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Academic year: 2021

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Perguntas como Intervenções:

Tipos e Sequências de Perguntas Reflexivas

Apresentação em São Paulo 2016

por Karl Tomm MD

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INTENÇÃO EXPLORATÓRIA INTENÇÃO FACILITADORA INTENÇÃO CORRETIVA INENÇÃO INVESTIGATIVA PERGUNTAS LINEARES PERGUNTAS ESTRATÉGICAS PERGUNTAS REFLEXIVAS PERGUNTAS CIRCULARES

(Efeito liberador no cliente) (Efeito generativo no cliente) (Efeito restritivo no cliente) (Efeito conservador no cliente)

(Efeito julgador no terapeuta)

(Efeito de aceitação no terapeuta) (Efeito criativo no terapeuta) (Efeito opositor no terapeuta)

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Perguntas Reflexivas

• Podem ser definidas como “perguntas feitas com a intenção de facilitar a auto-cura em um indivídulo ou

família, ativando reflexividade entre significados dentro de sistemas de crenças pré-existentes, que possibilitam aos membros da família gerarem ou generalizarem padrões construtivos de cognição e comportamento por eles

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Questionamento Reflexivo

• Um processo contínuo de fazer perguntas com a intenção de influenciar os clientes, convidando-os a gerar novas distinções e possibilidades que permitam/capacitem sua própria cura e bem-estar

• O foco está em abrir espaço para os clientes distinguirem novas possibilidades ou fazerem conexões heurísticas entre experiências relevantes, significados, comportamentos e eventos

• Postula-se que o mecanismo da mudança está relacionado ao conceito de reflexividade na teoria CMM, Coordinated management of meanings) manejo coordenado de

significados, por isso o nome “reflexivo” para caracterizar estas perguntas

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8 Tipos de Perguntas Reflexivas

• Perguntas Orientadas ao Futuro

• Perguntas da Perspectiva do Observador

• Perguntas de Mudança de Contexto Inesperado • Perguntas com Sugestão Embutida

• Perguntas de Comparação Normativa • Perguntas Esclarecedoras de Distinção • Perguntas Introdutórias de Hipóteses • Perguntas de Interrupção de Processo

• Nomear a pergunta simplesmente serve para refinar a intenção ao

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Categorias Adicionais de

Perguntas Reflexivas #1

• Perguntas de Aterramento

– O que realmente aconteceu que o/a levou àquela conclusão?

• Perguntas Externalizadoras

– Que diferença faria você pensar que ele/a estava sob a influência de um “hábito de preguiça”, ao invés de ser uma pessoa preguiçosa

• Perguntas Internalizadoras

– Quais das qualidades que outros apreciam em você, você gostaria de aceitar e entrar nelas mais plenamente?

• Perguntas Des-construtoras

– De onde vem esta idéia de que você é preguiçoso/a? Você mesmo criou isso, ou alguém disse algo a respeito?

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Categorias Adicionais de

Perguntas Reflexivas #2

• Perguntas de Re-construção

– Se você decidisse reconstruir sua reputação em prol da honestidade, como você poderia abordar isso?

• Perguntas de Agência

– Se você escolhesse sair do banco do passageiro e ir para o do condutor da sua vida, que passos você daria?

• Perguntas de Audiência

– Quem seria a pessoa com maior probabilidade de notar as

iniciativas construtivas que você tomou? Como elas se sentiriam a respeito destas? O que diriam?

• Perguntas de Deslumbramento

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Categorias Adicionais de

Perguntas Reflexivas #3

• Perguntas Motivadoras

– Quais as suas paixões/desejos mais fortes na vida? Como poderiam ser conectados àquilo que é sua maior questão/preocupação aqui?

• Perguntas sobre Responsabilidade

– Como você determina se está alcançando o que realmente quer? O que você faz quando vê que os efeitos de suas iniciativas não

coadunam com suas boas intenções?

• Perguntas sobre Padrões Interpessoais

– Quão consciente você é do padrão de interação de crítica convidar ao distanciamento e o distanciamento convidar a mais crítica?

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Categorias Adicionais de

Perguntas Reflexivas #4

• Perguntas de Re-emoção

– Se a sua raiva e ressentimento fossem emoções secundárias, quais seriam as emoções primárias subjacentes?

• Perguntas de Perseverança/Resistência (Endurance)

– Se fosse importante para você continuar com estes novos desenvolvimentos, que tipos de crenças idéias, hábitos e

relacionamentos você poderia abraçar, que apoiassem a continuação deles?

• Perguntas Auto-Reflexivas

– Fico me perguntando: por que você não faria o que a maioria das pessoas faz sob estas circunstâncias?

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Questionamento em Bifurcação

• Um tipo de questionamento reflexivo que se presta especialmente bem para ter efeitos empoderadores com respeito à experiência de agência pessoal do cliente

• As perguntas podem ser usadas como um meio de co-construir maior percepção consciente sobre as alternativas e sobre si mesmo como um agente ativo a fazer escolhas dentre elas.

