ORIENTE MÉDIO
QUESTÃO PALESTINA E ISRAEL
Oriente Médio habitados por povos semitas( descendentes de Sem, filho de Nóe) Fundaram cidades ao longo do rio Tigre, onde desenvolveram povos como Acadianos (Caldeus e Babilônicos), Assírios, Amorreus, Arameus, Fenícios, Árabes,
Hebreus (judeus), Etíopes e Ugaríticos.
A sociedade árabe foi, desde épocas remotas, atraída pelas atividades voltadas para o comércio, mas foi, na maioria das vezes, fragmentada pela existência de numerosas tribos rivais que se distribuíam no interior e no litoral da região. Eram povos fragmentados e politeístas.
Árabes- nômades pastores da península arábica -> Maomé -> Muçulmanos Hebreus – tribo nômade à leste do rio Jordão (Abraão) -> Moisés -> Judeus
Abraão...Moisés...Jesus...Maomé (2000 a.c.) 1500 a.c. Ano 0 571d.c Hebreus ...Judaísmo...Cristianismo...Islamismo
COMO COMEÇOU:
No período de domínio Babilônico e Romano os hebreus/Judeus foram perseguidos, expulsos da Palestina (70 d.C.), no evento que ficou conhecido como Diáspora Judaica.A partir daí os judeus foram espalhados por todas as regiões do Império Romano e o Templo de Jerusalém foi destruído.
Queda do Império Romano -> Impérios Persas -> Califados Árabes (séc VI -> Islã)-> toda a região foi ocupada por
palestinos muçulmanos desde o fim das Cruzadas -> Império Turco otomano (séc XVI até 1ªGuerra Mundial) -> Domínio do Reino Unido, França e Itália, apenas Turquia e Irã eram independentes.
No início do séc XIX, teve início o movimento Sionista: nacionalismo de identidade judaica, que defende a criação de um Estado Nacional Judaico no território por eles considerado sagrado. Os judeus somente retornariam a região em 1948, após a Segunda Guerra Mundial. ( Holocausto: genocídio de 6 milhões de Judeus)
A independência dos demais países se deu sobretudo no período da Guerra Fria, com a atuação de EUA e URSS fornecendo armamentos, treinando grupos paramilitares e exércitos nacionais, apoiando ditaduras e grupos de oposição, alimentando conflitos. EUA e Inglaterra tinha interesse nos recursos, mas não confiavam nos árabes então apoiaram Israel.
Em 1947 a ONU interviu propondo o Plano de Partilha da Palestina, que dividiu em Estado de Israel e Estado da Palestina.
A criação de um Estado Judaico (Israel) foi apoiada por EUA e Reino Unido com objetivo de garantir ali aliado capitalista e resistir ao socialismo no Oriente Médio.
1948-1949: Guerra de Independência de Israel :
1956: Guerra de Suez: apoiado pela França e Inglaterra Israel declarou Guerra contra o Egito e ocupou a Faixa de Gaza. Isso ocorreu após o Egito nacionalizar o Canal de Suez, importante para franceses e ingleses.
Egito tinha apoio da URSS, por pedido da ONU a fim de evitar maiores conflitos, Israel se retira da península de Sinai.
1964: Organização para Libertação da Palestina:
(OLP) Criada em Jerusalém, por grupos Pró-palestina, com objetivo de organizar a luta contra Israel. A ONU a reconheceu em 1974 como representante do povo palestino.
1967: Guerra do Yom Kippur: Em 6 de outubro quando Judeus comemoravam o “Dia do Perdão” também de surpresa, Egito e Síria lançam ofensiva para recuperar território ocupado por Israel, mas com apoio militar dos EUA Israel vence e se mantém. Essa guerra deu origem à crise do petróleo ( Arábia Saudita, Iraque aliados de Síria e Egito) suspendem as exportações de petróleo para EUA e seus aliados.
Egito se distanciava da URSS e aproximava dos EUA, o que facilitou em algumas negociações como o acordo de Camp David em 1978, quando o Sinai foi devolvido ao Egito e foi prevista uma autoridade autônoma das regiões da Cisjordania e Faixa de Gaza fora da atuação da OLP.
