• Nenhum resultado encontrado

JAROSESKI_Estudo de atropelamentos de animais silvestres na BR 163 – Lucas do Rio Verde - MT à Sinop – MT

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "JAROSESKI_Estudo de atropelamentos de animais silvestres na BR 163 – Lucas do Rio Verde - MT à Sinop – MT"

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANA PAULA JAROSESKI

ESTUDO DE ATROPELAMENTOS DE ANIMAIS SILVESTRES NA BR

163 – LUCAS DO RIO VERDE – MT À SINOP – MT

SINOP - MT

2017/2

(2)

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANA PAULA JAROSESKI

ESTUDO DE ATROPELAMENTOS DE ANIMAIS SILVESTRES NA BR

163 – LUCAS DO RIO VERDE – MT À SINOP – MT

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof. Orientador: Me. Arnaldo Taveira Chioveto

SINOP - MT

2017/2

(3)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Construção da BR-163 nas proximidades da Serra do Cachimbo, na divisa

entre Mato Grosso e o Pará...9

Figura 2 – BR-163 no Estado do Mato Grosso...10

Figura 3 – Tamanduá morto em rodovia federal...11

Figura 4 – Highway A50, Holanda...14

Figura 5 – Christmas Island National Park, Austrália...15

Figura 6 – Avenida Isaura Roque Quércia, Brasil...16

Figura 7 - Trecho de estudo: Sinop à Lucas do Rio Verde – MT. BR-163...18

(4)

LISTA DE ABREVIATURAS

PP – Projeto de Pesquisa

BEC – Batalhão de Engenharia de Construção Conab – Companhia Nacional de Abastecimento

Indea – Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso UFLA – Universidade Federal de Lavras – MG

APP’s – Áreas de Preservação Permanente

CBEE – Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(5)

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Estudo de Atropelamentos de Animais Silvestres na BR 163

Lucas do Rio Verde – MT à Sinop – MT.

2. Tema: Rodovias; Projeto e Construção. 3. Delimitação do Tema: Ecologia de Estradas 4. Proponente(s): Ana Paula Jaroseski

5. Orientador(a): Prof. Me. Arnaldo Taveira Chioveto

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado do Mato Grosso 7. Público Alvo: Usuários e concessionárias de rodovias

8. Localização: BR 163, no estado do Mato Grosso. 9. Duração: Três (3) meses.

(6)

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ... I LISTA DE ABREVIATURAS ... II DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... III

1 INTRODUÇÃO ... 5 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 6 3 JUSTIFICATIVA... 7 4 OBJETIVOS ... 8 4.1 OBJETIVO GERAL ... 8 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 8 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 9

5.1 IMPLANTAÇÃO DA RODOVIA BR 163 EM MATO GROSSO ... 9

5.2 MOTIVAÇÕES DOS ACIDENTES ... 11

5.2.1 MOTIVAÇÃO 01 – OBTENÇÃO DE ALIMENTO ... 12

5.2.2 MOTIVAÇÃO 02 – ATRATIVOS TÉRMICOS ... 13

5.2.3 MOTIVAÇÃO 03 – ATRATIVOS LUMINOSOS ... 13

5.3 MEDIDAS MITIGADORAS PELO MUNDO ... 14

5.3 MEDIDAS MITIGADORAS NO BRASIL ... 16

5.3.1 NORMAS E LEIS ... 17

6 METODOLOGIA ... 18

7 CRONOGRAMA ... 20

(7)

1 INTRODUÇÃO

O Estado de Mato Grosso é considerado um dos maiores produtores de grãos do país e está no meio de uma influente rota para escoamento de produtos até os portos nacionais. Nele, se destaca a BR 163, uma rodovia federal de aproximadamente 3470 km, e que corta seis Estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará) (Porto Gente, 2016).

De acordo com o Portal G1, 2016, a rodovia BR 163 atravessa todo o Estado matogrossensse, sua implantação iniciou-se na década de 1970 e sua abertura trouxe grandes impactos ambientais ao longo do seu trecho: impactos químicos, físicos e biológicos.

Sucintamente, os veículos são emissores de gases poluentes, e em alguns casos de acidentes podem vir a liberar mais substâncias químicas (combustíveis e cargas tóxicas). Com isso, essas substâncias podem ser levadas aos rios e/ou absorvidos pelo solo às margens da rodovia, causando um impacto ambiental químico considerável (Portal CBEE, 2015).

