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FACULDADE FORTIUM

Curso de Direito

Manual do Trabalho de Conclusão de Curso

(2)

Caros (as) alunos (as),

A Coordenação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), em consonância com a Coordenação Geral do Curso de Direito da Faculdade Fortium, visando cumprir as exigências do Ministério da Educação, por meio das Diretrizes Curriculares dos Cursos de Direito, das Agências de Fomento à Pesquisa, como Capes e CNPq e, sensível à necessidade de um aprimoramento constante da pesquisa, elaborou este Manual de Metodologia do Trabalho Científico, objetivando a produção do TCC I – projeto de pesquisa – e, do TCC II – monografia –, como exigências parciais para conclusão do Curso de Direito, elemento indispensável no processo de avaliação.

Com este objetivo foi elaborado um conjunto de instruções com a pretensão de auxiliar o acadêmico/pesquisador, no que tange à pesquisa para os TCCs, principalmente, gerar uniformização, padronização, e coerência quanto à produção no que se refere aos aspectos técnicos.

Como nem todas as obras de metodologia vigentes, disponíveis para a pesquisa acadêmica, contemplam as novas orientações concernentes à última resolução da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), órgão regulamentador das técnicas de produção acadêmica no Brasil, pretende-se com este Manual equacionar esta demanda.

A finalidade deste guia orientador é, também, nortear os professores, e como dito instrumentalizar os alunos com um modelo padrão para apresentação dos trabalhos acadêmicos solicitados, principalmente o projeto de pesquisa e a monografia, tornando este um instrumento único a ser utilizado durante a orientação de trabalhos de conclusão de curso.

Como dito, este Manual está apoiado nas normas mais recentes da ABNT. Este é o órgão responsável e competente para normatizar as pesquisas científicas e trabalhos acadêmicos, fundada em 1940, a partir de uma demanda levantada pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), em 1937. Nessa época, os ensaios com materiais de concreto (para medir a resistência) eram realizados em dois laboratórios tidos como referências em termos de qualidade: o Instituto Nacional de Tecnologia (INT – localizado no Rio de Janeiro) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT, localizado em São Paulo). Os laboratórios, apesar de respeitados e rigorosos em suas avaliações, utilizavam procedimentos diferentes para testar materiais de concreto, o que gerava uma enorme confusão: um ensaio realizado e aprovado em um laboratório poderia não ser aprovado no outro (e vice-versa), devido

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à diferença de metodologia de testes entre eles.1

A partir dessa necessidade, começaram os estudos para determinar uma padronização única para essa demanda. Com o tempo, surgiram necessidades de padronização em todos os setores, e a ABNT participou dessa história de criação e regulamentação de forma muito atuante: foi uma das entidades fundadoras da

International Organization for Standardization – ISO, entidade que determina as

normas internacionais, fundada em 1947, com sede em Genebra (Suíça). Além disso, participou da criação de várias entidades e comitês importantes.2

Dentro da ISO, a ABNT tem um papel de destaque, por fazer parte do

Technical Management Board – TMB, um comitê seleto, formado por entidades

normalizadoras de apenas doze (12) países, responsável pela gestão, planejamento estratégico e desempenho de atividades técnicas. As outras onze (11) entidades normalizadoras de países que possuem assento nesse comitê são: AENOR (Espanha), AFNOR (França), ANSI (Estados Unidos), BSI (Reino Unido), DIN (Alemanha), JISC (Japão), NEN (Holanda), SAC (China), SCC (Canadá), SABS (África do Sul) e SN (Noruega).3

Para os trabalhos acadêmicos existem normas estabelecidas pela ABNT, já que todo e qualquer trabalho acadêmico necessita estar normatizado para ser apresentado e/ou publicado. Qualquer norma brasileira (definida pela sigla NBR) segue padrões mundiais de normatização (ISO). Existem algumas normas que são específicas para determinado tipo de trabalho, aqui aprender-se-á as normas gerais que servem para qualquer trabalho acadêmico. São elas: a NBR 14724/05 (que regulamenta a estrutura de apresentação de trabalhos acadêmicos); a NBR 10520/02 (que regulamenta as citações) e a NBR 6023/00 (que regulamenta as referências).4

1

Cf. SANTOS, Carlos José Giudice dos. A importância das normas. Disponível em: www.oficinadapesquisa. Acesso: 13 mar. 2011.

2 Ibidem. 3 Ibidem. 4 Ibidem.

(4)

ÍNDICE

CRITÉRIOS NORMATIVOS ... 05

Espacejamento e tamanho da fonte... 05

Paginação... 06

Alinhamento e recuo de parágrafos... 06

Numeração progressiva... 07

Sigla... 07

Citações... 08

NOTAS DE RODAPÉ...15

Notas de rodapé explicativas...15

Notas de rodapé de referência...16

CRITÉRIOS NORMATIVOS PARA A REDAÇÃO... 22

PROJETO DE PESQUISA...23

Etapas para elaboração do TCC...23

Escolha do tema ...23

Apresentação do tema ... 25

Delimitação do tema...26

Definição dos objetivos...26

Formulação do problema...28

Elaboração das hipóteses...29

Justificativa...30

Quadro teórico...31

Metodologia...32

Cronograma...33

Referência bibliográfica...34

COMO FAZER REFERÊNCIAS...36

APRESENTAÇÃO FORMAL DO PROJETO...57

ESTUDO DE CASO...60

(5)

1. CRITÉRIOS NORMATIVOS

1.1 ESPACEJAMENTO E TAMANHO DA FONTE

De acordo com a ABNT, adota-se a NBR 14.724/05, todo o texto deve ser digitado em papel branco no formato A4, usando-se apenas o anverso das folhas com exceção da folha de rosto em cujo verso é colocada a ficha catalográfica. Deve ser utilizada a fonte Arial ou Times New Romam, tamanho 12 e letras cor preta para todo o texto, espaço 1,5, excetuando-se as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e tabelas, onde se utiliza a fonte menor de tamanho 10.5

Utiliza-se espaço simples entre linhas para:

• Citações com mais de 3 (três) linhas, • Notas de rodapé,

• Referências,

• Legendas das ilustrações e tabelas, • Ficha catalográfica,

• Natureza do trabalho,

• Nome da instituição a que é submetida, • Área de concentração.

As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3cm e direita e inferior de 2cm. Os títulos das seções devem começar na parte superior da folha e ser separados do texto que os sucede por 2 (dois) espaços de 1,5 entrelinha. Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por 2 (dois) espaços 1,5.6

Os títulos das seções sem indicativo numérico, como agradecimentos, resumo,

abstract, listas de figuras, tabelas, siglas, sumário, referências, apêndices, anexos,

5

ALVES, Pedro Ferreira. Manual de trabalho de conclusão de curso – TCC. Mogi Mirim: 2010. Disponível em: www.pfalves.com.br/PDFS/Modelo%20TCC.pdf. Acesso em: 28 mar. 2011.

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glossário e índice, são digitados em fonte 12, com letra maiúscula (caixa alta) e negrito. As notas de rodapé devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de entrelinha a partir da margem esquerda.

Exemplificação:

• Capa, folha de rosto e folha de aprovação - 1 cm. • Entre linhas no texto - 1,5 cm.

• Notas de rodapé - 1 cm. • Citações diretas longas - 1 cm. • Na referência - 1 cm.

• Entre referências - 2 cm.

• Entre texto e título de seção - 2 x 1,5 cm.

