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Padrões de diversidade funcional em ecossistemas emergentes: o caso das Ilhas da Albufeira de Alqueva

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Academic year: 2021

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(1)Padrões de diversidade funcional em ecossistemas emergentes: O caso das Ilhas da albufeira de Alqueva. António José Correia de Albuquerque. Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em: Engenharia Florestal e dos Recursos Naturais Orientador: Professora Maria Teresa Marques Ferreira Coorientador: Doutora Patricia María Rodríguez González. Júri: Presidente: Doutor António Manuel Dorotêa Fabião, Professor Associado com Agregação do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa. Vogais: Doutora Maria Teresa Marques Ferreira da Cunha Cardoso, Professora Catedrática do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa; Licenciada Maria Dalila Paula Silva Lourenço do Espírito Santo, Investigadora Coordenadora do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, na qualidade de especialista.. 2014.

(2) António José Correia de Albuquerque. ii.

(3) António José Correia de Albuquerque. AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer a todas as pessoas que, de uma forma ou outra, durante os últimos 20 anos da minha vida, contribuíram para a minha realização profissional. Aqui deixo o meu reconhecido agradecimento, a todos, em especial: Professora Maria Teresa Ferreira, pela atenção, orientação e ainda por me ter proporcionado, nos últimos 20 anos, trabalho no que mais gosto de fazer. Dr.ª Patricia María Rodríguez González, pela amizade, orientação e ainda pelas reflexões inesgotáveis. A, Francisco Godinho, Francisca Aguiar, Rui Rivaes, José Maria Santos, Filipe Dias, Ian Dodkins, Cecília Sérgio, Ivan Bernez, Pedro Silva-Santos, Tiago Monteiro-Henriques, Fernanda Simões, Cristina Duarte e Pedro Almeida Vieira, pela transferência de conhecimentos e pela produção científica conjunta. Aos colegas do Waterlobby, João Oliveira, Ana Mendes, Pedro Segurado, Paulo Branco, Rosário Fernandes e Susana Amaral, pelo apoio e colaboração que sempre manifestaram ao longo do tempo. À empresa, Matos Fonseca & Associados pelo convite na participação como consultor especializado em ecologia de ecossistemas aquáticos em diferentes projetos. A toda a minha família, pela compreensão da minha ausência. Em especial à Constança a meus pais e irmã que sempre estiveram disponíveis para me ajudar. O trabalho apresentado só foi possível mediante a autorização da EDIA no uso de informação resultante dos seus programas de monitorização, nomeadamente do resultante da inventariação biológica nas ilhas de Alqueva que tem vindo a decorrer desde o ano 2000.. iii.

(4) António José Correia de Albuquerque. RESUMO E PALAVRAS-CHAVE A atividade humana sobre o território tem provocado crescentes alterações ambientais surgindo habitats com novas características e funcionamento, denominados ecossistemas emergentes. A barragem de Alqueva no rio Guadiana gerou uma grande albufeira e um conjunto de áreas permanentemente isoladas pela lâmina de água (ilhas). O presente estudo pretendeu fazer uma caracterização biofísica e florística das ilhas de Alqueva, interpretar as variáveis ambientais associadas aos diferentes atributos funcionais e aos padrões de diversidade, e avaliar o efeito da criação de habitats emergentes nas alterações da riqueza e da diversidade funcional ao longo do tempo. Foram obtidas as características físicas (sistemas de informação geográfica e verificação de campo), a composição florística (inventários de campo) e a composição funcional (bibliografia) de 64 ilhas no período 20012012. As mudanças na composição das comunidades, riqueza e diversidade funcional foram analisadas usando métodos uni e multivariados. Os resultados do trabalho revelaram o estado de desenvolvimento da colonização nas ilhas no médio prazo. Com base nos filtros ecológicos destes habitats emergentes, evidenciaram-se os atributos funcionais que prevalecem em diferentes condições, mostrando um padrão de evolução comum da diversidade funcional entre diferentes ilhas. A abordagem funcional utilizada pode acrescer informação relevante para o acompanhamento e gestão de ecossistemas, nomeadamente para os que se encontram sob forte pressão humana. Palavras chave: Albufeiras, comunidades vegetais, diversidade funcional, filtros ecológicos, ecossistema emergente, vegetação ribeirinha. iv.

(5) António José Correia de Albuquerque. ABSTRACT Human activity has rapidly transformed landscape generating habitats with novel characteristics and functioning, called emerging ecosystems. Alqueva dam in Guadiana river created a large impoundment and a group of landforms permanently isolated by the water surface (islands). The present study aimed at characterizing the biophysical features and floristic composition of Alqueva islands, interpret the environmental variables associated to different functional traits and to diversity patterns, and assess the effect of emerging habitats creation in richness and functional diversity changes over time. Biophysical features were obtained (geographical information systems and groundtruth), floristic composition (field inventories) and functional composition (literature) in 64 islands for the period 2001-2012. Changes in the community composition, richness and functional diversity were analysed using univariate and multivariate methods. The results showed the level of plant colonization across studied islands in the medium term. Given the new ecological filters of these emergent habitats, some functional attributes resulted prevalent in particular conditions, revealing a common pattern of temporal change of functional diversity across different islands. The functional approach may add relevant information for the monitoring and management of ecosystems, particularly for those under strong human pressure. Keywords: dam, ecological filters, emerging ecosystem, functional diversity, plant communities, riparian vegetation. v.

(6) António José Correia de Albuquerque. EXTENDED ABSTRACT Human activity has rapidly transformed landscape generating habitats with novel characteristics and functioning, called emerging ecosystems. These emerging ecosystems display both new potential threats and opportunities for the conservation of biodiversity. Alqueva dam in Guadiana river (South Western Iberian Peninsula) created a large impoundment (water surface area 250 km2 and more than 1100km of margins) and a group of landforms permanently isolated by the water surface (islands). The present study aimed at characterizing the biophysical features and floristic composition of Alqueva islands, interpret the environmental variables associated to different functional traits and to diversity patterns, and assess the effect of emerging habitats creation in richness and functional diversity changes over time. Alqueva reservoir was filled in 2002 and built mainly to irrigation purposes. During the operating period, the oscillations in water level range between 130m (minimum operating level) and 152m (maximum operating level), depending upon the balance between water availability and supply. The present study focused on a representative sample of 64 islands which remain permanently emergent and isolated during the operating period of Alqueva dam, i.e. landforms with elevation higher than maximum operating level. The biophysical characterization of these landforms was executed at an average operating level of 147.5m, a slightly inferior elevation to the superior limit of vegetation clearing which preceded the reservoir filling. The biophysical characterization was performed using geographical information systems and ground truth for the calculation of environmental variables. Within this sample of 64 islands, exhaustive floristic surveys were carried out from 2001 to 2012, to characterize the composition and structure of plant communities. A functional approach was used for the analysis of plant communities thus a trait by species matrix was built (from literature and available databases) and then traits abundances were calculated for each floristic inventory and a functional diversity index was obtained To assess change in community diversity and structure, we analysed species and functional diversity, species and trait composition by means of univariate and multivariate data analysis. The results of the present study showed the development stage of emerging habitat colonization in the short and medium term after a reservoir creation. Additionally, a shift in the ecological filters associated to those emergent habitats revealed a set of functional traits which are related with the new environmental and landscape conditions. Particularly, community trait composition revealed shifts in dispersal traits associated to the landscape. vi.

(7) António José Correia de Albuquerque. variable distance from mainland to island margin. The creation of the reservoir water surface and consequently a riparian zone in the islands shoreline promoted hydrochory dispersal traits. Other traits like physiognomic plant type (tree, shrub, herbaceous), seed weight and type of leaf were associated to islands slope. Increased slope values are potentially related to increased hydric stress filtering for species that optimize water use efficiency. The temporal patterns of species richness and functional diversity in the different islands were also studied, and a common temporal trend of functional diversity change across islands despite their different biophysical and floristic features (different floristic groups) was revealed. Functional diversity increased consistently across islands in the short term, and stabilized or decreased in the medium term. Species richness did not follow the same temporal trend as functional diversity, showing no common pattern of change across islands. The results obtained, supported by literature, show that the functional approach may add important information for the monitoring and management of ecosystems, particularly for those under strong anthropic pressure.. vii.

