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Auditoria Fiscal nos Tempos do SPED: a percepção dos auditores fiscais do Fisco Estadual em Campina Grande-PB

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I – CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. AUDITORIA FISCAL NOS TEMPOS DO SPED: A PERCEPÇÃO DOS AUDITORES FISCAIS DO FISCO ESTADUAL EM CAMPINA GRANDE - PB. CLÁUDIA FLORÊNCIO SILVA XAVIER. CAMPINA GRANDE – PB, 2012.

(2) CLÁUDIA FLORÊNCIO SILVA XAVIER. AUDITORIA FISCAL NOS TEMPOS DO SPED: A PERCEPÇÃO DOS AUDITORES FISCAIS DO FISCO ESTADUAL EM CAMPINA GRANDE - PB. Trabalho. de. apresentado. Conclusão ao. de. Curso. Departamento. de. –. TCC. Ciências. Contábeis da Universidade Estadual da Paraíba, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.. Campina Grande – PB, 2012..

(3) FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA SETORIAL CIA1 – UEPB. X3a. Xavier, Cláudia Florêncio Silva. Auditoria Fiscal nos Tempos do SPED: A percepção dos auditores fiscais do fisco Estadual em Campina Grande-PB / Cláudia Florêncio Silva Xavier. – 2012. 5 f. Il. color Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências contábeis) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Sociais e Aplicadas, 2012. “Orientação: Profª. Esp. Vânia Vilma Nunes Teixeira Xavier, Departamento de Contabilidade”. 1. Auditoria. 2. SPED. 3. Fiscalização. I. Título.. 21. ed. CDD 657.45.

(4) ..

(5) AGRADECIMENTOS. A Deus, Pela força espiritual para a realização desse trabalho. A minha família pela compreensão, paciência e auxílio nos momentos difíceis. Aos meus amigos de curso Renata, Morganna, Thayse, Taciane e Bruno Pacelly que se tornaram amigos eternos, pela cumplicidade, ajuda e em especial, por todo carinho que termos uns pelos outros como uma grande família fraterna. À professora Vânia Vilma Nunes Teixeira Xavier, pela versatilidade de orientar-me neste trabalho. Pelo carinho, compreensão e pela grande ajuda do Professor Cláudio de Oliveira Leôncio Pinheiro e de Maercio Pereira Gerente dos Auditores em Campina Grande - PB. A todos os professores que proporcionaram novos conhecimentos, ampliando o nosso leque de aprendizagem. A todos aqueles que de qualquer forma incentivaram e contribuíram para a realização deste trabalho.. Meu sincero obrigado..

(6) O Saber não está na ciência alheia que se absorve, mas, principalmente, nas ideias próprias, que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação por que passam no espírito que os assimila. Rui Barbosa.

(7) RESUMO. XAVIER, Cláudia Florêncio Silva. Auditoria Fiscal nos Tempos do SPED: A Percepção dos Auditores Fiscais do Fisco Estadual de Campina Grande - PB. 2012. 54 folhas. Trabalho de conclusão de curso – Curso de Ciências Contábeis, Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012. A partir do momento em que a contabilidade foi sendo criada para mensurar e controlar o patrimônio e os resultados das trocas de mercadorias, o processo de auditoria foi sendo desenvolvido e cada vez mais fortemente associado à historia da contabilidade.Neste novo cenário de mudanças tecnológicas encontra-se novos desafios e novas formas de relacionamento que afetam o comportamento humano e consequentemente todos os aspectos que envolvem o desenvolvimento de uma sociedade, inclusive a fiscalização. Juntamente com essas mudanças veio o SPED – Sistema Público de Escrituração Digital que vem para fortalecer os processos de fiscalização. Com isto, busca-se avaliar as perspectivas dos auditores em Campina Grande- PB sobre o avanço nos procedimentos de auditoria fiscal com a implementação do SPED. Para isto foi utilizado uma pesquisa exploratória, qualitativa, para a fonte de coleta de dados utilizou-se um questionário junto a 35 auditores da cidade de Campina Grande-PB, chegando a conclusão que houve vantagens, tanto para o governo como para as empresas com a utilização do SPED.. Palavras-chave: AUDITORIA. SPED. FISCALIZAÇÃO..

(8) ABSTRACT. From the time the accounts were being created to measure and control the equity and results of trade in goods, the audit process was being developed and increasingly strongly associated with the history of contabilidade.Neste new scenario of technological change is up new challenges and new forms of relationships that affect human behavior and consequently all aspects involving the development of a society, including supervision. Along with these changes came the SPED - Public Digital Bookkeeping System that comes to strengthen the monitoring procedures. With this, we seek to assess the prospects of auditors in Campina Grande-PB on progress in tax audit procedures with the implementation of SPED. For this we used an exploratory, qualitative, for the source of data collection used a questionnaire to 35 auditors from the city of Campina Grande-PB, reaching the conclusion that there were advantages, both for the government and for companies with the use of SPED.. Keywords: AUDITORS. SPED. SURVEILLANCE.

(9) LISTA DE GRÁFICOS. Gráfico 1:- Estão qualificados para utilizar a ferramenta do SPED. 44. Gráfico 2:- Houve avanço nos processos de auditoria fiscal. 44. Gráfico 3 – Houve evolução qualitativa. 45. Gráfico 4 – Alterações nas rotinas de trabalho. 46. Gráfico 5 – Sonegação Fiscal. 46. Gráfico 6 – Uso do SPED. 47. Gráfico 7 – A transmissão das informações. 48. Gráfico 8 – Adaptação das empresas. 48. Gráfico 9 – O SPED melhorou para quem. 49.

(10) LISTA DE QUADRO. Quadro 1 – Evolução dos conceitos de auditoria. 25. Quadro 2 – Reflexos e vantagens na utilização dos serviços de auditoria. 26. Quadro 3 – Acontecimentos que marcaram a história da auditoria no mundo. 28. Quadro 4 – Acontecimentos que marcaram a história da auditoria no Brasil. 29. Quadro 5 - Competência privativa para criação de impostos. 33. Quadro 6 - Projeto SPED. 41.

(11) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. AAA – American Accounting Association AICPA – American Institute of Certfied Public Accountants Art. – Artigo Arts. – Artigos AUDIBRA – Instituto Dos Auditores Internos do Brasil BACEN – Banco Central do Brasil CF – Constituição Federal CTN – Código Tributário Nacional CVM – Comissão de Valores Mobiliários DF – Distrito Federal EFD – Escrituração Fiscal Digital ENAT - Encontro Nacional de Administradores Tributários IASB – Internacional Accounting Standard Board IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços IE – Imposto sobre a Exportação IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas II – Imposto sobre a Importação IOF – Imposto sobre Operações Financeiras IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados IPTU – Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana.