1.2 PAGINAÇÃO

De acordo com a ABNT (adota-se a NBR 14724/05), a partir da folha de rosto, todas as folhas devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira página da parte textual, ou seja, na Introdução, após o sumário.

As páginas devem ser numeradas em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior da folha, obedecendo a margem direita do texto. Havendo apêndice e anexo, as folhas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar segmento à do texto principal.7

1.3 ALINHAMENTO E RECUO DE PARÁGRAFO

No corpo do texto, deve ser utilizado o alinhamento justificado, com recuo de 2 cm na primeira linha do parágrafo.

Os títulos das seções dos elementos textuais (introdução, desenvolvimento e conclusão) devem estar alinhados à esquerda, enquanto os que não possuem numeração (folha de aprovação, agradecimento, dedicatória, sumário, resumo, referências, anexo, etc.) devem estar centralizados e escritos em negrito e letras maiúsculas (caixa alta). As referências são alinhadas à esquerda.

7

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. (Publicada a atualização em dezembro de 2005). . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(7)

A folha de aprovação, a dedicatória e a epígrafe não possuem título nem indicativo numérico.8

1.4 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA

Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto, obedecendo as normas da ABNT -NBR 6024/03.

As divisões do texto abrangem seções primárias, (conhecidas como capítulos), secundárias, terciárias, quaternárias e quinárias, que são as subdivisões de cada capítulo. De acordo com a NBR 6024/03, a numeração das seções deverá ser progressiva, sendo que os números deverão estar alinhados à margem esquerda, sem recuo, precedendo o título e dele separado por um espaço de caractere. Os títulos das seções primárias devem iniciar em folha distinta, por serem as principais divisões de um texto.

Os títulos das seções deverão estar graficamente diferenciados entre si, através da utilização do uso de letras maiúsculas, negrito e itálico. A numeração inicia-se com a introdução e termina com a conclusão.9

Exemplificação:

• Seção Primária: 1 CAIXA ALTA E NEGRITO

• Seção Secundária: 1.1 CAIXA ALTA E SEM NEGRITO • Seção Terciária: 1.1.1 Caixa baixa e com negrito • Seção Quaternária: 1.1.1.1 Caixa baixa e sem negrito • Seção Quinária: 1.1.1.1.1 Caixa baixa e com grifo

Após a seção quinária recomenda-se não subdividir mais e adotar o uso de alíneas: a).... b)...

Obs: Não se usa ponto após os números, apenas 1(um) espaço de caractere.

1.5 SIGLA

8

________________ NBR: 12225: títulos de lombadas. Rio de Janeiro, 1992. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

9

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 1989. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(8)

Quando aparecer pela primeira vez no texto, a forma completa do nome precede a sigla, colocada entre parênteses.

(9)

1.6 CITAÇÃO

Fundamentalmente, as citações servem para esclarecer e confirmar uma determinada informação, clareando o texto, seja pelo conteúdo da informação, seja pela explicação de uma determinada idéia. A ABNT, através da NBR 10520/02, que determina os critérios para apresentação de citações em documentos, estabelece duas formas de indicação da fonte que está sendo citada pelo pesquisador, o sistema autor-data e o sistema numérico.10

As citações são trechos transcritos ou informações retiradas das publicações consultadas para a realização do trabalho. Elas poderão ser diretas (transcrição textual dos conceitos do autor consultado) ou indiretas (transcrição livre do texto do autor consultado).

Destaque-se que as citações diretas de até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas, com o mesmo tamanho de letra utilizado no texto. Já as citações diretas com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm de margem esquerda, com letra menor que a utilizada no texto, sem aspas e com espaçamento simples.11

A fonte de onde foi extraída a informação deve ser citada obrigatoriamente, respeitando-se os direitos autorais. Pode localizar-se tanto no texto, no formato autor-data, ou em nota de rodapé. O aluno deverá utilizar o sistema de chamada de nota de rodapé e utilizá-lo de forma padrão ao longo do trabalho.

• Sistema Numérico:

Neste sistema, a indicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, na mesma ordem em que aparecem no texto. Não se inicia a numeração das citações a cada página. A indicação da numeração deverá ser feita acima do texto citado, após a pontuação que feche a citação, sem parênteses. Exemplo:

Diz René Rémond “O conflito se estenderá por muito tempo.”

1

_______________________

1 RÉMOND, René. O século XX: de 1914 aos nossos dias. São Paulo: Cultriz, 1999, p.30.

10

QUINTAS, Antônio Tavares. Manual de Elaboração de Referências Bibliográficas

(Norma ABNT 6023/2000) e Citações (Norma ABNT 10520/92). Universidade Federal do Rio

Grande do Sul. Disponível em:

www.pos.dees.ufmg.br/formularios/Diretizes_Dissertacao_Tese.doc. Acesso em: 28 mar. 2011. 11 Cf. Ibidem.

(10)

Esse sistema será visto com mais detalhes na seção específica, da página 14 à 19, já que este será o sistema de chamada adotado pelo curso de Direito.

• Sistema Autor-Data:

Neste sistema, a indicação da fonte é feita pelo sobrenome do autor ou pelo nome de cada entidade responsável até o primeiro sinal de pontuação, seguidos da data de publicação do documento e das páginas da citação.

Exemplos:

O nome Estado “só pode ser aplicado com propriedade à sociedade política

dotada de certas características bem definidas” (DALLARI, 2002. p. 51).

Paulo Bonavides (1998, p. 24), assevera quanto a acepção filosófica do

Estado “como instituição acima da qual sobrepaira tão-somente o absoluto, em

exteriorização dialéticas, que abrangem a arte, a religião e a filosofia.”

Esse sistema será visto com maior detalhamento nas páginas seguintes.

1.6.1 Citações diretas

Como dito anteriormente, citações diretas ou literais são responsáveis pela transcrição das palavras usadas pelo autor.

a) Citações diretas curtas

As citações diretas são consideradas curtas quando possuem menos de três linhas. Nesse caso, a transcrição poderá ser feita no próprio texto, empregando-se aspas duplas e indicando sempre a fonte de consulta utilizada.12 Exemplo:

“O objetivo das citações é sustentar, ilustrar ou esclarecer ideias do autor do texto.” (SANTOS, 2000, p. 116).

12

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(11)

b) Citações diretas longas

As citações longas são as transcrições literais de idéias de outros autores, com mais de três linhas. Nesse caso, a citação deverá ser feita separadamente do parágrafo e com o tamanho 10 de fonte. O recuo é de 04 centímetros à esquerda e sem recuo na primeira linha. Nesse caso, não é preciso utilizar as aspas. Exemplo:

A redação do texto

É o momento da montagem do texto escrito a partir das informações obtidas, organizadas segundo os objetivos do projeto. Redigir consiste essencialmente em escrever um ‘texto pensado’, já produzido ao redor de um objetivo, enriquecendo-o com detalhes anotados. É aqui que os objetivos do pesquisador transformam-se em capítulos para o leitor. (SANTOS, 2000, p. 95).

Importante destacar que, segundo o autor, o texto deve ser sempre estruturado a partir de seus objetivos.

c) Comentários à citação e supressão de texto

É possível inserir comentários em uma citação direta, os quais devem ser inseridos no texto com o auxílio de colchetes. Da mesma forma, poderá ser feita uma supressão de texto, que será representada por colchetes e reticências.13 Exemplos:

“Esse estudo [pesquisa jurídica] é sistemático e realizado com a finalidade de incorporar os resultados obtidos em expressões comunicáveis e comprovadas aos níveis de conhecimento obtido.” (BARROS; LEHFELD, 2003, p. 30).