(8) António José Correia de Albuquerque. ÍNDICE 1 . INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1 . 2 . ENQUADRAMENTO .................................................................................................. 4 . 3 . METODOLOGIA......................................................................................................... 8  3.1  CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS ................................................................. 8  3.1.1  Geomorfologia ..................................................................................... 8  3.1.2  Coberto vegetal ................................................................................... 8  3.1.3  Estrutura da paisagem ........................................................................ 9  3.2  FLORA E VEGETAÇÃO ................................................................................. 9  3.2.1  Metodologia do trabalho de campo ..................................................... 9  3.2.2  Identificação do material colhido e construção de matrizes .............. 10  3.3  METODOLOGIA DE TRATAMENTO DE DADOS........................................ 10  3.3.1  Caracterização da comunidade vegetal ............................................ 10  3.3.2  Evolução das comunidades vegetais ................................................ 11 . 4 . RESULTADOS ......................................................................................................... 15  4.1  CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS ............................................................... 15  4.1.1  Geomorfologia ................................................................................... 15  4.1.2  Coberto vegetal ................................................................................. 15  4.1.3  Estrutura da paisagem ...................................................................... 15  4.2  FLORA E VEGETAÇÃO ............................................................................... 38  4.2.1  Enquadramento biogeográfico .......................................................... 38  4.2.2  Caracterização das comunidades vegetais ...................................... 39  4.2.3  Diversidade funcional ........................................................................ 45  4.2.4  Evolução das diferentes comunidades vegetais no tempo ............... 49 . 5 . DISCUSSÃO ............................................................................................................ 56 . 6 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 59 . viii.

(9) António José Correia de Albuquerque. LISTA DE QUADROS Quadro 2.1 – Número de ilhas tendo em conta o nível de água da albufeira de Alqueva. ...... 5  Quadro 3.1 - Dispersão total - Vetores de dispersão e classes atribuídas. ........................... 11  Quadro 3.2 - Ciclo de vida e classes atribuídas. .................................................................... 11  Quadro 3.3 - Características morfológicas e funcionais, fontes de informação, unidades e valores médios, máximos e mínimos registados na totalidade de elencos. ........................... 12  Quadro 4.1 - Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). .. 16  Quadro 4.2 - Variáveis morfológicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). ...... 28  Quadro 4.3 - Coberto Vegetal. ............................................................................................... 32  Quadro 4.4 – Métricas da paisagem. ..................................................................................... 34  Quadro 4.5 - Tipos de vegetação de acordo com o respetivo valor de R associado. *p significativo (<0.05). ............................................................................................................... 42  Quadro 4.6 - Contribuição das espécies (por ordem decrescente) para a caracterização das comunidades de plantas nos cinco Grupos identificados. ..................................................... 43  Quadro 4.7 - Resultados dos modelos lineares mistos construídos para a diversidade funcional (índice FDis). São apresentados os três melhores modelos obtidos. As variáveis significativas são identificadas com **p<0.05, *p<0.1. ........................................................... 48 . ix.

(10) António José Correia de Albuquerque. LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 - Localização da albufeira de Alqueva e das 64 ilhas com área superior a 0.5ha .. 7  Figura 4.1 - Classificação hierárquica com os dados do presente trabalho utilizando como medida de distância Bray-Curtis. Os grupos florísticos são identificados com caixas utilizando as mesmas cores que na Figura 4.2. ..................................................................... 40  Figura 4.2 - NMS com os dados do presente trabalho utilizando como medida de distância Bray-Curtis. Os grupos florísticos são identificados com as mesmas cores que na Figura 4.1. ............................................................................................................................................... 41  Figura 4.3 - Eixos 1 e 2 da Analise de Correspondências Canónicas (CCA) para as características funcionais ponderadas pelas abundâncias das espécies dos diferentes elencos (2012). Percentagem explicada da variação total pelo eixo 1(x)=12.2%. ................. 46  Figura 4.4 - Eixos 1 e 2 da Analise de Correspondências Canónicas (CCA) tendo em conta a riqueza e diversidade funcional das comunidades de plantas existentes nas diferentes ilhas estudadas. Percentagem explicada da variação total pelo eixo 1(x)=21.6.%. ....................... 47  Figura 4.5 - Evolução da diversidade funcional nas diferentes ilhas no médio prazo (20012012). ..................................................................................................................................... 50  Figura 4.6 - Evolução da riqueza especifica nas diferentes ilhas estudadas no médio prazo (2001-2012). ........................................................................................................................... 50  Figura 4.7 - Evolução temporal da riqueza de espécies (Riq) da diversidade funcional (FDis) das ilhas estudadas (2001-2012). No eixo “y” esquerdo é representado o valor de Riq e no eixo “y” direito é representado o valor de Fdis. ...................................................................... 55 . x.

(11) António José Correia de Albuquerque. 1. INTRODUÇÃO. Os impactes humanos sobre os ecossistemas são atualmente tão extensivos e a diversos níveis (Vitousek et al. 1997) que numerosos cientistas consideram que se entrou numa nova era geológica, que foi denominada Antropoceno (Crutzen & Stoermer 2000). A par de uma crescente consciência ambiental, os esforços para preservar a biodiversidade estão a ver-se constantemente confrontados com profundas alterações dos processos ecológicos que requerem uma redefinição dos objetivos e estratégias de gestão (Choi 2007; Acreman et al. 2014; Balaguer et al. 2014; Kueffer & Kaiser-Bunbury 2014). Como resultado da atividade humana sobre o território, em paralelo com os impactes que implicam destruição efetiva têm surgido ecossistemas emergentes (do inglês “emerging ecosystems” (Milton 2003) ou “novel ecosystems” (Hobbs et al. 2006)). Os ecossistemas emergentes foram definidos como aqueles derivados direta ou indiretamente das atividades humanas, que reúnem uma combinação nova de espécies, tendo também um funcionamento potencialmente novo, mas que não dependem da atividade humana para a sua continuidade (Hobbs et al. 2006). Conforme o grau de modificação do ecossistema preexistente (Hobbs et al. 2009) diferenciam-se ecossistemas híbridos e ecossistemas novos. Os ecossistemas híbridos são aqueles que mantêm características do ecossistema preexistente mas cuja composição ou função se alterou para fora da amplitude histórica de variabilidade. Os ecossistemas novos serão aqueles cuja composição e/ou função foi completamente transformada em relação ao ecossistema preexistente, este sistema será formado praticamente por espécies com proveniência ou origem de outras localizações geográficas e/ou que poderão apresentar diferentes características funcionais (espécies não nativas). Em geral, os ecossistemas emergentes podem acarretar novas ameaças (i.e. diminuições de diversidade (Liu et al. 2013); surgimento de comunidades resistentes a ações de restauro (Cooper & Andersen 2012)); mas também criar oportunidades para a conservação (i.e. incrementos de diversidade (Johnson 2002); criação de habitats adequados para as espécies nativas (Walthan & Connolly 2013)). A alteração das características físicas do habitat que propicia o surgimento destes ecossistemas emergentes implica uma mudança nos filtros ecológicos que condicionam a composição de espécies desde o pool regional até a comunidade local (Poff 1997; Cornwell & Ackerly 2009). Entre os filtros ecológicos poderiam citar-se condicionantes ambientais como por exemplo a disponibilidade hídrica, ou condicionantes geográficos para a dispersão, como por exemplo a distancia ou o isolamento (Myers & Harms 2009). Deste modo, os atributos funcionais que permitiam às espécies dispersar-se, colonizar e ter. 1.