Sobre impactos físicos, deve atentar-se ainda na fase de planejamento e execução das obras, pois com a retirada de vegetação, podem ocorrer deslizamentos e erosão, visto que a rodovia é praticamente impermeável à absorção das águas pluviais. Com isso, muitas vezes alteram-se os cursos dos rios que cortam a rodovia alterando a hidrologia do local (Portal CBEE, 2015).

Sob o olhar do impacto ambiental biológico causado desde a implantação da rodovia, observa-se que a estrada afeta diretamente todos os organismos e ecossistemas nos quais atravessa, trazendo alterações e consequências à fauna e flora em torno de sua faixa de domínio (Portal CBEE, 2015).

Este projeto de pesquisa irá abordar as consequências trazidas à fauna, como as possíveis causas de mortes de animais silvestres por atropelamento nas rodovias.

(8)

2 PROBLEMATIZAÇÃO

O termo Ecologia de Estradas é um ramo relativamente novo na Ecologia, e principalmente no Brasil. Ele visa buscar entender a influência que o tráfego e as estruturas rodoviárias e ferroviárias têm em relação à processos ecológicos (organismos e ecossistemas – fauna e flora) (Fauna News, 2014). “No caso da fauna, o efeito mais facilmente observado das estradas é a morte do animal devido à colisão com veículos”. (Laurance et al., 2009; Benítez-López et al., 2010; Rosa; Van der Ree et al., 2011; Bager, 2013).

Além da morte por atropelamento, outra característica que tem afetado a fauna selvagem é a “evitação”, pois algumas espécies procuram se afastar da rodovia devido ao movimento, ao ruído e à vibração do solo, impedindo, muitas vezes a travessia ao outro lado da rodovia, isolando a população de tal espécie. “Esse isolamento reduz o fluxo gênico e pode levar à redução da diversidade genética..” (LANDE, 1993; HANSKI, 1998)

De acordo com o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas – CBEE, algumas espécies, porém, não se sentem afugentadas pelo ruído ou movimento na estrada, e muitas vezes são atraídas pela mesma devido ao calor que ela libera durante o período da noite (no caso de répteis), faróis dos veículos e até mesmo alimentos que ficam à beira da rodovia (derramados em transporte ou arremessados por usuários).

Quando não há ninguém para recolher esses animais mortos (no caso de rodovias não concessionadas), há o aparecimento de animais necrófagos (urubus, cachorros-do-mato e gaviões), que por vezes, são atropelados por conta de seus hábitos alimentares, e podem vir a causar acidentes de diversas gravidades.

Pode a incidência das mortes e acidentes que relacionam animais e veículos serem originadas por falta de travessias para a fauna?

(9)

3 JUSTIFICATIVA

O que impulsionou a realização deste projeto de pesquisa foi entender que ao construir uma rodovia, não se deve levar em consideração apenas o conforto e segurança do usuário, pois às margens da rodovia existe todo um ecossistema e isso afeta diretamente toda a fauna selvagem.

De acordo com uma pesquisa do CBEE – Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas – o atropelamento é a principal causa de morte de animais selvagens no Brasil.

Os acidentes que envolvem animais muitas vezes também podem ceifar a vida do usuário em uma rodovia, dependendo do tamanho do animal e gravidade do acidente.

Em muitos países desenvolvidos já são tomadas medidas preventivas contra esse tipo de acidentes há mais de 50 anos, porém no Brasil o assunto é relativamente novo e ainda necessita de muita discussão.

(10)

4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Levantar dados referentes à morte de animais silvestres ao longo da rodovia BR 163, mais especificamente no trecho que liga os municípios de Lucas do Rio Verde – MT à Sinop – MT.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Quantificar os atropelamentos de animais, e avaliar a gravidade do acidente (morte ou ferimento do animal e usuário);

 Identificar os pontos espaciais de maior incidência de acidentes;

 Identificar as maiores taxas de ocorrência de acordo com o período do ano;  Encontrar os possíveis fatores que influenciam tais valores;

 Analisar o cruzamento dos dados obtidos;

 Idealizar propostas com a solução mais viável encontrada a partir de tais análises.

(11)

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 IMPLANTAÇÃO DA RODOVIA BR 163 EM MATO GROSSO

Ao início dos anos 1970, foi instituído pelo Plano de Integração Nacional do Governo Militar que se abrisse uma estrada nas áreas Oeste do Brasil para que outros países não a ocupassem. O lema na época era: “Integrar para não entregar”.