“Entre outras qualidades [...], o pesquisador deve ser capaz de tolerar ambigüidades, ter senso de responsabilidade, ser maduro e autodisciplinado.” (SEABRA, 2001, p. 45).

d) Incorreção de texto

Para indicar incorreções no texto citado, geralmente da língua portuguesa, utiliza-se a expressão “sic” entre colchetes imediatamente após a incorreção. Conforme Ferreira, sic é uma palavra latina “que se pospõe a uma citação, ou que nesta se intercala, entre parênteses ou entre colchetes, para indicar que o texto original é bem assim, por errado ou estranho que pareça.”14 Exemplo:

13

Cf. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

14

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3. ed. Curitiba : Positivo, 2006, p. 1851.

(12)

A torcida do Democrata-GV afirmava, antes do jogo contra o Ipatinga, que no

Mamudão a Pantera era imbatível (sic).

e) Destaque

Para enfatizar palavras ou trechos da citação, deve-se destacá-los, utilizando os recursos de negrito ou sublinhado, mantendo-se o padrão escolhido em todo o trabalho. Para indicar a origem do destaque, utiliza-se a expressão “grifo nosso”, conforme exemplo, ou quando o destaque é dado pelo próprio autor citado, a expressão a ser utilizada é “grifo do autor”.15 Exemplo:

“Metodologia é uma preocupação instrumental. Trata das formas de se fazer ciência, dos procedimentos, ferramentas e dos caminhos. A finalidade da ciência é tratar a realidade teórica e praticamente.”(DEMO, 1985, p. 19, grifo nosso).

De acordo com Araújo (2003, p. 13, grifo do autor) “a ciência, o conhecimento científico, seus métodos, suas explicações e, ainda, os resultados da pesquisa aplicada, marcam nossa época.”

f) Citação de citação

Não é recomendado o uso de citação de citação. Pode ser utilizado apenas no caso de obras de difícil acesso, estrangeiras e de publicação esgotada. Nesse caso, utiliza-se a expressão em Latim “apud”, que significa “citado por”. Exemplo:

Anderson (apud CAMPOS, 2004, p. 46) “define método científico como aquele que é utilizado para descrever e explicar fenômenos, incorporando os princípios da verificação empírica [...]”.

15

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(13)

g) Meios informais

Quando a informação citada na pesquisa for obtida por meios informais, ou seja, aulas, palestras, debates, conversas ou entrevistas, deve-se informar ao leitor através da utilização de parênteses.

Caso a informação tenha sido obtida de forma oral, coloque a expressão “informação verbal” entre parênteses. A utilização de informação verbal deve ser limitada ao indispensável para o trabalho, pois não representa fonte passível de verificação.16

h) Citação em língua estrangeira

As citações em língua estrangeira deverão ser traduzidas no corpo do texto e o original inserido em nota de rodapé. As citações nos rodapés não necessitam de tradução.

1.6.2 Citação indireta

A citação indireta ocorre quando a idéia do autor for transcrita com as palavras do pesquisador. Pode ser de duas formas: a paráfrase ou a condensação.

A paráfrase é uma reprodução da idéia do autor com as palavras do pesquisador, utilizando-se de sinônimos, inversões de períodos, etc, sendo que a citação mantém, aproximadamente, o mesmo tamanho do texto original. Já a condensação consiste em uma síntese do texto do autor, mas também é a reprodução da idéia do autor com as palavras do pesquisador, porém a condensação é menor que o texto original.

Da mesma forma que a citação direta, na citação indireta, é indispensável a indicação da autoria conforme o sistema autor-data, que será explicado no próximo item. Exemplo:

Ao discorrer sobre os desafios da pesquisa em Psicologia, Rey (2002, p. 73) afirma que o Método Qualitativo é o mais adequado para a descrição dos fenômenos psicológicos, em virtude, principalmente, da subjetividade característica dessa área conhecimento.

16 Cf. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(14)

A ABNT, através da NBR 10520/02, não exige a especificação da página da obra em citações indiretas, todavia, para facilitar a correção e avaliação dos TCCs, a Instituição exige, também nesse caso, a indicação da(s) página(s) correspondente(s).17

1.6.3 Sistema autor-data

Como visto nos exemplos acima, no sistema autor-data, a indicação da obra é feita no próprio texto, com a indicação do sobrenome do autor, seguida do ano de publicação da obra e o número da página onde se encontra o texto citado. Quando a fonte da citação é em meio eletrônico (Internet), e não houver divisão de páginas, não é necessária à indicação.

O sistema autor-data poder ser utilizado no texto de duas formas diferentes. A primeira consiste na indicação do sobrenome do autor no contexto da frase, em letras normais, e apenas o ano e a página entre parênteses; a segunda forma consiste em indicar entre parênteses no final da citação o sobrenome do autor, em letras maiúsculas, seguido do ano de publicação da obra e da página. Todos esses elementos são separados entre si por vírgula. Exemplos:

Segundo Kelsen (2003, p. 147), “o direito é uma ordem normativa da conduta humana, ou seja, um sistema de normas que regulam o comportamento humano.”

Damásio (2004, p. 87), afirma que “os sentimentos de dor e prazer são os alicerces da mente.”

“O marketing enfatiza a importância de desenvolver e comercializar produtos e serviços com base nos clientes [...]” (KOTLER; PETER, 2001, p. 93).

Caso não exista autor especificado, indica-se a instituição responsável pela publicação. Exemplo:

(ABNT, 2002, p. 3) (UFSC, 2005, p. 14)

a) Dois autores com o mesmo sobrenome

17

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(15)

Se o ano de publicação das obras for diferente, pode ser mantido apenas o sobrenome do autor; se o ano for o mesmo, devem ser indicados os prenomes dos autores. Se persistir a coincidência, colocam-se os prenomes por extenso. Exemplo:

(BASTOS, L. R., 2002, p. 140) e (BASTOS, C. R., 2002, p. 122)

b) Mesmo autor com várias obras

No caso da utilização de várias obras do mesmo autor, a diferenciação vai ocorrer pelo ano de publicação das obras. Exemplo:

(ANDRADE, 2007, p. 32) (ANDRADE, 2002, p. 115)

Caso o ano também seja o mesmo, acrescentam-se após o ano e sem espaço, letras minúsculas de acordo com a ordem alfabética que constar nas referências. Exemplo:

(BONAVIDES, 2001a, p. 54) (BONAVIDES, 2001b, p. 30)

c) Diferentes autores na citação

No caso de citações indiretas, em que idéias de vários autores sejam citadas no mesmo parágrafo, indica-se entre parênteses, o sobrenome do autor em letras maiúsculas separado por vírgula do ano de publicação da obra. A separação entre os autores será através de ponto-e-vírgula.18 Exemplo:

(SOUZA, 1980; WOLKMER, 2000; DAHAL, 2001)

18

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(16)

d) Obras com dois ou três autores

Em citações de obras com dois ou três autores, indicam-se todos eles no texto. Caso a indicação de autor seja feita entre parênteses, separam-se os autores por ponto-e-vírgula.19 Exemplos:

Conforme Oliveira, Antunes e Prado (1998, p. 236), “business intelligence é [...]”. ou

“Business intelligence é [...]” (OLIVEIRA; ANTUNES; PRADO, 1998, p. 236).

