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Dinamização de Oportunidades Associadas à Sociedade de Informação (O caso do concelho de Beja)

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Academic year: 2020

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Dinamização de oportunidades associadas à Sociedade de Informação

(O caso do concelho de Beja)

Bernardo Vieira António

Universidade Aberta, Departamento de Organização e Gestão de Empresas, Lisboa, Portugal bvieira@univ-ab.pt

Pedro Isaías

Universidade Aberta, Departamento de Organização e Gestão de Empresas, Lisboa, Portugal pisaias@univ-ab.pt

Ivo Dias de Sousa

Universidade Aberta, Departamento de Organização e Gestão de Empresas, Lisboa, Portugal isousa@univ-ab.pt

Miguel Quaresma

Câmara Municipal de Beja, Gabinete de Apoio ao Desenvimento, Beja, Portugal municipiobeja@mail.telepac.pt

Resumo

Este artigo ilustra os resultados de um estudo de planeamento estratégico enquanto instrumento de antecipação, coordenação e dinamização das oportunidades associadas à Sociedade de Informação (SI). Parte-se do pressuposto de que a SI, tal como é entendida, pode oferecer um conjunto de benefícios e oportunidades que, convenientemente aproveitadas, permitirá de modo global auferir um potencial de realização e melhoria da vida humana. Neste sentido, cruzaram-se as características do concelho de Beja com as novas tendências de decruzaram-senvolvimento decorrentes da aplicação das TI na sociedade. Daí resultou a identificação das opções estratégicas e o quadro prático de intervenção, procurando-se contribuir para desenvolver um processo de adaptação/adequação e enquadramento dos recursos humanos e suas organizações aos novos desafios que se colocam resultado da penetração dos efeitos estruturantes da SI.

Palavras-chave: Sociedade de Informação, Tecnologias de Informação, Oportunidades, Estratégias, Promoção e Desenvolvimento.

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1. Introdução

A emergência da Sociedade de Informação (SI) é um facto, tem uma importância histórica provavelmente equivalente ou superior à Revolução Industrial. Tal como a percepcionamos pode oferecer um conjunto de benefícios e oportunidades que, convenientemente aproveitadas, permitirá globalmente auferir um potencial de realização e melhoria da vida humana.

Diversos factores têm vindo a perder importância relativa com o advento da SI. A existência de um determinado conjunto de infra-estruturas não é por si só, uma forte garantia de sucesso. A chave do sucesso, a par das infra-estruturas fundamentais, está nos recursos humanos que se assumem como importantes bases competitivas. Mais do que um determinado nível de conhecimento, é necessário que as pessoas tenham a capacidade de iniciativa adequada e de aplicação dos conhecimentos nos contextos organizacionais. Neste domínio os riscos são grandes, mas têm de ser assumidos como desafios fundamentais que se colocam aos processos de desenvolvimento.

Para melhor equacionar esta problemática julga-se necessário que determindas regiões, nomeadamente as periféricas, disponham de instrumentos apropriados para responder aos grandes desafios. O Plano é sem dúvida um instrumento estratégico indispensável para perspectivar o desenvolvimento na óptica da SI. É neste contexto que se apresenta este estudo que pretende formular, em traços gerais, as grandes opções de desenvolvimento para a cidade de Beja e do Alentejo no sentido de aproveitar as oportunidade que se oferecem e dinamiza-las. Este artigo começa pela apresentação de um resumo caracterização/diagnóstico do concelho de Beja. Nas linhas seguintes são apresentadas as referências de enquadramento que servem de contexto de desenvolvimento ao concelho de Beja face à SI. Finalmente, na terceira parte (Elementos de Estratégia) são identificadas as grandes opções de orientação, objectivos estratégicos e medidas, acções e projectos a implementar, como contributos importantes para o processo de desenvolvimento. Finalmente, é apresentada uma conclusão onde discute-se a essência do trabalho e as dificuldades de implementação futura.

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2. Caracterização/Diagnóstico de Beja na Perspectiva da Sociedade de Informação

Os indicadores estatísticos dos sectores que estão na base da caracterização do referencial sócio-económico (Demografia, Economia e Qualidade de Vida), colocam Beja ao lado dos Concelhos Alentejanos com melhor comportamento e constituí um dos pólos económicos e de atracção desta região1.

