scut§.
The Catcher in the Rye vs Uma Agulha no Palheiro
TIIE
CATCHERIN TTIERW
'
Idiomatic Expre*sions'Colloqnirlbms
6l àll .6tÊ
AMÁAGULHA NOPALIIEIRO
' Exprssões Idiomátices 'Coloquialismos 6t É à0€
Ê
tí)o
Ê
F.{ êr (JBov. I can't standthat sonuvabitch 20 Raios! Não suDorto esse malandro! 32
He told
me he thinks you're
agoddam prince, . ..
20 Disse-me que
tu
erasum
príncioeencantado. 33
Ackley
! For
Chrissake. Willvaplease cut
your
crumby nails over the table?2t
Ackley! Por amor de Deus! Faz o
favor
de
deitar asuúas
sobre a mesa.13
He
didn't
meanto
insult you,for
cryin' out loud.
2t
Mas
ele
nãoqueria
insultar-te, tado.ra tenha 33
Don't eimme that.
2t
Não me dieas dessas! 33I
still say he's a sonuvabitch. He's aconceited sonuvabitch.
2t
Já disse que ele é um malandro. E um malandro com manias. JJ you liked a helluva lot
2l
de que tu muito gostâvas 33But he'd give you the goddam tie
2l
Mas dava-te a gravata.(goddan
-
não traduzido) 34Hell. Ackley
said.
If I
had
hisdough, I would, too.
2t
Demónios
-
disseo
Ackley.-
Se isso acontecesse comigo, eu fazia omesmo.
34
God damn
it.
I'm
old enough to beyour lousv father
2t
Raios te partam. Já tenho idade para
ser teu pai 34
He came over
to
me and gave me thesetwo playful
ashell
slaps on both cheeks...22
Veio
até
mim
e
deu-me
doissopapos na cÍlÍa... (as hell
-
não traduzido)34
What the hell's it doing out 22 Oue diabo se passa lá por fora? 34
I
spilled some crap all over my greyflannel.
))
Sujei o meu fato cinzento
(crap
-
não traduzido) 34How'saboy. Ackley? 22 Expressão não traduzida 34
but he didn't have
p]§
enough... 22 mas não tinha coragem 3522 Até logo 35
...
he thoueh buildt
he had a damn eood22 iulsava
que era
m bem 35See ya later
TEE
CÁrcHERINTHE
NYE'Idiomatic
Exprcssions . Colloquialisms 6 à0 .61Ê
ILMAAGWHÁNO
PÁLHEIRO'
Expressões Idiomáticas . Coloquialismos ó gl à! .El&
Ç
o
d
p
ti
Êr (Jchewed the rae 23 cavaqueer 37
I reallv eot a bans out
of
that hat. 24 Gostava muito daouele boné 3E Wanna do me a big favour? 24 Queres fazer-me um grande favor? 38 that úinks he's a real hot-shot. 24 que sejulga elegante. 3EI'll
be up the creek 24 Estou tramado 38...
andyou're
asking meto
write you a g![ldêIq composition, ... 24...
e
é
a
mim
que pedes que te escreva a composição de Inglês! ... (go ddam-
rráo traduzido)39
Yeah, I know 24 Bem sei 39
Be a bud
o
24 Sê bom rapaz. Sim? 39Suspense is good
for
some bastardslike Stradlater. 24
A
expectativa faz bem a tioos comoo Stradlater. 39
descriptive as hell 24 Longacomo o Diabo 39
Which is someúing that gives me a
royal pain in the ass. 24 coisa que costuma afligir-me 39 He wanted you to think that the_only
reason
he
was lousy
at
writingcompositions was because . . .
24
Queria convencer-nos
de
que nãoconsequla
boas
notasem
Inglês aPenas porque39
the whole goddam game, 25 Durante todo o jogo, ...
(go dd am
-
nãa traduzido) 39ust for the hell of it. 25 só para me divertir 39
I
hateúe
movies like poison, but!
get a bang imitating them. 25
Não suporto actores de cinema, mas
sosto de imitrá-los. 40
But
it's in
my
soddam blood"tap-dancing. 25
Mas eu tenho a dança na massa do
sangue.
