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Interações entre dança e tecnologia: um estudo prático-teórico sobre a dança mediada por dispositivos tecnológicos

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Academic year: 2021

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Palíndromo, v. 12, n. 26, p. 110-124, jan - abr 2020 http://dx.doi.org/10 .5965/2175234612262020110

Interações

entre dança

e tecnologia:

um estudo

prático-teórico sobre a

dança mediada

por dispositivos

tecnológicos.

Interactions between dance and

technology: a practical-theoretical

study on dance mediated by

technological devices.

Interaciones entre danza y

tecnologia: una investigación

práctica - teórica sobre la

danza mediada por dispositivos

tecnológicos.

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Resumo

O presente estudo tem como objetivo apresentar os resultados de uma pes-quisa prático-teórica acerca da dança na cultura digital, propondo a experiência de criação em dança e tecnologia. Com o intuito de compreender as especificidades de criação da área, foram desenvolvidas pesquisas bibliográficas a partir de Ivani Santa-na e Isabel Maria de Cavadas Valverde, bem como pesquisas com softwares e apli-cativos para smartphones, resultando no espetáculo ‘Trilha’. A partir dos aspectos apontados por tais autoras, este estudo faz uma análise sobre a criação do espetá-culo e apresenta reflexões acerca das poéticas tecnológicas utilizadas pelo mesmo. Compreende-se que o carácter prático-teórico aliado à produção de um espetáculo auxilia no alargamento das maneiras de recepção de um estudo acadêmico em artes, assim como amplia os lugares de discussão e alcance da temática.

Palavras-chave: Dança-tecnologia. Poéticas-tecnológicas. Dança. Abstract

The present study aims to present the results of a practical-theoretical research about dance in digital culture, proposing the experience of creation in dance and technology. In order to understand the specificities of creation of the area, bibliographical researches were developed from Ivani Santana and Isabel Maria de Cavadas Valverde, as well as researches with software and applications for smartphones, resulting in the show ‘Trilha’. From the aspects pointed out by these authors, this study makes an analysis about the creation of the show and presents reflec-tions about the technological poetics used by it. It is understood that the practical-theoretical character combined with the production of a show helps in the extension of the ways of receiv-ing an academic study in arts, as well as expands the places of discussion and the reach of the theme. Keywords: Dance-technology, Poetics-Technological, Dance.

Resumen

Este estudio tiene como objetivo presentar los resultados de una investigación teórico-práctica sobre danza en la cultura digital, proponiendo una experiencia de creación en danza y tecnología. Con la intención de comprender las particularidades de la creación del área, se desarrollaron investi-gaciones bibliográficas a partir de Ivani Santana e Isabel María de Cavadas Valverde, así como inves-tigaciones con software y aplicaciones para smatphones, que dieron como resultado el espectáculo “Trilha”. A partir de los aspectos señalados por estas autoras, este estudio analiza la creación del es-pectáculo y presenta reflexiones sobre la poética tecnológica que utiliza. Se entiende que el carácter práctico-teórico aliado a la producción de un espectáculo ayuda a profundizar las formas de recep-ción de un estudio académico en artes, así como a ampliar los lugares de discusión y el alcance del tema. Palabras clave: Danza y tecnología, poéticas tecnológicas, danza.

1 É graduada em Dança pela Universidade Federal de Viçosa. Mestranda no

Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal de Minas Ge-rais. carvalhothaina@outlook.com

http://lattes.cnpq.br/6607668820385173; https://orcid.org/0000-0003-4155-837X É professora Doutora do Curso de Dança da Universidade Federal de Viçosa

em Educação do Campo. É Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Gra-duação em Educação da Unicamp. Possui mestrado em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (2003) e graduação em Artes Corporais nas modalidades Bacharelado (1999) e Licenciatura (2000). Como bailarina atua nas áreas de dança contemporânea e danças brasileiras. lpronsato@ufv.br

http://lattes.cnpq.br/4665841323868439; https://orcid.org/0000-0002-1970-7108

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1. Introdução

As modificações causadas pela tecnologia têm transformado não só os modos de realizar atividades cotidianas, mas também as relações sociais, as relações entre corpo e ambiente, assim como as percepções humanas. Com as produções artísti-cas não seria diferente. Nesse sentido, o presente estudo expõe resultados de uma pesquisa prático- teórica acerca da dança na cultura digital, com a experiência de criação em dança mediada por dispositivos tecnológicos.