O concelho de Beja apresenta uma densidade populacional superior à média do Alentejo com a maior parte da população a residir na sede do Concelho. A estrutura da população apresenta-se entretanto algo envelhecida. Verifica-se uma concentração acentuada da população na cidade de Beja, resultado de um fluxo migratório com origem principalmente nas freguesias rurais. Para além disso, verifica-se também a saída de pessoas para os grandes centros como comprovam os dados estatísticos do Concelho de Beja.

Figura 1 - Evolução da população residente

no concelho de Beja

Relativamente à qualificação dos recursos humanos prevalece um baixo nível de habilitações e qualificações pouco diversificadas.

A base económica da região onde se insere o Concelho de Beja evidencia, em termos estruturais, uma dependência funcional significativa do sector primário. Entretanto, este sector tem vindo a perder importância relativa nos últimos tempos, como é tendência geral das economias mais desenvolvidas.

Ao nível das infra-estruturas verifica-se que as rodoviárias e ferroviárias são ainda insuficientes e com algumas lacunas em termos de rede de acessibilidade.

1991 1996 1997 30000 32000 34000 36000 1991 1996 1997 POPULAÇÃO RESIDENTE

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No âmbito do emprego, a população de Beja é maioritariamente ocupada no sector terciário (71%) - Económico (38,1 %) e social (32,9). A oferta de trabalho é limitada e em quantidade reduzida.

Para aquilatar o nível de utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação no Concelho de Beja2 realizou-se um levantamento que forneceu, em síntese, os seguintes resultados:

Relativamente ao inquérito feito às pessoas individuais foi possível apurar que cerca de 51,8% da amostra encontra-se empregada. Um número diminuto de inquiridos ainda não possui qualquer meio de telecomunicação. A maior parte das pessoas que têm telefone fixo, também tem um telemóvel. Observou-se uma tendência acentuada para a valorização do computador/tecnologias elementares de informação relativamente maior do que a Televisão por Cabo ou a Antena Parabólica. Cerca de 48% já utiliza o Computador há mais de dois anos e apenas 7,4% já usa a Internet. Mais de metade dos que possuem Computador já o utilizam no processo de trabalho. Entretanto, a utilização do Computador é feita, apesar de disponível no trabalho, para a resolução de problemas elementares e não para a automação de processos. Quanto as pessoas colectivas, percebemos que a grande maioria das organizações está numa fase de contágio3. Ou seja, verdadeiramente estão a descobrir neste momento a informática. A estrutura organizativa/funcional responsável pelos SI/TI não existe. Os investimentos são mínimos considerando a dimensão e volume financeiro das organizações. Utilizam maioritariamente aplicações independentes umas das outras, cobrem com serviços e produtos informáticos as áreas da organização num nível médio de sete (7) numa escala crescente de zero (0) a dezassete (17). Registe-se entretanto uma grande apetência pela formação e tentativa de recolha, tratamento, armazenamento e fornecimento da informação, procurando responder efectivamente as solicitações da organização.

3. Referências de Enquadramento

Neste ponto são enumerados, de forma sintética, os pontos fortes e fracos que caracterizam o Concelho de Beja face à SI e as oportunidades e ameaças originadas pelo contexto externo que determina o desenvolvimento da SI. Os pontos fortes e fracos foram, no essencial, considerados como elementos reactivos face às potencialidades e às fraquezas de Beja em relação ao meio

2 Aqui só se apresentam os resultados finais do estudo

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exterior na óptica na SI. Por sua vez, as ameaças e oportunidades da SI têm em consideração as condições particulares do Concelho de Beja.

Os pontos fortes/fracos e as oportunidades/ameaças foram identificadas conjugando as características mais marcantes das bases de desenvolvimento da SI com o contexto geral de desenvolvimento do Concelho de Beja, estabelecendo-se um quadro de intervenções que possibilite explorar as oportunidades. Apresentam-se sistematizadas em três domínios distintos consoante se reportam aos indivíduos, organizações ou aos aspectos mais gerais e de ordem institucional.

Pontos Fortes e Fracos

Pontos Fortes Pontos Fracos

• Melhoria moderada registada nos últimos anos ao nível das qualificações técnico-profissionais.