ígo dd am
-
náo traduzido)40
He's drunk as a bastard 25 Estâ bêbado como um cacho 40
I
The Catcher in the Rye vs Uma Agulha no Palheiro
TIIE CÁrcHEB.IN
T'HE RYE. Idiomatic Exprrcssions 'Colloquielisms 6 É EO \éa
Ê
IIMA AG(ILHA NO PÁLHEINO
. Exprmões Idiomáticrs
'
Coloq'rialismos ct É à0 .ét&
tio
FlD
ti
Êi (JNo kiddine 25 Ah. sim? 40
... I
felt
like
jumping
off
the washbowl and getting old Stradlater in a half nelson. . .26
. .
.
sentia desejos de me divertir-dei um salto e escarranchei-me nas costas do Stradlater.
(half nelson -não haduzido)
40
for Chrissake ! 26 por amor de Deus!
4l
Jesus Christ 26
oh
Céus!4t
the arrangements got all screwed
up 26 mas não deu resultado
4t
Bov" I nearly dropped dead when he
said
úat.
26 Caramba- quase cai do lavatório4l
Boy was I excited, üough 26 Caramba! Eu estava excitadíssimo
4t
I
landedon
him
like
a
goddampanther. 26
Caí em cima
dele como se fosse uma pantera.(goddam
-
não traduzido)4t
Wuddaya wanna make me do
-
cutmy eoddam head
ofl
26Queres que eu coÍe o pescoço?
(goddam
não traduzido)4t
cut out úe crap, 26 acaba com a brincadeira..
4l
That Phyllis Smith babe? 26 É a miúda do Phyllis Smith?
4t
She had
this big
damn Dobermanpinscher. 26
Tiúa um cão
enoÍne, doberman.(damn
-nãotaduzido)
um
4l
for Chrissake 27 Expressão não traduzida 42
Checkers, for Chrissake! 2',1 Xadrez, meu Deus! 42
Her
mother was married again tosome booze hound 27
A
mãevoltou
a
casar-se com umtipo qualquer. 42
Give her re 28 Dá-lhe cumprimentos meus. 43
I sfuck around 28 .. deixei-me ficar ali 43
TIIE CATCEERIN
T'EE RYE ' Idiomatic Expr',essions'Col@uialisms
cl àa .cÊ
UMAAGULIIANO
PÁLHEIRO'
Expressões Idiomóticas 'Coloquialismos 6l É à0 .6 Ê,rü
o
FlD
H
(.)...
butall
I
ever sawhim
do wasbooze
all
the time
and listen
toevery single
goddaln
mysteryprogram
on
úe
radio.
And
runaround the goddam house, naked.
28
mas tudo
o
que lhevi
fazer foiapaúar s bebedelÍas e ouvlr
histórias policiais na rádio. E andava nu pela casa fora.
(go ddam
-
nào traduzido)43
Stradlater was a very sery t4gtar<[ 28
O
Stradlaterera um
tipo
muitosexual. 43
Don't knock vourself out . . . 29 Não escrevas disparates 44
Ask her
if
shestill
keepsall
her kings inúe
back row. 29Pergunta-lhe
se
ela
ainala
psgsempre os rers na última Íila.
M
Ackley was a very nosy bastard 29 Era um bisbilhoteiro 44 Jesus, now,try
notto
stretchit
allover
úe
place, . ..29
Por favor, Stradlater! Agora vê lá se
andas
pr
aí
a
encostar-te pelaspmedes
-
pedi-lhe.44
Where the hell's my cigarettes? 29 Onde diabo estão os meus cigarros? 44
You didn't
haveto
explain every eoddam little thing with him, .. . 29Nunca era preciso explicar-lhe tudo tintim por tintim, ...
(goddam
-
náo traduzido)44
... for Chrissake 29 Expressão não traduzida 44
Goddam
riút,
29-
Pois claro . 44No kiddine. now 29 Expressão não traduzida 44
Take
it
easy, nowHe
bansedúe
hell out of the room 29
Vê
lá
isso,
hem?oediu
ele.atirando com a porta. 45
I
alreadytold
you
what
a
sexybastard Stradlater was. 29
Já vos disse que o Stradlater é muito
sensual.