Esse acordo desagradou países da Liga Árabe* já que Palestina permanecia em território Judeu. Egito foi suspenso da Liga e o presidente assassinado em 1981.
1981 Israel anexou formalmente as Colinas de Golan que pertenciam à Síria.
1987: Primeira Intifada: (Rebelião em árabe) Revolta Palestina contra Israel: motivada pela morte de 4 palestinos atropelados por caminhão do exército de Israel.
1988: A OLP reconhece a soberania de Israel sob 78% do território histórico da Palestina e proclamou a criação de um Estado Palestino independente, sem efeito prático. Em seguida uma sucessão de acordos e o fim da 1ª Intifada:
1993: Acordo de Oslo (Noruega)– Yasser Arafat aceita negociar com Yitzhak Rabi. Israel e OLP assinam Declaração dos Princípios pela Paz: para reconhecimento mútuo das duas nações e suas lideranças, devolução de Cisjordânia e Faixa de Gaza que passariam a ter governos autônomos mas não independentes. A ANP (Autoridade Nacional Palestina)seria a responsável por essa administração. 1994: Israel e Jordânia – acordo de paz
1995: Entre Israel e OLP – acordo de Paz
1998: Acordo do Rio Wye – retirada de Israel da Jordânia
2000: Segunda Intifada: Ataques realizados por palestinos motivados por uma “provocação” do Primeiro ministro de Israel Ariel Sharon, ao visitar a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, local sagrado para o Islã.
Uso desproporcional de força por parte de Israel: Enquanto Muçulmanos atacavam com pedras, atentados suicidas e carros bomba, governo de Israel enviou foguetes e tanques.
2002: Israel lançou mísseis contra a Autoridade Palestina em Gaza e destruiu quase todo o quartel general de Arafat na
Cisjordânia onde reforçou a ocupação e iniciou a construção de um muro isolando área controlada por palestinos, conforme se justificava por proteção contra terrorismo.
A Corte Internacional de Justiça ratificada por Assembleia Geral da ONU determinou que o muro considerado ilegal fosse derrubado. Israel não só não acatou como expandiu a construção.
2003: Mapa do Caminho: acordo proposto por EUA (George Bush), EU e RU. Propondo a criação de um Estado Palestino com as mesmas fronteiras existentes antes da Guerra dos seis Dias. Acordo não foi realizado.
2004: Israel retira colônias Judaicas da Faixa de Gaza, mas mantém controle militar, político administrativo e restrições à população e mercadorias.
2005: Hamas: organização fundamentalista islâmica (filantrópica, partido político e braço armado) se fortaleceu na Faixa de Gaza enquanto Israel se retirava. O grupo diverge do Fatah de Yasser Arafat (desde 59 facção da OLP) e tem como objetivo destruir Israel para a consolidação do Estado Palestino.
Seus ataques contra Israel não provocam muitos efeitos, em virtude do avançado sistema antimísseis de Israel. Até 2014 foram 2016 palestinos mortos frente 67 israelenses.
2012: Em Assembleia Geral da ONU Palestina foi reconhecida como um Estado Observador e não membro. Não é um país para a comunidade internacional, mas representa avanço político na luta por sua soberania. Não agradou ao governo Israelense.
2015: Novas agressões violentas por parte dos palestinos, frente à possibilidade de alteração das regras de visitação da Mesquita de Al-Aqsa. Desde então nova onda de violência e tensão volta a se instalar.
POR QUE NÃO CHEGA AO FIM:
*Os acordos de paz são fracassados devido à desunião dos países Árabes.
*Desproporcionalidade de força econômica, política e militar de Israel frente os palestinos.
*A desunião de Al Fatah ( optando por acordos diplomáticos, administra Cisjordânia) e Ramas ( Mantém atentados terroristas contra Israel e administra a Faixa de Gaza).
https://oglobo.globo.com/mundo/conflito-arabe-israelense-
nao-tem-solucao-vista-apos-sete-decadas-de-impasse-22572037