Existência de ensino superior em Beja.

Reduzidas parcerias entre o ensino técnico, as instituições e os agentes locais.

Carência de recursos humanos especializados.

Âmbitos formativos desadequados às exigências da economia local. Figura 2 - Pontos Fortes e Fracos da Educação/Formação

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Pontos Fortes Pontos Fracos • Existência de um sector técnico

ligado á saúde que potencia desenvolvimentos nas áreas da SI. • Boa imagem dos serviços do município que possibilitam a obtenção de consensos e de dinâmicas em torno

de processos de desenvolvimento. Perspectiva da Base Aérea ser utilizada para fins civis e o projecto Alqueva ser

um factor de dinamização da base económica.

Existência da Biblioteca Municipal como factor de dinamização e de

mediação nos processos de desenvolvimento informacional

Forte componente do sector terciário e reforço do trabalho do conhecimento

Reduzidas parcerias e alianças empresariais.

Fraca integração funcional das empresas de âmbito nacional presentes no

concelho.

Pouca apetência para a inovação.

Deficiências organizativas e de funcionamento face à SI.

Pouca procura de oportunidades empresariais no exterior.

Falta de aprofundamento e exploração em determinados segmentos técnicos

ligados às TI.

Deficiente formulação no domínio do marketing territorial.

Dificuldade no reconhecimento da informação como um recurso e um factor

de competitividade.

Fraca dinâmica associativa e meta-empresarial.

Insuficiente massa crítica em alguns sectores de actividade para assegurar a promoção, venda e distribuição via TI. Figura 3 - Pontos Fortes e Fracos do Contexto Organizacional

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Pontos Fortes Pontos Fracos

Boas acessibilidades e meios de comunicação facilitadores das relações com o exterior

Dinâmicas sociais fortes como elementos de coesão das sociedades do conhecimento.

Especificidades próprias ao nível de produtos típicos da região.

Existência de recursos que potenciam e facilitam o desenvolvimento de recursos da SI.

Figura 4 - Pontos Fortes e Fracos dos Outros Aspectos

Oportunidades e Ameaças

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Formação à distância.

• Melhoria da qualidade de vida. • Aproximação da Administração ao

Cidadão

• Globalização do mercado de trabalho

• Descaracterização cultural. • Diminuição da sociabilidade. • Viciação no uso das TI.

• Aumento da exclusão informática (desemprego).

• Alargamento da concorrência entre trabalhadores do conhecimento. Figura 5 - Oportunidades e Ameaças de Natureza Individual

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OPORTUNIDADES AMEAÇAS • Valorização e promoção das

potencialidades locais.

• Existência de naturais, residentes no exterior

• Utilização civil da Base Aérea de Beja. • Aplicação das TI à oferta turística. • Comércio electrónico.

• Criação de mais valias nas actividades locais.

• Aplicação de modelos informacionais.

• Concorrência desigual entre organizações.

• Perda de competitividade do ensino presencial.

• Desvalorização da importância da informação.

Figura 6 - Oportunidades e Ameaças de Natureza Organizacional

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Infraestruturas de telecomunicações equiparáveis às existentes no resto do país.

• Ganhos de produtividade e eficácia na execução das actividades.

• Pirataria informática. • Perigos de desqualificação.

Figura 7 - Oportunidades e Ameaças dos Aspectos Gerais

4. Elementos de Estratégia

Os elementos de estratégia são pensados para a realidade do Concelho de Beja inserido num mundo cada vez mais interligado. As áreas delimitadas pelas opções de intervenção são consideradas pontos fulcrais para a promoção do desenvolvimento num contexto marcado pela SI. De seguida são identificadas as opções de intervenção, os objectivos estratégicos, as medidas, acções e projectos.

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Objectivos Estratégicos

As opções de intervenção determinam as vertentes de actuação no âmbito das perspectivas que suportam a estratégia. Para questionar as vertentes de actuação definidas pelas opções de intervenção, é necessário clarificar os objectivos estratégicos e os conteúdos de intervenção com a finalidade de concentrar esforços e definir prioridades de desenvolvimento.