No caso da obra citada ter sido escrita por mais de três autores, indica-se somente o primeiro autor seguido da expressão “et al.”, que significa “e outros”. Exemplo:

(MORIN et al., 1998, p. 34)

e) Numeração das páginas

A numeração das páginas que contêm as citações inseridas na pesquisa deve ser colocada após o ano da publicação da obra. Caso sejam utilizadas mais de uma página e as mesmas forem consecutivas, indica-se a primeira separada por um hífen da última página utilizada na citação. Caso as páginas sejam alternadas, devem ser indicadas e separadas por vírgulas. Exemplo:

Intervalo de páginas (p. 50-55) Páginas alternadas (p. 2, 8, 10)

1.7 NOTAS DE RODAPÉ

Existem dois tipos de notas de rodapé: as explicativas e as de referência.

1.7.2 Notas de rodapé explicativas

Notas de rodapé são as indicações, notações ou apontamentos ao texto que aparecem ao pé das folhas em que são mencionadas. Servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto para não sobrecarregá-lo. São usadas

19 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(17)

para: esclarecimentos, citação de autoridade, referências cruzadas, dados complementares que não são comportados no texto, e que são, portanto, inseridos em notas de rodapé. Essa forma serve, também, para evitar o glossário, pois os elementos são conceituados em nota de rodapé. A ABNT, através da NBR 10520/02 regulamentou-as.20

Sempre que necessário, utilizar notas de rodapé, observe:

 A chamada às notas é feita por números arábicos,  A numeração das notas é sempre em ordem crescente;

 No texto, o número deve figurar após o sinal de pontuação que encerra uma citação direta, ou após o termo a que se refere;

 Devem ser digitadas dentro das margens, separadas do texto por um espaço simples e por um filete de 3cm a partir da margem esquerda (automático pelo editor de texto do computador);

 É escrita em espaço simples, com tipo de letra menor, para dar maior destaque;

 O indicativo numérico é separado do texto da nota por um espaço.

1.7.3 Notas de rodapé de referência

A numeração das notas de referência é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa.

As subsequentes citações da MESMA OBRA podem ser referenciadas de forma abreviada, desde que não haja referências intercaladas de outras obras do mesmo autor, utilizando as seguintes expressões latinas:

a) ibidem ou ibid. = (na mesma obra); b) idem ou id. = (mesmo autor);

c) opus citatum ou op. cit. = (obra citada); d) passim = (aqui e ali em diversas passagens); e) loco citato ou loc. cit. = (no lugar citado); f) confira, confronte = Cf.;

g) sequentia ou et seq. = (seguinte ou que se segue); h) apud = (citada por, conforme, segundo).

20

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(18)

As expressões citadas nas alíneas a), b), c) e f), só podem ser usadas na mesma página ou folha da citação a que se referem. A expressão citada na alínea h) – pode, também, ser usada no texto.

A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa. Exemplo:

__________________

3 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo: Malheiros, 1994.

As subsequentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões, abreviadas quando for o caso:

a) Idem – mesmo autor – Id Exemplos:

__________________

4 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p. 9. 5 Id., 2000, p. 19.

6 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, 1999, p. 2-3. 7 Id., 2000, p.37.

8 SARMENTO, 1978, p. 59. 9 Id., 1987, p. 77.

10 Id., 1988, p. 135.

Idem ou Id. usar SOMENTE em notas de rodapé. b) Ibidem – na m e sm a obra – Ibid

Exemplo:

__________________

3 DURKHEIM, 1925, p. 176. 4 Ibid., p. 190.

5 ANDRADE, M.M. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação. São Paulo: Atlas, 1999. p. 67.

6 Ibid., p. 89. 7 Ibid., p. 150.

Ibidem ou Ibid. usar SOMENTE em notas de rodapé. c) O p us citatum , opere citato – obra citada – op. cit. Exemplo:

(19)

__________________

8 ADORNO, 1996, p. 38. 9 GARLAND, 1990, p. 42-43. 10 ADORNO, op. cit., p. 40. 11 SALGUEIRO, 1998, p. 19. 12 SMITH, 2000, p. 213. 13 SALGUEIRO, op.cit., p.40-4. 14 SMITH, op.cit., p. 376.

Op.cit. usar SOMENTE em notas de rodapé.

d) P a ssim – aqui e ali, em diversas passagens – passim Exemplo:

__________________

5 RIBEIRO, 1997, passim. 6 QUEIROZ, 1999, passim.

7 SANCHEZ; COELHO, 2000, passim.

Passim usar SOMENTE em notas de rodapé. e) Loco citato – no lugar citado – loc. cit. Exemplo:

__________________

4 TOMASELLI; PORTER, 1992, p. 33-46. 5 TOMASELLI; PORTER, loc. cit.

6 FIGUEIREDO, 1999, p. 19

7 SANCHEZ; CARAZAS, 2000, p. 2-3 8 FIGUEIREDO, 1999. loc. cit.

9 SANCHEZ; CARAZAS, 2000, loc. cit.

Loc.cit. usar SOMENTE em notas de rodapé. f) Confira, confronte – Cf.

Exemplo:

__________________

3 Cf. CALDEIRA, 1992.

4 Cf. DIAS GOMES, 1999, p. 76-99. 5 Cf. Nota 1 deste capítulo.

Cf. usar SOMENTE em notas de rodapé. g) Sequentia – seguinte ou que se segue – et seq.

(20)

Exemplo:

__________________

7 FOUCAULT, 1994, p. 17 et seq

.

Et. seq. usar SOMENTE em notas de rodapé. h) Apud – citado por, conforme, segundo

Exemplos:

No texto:

Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...]

“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de 1937, preservado de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud SEGATTO, 1995, p. 214-215).

No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler

envolve um processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o

texto, prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear.

No rodapé da página:

__________________

1 EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. 2-3.

Pode, também, ser usada no texto.

As expressões constantes nas alíneas a), b), c) e f) de 7.1.2 só podem ser usadas na mesma página ou folha da citação a que se referem.

i) Notas explicativas

A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva. Não se inicia a numeração a cada página.

Exemplos:

No texto:

O comportamento liminar correspondente à adolescência vem se

constituindo numa das conquistas universais, como está, por exemplo,

expresso no Estatuto da Criança e do Adolescente.

1

(21)

No rodapé da página:

_________________

1 Se a tendência à universalização das representações sobre a periodização dos ciclos de vida desrespeita a especificidade dos valores culturais de vários grupos, ela é condição para a constituição de adesões e grupos de pressão integrados à moralização de tais formas de inserção de crianças e de jovens.

Exemplos:

No texto:

Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas:

vinculação escolar ou vinculação profissional.

4

No rodapé da página

_________________

4 Sobre essa opção dramática, ver também Morice, op.cit., p. 269-290.

No texto:

É a ideia da conscientização como um telos da educação ética, em uma

reformulação do imperativo categórico kantiano.

1

De acordo com a autora, o

imperativo categórico assimilado pelo cognitivismo implica a ação individual que

visa ao equilíbrio absoluto da razão vital.

2

No rodapé da página:

___________

1 KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. P. Quintela. Lisboa: Edições 70, 1996. p. 22.

2 FREITAS, L. A moral na obra de Piaget: um projeto inacabado. São Paulo: Cortez, 2003, p. 56.

No texto

“O Banco Mundial desconsidera as particularidades das nações e define um

único ‘pacote’ aos países em desenvolvimento.”