(12) António José Correia de Albuquerque. sucesso nos ecossistemas não alterados podem deixar de ser válidos nos ecossistemas emergentes, alterando-se a composição e estrutura funcional das comunidades. Esta alteração nos padrões de diversidade funcional pode, por sua vez influenciar mudanças a nível do habitat e dos processos dos ecossistemas (Lavorel & Garnier 2002) e, em última instância, nos serviços fornecidos pelo ecossistema à sociedade (Lavorel et al. 2011). O uso de atributos funcionais no âmbito da ecologia de comunidades tem tido um enorme desenvolvimento nos últimos anos quer a nível da ecologia teórica (McGill et al. 2006) (Pavoine et al. 2011) como aplicada (Lavorel et al. 2011; Mayfield et al. 2011). Para além de darem informação sobre as características ecológicas das espécies que compõem a comunidade, o uso de atributos funcionais tem a vantagem de permitir comparações entre comunidades constituídas por diferentes espécies (McGill et al. 2006), fornecendo uma informação complementar à obtida na interpretação da diversidade e composição específica. Este tipo de análise tem-se verificado principalmente em abordagens sobre a variação dos padrões espaciais, enquanto a investigação sobre a variação temporal das comunidades a longo prazo continua a ser difícil e dispendiosa, tendo-se recorrido frequentemente a modelos e simulações (Seifan et al. 2012). De facto, há uma crescente consciência da falta de conhecimento sobre a dinâmica temporal das comunidades (Vellend 2010) e de que esta lacuna se torna num inconveniente importante na hora de interpretar a trajetória de mudança nos ecossistemas, de detetar a assinatura dos impactes humanos (Magurran et al. 2012) e portanto de tomar as medidas de gestão adequadas aos objetivos de conservação ou restauro (Suding 2011). Muitos estudos recentes tentam abordar a questão temporal da variabilidade das comunidades (Seifan et al. 2012; Angeler et al. 2013; Loreau & De Mazancourt 2013; Schwinning & Kelly 2013). A correta interpretação das mudanças na diversidade de espécies e dos seus atributos funcionais pode ter uma grande relevância em termos de preservação da biodiversidade e do funcionamento dos ecossistemas a longo prazo (Reich et al. 2012). O surgimento de um arquipélago de ilhas como consequência do enchimento da albufeira de Alqueva é um exemplo de como uma drástica perturbação do território afeta ecossistemas fluviais e terrestres, criando habitats emergentes cuja dinâmica de colonização merece ser estudada. O sistema de ilhas surgidas com a criação da albufeira de Alqueva torna-se num laboratório natural, possibilitando o teste de hipóteses ecológicas como: identificação de filtros ecológicos determinantes no processo de colonização de habitats emergentes; são as ilhas. ecossistemas. fechados?. Análise. de. dispersão. (redes. de. conectividade,. metacomunidades); Existe um padrão de evolução da diversidade funcional em ecossistemas emergentes?; Relação entre atributos funcionais e filtros ecológicos;. 2.

(13) António José Correia de Albuquerque. Comparação de métodos de análise na interpretação da evolução de comunidades. Permite ainda o estudo de questões aplicadas, nomeadamente dirigidas a melhorar o sucesso de futuros projetos de gestão e restauro como: Num habitat emergente que espécies se devem usar quando se decide requalificar?; que estratégia de requalificação se deve adotar num sistema conecto e em rede?. No caso do presente estudo, utilizou-se uma abordagem funcional para estudar os padrões de colonização de comunidades de plantas nos ecossistemas emergentes das ilhas de Alqueva ao longo do tempo. Utilizou-se a diversidade funcional como indicador das mudanças na composição específica. Numa primeira fase (curto prazo), espera-se encontrar um incremento da diversidade funcional, pelo surgimento de um habitat emergente (área ripícola das ilhas) com características ambientais diferentes ao resto do território da ilha (que é maioritariamente terrestre).. Objetivos. „ Caraterização biofísica das ilhas de Alqueva, potenciais filtros ecológicos. „ Caraterização das comunidades vegetais existentes em cada ilha. „ Interpretar as variáveis ambientais associadas aos diferentes atributos funcionais e aos padrões de diversidade (riqueza de espécies e diversidade funcional). „ Avaliar o efeito da criação de habitats emergentes pela interpretação das alterações da riqueza e da diversidade funcional manifestada ao longo do tempo (padrões temporais de diversidade funcional).. 3.

(14) António José Correia de Albuquerque. 2. ENQUADRAMENTO. O presento estudo vem no seguimento de trabalhos realizados pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), nomeadamente recorreu-se para a sua realização aos dados referentes à caracterização biofísica das ilhas, assim como aos elencos florísticos inventariados no seguimento biológica nas ilhas de Alqueva que tem vindo a decorrer desde o ano 2000. Com a autorização por parte da presidência da EDIA, no uso de informação resultante dos seus programas de monitorização, o presente estudo pretende desenvolver uma nova forma de abordagem da evolução das comunidades vegetais quando expostas a uma radical transformação das condições ambientais onde se desenvolvem (habitats emergentes). A abordagem funcional utilizada pretende acrescentar informação complementar aos estudos realizados anteriormente onde se usa sobretudo indicadores de riqueza. Com uma área total circunscrita de aproximadamente 25 000 ha, a albufeira de Alqueva abrange um troço com cerca de 80 km do vale do rio Guadiana, bem como extensas áreas do rio Degebe e da ribeira do Alcarrache, entre outros tributários afluentes. O nível de pleno armazenamento (NPA) da Albufeira corresponde à cota 152 m, tendo sido atingido em Janeiro de 2010 e o nível mínimo de exploração (NmE) corresponde à cota 130 m. Na albufeira de Alqueva, as áreas que se encontram entre estas cotas, formam um arquipélago, sendo que o número de ilhas varia consoante a cota da Albufeira. As ilhas são consideradas um dos elementos mais variáveis associados à albufeira de Alqueva, dividindo-se de forma simplificada em três grupos principais: Ilhas permanentes – Elevações sempre presentes, desde a cota 130 m até à cota 152 m; Ilhas temporárias – Elevações com o topo abaixo da cota 152 m, que, dependendo da cota da Albufeira, podem estar ou não emersas; Ilhas peninsulares – Elevações com o topo acima da cota 152 m, que, dependendo da cota da albufeira podem passar a ser penínsulas. A EDIA, durante o processo de expropriação dos terrenos afetos à albufeira de Alqueva, expropriou também as áreas que iriam constituir as futuras ilhas com o objetivo de conservar e preservar os habitats e a biodiversidade das mesmas, objetivo esse que consta do. 4.

(15) António José Correia de Albuquerque. Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA, versão de 2005). O número de ilhas, com mais de 0.5 ha, existentes na albufeira de Alqueva depende da cota a que esta se encontra, apresentando 226 ilhas no NmE e 427 ilhas ao NPA. Alguns grupos de ilhas resultam da linha de cumeada de formações longitudinais de relevo, deixando de ser uma ilha longa a cotas intermédias para passar a ser uma sequência de ilhas de menor dimensão quando a cota sobe (vd. Quadro 2.1). Quadro 2.1 – Número de ilhas tendo em conta o nível de água da albufeira de Alqueva. Cota da albufeira (m). Número de ilhas. Ilhas com mais de 0.5 ha. 130. 226. 56. 140. 193. 44. 145. 372. 53. 150. 393. 92. 152. 427. 98. Em 2000/2001, antes do fecho das comportas, foi feita uma primeira monitorização (caracterização da situação de referência), tendo-se efetuado inventariações de campo da flora e vegetação, em áreas que futuramente seriam ilhas (Fonseca et al. 2001). Estes levantamentos foram posteriormente repetidos em 2004/2005, nas mesmas áreas e adotando as mesmas metodologias, durante o decorrer do enchimento da albufeira de Alqueva que se iniciou em fevereiro de 2002 (Figueiredo et al. 2005). O trabalho inicial identificou um total potencial de 1 188 ilhas entre a cota mínima e a cota máxima da albufeira, tendo sido resumido a 93 ilhas permanentemente isoladas entre a cota média de exploração (147,5 m) e a cota máxima de exploração (152 m), grupo este que foi ainda reduzido para 64 ilhas, por as restantes apresentarem áreas inferiores a 0,5 ha. De entre estas foram selecionadas 30 ilhas-alvo, para estudo da riqueza de espécies de flora. Os Projetos realizados nas Ilhas da albufeira de Alqueva consistiram na aplicação e desenvolvimento de um conjunto de métodos que permitiram: (1) selecionar uma amostra de ilhas destinada a ser inventariada no campo, (2) inovar ao nível da inventariação e do tratamento integrado de dados relativos às plantas, (3) monitorizar a flora e (4) estimar a biodiversidade ao nível da ilha e do arquipélago. Estes estudos permitiram formar uma primeira ideia sobre o impacte da albufeira de Alqueva nas ilhas, nomeadamente no que se refere à sua diversidade biológica.. 5.