Assim, os objectivos estratégicos são apresentados em função das opções de orientação a que se reportam.

1) Melhoria e qualificação dos serviços prestados na área do conhecimento e, deste modo, contribuir para a revitalização dos sectores tradicionais de forma a lançar novas actividades e aproveitar novos recursos e oportunidades.

Os objectivos estratégicos referentes a esta grande opção de orientação são: (a) Explorar oportunidades relacionadas com as TI;

(b) Incentivar mudanças nos padrões habituais de trabalho das organizações, designadamente, ao nível da orgânica funcional, cujos processos estruturantes devem ser definidas, também, com base nos fluxos de informação;

(c) Diversificar os serviços através da emergência de novas actividades marcadamente conhecimento – intensivas inclusivamnete com recurso ao alargamento das actividades existentes;

(d) Criar condições para a aplicação do conhecimento e respectiva informação à gestão e organização de actividades para se obter produtos e serviços de elevado valor acrescentado; (e) Reconher as necessidades de especialização funcional definidas a partir do conhecimento

como factor de competitividade.

(f) Aproveitar os recursos técnicos de forma incisiva no desenvolvimento e reforço dos serviços do conhecimento e valorização das actividades locais.

2) Articulação permanente entre as instituições de ensino e os diversos actores envolvidos no processo de desenvolvimento local/regional através de parcerias activas. Essas parcerias deverão permitir novos enquadramentos formativos no âmbito do ensino formal e da formação contínua.

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(a) Direccionar a formação de base dos recursos humanos incorporando os pressupostos informacionais e sua adequação às necessidades locais;

(b) Equacionar a escola/instituição de ensino e formação como um parceiro importante das organizações e dos indivíduos num processo formativo contínuo.

(c) Tornar a avaliação da relação entre a escola/estabelecimento de ensino-formação e a sociedade numa questão pública relevante.

(d) Lançar as bases dos processos de inovação e investigação com base na articulação entre a escola/instituição de formação e as organizações e indivíduos.

3) Dinamização de processos relacionados com a SI a partir da criação de parcerias e pactos estratégicos visando o desenvolvimento. Promoção e concretização de projectos com recurso a meios de financiamento do QCA III.

Os objectivos estratégicos referentes a esta grande opção de orientação são:

(a) Sensibilizar os diversos agentes locais para a importância da informação e sua utilização nos contextos actuais de desenvolvimento económico e social;

(b) Contribuir para o surgimento de dinâmicas institucionais de natureza organizativa qu inseridas em lógicas de desenvolvimento identificadas e assumidas;

(c) Incentivar a formulação de projectos para execução que utilizem e/ou se desenvolvam na âmbito da SI e TI;

(d) Promover a criação de parcerias e de pactos estruturados com base no reconhecimento mútuo da necessidade de intervir activamente nos processos informacionais.

4) Aprofundamento do relacionamento com o exterior através do recurso constante às TI e incremento de relações estruturadas e de parcerias com o exterior.

Os objectivos estratégicos referentes a esta grande opção de orientação são:

(a) Sensibilizar no sentido de que o desempenho económico das organizações/empresas locais deverá sobretudo depender da capacidade da economia local/regional de se afirmar no exterior e no espaço interno de grande concorrência externa;

(b) Contribuir para o reforço da inserção funcional a nível local das empresas de âmbito nacional;

(c) Incentivar o intercâmbio e a eventual constituição de processos e alianças estratégicas com entidades do exterior;

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(d) Desenvolver o marketing territorial como forma de criar uma imagem apelativa para promoção dos produtos e serviços locais/regionais.

Medidas, Acções e Projectos

Levantadas que foram as novas tendências de desenvolvimento decorrentes da aplicação das TI na SI, avaliada e interpretada a realidade de Beja, na óptica da SI, realizou-se o exercício de sobreposição das duas matrizes no sentido de se encontrar as linhas orientadoras que permitissem perspectivar e equacionar o desenvolvimento do Concelho.

Como resultado deste exercício, foi possível identificar um conjunto de iniciativas para responder às exigências de desenvolvimento. As iniciativas são tomadas individualmente e apreendidas num quadro genérico de actuação onde podem, ou não, materializar-se em projectos, dependendo da natureza e conteúdo das respectivas intervenções práticas.

