• Nenhum resultado encontrado

Cheque

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Cheque"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

FACULDADE MINEIRA DE DIREITO

CHEQUE

Érica Aparecida de Sousa Ernando Cavalcante Brito Filho Franceslaine Medeiros de Souza Jader Laódice Rodrigues Jaqueline Aparecida Rodrigues Meira Jordana Diniz Marques Raissa de Fatima Souza Rodrigues Thalisson Batemarque Silva

Betim 2010

(2)

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como intuito apresentar as características, história e tipos de cheque.

Título de crédito é documento que representa determinada obrigação e, segundo o artigo 887, do Código Civil, necessário ao exercício do direito literal nele contido e que terá efeito somente se preencher os requisitos legais, contidos no artigo 889.

Disso verifica-se que o extravio do documento, bem como o não preenchimento de algum dos requisitos legais, prejudicará sua cobrança. Tais exigências são justificáveis, pois, como se verá a seguir, o título desvincula-se da causa que o originou (autonomia) e, por esse motivo, deve vir regularmente preenchido e de acordo com os todos os requisitos exigidos (literalidade), bem como deverá estar presente no momento da cobrança (cartularidade).

Saliente-se que, conforme expressa disposição do artigo 903, os dispositivos do Código Civil (artigos 887 a 926) aplicar-se-ão aos títulos de crédito salvo se houver disposição diversa em lei especial. Nessa esteira, mantidas estão as leis especiais que serão as aplicáveis como regra, incidindo o Código Civil apenas nos casos em que não confrontá-las.

Portanto, encontram - se com plena eficácia a Lei Uniforme de Genebra, Lei do Cheque, Lei de Duplicatas e demais legislações disciplinadoras dos títulos de crédito.

Segundo Vivante, “é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado”.

Desse famoso e prestigiado conceito é possível os requisitos essenciais dos títulos de crédito, mencionados há pouco, circulariedade, literalidade e autonomia.

Outrossim, ao credor que possua um título de crédito são conferidas vantagens impossíveis de serem experimentadas por aqueles que não os possuam: os títulos de crédito têm maior facilidade de circulação no mercado além de conferirem maior eficiência na cobrança.

Tais vantagens, conferidas ao credor de título, são denominadas “atributos do título de crédito”, como se verá abaixo.

(3)

1 HISTÓRIA

Na Idade Média, era comum que os senhores depositassem seu ouro em um único lugar que tinha instalações de segurança apropriadas: a oficina do ourives. Com o tempo, estes artesãos começaram a emitir papéis que representavam partidas de ouro que guardavam, obrigando-se a trocá-los pelo valor em metal precioso que cada um deles representava. Em fins da Idade Média, muitos ourives, mais tarde agentes financeiros e os primeiros bancos que foram surgindo, começaram a emitir os primeiros bilhetes de banco.

No século XIV, com o surgimento da classe burguesa (burguesia) e o auge do comércio que mobilizou na Europa bens e valores em uma escala nunca antes imaginada, estes documentos com valores fixos muitas vezes eram insuficientes para as necessidades do capitalismo nascente, o que motivou outros novos documentos que podiam ser escritos pelo depositante com o valor desejado, sempre que estivesse coberto pelos seus depósitos.

Eram letras de câmbio à vista, aceitas inicialmente pelo banco dos Médici de Florença e logo por outros estabelecimentos e que podem ser consideradas como os primeiros cheques, ainda que não tivessem esse nome.

Este costume estendeu-se às Ilhas Britânicas com a criação, em 1605, do Banco da Inglaterra, que assumiu a função de guardar o ouro do reino e emitir papéis que o representassem, com seu valor equivalente expresso em libras esterlinas. Surgiram assim os primeiros bilhetes de banco emitidos por um Estado.

Com a criação do Banco da Inglaterra, as letras de câmbio adquiriram novo auge e tanto esse como outros bancos começaram a dar a seus clientes blocos em branco dessas letras, que os depositantes preenchiam de acordo com o montante de retirada que quisessem fazer. Como o cheque de hoje em dia, cada folha desses livretos tinha um talão, no qual se anotavam os dados da retirada e que serviria para a verificação.

(4)

Os cheques são títulos de crédito e não constituem um meio de pagamento (não é "dinheiro vivo”), porque apenas cria ao beneficiário, uma expectativa de receber o dinheiro. É uma ordem de pagamento à vista, ao portador ou nominativa, efetuada por correntista de estabelecimento bancário ou cooperativa de crédito, mediante a utilização de impresso padronizado pelo Banco Central do Brasil, com base em convenção internacional firmada pelo governo brasileiro (Decreto 55.595/1966).