(12) IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IR – Imposto de Renda ISS – Imposto sobre Serviços ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica ITBI – Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural NBC – Normas Brasileiras de Contabilidade NF-e – Nota Fiscal eletrônica PAC – Programa de Aceleração do Crescimento PMATA - Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira SEC – Security and Exchange Comission SPED – Sistema de Publico de Escrituração Digital SUSEP – Superintendência de Seguros Privados T-Rex - titanossauro rex UNICAMP - Universidade Estadual de Campina. ,.

(13) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13 1.1 TEMA E PROBLEMA ................................................................................... 14 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA ......................................................................... 14 1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................ 15 1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 15 1.3. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO .................................................................... 15 1.4. METODOLOGIA ......................................................................................... 16 1.4.1 Tipos de Pesquisa...................................................................................... 16 1.4.2 Caracterizações do Ambiente de Pesquisa ............................................... 17 1.4.3 Instrumentos de coletas de dados ............................................................ 17 1.4.4 Tratamento dos Dados ............................................................................... 18 1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................ 18 2. REFERENCIAL TEORICA ............................................................................ 20 2.1 Abordagem Histórica da auditoria ................................................................. 20 2.2 Origem, Evolução e Acontecimentos da auditoria ........................................ 22 2.2.3 Formas de Auditoria .................................................................................. 26 3. AUDITORIA FISCAL ...................................................................................... 30 4. SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED ...................... 35 4.1 Eclosão do SPED.......................................................................................... 37 4.2 Uma visão dos Projetos ................................................................................ 41 4.3 SPED Contábil ............................................................................................. 42 4.4 Escrituração Fiscal Digital – EFD (SPED Fiscal) .......................................... 42 4.5 Nota Fiscal Eletrônica ................................................................................... 43 5. ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................. 44 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 50 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................. 51 8. APENDICE .................................................................................................... 52.

(14) 1. INTRODUÇÃO. Com o advento da tecnologia, cada vez mais se procura melhorar a organização e aperfeiçoar as informações. Não foi diferente com a contabilidade segundo Sá (2009, p.24 e 25): O nascimento da escrita contábil racionalizada iniciou-se com inscrições feitas em etiquetas de argila, distinguindo produtos agrícolas; assim se comprovou arqueologicamente, através de pesquisas realizadas em antiquíssimos templos da Suméria... No regime de escrita por via eletrônica os Planos de Contas já são inseridos nos computadores e podem ser acionados facilmente de acordo com os programas instalados.. Então avalia que a contabilidade iniciou-se com inscritas feitas de argila e hoje é um regime de escrita eletrônica, hoje o procedimento está todo integrado através do auxilio de computadores e softwares feito para essa finalidade, o governo aderindo às novas tecnologias instituiu no Brasil um Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, através do Decreto 6.022/2007 que advém como parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) tem como finalidade agigantar as informações prestadas pelas empresas e instituições com o uso dos recursos da informática. Então com o amplo campo que o SPED trás, ocorreu à harmonização administrativa das três esferas governamentais: Federal, Estadual e Municipal dilatando as informações contábeis deixando mais visíveis ao poder governamental. Segundo Sá (2009, p. 28) este regime requer um controle interno bem mais apurado, pois com a troca de informações completas das partes envolvidas o fisco tem amplos meios de cortejo de informações, ampliando assim o controle. De acordo com as expectativas do governo o SPED deve reduzir expressivamente a sonegação fiscal, e neste sentido o trabalho da auditoria fiscal nos fiscos federal, estaduais e municipais é posto à prova..

(15) 1.1 Tema e Problema. Este trabalho de conclusão de curso tem como tema Auditoria Fiscal nos Tempos do SPED: A Percepção dos Auditores Fiscais do Fisco Estadual de Campina Grande - PB. A contabilidade pode proporcionar uma sociedade mais próspera, neste sentido, Sá (2009, p. 14) diz que: “A aplicação do conhecimento da Contabilidade tem variada utilidade, atendendo a propósitos múltiplos dentre os quais se destaca como relevante e de maior importância social o de ensejar a prosperidade dos empreendedores humanos.” Uma das utilidades da Contabilidade é a gestão fiscal, na qual o gerenciamento dos tributos proporciona ao administrador diminuir custos através da elisão fiscal. Mas o momento é de mudança que se faz necessária e obrigatória com a implantação do SPED. Alguns especialistas fiscais, dizem que o Fisco esta atuando como centro de inteligência através do aprimoramento no uso de técnicas que promovem o cruzamento de dados e o compartilhamento de informações entre as diversas esferas de fiscalização. do. Estado.. Diante. disso,. surge. o. seguinte. questionamento: Qual a percepção dos Auditores da Receita Estadual de Campina Grande – PB sobre a fiscalização com o uso das ferramentas do SPED?. 1.2.. Objetivos da Pesquisa. Com a perspectiva de contribuir para o entendimento da importância da Auditoria Fiscal nos tempos do SPED, tomando medidas preventivas no momento de geração dos arquivos enviados para o Fisco, e para responder à problemática levantada têm-se o objetivo deste trabalho..

(16) 1.2.1 Objetivo geral. Conhecer qual a percepção dos Auditores da Receita Estadual de Campina Grande – PB sobre a fiscalização com o uso das ferramentas do SPED.. 1.2.2 Objetivos específicos. 1. Realizar levantamento bibliográfico a cerca da evolução histórica da auditoria; 2. Apresentar o projeto de implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) no Brasil e sua correlação com a Auditoria fiscal no país; 3. Identificar a percepção dos auditores fiscais da Receita Estadual de Campina Grande – PB a cerca do avanço nos procedimentos de auditoria fiscal com a implantação do SPED.. 1.3.. Justificativa do Estudo. Nas mudanças ocorridas no cenário empresarial com a implantação do SPED que é composto por três grandes subprojetos: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a Nota Fiscal Eletrônica. Estes três projetos representam uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três esferas governamentais: Federal, Estadual e Municipal, além de manter parceria com 16 instituições, na construção conjunta do SPED. Com o SPED o foco tributário, que anteriormente era baseado na formatação de dados, muda para a qualidade das informações, gestão de apurações e recolhimento de tributos, que formam a base, para evitar passivos fiscais..

(17) A escolha do tema esta relacionado como o fisco está interagindo com as empresas, pois há muitas dúvidas sobre o SPED no cenário tributário e fiscal brasileiro, tudo o que envolve a incoerência nas informações pode gerar penalidade tributárias para as empresas. Neste sentido, justifica-se o presente trabalho, diante da necessidade de se avaliar como se dará os processos de auditoria fiscal e suas possíveis consequências para as empresas, e neste contexto torna-se relevante conhecer a percepção dos auditores fiscais, que são agentes condutores nesses processos.. 1.4 METODOLOGIA. O melhor caminho para se alcançar a compreensão em determinado assunto é através da pesquisa. E para se conseguir chegar a um objetivo é necessário seguir por meio de uma metodologia, que segundo Barros e Lehfeld (2007, p.2) “corresponde a um conjunto de procedimentos a ser utilizado na obtenção do conhecimento [...]”.. 1.4.1 Tipos de pesquisa. No contexto, para reforçar a fundamentação teórica, foi realizada uma pesquisa exploratória e descritiva. A pesquisa exploratória consiste no processo de explorar, conhecer com maior profundidade o assunto abordado, de modo a torná-lo mais claro (GIL, 2009). Neste ponto, avaliar-se a percepção dos auditores fiscais da Receita Estadual de Campina Grande do Estado da Paraíba quanto às novas obrigações com o uso do SPED..