1

(22)

No rodapé da página:

_____________

1 ALTMANN, Helena. Influências do Banco Mundial no projeto educacional brasileiro.

Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 80, jan./jun. 2002.

Exemplos diversos21:

_____________

1 DINIZ, Maria. A ciência jurídica. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 56.

2 VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao estudo do direito: primeiras

linhas. São Paulo: Atlas, 2004.

3 DINIZ, op cit., p. 40.

4 Ibidem, p. 41.

5 Idem. Conflito de normas. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 34.

6 VENOSA, op. cit., p. 105.

7 VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao estudo do direito: primeiras

linhas. São Paulo: Atlas, 2004.

8 Ibidem, p. 108.

9 DINIZ, Maria. A ciência jurídica. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

10 VENOSA, op. cit., p. 105.

21 Todos os exemplos foram extraídos de: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520: informação e documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

(23)

2. CRITÉRIOS NORMATIVOS PARA A REDAÇÃO

Algumas normas e procedimentos relativos à linguagem científica devem ser adotados:

• A linguagem cientifica deve ser, clara, concisa, técnica e racional. É denotativa, porque cada palavra deve apresentar seu sentido próprio referencial, sem dar margem a outras interpretações ou ambigüidades;

• Os termos técnicos e expressões estrangeiras, inclusive citações em latim, só devem ser empregados enquanto indispensável;

• O itálico é utilizado, apenas, para expressões em língua estrangeira; • As frases, de preferência, devem ser curtas e claras, na ordem direta;

• Os períodos (composto por subordinação), não devem ser longos, limitando se a duas, ou no máximo, três orações subordinadas à principal;

• O emprego do pronome impessoal é o mais adequado para manter a objetividade (buscou-se, procedeu-se, realizou-se);

• O estilo deve ser despojado sem excesso de adjetivação, sem emprego de termos eruditos, de preciosismos vocabulares ou palavras em desusos;

• Os termos de gírias ou palavras deselegantes devem ser eliminados, assim como, as repetições próximas de vocábulos, de conjunções ou de expressões;

• Um parágrafo deve apresentar apenas uma ideia principal, em torno da qual giram as ideias secundárias e os detalhes importantes;

• A redação deve obedecer à formalidade de comunicação científica, isto é, além de observar a lógica e a objetividade, o texto é escrito com os verbos na terceira pessoa e o sujeito indeterminado.22

22

MANUAL de normas para estrutura formal do trabalho de conclusão do curso de Direito da Facex.Natal: 2011. Disponível em:

(24)

3. PROJETO DE PESQUISA

Para que, efetivamente, um TCC seja desenvolvido, é necessário que se determine os objetivos que nortearão o estudo que pretende desenvolver. Por isso, é fundamental escrever o Projeto de Pesquisa.

O Projeto de Pesquisa deve apresentar as etapas que serão cumpridas para o desenvolvimento do TCC e também descrever a metodologia a ser usada na pesquisa. Ele deve ser claro, preciso, objetivo, exposto em forma de redação. O projeto deve permitir ao autor estabelecer, de modo claro e preciso, o que será feito e como será feito. É importante que fique claro que a pesquisa é viável, é de interesse da comunidade científica e está voltada para a instituição onde está sendo desenvolvida.23

3.1 Etapas para elaboração do TCC A. Escolha do tema;

B. Apresentação do tema; C. Delimitação do tema; D. Definição dos objetivos; E. Formulação do problema; F. Elaboração das hipóteses; G. Justificativa; H. Quadro teórico; I. Metodologia; J. Cronograma; K. Referência bibliografia. A. Escolha do tema

Para a escolha do tema deve-se levar em conta a formação e a experiência profissional do pesquisador, bem como as tendências e inclinações pessoais, a disponibilidade de tempo e, até mesmo, de recursos financeiros e, observar a importância, a originalidade e a viabilidade do tema escolhido.

Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem ser consideradas nesta escolha:

23

Cf. CARRANCHO, Ângela. Metodologia da pesquisa aplicada à educação. Rio de Janeiro: Waldyr Lima Editora, 2005, p. 83.

(25)

Fatores internos

Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal:

Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento.

Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa:

Na escolha do tema tem-se que levar em consideração a quantidade de atividades que se precisa cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que se efetua no cotidiano, não relacionado à pesquisa.

O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido:

É preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação, de conhecimentos, para não entrar num assunto fora de sua área. Se sua área é a de ciências sociais, devo se ater aos temas relacionados a esta área.24

Fatores Externos

A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais:

Na escolha do tema deve-se tomar cuidado para não executar um trabalho que não interesse a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade.

O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho:

Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não se pode enveredar por assuntos que não permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.

Material de consulta e dados necessários ao pesquisador:

Outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este

24

Cf. UNIEURO. Trabalho de conclusão de curso: manual de elaboração de monografia jurídica. Brasília: 2007. Disponível em: WWW.unieuro.edu.br. Acesso em: 20 mar. 2011.

(26)

problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado.25

Ex: Estudo Prévio de Impacto Ambiental e sua Publicidade.

B. Apresentação do tema

A apresentação ou introdução é a parte preliminar do projeto onde é exposto o tema a ser desenvolvido. É a primeira seção do projeto, deve ser iniciada com uma breve descrição do estado atual do conhecimento na área específica, apontando as principais citações bibliográficas, de forma a dar uma idéia sobre os estudos teóricos mais recentes sobre o assunto, levantando as lacunas do conhecimento ou os problemas existenciais.

A introdução culmina com apresentação da justificativa, a delimitação do tema ou o tópico do assunto a ser focalizado, o objeto de estudo, o problema, as possíveis hipóteses, a definição clara dos objetivos, isto é os fins teóricos ou práticos que se pretende alcançar, embasamento teórico, a metodologia, seguidos do cronograma, das referências bibliográficas, anexos e apêndices se houver indicação.26

C. Delimitação do tema

Depois de decidir sobre o assunto que será objeto de estudo, o próximo passo é a delimitação do tema, isto é fixar é a sua extensão, selecionando um tópico a ser focalizado, o que significa restringir o campo do assunto a ser tratado.

Por exemplo, é impossível escrever sobre “adoção de crianças”, abordando os vários aspectos nos diversos campos da ciência, quer em nível lato ou stricto sensu. Esse tema deverá ser convertido em um tópico específico dentro de uma determinada área da ciência (psicologia, sociologia, direito etc.), ou seja, será focalizado apenas um ponto do assunto em uma dessas ciências, como: “As exigências legais para a adoção da crianças recém-nascidas”. Por sua vez esse tópico é transformado em um problema à medida que levanta uma questão a ser investigada. Assim, “quais exigências legais apontadas pelo Estado para resguardar o bem estar da criança recém-nascida em processo de adoção?”

A delimitação da área temática tem como propósito, reduzir ao mínimo, sem prejuízo para o estudo, o universo do trabalho. Porém, tratando-se especialmente de trabalhos acadêmicos com finalidades didáticas e propedêuticas, a delimitação do

25

Cf. UNIEURO. Trabalho de conclusão de curso: manual de elaboração de monografia jurídica. Brasília: 2007. Disponível em: WWW.unieuro.edu.br. Acesso em: 20 mar. 2011.