A pesquisa fez parte do programa de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ1 cujo

es-tudo teve como objetivo norteador ampliar as discussões acerca da arte-tecnologia na Universidade Federal de Viçosa, sob a ótica da dança mediada por dispositivos tecnológicos, propondo a experiência da criação em dança e tecnologia com apre-sentação ao público.

Para alcançar tais objetivos foram desenvolvidos estudos sobre cultura digital, arte-tecnologia, corpo e tecnologia e, principalmente, dança-tecnologia, a partir das abordagens de Santana (2006) e Valverde (2010). Para aprofundar a pesquisa efeti-vou-se uma parceria com o projeto ‘Arte digital: projeções, modelagens e

integra-ção com performances artísticas’2 e com alunos do Departamento de Comunicação

Social, na produção de um vídeo para a documentação visual do trabalho. Nesse ínterim, também se iniciou um processo de criação em dança que resultou no

espe-táculo ‘Trilha’3. Para esse espetáculo, que foi levado ao público em Junho e Setembro

de 2018, utilizou-se o sistema HTMI (Sistema Holofractal de Transdução de Imagem e Som) e o aplicativo para smartphones Sound Wave.

Ao propor a criação de uma atmosfera sonora a partir das informações produ-zidas pelos dispositivos utilizados e sua relação com o corpo, o espetáculo ‘Trilha’ apresenta maneiras ímpares de perceber o som. Além da audição, o espectador é convidado a perceber o som por meio do movimento e da imagem. Nessa perspec-tiva, este estudo também aponta reflexões acerca das poéticas tecnológicas conce-bidas pelo trabalho, além de apresentar o espetáculo como uma interface facetada (VALEVERDE, 2010) da relação homem-tecnologia.

Compreende-se que o estudo contribuiu para o esclarecimento das especifici-dades de criação da área, ao buscar dissolver superficialiespecifici-dades e pressupostos car-regados pelo imaginário social sobre as relações entre corpo e tecnologias, que vão desde críticas negativas às mudanças provocadas pela tecnologia e sua relação com o homem até utopias maquinarias. Também contribuiu para o acolhimento de pro-cessos criativos como metodologia de pesquisa em arte, além da compreensão do espetáculo prático desenvolvido como materialização da pesquisa.

Entende-se aqui, que a prática de criação, bem como sua apresentação ao pú-blico, foi essencial para a difusão do tema, assim como para seu entendimento e reflexão aprofundada, baseada na prática e na realidade.

1 Iniciação Científica, PIBIC/CNPq Departamento de Artes e Humanidades – Curso de Dança, Universidade Federal de Viçosa-MG (2017-2018). 2 Projeto Pibex de extensão Universitária, desenvolvido pelo Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa-MG (2017-2018). 3 https://vimeo.com/334226915

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2. A Dança na Cultura Digital

Cultura digital, Sociedade de rede, Cibercultura, Tecnocultura, e até mesmo Re-volução Digital, são conceitos que discutem o que podemos chamar de “a aproxima-ção da ciência e da cultura, mediada pelas tecnologias informacionais” (SILVEIRA E SANTANA, 2007, p. 11).

Silveira e Santana (2007) apontam a cultura digital como uma reunião entre ci-ência e cultura, elaborada a partir: das relações entre espaço e ciberespaço, da alta velocidade das redes de informação, da interatividade e recombinação, do sentido de inteligência coletiva, das práticas de simulação, e da construção de realidades virtuais e alternativas.

Lemos (2010) argumenta que o que hoje podemos chamar de ‘’Era Digital’’ só foi possível graças ao advento da eletricidade. O autor utiliza o termo cibercultura e considera a cultura digital como um:

[...] conjunto tecnocultural emergente no final do século XX impulsionado pela sociabilidade pós-moderna em sinergia com a microinformática e o sur-gimento das redes telemáticas mundiais; uma forma sociocultural que modi-fica hábitos sociais. (LEMOS, 2010, p. 21)

Assim como Silveira e Santana (2007, p. 22), que apontam a cultura digital como uma era de transformações, Lemos (2010) destaca a cibercultura como “a passagem do modo industrial (material e energético) para o informacional (eletrônico-digital)’’.

Felinto (2006) sugere que a cibercultura seria o âmbito da experiência contem-porânea no qual a tecnologia é tida como fator central da vida cotidiana, das relações sociais, das sensorialidades e das produções estéticas. Em suas palavras “a cibercul-tura representa um momento em que a tecnologia se coloca como questão essencial para toda a sociedade em todos os seus aspectos, dentro e fora da academia” (FELIN-TO, 2006, p. 2).