O cheque pode ser pago pelo estabelecimento sacado na mesma data de sua emissão ou quando for apresentado para cobrança. O cheque pré-datado (com data futura) deveria ser pago na data estabelecida pelo emitente, mas, nada impede que o banco o pague antes, se houver suficiente provisão de fundos. No caso de inexistência dos fundos, o cheque terá tratamento de cheque sem fundos e poderá o emitente ser inscrito no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos.

O cheque só é válido legalmente, se tiver a palavra: cheque, data e local da emissão do cheque, ordem de pagamento, o sacado (banco que contém dinheiro do emitente do cheque) e o sacador (emitente do cheque).

Documento representativo de um crédito que uma pessoa (o credor) tem sobre outra (o devedor).

3 CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

3.1 Quanto à sua forma de transmissão  Nominativos

 À ordem  Ao portador

4 TIPOS DE CHEQUES:

Cheque Administrativo = É cheque emitido por um banco contra ele mesmo em favor de terceiro indicado por quem solicitou a sua emissão. A emissão do cheque administrativo é geralmente solicitada por correntista do banco, cujo valor, adicionado dos serviços cobrados, é debitado em sua conta corrente. O cheque administrativo permite que a assinatura do representante do banco emitente seja

(5)

reconhecida por bancos correspondentes no país e no exterior. O cheque administrativo é também conhecido como cheque emitido contra a própria caixa, cheque bancário, cheque de caixa e cheque de tesouraria.

Cheque Visado = É o cheque apresentado pelo emitente ao banco sacado, antes de ser entregue ao beneficiário, para que seja posto o visto do representante do banqueiro, indicando que a respectiva quantia foi reservada em sua conta corrente e se encontra à disposição do favorecido. Ou seja, o cheque visado passa a valer como dinheiro no sistema financeiro para seu beneficiário, tendo quase a mesma função do cheque administrativo, porque a assinatura ou visto do representante banco posta no verso do cheque pode ser reconhecida em bancos correspondentes.

Cheque Cruzado = Cheque sobre o qual são efetuados dois traços em diagonal. O cheque com essa característica só pode ser pago a um banco. Se entre os dois traços do cruzamento estiver o nome de um banco, só pode ser pago ao mencionado banco. Entre os dois traços pode haver a inscrição "Exclusivamente para Crédito do Favorecido", significando que só pode ser depositado na conta do beneficiário.

Cheque de Viagem = é o cheque de quantia prefixada, geralmente expressa em dólares dos Estados Unidos da América, que tem o monopólio da emissão de papel moeda utilizada no mundo interior (a União Européia está tentando fazer o mesmo). O cheque de viagem é emitido contra instituição internacional especializada e pagável em qualquer país em diversos locais como em hotéis, casas de câmbio, agências de turismo e em instituições financeiras credenciadas. A transmissão do cheque de viagem requer, por segurança, duas assinaturas do emitente (uma na compra do cheque e outra quando de sua utilização). É mundialmente conhecido como Traveller's Check.

Cheque Especial = é o cheque que tem seu pagamento garantido até determinado limite especificado pelo banco sacado. O emitente deste tipo de cheque tem um contrato firmado com o banco, que lhe fornece um limite de saque a descoberto, mesmo que o emitente não tenha saldo disponível em sua conta corrente. O Cheque Especial é também conhecido como cheque garantido ou sacado contra conta corrente garantida.

Cheque Pré-datado = Cheque emitido para pagamento em data futura, geralmente aceito como título de crédito no comércio em geral para garantir o

(6)

parcelamento de compras a prazo. Os cheques pré-datados, por falta de legislação específica, são aceitos por empresas de factoring (fomento comercial ou mercantil), que antecipam o seu valor ao beneficiário mediante o pagamento de uma taxa por serviços prestados de cobrança dos mesmos. Os bancos sacados geralmente aceitam tais cheques em custódia até a data de sua efetiva cobrança. Por tradição, o cheque pré-datado passou a valer como título de crédito, que pode ser protestado contra o emitente, caso não seja quitado pelo sacado em seu vencimento (data prefixada para cobrança pelo beneficiário e para pagamento pelo banco sacado).

Cheque ao Portador = Cheque sem identificação do beneficiário, pagável a quem o apresentar ao banco. O artigo 907 do Código Civil estabelece a nulidade dos títulos ao portador, se não forem emitidos com base em lei especial. O item II do artigo 2º da Lei 8.021/1990 impedia o pagamento de cheques ao portador acima de determinado limite fixado com base no valor unitário dos BTN - Bônus do Tesouro Nacional. Em razão da extinção do BTN, o citado item foi revogado pela Lei 9.069/1995, que passou a estabelecer novo limite em moeda brasileira, onde se lê: Art. 69. A partir de 1º de julho de 1994, fica vedada a emissão, pagamento e compensação de cheque de valor superior a R$ 100,00 (cem REAIS), sem identificação do beneficiário.