(27)

tema deve deixar margem para a pesquisa positiva, bibliográfica ou de campo. Assim, ocorre a seleção do aspecto do tema, que será objeto de estudo. Restringe não só o conteúdo a ser investigado, como, também, em relação ao período e área de abrangência.27

Ex: Tema: Estudo Prévio de Impacto Ambiental e sua Publicidade.

Ex: Delimitação do tema: Interpretação da norma constitucional que prevê a

realização do estudo prévio de impacto ambiental e a sua publicidade no caso

de instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente (Art. 225, § 1º, IV, CF/88).

D. Definição dos objetivos

A próxima etapa é a elaboração dos objetivos. Eles correspondem às perguntas: para que? Aonde se quer chegar? A descrição do objetivo representa este ponto de chegada, são os fins teóricos ou práticos que se pretende atingir com a realização do estudo. Enfim, define-se o que se pretende alcançar com a pesquisa, em referência ao tema escolhido.

Normalmente são elaborados usando-se verbos no infinitivo e devem indicar uma ação possível de ser desenvolvida. Os objetivos são classificados em geral e específicos.

Objetivo geral:

Indica uma ação ampla do problema. Constituem-se em ações propostas para dar resposta a questão problema formulada. Define de modo geral o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa. Normalmente elabora-se somente um objetivo geral. Ao formulá-lo usam-se verbos de sentido mais amplo, mais aberto. Os verbos mais frequentemente empregados são:

(28)

Avaliar

Analisar

Aplicar

Apreciar

Comparar

Compreender

Conhecer

Considerar

Demonstrar

Desenvolver

Reconhecer

Saber

Trabalhar

Usar

Objetivos específicos:

Devem descrever ações mais pormenorizadas. Seria o detalhamento do objetivo geral, isto é, apresenta um caráter mais concreto, pois ataca diretamente pontos mais específicos da pesquisa. Cada objetivo vai atingir um aspecto do tema, um ângulo a ser pesquisado até atingir todos os pontos da pesquisa. Dessa forma, permiti atingir o objetivo geral e aplicá-lo a situações particulares. De maneira que há uma hierarquização, cada objetivo específico deve ser alcançado para que se possa alcançar o objetivo geral. Assim, são ações particulares que viabilizam alcançar o objetivo geral. Ligam-se aos assuntos enfocados na pesquisa (delimitação do tema).28

Ao formular esses objetivos, empregam-se verbos de sentido mais restrito ou fechado. Os verbos mais comumentes usados são:

Anotar

Apontar

Caracterizar

Calcular

Coletar

Determinar

Deduzir

Definir

Descrever

Detectar

Discriminar

Diferenciar

Distinguir

Dizer

Desdobrar

Explicar

Especificar

Enumerar

Estruturar

Estabelecer

Escolher

Elaborar

Exemplificar

Formular

Grupar

Identificar

Indicar

Inferir

Listar

Planejar

Preparar

Relacionar

Responder

Representar

Selecionar

Verificar,

etc.

Na elaboração dos objetivos algumas observações são fundamentais: 1) Deve ser claro, preciso e conciso;

2) Deve iniciar com verbos no modo infinitivo;

3) Deve expressar apenas uma ideia, em que o termo gramatical, deve incluir apenas um sujeito e um complemento;

4) O número de objetivos deve ser pequeno, pois cada objetivo representa uma conclusão no final do trabalho científico. Para cada objetivo geral devem-se elaborar três ou quatro específicos;

(29)

5) Ter o cuidado para não usar verbo de sentido dúbio ou abstrato, para que não dê margens a outras interpretações.

Segue um exemplo do detalhamento de um objetivo geral em específicos:

Objetivo geral:

Conhecer os fatores que

contribuem para a migração

rural-urbana no estado da

Bahia.

Objetivos específicos:

a) Levantar informações sobre a migração

rural-urbana no estado da Bahia;

b) Identificar fatores que contribuem para

essa migração;

c) Especificar a importância dos fatores que

contribuem para a migração rural-urbana no

estado da Bahia.

Assim, os objetivos estão vinculados à própria significação da monografia, dissertação ou tese proposta no projeto. Entretanto desse-se ter o cuidado para não confundir resultados esperados com objetivos. Aqueles devem ser perseguidos, estes devem ser alcançados, ou seja, enquanto os objetivos se referem ao aspecto acadêmico da pesquisa, os resultados esperados são as metas a serem atingidas em relação à realidade concreta depois que os objetivos forem alcançados.

E. Formulação do problema

Definido e delimitado o tema é o momento de formular o problema. A formulação do problema consiste em apresentar a dificuldade teórica ou prática com a qual se defronta cuja solução poderá ser encontrada com a realização de uma pesquisa. Trata-se da curiosidade, do mistério, que se deseja desvendar.

A sua formulação po ser através de uma expressão de pensamento na forma interrogativa, como pergunta, a fim de facilitar sua identificação. Deve ser formulada de maneira clara e precisa para que sua solução se mostre possível.

Dessa forma, reafirma-se que toda pesquisa precisa possuir como pressuposto, um problema. A formulação do problema ou problemática permite selecionar com precisão o campo de atuação da pesquisa, já que o tema possui uma amplitude que comporta vários estudos e interpretações. Portanto, após a escolha do

(30)

tema, o pesquisador deverá delimitá-lo, a partir da situação problema. Esta etapa requer bastante objetividade e clareza.29

Problema fático

Situar o problema no tempo e no espaço.

Ex: Até 1981, somente a Lei nº 6931/81 tratava dos aspectos referentes a impactos ambientais, entretanto, apenas em 1988, com a Constituição Cidadã é que foi previsto a exigência pelo Poder Público da realização e da publicidade do estudo prévio de impacto ambiental para a instalação de obra ou atividade causadora de significativa degradação do meio ambiente.

Problema teórico

Levantado de maneira interrogativa.

Necessidade de que se redija a questão a ser solucionada por meio da pesquisa de maneira clara e objetiva. Objetiva a reflexão do pesquisador.30

Ex: Qual a interpretação mais adequada do dispositivo constitucional que prevê a realização do estudo prévio de impacto ambiental e a sua publicidade em face dos princípios da prevenção, precaução, participação e da informação, e do paradigma de um Estado Democrático de Direito?31

F. Elaboração das Hipóteses

Uma vez formulado o problema, certificando-se de sua validade científica, propõe-se uma resposta provisória ao problema identificado, essa suposição é denominada hipótese. É definida como “solução provisória” ou uma proposta de solução do problema que se antecipa para direcionar a evolução da investigação, cuja adequação, comprovação, sustentação ou validez será verificada através da pesquisa. A hipótese é a ideia central que o trabalho se propõe a demonstrar e que uma vez demonstrada torna-se a tese. Como ela tem a função de propor explicações para certos fatos ou fenômenos e tem como característica uma formulação provisória da verdade. Para tanto, esta deve ser testada, a fim de ser constatada ou refutada, quanto a sua validade. É partindo da formulação do problema, que se propõe a elaboração das hipóteses.

29 Cf. CARRANCHO, Ângela. Op.cit., p. 87.

30 Cf. UNIEURO. Trabalho de conclusão de curso: manual de elaboração de monografia jurídica. Brasília: 2007. Disponível em: WWW.unieuro.edu.br. Acesso em: 20 mar. 2011.

(31)

Hipótese é uma afirmação ou tese provisória a ser demonstrada, defendida ou explicitada.