Frente a isso, o 3º Batalhão Rodoviário, de Carazinho (RS) transformou-se em 9º Batalhão de Engenharia de Construção (9º BEC), que se instalou em Cuiabá. As obras deram início em 1971, com equipes de militares e civis contratados pelo 9º BEC sob o comando do Coronel José Meirelles e que seguiriam rumo ao Pará.

Em rumo oposto, o 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8º BEC), instalou-se em Santarém (PA), e abriu os caminhos da rodovia rumo a Mato Grosso (Portal G1, 2016).

Figura 1 - Construção da BR-163 nas proximidades da Serra do Cachimbo, na divisa entre Mato Grosso e o Pará

(12)

Em 20 de outubro de 1976 foi realizada a entrega da obra pelo então presidente em exercício, Ernesto Geisel. Com isso, o Governo Federal começou estimular o povoamento das áreas do estado próximas à rodovia, por meio da compra de lotes que posteriormente se transformaram em propriedades rurais (Portal G1, 2016).

“De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Mato Grosso é o estado brasileiro que mais produz soja, com 26 milhões de toneladas, em 2015. Além disso, o estado tem o maior rebanho bovino de corte do país, com 29 milhões de cabeças, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea).” (G1 MT, 2016)

Figura 2 – BR-163 no Estado do Mato Grosso

Fonte: Wikipedia.

Segundo a Concessionária Rota do Oeste, que administra a rodovia atualmente, do trecho de mais de 850 km que vai de Itiquira – MT até Sinop – MT, a BR-163 se encontra com 100% da rodovia pavimentada em terras mato-grossenses.

(13)

5.2 MOTIVAÇÕES DOS ACIDENTES

Figura 3 – Tamanduá morto em rodovia federal.

A Universidade Federal de Lavras – UFLA – MG desenvolveu um estudo onde se estima que cerca de 475 milhões de animais morram em decorrência de atropelamentos no país.

“... Nossa estimativa se baseou em 14 artigos científicos, que a gente conseguiu estabelecer taxas de atropelamentos, e com base nisso a gente extrapolou essas taxas pra toda a malha viária brasileira. Obviamente considerando que existem diferenças de atropelamentos em rodovias federais asfaltadas e numa estrada de terra, isso tudo foi levado em conta. Cerca de 90% dos animais atropelados devem ser pequenos vertebrados, como pequenos sapos, pequenas cobras, pequenas aves, e é por isso que a gente não percebe esse número tão grande”, explica o pesquisador da UFLA, Alex Bager, 2015.

O estudo ainda alerta que esse número pode ser ainda maior, e enfatiza a necessidade da implantação de travessias, que além de proteger os animais, também evitariam os acidentes com os usuários da rodovia.

(14)

De acordo com o Portal do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, existem várias causas que justificam a travessia ou permanência do animal na pista, podem-se dividir essas causas em: - obtenção de alimento; - atrativos térmicos; e atrativos luminosos.

5.2.1 MOTIVAÇÃO 01 – OBTENÇÃO DE ALIMENTO

Alguns animais vivem em áreas chamadas de “manchas verdes” ou “áreas verdes”, que nada mais são do que porções de mata em meio à alguma alteração humana, como lavouras ou até mesmo cidades. Essas áreas desempenham função ecológica, funcional e ambiental.

Por estarem próximas a esses meios, muitas vezes os animais buscam por alimentos perto da rodovia. No caso de Mato Grosso, há uma grande concentração de lavouras por toda a extensão do estado, e todas elas obrigatoriamente tem de deixar uma parcela de área para as chamadas APP’s – Áreas de Preservação Permanente. (Portal CBEE, 2015)

5.2.1.1 Obtenção de alimentos derramados em transporte

Por ser uma rodovia de grande fluxo de veículos pesados, a BR 163 torna-se uma grande via de conexão até os grandes portos nacionais (Como o de Santarém – PA e Paranaguá – PR). A maioria dos produtos transportados que passam pela rodovia é de grãos e oleaginosas, como soja e milho, e uma pequena parcela dessas cargas acidentalmente é derramada às margens da rodovia, fazendo com que alguns animais subam, atravessem ou aproximem-se da rodovia para conseguir alimentar-se, e como consequências às vezes são vitimas de atropelamento. (Portal CBEE, 2015)

5.2.1.2 Obtenção de alimento arremessado às margens da pista

Muitos usuários acabam arremessando restos ou até mesmo alimentos inteiros ao longo da rodovia, e como consequência esses alimentos viram atrativos para os animais, que podem permanecer na rodovia e causar um acidente. (Portal CBEE, 2015)

(15)

5.2.2 MOTIVAÇÃO 02 – ATRATIVOS TÉRMICOS

Animais ectotérmicos, ou seja, àqueles que possuem “sangue frio”, como répteis e anfíbios tem a necessidade de controlar o nível de seu calor corporal, uma vez que não conseguem manter a temperatura do corpo estável. Para esse grupo de animais, a rodovia torna-se um ótimo meio de conseguir calor, principalmente no período noturno.