Parágrafo único. O Conselho Monetário Nacional regulamentará o disposto neste artigo.

Cheque Nominal = Cheque pagável apenas ao beneficiário constante do cheque ou, por endosso deste, ao novo favorecido. É também conhecido como cheque nominativo.

Cheque a ordem: pode ser transferido por endosso,traga ou não a clausula a ordem; sempre que for a ordem,será um titulo nominal – terá o nome do beneficiário. Aqui há direito regressivo contra obrigados anteriores, no titulo.

Cheque não a ordem: com esta clausula expressa, só podem ser transferidos com uma cessão ordinária de credito, não por endosso. Na cessão de credito o cedente se responsabiliza pela existência do credito no momento da cessão, mas os cedentes anteriores não têm responsabilidade perante os terceiros a quem o titulo e posteriormente cedido. Assim não haverá direito regressivo contra os outros signatários do titulo.

(7)

 Legitimidade  Circulabilidade  Literalidade  Autonomia

6 ENDOSSO

Endosso e Cheque Endossado = O Código Civil Brasileiro de 2001 discorre sobre o endosso de modo geral. Em seus artigos 910 a 920, o Código Civil menciona que o endosso deve ser em preto, isto é, com a identificação do novo credor ou beneficiário. Os artigos 17 a 20 da Lei do Cheque (Lei 7.357/1986) discorrem especialmente sobre o endosso desse meio de pagamento - o cheque. O endosso em branco é aquele sem identificação do novo beneficiário. No Brasil só é permitido um endosso em cada cheque, por força da Lei 9.311/1996, que instituiu a CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, onde se lê:

Art. 17. Durante o período de tempo previsto no art. 20: (Sobre alteração da data prevista no citado artigo 20, ver no site da Presidência da República os arts. 75, 84 e 90 do Ato das Disposições Constitucionais e Transitórias)

I - somente é permitido um único endosso nos cheques pagáveis no País;

Endosso em Títulos de Crédito - Na transmissão de qualquer título por endosso, este deve conter a identificação do favorecido ("endosso em preto"), sendo, portanto, proibido o "endosso em branco" (ao portador). O mesmo raciocínio vale para o Cheque (Lei 7.357/1985 - Lei do Cheque). Como a quase totalidade dos títulos negociados no SFN - Sistema Financeiro Nacional (brasileiro) é escritural (os títulos não são emitidos na forma física), eles devem estar custodiados em Câmaras de Registro, Custódia e Liquidação de Títulos (MNI 2-12-5). Assim sendo, a transmissão desses títulos não acontecerá por endosso. A transmissão somente acontecerá mediante a emissão de Nota de Negociação expedida por instituição do SFN (MNI 2-12-2).

Endosso - Ações ao Portador - Deixou de existir o anonimato dos acionistas nas Sociedades por Ações a partir da vigência da Lei 8.021/1990 e do artigo 19 da Lei 8.088/1990. Respectivamente as referidas leis proibiram a liquidação financeira de operações sem a identificação da contraparte na negociação e sem a

(8)

identificação do proprietário ou beneficiário dos Títulos de Crédito de modo geral. Tal determinação legal passou a constar do Código Civil Brasileiro de 2001 que entrou em vigor em 11/01/2002. A transmissão de ações de companhias abertas (artigo 22 da Lei 6.385/1976) somente acontecerá mediante a sua negociação nos pregões das Bolsas de Valores, salvo em localidades em que não haja representantes das corretoras filiadas às Bolsas de Valores. Mas, as agências bancárias geralmente são representantes de corretoras de títulos e valores mobiliários.

7 FIGURAS DO CHEQUE

Tem-se como figura primeira e principal o emitente do cheque, que é quando pessoa capacitada de acordo com a lei apõe sua assinatura em um título autorizando formalmente ao Banco que certa quantia declarada seja paga ao portador daquele, ou seja, simplesmente quem emite o cheque. A Lei 7.357/85, no seu artigo 1º, inciso VI, exige como requisito essencial do cheque, assinatura do emitente, chamado também de sacador, princípio estabelecido, ainda, na Lei Uniforme (artigo 1º, alínea 6ª). Por isso é que seguramente pode-se afirmar que o sacador é o elemento principal do título, já que a existência do cheque depende de sua assinatura.