(16) António José Correia de Albuquerque. Após o impacte inicial resultante do enchimento da albufeira de Alqueva, revela-se necessário acompanhar as alterações ambientais e biológicas, por forma a perceber a evolução da comunidade vegetal nos novos cenários ambientais a que estão sujeitas. O presente trabalho fundamentou-se na informação colhida ao longo do processo de monitorização, analisando a evolução das diferentes comunidades em ambiente ilha do ponto de vista funcional. A informação resultante complementará a existente, contribuindo para um correto ordenamento das ilhas de Alqueva, tornando-se na pedra basilar de uma gestão adequada. A área de estudo abrange a totalidade da área da albufeira de Alqueva, correspondendo concretamente às 64 ilhas permanentemente isoladas entre a cota média de exploração (147,5 m) e a cota máxima de exploração (152 m) e que apresentam áreas igual ou superiores a 0,5 ha (vd. Figura 2.1).. 6.

(17) António José Correia de Albuquerque. Figura 2.1 - Localização da albufeira de Alqueva e das 64 ilhas com área superior a 0.5ha (Fonseca et al., 2001).. 7.

(18) António José Correia de Albuquerque. 3 3.1. METODOLOGIA CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS. 3.1.1 Geomorfologia A monitorização e caracterização biofísica foram feitas tendo em conta a cota dos 147,5 m. A adoção desta cota de referência, permite caracterizar as condições de habitabilidade numa faixa das ilhas potencialmente disponível para ser colonizada, principalmente por espécies de ecologia mais estrita, intimamente dependentes da presença de água. Identificaram-se e calcularam-se as seguintes variáveis ambientais: A área de cada Ilha; A sua forma (uma medida da complexidade da altimetria); Número de curvas de nível (diferença de cota 1 metro) A distância da ilha à margem da albufeira de Alqueva (uma medida do isolamento da ilha); A distância de cada ilha à ilha mais próxima. Para a obtenção desta informação foi efetuada uma análise interpretativa dos elementos existentes, (cartografia, modelo digital do terreno e ortofotomapas recentes), recorrendo às potencialidades do Sistema de Informação Geográfica. 3.1.2 Coberto vegetal Na realização da cartografia do coberto vegetal ao longo do tempo foi sempre adotada a mesma metodologia, utilizando-se como cota de referência, a cota de média exploração (147,5 m). A presente tarefa inicia-se com uma análise prévia de gabinete, feita por interpretação de ortofotomapas recentes, com recurso a Sistema de Informação Geográfica. Após esta primeira análise, procede-se ao delimitado na área de cada ilha dos polígonos que aparentemente apresentam uma ocupação homogénea. Posteriormente, em trabalho de campo, faz-se uma aferição da correspondência da ocupação real com a registada em cartografia, efetuando-se ainda uma caracterização de forma detalhada do coberto vegetal presente. Identificam-se as diferentes formações arbóreas e arbustivas existentes, e. 8.

(19) António José Correia de Albuquerque. procede-se ao recenseamento detalhado dos diferentes estratos presentes (herbáceo, arbustivo e arbóreo). Posteriormente, em gabinete, efetua-se a cartografia do coberto vegetal e o cálculo de variáveis referentes à representatividade das diferentes unidades florísticas identificadas, representatividade dos estratos herbáceo, arbustivo e arbóreo e número de estratos. 3.1.3 Estrutura da paisagem A estrutura e diversidade da paisagem de cada ilha é interpretada pelo cálculo de diversos índices associados à densidade e dimensão das diferentes comunidades vegetais existentes, e ainda pelo cálculo da dimensão e forma das suas orlas. Estes índices são calculados recorrendo à extensão Patch Analyst v5.1.0.0 do ArcGISTM 10 da ESRI® para Windows. 3.2. FLORA E VEGETAÇÃO. 3.2.1 Metodologia do trabalho de campo No estudo da vegetação adotou-se sempre a mesma metodologia em todas as campanhas de. monitorização,. nomeadamente. a. metodologia. de. Inventariação. Expedita. de. Biodiversidade (IEB) (Fonseca et al., 2001). Metodologia IEB Com localização precisa, informação na posse da EDIA, estabelece-se inicialmente o transecto de amostragem em cada ilha. A inventariação dos estratos herbáceo, arbustivo e arbóreo realiza-se ao longo do transecto com 100 metros de comprimento, de orientação sul → norte, iniciando-se no extremo sul ao nível da cota média de exploração (147.5 m). Para as herbáceas é tida em conta uma faixa de 1 m de largura, enquanto para os arbustos e árvores se utiliza 10 metros de largura. A representatividade que a espécie assume na comunidade amostrada é atribuída segundo a sua cobertura superficial na área amostrada. Quando no processo de identificação se levantam dúvidas, colhe-se material vegetal (estruturas da planta que permitem a sua análise), para confirmação da identificação em laboratório. O material colhido deve ser convenientemente etiquetado. Tiram-se fotografias do transecto de amostragem e de aspetos particulares, nomeadamente focando a vegetação, ou espécies com interesse.. 9.

(20) António José Correia de Albuquerque. 3.2.2 Identificação do material colhido e construção de matrizes Após prensagem e secagem do material florístico vascular colhido, os exemplares são separados por famílias e organizados em pastas individuais, para identificação por intermédio de Floras, chaves dicotómicas e de outro material de consulta. Deve recorrer-se aos trabalhos de Tutin et al. (1964, 1980), Talavera et al. (1999), Franco (1971, 1984), Franco e Rocha Afonso (1994, 1998, 2003), Castroviejo et al. (1986, 1990, 1993a, 1993b, 1997a, 1997b), Aedo et al. (2000), Nieto Feliner et al. (2003), Paiva et al. (2002), Luceño (1994) e Pizarro (1995). Todas as espécies inventariadas foram introduzidas em folha de cálculo Excel sob a forma de matriz de abundâncias (espécies vs. locais). Nesta folha de cálculo são também preenchidas. colunas. relativas. à. identificação. das. espécies. segundo. a. família,. especificidades ecológicas, origem, entre outras informações relevantes, tornando-se esta matriz a base da análise usada para o estudo da vegetação. No total foram monitorizadas 64 Ilhas (Figura 2.1). A campanha de amostragem realizou-se sempre durante a primavera (2001, 2005 e 2012), e decorreu no mais curto espaço de tempo possível, para aumentar a comparabilidade dos resultados. 3.3. METODOLOGIA DE TRATAMENTO DE DADOS. 3.3.1 Caracterização da comunidade vegetal A informação resultante do processo de amostragem foi introduzida em folhas de cálculo sob a forma de matrizes. Estas matrizes contemplam todas as espécies existentes no momento da amostragem por ilha, e são a base da análise usada para o estudo das comunidades no presente trabalho. A caracterização da vegetação foi feita com base nos elencos florísticos obtidos na campanha de amostragem de 2012. A análise estatística foi dirigida a avaliar os padrões florísticos, para confirmar a existência de grupos de ilhas onde a vegetação se apresenta mais similar. As técnicas de análise de dados consistiram essencialmente em métodos não paramétricos realizados com o programa PRIMER v5.2.9 (Primer-E Ltd, 2001). Inicialmente a matriz de dados foi usada para criar uma matriz de similaridade tendo-se usado o coeficiente de Bray-Curtis. A matriz de similaridade foi sujeita a uma classificação hierárquica e a uma análise multidimensional não-paramétrica (NMS) com o objetivo de detetar e visualizar diferenças nas comunidades de plantas, existentes em todos os inventários realizados.. 10.