• O termo “bifurcação” se refere a uma estrutura ramificada da pergunta, incluindo duas (ou mais) opções dentro da pergunta

• A pergunta pode ser colocada em diferentes períodos de tempo, i.e. – Escolhas alternativas passadas

– Opções alternativas presentes

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DIREÇÕES DO PROBLEMA

PERGUNTAS EM BIFURCAÇÃO

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PERGUNTAS ORIENTADAS AO PROBLEMA

Falhas passadas fraquezas presentes limitações futuras

__________________________________________________________________

Sucessos passados recursos presentes possibilidades futuras

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PERGUNTAS EM BIFURCAÇÃO

falhas passadas passividade presente limitações futuras

pontos de escolhas estilos de vida

mutação presentes alternativos

passados

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Exemplos de Perguntas em Bifurcação

• Passado: “O que lhe possibilitou afastar-se da discussão

ontém à noite, ao invés de escalonar quando ela começou a culpar você?”

• Presente: “Como você sabe quando sua raiva é uma

amiga ao ajudá-lo a fazer com que os outros se

responsabilizem por práticas injustas, e quando é um inimigo que cria mais conflito e mina seus

relacionamentos?”

• Futuro: “Se você quisesse desenvolver uma reputação de

maior honestidade e cometesse um erro, seria melhor confirmar isso abertamente ou manter em sigilo?”

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Sequenciamento de Perguntas Reflexivas para

Co-construir Fenômenos mais Complexos

• Co-construindo esperança

• Co-construindo responsabilidade

• Criando condições para aceitação de uma

madrasta/padrasto pela criança

• Desconstruindo vergonha e culpa

• Abrindo espaço para pedido de desculpas, perdão

e reconciliação

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Co-Construindo Esperança

• Uma Definição Operacional de Esperança:

– “Vivendo um futuro preferido no presente”

• Sequenciamento de Perguntas Reflexivas (dois passos distintos)

– A. Trazer à tona preferências (interesses, desejos e/ou paixões)

– B. Abrir espaço para possibilidades futuras a fim de realizar aquelas preferências de alguma maneira

• Possíveis Complicações

– Fomentar esperanças não realistas

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Perguntas para Co-Construir Esperança #1

A. Trazendo à tona interesses, desejos e/ou paixões

1. De que tipos de atividades você gosta? .. Que questões lhe interessam? …Se pudesse ter qualquer coisa que seu coração desejasse, o que seria?

2. Que momentos de felicidade ou alegria você teve em sua vida que se sobressaem como especiais em suas lembranças? … Onde você estava?.. O que estava fazendo nestes momentos especiais? .. Quem estava com você?.. O que essas pessoas estavam fazendo?

3. Quais tipos de atividades ou envolvimentos no passado você achava mais estimulantes e prazerosos? … Quando e onde ocorreram?

4. Que tipos de sentimentos surgem em você quando se recorda destes eventos? … Sente-se grato por ter tido estas experiências?

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Perguntas para Co-Construir Esperança #2

B. Trazendo à tona possibilidades futuras

1. Quais destes tipos de experiências você teria mais interesse em ter novamente de uma forma ou outra?

2. Sob quais circunstâncias você imagina que algo similar pudesse ocorrer no futuro? Quem você gostaria de ver envolvido?

3. Que ajustes poderiam criar as melhores condições para o desdobramento de um resultado preferido? Que preparações poderiam possibilitar tal acontecimento?

4. Como você poderia preparer-se da melhor maneira para uma tal possibilidade? …Em que estado de espírito você precisaria estar?

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Co-Construindo

Responsabilidade

• Uma Definição Operacional de Responsabilidade

– “Vivendo consistentemente com uma consciência de se gostar ou desgostar das consequências das próprias

ações”

• Foco em múltiplos níveis de percepção consciente – Consciência das próprias ações

– Consciência das consequências ou efeitos das próprias ações

– Consciência dos sentimentos sobre tais consequências – Consciência de viver consistentemente com tais

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4 passos na Co-Construção de

Responsabilidade

• Perguntas buscando intenções positivas por trás de ações passadas específicas que estão em questão

• Perguntas abrindo espaço para uma percepção consciente de uma diferença entre efeitos intencionados e efeitos reais das ações realizadas

• Perguntas trazendo à tona uma percepção consciente dos próprios sentimentos sobre os efeitos reais

• Perguntas convidando à reflexão sobre ações alternativas possíveis para realizar as próprias boas intenções

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Amostra de Perguntas para Co-Construir

Responsabilidade

A. Busca por intenções positivas

1. Você precisa ter alguma boa razão para tomar aquele curso de ação

(presuma intenção positiva) …Se você pensar a respeito, qual foi seu desejo básico?