É nesse contexto, em que ciência e cultura se organizam e transformam con-figurações, hábitos e comportamentos sociais, que se observa uma certa parcela da produção em dança da atualidade que, em simbiose com a tecnologia, está provo-cando “a emergência de novas corporalizações ciborgues/pós-humanas, modos de colaboração inter e transdisciplinar e de criação e produção coreográfica” (VALVER-DE, 2010, p. 12).

Para Santana (2006, p. 40) a dança-tecnologia, ou a dança mediada por dispo-sitivos tecnológicos, pode ser compreendida como um “fenômeno co-evolutivo, um resultado da implicação da dança com a cultura digital”. Afinal, as danças se conta-minam por seus ambientes e contextos. Entretanto, ainda que os corpos se contami-nem pelo seu ambiente e produzam danças que se utilizam das tecnologias surgidas nos últimos tempos, existem também corpos e danças que não se interessaram pela poética possibilitada pelos dispositivos tecnológicos, pois “os corpos trocam infor-mação com o ambiente como um todo e não apenas com a tecnologia”. (SANTANA, 2006, p. 63)

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3. A dança mediada por dispositivos tecnológicos

Santana (2006) aplica o termo “dança com mediação tecnológica” pois julga se tratar de um terceiro lugar, singular, e não apenas dois lugares dispostos lado a lado. De acordo com a autora, é preciso compreender de que tecnologia e de que corpo se trata. Nesse sentido, “dança com mediação tecnológica” ou a dança-tecnologia não remete a uma sobreposição ou justaposição da dança com dispositivos tecnoló-gicos e sim, a uma relação entre eles. Para Valverde (2010), a dança-tecnologia atrai, além de diversas modalidades de dança e diferentes tecnologias, outras formas de arte como as artes digitais, instalações e ambientes interativos, o que representa uma transdisciplinariedade já que se trata de uma linguagem artística na qual “conver-gem experimentações artísticas, científicas, assim como sociais, médicas, ambientais, produzindo-se e influenciando-se reciprocamente” (VALVERDE, 2010, p. 64).

Outro ponto relevante é que as criações em dança mediadas por dispositivos tecnológicos não trabalham apenas com o computador ou com um tipo de tecnolo-gia necessariamente. Como aponta Valverde (2010, p. 60), “os trabalhos geralmente lidam com uma combinação de várias tecnologias, sobretudo o processamento de sinais analógicos e digitais”. Nessa perspectiva Santana (2006) argumenta que:

Em campos da arte-tecnologia que trabalham com a imersão, como a Reali-dade Virtual, por exemplo, as sensações se espalham por todos os canais do corpo, mas sua proveniência é exclusivamente do meio digital. Na dança com mediação tecnológica, ocorre uma abundância de informações originadas de mídias diferentes, ou seja, do corpo, da música, das imagens e da tecnolo-gia. (SANTANA, 2006, p. 146)

Por esse motivo, Santana (2006) compreende que a dança mediada por artefa-tos tecnológicos nasce de um outro viés que se difere das danças que a antecederam, uma vez que, como argumenta Prado (2010), por meio das tecnologias digitais esta-mos convivendo cada vez mais com uma imensa quantidade de dados e interfaces que se distribuem em milhões de percursos e conexões.

A partir de tais aspectos, é possível perceber que a dança mediada por disposi-tivos tecnológicos não aceita as famosas dicotomias enraizadas na sociedade, como mente/corpo, real/virtual ou natural/artificial. Para Santana (2006, p. 31), “elas de-saparecem para dar lugar à compreensão de que os corpos são mídias comunica-cionais em constante troca com o ambiente”. Argumento que é corroborado por Capucci (2010):

Na evolução da interface homem-máquina, o corpo é, portanto, o elemento central. E, apesar de frequentemente se falar sobre a ‘’desumanização’’ devi-do às maquinas e à tecnologia, sempre me pareceu, pelo contrário, que es-tamos sempre centrados no corpo, estendendo a capacidade e constituindo quase uma segunda pele. Na nossa relação com as máquinas, todavia, exis-tem horizontes mais amplos que vão para além da dimensão do corpo como o conhecemos. (CAPUCCI, 2010, p. 258)

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tecnolo-gia para além do artefato que a suporta. Santana (2006, p.86) pondera que a base conceitual do que entendemos como um computador é fundamentada no racio-nalismo, com pressupostos deterministas: “A informação é codificada e processada de maneira precisa e não ambígua. Cada procedimento leva a uma única solução. É um processo de sintaxe e não de semântica”. Entretanto, ainda que a computação esteja apoiada em tais pressupostos, hoje em dia o computador consegue computar qualquer coisa que possa ser codificada em 0 e 1. Tudo pode ser transformado em informação.