(bastard
-
ráo traduzido)45
talking
aboutall
the
guys
at Pencey that he hated their 30...
a
dizrr mal
dos
rapazes queodiava... 45
It
was supposedto
bea
big
deal,because they gave you steak. 31
Era
um
sÍande acontecimento- sóThe Catcher ín the Rye vs Uma Agulha no Palheiro THECATCEER.INT,HE
RW
'Idiometic
Expressbns'Col@uialisms
ct âo q 0'iIIMAAGWHANO
PÁLHEIRO . Expressões Idiomóücas'Coloqúalismos
qt à!€
Ê
lno
Ê
ti
Ê
(J3l
Oue roubalheira ! 47...
it
wasstill
coming downlike
amadman.
3l
. .. que continuava a cair.
(like a mdman
-
não traduzido) 47and
we
started
throwing snowballsand
horsing around all overúe
place31
. .. e nós começávamos a atirar bolas
de neve e a correr de um lado para o outÍo.
47
They were these little hard, dry iobs that you could hardly even cut.
3l
Eram umas fatias de carne que mal podíamos cortar.
foás
-
não traduzido)47
It looked pretty as hell, 31 Era um belo espectrículo
(as hell
-
nãa traduzido) 47and maybe see a lousv movre 31 ... ou iríamos ao cinema
(/ozsy
-
não traduzido) 48...
while
I
was
putting
on
mygaloshes and crap. ... 31
e,
enquanto
calçava galochas, ...(crap
-rríotraduzido)
as 48
Finally
he came over, through the goddam curtains, and stood onúe
shower ledge and asked
who
was going besides me.32
Por fim, lá apareceu e perguntou-me quem ia além de mim.
(go ddam
-
não traduzido)4E
...
if
that guy was
shipwrecked somewhere, and you rescued him inaeoddamboat,...
32
...
Quase que jurava que s€ esse rapaz estivesse a bordo de um navioa
aflundar-see
se alguémo
viesse salvar num barco a remos.. .(goddam-não haduzido)
48
That bastard 32
-
Esse estupor. . . 48...
a comedywith
Cary Grantin
igand all that crap. 32
Era uma comédia com Cary Grant.
(crap
-
náoÍraúnido)
49One minute he'd be siving
it
to herin
his
cousinsBuich
the
nextminute he'd be siving it to her under
some board-walk.
53
Uma vez disse-me que estivera com
ela
to
Buick do primo, mas, maistarde, afirmou-me
que
fora
numarua deserta.
49
It was all a lot of crap. naturally JJ Era uma série de mçntiras, é claro 49
And
úey
weren'tj
crapust shootins the
33 E não o faziam por lisonja. 50 What a racket.
THECANCEEN.INTWE RYE
'
Idiomatic Exprecsions'Colloquielirps
§l àn \dÊ
TIMA ÁGTILHA NO PÁI.HEIRO
' Expressões Idiomáticrs 'Coloquielismos 6l É ED .al
L
lno
J
tr
F
(JI
broke all the goddam windows with myfist
ust for the hell of it. 34...
e quebrei os vidros dajanela como meu punho.
(goddam
-
não traduzi do;jttst
for
the hell ofit
-não traduzido)51
I
meanI'm
notgoddam surgeon. . ,
going
to
be L34 Nunca serei um bom cirurgião, 51
...
I
hadto
use Stradlater's lousytypewriter, . . . 34
...
tinhade
úllizzr a
mráquina deescÍ€ver do Stradlater... (lousy
-r^íotaduzido)
51
You had
to
feel sorry for the crazlsonuvabitch. 34
Até
despertava
uma compaixão.(sonuvabitch
-
não traduzido) certa 51 \êo
Ê
p
ti
Ê
(JI
don'tj
ust fool around 35 nao conslqo mexer-me 53...
whenI
heard his goddam stupidfootsteps... 35
...
quandoouvi
as suas esúpidas passadas. . .(go dd am
-
lrrão traduzido)53
I was so damn worried, 35 Estava muito preocupado
(damn
-
llráo traduzido) 53...
and you could hear his goddamfootsteps. .. 35
... consegui ouvir as suas passadas.