(18) Na concepção de Andrade (2002 apud Beuren 2003, p.81), a pesquisa descritiva é aquela que “preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los, e o pesquisador não interfere neles”. Então baseado por um estudo fez-se uma coleta de dados por meio de questionário que, segundo Martins e Lintz (2000, p. 45), “é um conjunto ordenado e consistente de perguntas a respeito de variáveis, e situações, que se deseja medir, ou descrever”. Aonde a amostragem foi quantitativa e qualitativa. Quantitativa, que segundo Beuren (2006, p.92) “caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados” que para tanto se fez o uso de questionário, junto aos auditores fiscais da Receita Estadual de Campina Grande – PB. E qualitativa, pois de acordo com Terence (2006, p.2) “na abordagem qualitativa, o pesquisador procura aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda”, fazendo a fundamentação em levantamentos bibliográficos, utilizando como fontes livros, artigos científicos e sites da internet, que corroboraram para a elaboração e melhor entendimento ao tema abordado.. 1.4.2 Caracterizações do ambiente de pesquisa A população de uma pesquisa, para Hill e Hill (2002, p. 41), corresponde ao “conjunto total dos casos sobre os quais se pretende retirar conclusões”. Em Mergliorini (2008), população é a totalidade dos elementos que possuem em comum determinadas características de interesse para uma pesquisa, e amostra é um subconjunto de uma população que possa representá-la. Desta maneira a população da pesquisa aqui em questão corresponde a 35 auditores fiscais lotados na Gerência Regional do 3º Núcleo, na qual agrega oito postos fiscais, (localizado em Alcantil, Ouro Velho, Pernambuco – Posto Fiscal Silvino Nóbrega de Andrade, São João do Cariri – Namorado, Taperoá, Umbuzeiro, Correios – C. Grande e o COP – C. Grande) e dezoito coletorias estaduais..

(19) 1.4.3 Instrumentos de coletas de dados Para a realização deste estudo foram analisados dados da Receita Estadual de cidade de Campina Grande – PB, que detém o compromisso de compreende a análise da eficiência e eficácia dos procedimentos adotados para a apuração, controle e pagamentos dos tributos que incidem nas atividades comerciais e operacionais da empresa e na avaliação do planejamento tributário. É constituído por 35 (trinta e cinco) auditores fiscais, aonde 20 responderam ao questionário que correspondem 57% da população, 13 estavam em diligência em outros municípios sem data prevista para retorno que corresponde a 37% e um está afastado por licença saúde equivalendo a 3% e outro estava afastado por esta prestando serviço a outra unidade representando 3%.. 1.4.4 Tratamentos dos dados. Utilizou-se o questionário como técnico para coleta de dados, onde o mesmo foi aplicado junto aos Auditores Fiscais de Campina Grande – PB, com o objetivo de levantar a percepção dos auditores fiscais sobre o SPED como ferramenta de trabalho.. 1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. O. presente. trabalho. abordará. desenvolvidos da seguinte forma:. tópicos. relevantes. que. serão.

(20) No primeiro capítulo tem-se a introdução, onde será abordada a temática e. o. problema,. os. objetivos. gerais. e. específicos. que. mostram. o. desenvolvimento de uma sociedade, inclusive a Fiscalização, justificada pelas mudanças diante a evolução tecnológica, apresentação metodologia do estudo, que define o instrumento de coleta de dados utilizado. No segundo capítulo é apresentado o referencial teórico, onde serão abordados tópicos essenciais, tais como: histórica, conceitos, formas e objetivos. No terceiro capítulo são abordados conceito e objetivos da auditoria fiscal e do tributo. No quarto capítulo, será apresentada uma pesquisa sobre sonegação, o surgimento do SPED e seus projetos. No sexto capítulo será exposta a descrição e análise dos dados coletados através dos questionários. Finalmente, sétimo capítulo será feitas as considerações finais..

(21) 2. REFERENCIAL TEÓRICO. Nesta. passagem. serão. apresentados os tópicos pertinentes ao. desenvolvimento deste trabalho, tais como: abordagem histórica, conceitos, objetivos, metodologia.. 2.1 Abordagem histórica da auditoria. A história mostra que a auditoria e a contabilidade caminham juntas desde o seu inicio. A partir do momento em que a contabilidade foi sendo criada para mensurar e controlar o patrimônio e os resultados das trocas de mercadorias, o processo de auditoria foi sendo desenvolvido e cada vez mais fortemente associado à historia da contabilidade. Sá (1995 apud ALBERTON, 2008) aborda a história da contabilidade dividindo-a nas seguintes idades: . Idade antiga da contabilidade: compreende a escrituração dos fatos patrimoniais pelos sumérios, babilônicos, egípcios, assírios, cretenses, gregos, romanos e outras civilizações, no período compreendido entre 6.000 a.C. e 1.202 d.C.. . Idade média da contabilidade: marcada pelo aparecimento do método do registro contábil pelas partidas dobradas, no período de 1.202 a 1.494.. . Idade moderna da contabilidade: marcada pela divulgação das primeiras obras sobre a técnica dos registros patrimoniais, com destaque para a obra Tractatus, de Luca Pacioli em 1.494, e, em 1.840, pelos estudos científicos de Francesco Villa.. . Idade científica ou contemporânea da contabilidade: marcada pela sistematização do conhecimento contábil, no período de 1840 até os dias atuais.. De acordo com Attie (1998 apud ALBERTON, 2008), de 1840 até 1920, a Escola Italiana iniciou o processo de desenvolvimento da teoria da contabilidade, desenvolvendo a Contabilidade de Custos, Gerencial, Análise de Balanços, Auditoria e outras ramificações técnicas..