Outra figura exigível pelo cheque é o beneficiário que, como o próprio nome diz, é aquele que obterá as vantagens constantes do título não viciado. É o favorecido da ordem de pagamento dada, que pode ser o próprio emitente ou terceiro.

É importante esclarecer que o beneficiário do cheque é uma figura obrigatória, porém não é obrigatória a indicação de seu nome. Isto significa que, não é obrigatório que o beneficiário esteja nominado no cheque, o que ocorre com os cheques ao portador.

Os cheques que possuem valor acima de R$100,00 (cem reais) terão de ser nominados, sendo os demais ao portador.

Ressalte-se a figura do sacado, representado pelos bancos ou instituições financeiras legalmente estabelecidas, segundo disposição do artigo 3º da Lei do Cheque.

(9)

8 REQUISITOS ESSENCIAIS DO CHEQUE (ART. 2º. LUC).

 A palavra cheque escrita no próprio texto do título

 O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada  O nome de quem deve pagar (sacado)

 A indicação do lugar em que o pagamento se deve efetuar  A indicação da data em que o cheque é passado

 A assinatura de quem passa o cheque (sacador)

Nota: Na falta deste requisito o título de credito não produz efeito cheque

Os intervenientes são:  Endossante  Endossado Art. 28º. e 29º. LUC 8 dias 20 dias 70 dias Vencimento /Pagamento 9 NA FALTA DE PAGAMENTO:

 O Portador pode recorrer ao tribunal, exercendo os direitos (art. 40º. LUC).  O Pagamento terá de ser feito antes de expirar o prazo (art. 41º. LUC).

 O Portador deve avisar o endossante no prazo de quatro dias úteis que se seguirem ao dia

 Da apresentação se o cheque contiver clausula “sem despesa” (art. 42º. LUC).

 Toda a acção do portador contra os endossantes preserve no prazo de seis meses (art. 52º. LUC).

10 PROTESTO POR FALTA DE PAGAMENTO

Aval:

(10)

Avalista:

É o responsável da mesma forma que o seu avaliado e uma vez que pago o cheque, pode exigir o respectivo pagamento tendo a pessoa por quem se obrigou como os outros para com ela obrigado, (art. 27º. LUC).

11 ACÇÃO POR FALTA DE COBERTURA

Na falta de pagamento o portador pode exercer os seus direitos:  quer por acto formal (protesto)

 quer por uma declaração de sacado

 quer por acto formal (protesto) quer por uma declaração de sacado quem por uma declaração de uma Câmara de Compensação – a onde foi apresentado em tempo útil e não foi pago (art. 40º. LUC).

12 O QUE DIZ A LEI

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco (sacado), quando pós-datado (ou vulgarmente: pré-datado) perde a cartularidade (por isso não cabe ação de estelionato nos cheques pós-datados), seu modelo é vinculado (emissão no papel do banco - em talão ou avulso - sendo essencial ao cheque: a) a palavra "cheque" no título, b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada, c) o nome do banco a quem a ordem é dirigida, d) data do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente e) a assinatura do emitente (sacador). Considera cheque da mesma praça a coincidência entre o município do local do saque e a agência pagadora e deve ser apresentado em até 30 dias seguintes a sua emissão. Se fora da praça o prazo é de 60 dias. O Cheque tem implícita a cláusula "à ordem", significa dizer que se transmite mediante endosso, o endossante (beneficiário original) torna-se co-devedor do título, desde que não prescrita a ação cambiária, dai a importância para atenção aos prazos de apresentação/protesto, (súmula 600 do STF). Durante a vigência da CPMF, o cheque permitia apenas um endosso, diferentemente das letras de câmbio, onde poderá existir uma cadeia de endossos, sendo todos os endossantes devedores solidários. Com o fim da CPMF, permite-se a prática da cadeia de endosso.

(11)

13 PERDA DE ESPAÇO NO MERCADO

Pesquisa elaborada pelo Banco Central do Brasil e divulgada em 10 de outubro de 2007, indica que o cheque vem perdendo espaço para outros meios de pagamento e que o Brasil é o quinto país em que houve mais retração no uso do cheque como forma de pagamento.A pesquisa, que tomou como base o período de 2001 para 2005, mostra que a Bélgica foi o país que apresentou maior retração no uso do cheque com uma queda nesse período de 79,5% no uso dele, seguida pela Suíça com 75%; Alemanha com 73,1%; Japão com 58,9% e o Brasil com 49,4%. Mas a pesquisa do Banco Central aponta que apesar da substituição da folha de cheque por outros meios de pagamento, o Brasil ainda está entre os três países com maior representatividade do uso do cheque em relação a outras modalidades. Em 2005, de todos os pagamentos realizados no mercado, 26,4% foram feitos com cheques.