Assim como esclarece Pitozzi (2014), o sistema tecnológico não responde so-mente a um input, como também gera informações. Tal processo é possível pela digitalização dos sinais, para que possam ser transformados e reorganizados, afinal “um único dado de input pode produzir diferentes dados de output’’ (PITOZZI, 2014,

p.182). Por meio desse processo é possível a tradução de textos, sons, imagens e mo-vimento em informação. Santana (2006) esclarece:

O próprio termo computador tornou-se impreciso nos dias de hoje, pois conserva a nominação do atributo da sua origem, quando ele se prestava para trabalhar exclusivamente com números. Hoje, computador manipula códigos para criar imagens, sons, poesia, filmes, etc. Trata-se, portanto, de uma máquina de propósitos gerais, uma manipuladora de informação, um processador de ideias e não de meros dispositivos eletrônicos e digitais des-conectados com o mundo ao qual pertencem. (SANTANA, 2006, p. 174)

Ainda de acordo com a autora, qualquer tipo de tecnologia não pode ser “redu-zida a seus componentes físicos”. O que estabelece algum tipo de aparato como uma tecnologia são conjuntos de conceitos e relações que “regem o seu funcionamento e sua interação com o ambiente” (SANTANA, 2006, p.79). Aspecto interessante, uma vez que o ambiente com que a tecnologia se relaciona inclui a nós, seres humanos, conhecidos como os usuários.

4 Criação em dança mediada por dispositivos tecnológicos

A partir de uma abordagem qualitativa, o estudo compreendeu o processo cria-tivo do espetáculo “Trilha” como metodologia de pesquisa em arte. Como revela Pi-mentel (2015), é possível perceber caminhos e elementos na prática da criação artís-tica que podem se apresentar como referências para a criação de metodologias para pesquisa. Nesse sentido, a autora explicita que tais elementos e caminhos se mos-tram como possibilidades de investigação e não apenas como relatos de experiência. Com isso, a pesquisa adquiriu carácter prático-teórico uma vez que as informações encontradas na literatura foram sendo apreendidas ao mesmo tempo que a pesquisa prática, que corresponde às oficinas e pesquisas com softwares e aplicativos para

smartphones.

Para melhor apresentar o caminho percorrido, fez-se necessário dividi-lo em duas esferas: a primeira referindo-se à pesquisa bibliográfica e pesquisa com

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tecnolo-gias, e a segunda referindo-se à criação e produção do espetáculo “Trilha”, conforme explicitado abaixo.

Esfera de pesquisa

Essa esfera se constituiu da pesquisa bibliográfica e da pesquisa mais especifica com o sistema HTMI, Sistema Holofractal de Transdução de Música e Imagem de-senvolvido pelo artista e pesquisador Eufrásio Prates. Nesse período foram estuda-dos os 40 tipos de sons que o programa consegue produzir a partir da tradução estuda-dos movimentos realizados em frente a webcam. Esses estudos se deram por meio de

laboratórios de criação4 com pesquisa de movimento nos estúdios do Departamento

de Artes e Humanidades da Universidade Federal de Viçosa. O segundo momento alcançado pela pesquisa foi conhecer programas semelhantes ao sistema HTMI, para que pudessem ser utilizados em conjunto, ampliando as possíveis propostas perfor-mativas.

O Sistema HTMI é uma aplicação desenvolvida para o programa MAX (a lingua-gem de programação de música e multimídia). Como aponta Santana (2006), esse software vem sendo extensamente experimentado e melhorado por seus usuários e, por isso, conquistou grande sofisticação e estabilidade para o uso em criações artís-ticas. A autora ainda comenta que a grande maioria de aplicações elaboradas para a dança são desenvolvidas para interagir com o MAX e revela que:

Tanto o programa MAX como o protocolo MIDI têm grande importância no desenvolvimento da dança com mediação tecnológica. Melhor seria colocar que a música eletrônica é uma das responsáveis pela construção desta ver-tente da dança, principalmente no que se refere às performances e espetácu-los cênicos. Apesar de haver indícios do desenvolvimento e uso da tecnologia como auxiliar coreográfico desde 1964, foi apenas por meio da colaboração com os músicos que começa a haver uma ebulição no sistema e a surgir o que ficou sendo denominado como dança-tecnologia (título internacional-mente Aceito). (SANTANA, 2006, p. 161)

Em uma busca no site dos desenvolvedores do Max, Cycling ’74, foram encon-trados diversos projetos criados para Max. Dentre eles, o aplicativo Rewehere (Rutt

Etra Were Here) disponível no site da Cycling ’74 como patch (arquivos com

modifi-cações, atualizações e melhorias do programa) para o Max. O criador do Rewehere mantém um grupo no Facebook onde disponibiliza seus arquivos e dialoga com ou-tros desenvolvedores que melhoram e modificam seu aplicativo. A partir desse grupo, entrou-se em contato com o Rewehere para entender mais sobre sua proposta e experimentá-lo. Além do programa Rewehere também foram realizadas experimen-tações com ambientes virtuais a partir de óculos VR e com projeções a partir do

Vi-deo Mapping.

A partir de tais experiências, o próximo passo da pesquisa foi a busca por aplica-tivos para smartphones que tivessem relação com o som, a fim de dialogar com o Sis-4 Consideramos como Laboratórios de Criação os momentos ou espaços de experimentação, pesquisa e criação de um trabalho artístico no qual o artista parte de objetivos, métodos, materiais ou princípios previamente escolhidos.

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tema HTMI. Optou-se por esse tipo de dispositivo pela disponibilidade de aparelhos. Com buscas na loja de aplicativos do Google (Play Store), entrou-se em contato com os aplicativos para a produção de sonoridades como Electro Pads, Heat Synthesizer

Demo, Saucillator, Loops Pad 24, Loopstation – Looper, Loopy - EDM Music Party Mixer e Frequency Sound Generator. Em relação à produção de audiovisual, o

aplica-tivo Frakls e Sound Wave foi encontrado, e mais tarde veio a fazer parte do sistema montado para o espetáculo. Todos os aplicativos pesquisados são disponibilizados gratuitamente na loja de aplicativos do Google e foram experimentados em labora-tórios e ensaios com o sistema HTMI.

Esfera de criação

A partir da pesquisa com os aplicativos, o que mais interessou para a criação do espetáculo foi o Sound Wave, que mostra as oscilações das ondas sonoras do ambiente. Com uma estética minimalista e com uma função que amplia as possibili-dades de criação junto ao HTMI, desenvolveu-se uma proposta de um “sistema” que propõe a troca de informações entre corpo e dispositivos tecnológicos.

O passo seguinte nessa esfera foi escolher dentre os 40 sons disponíveis no sis-tema HTMI. A partir de ensaios e pesquisa de movimento, escolheu-se um som que possui uma sonoridade que remete aos sons das ondas do mar, ou sons de areia em movimento.

A etapa seguinte foi organizar um “roteiro” entre as mídias utilizadas, bem como as informações emitidas. O espetáculo foi, então, dividido em 3 partes. O início, onde há uma relação entre a música Departure e o aplicativo Sound Wave; o meio, onde a dançarina entra em cena e dialoga com o programa Sistema HTMI e o fim, no qual a música Strep, entra em contato com o Sound Wave e com a dançarina, e, em segun-do plano, com o Sistema HTMI.

Por fim, a última etapa da esfera de criação, que foi mais trabalhosa e com in-tensa pesquisa de métodos para projeções, se configurou ao efetivar o funcionamen-to do sistema. A ideia de utilizar o aplicativo Sound Wave no espetáculo foi realizada por meio da projeção das oscilações que esse apresentava. Para chegar ao método utilizado no espetáculo, foram analisadas e testadas três opções:

a. Projetar o aplicativo a partir de um notebook. Buscou-se fazer o download do aplicativo no notebook, a partir de um sistema Android (sistema operacional de

smartphones) instalado no notebook.

b. Cabo MHL, que conectasse o smartphone diretamente no projetor.

c. Espelhamento (transmissão) da tela do smartphone para o notebook e proje-ção da tela do notebook no espaço de apresentaproje-ção, via internet.

Todos esses métodos foram encontrados em blogs, fóruns e sites de tecnologia e jogos, assim como em diversos vídeos em canais na plataforma Youtube.