(21) António José Correia de Albuquerque. Para verificar estatisticamente a significância de diferenças entre grupos visualizados na NMS, foi efetuada uma análise de similaridade (ANOSIM) entre grupos. Utilizou-se finalmente a rotina SIMPER do programa PRIMER (Clarke e Warwick, 2001), para identificar a contribuição de cada espécie para as diferenças observadas entre grupos florísticos. Esta rotina é usada para averiguar quais as espécies que mais contribuem para as diferenças observadas entre grupos, usando a abundância das espécies, aplicada através da matriz de similaridade de Bray-Curtis previamente calculada. 3.3.2 Evolução das comunidades vegetais Para a interpretação da dinâmica da vegetação em ambiente isolado (ilha), recorreu-se à análise da evolução das características morfológicas e funcionais das espécies que têm vindo a constituir as diferentes comunidades. Entre as características morfológicas e funcionais analisadas, salientamos – especificidades ecológicas, ciclo de vida, peso das sementes, formas de dispersão e forma da folha. Estas características poderão indicar a probabilidade de sucesso de cada espécie nas novas condições ambientais impostas pela constituição da albufeira. As características morfológicas e funcionais foram compiladas utilizando uma diversidade de fontes incluindo floras, bases de dados disponíveis on-line, e observações de campo. Para ser possível integra-las na análise estatística, adotaram-se os seguintes artefactos, descritos no Quadro 3.1 e Quadro 3.2: Quadro 3.1 - Dispersão total - Vetores de dispersão e classes atribuídas. Vetores de dispersão. Classes. Apenas características morfológicas e fisiológicas da planta (semente). 1. Água. 2. Animal. 3. Animal + Semente. 4. Vento. 5. Água + Vento. 6. Animal + Vento. 7. Água + Vento + Animal. 8. Quadro 3.2 - Ciclo de vida e classes atribuídas. Ciclo de vida. Classes. Anual. 1. Bienal. 2. Vivaz. 3. Perene. 4. 11.

(22) António José Correia de Albuquerque. Utilizou-se ainda o peso de mil sementes em (mg) e para as restantes características a presença/ausência (1/0). A listagem completa de características utilizadas pode observar-se no Quadro 3.3. Quadro 3.3 - Características morfológicas e funcionais, fontes de informação, unidades e valores médios, máximos e mínimos registados na totalidade de elencos. Nome. Fonte. Média. Variável contínua. Variável. numérica (mg). categórica. Peso 1000 sementes. http://data.kew.org/sid/sidsearch.html. 303. X. -. Dispersão total (Quadro 3.1). http://data.kew.org/sid/sidsearch.html. 3.9. -. 1-8. Dispersão água. http://data.kew.org/sid/sidsearch.html. -. -. 1/0. Dispersão animal. http://data.kew.org/sid/sidsearch.html. -. -. 1/0. Dispersão semente. http://data.kew.org/sid/sidsearch.html. -. -. 1/0. Dispersão vento. http://data.kew.org/sid/sidsearch.html. -. -. 1/0. Ciclo de vida (Quadro 3.2). http://www.floraiberica.es/. 2.13. -. 1-4. Folha de anatomia herbácea. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Folha de consistência coriácea. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Árvore. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Arbusto. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Rizomatosa, bolbosa ou. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Cespitosa. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Terófito. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Lenhosa. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Ecologia (higrófito). http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Exótica. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. Endémica. http://www.floraiberica.es/. -. -. 1/0. tuberosa. Foram determinados índices que interpretam a diversidade funcional, tendo-se adotado no presente estudo o índice FDis -Functional Dispersion (Laliberté & Legendre, 2010) por permitir o seu cálculo em amostras que revelam reduzida riqueza (< 3 espécies) e contemplando qualquer número e tipo de características funcionais (quantitativas e qualitativas). Trata-se de um índice que traduz a distância média de cada espécie, no espaço multidimensional das características funcionais, ao centroide gerado pela totalidade das espécies. O índice FDis foi calculado com recurso à função “dbFD” do package “FD” do programa R 3.0.0 (http://cran.r-project.org/). Este índice foi calculado com os dados obtidos pela metodologia de amostragem IEB, metodologia adotada nas três campanhas de amostragem que decorreram até ao momento (2001, 2005, 2012), com o objetivo de mostrar a evolução da diversidade funcional.. 12.

(23) António José Correia de Albuquerque. A análise estatística fundamentou-se numa primeira fase em métodos de análise multivariada (Análise Canónica de Correspondências). Com esta análise tornou-se possível identificar quais as variáveis ambientais que apresentavam significado para explicar o maior número de espécies numa determinada comunidade, assim como para avaliar a correlação com a diversidade funcional e com os diferentes tipos de características morfológicas e funcionais. Numa segunda fase, procuraram-se as variáveis ambientais determinantes para a ocorrência de uma maior diversidade funcional numa determinada comunidade com recurso a métodos de análise univariada, nomeadamente foram utilizados modelos lineares mistos (Pinheiro & Bates, 2000). Para estudar a relação das comunidades com as variáveis ambientais realizou-se uma Análise de Correspondências Canónicas (CCA) com recurso ao programa CANOCO 4.5 (ter Braak & Šmilauer, 2002). Na CCA, os eixos são achados na direção que maximiza a dispersão das espécies, restringida à condição adicional de os scores dos inventários serem representáveis como uma combinação linear dos fatores ambientais (Capelo, 2002). Procedeu-se inicialmente à transformação das variáveis com o objetivo de aproximação à normalidade dos dados e igualdade de variâncias, bem como de moderar a influência de valores extremos. Foi utilizado o teste de Monte Carlo para a seleção manual de variáveis (manual forward selection) a um nível de significância de p<0.05 (Lepš & Šmilauer, 2003). Com o objetivo de averiguar a existência de fatores ambientais que sejam determinantes na diversidade funcional de uma comunidade, recorreu-se a métodos de análise univariada. Foram construídos modelos lineares mistos (Linear Mixed-Effects Models) para as variáveis ambientais que tinham apresentado significado na análise de correspondências canónicas, procurando ver qual deles se ajustava melhor à presença de uma maior diversidade funcional. Nesta análise utilizou-se a função “lme” do package “nlme” do programa R 3.0.0 (http://cran.r-project.org/). Nestes modelos foi criado um código para grupos de ilhas constituídos pela sua proximidade. Este código foi usado nos modelos mistos como efeito aleatório para considerar a estrutura espacial da amostragem de ilhas. Para a comparação entre diferentes modelos e seleção dos melhores, foram utilizados os critérios de informação de Akaike (AIC) (Burnham & Anderson, 2002). Os melhores modelos foram aqueles que apresentaram os menores valores de AIC do conjunto de modelos analisados e os maiores pesos de Akaike (w). Para cada variável resposta avaliada, foram construídos conjuntos de modelos que incluíram todas as combinações possíveis no conjunto de variáveis consideradas. Para avaliar a existência de diferenças significativas na variação da riqueza de espécies e da diversidade funcional ao longo do tempo nas diferentes ilhas foi utilizada uma ANOVA de. 13.

(24) António José Correia de Albuquerque. medidas repetidas (Gurevitch & Chester 1986). Finalmente, um teste post-hoc de Bonferroni foi utilizado para identificar a existência de diferenças entre os diferentes anos para a riqueza de espécies e a diversidade funcional.. 14.