Ex: As diversas teorias de hermenêutica aplicáveis à norma contida no artigo 225, § 1º, IV, da CF/88, diante dos princípios da prevenção, participação e informação, reforçam tal dispositivo constitucional e protege a sociedade civil.

G. Justificativa

É a exposição dos motivos ou as razões que justificam a realização do estudo. O pesquisador deve ressaltar o porquê, da ideia do trabalho que será objeto de investigação, sua relevância teórica e prática e sua afinidade com o tema. Reserva-se à justificativa as razões, sobretudo teóricas, que legitimam o projeto como trabalho científico.

A justificativa constitui um dos elementos mais importantes, uma vez que contribui mais diretamente para a aceitação do trabalho monográfico. Consiste numa exposição sucinta, porém completa das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que levaram a apresentar o projeto. Assim, cabe ao pesquisador apontar as razões de sua escolha.

Deve-se caracterizar a contribuição e a importância da solução do problema, sob o ponto de vista social e científico, e, destacar:

1) O estágio em que se encontra a teoria que diz respeito ao tema; 2) As contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer;

3) A importância do tema do ponto de vista geral; 4) A importância do tema para os casos particulares;

5) A origem do problema, como ele surgiu e como foi percebido;

6) A possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abrangida pelo tema proposto;

7) A descoberta de soluções para os casos gerais e/ou particulares etc;

8) Ressaltar os trabalhos mais atualizados sobre o tema proposto, os quais deverão ser mencionados através de seus autores.

É fundamental que o texto seja redigido de maneira lógica mostrando-se uma hierarquização dos tópicos a serem ressaltados. Não deve apresentar subdivisões, bem como os autores a serem citados deverão seguir as normas de apresentação em documentos de acordo com a NBR 10520/02 da ABNT.32

(32)

A redação deve obedecer à formalidade da comunicação científica, isto é, além de observar a lógica e a objetividade, o texto é escrito com os verbos na terceira pessoa e o sujeito indeterminado. Por referir-se aos trabalhos já publicados, o texto é redigido no tempo passado (ex.: “a informação foi obtida”, “foram empregados” etc.).

Ex: A Lei nº 6.938, de 31/08/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente já previa em seu artigo 9º, inciso III, a avaliação de impactos ambientais como um de seus instrumentos. Contudo, esse tipo de estudo só adquiriu status constitucional em 1988, quando o Poder Constituinte, além de ter dedicado um capítulo inteiro ao tema meio ambiente, previu expressamente a exigência pelo Poder Público da realização e da publicidade do estudo prévio de impacto ambiental para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente (Art. 225, § 1º, IV, CF/88)33

H. Quadro teórico

Esta etapa do projeto exige apenas um esboço do quadro teórico em linhas gerais, entretanto, não basta ler livros, revistas, nem tampouco sair lendo tudo que vê pela frente. É preciso fazer uma revisão da literatura explorando o que já foi escrito sobre o tema, pois o objetivo é apenas apresentar os fundamentos sobre o assunto a ser abordado.

O embasamento teórico é de fundamental importância, porque além de demonstrar o conhecimento do aluno sobre a literatura, possibilita avaliar o projeto quanto à sua relevância na produção do conhecimento. A expressão do quadro teórico refere-se às fontes bibliográficas. Embora em um projeto somente devem ser relacionados os referenciais essenciais a de ter o mínimo necessário à fundamentação e explicitação teórica do assunto que será abordado.

É imprescindível relacionar a pesquisa que se pretende realizar com o universo teórico dentro do qual o trabalho do pesquisador se fundamenta, portanto, ele precisa ser coerente e consistente, bem como compatível com o tratamento do problema e com o desenvolvimento do raciocínio lógico do trabalho, pois não se pode agregar em um único quadro elementos incompatíveis entre si.34

documentação: citações em documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. . Disponível em: www.abnt.org.br. Acesso em: 23 mar. 2011.

33 Ver, na página 25, o exemplo do tema e da delimitação de tema referente a essa justificativa.

(33)

Assim, o pesquisador ao selecionar um tema e problematizá-lo precisa conhecer o que já foi escrito sobre o assunto, a fim de conhecer pontos de vista, teses e teorias que possam fundamentar o seu trabalho, bem como para extrair alguns pressupostos teóricos que o direcione. A idéia é responder à questão: o que dizem os especialistas sobre este problema?

Segue algumas recomendações e/ou sugestões:

1) Não vale apena partir do zero, parta de estudos já existentes;

2) É indispensável fazer um estudo dos trabalhos desenvolvidos sobre o tema proposto. Isso evita a duplicação de trabalhos;

3) Consultar as obras mais recentes e atualizadas;

4) À medida que for lendo, procure fazer anotações em uma ficha do que for necessário;

5) Compare as obras dos autores, uma vez que as controvérsias podem esclarecer os pontos de divergências;

6) Como o quadro teórico é constituído do universo de princípios, categorias e conceitos, atentar para os seus significados, pois de acordo com o embasamento teórico ou com a ciência que os emprega, os conceitos podem ter significados distintos;

7) Não hesite em definir os termos sempre que for necessário;

8) A redação dessa parte do projeto deve ser com o verbo passado, pois se trata de referência a trabalhos já publicados.

I. Metodologia empregada

Após a elaboração do quadro teórico a próxima etapa é definir a metodologia, que é o conjunto de métodos ou caminhos que devem ser percorridos na busca do conhecimento. A metodologia constitui-se de um conjunto de etapas, dispostas de maneira ordenada, a serem vencidas para alcançar determinado fim.

A especificação da metodologia é a que abrange o maior número de itens, pois responde a um só tempo as questões: Como? Onde? Com quê? Quanto? Isto é, como pesquisar, onde pesquisar, com que instrumento de pesquisa e quanto à utilização dos dados, como as informações obtidas serão codificadas, descritas e interpretadas.

É nessa etapa do projeto que devem ser descritas as características do estudo e os procedimentos metodológicos adequados ao problema a ser investigado. É aqui que o autor do pretenso trabalho acadêmico, deverá descrever passo a passo as etapas a serem seguidas durante a realização da pesquisa.

(34)

Assim, devem constar quais os caminhos que serão percorridos para se chegar aos objetivos propostos e qual o plano adotado para o desenvolvimento da pesquisa, tipo de pesquisa, universo da pesquisa, instrumentos de coleta de dados, análise e interpretação dos dados. A metodologia deve ser detalhada e argumentada em uma seção própria após o referencial teórico, apresentando o porquê da escolha da estratégia metodológica para o estudo em questão.

Ressalta-se que todos os elementos da abordagem metodológica devem detalhar de forma clara e objetiva e que os verbos devem ser usados no tempo futuro, visto que na fase da apresentação do projeto o objetivo é mostrar como a pesquisa será desenvolvida. 35

Cabe apresentar as diferenças abaixo:

Métodos – procedimentos mais amplos de raciocínio.

Técnicas – procedimentos mais restritos que se concretizam através de

instrumentos adequados.

Ex: A presente pesquisa utilizará os métodos dedutivo (ou indutivo) e as técnicas serão: levantamento e seleção da bibliografia, leitura analítica, fichamento, análise comparativa e interpretação das normas.

J. Cronograma

O cronograma num projeto de pesquisa tem como objetivo mostrar as várias etapas do desenvolvimento do trabalho e a distribuição do tempo, portanto responde à pergunta quando?