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O método escolhido foi o de espelhamento5 de tela via internet. A ideia se

cons-tituía na transmissão da tela do smartphone com o Sound Wave em funcionamento, para a tela do notebook e assim, através de um cabo VGA ligar o notebook ao projetor e obter a imagem do Sound Wave no espaço escolhido para o espetáculo.

Em um dos ensaios/testes foi identificada uma distorção intensa no som do Sis-tema HTMI quando o notebook era ligado à caixa de som. Em vista disso, optou-se por utilizar apenas o som do notebook na apresentação em seu volume máximo aliado a uma organização do espaço do público mais próxima do espaço de apresentação.

Ao final da pesquisa o que se obteve foi um espetáculo de cerca de 5 minutos, intitulado ‘Trilha’, que propõe a criação de uma atmosfera sonora a partir do corpo, bem como a percepção do som de maneiras ímpares, por meio de outros sentidos além da audição. Com o movimento e as imagens o público é levado a reconhecer os sons em outras configurações pelo espaço.

5. As relações entre corpo e tecnologia a partir do espetáculo Trilha

Como indicado por Santana (2006), a dança mediada por dispositivos tecnoló-gicos se constitui a partir de uma relação singular entre o corpo que dança e o tipo de tecnologia utilizada. O espetáculo Trilha só acontece se de fato houver interação entre o corpo e as tecnologias utilizadas. O sistema criado é acionado pela dança, ou seja, há uma dependência entre as mídias presentes na cena e sua relação é espacial. A fim de que o sistema HTMI possa traduzir os movimentos dançados pelo corpo, existe uma distância e uma posição necessárias para que a webcam do notebook os capte de maneira eficaz, traduzindo-os. Por isso, nesse espetáculo o notebook foi disposto no chão, em cena. O smartphone foi ligado a um notebook e ao projetor que, por sua vez, ficaram fora de cena. A projeção ficou em cena, centralizada na pa-rede do fundo do espaço exibindo as ondas sonoras do ambiente em imagens.

Essa relação espacial entre corpo, notebook e projeção é considerada na coreo-grafia. Existe uma pré-codificação de sequências de movimento no início, porém, tal sequência depende da disposição do notebook e da projeção. A dançarina olha para o notebook, escuta o som produzido, aguarda a produção do som, mas também se precipita para alcançar a melodia desejada, uma vez que sabe que qualquer movi-mento naquela posição pode gerar som. Olha a projeção, vê a onda produzida pelo som, ou a linha apresentando o silêncio do movimento, e volta a se movimentar. Há um jogo entre escutar o movimento e produzir silêncio que propõe uma coreografia aberta aos acasos sonoros que se possam encontrar. Não há reapresentação de se-quências coreográficas e sim apresentação da relação entre o corpo, o dispositivo e a projeção com as informações que cada um produz, no aqui e no agora. Assim como comenta Santana (2006):

A poética da dança com mediação tecnológica se dá quando emergências

5 O espelhamento é uma função oferecida por aplicativos e programas de gerenciamento de smartphones, com os quais o usuário pode controlar e utilizar seu

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de cada momento singular da obra surgem. A obra passa a ser encarada não mais como uma reapresentação, algo previamente preparado, mas como uma ocorrência promovida pelo relacionamento em tempo real entre os vá-rios elementos envolvidos: orgânicos e não-orgânicos. Por isso, quanto mais rigidamente pré-fixados forem os movimentos, mais a relação torna-se de sobreposição, diminuindo o trânsito de informações ente os dois sistemas. (SANTANA, 2006, p. 147)

Nessa perspectiva, além da relação entre as mídias utilizadas no espetáculo (corpo, computador, smartphone) existe a relação entre as informações produzidas. Essa relação pode ser considerada a mais importante, uma vez que uma interfere na outra, produzindo as ações que compõem o espetáculo. O movimento como infor-mação produzida pelo corpo dialoga com o Sistema HTMI, que através do compu-tador e sua webcam capta tais movimentos e produz sons. O som como informação produzida e, convém mencionar, traduzida, pelo computador dialoga com o aplicati-vo Sound Wave que, por meio do smartphone, da internet e do projetor, apresentam em imagens as ondas sonoras do ambiente. É importante ressaltar que a informação produzida pelo Sistema HTMI em diálogo com o Sound Wave apresenta momentos em que é mais intensa e momentos em que fica em segundo plano. Isso ocorre pela altura do som permitida pelo notebook e também porque em momentos do espetá-culo duas músicas são utilizadas e acabam adquirindo o papel principal no diálogo com o aplicativo.