2. Que resultado você esperava na situação? … Que efeito você

intencionava obter quando fez o que fez? (esclareça efeitos intencionados)

B. Introduzir uma separação entre efeitos intencionados e efeitos reais

1. Você pode imaginar que poderia existir uma diferença entre os efeitos intencionados e os efeitos reais de sua ação? (orientar em direção a notar diferenças entre intenção e efeito)

2. O que você a escuta dizer sobre os efeitos que isso realmente teve nela, nesta ocasião em particular? (convide percepção consciente e constatação de efeitos reais)

3. Você concordaria em afirmar que isso definitivamente não era o que você intencionou? (ressalte a contradição)

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Amostra de Perguntas para Co-Construir

Responsabilidade #2

C. Trazer à tona percepção consciente dos próprios sentimentos sobre os efeitos reais

1. Que tipo de sentimentos surgem em você quando se dá conta de que você pode ter alguns efeitos que não intencionou?(convide reflexão sobre o

próprio desconforto)

2. É razoável sentir-se bem sobre a própria intenção, e ainda assim sentir-se mal sobre o efeito em si próprio? (abrir espaço para salvar as aparências) 3. De que maneira sentir-se mal sobre o real resultado pode lhe ser útil?

D. Convidar à reflexão sobre ações alternativas

1. Se pudesse saber antecipadamente qual seria o real efeito, você teria escolhido alguma outra ação? … Que ações alternativas poderiam ser mais prováveis de terem o efeito desejado? (redirecionar ações futuras)

2. Se você fosse incapaz de pensar em outras coisas que poderia ter feito, quem seria uma pessoa útil para perguntar (orientar em direção a recursos externos)

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Passos para Co-Construir Condições para melhorar a

Aceitação de um Padrasto/Madrasta por um Enteado/a

A. Perguntas que trazem à tona uma percepção consciente de vinculações diferenciais entre a criança e o padrasto vs a criança e pai natural (biológico)

B. Perguntas que trazem à tona uma percepção consciente dos efeitos da qualidade e força do relacionamento entre enteado e padrasto (step relationship) no casamento

(para mobilizar motivação)

C. Perguntas que co-constroem um meio para promover crescimento no relacionamento entre enteado e padrasto (step relationship) e diminuem o desequilíbrio parental nas vinculações com a criança

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Amostra de Perguntas para Co-Construir Condições

para Aceitação de um Padrasto/Madrasta por um

Enteado/a #1

A. Trazem à tona uma percepção consciente de vinculações diferenciais entre a criança e o padrasto vs a criança e o pai natural (biológico)

1. Quanto de relacionamento já se desenvolveu entre a criança e o

padrasto? Este relacionametno é predominantemente positivo ou negativo? Está crescendo ou diminuendo?

2. Dado o histórico de seus relacionamentos com as crianças, a quem você acha que estão mais vinculadas? Você imagina que o relacionamento com o padrasto algum dia será tão forte quanto o relacionamento com o pai natural?

3. Já ouviu o ditado: “ Sangue corre mais espessamente do que água”? O que significaria este provérbio se fosse aplicado à sua situação familiar? 4. Se por alguma razão inesperada, seu novo casamento não funcionasse e ocorresse uma separação, com quem iriam as crianças?

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Amostra de Perguntas para Co-Construir Condições

para Aceitação de um Padrasto/Madrasta por um

Enteado/a #2

B. Trazem à tona uma percepção consciente dos efeitos da qualidade e força do relacionamento entre enteado e padrasto (step relationship) no

casamento

1. Que efeitos um relacionamento predominantemente positivo entre a criança e o padrasto têm no novo casamento?

2. Que efeitos um relacionamento predominantemente negativo entre a criança e o padrasto têm no novo casamento?

3. Que efeitos uma diminuição na diferença da conexão parental com as crianças têm no casamento? Uma redução gradual nesta diferença teria maior probabilidade de apoiar ou de minar a estabilidade futura do casamento?

4. Que efeitos um aumento na diferença da quantidade de conexão parental com as crianças teria no casamento?

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Amostra de Perguntas para Co-Construir Condições

para Aceitação de um Padrasto/Madrasta por um

Enteado/a #3

C. Co-construir um meio de promover crescimento no relacionamento entre enteado e padrasto (step relationship) e diminuir o desequilíbrio parental na vinculação com a criança

1. Como uma conexão mais forte e profunda poderia ser construída entre as

crianças e o padrasto? … Um acúmulo de memórias de experiências estimulantes e gratificantes no relacionamento entre as crianças e o padrasto ajudaria?... Que tipos de eventos e atividades já criaram sentmentos positivos no relacionamento entre as crianças e o padrasto? … Que atividades adicionais ou eventos poderiam promover um contexto para a geração de mais experiências positivas?... Quem tem mais interesse em ver isto acontecer?

2. Se uma disciplina rígida parecesse indicada para algum mau comportamento de uma criança, qual relacionamento seria mais vulnerável de ser danificado: pai-criança ou mãe-pai-criança?... Se um dos pais fosse errar, no sentido de aplicar uma disciplina pesada, qual dos pais seria, se a direção preferida da mudança no

diferencial fosse mantida? …Que efeitos no relacionamento pai-criança poderiam surgir a partir de uma regra geral, de que qualquer “má notícia” é anunciada à criança pelo pai natural, e qualquer “boa notícia” pelo padrasto?

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Referências

– Pearce, B. & Cronen, V., Communication, Action and Meaning:

The creation of social realities. New York: Praeger, 1980.

– Tomm, K., "Interventive Interviewing: Part II. Reflexive Questioning as a Means to Enable Self Healing," Family Process, 26: 153-183, 1987.

www.familytherapy.org

Referências

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