O problema: animais como esses, geralmente são pequenos vertebrados, e podem passar despercebidos pelos veículos, que acabam os atropelando.

Essa é uma das maiores causas de atropelamento de anfíbios, que estão em primeiro lugar nas espécies que mais sofrem atropelamentos. (Portal CBEE, 2015)

5.2.3 MOTIVAÇÃO 03 – ATRATIVOS LUMINOSOS

De acordo com o Observatório Nacional e Segurança Viária (2017), algumas espécies de animais, como alguns mamíferos, tem tendência de permanecerem na pista ao verem os faróis dos veículos.

Esse tipo de animal (mamíferos e grandes roedores na maioria das vezes) pode ter reações imprevisíveis ao se deparar com faróis. A reação dos motoristas na maior parte dos casos é de buzinar e ligar farol alto, sendo que essas são as piores atitudes a se tomar, pois o animal pode assustar-se e vir pra cima do veículo. Quando o motorista trafega em alta velocidade, às vezes não consegue desviar, é onde acontecem as colisões.

(16)

5.3 MEDIDAS MITIGADORAS PELO MUNDO

Figura 4 - Highway A50, Holanda.

Nos países mais desenvolvidos, algumas medidas mitigadoras já estão sendo implantadas há vários anos para contribuir com a preservação e em alguns casos até regeneração de espécies selvagens ameaçadas.

Algumas medidas que foram tomadas foi a construção de pontes para a travessia dos animais e corredores subterrâneos (uma espécie de túnel). Essas construções são chamadas pelos especialistas de ecodutos, e são montadas com vegetação de forma que se faça uma conexão com o habitat natural dos animais que ali passarão. Através dessas passagens, não só os animais podem atravessar com segurança, mas também os usuários da via, que evitam colisões.

A Holanda é líder na construção deste tipo de passagens pelo mundo, tendo em torno de 600 delas espalhadas pelo país.

(17)

Na Austrália, na Ilha Christmas, nos períodos de novembro a dezembro, os caranguejos vermelhos saem das florestas tropicais rumo ao mar em busca de reprodução. Porém, os moradores perceberam que muitos desses animais estavam morrendo devido ao atropelamento, visto que esses animais tinham que atravessar uma rodovia muito movimentada. Então, construíram cercas, túneis e passagens aéreas para ajudar os caranguejos vermelhos atravessarem a rodovia com segurança e garantirem sua reprodução.

Figura 5 - Christmas Island National Park, Austrália.

(18)

5.3 MEDIDAS MITIGADORAS NO BRASIL

Figura 6 - Avenida Isaura Roque Quércia ( Nova Mackenzie), distrito de Sousas, Campinas - SP.

Fonte: Entreverdes

No Brasil, o conceito de Ecologia Rodoviária ainda é pouco difundido, e aos poucos está ganhando importância e sendo discutido nas construções viárias, Porém, de acordo com Áureo Banhos, professor do departamento de biologia da Universidade Federal do Espírito Santo, o Brasil ainda precisa se desenvolver muito em relação à medidas de mitigação: "Construir estradas é abrir uma caixa de Pandora de problemas ambientais, e ainda estamos na pré-história da mitigação de impactos”.(Portal BBC Brasil, 2015)

As rodovias brasileiras foram, em sua grande maioria, construídas há muitos anos atrás, e naquela época não existia essa preocupação ambiental. Na medida em que os fluxos dessas rodovias foram aumentando, o número de acidentes com animais aumentou na mesma proporção.

Hoje, muitas rodovias já são administradas por concessionárias, e em alguns casos, são construídas passagens para a travessia de animais silvestres, como é o caso da Figura 6 acima, em Campinas, no estado de São Paulo, a Concessionária construiu uma passagem subterrânea para que os animais trafeguem sem riscos.

(19)

Na Universidade Federal de Lavras – MG existe um centro de pesquisas especializadas em morte de animais em rodovias de todo o país, o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas – CBEE. “Esse centro tem lançado várias bases de dados e ações que visam fortalecer a conservação da biodiversidade brasileira e reduzir os impactos ambientais da presença de infraestrutura viária (rodovias e ferrovias)” (Portal CBEE, 2017).