(22) Além dessas escolas, Schmidt (2000) cita outras: a Escola Alemã no do século XIX e início do século XX, tendo como principal contribuição o desenvolvimento doutrinário da contabilidade, e a Escola Francesa ou Neocontista, também no final do século XIX, que estabeleceu procedimentos para a elaboração dos balanços das empresas; em 1880, foi realizado na França um congresso de contadores, no qual houve um consenso sobre a padronização dos balanços patrimoniais. “Portanto, a partir de 1840, a contabilidade passou a fazer parte dos princípios científicos, acompanhando a evolução do sistema empresarial e das economias de mercado. O conceito de sociedade foi sendo aprimorada e tornou-se possível distinguir a entidade empresarial e os seus proprietários. O início do sistema capitalista foi marcado pelas empresas de capital fechado, principalmente as pertencentes a grupos familiares. A expansão do mercado e o aumento da concorrência fizeram com que essas organizações ampliassem suas instalações, investissem em busca de novas tecnologias no desenvolvimento de pessoal, no aperfeiçoamento de seus controles internos e nos procedimentos de forma geral. Para a realização de tais investimentos, as organizações precisaram de recursos financeiros; foram em busca de novos acionistas, abrindo seus capitais, ou em busca de dinheiro junto a instituições financeiras. Esses novos parceiros, seja a título de empréstimos ou participações permanentes, precisavam analisar a situação econômico-financeira das empresas.. Para isso, fizeram uso das demonstrações contábeis, para. situarem-se. acerca. da. segurança,. liquidez. e. rentabilidade. dessas. organizações. Por conseguinte, surgiu a figura do auditor contábil, profissional capacitado para dar confiabilidade aos dados contidos nessas demonstrações. Como ciência social, a contabilidade tem por objetivo o controle patrimonial das entidades, utilizando-se de técnicas contábeis para atingir suas metas. Uma dessas técnicas é a auditoria contábil.” 1. 1. VICENTE, Ernesto Fernandes Rodrigues. Auditoria Contábil. Florianópolis: UFSC/CSE/Departamento de Ciências Contábeis, 2011..

(23) 2.2.. Origem, Evolução e acontecimentos que marcaram a auditoria. Auditoria vem a ser uma forma de verificar se a contabilidade da empresa esta dentro dos parâmetros legais. Segundo Sá (1998 apud ALBERTON, 2008), a palavra auditoria tem origem latina audire: o ouvinte, aquele que ouve; e foi rotulada pelos ingleses por auditing, no sentido de revisa. Attie (1998) corrobora quanto ao fato de a origem da palavra auditoria (que tem como finalidade examinar, corrigir, ajustar, certificar) ser oriunda da cultura inglesa. As primeiras auditorias eram denominadas auditorias corretivas, que objetivam detectar desfalques e fraudes, e verificar a honestidade dos administradores.. O. objetivo. era. assegurar aos proprietários que. os. empregados contratados controlavam corretamente as contas, que não faltavam nenhum bem e que as cifras eram exatas. A evolução da auditoria contábil começou no final do século XIX, na Inglaterra, Holanda e Estados Unidos, impulsionada pelo crescimento das empresas e pelo interesse da economia popular nas grandes organizações. Para Franco e Marra (2000 apud ALBERTON, 2008), os principais fatos que marcaram a evolução da auditoria contábil foram: a. O controle dos gastos públicos; b. O aparecimento das grandes organizações transnacionais; c. A taxação do imposto de renda baseado nos resultados apurados em balanços; d. A participação acionária na formação de capital das empresas; e. A complexidade dos negócios; f. A prática financeira impulsionadora do desenvolvimento da economia de mercado; g. A necessidade de informações verídicas; h. A complexidade dos sistemas contábeis; e i.. O desenvolvimento e a implementação de sistemas de controles internos.. Em função desses fatos ocorridos e do envolvimento de um número maior de pessoas nas organizações, foi possível dividir o trabalho, foram segregadas.

(24) as funções de custódia dos bens e dos registros contábeis, criando-se, assim, novos controles internos para proteger os bens, detectar as operações e de todos os registros tornou-se inviável, em função de seu alto custo. Consequentemente, a função do auditor contábil foi alterada o qual passou a examinar o sistema de controles internos e o sistema contábil, com a finalidade de verificar se a forma como são projetados permite manter registros exatos, proteger os ativos e elaborar relatórios merecedores de confiança. Entram em cena os testes das transações das evidências, para verificar se o sistema contábil e os testes das evidências funcionam de acordo com o planejamento, para comprovar os dados apresentados nas demonstrações contábeis. Desse modo, o conceito de auditoria contábil foi se modificando ao longo dos anos. O conceito mais antigo enfocava a auditoria de registros contábeis. Posteriormente, passou a enfocar a auditoria das demonstrações contábeis. O Quadro 1 destaca alguns conceitos de auditoria contábil que evidenciam essa evolução. AUTORES/OBRAS. CONCEITO Auditoria é a verificação geral das contas de uma empresa para determinar sua posição financeira, o resultado de suas operações e a probidade de seus administradores, com fim de comunicar o resultado do exame aos proprietários, acionistas, gerentes, conselheiros, às bolsas de fomento e outros órgãos. Willian H. Bell e Ralph S. Johns (1942). oficiais, síndicos atuais ou prováveis arrendatários, futuros interventores ou compradores, juntas de credores, agenciais mercantis, hipotecários ou quaisquer outros interessados. Objetiva verificar se houve prestação justa de contas de um patrimônio e se os negócios foram convenientemente administrados, para satisfação ao público, aos doadores etc.; verificar custos, lucros ou prejuízos de um negocio; e descobrir e impedir fraudes..

(25) Auditoria é o exame de todas as anotações Pedro A. Vidal Rivera. contábeis, a fim de comprovar sua exatidão e a. (1995). verdade dos estados ou situações que as ditas anotações produzem. A auditoria é o exame de demonstrações e registros. ARtue Warren Holmes. administrativos. O auditor observa a exatidão,. (1956). integridade e autenticidade de tais demonstrações, registros e documentos. As palavras auditoria ou censura de contras se relacionam com a revisão e verificação de. José Alvarez Lopez. documentos contábeis, registros, livros e listagens de. (1987). contas, utilizada no processo de captação, representação e interpretação da realidade econômico-financeira da empresa. Auditoria é o exame das contas feitas pelos. Enciclopédia Britânica. funcionários financeiros de um estado, companhias e departamentos públicos, ou pessoas físicas, e a certificação de sai exatidão. Auditoria é a função de examinar, ajustar e certificar. Dicionário americano. contas. É o exame de um documento contábil e da. de Funk & Wagnalls. prova de sua exatidão; chamada para contas; ajuste de contas; um balanço; uma audiência.. Dicionário de Caldas. Auditoria é o emprego do auditor. Tribunal onde o. Aulete. auditor exerce as suas funções. É uma técnica contábilk que compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção. Hilário Franco e. de informações confirmações, internas e externas,. Ernesto Marra (2000). relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes.. Antônio Lopes de Sá (1998). Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração.

(26) contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, publica ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados. A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua NBC TA 200 (2009). adequação de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade; e, no que for pertinente, de acordo com a legislação específica.. Quadro 1 – Evolução dos conceitos de auditoria Fonte: adaptação de Alberton (2008) e NBC TA 200 (2009). Os conceitos enfatizam a verificação da veracidade e fidedignidade dos dados e das informações contidas nas demonstrações contábeis e passam, também, a criticar e orientar em situações que já ocorreram ou que ainda poderão ocorrer na entidade auditada, visando a resguardar e proteger seu público. Para que os pressupostos dessas definições possam realmente ocorrer, foram criados diversos órgãos que normatizam a realização da auditoria, a saber: a. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – para as sociedades anônimas de capital aberto. b. Banco Central do Brasil (BACEN) – para bancos comerciais e de investimentos, instituições financeiras, distribuidoras de títulos e valores. mobiliários,. corretoras. de. câmbio,. sociedade. de. arrendamento mercantil e sociedade de crédito imobiliário. c. Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – para as companhias e sociedade seguradoras..