(25) António José Correia de Albuquerque. 4 4.1. RESULTADOS CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS. 4.1.1 Geomorfologia Apresenta-se no Quadro 4.1 as principais características biofísicas das várias ilhas alvo de monitorização, nomeadamente a área, o perímetro, a forma, o número de curvas de nível e a distância de cada ilha à margem da albufeira de Alqueva. A informação foi obtida através da interpretação dos elementos existentes (cartografia, modelo digital do terreno e ortofotomapas (abril de 2011)) à cota média de exploração 147,5 m, e trabalhada com recurso às potencialidades do Sistema de Informação Geográfica. No Quadro 4.2 apresentam-se as variáveis morfológicas extraídas para cada uma das ilhas alvo de monitorização: altitude, declive e ensombramento. 4.1.2 Coberto vegetal Apresenta-se no Quadro 4.3 as percentagens dos diferentes tipos de coberto vegetal presentes em cada ilha alvo de monitorização, bem como o número de estratos e sua tipologia. Apresenta-se igualmente a percentagem relativa aos usos do solo “afloramentos rochosos” e uso “urbano” (edificado presente). 4.1.3 Estrutura da paisagem Tendo em conta a cota de referência dos 147,5 m, foram calculadas diversas métricas relacionadas com a ocupação do solo existente em cada ilha. Calcularam-se, índices e descritores de densidade, forma, tipo e dimensão, tendo em conta as atuais unidades de ocupação do solo que num todo constituem a paisagem das ilhas (vd. Quadro 4.4). Estas métricas assumem particular relevo, enquanto variáveis da análise efetuada, para a interpretação da evolução dos diferentes grupos biológicos em cada ilha.. 15.

(26) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). a). Ilhas. Coordenadas (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Linda. 268325. 162764. 2,0. 517. 171. 24. 505. 419. Sol. 266245. 161196. 3,1. 640. 160. 13. 553. 75. Tubolz Daisy. 263710. 158550. 51,3. 3959. 172. 25. 578. 455. Gorda. 272064. 167671. 48,7. 5344. 192. 45. 130. 26. Pequena. 272709. 168146. 5,1. 949. 165. 18. 729. 26. Azevel. 269152. 165659. 2,2. 668. 154. 7. 65. 149. 16.

(27) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Sargaço. 265482. 157496. 8,2. 1676. 164. 17. 285. 501. Gaspar. 266717. 157032. 9,1. 1776. 171. 24. 577. 35. Escorpião. 266336. 156977. 12,8. 1561. 194. 47. 730. 35. Estevinha. 265868. 154992. 0,5. 275. 157. 10. 216. 123. Duquesa. 261311. 154590. 1,0. 375. 158. 11. 476. 40. 17.

(28) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Castro. 262402. 150158. 1,4. 573. 158. 11. 744. 291. Calitro. 262636. 149149. 0,5. 272. 154. 7. 255. 253. Noite. 267282. 156463. 0,6. 336. 157. 10. 298. 97. Mordillo. 266942. 155146. 0,7. 364. 160. 13. 244. 47. Tubarão. 267854. 149953. 8,2. 2088. 164. 17. 209. 140. Pedro Pensador. 262471. 150750. 3,7. 977. 166. 19. 530. 91. 18.

(29) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Arruda. 265584. 148113. 1,2. 477. 155. 8. 194. 237. Santo António. 264287. 147897. 1,2. 490. 161. 14. 686. 213. Amor. 264636. 147593. 3,0. 966. 163. 16. 172. 43. Porco Italiano. 262697. 147504. 3,6. 1038. 168. 21. 428. 241. Touro. 264612. 143692. 0,7. 341. 156. 9. 642. 689. 19.

(30) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Várzea. 275512. 194988. 150,9. 7486. 153. 6. 55. 3012. Pardais. 275263. 190640. 3,5. 815. 169. 22. 27. 3012. Balanco. 253912. 145054. 0,7. 345. 154. 7. 394. 692. Outeiro. 254436. 144445. 1,4. 440. 160. 13. 206. 332. Moncarxa. 255327. 141604. 2,0. 607. 161. 14. 304. 89. Porto de Musgos. 255995. 140545. 4,8. 1015. 170. 23. 75. 310. 20.

(31) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Abibe. 258076. 139491. 1,6. 581. 162. 15. 323. 208. Cerro do Pião. 258711. 138858. 0,6. 275. 162. 15. 147. 676. Bicas. 258219. 137841. 1,4. 677. 162. 15. 68. 958. Línguas. 257328. 139449. 25,5. 3752. 174. 27. 58. 32. Vulcão. 247883. 146144. 5,0. 812. 193. 46. 47. 1474. Fraga. 270094. 163867. 4,6. 1222. 170. 23. 108. 63. 21.

(32) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide). Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas de b) Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). M. P. Ofioglóssica. 270342. 164138. 6,8. 1513. 160. 13. 364. 56. Fraguinha. 270581. 164123. 1,3. 437. 160. 13. 267. 56. Mostarda. 264813. 159373. 1,5. 506. 158. 11. 287. 191. Pipinhas. 263323. 157701. 9,2. 1669. 160. 13. 212. 446. Esteva. 266010. 155197. 2,1. 524. 169. 22. 385. 73. Azenha. 264407. 155690. 0,6. 342. 158. 11. 63. 530. 22.

(33) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). a). Ilhas. Coordenadas (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Meio Xisto. 262257. 155740. 1,7. 654. 158. 11. 206. 730. Zambujeiro. 254763. 144059. 1,7. 531. 164. 17. 234. 332. Degebe. 255530. 141348. 3,2. 833. 167. 20. 332. 89. Rocha Fria. 259750. 140624. 0,6. 319. 158. 11. 107. 677. Barbosinha. 257636. 139182. 1,3. 493. 158. 11. 596. 32. Lorosai. 259364. 141449. 4,8. 1126. 166. 19. 101. 677. 23.

(34) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). a). Ilhas. Coordenadas (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Três. 255340. 137812. 3,3. 848. 172. 25. 636. 38. Perdição. 264168. 148775. 0,5. 279. 156. 9. 355. 63. Vaca Oito. 264357. 148823. 1,8. 646. 160. 13. 335. 63. Tosse. 265549. 149363. 0,6. 286. 155. 8. 142. 869. Espinhos. 268490. 148331. 1,2. 420. 155. 8. 318. 61. 24.

(35) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas de Nível b). Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Retama. 268503. 147293. 0,5. 265. 154. 7. 147. 198. Clorofila. 262028. 148633. 0,5. 267. 153. 6. 201. 402. Cágados. 260932. 154739. 3,3. 1043. 160. 13. 342. 74. Tábua Rasa. 262682. 154169. 8,7. 1580. 160. 13. 406. 67. Luz. 263570. 152307. 3,6. 862. 167. 20. 143. 465. Solapau. 262771. 145528. 0,8. 351. 160. 13. 1256. 70. 25.

(36) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Panças. 262306. 145002. 5,1. 1112. 163. 16. 1136. 406. Serros Verdes. 261922. 143489. 6,6. 1302. 172. 25. 507. 955. Rasta. 262729. 145805. 4,6. 968. 165. 18. 990. 70. Luardinha. 262174. 145594. 0,5. 255. 159. 12. 746. 181. Alcarrache. 273998. 151593. 1,9. 548. 156. 9. 247. 649. 26.

(37) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.1 - (continuação) Características biofísicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). Ilhas. Coordenadas a) (centróide) M P. Forma. Área (ha). Perímetro (m). Cota Máxima (m). Número de Curvas b) de Nível. Distância da ilha à margem da albufeira (m). Distância à ilha mais próxima (m). Estrela. 268992. 150739. 1,0. 519. 151. 4. 358. 13. Cometa. 268929. 150937. 1,2. 541. 153. 6. 296. 13. Erva Alta. 269338. 149091. 0,7. 346. 157. 10. 532. 118. Monte Novo. 264186. 145334. 2,2. 801. 157. 10. 355. 101. Pedras. 264169. 145092. 0,9. 348. 157. 10. 340. 101. a) Sistema de Coordenadas Hayford-Gauss; Datum Lisboa b) Considerando a cota de referência a cota média de exploração de 147,5 m. 27.