Fig. 1: Arquivo Pessoal – Espetáculo Trilha - Relação entre a dançarina e as ondulações obtidas por meio do Aplicativo Sound Wave

O diálogo entre a informação produzida pelas músicas e o aplicativo Sound

Wave tem dois momentos no espetáculo. No início, apenas a projeção está em cena

apresentando as ondas sonoras produzidas pela primeira música. Aqui o diálogo é apenas entre as tecnologias. Já no final, existe o diálogo entre a informação gerada

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pelo corpo. Esse acúmulo de informação produz uma cena onde todos estão conec-tados e as projeções das ondas sonoras passam a ser vistas no corpo da dançarina.

Fig. 2 - Arquivo Pessoal – Espetáculo Trilha- Projeções no corpo da dançarina

Outro ponto característico em produções da dança-tecnologia e que percebe-mos no espetáculo “Trilha” é a utilização de vários tipos de tecnologias. O espetáculo conta com tecnologia de tradução audiovisual, produção de imagens, projeção e rede (internet), através dos dispositivos já mencionados (notebooks, projetor e

smar-tphones). Essa gama de dispositivos e tecnologias utilizadas permitem enfatizar outro

ponto chave na discussão acerca da dança-tecnologia, assim como na arte e tecno-logia em geral. Como auspiciado por Santana (2006), é essencial entender a tecnolo-gia para além do artefato que a suporta, compreendendo a ideia ou pensamento nela incorporado. Atualmente os computadores, tablets e smartphones são concebidos como manipuladores de informações e, com isso, possibilitam diversas funções que trazem praticidade e novas formas de se realizar atividades cotidianas, bem como permite uma série de possibilidades de criação.

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de ser configurada para além do sentido convencional de ferramenta. Não tendo uma função definida e sendo um manipulador de informações com propósitos gerais, as novas mídias possibilitaram uma outra possibilidade de relação entre a arte e a tecnologia, uma parceria mais dinâmica que trazia formas diferenciadas e inéditas de utilizar a percepção. O encontro entre a dança e as novas mídias estabeleceria possibilidades singulares e inaugurais de formas de relação. (SANTANA, 2006, p. 104)

No espetáculo “Trilha” o smartphone não foi utilizado para realizar uma ligação. Utilizou-se a tecnologia de produção de imagem que é suportada pelo smartphone e por meio da tecnologia de projeção suportada pelo projetor, a informação produzida pelo Sound Wave foi introduza no espaço, dialogando com o ambiente. Os computa-dores utilizados também não computaram números. Através de sinais digitais trans-formados e reorganizados houve a tradução de movimentos em sons.

As possibilidades de utilização dos dispositivos e suas tecnologias propõem, as-sim, como mencionado anteriormente, formas diferenciadas e inéditas de se utilizar a percepção. O Sistema HMTI propõe a percepção do som mediante o movimento realizado e o Sound Wave através da imagem. Nessa perspectiva, o espetáculo “Trilha” utiliza a dança e abraça o pensamento por trás de tais tecnologias para compor sua ideia principal: outras formas de se perceber o som.

6. O espetáculo Trilha como interface facetada da

Dança-tecno-logia

De acordo com Capucci (2010), o corpo é elemento central na evolução da in-terface humano-máquina. Para Giannetti (2006), inin-terface é um ‘’intermediário’’ na comunicação do homem com as máquinas. É extremamente necessária, pois a co-municação direta entre homem e máquina ainda não é “inteiramente possível”, assim como a comunicação direta entre máquinas.

Valverde (2010) compreende o conceito de interface tanto como uma tecnolo-gia, como hardwares e softwares, quanto como uma forma de relacionar com algo e apresenta a dança-tecnologia como uma interface na comunicação entre homem e máquina. Nesse sentido, o espetáculo “Trilha” se mostra como uma interface fa-cetada. De acordo com a autora, essa interface se refere a trabalhos que se utilizam da natureza multimodal de suas interações a partir de uma temática específica. O significado das obras se manifesta pela interação entre os performers, elementos, dispositivos utilizados e público. É uma tendência bem popular na área da criação em dança-tecnologia. Nas obras dessa interface não há dependência de uma core-ografia, pois o processo de coreografar, de acordo com Valverde (2010, p. 210), está na ação de “mapear os meios a partir de movimentos específicos dos performers ou membros da audiência”. Também por esse motivo, os dispositivos utilizados nessas obras são os mais diversos possíveis, ainda que o tema, ou conteúdo, seja mais im-portante que os meios tecnológicos.