(27) Há outras entidades, além das citadas, que obrigam a realização de auditorias, tais como as responsáveis pela fiscalização de tributos federais, estaduais e municipais. Além da obrigação legal, outras razões levam as empresas a utilizar-se de serviços de auditoria. Almeida (1996) cita diversos motivos que levam uma entidade a contratar um auditor contábil independente, quais sejam:. a. Para controle interno de acionistas, proprietários ou administradores da empresa; b. Concessão de empréstimo por uma instituição financeira; c. Por imposição de um fornecedor para financiar a compra de matéria-prima; d. Para atender às exigências do estatuto ou contrato social da companhia ou empresa; e. Para efeito de incorporação, fusão e cisão de empresa.. 2.3.. Formas de Auditoria. A realização de auditorias nas empresas é importante sob a perspectiva da riqueza patrimonial, dando maior segurança aos administradores, proprietários, fisco, financiadores etc., no sentido da integridade do valor. O Quadro 2 apresenta os reflexos e as vantagens da utilização dos serviços de auditoria.. ASPECTOS. REFLEXOS/VANTAGENS. Administrativo Ajuda na fiscalização dos controles internos, na correção dos registros contábeis, na adequação das demonstrações contábeis, na redução de desvios de bens. patrimoniais. e. pagamentos. indevidos,. na. apuração de informações confiáveis da situação patrimonial e econômico/financeira da empresa. Fiscal. Resguarda o patrimônio contra multas e penalidades sobre sonegação de impostos.. Técnico. Contribui para que as demonstrações contábeis sejam elaboradas de acordo com os princípios e normas da.

(28) contabilidade. Financeiro. Resguarda créditos de terceiros.. Econômico. Assegura maior exatidão dos custos e veracidade dos resultados operacionais.. Ético. Examina a moralidade do ato praticado.. Social. Assegura. a. veracidade. das. informações. das. demonstrações contábeis para a sociedade em geral. Quadro 2 – Reflexos e vantagens na utilização dos serviços de auditoria. Fonte: Adaptação de Jund (2001 apud ALBERTON, 2008). Em decorrência das diferentes necessidades de verificação de processos, dos seus reflexos e vantagens, a auditoria pode apresentar-se sob diferentes formas. Sá (1998) divide a auditoria em duas classes fundamentais, quais sejam: a auditoria geral, sintética ou de balanço; e a auditoria detalhada ou analítica. Por sua vez, Crepaldi (2000) classifica a auditoria em dois tipos: o primeiro é a auditoria de demonstrações contábeis; e o segundo á a auditoria operacional ou de gestão. Franco e Marra (2000) e Magalhães et AL. (2001) abordam essas categorias de auditoria por formas, visando a atender necessidades específicas. Explicam que as auditorias podem assumir seguintes formas: de acordo com a extensão dos trabalhos; de acordo com a profundidade dos exames; de acordo com sua tempestividade; de acordo com os fins a que se destina; e de acordo com as relações do auditor com a entidade auditada. Pode-se fazer referencia a auditoria fiscal, que compreende a análise da eficiência e eficácia dos procedimentos adotados para a apuração, controle e pagamentos dos tributos que incidem nas atividades comerciais e operacionais da empresa e na avaliação do planejamento tributário. Observa-se. de. forma. cronológica. no. Quadro. 3,. acontecimentos que marcaram a história da auditoria no mundo.. os. principais.

(29) ANO. MUNDO. 1310. Criação do Conselho de Londres – Inglaterra.. 1314. Criação do cargo de auditor do Tesouro da Inglaterra.. 1559. Sistematização. e. estabelecimento. da. auditoria. dos. pagamentos a servidores públicos pela Rainha Elizaneth I – Inglaterra. 1581. Criação do Colégio de Contadores de Veneza – Itália. 1640. Criação do Tribunal de Contas em Paris – França. 1658. Criação da Academia Dei Ragionieri, nas cidades de Milão e Bolonha – Itália.. 1786. Criação do Guia profissional de Nova Iork – Estados Unidos. 1786. Criação do Guia Comercial inglês – Inglaterrra. 1845. O Raillway consolidation Act passou a obrigar a verificação dos balanços auditores – Inglaterra.. 1880. Criação da Associação dos Contadores Publicos Certificados – Inglaterra.. 1886. Criação da Associação dos Contadores Publico Certicados (AICPA – American Institute of Certified Public Accountants) – Estados Unidos.. 1894. Criação do Instituto Holandês de Contadores – Holanda. 1916. Criação da American Accounting Association (AAA) – Estados Unidos. 1934. Criação do Security and Exchange Comission (SEC) – Estados Unidos.. 1972. Criação do Internacional Accounting Standard Board – IASB.. Quadro 3 – Acontecimentos que marcaram a história da auditoria no mundo Fonte: Adaptada e compilada de Alberton (2008). Já no Brasil, começou com o aumento da sua participação na economia mundial, começa em 1909, a adotar padrões importados de outros países, conforme Quadro 4:.

(30) ANO 1909. BRASIL Mc-Auliffe Davis Vell & Co, a primeira empresa de auditoria instalada no Brasil, atualmente com o nome Artur Anderson.. 1915. Chegada da Price Waterhouse no Rio de Janeiro.. 1946. Fundado. pelo. Decreto-lei. nº. 9.295. o. Conselho. Federal. de. Contabilidade – CFC. 1960. Fundado o Instituto dos Auditores Internos do Brasil - AUDIBRA. 1965. Criação da Lei nº 4,728, para disciplinar o mercado de capitais, que citou pela primeira vez a expressão “auditores independentes”.. 1971. Fundado o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON.. 1972. Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil.. 1972. Resolução CFC nº321/72 aprova as normas e os procedimentos de auditoria elaborados pelo IBRACON.. 1976. Lei nº 6.385 cria a Comissão de Valores Mobiliários para fiscalizar o mercado de capitais.. 1976. Criação da Lei nº 6.404 das Sociedades por Ações. 1977. Criação da Ordem dos Auditores Independentes do Brasil.. 1990. Instrução Normativa nº 202/93 Art. 16, item VIII da CVM exige as companhias abertas sejam auditadas trimestralmente.. 2001. Alteração da Lei nº 6.404/76 das Sociedades por Ações. Quadro 4 – Acontecimentos que marcaram a história da auditoria no Brasil Fonte: Adaptação e compilado de Alberton (2008).