(38) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.2 - Variáveis morfológicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). ALTITUDE. DECLIVE. ENSOMBRAMENTO. Ilhas. Altitude Mínima (m). Altitude Máxima (m). Altitude Média (m). Desvio Padrão da Altitude (m). Línguas. 123,26. 173,78. 158,40. 5,76. 0,00. 23,38. 10,95. 4,69. 116,00. 225,00. 176,07. 24,33. Três. 148,87. 170,00. 158,83. 6,08. 0,00. 33,23. 16,76. 6,75. 92,00. 249,00. 170,61. 35,57. Porto de Musgos. 122,36. 170,00. 154,57. 9,21. 0,00. 24,41. 14,16. 4,91. 109,00. 230,00. 174,32. 32,77. Degebe. 100,47. 165,00. 151,04. 11,83. 0,00. 21,62. 11,56. 4,38. 122,00. 225,00. 176,22. 26,48. Moncarxa. 130,23. 157,50. 149,46. 7,05. 0,00. 21,88. 8,91. 5,36. 111,00. 217,00. 178,47. 25,19. Zambujeiro. 136,32. 162,50. 150,99. 7,26. 0,00. 27,47. 13,32. 5,38. 106,00. 218,00. 175,98. 28,68. Outeiro. 133,93. 160,00. 149,79. 6,71. 0,00. 21,17. 11,81. 4,34. 116,00. 219,00. 174,84. 24,67. Balanco. 149,59. 153,89. 151,85. 0,97. 0,00. 18,08. 6,69. 4,68. 142,00. 210,00. 179,53. 15,73. Vulcão. 137,50. 192,91. 160,87. 14,79. 0,70. 38,65. 21,96. 6,41. 100,00. 251,00. 164,83. 39,85. Barbosinha. 126,07. 157,92. 150,54. 6,85. 0,00. 21,41. 11,02. 4,80. 142,00. 219,00. 176,24. 18,11. Cerro do Pião. 149,42. 161,58. 154,59. 3,03. 0,00. 26,95. 17,52. 4,26. 90,00. 233,00. 167,63. 44,50. Abibe. 122,71. 161,67. 147,72. 11,31. 0,00. 22,96. 11,67. 4,72. 137,00. 231,00. 177,68. 26,74. Bicas. 141,56. 161,66. 152,57. 3,96. 0,00. 28,29. 14,21. 5,70. 117,00. 230,00. 177,25. 31,94. Rocha Fria. 149,46. 155,00. 152,87. 1,68. 0,00. 22,65. 11,57. 6,42. 137,00. 215,00. 176,07. 18,36. Lorosai. 135,00. 162,50. 155,15. 4,54. 0,00. 28,12. 9,96. 4,83. 83,00. 230,00. 176,88. 22,04. Serros Verdes. 130,88. 167,50. 155,44. 8,86. 0,00. 23,37. 13,17. 5,45. 109,00. 230,00. 173,58. 33,35. Touro. 149,90. 155,76. 151,93. 1,27. 0,00. 17,20. 7,70. 3,84. 121,00. 213,00. 177,83. 23,98. Pedras. 149,84. 155,00. 152,39. 1,54. 0,00. 15,03. 7,53. 3,71. 139,00. 208,00. 178,53. 19,02. Monte Novo. 133,18. 155,00. 150,07. 4,86. 0,00. 14,38. 7,13. 3,49. 132,00. 219,00. 178,24. 20,92. Solapau. 149,87. 155,00. 152,69. 1,74. 0,00. 15,38. 8,32. 4,77. 128,00. 199,00. 177,76. 17,60. Panças. 121,54. 157,50. 148,74. 10,67. 0,00. 19,77. 7,39. 5,78. 129,00. 228,00. 177,99. 21,31. Declive Mínimo (%). Declive Máximo (%). Declive Médio (%). Desvio Padrão do Declive (%). Ensombram ento Mínimo. Ensombram ento Máximo. Ensombram ento Médio. Desvio Padrão do Ensombramento. 28.

(39) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.2 - (continuação) Variáveis morfológicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). ALTITUDE. DECLIVE. ENSOMBRAMENTO. Ilhas. Altitude Mínima (m). Altitude Máxima (m). Altitude Média (m). Desvio Padrão da Altitude (m). Declive Mínimo (%). Declive Máximo (%). Declive Médio (%). Desvio Padrão do Declive (%). Ensombram ento Mínimo. Ensombram ento Máximo. Ensombram ento Médio. Desvio Padrão do Ensombramento. Luardinha. 149,80. 157,50. 153,36. 2,31. 0,00. 19,11. 13,44. 3,97. 115,00. 228,00. 174,75. 29,66. Amor. 122,47. 160,00. 151,18. 7,43. 0,00. 28,09. 10,25. 5,54. 74,00. 219,00. 175,18. 28,86. Santo António. 124,20. 161,81. 147,70. 9,48. 0,00. 33,20. 13,14. 6,68. 127,00. 220,00. 177,34. 25,30. Arruda. 137,50. 155,00. 149,35. 4,71. 0,00. 13,87. 6,88. 3,63. 145,00. 207,00. 179,27. 15,85. Porco Italiano. 131,69. 167,60. 153,37. 6,85. 0,00. 23,19. 11,84. 4,45. 113,00. 227,00. 176,36. 27,17. Clorofila. 149,77. 152,96. 151,30. 0,89. 0,79. 8,09. 5,34. 1,72. 154,00. 198,00. 177,82. 12,70. Rasta. 135,00. 160,00. 152,96. 5,70. 0,00. 22,08. 8,77. 5,50. 112,00. 223,00. 177,16. 23,20. Calitro. 149,77. 153,81. 151,54. 1,02. 1,05. 10,78. 6,14. 2,11. 146,00. 205,00. 177,69. 16,26. Vaca Oito. 128,30. 159,77. 150,53. 6,43. 0,00. 15,72. 8,50. 4,22. 130,00. 216,00. 177,29. 18,89. Perdição. 149,84. 152,50. 151,61. 0,89. 0,00. 14,43. 6,00. 4,49. 135,00. 207,00. 178,07. 16,10. Tosse. 149,78. 152,50. 151,45. 0,88. 0,00. 11,12. 5,36. 3,06. 160,00. 198,00. 179,45. 10,23. Espinhos. 141,73. 152,50. 150,03. 2,02. 0,00. 8,60. 3,82. 2,47. 156,00. 195,00. 179,66. 10,01. Erva Alta. 149,97. 155,00. 152,30. 1,65. 0,00. 20,86. 8,89. 4,46. 119,00. 209,00. 177,98. 23,45. Retama. 149,94. 152,50. 151,42. 0,87. 0,00. 9,99. 5,35. 2,94. 147,00. 202,00. 178,34. 14,97. Alcarrache. 138,21. 157,50. 151,08. 4,67. 0,00. 12,73. 7,33. 3,13. 149,00. 205,00. 178,01. 15,29. Estrela. 142,50. 152,50. 149,39. 2,57. 0,00. 7,30. 3,25. 2,29. 163,00. 198,00. 180,15. 7,98. Cometa. 142,81. 155,00. 150,17. 2,51. 0,00. 11,85. 5,85. 2,13. 149,00. 203,00. 178,71. 14,96. Castro. 124,29. 157,84. 150,49. 6,56. 0,00. 16,38. 9,17. 4,29. 142,00. 209,00. 177,45. 19,41. Pedro Pensador. 112,50. 165,90. 150,09. 10,66. 0,00. 34,64. 10,63. 6,40. 108,00. 229,00. 174,87. 17,57. Tábua Rasa. 132,50. 157,50. 153,99. 2,88. 0,00. 17,58. 5,51. 4,58. 127,00. 217,00. 178,42. 16,31. Azenha. 149,78. 152,50. 151,07. 0,96. 0,00. 13,40. 5,10. 4,01. 139,00. 208,00. 177,85. 16,45. 29.