As Medidas, Acções e Projectos são a concretização prática dos objectivos específicos e passíveis de serem alcançados a médio e curto prazo.

A execução deste conjunto de Medidas, Acções e Projectos e a concretização dos objectivos que lhe estão associados dependem muito das forças vivas do Concelho.

Hierarquização / Tipologia das Medidas, Acções e Projectos

Os recursos disponíveis no presente e no futuro no concelho de Beja são escassos, e levam a escolhas, nomeadamente, ao nível das prioridades de execução das Acções, Medidas e Projectos (AMP). Nesse sentido, são apresentadas as diferentes AMP de uma forma hierarquizada. O critério utilizado reporta-se à conjugação do número de objectivos a que se referem as diferentes AMP com o número de entidades-tipo envolvidas na sua concretização. O número de objectivos a que as AMP se referem tem como pressuposto fundamental o seguinte:

• quanto maior for o número de objectivos abrangidos pelas Medidas, Acções e Projectos maior será, em princípio, a expressão dos seus efeitos no âmbito da obtenção dos resultados propostos e da concretização da estratégia de desenvolvimento definida;

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Relativamente ao outro elemento do critério, ou seja, o número de entidades-tipo que participam na implementação das AMP salienta-se o seguinte aspecto:

• as AMP que para a sua concretização exigem um maior número de entidades e organizações, têm uma implementação de maior complexidade, na medida em que a coordenação, o controlo e a execução, obrigarão muitas vezes à constituição de parcerias.

Em consequência, as Acções, Medidas e Projectos são dispostos numa matriz com quatro quadrantes em função do peso relativo dos dois elementos do critério definido. Obtem-se um quadro de execução indicativo onde consta de forma diferenciada as diversas AMP correspondendo a referenciais de execução definidos a partir de prioridades que têm em consideração a importância relativa das iniciativas na concretização dos objectivos estratégicos e o grau de envolvência institucional na concretização das iniciativas o que dá indicações do grau de complexidade e de exigências a ter com a implementação.

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9

Influentes Participadas Determinantes Participadas

T

ipos de Entidades Env

o

lv

idas

4,5

Influentes Autónomas Determinantes Autónomas

0 4,5 9

Objectivos Figura 8 - Matriz de Classificação dasMedidas por Entidades Envolvidas e Número de Objectivos a

Atingir

As AMP foram agrupadas em quatro categorias distintas, respectivamente. Para esta agrupamento os valores de referência foram os valores máximos atingidos pelos objectivos (9) e entidades-tipo (9) dividido por dois.

Influentes Participadas – Projectos com o número de entidades-tipo envolvidas acima da metade (valores superiores a 4,5) e com o número de objectivos em que se inserem inferiores a metade (valores inferiores a 4,,5).

Determinantes Participadas - Projectos com o número de entidades-tipos envolvidas acima da metade (valores superiores a 4,5) e com o número de objectivos em que se inserem superiores a metade (valores superiores a 4,5).

Influentes Autónomas - Projectos com o número de entidades-tipos envolvidas abaixo da metade (valores inferiores a 4,5) e com o número de objectivos em que se inserem inferiores a

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Determinantes Autónomas - Projectos com o número de entidades-tipos envolvidas abaixo da metade (valores inferiores a 4,5) e com o número de objectivos em que se inserem superiores a metade (valores superiores a 4,5).

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9 14 (8;4) 15(7;4) 20(9,9) 11 (8;5) 10(7;5) 9, 17(5;6) 16 (5;9) T

ipos de Entidades Env

o lv idas 4,5 13(4;2) 19(4,4) 1(3;3) 4(2;3) 2, 5, 8, 12(4;5) 6(4;6) 18(3,6) 7(2;5) 3(2;7) 0 4,5 9 Objectivos

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Influentes Participadas:

14 - Desenvolvimento de formação de base em informática e nas tecnologias elementares de informação por parte das escolas do ensino básico e secundário aos familiares dos discentes (8;4)

15 - Criação de um espaço virtual no Concelho de Beja que reforce as relações entre agentes de âmbito local (7;4)

Determinantes Participadas:

9 - Criação de um serviço baseado na Internet para inventariação de recursos, produtos e serviços locais (5;6)