(31) 3. AUDITORIA FISCAL. Para nosso entendimento abrange-se primeiro o conceito de tributo. Pois quando fala-se em tributo, surge quase sempre a ideia de recolhimento de impostos. Porém particularmente, a palavra tributo, em seu sentido histórico, na época dos reis franceses, ingleses e de outros países da Europa e Ásia, tinha o sentido de “prestar uma homenagem”. Essa homenagem significava que, os plebeus que faziam parte de área de domínio dos reis, precisavam “prestar uma homenagem” ao seu rei, doando, suas riquezas, que sejam dinheiro, ovelhas, galinhas, ovos, alimentação, entre outros artigos que possuíssem. Contudo nos dias atuais a prestação de tributo continua quando comprase algum bem e/ou serviço, porém, presta-se um tributo ao governo agora, que é responsável por fornecer ou permitir que terceiros forneçam, sob sua administração, bens e/ou serviços voltados ao bem estar e necessidades básicas da população, como saúde, educação, transporte, saneamento básico, entre outras necessidades essenciais para a sobrevivência em sociedade. Para tanto, se faz necessário a arrecadação de tributos (e aqui não no sentido de homenagem, mas sim uma prestação pecuniária compulsória, que nada mais é do que uma obrigatoriedade de se recolher aos cofres públicos uma certa quantia em dinheiro), aonde o Estado se utiliza desse recurso para revertê-lo novamente a população, suprindo-a com as necessidades já mencionadas anteriormente. Como basicamente, quase todos no país são obrigados a pagar tributos (exceto nos casos em que a legislação permite) o fisco (aí entendido o agente responsável pela arrecadação e fiscalização dos tributos), representado pelos âmbitos Federal, Estadual e Municipal se utiliza de leis para que haja a exigibilidade e a formalização da necessidade de cobrança desses tributos. No qual chamamos de obrigações fiscais, não se tratando somente do recolhimento do tributo, mas da prestação correta de informações ao Fisco e que por sua vez são chamadas de obrigações acessórias. Portanto, a obrigação principal é a de recolher o tributo aos cofres públicos e a obrigação acessória é a prestação das informações para o Fisco sobre o tributo a ser recolhido ou já recolhido pelas organizações..

(32) Percebe-se que há uma vasta erudição na definição de tributos. Segundo Alexandre (2009, p.37) apud Amaro, define tributo como a “prestação pecuniária não sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao Estado ou a entidades não estatais de fins de interesse público”. O Código Tributário Nacional define: “Art. 3º: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Dispõe também que o tributo só pode ser exigido por lei (principio da legalidade, art. 150, I, da CF) e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. O Fisco só pode agir na forma e nos estritos limites fixados em lei, sem o que haverá abuso ou desvio de poder. O Código Tributário Nacional prescreve: Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-lá: I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II – a destinação legal do produto da sua arrecadação. Logo, tributo é gênero e as espécies são os impostos, taxas e contribuições. O. imposto. é. aquele,. uma. vez. instituído. por. lei,. é. devido,. independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte. Portanto, não está vinculado a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito passivo. Trata-se da espécie denominada Imposto, definida no art. 16 do CTN: “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade específica, relativa ao contribuinte.” O imposto é de competência privativa, atribuída pela Constituição Federal, ou seja, é exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal (arts. 153 a 155 da CF). A taxa está definida nos arts. 77 e 78 do CTN e tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público, específico e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte (art. 77)..

(33) Poder de polícia é a atividade da administração pública que limita e disciplina direito, interesse ou liberdade em razão do interesse público, concernente á segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção, do mercado, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (art. 78). Contribuição de Melhoria o CTN dispõe que só podem ser cobradas se, em virtude de obra pública, decorrer valorização imobiliária para o contribuinte (arts. 81 e 82):. a) b) c) d) e). Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observa os seguintes requisitos mínimos: I – publicação prévia dos seguintes elementos: Memorial descritivo do projetor; Orçamento do custo da obra; Determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; Delimitação da zona beneficiada; Determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas. II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.. A competência para instituir impostos é atribuída pela Constituição Federal no seu art. 145, de maneira enumerada e privativa a cada ente federado. Desta forma, a competência privativa para a criação de impostos pode ser visualizada da seguinte forma:.

(34) ORDINÁRIA. EXTRAORDINÁRIA. RESIDUAL Novos Impostos. II,. Requisitos:. IE, IPTU,. ITCMD,. ITBI,. ICMS,. ISS. IPVA. IR, IPI, ITR, IOF,. -Lei Impostos. complementar;. extraordinários de. - novos “Fatos. guerra. Geradores” e “Base de. IGF. cálculo”; - nãocumulatividade. Municípios (CF, art. 156). Estados (CF, art. 155). União (CF, arts. 153 e 154, I e II). DF – competência cumulativa (CF, art. 147) Quadro 5 : Competência privativa para criação de impostos Fonte: ALEXANDRE. Ricardo. Direito Tributário. (2009, p.49). Logo, a auditoria fiscal compreende a análise da eficiência e eficácia dos procedimentos adotados para apuração, controle e pagamentos dos tributos que incidem nas atividades comerciais e operacionais da empresa em avaliação do planejamento tributário. A auditoria fiscal é efetuada, em geral por servidores públicos que tem como objetivo verificar a regularidade no recolhimento dos tributos (impostos, taxas e contribuições) por meio da analise das transações realizadas e da documentação-suporte. Sendo assim, o objetivo de um trabalho de revisão fiscal ou de auditoria fiscal é permitir ao auditor declarar que, com base em procedimentos que não.

(35) proporcionam todas as evidências, os cálculo, recolhimentos além do atendimento das formalidades legais relacionados aos tributos foram observados pelo contribuinte. Temos como usuários da auditoria fiscal: a administração ou o departamento fiscal das organizações, que contratam a auditoria fiscal com finalidade de terem um respaldo maior em suas bases de cálculo e apuração e recolhimento de tributos, a própria auditoria contábil que, para validar os passivos e ativos tributários, utiliza da estrutura de seus próprios auditores fiscais (como por exemplo, os Auditores da Receita Federal) para terem segurança da apuração e da arrecadação dos tributos e cumprindo o seu papel de agente arrecadatório e fiscalizador. Então, o auditor deve planejar o trabalho de revisão no sentido de estabelecer estratégicas para que possam atingir os objetivos de forma eficaz, requerendo para tanto um prévio conhecimento da entidade, do seu campo de atuação, do negócio explorado, da organização, do sistema contábil empregado, das características operacionais, da natureza dos ativos, passivos, receitas e despesas da entidade, enfim de todas as variáveis possíveis, associando-se à legislação tributária pertinente visando definir a extensão dos trabalhos de auditoria fiscal e o correto enquadramento fiscal da atividade da empresa. O ambiente interno fiscal do país é complexo e demanda serviço e a busca pela integração e modernização da Administração Tributária relaciona-se à forma federativa adotada pelo estado brasileiro. Neste contexto, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são dotados de autonomia política, administrativa. e. financeira,. estando. suas. atribuições,. limitações. e. competências previstas na Constituição Federal, que concede a cada esfera de governo a competência de instituir e administrar os respectivos tributos. Porém, diante da evolução tecnológica e do aumento no volume de operações pelas maiores empresas, a fiscalização viu-se obrigada a modernizar-se, contudo, era impedida pela falta de padronização das informações apresentadas, uma vez que a as várias declarações eram solicitadas com linguagem diversas pelos governos Federal, Estaduais e Municipais. Para integrar a fiscalização, foi desenvolvido o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital)..