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na relação entre os dispositivos e o corpo que dança. Os dispositivos são mapeados formando um sistema propício ao movimento da dançarina, constituídos por sequ-ências pré-codificadas, mas não enrijecidas. Mesmo com a utilização de diferentes tecnologias, o foco do espetáculo está na temática do som e suas propostas de per-cepção. Não há interesse em apresentar a tecnologia em si, mas suas possibilidades de percepção do som. Como comenta Santana (2006), não é a engenharia técnica que deve aparecer, mas a poética tecnológica da obra.

Por fim, faz-se necessário comentar outro aspecto que, assim como o pensa-mento por trás das tecnologias utilizadas, concebe a poética tecnológica do traba-lho - o imediatismo que é hoje uma característica de nossa rotina. As tecnologias proporcionaram novas formas de realizar tarefas, chegar a lugares e se comunicar. Normalmente, quando ligamos somos atendidos, quando mandamos mensagem nos respondem prontamente, tomamos posse de bens em segundos. Obter hoje é algo imediato. Assim como toda transformação, o imediatismo tem seu lado nega-tivo analisado por diversos autores. Porém, em nosso estudo, queremos ressaltar o aspecto positivo dessa característica que, no espetáculo “Trilha”, apresenta um jogo entre a dançarina e a obtenção imediata do som e da imagem. O imediatismo da pro-dução de informação possibilitado pelas tecnologias utilizadas enfatiza a presença da dançarina, traz suspiros de existência e nos lembra que ainda estamos presentes no mundo.

Considerações finais

Ao final deste processo de pesquisa, foi possível compreender a necessidade de pesquisas mais específicas sobre as modalidades híbridas que a dança hoje apre-senta. Também se compreendeu as especificidades da dança mediada por disposi-tivos tecnológicos, destacando-se como principais características a serem levadas em consideração: o corpo que dança, a tecnologia utilizada, a relação entre o corpo e tais tecnologias e a multiplicidade de tecnologias utilizadas no trabalho. Com isso, notou-se a necessidade de se olhar para as tecnologias compreendendo o pensa-mento por trás do dispositivo que as suporta.

O entendimento da dança-tecnologia que se apresenta neste estudo também foi construído a partir da experiência prática com diferentes tecnologias, além da experiência de criação. Sem tais práticas, a visão acerca da dança mediada pelas tec-nologias seria utópica, e provavelmente influenciada pela visão do mercado de con-sumo, uma vez que as tecnologias são produtos extremamente rentáveis e atraentes nos dias hoje. Não é difícil se deixar levar pelas imensas possibilidades dos disposi-tivos do mercado, assim como se subordinar às especificidades técnicas do mesmo, principalmente em criação artística.

A experiência de criação também se propõe a refletir acerca da preparação para se trabalhar com produções nessa área. De certa maneira, o Departamento de Artes e Humanidades da Universidade Federal de Viçosa possui estruturas e mate-riais que permitiram as apresentações do espetáculo. Entretanto, a experiência com

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os demais softwares e dispositivos partiu das pequenas possibilidades que a equipe dispunha, uma vez que a viabilização técnica de experimentações e criações com tecnologias possui um custo relativamente alto.

Por sua vez, o presente estudo revelou que mesmo com limitações em rela-ção ao acesso a tecnologias mais avançadas, as possibilidades de criarela-ção permitidas pelos dispositivos cotidianos colaboram na construção de espetáculos e obras com baixo custo, apresentando a viabilidade da produção de trabalhos com tecnologias em diferentes espaços e para diferentes propostas e públicos.

Como este foi um primeiro contato com a dança mediada por dispositivos tec-nológicos, prática e teoricamente, compreende-se que ainda há muito a se alcançar em relação às relações entre corpo e tecnologia. Tal perspectiva promove o incentivo à continuidade dos estudos na área, bem como a continuidade de experimentações e criações na área de arte e tecnologia.

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Submetido em: 20/09/2018 Aceito em: 13/06/2019

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Fig. 1: Arquivo Pessoal – Espetáculo Trilha - Relação entre a dançarina e as ondulações obtidas por meio do Aplicativo Sound Wave
Fig. 2 - Arquivo Pessoal – Espetáculo Trilha- Projeções no corpo da dançarina

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