10 - Apoio à inovação das organizações (7;5)

11 - Dinamização de actividades de conteúdos e do software (8;5)

16 - Criação de um Centro de Oportunidades de Negócios Associadas à SI. (5;9) 17 - Promoção turística e desenvolvimento do marketing territorial (5;6)

20 - Candidatar Beja a Cidade Digital (9,13)

Influentes Autónomas:

1 - Criação de condições que promovam o pequeno comércio através de utilização das TI (3;3) 4 - Processo de modernização administrativa (2;3)

13 - Promoção de Parcerias entre a escola e o tecido sócio-económico para incremento da I&D (4;2)

19 - Qualificar os serviços de saúde com recurso às TIC (4,4)

Determinantes Autónomas:

2 - Criação de um centro de apoio que promova o Teletrabalho (4;5)

3 - Criação de um centro regional de informação associado à Biblioteca Municipal (2;7) 5 - Qualificação dos trabalhadores, principalmente nas áreas dos serviços públicos com vista à utilização das TI (4;5)

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6 - Divulgação entre as empresas da importância da utilização da Internet (4;6)

7 - Integração numa rede de cidades (com características mais ou menos comuns) projectando apoios e pontos de referência para o desenvolvimento no âmbito da SI (2;5)

8 - Promoção das TI e sua utilização nos processos de gestão aos diferentes níveis das organizações (4;5)

12 - Criação de um conselho consultivo do ensino superior em Beja (4;5)

18 - Aproveitamento do futuro Aeoroporto de Beja como suporte para estruturação de actividades relacionadas com as novas TI (3,6)

As AMP classificadas como determinantes, independentemente de serem autónomas ou participadas, devem ser consideradas importantes na obtenção dos objectivos estratégicos e, portanto, de elevada motricidade.

No âmbito das participadas, o destaque vai para a situação de forte envolvência institucional ao nível da implementação, ao contrário das autónomas que necessitam de menos entidades a envolver para a sua concretização.

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5. Conclusões

O lançamento de processos de desenvolvimento no âmbito da SI ao nível do Concelho de Beja pode ser feito pelas pessoas e para elas. A utilização das TI que suportam a SI poderá contribuir não só para incrementar a competitividade da economia local, mas também para melhorar a qualidade de vida dos habitantes do Concelho.

Quais são os principais entraves ao aproveitamento pleno das potencialidades apuradas por este relatório?

Um dos principais obstáculos face às características eminentemente massificadoras das TI traduz-se na falta de meios para as aceder, designadamente, insuficiência do rendimento dos indivíduos para aquisições de soluções informacionais pessoais.

Outro dos principais obstáculos é a forma de actuar dos indivíduos e organizações. Os inquéritos realizados indicam alguma resistência à adopção das TI, tanto da parte dos indivíduos como das organizações. Mais, indicam que os dois grupos estão pouco voltados para o exterior.

A realização dos projectos aqui propostos são um caminho a explorar para aproveitar melhor as potencialidades da SI. Em relação aos indivíduos as principais finalidades das propostas aqui apresentadas são:

melhoria das qualificações técnicas dos munícipes com vista ao incremento da empregabilidade e, por essa via, contribuir para a Qualificação das condições de vida no Concelho;

criação de condições para melhorar os níveis formativos dos munícipes e fomentar a utilização por parte destes das TI;

As principais finalidades das propostas que envolvem as organizações são:

levar as organizações a modificar as lógicas e estruturas de funcionamento no sentido de beneficiarem dos impactos decorrentes da SI;

fomentar o relacionamento das organizações do Concelho entre si;

alargar o âmbito de actuação das organizações.

A atitude e o funcionamento das organizações, em geral, e das empresas, em particular, carecem de adaptações e alterações de comportamentos e de perspectivas para fazer face aos desafios da SI. As propostas apresentadas são ferramentas que poderão contribuir para obter um

(19)
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Bibliografia

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Figura 1 - Evolução da  população residente
Figura 2 - Pontos Fortes e Fracos da Educação/Formação
Figura 3 - Pontos Fortes e Fracos do Contexto Organizacional
Figura 4 - Pontos Fortes e Fracos dos Outros Aspectos
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