Segundo a Febraban, em 2003 foram compensados 2,246 milhões de cheques no Brasil, enquanto em 2004 esse número foi de 2,107 milhões.

Já um estudo de mercado, realizado pelo Check Express Group, especializado em informações para crédito e consultas de cheques, mostrou que em 2005, o número de cheques compensados caiu 7% em relação a 2004, enquanto o número de transações com cartões de crédito e de débito subiu 11%. O mesmo estudo indicou também que 99% dos cheques emitidos no Brasil têm valor inferior a R$ 5 mil.

Peculiaridades

 Cheques abaixo de R$ 100,00 não precisam ser nominais (lei 9.069/95 art. 69)

 O Cheque só pode ser endossado uma única vez, entretanto pode haver transferência do crédito documentado pelo cheque, através de cessão civil.

 Para impedir o endosso, basta que o emitente do cheque risque o termo "ou a sua ordem", retificando-o por "não a sua ordem".

 O cheque pode ser "cruzado" (traçar duas linhas paralelas diagonalmente ao cheque), para conferir-lhe condições especiais para o pagamento.

 O cruzamento simples (ou em branco) confere ao cheque a condição de somente ser descontado via depósito em conta corrente, ou seja: o beneficiário não pode receber em dinheiro o valor do cheque.

(12)

 O cruzamento especial (ou em preto) tem por finalidade aumentar a segurança do desconto. Consiste basicamente em mencionar, entre o "cruzado" (as linhas paralelas que cruzam o cheque) o nome do banco em que será depositado o cheque. Dessa forma, aquele que deposita o cheque não o poderá efetuar, senão no banco mencionado.

CONCLUSÃO:

Com o presente trabalho, aprendemos quais as origens e formas de cheque existentes, que são utilizados em nosso dia-a-dia. Observamos que o cheque é um titulo de crédito, que hoje não se encontra muito no mercado, muito útil, que e um ordem de pagamento à vista, onde tem vários tipos.

A Lei 7.357/85, no seu artigo 1º, inciso VI, exige, como requisito essencial do cheque, assinatura do emitente, chamado também de sacador, princípio estabelecido, ainda, na Lei Uniforme (artigo 1º, alínea 6ª). Por isso é que seguramente pode-se afirmar que o sacador é o elemento principal do título, já que a existência do cheque depende de sua assinatura.

Outra figura exigível pelo cheque é o beneficiário que, como o próprio nome diz, é aquele que obterá as vantagens constantes do título não viciado. É o favorecido da ordem de pagamento dada, que pode ser o próprio emitente ou terceiro.

É importante esclarecer que o beneficiário do cheque é uma figura obrigatória, porém não é obrigatório a indicação de seu nome. Isto significa que, não é obrigatório que o beneficiário esteja nominado no cheque, o que ocorre com os cheques ao portador.

Entretanto, faz-se necessário uma sólida preparação e um continuo aperfeiçoamento, visto se tratar de um tema amplo e complexo.

(13)

BIBLIOGRAFIA

 Código Civil 2010

 Lei nº 7.357, de 2 de setembro de 1985

 Títulos de Crédito - 4ª Edição - 4ª Tiragem, 2010 - Wille Duarte Costa - Del Rey.

 Google: http://books.google.com.br/books?id=Circulacao+do+cheque

Referências

Documentos relacionados

apresenta “padrão inferior” (41 – 54,99%), onde são considerados existentes os recursos para a gestão da unidade, porém a área se encontra vulnerável a fatores externos

A montagem e instalação da Mesa Alta Cirúrgica Radiotransparente Série Atena deve ser de acordo com as instruções da Baumer S.A.. A instalação elétrica no local deve ser

Os resultados dos estudos retrataram que a anemia ferropriva em crianças brasileiras associou-se aos indicadores sociodemo- gráficos e de saúde (sexo masculino, idade inferior aos

• O grupo ABC realizou a aquisição do controle da agência digital Salve!, sem valores anunciados; • A B2finance realizou a incorporação da Exxemplo TI, pelo valor de R$ 7

O principal achado deste estudo é que, ao se considerar a MAPA vigília como padrão-ouro para o diagnóstico de HAS, um protocolo de MRPA que inclui a associação de medidas de PA

Recebimento através do cheque nº do Banco Esta quitação só terá validade após pagamento do cheque pelo banco sacado:..

Recebimento através do cheque nº do Banco Esta quitação só terá validade após pagamento do cheque pelo banco sacado:..

Recebimento através do cheque nº do Banco Esta quitação só terá validade após pagamento do cheque pelo banco sacado:.