Além da construção desses meios para passagens de fauna, se fazem necessários outros recursos para reduzir esse número exorbitante de atropelamentos, como placas de sinalização, radares e redutores de velocidade, além de campanhas para os usuários da via. Porém, todos esses recursos ainda não são suficientes para sanar o problema, como alerta Ana Elisa Bacellar Schittini, coordenadora de apoio à pesquisa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio: “O mais importante é monitorar constantemente a eficiência dessas ferramentas com câmeras e reposicioná-las, se for o caso, sempre que necessário”. (Jusbrasil, 2014)

5.3.1 NORMAS E LEIS

Michelle Horovits, da assessoria de comunicação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), diz que as rodovias existentes estão passando por um processo de regularização ambiental. (Revista Entre Vias, 2014. p.22)

A Portaria 420/2011 do Ministério do Meio Ambiente dispõe sobre procedimentos a serem aplicados pelo instituto na regularização e no licenciamento ambiental das rodovias federais.

O documento determina que o IBAMA realize relatórios de controle ambiental, levando em consideração as peculiaridades de cada rodovia, observado às interações entre os meios biótico, físico e socioeconômico, compostos por um diagnóstico ambiental e programas de monitoramento de fauna, mitigação dos passivos ambientais, gerenciamento de riscos e planos de ação de emergência, educação e gestão ambiental. (Revista Entre Vias, 2014, p.22)

(20)

6 METODOLOGIA

Será elaborado um levantamento de dados fornecidos pela Rota do Oeste sobre determinado trecho da BR 163, mais especificamente o trecho que liga os municípios de Lucas do Rio Verde – MT à Sinop – MT.

Figura 7 - Trecho de estudo: Sinop à Lucas do Rio Verde – MT. BR-163.

Fonte: Google Maps, 2018.

Neste levantamento, o objeto principal de estudo serão as mortes por atropelamento dos animais selvagens ao longo do trecho. Observar-se-ão os pontos mais críticos de ocorrências, e serão analisados para averiguar se a presença de lavouras, rios e áreas verdes têm relação com os acidentes.

Outro tópico a ser analisado é o período do ano em que as ocorrências aconteceram, visto que os animais em sua maior parte são herbívoros, e podem ter grãos e oleaginosas como soja e milho como parte de sua alimentação, como existem muitas plantações desses grãos ao longo do trecho observado, analisar-se-á se o número de ocorrências aumenta no chamado “período de safra”.

(21)

A partir do cruzamento dos dados obtidos, serão analisados para entender a motivação dos acidentes ocorridos.

Sucintamente, na Figura 8 é apresentado o processo deste PP por meio de um fluxograma.

Figura 8 - Fluxograma do Processo do PP.

(22)

7 CRONOGRAMA

ATIVIDADES

OUT NOV DEZ JAN

Escolha do tema e do orientador

Encontros com o orientador Pesquisa bibliográfica preliminar Leituras e elaboração de resumos Elaboração do projeto Entrega do projeto de pesquisa Revisão bibliográfica complementar Coleta de dados complementares Redação da monografia Revisão e entrega oficial do trabalho

Apresentação do trabalho em banca

(23)

8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Agência de Notícias de Direitos Animais - ANDA, 2014. Disponível em:

<https://anda.jusbrasil.com.br/noticias/185434731/passagens-ajudam-animais-a-atravessar-rodovias-sem-risco-de-atropelamento>. Acesso em 06 dezembro 2017.

BENÍTEZ-LÓPEZ, A.; ALKEMADE, R.; VERWEIJ, P. A. The impacts of roads

and other infrastructure on mammal and bird populations: A meta-analysis. Biological

Conservation, ed.143, p.1307-1316, 2010.

Concessionária Rota do Oeste, 2014. Disponível em: <http://www.rotadooeste.com.br/pt-br/rodovia/mapa-da-rodovia>. Acesso em: 13 dezembro 2017.

DORNAS, R. A. P.;KINDEL, A.;BAGER, A.; FREITAS, S. R., Avaliação da

mortalidade de vertebrados em rodovias no Brasil. In: Bager, A. (Ed.). Ecologia de

Estradas: tendências e pesquisas. Lavras: Ed. UFLA, p. 139-152, 2012

Fauna News, 2014. Disponível em:

http://www.faunanews.com.br/p/fauna-e-estradas/ecologia-de-estradas/>. Acesso em: 04 dezembro 2017.