@oddam-rão traduádo) 53
Where the hell is everybody? 35
-
Onde diabo se meteram os outos? 54He didn't
sayone
goddam wordabout Jane. 35
Nada üsse sobre a Jane.
(6oddam -não haduzido) 54
...
he asked meif
I'd
written his goddam composition for him. I toldhim it was over on his goddam bed. 35
...
perguntou-me se eu lhe frzera a composição. Disse-lheque
estavaem cima da cama dele. (god dam
-
ráo traduzido)54
Cold as hell 36 frio como gelo 54
I
told ya it had to be about a goddam room or a house or something. 36Disse-te que tinha de ser sobre uma
sala, uma casa ou coisa semelhante. (6o ddam
-
ráo traduzido)54
What the hell's the difference
if
it's
about a baseball glove? 36
Qual é a diferença se for sobre uma luva de basebal?
(What the hell's
-nãotraútzrdo)
The Catcher in the Rye vs Uma Agulha no Palheiro
TIIE
CÀTCfrERIN
THE RYE'
Idiomatic Exprcssiors'Colloqninlismt
§l àa .61 ÊrUMAÁGALEANO
PÁLHEINO'
Expressõos Idiomáticas 'Coloqnieli*moo át à0 .á Er \oo
tt
ti
Ê
U
God dâmn it. He was sore as hell 36
-
Diabos te levem-
gritou ele(as hell
-
nãolraduzido) 54You
always
do everythingbackasswards 36
-
Só fazes parvoíces 54No wonder you're
fluúine
the hellout of here. 36
N
lraue
tenham corridocontigo 54
You don't do
one damnthine
theway you're supposed to.
I
mean it.Not one damn thin s
36
Não
fazes uma única coisa comodeve ser. Nem uma! 54
It
drove him crazy when you brokeany rules 36
Ficava
danadoquando
alguémquebrava as leis 55
I
went right
on
smokinglike
amadman. 37 Continuei a fumar desalmadamente 55
You
were
always
watchingsomebody cut their damn toenails or
squeeze their pimples or something. 37
Estava sempre a veÍ um tipo a cortar
as
unhasdos
pesou
a
espÍemer borbulhas.(damn
-nãofraútÀdo)
55
The hell he did, the bastaxd 37 Mas o estuDor nada dissera. 55
What the
hell ya think
wedid
allnight
- play
checkers,
forChrissake?
37
Que julgas tu que estivemos a faznr?
A jogar xadrez?
(the
hell
-
não
Íraduzidq,for
Chrissake
-
nãLo traduzido)55
I
just
hada
feeling someúing hadgone funny. 37
Tinha
a
impressão de que haviamsucedido coisas curiosas. 56
He
was finished cuttinghis
damn toenails. So he got up fromúe
bed, in just his damn shorts and all, and started gettingvery
damn playful. He came over to my bed and started leaningover
me and taking úese playful as hell socks at my shoulder.5t
Stradlater acabara
de
cortar
asunhas.
Ergueu-see
começou a brincar. Dirigiu-se para mim e, porbrincadeirq
começou
a
dm-mesocos nos ombros.
(damn
-
rÃo traduzido; as hell-
rtão traduzido)56
We just sat in the goddam car 37 Ficrímos no carro. ..
(goddam
-
náo traduzido) 56Old
Stradlaterwas one
of
hisDets.... )t
Stradlater
era um dos
s€us favoritos. . .THE CATCEERINT,HE RYE '
Idiomrtic
Expresrions . Colloqüalismsc
E àTç
Ê
UMÀAGWHA
NO PÁLHEIRO . Expressões Idiomáüces 'Coloquialismos c, É EDú
Ê
\a FlD
ti
Ê
(JThat's a professional secre! buddy 38 Isso é um segredo profissional!
(buddy
-
nío traduzido) 56...
so
it
would
split
his
goddamthÍoat ope[. 38
paÍa
veÍ
se lhe
Íasgava agaJganta.