São especificados no cronograma o tempo correspondente a cada uma das etapas da pesquisa, incluindo a previsão da qualificação ou entrega do projeto até a apresentação do trabalho acadêmico. Não se pode esquecer que o tempo é um fator decisivo, por isso, as atividades devem ser desenvolvidas simultaneamente, visando ganhar tempo.

Geralmente nos trabalhos de conclusão de cursos de graduação o projeto é apresentado em um semestre e a monografia, em outro. De maneira que o uso do tempo deve ser o mais racional possível.

O modelo de cronograma abaixo apresenta apenas algumas sugestões relacionadas às principais etapas de um projeto de pesquisa, no entanto, cabe

(35)

acrescentar, com o orientador, as fases referentes ao semestre seguinte, que diz respeito à monografia.36

Modelo

Escolha do tema Março Abril Maio Junho Julho

Apresentação do tema Delimitação do tema Definição dos objetivos Formulação do problema Elaboração das hipóteses Formulação da Justificativa Elaboração do quadro teórico Metodologia

Referência bibliografia Entrega do projeto

K. Referência bibliográfica

A lista de referência bibliográfica apresentada na fase do projeto abrange os documentos que foram consultados para a sua elaboração, como livros, artigos, jornais ou material de acesso em meio eletrônico e outras publicações consultadas diretamente ou não.

A referência consiste no conjunto padronizado de elementos descritos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual. É conveniente estabelecer a diferença entre:

Referência bibliográfica

Relação

dos

documentos

consultados e citados no trabalho.

Bibliografia

Levantamento de documentos

relacionados com o tema, podendo

incluir os documentos não

consultados especificamente.

36 UNIRONDON. Modelo básico de projeto de pesquisa. Disponível em: www.unirondon.br/grad/dir/doc/.../modelo_projeto_pesquisa.pdf. Acesso em: 23 mar. 2011

.

(36)

4. COMO FAZER REFERÊNCIAS

Devem ser digitadas com espaçamento simples, mantendo duas linhas de intervalo entre duas referências distintas. A norma para referências é a NBR 6023/00, e varia de acordo com o tipo de referência (livros, revistas, manuais, artigos, monografias, filmes, cd’s, mapas etc).37

Elementos de uma referência

_ Autor (ou coordenador, organizador ou editor ou entidade responsável): escreve-se primeiro o sobrenome paterno do autor (no caso de pessoa física), em maiúsculas, e logo após uma separação por vírgula, o restante do nome. Se o autor pessoa física tiver um sobrenome composto (p. ex., JÚNIOR, FILHO, NETO, SOBRINHO), escreve-se o sobrenome composto completo. No caso de autor entidade, escreve-escreve-se o nome da entidade completo em maiúsculas.

_ Título e subtítulo: apenas o título deve ser realçado em negrito (preferencialmente) ou itálico (sublinhado no caso de trabalhos manuscritos), separado do subtítulo (caso exista) por dois pontos (:). Apenas a primeira palavra do título deve vir em maiúsculas. Todas as demais em minúsculas, salvo no caso de nomes próprios.

_ Número da edição: quando houver edição (sempre a partir da segunda), esta deve ser indicada utilizando-se o número, ponto e abreviatura da palavra edição. Veja o exemplo: 2. ed.

_ Local da publicação: é o nome da CIDADE onde a obra foi editada. Após a referência do local, deve-se usar o sinal de dois pontos (:). Somente se houver cidades homônimas, pode-se colocar o nome do estado ou país separado no nome da cidade por vírgulas.

_ Editora: coloca-se o nome da editora. Não se coloca a palavra “Editora”. Também não se utiliza nenhuma palavra que mencione natureza jurídica ou comercial (LTDA, S/A).

37

Cf. SANTOS, Carlos José Giudice dos. Manual de Estruturação de trabalhos

acadêmicos. Belo Horizonte: 2008, p. 20. Disponível em:

(37)

_ Ano de publicação: é o ano em que a obra foi editada. Caso exista mais de uma obra editada no mesmo ano pelo mesmo autor, cada data é diferenciada da outra pela adição de uma letra do alfabeto, em minúsculo seguindo uma ordem (p. ex., 2006a, 2006b, 2006c e assim por diante).

_ Número de volumes: se houver, deve ser colocado.

_ Paginação: número de páginas da obra. Essa informação é opcional, mas é importante para se ter uma ideia do tamanho e/ou preço do livro.38

AUTOR PESSOA FÍSICA (LIVRO)

FORMAT

O

NORMAL

Autor. Título: subtítulo. Número da edição. ed. Local de

publicação (cidade): nome da editora, data da publicação.

Número de páginas (paginação) p. v. Número de volume.

(Coleção, Série ou outra informação relevante).

INTERNE

T

Autor. Título: subtítulo. Número da edição. ed. Local de

publicação (cidade, se disponível): nome da editora (se

disponível), data da publicação (se disponível). Disponível em:

<endereço eletrônico>.

Acesso em: dia mês. ano.

Indica-se pelo último sobrenome (completo no caso de sobrenome composto, p. ex., FARIA FILHO), em letras maiúsculas, podendo-se abreviar ou não os demais nomes, seguido do título da obra (em negrito), subtítulo (caso exista), número da edição, cidade onde a obra foi publicada seguida de dois pontos, editora e ano de publicação. A paginação é opcional. Em casos de obras disponíveis na Internet, o mês na data de acesso sempre é escrito com as três primeiras letras, seguidas de ponto. 39 Confira os exemplos abaixo:

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2005.

BAGNO, Marcos. Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia e exclusão social. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2001.

38

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ______. NBR: 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

(38)

COMENIUS, Iohannis Amos. Didactica magna. Lisboa: 2001. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/didaticamagna.pdf>. Acesso em: 12 out. 2007.

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Ciberfil Literatura Digital, 2001. Disponível em: http://www.ebookcult.com.br/ebookcult/livro.php?L=607&cat=

CUR006000>. Acesso em: 07 fev. 2008.

GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p.

HOSSEINI, Khaled, O caçador de pipas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

JUNG, Carl Gustav. Análise de sonhos: seminário 1928 – 1930. Disponível em: <www.ebooksbrasil.org/microreader/analisesonhos.lit>. Acesso em: 07 fev. 2008. PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

SAGAN, Carl. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela na escuridão. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

ATÉ TRÊS AUTORES (LIVROS)

FORMAT

O

NORMAL

Autor 1; Autor 2; Autor 3. Título: subtítulo. Número da edição. ed.

Local de publicação (cidade): nome da editora, data da

publicação. Número de páginas (paginação) p. v. Número de

volume. (Coleção, Série ou outra informação relevante).

INTERNE

T

Autor 1; Autor 2; Autor 3. Título: subtítulo. Número da edição. ed.

Local de publicação (cidade, se disponível): nome da editora (se

disponível), data da publicação (se disponível). Disponível em:

<endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês. Ano.

Indicam-se pelo ultimo sobrenome, podendo-se abreviar ou não os demais nomes. Cada autor é separado do próximo por ponto e vírgula (;). Os demais elementos obrigatórios seguem a regra anterior. 40 Confira os exemplos abaixo:

BARRETO, Margarita; TAMANINI, Elizabete; SILVA, Maria Ivonete Peixer da. Discutindo o ensino universitário em turismo. Campinas: Coleção Turismo, 2004. CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, 2002. DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antônio. Curso de direito jurídico. São Paulo: Atlas, 1995.

Referências

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