(36)

(37) 4. Sistema Público de Escrituração Digital - SPED. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) fez um estudo em 05 de março de 2009 sobre sonegação fiscal das empresas brasileiras, segundo qual, os índices de sonegação são muito maiores em pequenas empresas. Em termos de porte, encontram-se indícios de sonegação em 64,65% (no levantamento de 2005 era 63,66%) das pequenas empresas, em 49,05% (o índice de 2005 era 48,94%) das médias empresas e 26,78% (índice de 2005 era 27,13%) das grandes empresas.. No mesmo estudo foram mostrados os principais tipos de sonegação ou fraude fiscal, mais comum prático pelas empresas: . Venda sem nota; venda com “meia” nota; venda com “calçamento” de nota; duplicidade de numeração de nota fiscal;. . “compra” de notas fiscais;. . Passivo fictício ou saldo negativo de caixa;. . Acréscimo patrimonial a descoberto (do sócio);. . Deixar de recolher tributos descontados de terceiros;. . Saldo de caixa elevado;. . Distribuição disfarçada de lucros;. . Doações irregulares. Duarte (2011p. 66) analisa que há muito tempo as autoridades. fiscais já sabem disso. E têm ciência, também, que só se reduz a sonegação a partir de uma maior fiscalização. A Receita Federal do Brasil publica, mensalmente, um relatório sobre o resultado da arrecadação. Segundo o documento de dezembro de 2007 deixa claro: quanto maior a presença fiscal, maior o resultado. “Presença Fiscal Em 2007 ocorreu a unificação entre a Secretária da Receita Federal e Secretária da Receita Previdenciária constituindo-se em um único órgão denominado Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB, com o objetivo de aprimorar e dar uma maior eficiência, eficácia e efetividade na administração tributária brasileira, por meio da integração e racionalização de esforços e recursos e pela obtenção de sinergia entre os setores, unidades organizacionais, processos e equipes de trabalho. A RFB tem pautado sua atuação no sentido de aumentar a percepção de risco por meio de maior presença fiscal, de fortalecer o combate aos ilícitos tributários e aduaneiros e de.

(38) imprimir celeridade na solução de litígios fiscais, ao mesmo tempo em que procura facilitar o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias, com o propósito de manter o fluxo regular de arrecadação em conformidade com o potencial legal e de recuperar os débitos constituídos e não pagos. Nesse sentido, cabe destacar alguns resultados, em 2007, que evidenciam o reflexo dessa atuação: a) Crescimento de 80% no número de pessoas físicas e jurídicas fiscalizadas e de 42% no crédito tributário lançado; b) Acréscimo de 21% na apreensão de mercadorias e de 50% nas ações fiscais ligadas a área aduaneira; c) Crescimento de 30,7% na arrecadação proveniente de multa e juros; d) Crescimento de 46% na arrecadação relativa aos depósitos judiciais e administrativos; e) Maior integração entre os processos de trabalho da Receita Federal e da Procuradoria da Fazenda Nacional. Cabe ressaltar que a presença fiscal além dos resultados diretos obtidos, aumenta a percepção de risco e consequentemente 2 induz ao pagamento espontâneo por parte dos contribuintes. ”. Analisar Duarte (2011, 61) que o grande desafio das autoridades fiscais é aumentar a “presença fiscal” em um país com mais de 5 milhões de empresas legalmente constituídas e 10 milhões não constituídas legalmente. A solução é obvia: utilizar-se de tecnologia da informação (TI) e conhecimento científico para criar uma inteligência fiscal capaz de realizar operações em larga escala. Tarefa não muito difícil no Brasil, que já possui uma excelente reputação no campo da tecnologia bancária e eleitoral. Além do bemsucedido Imposto de Renda Pessoa Física via Internet, que, em menos de 10 anos, conquistou a quase totalidade dos contribuintes.. 4.1 Eclosão do SPED. Neste novo cenário de mudanças tecnológicas encontrar-se novos desafios e novas formas de relacionamento que afetam o comportamento humano e consequentemente todos os aspectos que envolvem o. 2. RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Coordenação-Geral de Previsão e Análise. Análise da Arrecadação das Receitas Federais – Dezembro de 2007. Brasília, jan 2008. Disponível em: <www.receita.fazenda.gov.br/publico/arre/ 2007/analisemensaldez07.pdf>..

(39) desenvolvimento de uma sociedade, inclusive a fiscalização. Duarte (2011, p.45) explica que há o segundo fator acelerador de mudanças, que nos impulsiona rumo à Era do Conhecimento, é o Big Brother Fiscal, termo utilizado por ele para denominar o conjunto de ações das autoridades fiscais brasileiras para obter informações sobre todas as operações empresariais em formato eletrônico. Ou seja, a vigilância em tempo real por parte do fisco. Em vista disso, a integração e compartilhamento de informações têm o objetivo de racionalizar e modernizar a administração tributária brasileira, reduzindo custos e entraves burocráticos, facilitando o cumprimento das obrigações tributárias e o pagamento de impostos e contribuições, além de fortalecer o controle e a fiscalização por meio de intercambio de informações entre as administrações tributarias. Como lembra Sá (2009) SPED é a informação contábil ao poder público: outro aspecto do progresso da tecnológica, ele completa a intervenção do governo sobre a informação nas empresas e instituições, que era moderada, agigantou-se com o uso dos recursos da informática. Diante da evolução tecnológica constante e o aumento do volume de operações pelas maiores empresas, a fiscalização, da mesma forma que as empresas, foram obrigadas a se modernizarem tecnologicamente, mas a modernização completa, contudo, não era possível pela falta de padronização das informações solicitadas, uma vez que as várias declarações eram solicitadas com linguagens diversas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal. Então para iniciar a padronização entre as várias esferas de governo, foi editada a Emenda Constitucional nº 42 de 19 de dezembro de 2003, introduzindo o Inciso XXII ao art. 37 à Constituição Federal de 1988, determinando que as administrações tributárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios devem atuar de forma integrada, compartilhando cadastros e informações fiscais. (AZEVEDO E MARIANO, 2009, p. 34) Segundo Duarte (2011, p.64) para atender ao dispositivo na lei foi realizado, em julho de 2004, em Salvador, o I Encontro Nacional de Administradores Tributários (ENAT), reunindo o Secretário da Receita.