(40) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.2 - (continuação) Variáveis morfológicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). ALTITUDE. DECLIVE. ENSOMBRAMENTO. Ilhas. Altitude Mínima (m). Altitude Máxima (m). Altitude Média (m). Desvio Padrão da Altitude (m). Declive Mínimo (%). Declive Máximo (%). Declive Médio (%). Desvio Padrão do Declive (%). Ensombram ento Mínimo. Ensombram ento Máximo. Ensombram ento Médio. Desvio Padrão do Ensombramento. Duquesa. 149,55. 157,71. 152,26. 1,54. 0,00. 28,46. 7,48. 4,69. 77,00. 205,00. 176,81. 22,53. Cágados. 149,57. 159,57. 152,18. 1,43. 0,00. 17,06. 5,82. 4,13. 134,00. 217,00. 177,15. 16,47. Meio Xisto. 138,00. 155,00. 147,96. 4,74. 0,00. 10,88. 4,62. 3,24. 154,00. 210,00. 179,40. 14,15. Luz. 123,51. 165,00. 149,17. 11,96. 0,00. 20,59. 11,57. 5,08. 120,00. 222,00. 176,63. 26,37. Esteva. 140,00. 162,50. 151,40. 5,68. 0,00. 18,54. 10,39. 3,25. 123,00. 210,00. 176,80. 25,07. Estevinha. 149,70. 156,72. 151,74. 1,54. 0,00. 18,58. 8,47. 4,03. 115,00. 211,00. 176,44. 24,17. Mordillo. 149,77. 155,00. 151,56. 1,43. 0,00. 19,25. 6,79. 4,60. 125,00. 208,00. 177,37. 17,41. Noite. 149,92. 156,51. 151,70. 1,39. 0,00. 20,15. 8,58. 3,77. 142,00. 213,00. 177,64. 13,77. Mostarda. 149,60. 157,50. 152,86. 1,88. 0,00. 18,75. 7,78. 3,69. 124,00. 217,00. 178,61. 23,76. Pipinhas. 132,42. 165,00. 153,43. 6,71. 0,00. 25,19. 8,73. 4,64. 112,00. 227,00. 176,97. 29,13. Gaspar. 135,78. 167,50. 153,11. 6,68. 0,00. 27,19. 9,02. 5,43. 104,00. 240,00. 177,00. 22,63. Escorpião. 126,87. 190,00. 159,52. 13,73. 0,00. 27,76. 15,07. 3,95. 112,00. 243,00. 173,19. 35,08. Sargaço. 134,51. 163,83. 152,03. 7,13. 0,00. 20,00. 8,65. 4,40. 107,00. 223,00. 177,90. 21,54. Tubolz Daisy. 137,28. 171,92. 158,60. 5,27. 0,00. 13,85. 5,67. 2,64. 133,00. 208,00. 178,74. 15,01. Sol. 133,11. 165,00. 152,22. 7,98. 0,00. 18,74. 10,86. 3,85. 122,00. 219,00. 177,50. 26,62. Linda. 128,92. 170,87. 148,74. 12,17. 0,79. 29,37. 17,40. 4,29. 100,00. 243,00. 171,36. 41,11. Fraga. 120,00. 162,50. 154,16. 8,11. 0,00. 38,20. 11,38. 7,70. 105,00. 244,00. 173,49. 25,96. Ofioglóssica. 127,48. 162,50. 152,33. 5,36. 0,00. 17,52. 7,26. 3,89. 122,00. 217,00. 177,45. 17,66. Fraguinha. 133,37. 155,00. 148,84. 4,97. 0,00. 12,56. 5,91. 2,62. 154,00. 200,00. 178,31. 11,16. Gorda. 134,57. 191,73. 160,77. 9,41. 0,00. 29,43. 8,99. 4,53. 83,00. 236,00. 177,24. 21,14. 30.

(41) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.2 - (continuação) Variáveis morfológicas das ilhas estudadas (cota de referência 147,5 m). ALTITUDE. DECLIVE. ENSOMBRAMENTO. Ilhas. Altitude Mínima (m). Altitude Máxima (m). Altitude Média (m). Desvio Padrão da Altitude (m). Declive Mínimo (%). Declive Máximo (%). Declive Médio (%). Desvio Padrão do Declive (%). Ensombram ento Mínimo. Ensombram ento Máximo. Ensombram ento Médio. Desvio Padrão do Ensombramento. Pequena. 132,50. 164,80. 152,02. 6,21. 0,00. 21,79. 7,62. 3,36. 121,00. 220,00. 178,22. 16,77. Tubarão. 132,54. 163,53. 152,25. 4,64. 0,00. 21,86. 7,51. 4,05. 105,00. 222,00. 178,01. 16,21. 31.

(42) António José Correia de Albuquerque. Quadro 4.3 - Coberto Vegetal.. % Urbano - Ruína. 24,2. 75,8. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Três. 0,0. 80,0. 50,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Porto de Musgos. 90,0. 25,0. 20,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 66,2. 33,8. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Degebe. 50,0. 20,0. 70,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 18,6. 0,0. 0,0. 81,4. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Moncarxa. 90,0. 12,0. 40,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 23,1. 0,0. 0,0. 76,9. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Zambujeiro. 60,0. 15,0. 30,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. % Afloramentos rochosos. % Urbano - Casa. 0,0. % Prado e matos disperso. % Olival com matos dispersos. 0,0. % Prado. % Montado denso com matos densos. 0,0. % Pinhal Manso e Bravo. % Montado denso com matos. 0,0. % Pinhal. % Montado (Sb) denso com matos. 0,0. % Montado denso (Az+Sb) com matos densos. % Matos densos (esteval). 3,0. % Montado aberto com prado. % Eucaliptal com matos rasteiros. 30,0. % Montado aberto com matos densos. % Eucaliptal com matos densos. 5,0. % Montado aberto (AZ+SB) com matos densos. N.º de estratos. 90,0. % de estrato arbustivo. Línguas. Ilhas. % de estrato herbáceo. % de estrato arbóreo. % Povoamento misto de azinheiras e oliveiras com matos dispersos. Outros Usos % Povoamento misto de azinheiras e oliveiras com matos densos. Coberto Vegetal % Montado aberto com matos dispersos. Estratos. Outeiro. 60,0. 5,0. 30,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Balanco. 60,0. 20,0. 15,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Vulcão. 30,0. 80,0. 20,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 74,9. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 25,1. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Barbosinha. 70,0. 90,0. 20,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100, 0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Cerro do Pião. 0,0. 80,0. 10,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100, 0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Abibe. 15,0. 50,0. 50,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 41,6. 58,4. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Bicas. 60,0. 30,0. 20,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 48,7. 51,3. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Rocha Fria. 50,0. 80,0. 20,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Lorosai. 65,0. 90,0. 2,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100, 0. Serros Verdes. 50,0. 15,0. 30,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 72,1. 27,9. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Touro. 80,0. 10,0. 25,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Pedras. 80,0. 20,0. 0,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. Monte Novo. 80,0. 0,0. 0,0. 1,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 98,4. 1,6. 0,0. 0,0. Solapau. 10,0. 50,0. 30,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100, 0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Panças. 10,0. 65,0. 60,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Luardinha. 10,0. 75,0. 30,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Amor. 30,0. 60,0. 30,0. 3,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Santo António. 0,0. 100,0. 10,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Arruda. 0,0. 70,0. 40,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 85,5. 14,5. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Porco Italiano. 90,0. 20,0. 5,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100, 0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Clorofila. 100,0. 0,0. 20,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Rasta. 60,0. 30,0. 50,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Calitro. 80,0. 10,0. 0,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 98,0. 0,0. 2,0. 0,0. Vaca Oito. 30,0. 70,0. 15,0. 3,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Perdição. 30,0. 80,0. 30,0. 3,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. Tosse. 90,0. 5,0. 0,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. Espinhos. 80,0. 30,0. 0,0. 2,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 80,1. 0,0. 0,0. 19,9. Erva Alta. 80,0. 30,0. 25,0. 3,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 100,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 0,0. 32.

Imagem

Figura 2.1 - Localização da albufeira de Alqueva e das 64 ilhas com área superior a 0.5ha   (Fonseca et al., 2001)
Figura 4.1 - Classificação hierárquica com os dados do presente trabalho utilizando como  medida de distância Bray-Curtis
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