(goddam
-
ndo traduzido)56
I was on the goddam floor 38
...
estava caído no chão...(goddam
-
nío traduzido) 57. . . he had his goddam knees on my
ches!...
38Ajoelhara-se sobre o meu peito
(goddam
nãotraduzido) 57 Getchest,
your
lousy knees
off
my38
-
Vamos! Tira os joelhos, maldito(lottsy
-
náo tradtzido) 57I kept calling him a sonuvabitch 38 ... continuei a chamar-lhe nomes,
(sonuvabitch
-
não traduzido) 57Now, shut up. Holden, God damn
it
-
I'm warning ya. he said... 38-
Cala-te,
Holden!
Cala-te.já
teavisei!
-
gritou ele... 57Get yourüirty sttnkins morou knees
off my chest. 39
-
Tira
essescimademim.
ioelhos ranhosos de 57
My
chesthurt like hell from
hisdirty knees 39 Expressão não traduzida 5'.7
You're a dirty stupid sonuvabitch
of
a moron, I told him 39
És um
raúoso filho
de
cadela-disse-lhe 57
Holderl God damn
it
39-
Holden,raios te partam! 57Ifyou
don't keep your y4p shut, 39 Se não fechas essa boca- 57I
don't rememberif
he knocked meout oÍ not, 39 Não sei se ele me pôs K.O.. 58
It's prety
hard to knock a guy out, except in the eoddam movies. 39É
muitodificil
por umtipo K.
Oexcepto nos filmes. (goddam
-
rfto traduzido)58
He had his goddam toilet
kit
underhis arm. 39
... estavâ debruçado sobre mim com uma toalha debaixo do braço.
(goddam
-
não traduzido)58
The Catcher in the Rye vs Uma Agulha no Palheiro
r-HE CATCHERIN T.HE RYE
'
Idiomatic Expreesions'Colloquialbms
q, à0 .(ÉÊ
UMAÁGULHÁ NOPALEEINO
'
Exprrssões Idiomáticas 'Coloquialismos CI Ê àô .dE
\oo
Ê
t ÊrU
I
couldn't furd my goddam huntinghat anywhere. 40
Não
conseguia encontraro
meuboné de caça.
(goddam
-
não traduzido)58
It
always had a funn stinkin
it,because he was so crumbv
in
his personal habits40
Havia
sempremuito
mau
cheiro pois ele era um prande oorcalhão 58t-o
Ê
f{
êrU
I
knew
damnwell
he
was
wideawake.
4t
Vi
logo que ele estava acordado 59What the hell.va doing, anyway?
4t
Oue diabo esüás tu a fazgr? 59Jesus!
He
said.happened to you?
What
the
hell4t
-
Meu Deus!-
disse-
Oue diabo teaconteceu? 60
I
had
a
little
goddamtiff
wiú
Stradlater, . . .
4t
-
Tive
uma
zanga
comStradlater.. .
(goddam
-
não traduzido)o 60
I
don't know whatúe
hell they didwith their chairs.
4t
Nunca
cheguei
a
saber
o
que fizeram às cadeiras.(the hel I
-
não traduzido)ó0
You're still bleeding, for Chrissake
4t
-
Ainda estiís a sangrar.(for Chrissake
-
não traduzido)60
Canasta, for Chrissake
4t
-
Canasta! Por amor de Deus! 60I
gotta get up and go to Mass in themornmg; for Chrissake
4t
-
Olha!
Amanhãtenho
de
melevanter cedo para ir à missa.
(for Chrissake
-
não traduzido)60
You
guys
staÍt
hollering
andfighti"g in the middle of the goddam
-
What the hell was the fight about anyhow?4t
E vocês começam a berrar a meio da
noite! Mas
Dor que diabo
foi
azanga?
(goddam
-
não traduzido)60
I knew damn well 42 Eu sabia muito bem 60
I
don't
know
whenthe
hell
he's coming baclg .. .42
-
Não
sei
quando
é
que
eleregressa. . .
(the hell -náo traduzido)
60
What
the hell do you
mean youdon't know... 42
-
Queé
que pretendes dizer comisso?
Ct-;
(the hell