G1 MT, 21 outubro 2016 16h11 - Atualizado em 24 outubro 2016 11h58.

Disponível em: <http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2016/10/principal-de-escoamento-de-mt-br-163-completa-40-anos.html>. Acesso em: 19 dezembro 2017.

G1 Sul de Minas, 08 maio 2016 09h00 - Atualizado em 08 maio 2016 15h09.

Disponível em:

<http://g1.globo.com/mg/sul-de- minas/noticia/2016/05/atropelamentos-matam-475-milhoes-de-animais-por-ano-no-pais-diz-ufla.html>. Acesso em: 25 novembro 2017.

GUIMARÃES, T. BBC Brasil, 2 outubro 2015. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/150924_atropelamentos_fauna_tg >. Acesso em: 05 dezembro 2017.

HANSKI, I. Metapopulation dynamics. Nature, ed.396, p.41-49, 1998.

HOROVITS, M. Revista Entre Vias, ano XI, ed. 121; p.22. Abril 2014. Disponível

em:

<http://www.revistaentrevias.com.br/upload_arquivos/revistas/9/EntreVias_ED121.pd f>. Acesso em: 06 dezembro 2017.

Nômades Digitais, 04 Abril 2016 – Disponível

em:<http://comurb.com.br/as-passagens-de-fauna-pelo-mundo-e-o-exemplo-de-campinas/>. Acesso em 07 dezembro 2017.

Observatório Nacional de Segurança Viária, 20 outubro 2017. Disponível

em:<http://www.onsv.org.br/saiba-o-que-fazer-quando-encontrar-animais-na-pista/>. Acesso em 12 dezembro 2017.

(24)

OLIVEIRA, A.P. Disponível em: <https://amar-a-natureza.blogspot.com.br/2014/10/migracao-de-carangueijos-ilha-christmas.html>. Acesso em 05 dezembro 2017.

Portal do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia em Estradas (CBEE),

30 agosto 2017; Disponível em: <http://cbee.ufla.br/portal/index.php>. Acesso em: 28 novembro 2017.

Porto Gente, 01 jan 2016; Rodovia BR-163. Disponível em: <https://portogente.com.br/portopedia/80310-rodovia-br-163>. Acesso em 02 dezembro 2017.

Redação Hypeness, As pontes verdes pelo mundo que permitem que os

animais atravessem estradas com segurança. Disponível em:

<http://www.hypeness.com.br/2014/06/ecodutos-permitem-que-animais-vivam-livremente-e-com-seguranca-proximos-a-estradas/>. Acesso em: 03 dezembro 2017.

ROSA, C. A.; BAGER, A. Review of the factors underlying the mechanisms and

effects of roads on vertebrates. Oecologia Australis, ed.17(1), p.6-19, 2013.

SARAGIOTTO, D., 04 maio 2015 14h23 - Atualizado em 04 maio 2015 14h25.

Disponível em: <

http://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2015/05/passagens-ajudam-animais-atravessar-pistas-sem-risco-de-acidente.html>. Acesso em: 07 dezembro 2017.

Referências

Documentos relacionados

AGRESIVO SISPASS 2.6 MT/A 000660 - Anilton Aparecido Marcondes de Souza LUCAS DO RIO VERDE-MT.

Fazendo um comparativo entre os resultados apresentados nesses trabalhos com os resultados do presente trabalho, pode-se concluir que para as cargas de baixa potˆencia analisadas

Mineração de conhecimento interativa em níveis diferentes de abstração: Como é  difícil  prever  o  que  exatamente  pode  ser  descoberto  de  um  banco 

Em números absolutos, os resultados mostraram que as regiões médio-norte e nordeste apresentaram a maior amostragem de produtores rurais que expandiram a sua área agrícola através

em Hobbes a distinção entre Estado (o soberano) e sociedade, afirma- da por Hinsley como indispensável para que se possa falar de sobe- rania, tal como a paralela necessidade de

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar as características de madeira do híbrido Euca/ytpus grandis x Euca/ytpus urophylla e da celulose entre o primeiro ano até o sétimo ano

Neste trabalho apresentamos os resultados preliminares de um levantamento bioespeleológico, realizado nas cavidades naturais do carste associado à Província Serrana (ALMEIDA, 1964),

implantação do controle interno, comparando com o exercício de 2010/2011 implementação do almoxarifado de medicamento e farmácia municipal, percebe-se que mesmo com o