(40) Federal, os Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, e o representante das Secretarias de Finanças dos Municípios das Capitais. No Encontro, foram aprovados dois Protocolos de Cooperação Técnica, um objetivando a construção de um cadastro sincronizado que atendesse aos interesses das administrações tributárias, e outro para viabilizar o desenvolvimento de métodos e instrumentos atendendo aos interesses das respectivas administrações tributárias. Em agosto de 2005, no evento do II ENAT - Encontro Nacional de Administradores Tributários, em São Paulo, o Secretário da Receita Federal, os Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, e os representantes das Secretarias de Finanças dos Municípios das Capitais, buscando dar efetividade aos trabalhos de intercâmbio entre os mesmos, assinaram os Protocolos de Cooperação nº 02 e nº 03, com o objetivo de desenvolver e implantar o Sistema Público de Escrituração Digital e a Nota Fiscal Eletrônica. O SPED, no âmbito da Receita Federal, faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira (PMATA) que consiste na implantação de novos processos apoiados por sistemas de informação integrados, tecnologia da informação e infraestrutura logística adequada. Dentre as medidas anunciadas pelo Governo Federal, em 22 de janeiro de 2007, para o Programa de Aceleração do Crescimento 20072010 (PAC) - programa de desenvolvimento que tem por objetivo promover a aceleração do crescimento econômico no país, o aumento de emprego e a melhoria das condições de vida da população brasileira consta, no tópico referente ao Aperfeiçoamento do Sistema Tributário, a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) no prazo de dois anos. Na mesma linha das ações constantes do PAC que se destinam a remover obstáculos administrativos e burocráticos ao crescimento econômico, pretende-se que o SPED possa proporcionar melhor ambiente de negócios para o País e a redução do Custo Brasil, promovendo a modernização dos processos de interação entre a administração pública e as empresas em geral, ao contrário do.

(41) pragmatismo pela busca de resultados, muito comum nos projetos que têm como finalidade apenas o incremento da arrecadação. Instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes. De modo geral, consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital. Segundo a Receita Federal: . Iniciou-se com três grandes projetos: Escrituração Contábil. Digital, Escrituração Fiscal Digital e a NF-e - Ambiente Nacional. Atualmente está em produção o projeto EFD-Contribuições. E em estudo: e-Lalur, EFD-Social e a Central de Balanços. . Representa uma iniciativa integrada das administrações. tributárias nas três esferas governamentais: federal, estadual e municipal. . Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos públicos,. conselho de classe, associações e entidades civis, na construção conjunta do projeto. . Firma Protocolos de Cooperação com 27 empresas do setor. privado, participantes do projeto-piloto, objetivando o desenvolvimento e o disciplinamento dos trabalhos conjuntos. . Possibilita, com as parcerias fisco-empresas, planejamento. e identificação de soluções antecipadas no cumprimento das obrigações acessórias,. em. face. às. exigências. a. serem. requeridas. pelas. administrações tributárias. . Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na. definição dos meios de atendimento às obrigações tributárias acessórias exigidas pela legislação tributária contribua para aprimorar esses mecanismos e confira a esses instrumentos maior grau de legitimidade social..

(42) . Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na. transparência mútua, com reflexos positivos para toda a sociedade. De acordo com a Receita Federal os objetivos do SPED são, entre outros: . Promover. a. integração. dos. fiscos,. mediante. a. padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais. . Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias. para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores. . Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários,. com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica. Enfim, o “Big Brother” conforme noticiado pelo jornal de O Estado de São Paulo, em 10 de fevereiro de 2006, em reportagem de Adriana Fernandes, o então Ministro da Fazenda, Antonio Palocci, apelidou de “big Brother” o supercomputador da Receita Federal que amplia a capacidade de cruzar dados com a utilização do “Harpia”, sistema de inteligência artificial desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Capaz de cruzar uma quantidade elevada de dados e fazer correlação entre eles, o programa teve como proposta inicial auxiliar os fiscais da Receita a serem mais precisos no combate à sonegação. Seu nome –por acaso – é uma referência à maior ave de rapina do mundo, também conhecida como gavião-real, cuja característica principal é a profundidade da visão oito vezes superior à do homem. Segundo o então secretário-adjunto da Receita Federal, Paulo Ricardo Cardoso, o primeiro módulo do “Harpia” a entrar em completo funcionamento em meados daquele mesmo ano seria voltado para a área de comércio exterior (importante e exportadores). Depois, seria a vez da malha fina do imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) receber um módulo de inteligência artificial. A ideia, desde o.

(43) início, era fazer o mesmo gradativamente com todas as áreas de fiscalização. Adquirindo em 2004 e instalado no SERPRO – empresa de processamento de dados do governo federal em São Paulo, o supercomputador da Receita foi inicialmente batizado de T-Rex (titanossauro rex), mas ganhou fama mesmo como “Big Brother”, apelido que ostenta até hoje.. 4.2 Uma visão dos projetos. O SPED apresenta a seguinte estrutura, onde podemos encontrar os projetos e os responsáveis pela sua coordenação. Segundo Azevedo e Mariano (2009, p. 46-47), porém deve ficar claro que cada projeto tem estrutura e andamento próprio, ocorrendo apenas a integração entre eles para não fugir da sua premissa principal, que é a integração das informações:.

(44) SPED (RECEITA FEDERAL). SPED Contábil. Receita Federal. SPED Fiscal (EFD). Receita Federal e Estados. Quadro 6 – Projeto SPED Fonte: Azevedo e Mariano ( 2009, p. 47).. Nota Fiscal eletrônica (NFe). Estados.

(45) 4.3 SPED Contábil. Visa a substituição da emissão de livros contábeis (diário e razão) em papel pela sua existência apenas digital. A Receita Federal implantou em 2009 (ano base 2008), A ECD (Escrituração Contábil Digital) para os contribuintes com acompanhamento diferenciado, nos termos da Portaria nº 11.211/2007. Legislação . Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007;. . Instrução Normatova nº 787/2007;. . Portaria nº 11.211/2007;. . Instrução Normativa DNRC nº 107/2008;. . Ato Declaratório Cofis nº 36/2007;. . Ato Declaratório Cofis nº 20/2009.. 4.4 Escrituração Fiscal Digital – EFD (SPED Fiscal). Visa a substituição da emissão de livros fiscais em papel pela sua existência apenas digital. A Receita Federal e as UFs implantaram a obrigatoriedade para alguns contribuintes a partir 2009 Segundo Duarte (2011, p.66) a Escrituração Fiscal Digital (EDF) é um arquivo digital, com validade jurídica, formando um conjunto de escriturações de documento fiscais e outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Receita Federal do Brasil, bem como registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. A EFD contém: I.. Livro Registro de Entradas. II.. Livro Registro de Saídas. III.. Livro Registro de Inventário. IV.. Livro Registro de Apuração do IPI. V.. Livro Registro de Apuração do ICMS.

Referências

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